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Metodologia de Pesquisa para Ciência da Computação
Prof. Raul Sidnei Wazlawick, 2009
Prof. Jose Fernando Rodrigues Juniorhttp://www.icmc.usp.br/~junioICMC-USP
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Capítulo 2Estilos de Pesquisa Correntes em
Computação
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Uma área nova Ciência da Computação é uma área nova em franco
desenvolvimento mesmo assim, há necessidade deembasamento metodológico adequado
Após 2000, definição clara das carreiras: Bacharelado em Ciência da Computação Bacharelado em Sistemas de Informação Licenciatura em Informática Engenharia de Computação
Tipos de pesquisa (consenso não universal)1. Apresentação de um produto2. Apresentação de algo diferente3. Apresentação de algo presumivelmente melhor4. Apresentação de algo reconhecidamente melhor5. Apresentação de uma prova
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1. Apresentação de um produto Simples apresentação de algo novo
Aceito apenas em novas áreas de pesquisa Difícil de comparar com outros que ainda não
existem No entanto, SEMPRE se deve comparar com
alguma coisa Deve-se evitar, pois é um tipo de pesquisa de baixa
aceitação Em eventos científicos, encaixam-se apenas em
sessões especiais: Sessão de ferramentas Sessão de trabalhos em andamento Sessão de informática aplicada
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1. Apresentação de um produto Simples apresentação de algo novo
Aceito apenas em novas áreas de pesquisa Difícil de comparar com outros que ainda não
existem No entanto, SEMPRE se deve comparar com
alguma coisa Deve-se evitar, pois é um tipo de pesquisa de baixa
aceitação Em eventos científicos, encaixam-se apenas em
sessões especiais: Sessão de ferramentas Sessão de trabalhos em andamento Sessão de informática aplicada
Exemplo, Xgobi, Xmdv:
http://www2.research.att.com/areas/stat/xgobi/papers/xgobi98.pdf
http://davis.wpi.edu/xmdv/docs/vis94.pdf
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2. Apresentação de algo diferente Apresentação de uma maneira diferente de se fazer
algo Avaliação qualitativa, pouco quantitativa
Exemplo: Uma nova técnica de engenharia de software que
não pode ser claramente comparada com outras,pois não há métricas
Apresentação de estudos de caso (baixo rigorcientífico)
Requer bons argumentos
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2. Apresentação de algo diferente Apresentação de uma maneira diferente de se fazer
algo Avaliação qualitativa, pouco quantitativa
Exemplo: Uma nova técnica de engenharia de software que
não pode ser claramente comparada com outras,pois não há métricas
Apresentação de estudos de caso (baixo rigorcientífico)
Requer bons argumentos
Exemplo, avaliação de técnicas de visualização de informações:
http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.188.3308&rep=rep1&type=pdf
http://triton.cc.gatech.edu/hci-seminar/uploads/1/The%20Challenge%20of%20Information%20Visualization%20Evaluation.pdf
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3. Apresentação de algo presumivelmente melhor
Novas técnicas devem ser comparadas com outrasda literatura
No entanto, em muitos casos, não há um benchmarksobre o qual diferentes técnicas possam sercomparadas
Em casos assim, o autor propõe o próprio conjuntode testes para comparação, e o aplica a todas astécnicas: Mais trabalhoso Possivelmente tendencioso Menos credibilidadeÉ necessária uma detalhada descrição de como
os experimentos foram realizados
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3. Apresentação de algo presumivelmente melhor
Deve-se comparar a técnica nova com técnicas quesejam do estado da arte; com os trabalhos maisrecentes
Fazer uso de métricas
Evitar expressões subjetivas do tipo: “O sistema é fácil de usar” “O algoritmo trabalha com bastante informação”
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3. Apresentação de algo presumivelmente melhor
Deve-se comparar a técnica nova com técnicas quesejam do estado da arte; com os trabalhos maisrecentes
Fazer uso de métricas
Evitar expressões subjetivas do tipo: “O sistema é fácil de usar” “O algoritmo trabalha com bastante informação”
Exemplo, coordenadas paralelas:
http://ieeexplore.ieee.org/stamp/stamp.jsp?tp=&arnumber=5290770
http://ieeexplore.ieee.org/stamp/stamp.jsp?tp=&arnumber=877389
http://ieeexplore.ieee.org/stamp/stamp.jsp?tp=&arnumber=809866
Exemplo, pagerank, a priori algorithm:
http://ilpubs.stanford.edu:8090/422/1/1999-66.pdf
http://rakesh.agrawal-family.com/papers/vldb94apriori.pdf
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4. Apresentação de algo reconhecidamente melhor
Comparação da nova técnica usando-se testespadronizados e universalmente aceitos
Comparação com os resultados já publicados emoutros trabalhos, não há necessidade de se fazer osexperimentos com todas as técnicas alternativas -apenas com os mais recentes
Usar a mesma métrica e os mesmos dados o experimento pode ser facilmente reproduzido
Com sucesso avanço do estado da arte
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4. Apresentação de algo reconhecidamente melhor
Pesquisa “menos trabalhosa” que exige uma boahipótese no entanto, notadamente mais difícil
Necessário: Amplo estudo Reflexão
Problemas em aberto são bons candidatos http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_unsolved_problems_in_computer_science
Potencialmente útil: Conhecimento de outras áreas; exemplo:
computação bioinspirada
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4. Apresentação de algo reconhecidamente melhor
Pesquisa “menos trabalhosa” que exige uma boahipótese no entanto, notadamente mais difícil
Necessário: Amplo estudo Reflexão
Problemas em aberto são bons candidatos http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_unsolved_problems_in_computer_science
Potencialmente útil: Conhecimento de outras áreas; exemplo:
computação bioinspirada
Exemplo, fastmap, m-tree (slim-tree):
http://www.cs.bu.edu/faculty/gkollios/ada02/LectNotes/P163.PDF
http://users.dcc.uchile.cl/~bebustos/cursos/2008/cc68p/papers/CPZ97%20M-tree%20an%20efficient%20access%20method%20for%20similarity%20search%20in%20metric%20spaces.pdf(http://www.cs.cmu.edu/~christos/PUBLICATIONS/EDBT_SlimTree.pdf)
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5. Apresentação de uma prova
Até aqui: uso de evidências empíricas e deresultados que sugerem provas
Existem ainda, pesquisas que exigem provasmatemáticas de acordo com regras de lógica Exemplo: métodos formais e compiladores
Deve-se desenvolver teoria cuja aplicação levalogicamente a determinados resultados, com umademonstração formal Exemplo: para ordenação, já se provou que o
melhor custo possível é O(n log n)** Algoritmos que usam comparação em domínios sem restrição com relação de ordem
definida
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5. Apresentação de uma prova
Até aqui: uso de evidências empíricas e deresultados que sugerem provas
Existem ainda, pesquisas que exigem provasmatemáticas de acordo com regras de lógica Exemplo: métodos formais e compiladores
Deve-se desenvolver teoria cuja aplicação levalogicamente a determinados resultados, com umademonstração formal Exemplo: para ordenação, já se provou que o
melhor custo possível é O(n log n)** Algoritmos que usam comparação em domínios sem restrição com relação de ordem
definida
Exemplo, I/O complexity bounds, P !=NP
http://www.cc.gatech.edu/~bader/COURSES/UNM/ece637-Fall2003/papers/AV88.pdf
http://www.win.tue.nl/~gwoegi/P-versus-NP/Deolalikar.pdf
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Tipos básicos de pesquisaPortanto, os tipos de pesquisa apresentados podem se
classificados nas seguintes categorias:a) Exploratória: não há teoria formal nem medidas bem
definidas: estudos de caso, e análises comparativas Requer boa argumentação De baixa aceitação
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Tipos básicos de pesquisaPortanto, os tipos de pesquisa apresentados podem se
classificados nas seguintes categorias:a) Exploratória: não há teoria formal nem medidas bem
definidas: estudos de caso, e análises comparativas Requer boa argumentação De baixa aceitação
b) Empírica: baseia-se em testes bem aceitos Requer testes estatísticosPode ser questionada pois estatística não explica causas –pede uma teoria complementar
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Tipos básicos de pesquisaPortanto, os tipos de pesquisa apresentados podem se
classificados nas seguintes categorias:a) Exploratória: não há teoria formal nem medidas bem
definidas: estudos de caso, e análises comparativas Requer boa argumentação De baixa aceitação
b) Empírica: baseia-se em testes bem aceitos Requer testes estatísticosPode ser questionada pois estatística não explica causas –pede uma teoria complementar
c) Formal: teoria demonstrável Requer lógica Difícil de refutar
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Necessidade de uma hipótese
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Necessidade de uma hipótese Hipótese: uma teoria provável, mas ainda não demonstrada, ou uma
suposição admissível
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Necessidade de uma hipótese Hipótese: uma teoria provável, mas ainda não demonstrada, ou uma
suposição admissível A hipótese é o coração de um trabalho científico
Será testada/colocada em prova ao longo do trabalho Ao final, deve haver evidências de sua validade Deve-se demonstrar que a proposta é válida sucesso
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Necessidade de uma hipótese Hipótese: uma teoria provável, mas ainda não demonstrada, ou uma
suposição admissível A hipótese é o coração de um trabalho científico
Será testada/colocada em prova ao longo do trabalho Ao final, deve haver evidências de sua validade Deve-se demonstrar que a proposta é válida sucesso
Uma maneira de se definir uma hipótese de trabalho é por meio daidentificação das propriedades de cada uma das abordagensexistentes, propondo-se uma nova que tenha, além das propriedadesexistentes, propriedades adicionais montar uma tabela, como exemplo:
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Necessidade de uma hipótese Hipótese: uma teoria provável, mas ainda não demonstrada, ou uma
suposição admissível A hipótese é o coração de um trabalho científico
Será testada/colocada em prova ao longo do trabalho Ao final, deve haver evidências de sua validade Deve-se demonstrar que a proposta é válida sucesso
Uma maneira de se definir uma hipótese de trabalho é por meio daidentificação das propriedades de cada uma das abordagensexistentes, propondo-se uma nova que tenha, além das propriedadesexistentes, propriedades adicionais montar uma tabela, como exemplo:
Característica 1 Característica 2 Característica 3 Característica 4
Abordagem 1 X X
Abordagem 2 X
Abordagem 3 X X
Nova Abordagem X X X X
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Necessidade de uma hipótese Nem todo trabalho tem uma hipótese definida De fato, muitos trabalhos são desenvolvidos e defendidos (publicados) sem
uma hipótese No entanto, a definição de uma hipótese traz muitos benefícios:
Permite que se reflita a respeito do trabalho de maneira mais clara Direciona os experimentos Indica quais trabalhos são concorrentes Permite a análise dos resultados de maneira mais clara
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Atividade para próxima aula:- Pesquisar por um artigo de cada um dos 5 tipos vistos- Formular uma hipótese a respeito de seu trabalho (não precisa ser a
hipótese definitiva)
Apresentação de cada artigo encontrado, mostrando-se os elementos quesustentam a categorização dada àquele artigo.
Apresentação da hipótese para discussão.
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BibliografiaDAVIS, M. Scientific papers and presentations. San Diego: Academic
Press, 1997.ECO, H. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1985.GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas,
1996.GIL, A. C. Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, 1994.LAKATOS, E. M., MARCONI, M. de A. Fundamentos da metodologia
científica. São Paulo: Atlas, 1996.MATTAR NETO, J. A.. Metodologia científica na era da informática. São
Paulo: Saraiva, 2002.MEDEIROS, J. B.. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos,
resenhas. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2000.OLIVEIRA, S. L.. Tratado de metodologia científica: projetos de pesquisas,
TGI, TCC, monografias, dissertações e teses. São Paulo: Pioneira,2001.
SALOMON, D. Como fazer uma monografia. 4ªEdição. São Paulo: MartinsFontes, 1996.
SEVERINO, A. J.. Metodologia do trabalho científico. 22 ed. São Paulo:Cortez, 2000.
www.bu.ufsc.br
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Layout e bibliografia extraídos de http://goo.gl/m9i0m
O conteúdo da apresentação não é uma reprodução exata do conteúdodo livro, não sendo, portanto, de responsabilidade do autor Prof. RaulSidnei Wazlawick