2010 - caderno do aluno - ensino médio - 3º ano - filosofia - vol. 1

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GABARITO Caderno do Aluno Filosofia – 3 a série – Volume 1 1 Ideias que as pessoas têm da Filosofia Página 3 - 4 1. Resposta pessoal. O objetivo é revelar imagens que o estudante associa às profissões 2. É provável que a escolha se dê pela aparência, por associação com estilos adotados por personalidades conhecidas, enfim, por critérios pouco objetivos e baseados no senso comum, na mera opinião ou palpite. A ideia é mostrar que, a rigor, trata-se de uma forma de preconceito, já que não há dados suficientes para determinar a profissão das pessoas representadas. Além disso, o objetivo desta pergunta é também evidenciar que dificilmente alguém atribuirá a essas pessoas a profissão de filósofo ou filósofa. Primeiro porque, esta profissão, não faz parte do leque de possibilidades vislumbradas pela maioria dos adolescentes, mesmo porque não é das mais prestigiadas pela mídia. Na verdade, talvez até se surpreendam com a ideia de que a Filosofia também possa ser uma atividade profissional. Segundo, porque é possível que muitos alunos tenham uma imagem estereotipada do que seja um filósofo (homem, velho, de barba, usando óculos etc.) e que não se enquadre nas figuras representadas. De todo modo, trata-se de um tipo de preconceito, e é importante que isso seja explicitado e debatido com os alunos. 3. Novamente é grande a probabilidade de que a resposta se fundamente no senso comum e em alguma forma de preconceito. Caso os alunos tenham dificuldade para escolher, é importante que o professor insista para que o façam, a fim de que, posteriormente, possam discutir os critérios utilizados. É possível que a escolha recaia sobre Sócrates, representado na pintura de David, talvez por já conhecerem a referida obra, ou por julgarem que Sócrates se assemelha ao estereótipo do filósofo que eles possuem. Seja como for, há um fértil material para o debate. 4. Esta é uma pauta aberta, cujo objetivo é ajudar o aluno a perceber que, por vezes, julgamos pelas aparências, sem ter efetivo conhecimento do assunto em pauta e que a atitude filosófica requer que sejamos mais exigentes e críticos em relação ao conhecimento que temos das coisas e ao julgamento que fazemos delas. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 PRECONCEITO EM RELAÇÃO À FILOSOFIA

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Caderno do Professor com todas atividades e respostas para uso em dúvidas.

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GABARITO Caderno do Aluno Filosofia – 3a série – Volume 1

1

Ideias que as pessoas têm da Filosofia

Página 3 - 4

1. Resposta pessoal. O objetivo é revelar imagens que o estudante associa às profissões

2. É provável que a escolha se dê pela aparência, por associação com estilos adotados

por personalidades conhecidas, enfim, por critérios pouco objetivos e baseados no

senso comum, na mera opinião ou palpite. A ideia é mostrar que, a rigor, trata-se de

uma forma de preconceito, já que não há dados suficientes para determinar a

profissão das pessoas representadas. Além disso, o objetivo desta pergunta é também

evidenciar que dificilmente alguém atribuirá a essas pessoas a profissão de filósofo

ou filósofa. Primeiro porque, esta profissão, não faz parte do leque de possibilidades

vislumbradas pela maioria dos adolescentes, mesmo porque não é das mais

prestigiadas pela mídia. Na verdade, talvez até se surpreendam com a ideia de que a

Filosofia também possa ser uma atividade profissional. Segundo, porque é possível

que muitos alunos tenham uma imagem estereotipada do que seja um filósofo

(homem, velho, de barba, usando óculos etc.) e que não se enquadre nas figuras

representadas. De todo modo, trata-se de um tipo de preconceito, e é importante que

isso seja explicitado e debatido com os alunos.

3. Novamente é grande a probabilidade de que a resposta se fundamente no senso

comum e em alguma forma de preconceito. Caso os alunos tenham dificuldade para

escolher, é importante que o professor insista para que o façam, a fim de que,

posteriormente, possam discutir os critérios utilizados. É possível que a escolha

recaia sobre Sócrates, representado na pintura de David, talvez por já conhecerem a

referida obra, ou por julgarem que Sócrates se assemelha ao estereótipo do filósofo

que eles possuem. Seja como for, há um fértil material para o debate.

4. Esta é uma pauta aberta, cujo objetivo é ajudar o aluno a perceber que, por vezes,

julgamos pelas aparências, sem ter efetivo conhecimento do assunto em pauta e que a

atitude filosófica requer que sejamos mais exigentes e críticos em relação ao

conhecimento que temos das coisas e ao julgamento que fazemos delas.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1

PRECONCEITO EM RELAÇÃO À FILOSOFIA

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GABARITO Caderno do Aluno Filosofia – 3a série – Volume 1

2

Página 4 - 5

1. É uma questão aberta que visa garantir um espaço para que os alunos falem e

debatam com liberdade sobre as diferentes experiências de preconceitos por eles

vivenciadas.

2. Espera-se que reconheçam a existência, neles próprios, de preconceito em relação à

Filosofia e que discutam entre si, sob a coordenação do professor, as razões e as

consequências desse preconceito. Uma delas, por exemplo, seria afastá-los do

contato com a Filosofia.

Página 5 - 6

Alguns dados que podem aparecer:

1.

• Adjetivos positivos: bela; crítica; importante; profunda; interessante etc.

• Adjetivos negativos: difícil; inútil; abstrata; chata; cansativa; monótona;

complicada etc.

2.

• A Filosofia como “filosofia de vida”: é o jeito de pensar de cada um. Cada

pessoa tem a sua filosofia.

• A Filosofia é uma coisa muito difícil, própria de pessoas muito inteligentes.

• Filosofia é a arte de pensar e questionar.

• Não sei.

3.

• Não serve para nada.

• Ensina a pensar.

• Ensina o pensamento dos filósofos.

4. Resposta pessoal. O objetivo é que o aluno expresse a ideia que tem da atividade de

um filósofo. O professor pode, depois, esclarecer os campos em que a pessoa

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GABARITO Caderno do Aluno Filosofia – 3a série – Volume 1

3

formada em Filosofia pode atuar, como a educação, a pesquisa acadêmica, o

jornalismo etc. Quanto à segunda parte da pergunta, visa a introduzir o tema da

reflexão como ingrediente necessário do filosofar. Para filosofar, portanto, a pessoa

precisa refletir (o tipo de reflexão que caracteriza a Filosofia será abordado mais

adiante). E isso é algo que todas as pessoas podem fazer.

Tales de Mileto: o distraído

Página 6

1. Resposta pessoal. O objetivo é estimular os alunos a analisar criticamente as

respostas obtidas.

Página 7 - 9

1. Sim, pelo menos no que se refere à primeira anedota. Isso porque, como ficou

demonstrado pelo texto, a ideia de uma pessoa desligada e desinteressada dos

problemas concretos do cotidiano parece não corresponder à verdade sobre Tales.

2. Resposta pessoal. Porém, espera-se que os alunos reconheçam que ao filosofar,

Tales, estava mais preocupado com problemas de astronomia e cosmologia sem se

ater ao imediatismo das questões cotidianas, apesar de ter sido um comerciante bem

sucedido. Os interesses filosóficos de Tales, por não estarem atrelados ao instantâneo

e ao “aqui e agora” parecia para a maioria das pessoas sem relevância. Nesse sentido,

é importante que os alunos reconheçam, a partir do exemplo de Tales, que a filosofia

não está pautada pelo imediatismo, mas no aprofundamento das questões e na

diversificação das possibilidades de respostas.

3. Resposta pessoal.

4. Resposta pessoal. Se possível, introduzir a discussão sobre as razões políticas que

podem estar por trás da hostilidade em relação à Filosofia. Por exemplo, o receio de

que as pessoas passem a pensar mais crítica e sistematicamente.

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GABARITO Caderno do Aluno Filosofia – 3a série – Volume 1

4

Página 9 - 12

1.

a) É provável que muitos respondam que a denominação de pré-socráticos se deva

ao fato de estes filósofos terem vivido antes de Sócrates. Com Sócrates e os sofistas

inaugura-se uma nova temática na Filosofia: o homem, a ética e a política, que não

havia sido objeto da preocupação dos pré-socráticos.

b) Porque, segundo Aristóteles, ele foi o primeiro a dar uma resposta racional, isto

é, usando uma demonstração lógica e sem recorrer aos mitos para a pergunta que

mais incomodava os pensadores de seu tempo: Qual era o elemento primordial que

dava origem a todas as coisas? A resposta por ele encontrada foi a água. Alguns dos

argumentos racionais empregados por Tales podem ser encontrados no texto “Tales

de Mileto: o distraído”.

c) O objetivo desta pergunta é estimular a ampliação do estudo sobre os pré-

socráticos, o que pode ser feito com mais tempo e profundidade, dependendo dos

objetivos do professor e do interesse da sala. As indicações a seguir são

demasiadamente simplificadas, servindo apenas para ilustrar o caráter racional das

respostas encontradas por alguns dos pré-

socráticos para a pergunta sobre o elemento primordial e sobre a questão do

movimento versus estabilidade. Carecem, portanto, de estudos complementares e

aprofundamento. Respostas de outros pré-socráticos: Anaximandro de Mileto

(século VI a.C.): o “apeíron”; Anaxímenes de Mileto (século VI a.C.): o “ar”;

Pitágoras de Samos (século VI a.C.): o número; Zenon de Eleia (século V a.C.): o

ser é uno e imóvel; Xenófanes (séculos V e VI a.C.): critica o antropomorfismo da

religião grega e introduz uma concepção de deus supremo – o Uno é Deus;

Parmênides de Eleia (século V a.C.): o ser é uno, eterno, imóvel; nega o movimento

e a mudança; distingue verdade (alétheia) e opinião (doxa); Heráclito de Éfeso

(séculos VI e V a.C.): tudo é movimento e transformação; o ser é devir; a ele atribui-

se a afirmação: “Não podemos nos banhar duas vezes no mesmo rio, porque tanto

suas águas quanto nós nunca somos os mesmos”; Empédocles de Agrigento (século

V a.C.): tenta sintetizar Parmênides e Heráclito afirmando a existência de quatro

raízes ou elementos primordiais: fogo, terra, água e ar, que se combinam

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GABARITO Caderno do Aluno Filosofia – 3a série – Volume 1

5

diferentemente pela ação de duas forças opostas: amor e ódio; Demócrito de Abdera

(séculos V e IV a.C.): a realidade é composta de átomos imutáveis de cuja

combinação surgem o mundo e os diversos seres e corpos; Anaxágoras de

Clazómena (séculos IV-III a.C.): a causa de tudo é o Nóus.

d) O quadro deve ser preenchido com informações presentes na resposta anterior.

O objetivo é organizar o registro destas informações em quadro que facilite

localização do Filosófo e suas idéias.

Sócrates: aquele que vive nas nuvens

Página 12

1. Resposta pessoal. O objetivo não é propriamente que o aluno responda, mas motivá-

lo ao estudo de Sócrates, permitindo a ele experimentar a situação vivida pelo

filósofo ao ser ridicularizado na comédia As nuvens, de Aristófanes, que o retrata

como preocupado com questões sem a menor relevância ou utilidade.

2. Resposta pessoal, com o mesmo objetivo da anterior.

Página 12 - 14

1. Resposta pessoal. Podem ser uma forma de propagação de preconceitos, mas

também veículos de crítica aos costumes, às leis, às instituições etc.

2. São importantes porque constituem canais de expressão do pensamento, da opinião e

requerem um ambiente de liberdade. Nesse sentido, contribuem para o

fortalecimento da democracia, apesar de isto depender do uso social que se faça

destas expressões. São importantes porque ampliam formas de pensamento e de

expressão.

3. Muitos desses programas, a exemplo das comédias, no tempo de Sócrates, valem-se

do humor (expressão cultural legítima) para criticar os costumes e as instituições

atuais. Entretanto, vale a advertência de que, muitas vezes, ao satirizar a realidade

pode ocorrer exageros que contribuem para a reprodução de posturas opressoras,

discriminatórias e para manutenção de certos estereótipos.

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GABARITO Caderno do Aluno Filosofia – 3a série – Volume 1

6

Página 15 - 16

1. A comédia foi uma forma de representação teatral que, ao lado da tragédia, teve

grande desenvolvimento no período clássico da Grécia Antiga. Nela eram criticados

e ridicularizados os costumes, as instituições, os políticos e até os filósofos, como

aconteceu com Sócrates na obra “As nuvens”, de Aristófanes. Ao contrário da

tragédia, que usa a linguagem lírica e bem elaborada, em geral, na comédia a

linguagem é insolente, abusada e por vezes rude. Alguns dos principais

comediógrafos e algumas de suas obras:

Aristófanes: As nuvens; As vespas; A paz; Os pássaros; A greve do sexo (ou

Lisístrata); Só para mulheres (ou Tesmoforiazusas); As rãs; Só para mulheres; um

deus chamado dinheiro. Cratinos: A garrafa. Eupolis: Os aduladores.

2. Num certo sentido, sim, porque é uma imagem que em grande parte não corresponde

à realidade de Sócrates e de sua filosofia. Por outro lado, essa imagem revela,

também, a opinião corrente dos atenienses sobre os filósofos em geral, opinião esta

fundamentada em um conhecimento muito superficial da atividade por eles

desenvolvida e, portanto, igualmente preconceituosa.

3. Era uma democracia direta e escravista, na qual os cidadãos podiam participar

diretamente das decisões políticas comparecendo e fazendo uso da palavra nas

assembleias. Eram considerados cidadãos, porém, apenas os homens adultos, livres e

nascidos em Atenas, o que correspondia a cerca de 10% da população. Mulheres,

escravos, estrangeiros e crianças eram excluídos da cidadania. No Brasil, temos uma

democracia representativa, em que os cidadãos elegem representantes (vereadores,

deputados estaduais e federais e senadores) para que tomem as decisões políticas em

seu nome. Em compensação, todos os brasileiros, sem distinção de sexo, raça ou

classe social, são considerados cidadãos, pelo menos perante a lei.

4. Trata-se de um quadro sinótico que mereceria ser aprofundado e ampliado.

SSóóccrraatteess PPrréé--ssooccrrááttiiccooss SSooffiissttaass

Sócrates dizia: “Sei que nada

sei”; condenava a cobrança

Preocupam-se

fundamentalmente com a phisys,

Apresentavam-se como

sábios, isto é, pessoas

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praticada pelos sofistas e

filosofava com as pessoas

gratuitamente; valia-se do

diálogo (dialética) como

método de ensino e de

filosofar; buscava a verdade

incansavelmente; não se

contentava com as opiniões

particulares e exigia o saber

verdadeiro (episteme).

isto é, o princípio que dá origem

a todas as coisas, obtendo

respostas diferentes para esta

indagação; considerados os

fundadores da Filosofia por

buscarem explicações racionais

(não míticas) para suas

indagações; eram também

astrônomos, matemáticos,

geômetras, físicos.

entendidas em diversos

assuntos, especialmente

na técnica da retórica;

cobravam pelos

ensinamentos que

ministravam; eram céticos

em relação à possibilidade

de conhecer a verdade

universal contentavam-se

com a opinião (doxa).

A morte de sócrates

Página 16

1. Resposta pessoal. O objetivo é estimular a continuidade do estudo sobre Sócrates,

agora enfocando o “ Sei que nada sei”.

Página 16 - 17

O objetivo é que o aluno perceba que, muitas vezes, existem razões políticas por trás

da crítica e das objeções à Filosofia. Esta percepção pode ser aguçada com perguntas

do tipo: Se a Filosofia é busca exigente da verdade, como fazia Sócrates, a quem

interessa que o povo não tenha acesso a ela? Do ponto de vista político, quem tem

motivos para temer a popularização ou a democratização da Filosofia? A quem

interessa que o povo seja ignorante de Filosofia? Por que o autor manifesta

preocupação com a doutrinação marxista e não com outra forma de doutrinação?

Página 19

1. Resposta pessoal. Caso os alunos tenham algum impedimento para realizar esta

pesquisa, os professores poderão planejar uma atividade na escola, no laboratório de

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informática ou na biblioteca para uma busca compartilhada em subgrupos de

trabalho.

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9

Página 21

1.

a) Resposta pessoal. O importante é que os professores realizem mediação capaz de

levar os alunos a investigarem suas memórias, suas representações, seus saberes

prévios sobre os termos destacados.

b) Resposta pessoal. Trata-se de uma pergunta retórica, cuja resposta é afirmativa e

será aprofundada com as atividades seguintes.

c) Resposta pessoal. Por exemplo: Aquele governo é autoritário; As medidas

adotadas não trouxeram mudanças substanciais; O homem é um animal político; É

necessário haver mais ética na política; A verdade é sempre preferível à mentira; O

Estado existe para garantir o bem comum; A função da ideologia é manter o povo na

alienação etc.

Página 22 - 25

1. Resposta pessoal. Podem aparecer, por exemplo, respostas que se atenham ao sentido

literal dos ditados, ou que avancem para uma tentativa de interpretação, procurando

identificar o significado subjacente a eles. Neste caso, é possível que surjam ideias

como as de conformismo, comodismo, ameaça, intimidação, autoritarismo etc. É

importante que os alunos percebam que, em geral, os ditados são empregados

espontaneamente, no senso comum, sem que as pessoas parem para pensar sobre seu

significado mais profundo, o que exigiria o exercício do senso crítico ou do bom

senso.

2.

a) A inversão explicita o significado oculto dos ditados, seu possível caráter

ideológico, provocando sua desmistificação ou sua resignificação.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

FILOSOFIA: DEFINIÇÃO E IMPORTÂNCIA PAR AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA

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GABARITO Caderno do Aluno Filosofia – 3a série – Volume 1

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b) Foi preciso a ele refletir criticamente sobre os ditados para perceber seu sentido

mais profundo e explicitá-lo por meio da música. Num certo sentido, foi preciso

filosofar.

c) O conceito de senso comum aplica-se à interpretação comum dos ditados, tal

como eles são espontaneamente empregados no dia a dia. O conceito de bom senso

refere-se à interpretação crítica desses ditados, mediante um processo de

questionamento e reflexão que permite compreender seu significado mais implícito e

superar a interpretação do senso comum.

Página 25

1. A orientação para esta pesquisa deve incluir:

a) leitura atenta do poema, com destaques dos versos que revelam pensamentos do

operário sobre sua condição;

b) neste pensamento, identificar senso comum, ou seja, constataçõe sobre sua

experiência;

c) identificação de expressões de bom senso que sugerem questionamento sobre

exploração vivenciada por ele.

Filósofos e “filósofos”

Página 26

1. Resposta pessoal. O objetivo é fazer um paralelo com a ideia que será desenvolvida

adiante de que todos os homens são “filósofos”. Espera-se que o aluno perceba que,

assim como qualquer pessoa com certo grau de conhecimento sobre o assunto é

capaz de analisar uma partida de futebol (ao nível do senso comum), mesmo não

senso profissional da área, assim também qualquer pessoa pode, de algum modo,

filosofar, ainda que não seja filósofo profissional ou especialista.

2. Significa que o autor pretende dar a ela um significado particular, distinto daquele

associado à palavra sem as aspas.

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11

Página 26 - 28

1. a) O “filósofo” não especialista é aquele que pratica a filosofia ao nível do senso

comum, pois ela está presente na linguagem, na religião, nas crenças, no modo de

pensar e agir, enfim, no cotidiano das pessoas.

O filósofo especialista:

• pensa, reflete, raciocina observando mais cuidadosamente as regras da lógica e

os procedimentos metodológicos que utiliza;

• conhece a história do pensamento, isto é, a história da Filosofia;

• é capaz de analisar os problemas de seu tempo à luz da contribuição dos

filósofos do passado que já se debruçaram sobre eles.

b) Combater e destruir o preconceito de que a Filosofia é uma atividade muito

difícil e restrita a uma minoria privilegiada.

c) Porque contribui para manter o povo, as pessoas simples, afastado do contato

com a Filosofia e com o exercício de filosofar. Assim, essas pessoas deixam de ter

acesso a um conjunto de instrumentos culturais (conceitos, teorias, métodos de

pensar) que lhes seriam da maior importância para a compreensão crítica e a

transformação da realidade em que vivem.

2. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno responda afirmativamente. O argumento é

que, sendo a escola pública massivamente frequentada por pessoas oriundas das

camadas populares, a presença da Filosofia no currículo pode ser uma forma eficaz

de viabilizar a aproximação e o avanço mencionados.

Página 28 - 29

Esta passagem já foi detalhadamente explicada no texto “Todos os homens são

‘filósofos” O mais importante é a concepção de que todos os homens são capazes de

refletir sobre a própria experiência.

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12

A Filosofia como amor pelo saber

Página 29

1. Resposta pessoal. É importante que o aluno expresse o que pensa sobre esta

afirmação, mesmo que encontre alguma dificuldade para entender seu significado. O

tema será retomado adiante.

2. Resposta pessoal. A ideia é verificar o que foi assimilado até o momento e o quanto o

aluno conseguiu avançar em relação à compreensão que tinha da Filosofia no início

do semestre.

3. Uma opinião pode ser dada a partir de informações iniciais, de pouco

aprofundamento e de representações do senso comum. Um saber sobre determinado

fenômeno é elaborado questionando-se informações iniciais e senso comum. Uma

opinião poderá ser fundamentada em saberes, mas pode ser proferida com afirmação

sem questionamento.

Página 29 - 31

1. No sentido de que, como a Filosofia é a busca do saber verdadeiro, praticá-la requer

reconhecer-se como ignorante, ou seja, como não possuidor desse saber (afinal,

ninguém busca o que julga já possuir) e, ao mesmo tempo, desejar este saber a ponto

de se dispor a procurá-lo. Em outras palavras, a sabedoria é a condição daquele que

já possui o saber e, por isso, não sente necessidade de buscá-lo. É o caso dos deuses.

Por isso, os deuses não filosofam. Os ignorantes, por sua vez, embora nada saibam,

julgam saber o suficiente e, por isso, não anseiam por saber mais. Logo, também não

filosofam. Daí porque a Filosofia esteja entre a sabedoria e a ignorância.

2. O philosopho é o amante do saber (sophia) enquanto o philodoxo é o amante da

opinião (doxa). Assim, o filósofo é o que busca o saber verdadeiro, elaborado,

crítico, bem fundamentado, enquanto o filodoxo contenta-se com o saber superficial,

fundado apenas na opinião, no “achismo”.

3. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno faça uma autocrítica sobre a atitude que nele

predomina.

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13

A Filosofia como reflexão

Página 31 - 32

1. Refletir não é o mesmo que pensar. O pensamento é um ato corriqueiro, singelo,

espontâneo, que realizamos descompromissadamente a todo instante, até mesmo sem

perceber. A reflexão, por sua vez, é uma atitude mais consciente, mais

comprometida, que implica pensar mais profundamente sobre determinado assunto,

repensá-lo, problematizá-lo, submetendo-o à dúvida, à crítica, à análise, buscando

seu verdadeiro significado.

2. Resposta pessoal. É possível que a resposta aponte para a ideia de que refletir é

devanear, contemplar, “viajar”, como se diz popularmente, meditar

descompromissadamente sobre algo. É essa ideia de reflexão que se tentará superar

mais adiante, ao se abordar a noção de reflexão filosófica.

Página 32 - 34

1. Significa que a reflexão, para ser filosófica, deve satisfazer, ao mesmo tempo, a pelo

menos três exigências:

• ser radical, isto é, analisar em profundidade o problema em questão, buscando

chegar às suas raízes, aos seus fundamentos;

• ser rigorosa, ou seja, proceder com coerência, de forma sistemática, segundo um

método bem definido para propiciar conclusões válidas e bem fundamentadas;

• ser de conjunto, isto é, tomar o objeto em questão, não de forma isolada e

abstrata, mas numa perspectiva de totalidade, ou seja, levando em consideração os

diversos fatores que, num dado contexto, o determinam e condicionam.

2. Espera-se que o aluno responda que todos podem filosofar desde que empreendam

uma reflexão radical, rigorosa e de conjunto sobre os problemas da realidade. E todos

têm condições de aprender a fazê-lo.

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GABARITO Caderno do Aluno Filosofia – 3a série – Volume 1

14

Página 34 - 35

1. Espera-se que os alunos sejam capazes de criticar a noção utilitarista e imediatista de

que a Filosofia não serve para nada e de perceber sua importância para a formação

crítica das pessoas e para o exercício da cidadania.

2. Resposta pessoal. Espera-se que a resposta seja afirmativa e que apresentem

argumentos consistentes em favor dessa resposta. Por exemplo: é importante estudar

Filosofia na escola porque esta é uma forma de democratizar o acesso a ela.

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GABARITO Caderno do Aluno Filosofia – 3a série – Volume 1

15

O homem: um ser entre os demais seres da natureza

Página 37- 38

Resposta pessoal. As respostas para as duas perguntas que orientam a reflexão

contemplam necessariamente a diversidade dos pensamentos dos alunos. Não podem ser

antecipadas, mas o importante é que os professores conduzam a reflexão de forma a

mostrar que toda afirmação deve ser apoiada por argumentos, ainda que por hipóteses.

Página 39 - 40

1. Os dois autores trazem a ideia de que nossa natureza contempla a existência de um

corpo com o qual sofremos e nos relacionamos com os demais seres da natureza.

2. A grande diferença está no fato de que Pascal acrescenta, em sua argumentação, a

ideia de que, juntamente com a consciência de nosso corpo, deparamo-nos com a

consciência de que nada somos no conjunto da natureza.

Observação: é muito importante a lembrança de que as respostas dos alunos são

hipóteses de conhecimento e, portanto, merecem ser consideradas e problematizadas

sem que se assumam as respostas deste gabarito como única forma correta.

3. Resposta pessoal. Depende da síntese de cada aluno. Os professores devem

acompanhar as sínteses de cada grupo, questionando respostas incompletas ou ideias

equivocadas.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3

A CONDIÇÃO ANIMAL COMO PONTO INICIAL NO PROCESSO DE COMPREENSÃO SOBRE O HOMEM

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GABARITO Caderno do Aluno Filosofia – 3a série – Volume 1

16

Página 40

Os desafios associados ao fato de termos um corpo são prazerosos e dolorosos

também. Ter um corpo exige alimentá-lo, e a fome é processo doloroso, e vivemos uma

sensação de prazer quando saciamos a fome. Da mesma forma, várias outras

necessidades de nosso corpo implicam dor e prazer. A saúde é uma exigência para bem-

estar de nosso corpo. A satisfação sexual e o desejo de reprodução podem ser citados

como desafios impostos pelo nosso corpo também. Movidos por este desafio de

satisfação de nossa sexualidade, procuramos parceiros nos quais confiar e compartilhar

amorosamente.

O fato de termos um corpo nos traz ainda o desafio de compartilhar espaços, o que

vem se tornando cada vez mais complexo, sobretudo nos grandes centros urbanos.

Aspectos sociais

Página 41

O fato de termos um corpo, em qualquer contexto cultural, nos traz necessidades em

termos de espaço, em primeiro lugar. Em segundo lugar, nosso corpo exige soluções em

termos de saúde que incluem garantir alimentação e moradia adequada para todos os

habitantes do planeta.

Somente estes dois aspectos já exigem das sociedades muito esforço para favorecer

a convivência em diferentes espaços.

Nossa sociedade, quer seja em termos de Brasil ou de planeta Terra, ainda enfrenta o

dilema de atender a todos da melhor maneira possível. Continentes como a África

representam enorme desafio para a busca de soluções em termos de moradia, educação,

saúde.

Tecnológica e cientificamente, muito já foi feito em termos de habitarmos desertos

ou de superarmos condições adversas de clima, porém muito há por se fazer na direção

de garantir condições materiais para que os seres humanos superem extremas carências

relativas à saúde e à ocupação de espaços urbanos com dignidade.

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GABARITO Caderno do Aluno Filosofia – 3a série – Volume 1

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Comunicação sem palavras

Página 42

1. Apresentação pessoal. Professor, é interessante observar as experiências e as sínteses

dos alunos.

2. Para esta apresentação, é importante uma mediação que organize as falas, que chame

a atenção para a necessidade de escutas atentas e para que os questionamentos

possam ajudar a ampliar a compreensão sobre os temas centrais debatidos.

A língua e os saberes coletivos

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Professor , o texto reproduzido a seguie está presente no Caderno do professor e pode

ser utilizado como recurso para aprofundar a discussão.

“Nesta hipótese, ainda que o extraterrestre tenha entendido que se está tentando

ensinar para ele uma palavra da nossa língua, e, com muito boa vontade, ele se coloque

à disposição para aprender, temos as seguintes possibilidades diante das prováveis

soluções para explicar o significado de caneta.

Ele poderia considerar que se trata de um objeto adorado pelos terráqueos; como em

geral usamos gestos e apontamos objetos que queremos nomear e apresentar, ele

poderia achar que a palavra ‘caneta’ seja o ato de apontar alguma coisa. Ou então, ele

poderia achar que ‘caneta’ é o nome do material de que ela é feita, por exemplo, o

plástico. Ou, então, que ‘caneta’ é o nome da forma que a caneta tem, por exemplo, um

cilindro. Ou, ainda, que ‘caneta’ é a maneira de designar um ponto no espaço. Ou ele

poderia achar que o que está sendo apontado não é o que está perto do dedo, mas o que

se encontra na direção oposta à ponta do dedo. Ou, ainda, que ‘caneta’ é o nome de

uma dança que consiste em apontar algo e insistir num mesmo som: ’caneta’ ...,

‘caneta!’, ‘ca-ne-ta’ ...

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4

A LINGUAGEM E A LÍNGUA COMO CARACTERÍSTICAS QUE IDENTIFICAM A ESPÉCIE HUMANA

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GABARITO Caderno do Aluno Filosofia – 3a série – Volume 1

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As possibilidades de interpretação do extraterrestre são virtualmente infinitas.

O que é certo é que, se no planeta dele houvesse um objeto como uma caneta,

Instrumento que lá também serviria para escrever, nesse caso, seria mais provável

que ele entendesse o significado da palavra.

Com esta hipótese, concluímos:

• o significado de uma palavra não é dado pela observação do objeto em termos de

suas linhas, suas cores, seu material;

• o significado de uma palavra depende da familiaridade que temos com certos

objetos, conceitos, gestos e maneiras de falar;

• a língua está muito mais ligada a uma forma de vida do que à operação de

representar objetos ou experiências por meio de sons ou da escrita.

Pensamos, falamos, lemos e escrevemos as palavras que herdamos como seres

nascidos em tempo e espaço determinados, em meio a saberes coletivos consolidados.

Herdamos a língua com as palavras já enredadas em significados. É com essas palavras,

com essa herança que é a língua, que abarca os saberes coletivos de nosso grupo cultural

e o universo de significados por ele produzidos, que construímos nossa arte, nossa

expressão escrita e falada, nosso modo de ler e dizer o mundo.”

1. Resposta pessoal. Os grupos devem ser orientados a criar soluções para uma

comunicação sem palavras. Os professores podem observar neste trabalho não

apenas o enfrentamento da tarefa assumido por cada aluno, mas também habilidades

psicossociais: respeito ao outro, negociação, fala oportuna.

2.

a) Resposta pessoal: É importante a auto-reflexão sobre dificuldades. O professor

pode auxiliar questionando os alunos, a partir de dificuldades por ele percebidos no

processo.

b) Resposta pessoal. A mediação dos professores deve pautar-se por classificar as

dificuldades, agrupando aquelas que se aproximam para orientar a superação das

mesmas. As dificuldades que não puderem ser agrupadas serão tratadas isoladamente

para que os alunos possam identificar caminhos para o enfrentamento das próprias

dificuldades.

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GABARITO Caderno do Aluno Filosofia – 3a série – Volume 1

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Espera-se que o aluno chegue às seguintes conclusões:

• o significado de uma palavra não é dado pela observação do objeto em termos de

suas linhas, suas cores, seu material;

• o significado de uma palavra depende da familiaridade que temos com certos

objetos, conceitos, gestos e maneiras de falar;

• a língua está muito mais ligada a uma forma de vida do que à operação de

representar objetos ou experiências por meio de sons ou da escrita.

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1. Observação: é importante orientar os alunos para não confundirem o diálogo Fedro,

sobre a alma, o amor e a linguagem com outro dialogo de Platão, o Fedon, sobre a

morte e o conhecimento.

LLíínngguuaa ccoommoo vveenneennoo LLíínngguuaa ccoommoo rreemmééddiioo LLíínngguuaa ccoommoo ccoossmmééttiiccoo

Agressões entre irmãos Ensinamentos

Bons conselhos

Psicoterapias

Bajulações

Falsos elogios

Omissões

2. É interessante que os alunos possam ler o diálogo completo para identificar as

circunstâncias com as quais Platão contextualiza o tema língua. Se apresentarem

dificuldades para encontrar o diálogo, os professores poderão planejar um momento

para a leitura de trechos significativos para essa Situação de Aprendizagem. Nesse

caso, professor, procure planejar e selecionar trechos com antecedência.

3. A língua como veneno é relativa ao discurso irônico, agressivo, provocador de

afastamentos e rupturas, provocador de discórdias e mágoas. A reflexão filosófica

pode ajudar a questionar e contextualizar as razões para a discórdia e para agressões

por palavras. Pode ajudar a compreender causas profundas que levam a agredir ou a

ser agredido por meio de palavras. E pode ajudar, ainda, a encontrar as palavras

adequadas para a superação da discórdia e para o perdão.

A língua como cosmético é marcada por discurso superficial, que não oferece

fundamentos e condições de se pensar as consequências das afirmações. É o discurso

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que pretende agradar e esconder conflitos, maquiando fatos. A filosofia pode ajudar

também no questionamento desta superficialidade, perguntando-se pelas causas e pelos

fatores que foram encobertos, maquiados. Pode ajudar a revelar intenções camufladas.

A língua como remédio pode ser associada aos discursos que ajudam os homens a

compreenderem melhor a si mesmos e aos outros. A psicologia, a arte e a religião

podem ser tomadas como áreas que contam com a língua como remédio. A Filosofia

pode auxiliar a encontrar o melhor campo para a reflexão. Pode ajudar na colocação de

perguntas que levem à compreensão sobre as melhores soluções para diferentes

situações.