2010 - caderno do aluno - ensino médio - 3º ano - filosofia - vol. 4

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GABARITO Caderno do Aluno Filosofia – 3 a série – Volume 4 1 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 FILOSOFIA E LITERATURA Página 3 1. Resposta aberta, a depender dos textos dos alunos, que devem destacar diferenças e semelhanças associadas a características do discurso filosófico, tais como argumentação reflexiva; esforço de identificar causas dos fenômenos; questionamento aprofundado e radical sobre diversos temas da realidade sociocultural e também sobre processos de construção de conhecimentos. 2. Resposta aberta, também resultado da abordagem do texto do aluno, mas é preciso que sejam destacadas na comparação marcas próprias do poema e do texto do aluno, o qual deve chegar próximo à construção de texto filosófico, com argumentos reflexivos e afirmações que explicitem a busca de respostas para cada questionamento. Páginas 4 - 5 1. Das diferenças apontadas no texto, uma é o caráter fictício da literatura, lembrando- se de que filósofos podem fazer uso de situações fictícias para construir argumentação. Outra das diferenças é que o discurso da literatura busca provocar emoções, e o da filosofia suscita reflexões. 2. A dificuldade reside justamente no fato de que a literatura também provoca reflexões, e o texto filosófico muitas vezes faz uso de narrativas fictícias para seus argumentos.

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Caderno do Professor com todas atividades e respostas para uso em dúvidas.

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GABARITO Caderno do Aluno Filosofia – 3a série – Volume 4

1

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1

FILOSOFIA E LITERATURA

Página 3

1. Resposta aberta, a depender dos textos dos alunos, que devem destacar diferenças e

semelhanças associadas a características do discurso filosófico, tais como

argumentação reflexiva; esforço de identificar causas dos fenômenos;

questionamento aprofundado e radical sobre diversos temas da realidade

sociocultural e também sobre processos de construção de conhecimentos.

2. Resposta aberta, também resultado da abordagem do texto do aluno, mas é preciso

que sejam destacadas na comparação marcas próprias do poema e do texto do aluno,

o qual deve chegar próximo à construção de texto filosófico, com argumentos

reflexivos e afirmações que explicitem a busca de respostas para cada

questionamento.

Páginas 4 - 5

1. Das diferenças apontadas no texto, uma é o caráter fictício da literatura, lembrando-

se de que filósofos podem fazer uso de situações fictícias para construir

argumentação. Outra das diferenças é que o discurso da literatura busca provocar

emoções, e o da filosofia suscita reflexões.

2. A dificuldade reside justamente no fato de que a literatura também provoca

reflexões, e o texto filosófico muitas vezes faz uso de narrativas fictícias para seus

argumentos.

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Página 6

• Oriente o aluno para que a pesquisa seja feita em diferentes fontes e peça a ele que

registre pelo menos um filósofo que também escreva através da literatura. Jean-Paul

Sartre é um exemplo. Com essa pesquisa o aluno entrará em contato com, pelo

menos, dois ou três filósofos que expressaram suas concepções e questionamentos

por meio da literatura.

Página 6

• Para a elaboração desse quadro, o aluno deve retomar a leitura dos Cadernos

anteriores, destacando comparação entre o discurso filosófico e os demais discursos

estudados. Nesse momento é preciso ler com atenção novamente em todos os

Cadernos da 3ª série os tópicos referentes à caracterização da Filosofia como o

discurso que procura pensar questões fundamentais da existência humana. Com essa

atividade o aluno poderá retomar os conteúdos analisados sobre o tema e elaborar

uma síntese desenvolvendo não apenas leitura e escrita como capacidade de

sistematizar as características estudadas.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

A FELICIDADE SEGUNDO O ESTOICISMO E O EPICURISMO

Para começo de conversa

Página 7

1. Resposta aberta, a depender das representações do aluno sobre felicidade em geral.

Mas a definição pode ser expressa com ajuda de uma metáfora, de uma situação real.

Espera-se que com esta atividade o aluno possa investigar sua própria visão sobre

felicidade para ampliar seu modo de expressão ao utilizar uma metáfora.

2. Resposta aberta, a depender das representações e hipóteses do aluno. No entanto

oriente o aluno no sentido de que resposta revele a leitura do mundo atual, com seus

problemas mais cruciais, como miséria, degradação ambiental, doenças.

3. Resposta aberta, a depender das representações do aluno sobre a própria felicidade.

Porém são imprescindíveis argumentos que justifiquem a resposta e espera-se que os

mesmos sejam coerentes com cada representação sobre felicidade. Ex.: se o aluno

afirmar que ser feliz é ter uma casa, é importante que ele justifique por que e de que

forma a felicidade se associa ao fato de ter uma casa.

4. Temos algumas respostas possíveis.

a) De fato, não existe um permanente estado de felicidade. Cada um de nós tem

momentos felizes e momentos de profunda infelicidade.

b) A boa condição financeira não é suficiente para solucionar todos os problemas

emocionais e afetivos do ser humano.

c) A felicidade está dentro de nós, mas dependemos também de algumas condições

objetivas externas, tais como boa condição de moradia, acesso à saúde e à educação.

Além disso, mesmo que façamos de tudo para nos relacionarmos bem com todas as

pessoas, algumas delas apresentam problemas que impedem a exteriorização de

nossa felicidade. Entretanto, a filosofia nos ajuda a pensar na relação entre o eu

individual e o mundo.

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Páginas 8 - 9

1. Neste exercício, antes vamos reler o texto “A felicidade como tema da Filosofia”,

para identificar os argumentos associados à mudança de objeto da reflexão filosófica

da esfera política para a vida privada, também consequência do contato com outros

povos, que trouxe a necessidade de se refletir sobre moral, sobre diferenças pessoais

no processo de convívio social.

2. Resposta aberta, a depender das hipóteses do aluno. É importante lembrar que a

Filosofia pode ajudar no processo de autoconhecimento e na reflexão sobre melhor

forma de convívio entre os homens.

Exercício

Páginas 9 - 10

1. Mostre aos alunos a importância de que eles investiguem em suas experiências de

vida o que podem mudar e o que não podem mudar. Por exemplo, não podemos

mudar certas situações, como a morte de pessoas queridas.

2. Por exemplo, podemos distinguir umas das outras por meio da observação segundo

nossa experiência vivencial e por meio de reflexão filosófica. Muitas vezes

precisamos parar para identificar o que está em nossas mãos e para poder evitar ou

mudar o que não depende de nós, mas pode ser transformado por meio de ações

coletivas.

3. Aceitar com serenidade não é conformar-se sem nada fazer. Aceitar significa

identificar que não está em nossas mãos o poder de mudar tudo e todos, e não será

uma ação apenas de passividade se refletirmos sobre os aprendizados com as

situações as quais devemos aceitar.

Páginas 10 - 13

1. É preciso retomar a leitura do texto, pois esta resposta compreende um dos

argumentos centrais, porque, fundamentalmente, segundo o estoicismo, não podemos

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desejar o que é contrário ao nosso destino. Mas o texto traz ainda outras condições

que podem ser destacadas pelos alunos.

2. Resposta aberta, que depende das representações dos alunos sobre essas questões

cotidianas. No entanto, chame a atenção deles para o fato de que algumas situações

de saúde, beleza, riqueza e de liberdade podem depender de nós. Neste exercício,

mostre a importância da reflexão sobre a diversidade de fatores que cercam cada uma

das situações apontadas.

3. Na Oração da serenidade, um traço do estoicismo está na proposta de aceitar o que

não se pode mudar.

4. Resposta aberta, que depende da situação citada pelo aluno. Um exemplo é o

falecimento, por doença, ou em razão de um acidente, de um familiar.

5. A concordância ou a discordância depende da resposta do aluno. Um aspecto do

estoicismo está caracterizado na frase quando se sugere que o nosso desejo não deve

guiar nossa relação com a realidade. Portanto a felicidade está associada, nesta frase,

à condição de aceitarmos o que acontece.

Exercícios

Página 13

1. Nas representações dos alunos sobre a morte está o resultado deste exercício, em que

é importante que ele analise sua relação com a morte e com a ideia de Deus e que dê

razões para medo ou não.

2. Oriente os alunos para que se estabeleçam relações entre o medo e os entraves para a

felicidade.

3 Nesta questão a reflexão é fundamental para levantar as representações sobre o

prazer. Deve-se ainda lembrar que a felicidade pode também advir de processo nada

prazeroso, de sacrifícios para ajudar alguém doente, para conquistar um título em

campeonato. Esforço e trabalho também podem vir associados à felicidade.

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Páginas 13 - 16

1. Solicite aos alunos que retomem atentamente a leitura, para dar uma resposta a cada

situação. Depois disso, eles poderão também constatar que uma ideia presente em

todas as afirmações refere-se a um princípio de Epicuro: abrir mão de prazer

imediato em nome da felicidade, de prazer mais duradouro.

2. Neste exercício, o aluno deve relatar uma situação na qual de fato ele tenha sido

capaz de superar o imediatismo e pôde deixar de lado um prazer momentâneo para

conquistar a felicidade entendida como um processo mais duradouro de bem-estar

físico ou espiritual.

Página 16

1. Para fazer este resumo, é preciso retomar a leitura, pois o texto oferece as condições

para o aluno a elaborar o trabalho. Com esse resumo, o aluno poderá recuperar as

ideias de Epicuro sobre felicidade.

2. A Filosofia pode ajudar no exame cuidadoso para a distinção entre as coisas que

verdadeiramente nos trazem prazer e as que provocam dor.

Página 16

Professor, com esta pesquisa, o aluno poderá exercitar a capacidade de identificar

concepções sobre a felicidade em uma poesia ou em uma letra de música.

Página 17

1. Nesta resposta, depois de retomar o texto, o posicionamento do aluno deve

manifestar-se por meio de argumentos que revelem compreensão das propostas de

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Epicuro. Segundo este filósofo, é preciso afastar as falsas opiniões que, em geral, temos

sobre os deuses e que nos levam a temê-los, pois este temor também é causa de

infelicidade. Para o autor, os deuses existem realmente, são imortais e bem-aventurados,

mas vivem num mundo supra-humano e em nada interferem em nossa vida, nem para

nos socorrer, nem para nos castigar. Por isso, não há motivos para temê-los. Em segundo

lugar temos de nos libertar do medo da morte, outro obstáculo à nossa felicidade. A

morte nada mais é do que a ausência de toda e qualquer sensação. Portanto, a morte para

nós não é nada. Em terceiro lugar, Epicuro recomenda que não acreditemos no destino e

na sorte, como se deles dependesse nossa felicidade, pois essa crença também pode ser

motivo de perturbação de nossa alma.

2. Resposta aberta, porém dentro do entendimento do aluno e com base nas hipóteses

que este elaborou no contato com as referidas filosofias. Deve-se chamar a atenção

dos estudantes para as diferenças fundamentais entre o epicurismo e o estoicismo. A

felicidade para os estóicos consiste em não desejar mais do que se pode ter,

conformar-se com o destino, discernir entre as coisas que dependem e as que não

dependem de nós, tornando-nos indiferentes a estas últimas e renunciar às paixões

que são causa de dor e sofrimento. A felicidade para o epicurismo não se confunde

com a busca irrefletida e desenfreada do “gozo dos sentidos”, mas é entendida como

resultado de reflexão que ajuda a superar aflições da alma.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3

SER FELIZ É PRECISO

Para começo de conversa

Página 17

1. A felicidade de ter a mulher amada, de ser amigo do rei e com isso ter benefícios; de

poder escolher.

2. É fundamental que o jovem seja incentivado a pensar em seu ideal de felicidade para

compor seu projeto de vida. Este levantamento sobre o ideal de felicidade do aluno

ajuda o professor a identificar representações associadas a valores que mereçam

questionamentos, como a ideia de prazer imediatista, de individualismo, por

exemplo.

Páginas 17 - 18

1. Uma possível justificativa está no fato de que sofremos entraves à nossa felicidade

cotidianamente por sermos seres relacionais que vivem em dependência da natureza

e dos demais seres humanos.

2. Porque, se não admitirmos que somos seres limitados e que nem todos os nossos

desejos podem ser satisfeitos, teremos frustrações permanentes. O texto traz

argumentos para essa reflexão de forma aprofundada.

Páginas 18 - 19

Oriente os alunos para realizar o levantamento biográfico dos filósofos, mas também

para eleger um deles e procurar saber um pouco mais sobre o que pensam a respeito do

consumismo, por exemplo. Incentive a pesquisa desse tema, o consumismo, uma vez

que este é um valor presente no cotidiano dos jovens.

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Página 19

1. Resposta aberta, a depender do aluno. No entanto, é preciso orientar a justificativa.

Deve-se dar atenção a este exercício, pois ele se refere diretamente ao universo do

jovem e, por isso, seus argumentos podem revelar representações que mereçam

questionamentos.

2. Resposta importante, a depender do aluno, que deve destacar situações nas quais a

felicidade não se reduza a consumir. Como por exemplo: situações de cooperação

com alguma causa que beneficie muitas pessoas.

3. Um bem material fundamental para a felicidade é a alimentação. Outro é a moradia

em condições de urbanização adequadas à saúde, à locomoção.

Páginas 19 - 21

1. A perda da convivência, a ausência de quem admiramos e amamos, e o medo de não

viver os sonhos, no caso da ideia da própria morte.

2. Ao retomar os argumentos do autor, pode-se perceber que uma ideia central refere-se

ao fato de termos consciência de que não somos eternos e, por isso, podemos

degustar a vida no presente.

3. A morte nos torna livres em vida porque podemos optar por morrer ou viver.

Podemos escolher a vida.

Página 21

Incentive e oriente o aluno de forma que ele entre em contato com diferentes

concepções sobre a morte. Em cada cidade, podem-se encontrar pelo menos duas

pessoas de diferentes religiões de quem obter uma entrevista. Com essa atividade o

aluno poderá conhecer abordagens distintas sobre o tema morte e relativizar e ampliar

sua concepção.

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Seria interessante que em sala sejam socializadas as informações por meio de cenas

que as contemplem.

Páginas 21 - 22

1. Nesta questão, o aluno deve trazer exemplos de situações que valorizam a felicidade

a qualquer preço e espera-se que ele apresente uma reflexão crítica sobre a exigência

de felicidade imediatista associada apenas a valores materiais.

2. Da mesma forma que na resposta anterior, o aluno deve refletir sobre a importância

de nos prepararmos para as perdas inevitáveis e para não negar esse aspecto

fundamental de nossa natureza: a morte.

3. Aqui, espera-se que o aluno apresente crítica ao vínculo entre consumo e felicidade,

fortalecido pelo mundo da publicidade e por valores já enraizados em nossa cultura.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4

FELICIDADE E COMPROMISSO: CONSIGO E COM O OUTRO

Para começo de conversa

Página 22

1. Resposta aberta, para a qual é importante que o aluno faça um esforço de auto-

observação para perceber quais de suas características podem estar dificultando ou

impedindo sua felicidade. Ex.: dificuldade de comunicação, timidez.

Páginas 23 - 24

1. Resposta aberta, em que é preciso que o aluno justifique o destaque de frases do

texto sobre as quais concorda e o destaque de frases sobre as quais discorda. Com

isso desenvolverá capacidade de leitura reflexiva e capacidade de justificar seus

posicionamentos.

Exercícios

Página 24

1. A diferença está na capacidade de aprendermos com as situações de perda e com as

situações em relação às quais não podemos fazer nada. Por outro lado, o

conformismo passivo é aquele segundo o qual nos conformamos com situações, até

mesmo com aquelas que poderíamos mudar.

2. Ser escravo do desejo é viver apenas pela satisfação a qualquer preço, ao dominar

pessoas, por exemplo. Lutar pelo que se quer implica ética para identificar se o que

se quer não prejudica ninguém e se pode ser motivo de união de esforços para

satisfazer mais as pessoas do que a si mesmo.

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3. Baixa autoestima implica desvalorizar-se perante o outro. A compreensão de que não

sou o centro do mundo não significa que me desvalorize e, sim, que reconheço meus

limites e que preciso do outro.

4. Deixar-se levar pelas emoções sugere ausência de reflexão e falta de cuidado nas

relações. Respeitar as próprias emoções sugere respeito a si e ao próximo.

Páginas 24 - 26

1.

a) A frase indica que alguns nascem fracos e destinados a serem infelizes. E

merece questionamento sob a ótica de uma ética solidária.

b) Somente os espertos podem ser felizes. Merece questionamento: o que torna

uma pessoa esperta? Quais as características de uma pessoa esperta? O que leva uma

pessoa a não ser esperta?

c) Felicidade é vantagem sobre tudo e sobre todos. Cabe questionar se não é o caso

de todos construírem um mundo em que haja vantagens para todos.

2. A poesia traz imagens que exemplificam as questões debatidas sobre a felicidade que

têm como consequência a infelicidade do outro.

Páginas 26 - 28

1. Significa que somos seres que vivemos em relação uns com os outros.

2. No sentido de que somos incompletos e precisamos de outros seres humanos, da

natureza e da sociedade como um todo para satisfazer as nossas necessidades

materiais e espirituais.

3. Baseia-se no fato de que somos seres para quem é importante ter relações uns com os

outros e de que a solidariedade e a cooperação podem levar a boas condições de vida

para todos.

4. É possível superar o egoísmo e o individualismo por meio de políticas públicas

voltadas para a justiça e equidade econômica e social; ampliação dos direitos na

perspectiva de construção da ética da solidariedade.

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Páginas 28 - 29

A letra da música Comida será o texto-base para a reflexão, que exige a retomada de

todos os textos sobre felicidade. A relação com a música pode ser iniciada pelo destaque

de imagens do poema que sejam associados às questões debatidas.

Reflexões sobre política

Páginas 28 - 29

1. Reflexão de suma importância para levantar as representações do aluno sobre a

palavra “política”, cuja justificativa deve ser incentivada.

2. Resposta aberta, mas oriente o aluno na descrição do tipo de participação.

3. Estes são temas sobre os quais as pessoas discutem, e muito. A frase parte do

pressuposto de que cada um deve seguir sua orientação e, para evitar conflitos, não a

coloca em discussão. A reflexão filosófica exige exatamente o contrário: tudo é

motivo para discussão, entendida como troca de ideias para construir novas formas

de pensar e de agir. Discutir política é fundamental para construção de uma

sociedade mais justa. Futebol e religião também são práticas humanas que merecem

ser debatidas para aperfeiçoamento do ser humano.

Páginas 29 - 32

1. No sentido de que se abster politicamente implica perder a oportunidade de tomar

decisões importantes para a vida social.

2. Resposta possível: a felicidade tem, sim, dimensão política, porque parte importante

de nosso bem-estar material e espiritual depende do tipo de sociedade no qual

vivemos.

3. A participação política é uma das condições para a construção da felicidade

especificamente no que se refere à construção de uma sociedade justa, solidária e que

beneficie todos.

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4. Resposta aberta, para a qual se deve incentivar o aluno a ler sua realidade e indicar,

ainda que teoricamente, hipoteticamente, uma forma de participação para auxiliá-lo a

melhorar as condições básicas da sua comunidade.

Página 32

1. Esta reflexão deve abarcar os aspectos individuais, pessoais e sociais que são

necessários para a felicidade. Do ponto de vista social, é importante destacar que são

necessárias relações sociais, políticas e leis que garantam acesso a benefícios

culturais e materiais a todos. Do ponto de vista pessoal, é importante lembrar que

diversos fatores associados à trajetória de vida de cada um são se entrelaçam

resultando em felicidade ou não.

2. Podemos pensar a felicidade como processo de construção de sociedades melhores

para todos, nas quais as condições pessoais de felicidade sejam analisadas,

amparadas.