1ª lei da termodinâmica
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“Variação de energia envolvendo calor em Reações Químicas.”
Natureza da EnergiaNatureza da Energia
A definição clássica de energia – capacidade de realizar trabalho.
Energia Potencial (E p) – Energia armazenada
m – massa
Ep = m g h g – força da gravidade
h – altura
Energia Cinética (E c) – Energia de movimento
m – massa
V – velocidade
Arco Armado
Arco Desarmado
Ec
Ep (máx)
Ec
Ep (min)
Joel FernandoJoel Fernando
“Ao tratar de átomos, a força gravitacional se torna desprezível, assim, a energia potencial de maior importância para a química é a Energia Eletrostática (E elet).”
K – 8,99.109 Jm/c²
Q – Carga
d – Distância de Ligação
� Quando as cargas são de mesma natureza elétrica (sinais iguais)
Eelet > 0 (Repulsão)
Quando as cargas são de natureza elétrica distintas (sinais diferentes)
Eelet < 0 (Atração)
Joel FernandoJoel Fernando
Unidades de EnergiaUnidades de Energia
Joule (J)
Lembrando que “F = m.a” N = kg.ms-2 Então, J = Nm
Caloria (cal) ≠ Caloria Nutricional (Cal)
Na reação de síntese entre gás hidrogênio com o gás oxigênio formando água (no estado gasoso), são liberados 483,6 kJ de calor (energia térmica em movimento).
a) Qual a quantidade de calorias liberadas nesse processo?
b) Qual a quantidade de calorias liberadas para formação de 162g de água?
Joel FernandoJoel Fernando
Sistema e VizinhanSistema e Vizinhan ççaa
Universo – Todo Sistema – Parte do Universo limitada e bem definida.
Vizinhança – Parte não pertencente ao sistema.
Ampliação
Universo Sistema Vizinhança
Joel FernandoJoel Fernando
Transferência de Energia (Trabalho e Calor)Transferência de Energia (Trabalho e Calor)
A transferência de energia pode causar mudança na temperatura (Calor) ou movimento (trabalho).
Trabalho (w) – Medida da energia que provoca deslocamento.
w = F x d F – força
d – distância
Calor (q) – Energia que passa espontaneamente de um corpo mais quente para um corpo mais frio com o objetivo de atingir o equilíbrio térmico.
“Energia térmica em movimento.”
Condição � Corpos/meios com temperaturas diferentes em contato.
Equilíbrio térmico – Quando não há mais troca de calor entre um corpo/meio e outro, ou seja, eles estão com temperaturas iguais.
Joel FernandoJoel Fernando
Sensação térmica
“Relativo ao ganho ou a perda de calor (q)”
Quando o calor é perdido para sua vizinhança (q < 0) - FRIO
Quando a vizinhança fornece calor ao sistema (q > 0) - QUENTE
Sistema Vizinhança
q
Sistema Vizinhança
q
Joel FernandoJoel Fernando
CalorimetriaCalorimetria
“Medida do fluxo de calor .”
Capacidade Calorífica ou calor específico (c) – É a quantidade de calor necessário para elevar a temperatura de dado material em 1 °C.
Quando a capacidade calorífica está em função de 1 mol de substância, é chamada de capacidade calorífica molar ( ).
Exemplos: cCO2(g) = 0,84 J g-1 K-1; cCH4(g) = 2,20 J g-1 K-1.
Joel FernandoJoel Fernando
Calorímetro – Aparelho utilizado para medir o fluxo de calor.
Temperatura – Grau de agitação médio das partículas.
Corpo mais energético Corpo menos energético
Joel FernandoJoel Fernando
TermodinâmicaTermodinâmica
“É o estudo das energias e suas transformações.”
1ª Lei da Termodinâmica – Conservação das Energias
A energia interna (E) do sistema consiste na somatória de toda energia cinética e potencial de todos os componentes do sistema.
H2(g) + O2(g)
Quando a ∆E > 0, o sistema ganhou energia
Quando a ∆E < 0, o sistema perdeu energia
∆E = Efinal – Einicial
H2O(l)
Em uma reação química, quando o ∆E < 0, os produtos possuem energia interna menor que os reagentes.
∆E = Eprodutos – Ereagentes
A energia interna muda com a adição ou perda de calor (q) e também muda quando o trabalho realizado pelo sistema ou no sistema.
∆E < 0∆E > 0
Joel FernandoJoel Fernando
Então, a energia interna é a somatória entre o calor cedido ou adquirido pelo sistema e o trabalho realizado pelo sistema ou no sistema.
Relacionando variação de energia interna ( ∆∆∆∆E), calor (q) e trabalho (w)
∆E = q + w q – calor
w – trabalho E, q e w são coordenadas termodinâmicas.
Sistema Vizinhança
q (q > 0)
q (q < 0)
w (w < 0)
w (w > 0)
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∆E < 0w < 0 (s �v)q < 0 (s �v)
∆E depende dos valores absolutos de q e w.
w > 0 (v �s)q < 0 (s �v)
∆E depende dos valores absolutos de q e w.
w < 0 (s �v)q > 0 (v �s)
∆E > 0w > 0 (v �s)q > 0 (v �s)
Considerando “v = vizinhança” e “s = sistema”, pode-se construir um quadro comparativo entre as coordenadas termodinâmica: E, q e w. Onde:
Processos Endotérmicos e Processos Exotérmicos
� Processos endotérmicos são aqueles que absorvem calor (q > 0) / (∆E > 0)
� Processos exotérmicos são aqueles que liberam calor (q < 0) / (∆E < 0)
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Funções de Estado
Definido pela especificação de uma condição para o sistema em relação as coordenadas termodinâmicas intensivas, independente da sua evolução ao longo do tempo. Neste contexto, não se considera o histórico do sistema.
Ex: Temperatura (T), Energia interna (E), Entalpia (H)
Entalpia (H)
É uma grandeza que informa a quantidade de energia de um dado sistema que poderia ser transformada em calor nas mudanças químicas que ocorrem àpressão constante.
q = E + w
w = F x d considerando um sistema de gás em um cilindro deslo cando um embolo:
� d = ∆h
� F α p p = F / A portanto: F = p x A Assim, w = p A ∆h
w = p ∆V qdo (s �v) w < 0, logo w = w = -- pp∆∆∆∆∆∆∆∆VV H = E + pV
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Entalpia (H)
É uma grandeza que informa a quantidade de energia de um dado sistema que poderia ser transformada em calor nas mudanças químicas que ocorrem àpressão constante.
q = E + w
w = -p∆V H = E + pV
Sendo uma função de estado, “H” só depende do estado inicial e final.
Se Hfinal – Hinicial definem a ∆H � ∆∆∆∆∆∆∆∆H = H = ∆∆∆∆∆∆∆∆E + E + pp∆∆∆∆∆∆∆∆VV
A relação entre variação de entalpia e calor é limitado à pressão constante!
∆H = qp
Então, Se ∆H > 0 O processo é Endotérmico, pois q > 0Se ∆H < 0 O processo é Exotérmico, pois q < 0
-w = p∆∆∆∆V
∆∆∆∆∆∆∆∆H = H = ∆∆∆∆∆∆∆∆E + E + pp∆∆∆∆∆∆∆∆VV∆∆∆∆∆∆∆∆H = H = ∆∆∆∆∆∆∆∆E + E + --ww∆∆∆∆∆∆∆∆H = H = ∆∆∆∆∆∆∆∆E E -- ww∆∆∆∆∆∆∆∆H = H = ∆∆∆∆∆∆∆∆E E -- ww
∆∆∆∆∆∆∆∆E E = q + w= q + w
∆∆∆∆∆∆∆∆H = H = q + wq + w -- ww∆∆∆∆∆∆∆∆H = qH = q
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Variação de Entalpia (H)
Indica a quantidade de calor trocado por um sistema à pressão constante, quando nenhuma forma de trabalho é realizado a não ser p∆V.
A entalpia que acompanha uma reação é a ∆∆∆∆∆∆∆∆HrHr..
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Entalpia de Reação ( ∆∆∆∆Hr)
Também chamada de calor de reação.
∆Hr = Hprodutos – Hreagentes
2 H2(g) + O2(g) � 2 H2O(g) ∆H = -483,6 kJ
H
Caminho da Reação
2 H2O(g)
2 H2(g)+ O2(g)
∆Hr
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� A entalpia de reação depende da quantidade de reagente consumido no processo.
2 H2(g) + O2(g) � 2 H2O(g) ∆Hr = -483,6 kJ
H2(g) + ½O2(g) � H2O(g) ∆Hr = -242 kJ
� A entalpia é igual em valores absolutos, porém oposta em sinais para ∆Hr de da reação inversa.
CH4(g) + 2 O2(g) � CO2(g) + 2 H2O(l) ∆Hr = - 890 kJ
CH4(g) + 2 O2(g) CO2(g) + 2 H2O(l) ∆Hr = + 890 kJ
� A entalpia depende do estado físico dos reagentes.
CH4(g) + 2 O2(g) � CO2(g) + 2 H2O(l) ∆Hr = - 890 kJ
CH4(g) + 2 O2(g) � CO2(g) + 2 H2O(g) ∆Hr = - 802 kJ
H2O(l) � H2O(g) ∆Hr = + 44kJ
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� A entalpia de reação não é o único fator que deve ser considerado para verificar a espontaneidade de uma reação, mas de modo geral, existe uma grande tendência em:
∆H > 0 Reação não espontânea (segue o sentido inverso à formação de produtos).
∆H < 0 Reação espontânea (segue o sentido direto à formação de produtos).
Lei de Hess
Devido a variação de entalpia ser uma função de estado, pode-se determinar a variação de entalpia do sistema pela somatória das etapas.
∆Hr = Σ∆Hn
Exemplo: Combustão incompleta do C(s)
C (s) + O2(g) � CO2(g) ∆Hr = -393,5 kJ
CO (g) + ½ O2 �CO2(g) ∆Hr = - 283,0 kJCO (g) + ½ O2 CO2(g) ∆Hr = + 283,0 kJ
C(s) + ½ O2(g) � CO(g) ∆Hr = -110,5 kJ
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Entalpia de Formação ( ∆∆∆∆Hf)
Indica a variação de entalpia em uma reação para formação de uma substância a partir de seus elementos.
� A entalpia de formação de qualquer elemento é zero, pois não existe uma reação de formação.
� No estado padrão, a ∆Hf foi calculada para 1 mol da substância formada sob temperatura de 298K e pressão atmosférica.
∆Hf � ∆∆∆∆∆∆∆∆HH°°ff
2 C (grafite) + 3 H2 (g) + ½ O2 (g) � C2H5OH (l) ∆H°f = -277,7 kJ
Os valores de ∆H°f são tabelados, de modo que podemos utilizar esses valores para calcular a entalpia de diversas reações (∆H°r) pela aplicação da Lei de Hess.
∆H°r = Σn∆H°f (produtos) - Σn∆H°f (reagentes)
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∆H°r = Σn∆H°f (produtos) - Σn∆H°f (reagentes)
Exemplo: Combustão incompleta do C(s)
1 C (s) + ½ O2 (g) � 1 CO (g) ∆H°r = -110,5 kJ
∆H°f C(s) = 0 kJmol-1 (substância simples)
∆H°f O2 (g) = 0 kJmol-1 (substância simples)
∆H°f CO (g) = -110,5 kJmol-1
∆H°f = [(1 x ∆H°f CO (g))] – [(1 x ∆H°f C (s) ) + (½ x ∆H°f O2)]
∆H°f = [(1 x -110,5 kJmol-1)] – [(1 x 0 kJmol-1)+(½ x 0 kJmol-1)]
∆H°f = [-110,5kJmol-1]-[0 kJmol-1]
∆H°f = -110,5 kJ
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� Quando a entalpia de reação é calculada para uma reação de combustão, pode-se chamar de entalpia de combustão (∆Hc).
C (s) + ½ O2 (g) � CO (g) ∆H°c = -110,5 kJ
Energia de Ligação
O valor médio da variação de entalpia da reação em que um mol de ligações équebrado, estando reagentes e produtos no estado gasoso.
� A quebra de uma ligação é um processo endotérmico
� A formação de uma ligação é um processo exotérmico
Eteno + H2 � Etano
+ 2696 kJmol-1 � - 2820 kJmol-1
∆H°r = -124 kJmol-1
Ligação ∆Hl (kJmol-1)
C – C 348
C – H 412
C = C 612
H – H 436
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