11 a sadc aos 25 anos passos e desafios ao ... - sardc · 1990, e a queda do apartheid na África...

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O MERCADO da SADC mais do que triplicou durante os 25 anos da história da organização, criando uma das condições necessárias para uma Zona de Mercado Livre, que a região planea atingir até 2008. De uma população de cerca de 60 milhões em 1980 quando a o rganização foi formada como a Conferência da Coordenação para o Desenvolvimento da África Austral (SADCC), o mercado cresceu para mais de 200 milhões de consumidores. O aumento rápido da população é atribuído ao crescimento natural, bem como de novos estados membros que se juntaram ao longo dos anos, aumentando de nove nações fundadoras para os actuais 13 estados membros. O objectivo a longo prazo da SADC é de estabelecer um Mercado Comum em 2015, o que significaria uma tarifa externa comum e por último uma moeda única um ano mais tarde, em 2016. A região planea transitar para uma União Aduaneira em 2010, de uma forma incrementada, precedida por uma Zona de Mercado Livre. Todavia, tudo isso vai depender duma implementação bem sucedida do Protocolo Comercial, que começou em 2000. O protocolo prevê uma eliminação gradual das taxas ou tarifas aduaneiras e barreiras não- tarifárias ao comercio. Até 2008, todos os bens comercializados na SADC devem ser substancialmente livres de pagamentos de impostos. O Secretário Executivo da SADC, P rega Ramsamy, disse que os consumidores iriam ser os maiores beneficiários da Zona do Comércio L i v re “porque geralmente obtém melhores produtos a preços baixos.” Ele explicou que “ao nível de (cada) país, haverá mais oportunidades de mercado em termos da demanda e acesso, bem como mais competição que vai prover melhores bens e serviços aos consumidores.” A SADC aos 25 anos Passos e desafios ao desenvolvimento regional continua na página 2 11 13

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O MERCADO da SADC mais do quetriplicou durante os 25 anos dahistória da organização, criando umadas condições necessárias para umaZona de Mercado Livre, que a regiãoplanea atingir até 2008.

De uma população de cerca de 60milhões em 1980 quando ao rganização foi formada como aConferência da Coordenação para oDesenvolvimento da África A u s t r a l(SADCC), o mercado cresceu paramais de 200 milhões de consumidores.

O aumento rápido da população éatribuído ao crescimento natural, bemcomo de novos estados membros quese juntaram ao longo dos anos,aumentando de nove naçõesfundadoras para os actuais 13 estadosmembros.

O objectivo a longo prazo da SADCé de estabelecer um Mercado Comumem 2015, o que significaria uma tarifaexterna comum e por último umamoeda única um ano mais tarde, em2016.

A região planea transitar para umaUnião Aduaneira em 2010, de umaforma incrementada, precedida poruma Zona de Mercado Livre.

Todavia, tudo isso vai dependerduma implementação bem sucedidado Protocolo Comercial, que começouem 2000. O protocolo prevê umaeliminação gradual das taxas outarifas aduaneiras e barreiras não-tarifárias ao comercio. Até 2008, todosos bens comercializados na SADCdevem ser substancialmente livres depagamentos de impostos.

O Secretário Executivo da SADC,P rega Ramsamy, disse que osc o n s u m i d o res iriam ser os maiore sbeneficiários da Zona do ComércioL i v re “porque geralmente obtémmelhores produtos a preços baixos.”

Ele explicou que “ao nível de (cada)país, haverá mais oportunidades demercado em termos da demanda eacesso, bem como mais competiçãoque vai prover melhores bens eserviços aos consumidores.”

A SADC aos 25 anos

Passos e desafiosao desenvolvimentoregional

continua na página 2

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EnergiaA criação da Pool de Energia daÁfrica Austral permitiu umfornecimento consistente e fiável deelectricidade a todos os estadossm e m b ros, incluíndo os que nãogerem a sua própria energia.

Nos projectos tais como oProjecto de Energia do Corredor doOeste, que acaba de ser expandido atodos os países da SADC, vaiacalmar as ansiedades de energia daregião.

Corredores de desenvolvimentosocialNos 25 anos da sua história, a SADCtransformou os tradicionaisc o r re d o res de transporte emC o r re d o res de DesenvolvimentoEspacial, criando vastasoportunidades para ambos osi n v e s t i d o res domésticos eestrangeiros.

Os corre d o res da Beira, Maputoe Walvis Bay são alguns dosexemplos de sucesso, enquanto oC o r redor de Mtwara, pretende ligaro porto da Tanzania a Moçambique,Malawi e o leste da Zámbia, é umdos demais na região que ainda sãoe m b r i o n á r i o s .

Tradicionalmente, os países dointerior na SADC dependeram emrotas de transporte para a costaoriental no Oceano Índico. Porém,agora o Corredor da Walvis Bay –ligado pelas auto-estradas de Trans-Kalahari e Trans-Caprivi –p rovidencia uma via de saídaalternativa para o Oceano Atlânticono oeste.

O Projecto de Fundição deAlumínio de Moçambique(MOZAL), parte do Corredor deMaputo, representa um dos maiorese m p reendimentos de investimentoem anos recentes, empre g a n d om i l h a res de moçambicanos e umn ú m e ro significante de outro strabalhadopres da região da SADC.

Recursos HumanosEmbora o emprego permanecealto nos países da região, o

movimento intra-re g i o n a lde abilidades e a fuga dec é re b ros ao exterior

deixaram os estados

membros seriamente vulneráveis ems e c t o res essenciais tais comoengenharia e saúde.

A SADC não pode continuar aaguentar utilizar os seus parc o srecursos treinando pessoas cujaperícia beneficia países que menosprecisa deles. Para desencorajá-los aolhar para o norte a procura demelhor oportunidades, os peritosnão somente precisam de melhoresdesafios em casa, mas maisimportante, mais condiçõesfavoráveis de trabalho.

HIV/SIDAA maior ameaça aos re c u r s o shumanos da região é a pandemia doHIV/SIDA. A SADC é a região maisafectada do mundo e os seus líderesresponderam através da adopção deuma visão comum e plataforma deacção.

A Declaração de Maseru sobre oHIV/SIDA adoptado em Julho de2003 identifica áreas prioritárias que

incluem o acesso aos cuidadosmédicos, testagem e tratamento;p revenção e mobilização social;mobilização de recursos; umaa b o rdagem orientada aodesenvolvimento, monitoria eavaliação.

Agricultura e segurança alimentarAo longo da duas décadas e meiasdo envolvimento da SADC nodesenvolvimento regional, aagricultura continua o esteio daseconomias de muitos estadosm e m b ros. Embora o sector daagricultura é agora re l a t i v a m e n t edesenvolvido, re q u e r-se melhore smétodos de cultivo e maisinvestimento especialmente nacompra de equipamento moderno emaquinaria.

A recorrência do ciclo da seca nasduas últimas décadas expôsseriamente a região e serviu comouma lembrança aguda de que sãonecessárias novas políticas para

assegurar uma segurança alimentarsustentável.

Os líderes da SADCresponderam com a Declaração deDar es Salam sobre a Agricultura eSegurança Alimentar de Maio de2004, que procura revolucionar ap rodução agrícola. Uma dasprovisões mais críticas da declaraçãoé do abandono da sobre -dependência sobre uma agriculturadependente na chuva e colocar maisterra arável sob irrigação.

A c rescido ao aumento deinvestimento no equipamento deirrigação, o desafio é construir maisbarragens, embora os mesmospossam influnciar de forma adversao fluxo das águas a jusante nosmesmos países vizinhos.

O outro desafio é sempre deassegurar que os recursos naturaistais como a terra e água sãoutilizados de forma sustentável, e aregião apoia firmamente o conceitointernacional de Gestão Integrado deRecursos Hídricos (GIRH).

ProtocolosDesde a sua emergência em 1992, aSADC adoptou um total de 30p rotocolos e declarações paraharmonizar as políticas e legislaçõesnum número de áreas, incluíndo ados recursos naturais.

Muitos desses protocolos já estãoem vigor. Todavia, precisa-se quemuito seja feito para assegurar umasíntese com as políticas nacionais.

Paz e segurançaOs grandes ganhos são a conquistada independência na Namíbia em1990, e a queda do apartheid naÁfrica do Sul em 1994, que colocouum ponto final na guerra civil emMoçambique em 1992 e Angola em2002.

Tendo passado por váriastransformações, incluíndo a recentetransformação das suas instituições,a SADC pode olhar para os ganhosdos últimos 25 anos para galvanizarainda mais a integração regional edesenvolvimento.

O Plano Indicativo Estratégico deDesenvolvimento Regional (RISDP)é um ro t e i ro cujo destino é oMercado Comum em 2015. �

Passos e desafios ao desenvolvimento regionalcontinuado da página 1

2 A SADC HOJE Abril 2005

Moeda única da África Austral possívelaté 2016O GOVERNADOR do Banco Central da África do Sul, Tito Mboweni,exprimiu confiança de que uma moeda única é possivel para a SADC até2016.

Após acolher um encontro de governadores de bancos centrais da regiãona Cidade de Cabo, ele disse que a região está séria quanto a introdução deuma moeda únida gerida por um único banco central.

A união monetária seria introduzida em 2016, em seguimento àimplementação de um mercado comum no ano anterior, marcado pela livremovimentação de emprego e capital.

Mboweni reconheceu os desafios e disse que há muito a ser feito paraque as metas sejam alcançadas.

“Começamos por uma posição onde dizemos que as condições nãoestão boas para integração efectiva, mas queremos lá chegar, por issoprecisamos de dar esses passos,” disse numa entrevista com o BusinessTimes.

As metas chave de convergência são:� Inflação de um dígito até 2008 e um teto de 5 porcento até

2012;� Défices orçamentais abaixo dos 5 porcento do PIB até 2008

e dentro de uma banda de um a três porcento até 2012,� Um valor nominal da dívida pública e contraída via titulos de

tesouro abaixo dos 60 porcento do PIB até 2008; e� Cobertura de importações para três meses até 2008 e seis

meses até 2012.O Governador estabeleceu uma equipe de quatro membros, secretariado

a tempo inteiro no seu escritório para conduzir as preparações da África doSul para a integração. �

c o n s e l h e i ros ao Secretariado eestados membros. O Botswana é onegociador chefe da SADC junto daUE sobre acordos de parc e r i aeconómica.

Espera-se que as negociaçõessejam concluídas em 2008, o que vaicoincidir com a criação da Zona deComércio Livre da SADC. �

SADC. Isso deve ser apoiado poruma re p resentação abrangente dem i n i s t ros da SADC no comitéinstalador.

Os ministros notaram que asactuais negociações multilateraise n t re a União Europeia (UE) eg rupos regionais individuais taiscomo a SADC são divisivas.

A UE está a negociar acordos dep a rceria económica com gru p o sindividuais em oposição ao maiorgrupo de países da África, Caraíbas ePacífico.

As negociações colocaram váriosdesafios, incluíndo o facto de quevários países da SADC são membrosde outros grupos regionais quetambém participam no pro c e s s o .Esses includem a UniãoAlfandegária da África A u s t r a l(SACU) e a Comunidade da ÁfricaAustral (EAC).

Um comité de embaixadore sacreditado em Botswana foi formadopara desempenhar um papel de

desenvolvimento foi adiada paraOutubro. O local do evento aínda nãofoi decidido.

Ramsamy disse que o adiamentoé resultado de duas razões – asp resenças confirmadas pelosdoadores não eram ao nível séniorpara igualar a da SADC que é ao nívelministerial, e para permitir os estadosmembros tempo suficiente para darsubsídios aos documentos técnicos.

“Agora iremos fazer umacampanha para encorajar os nossosp a rc e i ros de cooperação a enviardelegados ao nível ministerial,” disseR a m s a m y. Ele acrescentou que oadiamento não irá minar os esforçosde implementação dos planos dedesenvolvimento visto que a SADCnão depende apenas de fundos dosdoadores.

Com relação a eminente falta dee n e rgia na região, os ministro si n s t ruíram a Pool de Energia daÁfrica Austral a organisar umaConferência Regional deInvestimento em Electricidade, a terlugar em Namíbia, em Junho de 2005.Espera-se que a conferência mobilizerecursos para financiar projectos degeração e transmissão de energia.

A Cimeira da SADC em Agostodo ano passado exprimiu as gravespreocupações de que a região vai terfalta de capacidade de geração dee n e rgia suplementar em 2007, senovos projectos não forem realizados.Por conseguinte, foi estabelecido umcomité instalador constituído porm i n i s t ros de energia da A n g o l a ,África do Sul, Namíbia e Zimbabwe.

O Conselho também instruíu queo Projecto do Corredor do Oeste –uma iniciativa conjunta para energiaenvolvendo a Angola, África do Sul,Botswana, Namíbia, a RepúblicaDemocrática do Congo e Zimbabwe –seja estendido a todos os países da

A IMPLEMENTAÇÃO da estratégiade desenvolvimento da SADC para2005 está agora em movimento apósaprovação do seu orçamento anual eplanos económicos pelo Conselho deMinistros no seu primeiro encontrodo ano em Fevereiro, nas Maurícias.O Conselho aprovou um orçamentomaçisso de US$37.5 milhões,representando um salto de mais de100 porcento do ano anterior.

Falando após o encontro, oSecretário Executivo da SADC disseque o alto salto no orçamento anualfoi causado pela nova estratégia deimplementação dos dois planos dedesenvolvimento da organização, ealargamento da estrutura do pessoalno Secretariado.

A SADC está a chegar ao fim deum longo exercício de restruturaçãoque centralizou as operações noSecretariado baseado em Botswana,e que deu luz a dois planos de longoprazo – o Plano IndicativoEstratégico de DesenvolvimentoRegional (RISDP) e o PlanoIndicativo Estratégico para o Órgão(SIPO) sobre Cooperação emPolíticas, Defesa e Segurança.

Uma Conferência Consultiva dosp a rc e i ros da SADC marc a d ainicialmente para as Maurícias, 25-27de Abril, visando angariar apoiofinanceiro para os dois planos de

Abril 2005 A SADC HOJE 3

Implementando o guião da SADC para 15 anos

Metas da SADC

Fundo de desenvolvimento regional da SADC e mecanismo de auto-financiamento 2 0 0 5Eliminação de controles cambiais em transações intra-regionais da SADC 2 0 0 6Zona de Mercado Liv r e 2008União Alfandegária da SADC, tarifa externa comum 2010Acordo de Mercado Comum 2015Banco Central da SADC, preparações para moeda única da SADC 2016

Novos procedimentosde recrutamento

O CONSELHO de Ministros daSADC aprovou novo sprocedimentos de recrutamentobaseados no sistema de quotas.Nenhum estado membro poderádeter mais de uma posição nos setepostos cimeiros – os postos desecretário executivo, vice-secretário executivo, director ch e f ee quatros directores. Ademais, pelomenos um das três posiçõesc i m e i ras deve ser detida por umam u l h e r. Pa ra a va c a t u ras, requer- s eque os estados membrosapresentem quatro candidatos dosquais 50 porcento são mulheres. �

por Munetsi Madakufamba

Fórum SADC-ÍndiaO CONSELHO APROVOU arealização da sessão inauguraldo Fórum da SADC-Índia aos28 de Abril, nas Maurícias, aonível ministerial. A agendainclue:� agricultura, em particular a

irrigação, agro-engenharia,cultivo em terras secas, etecnologia de sementes;

� comércio e investimento;� gestão de recursos hídricos;� promoção de indústrias de

pequena e média escala edesenvolvimentoempresarial;

� medicamentos e farmácos;� desenvolvimento de recursos

humanos; e� tecnologias de informação e

comunicação. �

Direcção do Comércio,Indústria, Finanças eInvestimentoOs desafios imediatos da direcçãoincluem o fortalecimento daintegração de mercados, aumentar acompetitividade produtiva, bemcomo o desenvolvimento demercados financeiros e de capitais.Também importante é o movimentorumo a uma cooperação monetária,c o n v e rgência macro - e c o n ó m i c a ,p romoção de investimento intra-SADC e de investimento dire c t oestrangeiro.

Áreas de intervenção da TIFI2005/6� integração de mercados de bens e

serviços,� desenvolvimento de merc a d o

financeiro e de capitais;� alcance de uma pro f u n d a

cooperação monetária;� alcance de convergência macro-

económica;� aumento de níveis de

investimento intra-SADC eInvestimento Directo Estrangeiro(IDE); e

� participação efectiva emc o n c o rdância com os acord o d ointernacionais.

Direcção de Alimentação,Agricultura e RecursosNaturaisA d i recção tem principal enfoques o b re cinco sectores – segurançaa l i m e n t a r, desenvolvimento deculturas, desenvolvimento deanimais, gestão de recursos naturais

e pesquisa e desenvolvimento.Os desafios da segurança

alimentar confrontando aSADC requerem um aumento

de produtividade, eliminaçãode défices alimentares eaumento de comércio emprodutos agricultura.

Áreas de intervenção da FANR2005/6� assegurando a disponibilidade

de alimentos;� acesso a alimentos;� melhoria do valor nutritivo se

segurança de alimentos; e� p reparação à desastres para

segurança alimentar

Direcção de DesenvolvimentoSocial e Humano &Programas EspeciaisOs sectores chave nesta direcção sãoos sistemas de saúde, educação,recursos humanos, cultura edesporto, informação e emprego. Oseu objectivo a longo prazo écoordenar todo o desenvolvimentode recursos humanos na região.

Áreas de intervenção da SHDSP2005/6� desenvolvimento e sustentação

de capacidades humanas;� desenvolvimento de valore s ,

atitudes e práticas culturaispositivas;

� i n c rementar a utilização decapacidades humanas; e

� disponibilidade e acesso àinformação.

Direcção de Infrastrutura eServiçosA função fundamental é dep romover o provimento de umai n f r a s t rutura regional adequada,interligada e eficiente. Os sectoreschave são os de transportes,comunicações e meteoro l o g i a ,energia, turismo e água.

Áreas de intervenção IS 2005/6� p rovisão de uma infrastru t u r a

de transporte e de serviçosadequada, interligada ee f i c i e n t e ;

� p rovisão de infrastruturas de

� Facilitatação de re s p o s t a stécnicas, redes de re c u r s o s ,colaboração e coordenação; e

� Facilitação de monitoria eavaliação da resposta multi-sectorial regional.

NUMA MEDIDA visando simplificar e operacionalizar oPlano Indicativo Estratégico de Desenvolvimento Regional(RISDP), a SADC desenvo l veu planos económicos eorçamentos para 2005/2006 focalizando principalmente emquatro direcções e duas unidades. Os planos económicosdelineam as áreas prioritárias para o período 2005/6, que seráum marco rumo ao alcance de objectivos a longo termo doplano estratégico de 15 anos. O Conselho de Ministros daSADC aprovou os planos económicos no seu encontro emFevereiro, nas Maurícias.

4 A SADC HOJE Abril 2005

serviços de comunicações em e t e o rologia adequadas,interligadas e eficientes;

� p romoção de turismo como ummeio para desenvolvimentosustentável e integração re g i o n a l ;

� facilitar a monitoria e avaliação daresposta regional multi-sectorial;

� gestão integrada de re c u r s o shídricos e desenvolvimento dei n f r a s t rutura relevante quecontribua para entegraçãoregional e erradição da pobre z a .

Unidade EstatísticaSumário das áreas de intervenção2005/6� Desenvolvimento de quadro

legal em estatísticas;� Harmonização de estatísticas na

região da SADC;� P rovi são d e est a tí s t icas

relevantes para a integraçãoregional; e

� Desenvolvimento da capacidadeestatística na SADC.

Unidade do HIV/AIDSSumário das áreas de intervenção2005/6� Desenvolvimento e harmonização

de políticas;� Capacitação e enquadramento de

H I V / S I D A em todas as políticas ep rogramas da SADC;

Unidade do géneroSumário das áreas de intervenção2005/6� desenvolvimento de um explicíto

q u a d ro regional de políticas deg é n e ro e harmonização depolíticas do género ;

� enquadramento do género nase s t ruturas e instituições da SADC;

� desenvolvimento eimplementação à nível regional doempoderamento da mulher nasvárias áreas sectoriais;

� comunicação, partilha deinformação, construção decoligações e networking;

� formação e capacitação demaquinarias nacionais de pessoal,e de formadores nacionais eregionais, fazedores de decisões eo u t ros parc e i ros críticos emconceitos, análise, sensitização eabilidades de empoderamento;

� monitoria e avaliação daPlataforma de Acção de Beijing, aDeclaração da SADC sobreG é n e ro e Desenvolvimento e a suaadenda, CEDAW, a Carta A f r i c a n as o b re a Mulher. �

Reuniãio do Conselho de Ministros da SADC, Grand Baie, Maurícius

Planos económicos da SADC 2005/2006

Abril 2005 A SADC HOJE 5

de farmeiros, e um sistema de rastreioorçamental.

Os funcionários da SADCindicaram o seu cometimento emalinhar os orçamentos agrícolasao quadro do CAADP para quepelo menos 10 porcento dosorçamentos nacionais édireccionado à agricultura.

O desenvolvimento agrícolafigura de forma prominente noplano estratégico da SADC, quep rovidencia um quadro para aintegração económica edesenvolvimento social na re g i ã o .

O Banco Africano deDesenvolvimento (BAD) prometeuco nt i nu ar a pro v i d e n c i a rfinanciamento aos estados membros daSADC nos seus esforços de redução depobreza e assegurar segurança alimentar. �

OS MINISTROS DA A G R I C U LT U R A,finanças, comércio e indústria nos estadosmembros da SADC promoteram o seu apoio aoPrograma Compreensivo de DesenvolvimentoAgrícola Africano (CAADP) da NEPAD.

Essa é uma iniciativa da NEPAD parapromover intervenções que respondam melhoraos desafios agrícolas do continente.

Durante o lançamento da África Austral doCAADP em Maputo, os ministros concordaramem estabalecer um coordenador do CAADP noSecretariado da SADC, bem como um painel deaconselhamento ao alto nível ligando os órgaõesnacionais para aassegurar que haja acção.

O Secretariado da NEPAD concordou em darseguimento com consultas imediatas paraassegurar que recursos sejam identificados paraa nomeção de coordenador do CAADP baseadona SADC.

Os planos de acção apresentados pelosdelegados no encontro do Maputo abarcavam aexpansão de irrigação a pequena escala ecolheita de água, capacitação para organizações

UM WORSHOP de alto nível sobrecapacitação das Comunidades EconómicasRegionais (RECS), visando avançar aimplementação de projectos chave deinfrastruturas da NEPAD, realizado na capitalnigeriana, Abuja, discutiu:� identificação ou conformação de projectos

prioritários prontos para implementação,incluíndo capacidades, recursos, e outroapoio necessário, com prazosestabelecidos e acordados, incluíndo asi n t e revenções políticas necessárias paraacelerar a implementação;

� Um Plano de Acção sobre capacitação paraRECs e instituições relevantes paraimplementação dos projectos prioritáriosda NEPAD dentro dos prazos acordados;

� Definição das responsabilidades dentre osvários parceiros – RECs, Comissão da UA,S e c retariado da NEPAD, doadores eo u t ros parc e i ros de desenvolvimento –para assegurar a implementação;

� Um Plano de Acção para oestabelecimento dos equipes de trabalhodos RECs para liderar a implementação daN E PAD em cada região, com datasdefinidas; e

� Definição de responsabilidades entre osp a rc e i ros para assegurar que as equipessejam estabelecidas conforme planeado. �

INICIATIVA DAS E-ESCOLAS da NEPAD estápronta para entrar na fase de demonstrações. Issofoi acordado no segundo workshop do órgão decoordenação em Pretória.

A fase de demonstração será levada a cabo em20 países durante um período de 12 meses. Issoenvolve explicar aos participantes sobre o tipo deequipamento, software, formação e capacitaçãonecessários para ter o atributo de e-Escola daNEPAD.

As primeiras escolas de demonstração vão serlançadas em Abril nas regiões do Norte de África,a África ocidental francófona, África ocidentalanglófona, África oriental, central e austral. Pelomenos estarão prontas quatro escolas por cadaregião.

O apoio da SADC ao programa agrícolada NEPAD

Acções para acelerar osprojectos chave da NEPAD

Apoio japonês e da ADB aos projectos da NEPAD

E-Escola da NEPAD em fase de demonstraçãopronta para o lançamento

O objectivo da demonstração é de acumularum corpo de conhecimento para informar aimplementação duma mais ampla Iniciativa e-Escolas da NEPAD.

O workshop acordou num quadro deimplementação, incluíndo a coordenação ao nívelcontinental pela Comissão e-África, e responsabil-idades dos países ao nível local.

O financiamento para este projecto foi obtidoda Parceria da Sociedade de Informação para oDesenvolvimento da África (ISPAD), quec o n c o rdou financiar o processo no seu todo.Também vai assumir a responsabilidade deformação sob a liderança e orientação daComissão e-África. �

J I C A para infrastruturas planeados para2 0 0 5 ;

� Alinhamento pela JICA dos projectos emcurso com projectos similares apoiadospelo ADB e NEPAD;

� Formulação conjunta entre ADB e JICA dumnovo projecto sob o quadro continental daNEPAD.A J I C A e o ADB concordaram em ecções de

seguimento para acelerar a sua colaboração emapoio da NEPAD e contribuír rumo ao seupartilhado objectivo de alcançar os Objectivos deDesenvolvimento do Milénio (ODMs) emÁfrica. �

A Agência Japonesa Internacional para Cooperação(JICA) e o Banco Africano de Desenvolvimento(ADB) acordaram em trabalhar juntos para apoiar aN E PAD na implementação dos seus pro j e c t o s .

A decisão vem na sequência de um encontroconsultivo com os re p resentantes da NEPAD paraexplorar a colaboração entre a JICA e o ADB nodesenvolvimento de infrastruturas, capacitação,agricultura e desenvolvimento rural, água, educação,saúde, governação e sector privado.

A equipe da JICA sugeriu três formas dep romover a colaboração JICA/ADB:� Participação do ADB nas equipas de for

mulação de estudos para os projectos da

OS ÚLTIMOS relatos na região daSADC indicam que muitas partesda mesma tiveram boas chuvasdurante a primeira metade daestação chuvosa, mas que aSegunda metade tem sidocaracterizada por chuvas fracas naparte sul da região.

Segundo as estimativas daSADC divulgadas nos inícios deAbril, as areas afectadas incluem ocentro e sul de Moçambique, sul doMalawi, sudeste do Zimbabwe enorte da África do Sul.

Houve chuvas normais nocentro da África do Sul, Angola,Lesotho, Namíbia, RDC eSuazilândia.

Todavia, a distribuição daschuvas foi pobre no Lesotho eSuazilândia.

“Os baixos níveis dep recipitação afectaram a re g i ã onegativamente e isso teveimplicações para cereais e legumes,sendo que os pastos para gadoestão afectados em areas com déficechuvoso mais extremo,” disse aSADC no comunicado deactualização das chuvas.

“ A época chuvosa nas partessetentrionais da região estáchegando ao fim e espera-se poucachuva,” diz o comunicado.

O período de Janeiro a Março,que é a Segunda metada da estaçãochuvosa, é crítica para a principaldieta da região, o milho, visto que éna altura em que a cultura está emflorescência e precisa de humidade.

A SADC estima que a África doSul vai ter uma boa safra “comoresultado de uma boa media dechuvas nas áreas de pro d u ç ã oagrícola do país”.

Todavia, Lesotho, Malawi,Moçambique, Suazilândia, Zámbiae Zimbabwe vão ter colheitaspobres.

As condições secas na re g i ã oaustral da África acontecem numaaltura em que os modelos indicavamum El Ninõ fraco. Um El Ninõ forte

está associado com secas,enquanto que o contrário, LaNinã está associada a tempochuvoso e mesmo cheias.

As secas têm ocorridoperiodicamente ao longoda história.

Á frica Au s t ral afe c t a d apor outra estação de seca

uma estimativa agregada de cincomilhões de pessoas afectadas.

Embora a região tenha sofridosecas e chuvas persistentes, asmelhorias de produção foramatribuídas às medidas extras queos estados membros estãotomando em linha de conta com aDeclaração de Dar es Salam sobreAgricultura e SegurançaAlimentar.

Essa declaração de referênciafoi endossada por uma cimeirae x t r a - o rdinária dos líderes daSADC quando se reuniram nacapital tanzaniana, aos 15 de Maiode 2004. �

A S AVA L I A Ç Õ E S d edisponibilidade de alimentos naÁfrica Austral indicam umsuperavit de 1.27 milhões detoneladas de milho para a épocade 2004/2005, segundo a direcçãoda SADC para A l i m e n t a ç ã o ,Agricultura e Recursos Naturais.

O défice geral de cereais é decerca de 1.69 milhões de toneladas,o que é uma substancial melhoriado défice de 2.96 milhões detoneladas da época de 2003/2004.

Os países que se confrontamcom escassez de alimentos são oLesotho, Malawi, Moçambique,Suazilândia e Zimbabwe, com

Segurança alimentar da regiãomostra sinais de melhoria

Secas extensivasefectaram a região em

1946-471965-661972-731982-831986-881991-921994-952001-2003 �

A REGIÃO DA SADC acelerou os seus esforços na promoção de estilos devida saudáveis entre as pessoas vivendo com HIV/SIDA.

O enfoque foi direccionado em fazer que a nutrição tenha prioridade emlidar com a pandemia e outras doenças crónicas.

A ênfase está sendo colocada sobre o facto de que embora o vírus podeenfraquecer o sistema imunológico, é possível fortalecê-lo praticando hábitosalimentares saudáveis. Isso inclue alimentos indígenas não-processados, quesão ricos em nutrientes necessários para fortalecer o sistema imunológico.

Na África Austral, onde a maioria de pacientes com HIV/SIDA não temacesso a medicamentos anti-retrov i rais (ARVs), alimentos nutritivo stradicionais são a melhor forma de melhorar a imunidade. Mesmo onde osARVs estão disponíveis, uma dieta saudável é essencial para o seu uso.

Os alimentos tradicionais, contudo, continuam desprezados por muitosjovens na sociedade. O desafio é de mudar esses preconceitos que sugeremque os alimentos tradicionais são inferiores. �

O Zimbabwe realiza sua feira alimentar anualOS DELEGADOS QUE PARTICIPARAM na inauguração da Feira Alimentar doZimbabwe realizado em Harare, nos ínicios de 2005, enfatizaram aimportância da nutrição através do tema “promovendo uma dieta diversificadapara melhor nutrição e saúde.”

A feira, a primeira de seu género no país, é resultado de discussões elobbies intensos sobre esta questão num esforço para combater o alastramentode doenças crónicas e mostra o desejo de se implementar algumas dasrecomendações da Reunião Consultiva dos Ministros de Saúde da SADC de2003.

A feira alimentar, que foi oficialmente inaugurada pela vice-presidente,Joyce Mujuru, será um evento anual. �

Uma dieta indígena diversificada e nutritiva:importante para a prevenção de doenças

ALGUMAS PA RT E S do sul deMoçambique confrontam-se comsecas, e uma época chuvosa irregularque pode levar a uma fraca colheitade milho.

“Estamos preocupados porq u eestamos a chegar ao fim da épocadas chuvas e as melhorias esperadasnão surgem,” disse Mário Ubisse dodepartamento do Sistema de AvisoPrévio no Ministério de Agricultura.

Isso afecta alguns distritos nap rovíncia de Inhambane, onde ossinais de seca são óbvios. Todavia,esse cenário contrasta com o norte ecentro de Moçambique onde chuvasacima do normal causaraminundações no vale do Zambeze. �

Moçambique receia fracacolheita no sul do país

6 A SADC HOJE Abril 2005

África do Sul vai ter umacolheita assinalável demilhoA Á F R I C A do Sul poderá colher 11 . 1 4milhões de toneladas de milho este ano,o que re p resenta 18 por cento a mais doque a última época e a melhor em 11anos, segundo um relatório publicadopela em Joanesburgo em Março.

O Comité de Estimativas deCulturas disse que os agricultore sc o m e rciais de milho irão ter umacolheita de 11.14 milhões de toneladas,sendo 6.63 milhões de toneladas demilho branco e 4.51 milhões detoneladas de milho amarelo.

A colheita deste ano será a maiordesde 1993-94 quando os farmeiro scomerciais colheram 12.1 milhões demilho. Os estoques nacionaisrondavam nos 5.23 milhões detoneladas no final de Janeiro, segundo aGrainSA. Xinhua. �

Abril 2005 A SADC HOJE 7

O CENTRO de Pesquisa Científica eIndustrial e Desenvolvimento(SIRDC) no Zimbabwe está adesenvolver duas estirpes especiaisde milho que são tolerantes à seca eresistentes aos insectos.

A iniciativa de pro d u z i rvariedades de culturas que irãomelhorar a produção começou em1995, na sequência de um relatórios o b re como a biotecnologia podebeneficiar os farmeiros rurais. Osensaios começaram em 1997.

O director executivo técnico,Leonard Madzingaidzo, disse “esta éuma pesquisa completamentedoméstica e sofisticada feita porperitos locais.” Nenhum químico é

A N E PA D, juntamente com oInstituto Internacional deAgricultura Tropical baseado emIbadan, Nigéria, lançou umaIniciativa Pan-Africana daMandioca. A iniciativa surgiu deworkshops de consultas na Áfricaocidental, oriental, central e austral evisa ajudar os governos nacionais aformular os seus própriosprogramas de cassava.

O objectivo é de mobilizarrecursos dos parceiros da África paraapoiar a pesquisa e desenvolvimentoda mandioca, a segunda maisconsumida dieta, após o milho. Otubérculo cultiva-se com facilidadeem climas defíceis, e extensivamentec u l t i v a d o p o r f a r m e i r o sde subsistência, especialmentem u l h e res, ao longo das zonasecológicas da África. ( A f r i c aRenewal) �

utilizado excepto as que sãocomumente recomendadas. “Aspessoas devem notar que esta não éuma semente genéticamentemodificada,” disse.

Espera-se que a produção ecolocação no mercado de variedadesde sementes tolerantes à seca comeceem 2007. Já está disponívelc o m e rcialmente o material de plantiode batata doce livre de doenças,também desenvolvido pela SIRDCatravés da do seu Instituto de PesquisaBiotecnológico. (The Herald) �

Março, intitulada “Efectividade daVacinação Oral em Massa na Beira,Moçambique” olha para as dúvidaslevantadas sobre o nível de proteçãoque as vacinas dão às pessoas comHIV.

A prevenção é mais barata que acura. Em Moçambique custa US$37para tratar cada paciente de cólera,enquanto que a vacina custa cerca dedois dólares. (AIM). �

Semente de milho tolerante às secas, eresistente aos insectos

Mandioca pan-Africana

Potencial géneticode antigo arrozafricano

Aquacultura namibiana promissoraCOM FINANCIAMENTO SUFICIENTE, a aquacultura (técnina de cultura depescado em re p resas) pode melhorar a segurança alimentar na Namíbia e tem opotencial de aumentar os ganhos de exportações em divisas.

A indústria tem tido sucesso na África do Sul, Noruega e Espanha,principalmente no comércio de salmão, peixe-gato, tilápia e ostras. Estes paísespartilharam a sua experiência numa conferência realizada na Namíbia, emF e v e re i ro .

A conferência focou a falta de formação e abilidades na África,especialmente de abilidades de comercialização internacional talhadas ànascente indústria .Os empre e n d o res namibianos interessados nesta indústria disseram que a suamaior limitação era o financiamento para projectos de aquacultura. �

Procura de curapara SIDA

A U N I V E R S I D A D E da Namíbiajuntou-se à difícil busca deremédios científicos práticos paraH I V / S I D A .

A iniciativa vai significar apesquisa de compostos biólogos quecontém uma larga gama dep ropriedades médicas que sãocapazes de curar doenças virais,bacteriais e parasíticas.

Estudantes da ciência dauniversidade juntaram-se aos seushomólogos da Universidade daCidade de Cabo para embarc a rneste histórico empre e n d i m e n t ocientífico. Baseado nas análises, asamostras vão ser testadas emanimais e se houver sucesso maispesquisa será feita antes de sere mconsideradas para uso dos sere shumanos. (New Era) �

R E S U LTADOS DE PESQUISArevelam esperanças de um vacinaefectiva de cólera que parece estar afuncionar mesmo para pessoasinfectadas com o vírus de SIDA.

Um nova geração de vacinasadministradas oralmente foidesenvolvida para atacar a cólera naÁfrica sub-Sahariana, e a pesquisapublicada no na revista NewEngland Journal of Medicine, em

Vacina efectiva decólera

Avanço para companhiade açucarA C O M PA N H I A S U L - A F R I C A N Ade açucar, Tongaat-Hulett, vai sep rojectar mais à nível internacionalquando uma das suas fábricascomeçar a produzir açucar brancorefinado directamente na planta,assim evitando a necessidade de umare f i n a r i a .

O grupo está a investigaroportunidades de exportar atecnologia ao Brasil, onde odesenvolvimento da indústriaa ç u c a reira está a conhecer umaexpansão anual da produção de canaequivalente a toda a cultura sul-africana.

Espera-se que a primeiraprodução a grande escala do açucarbranco directamente da planta dacompanhia será efectuada emNovembro deste ano.

Neste momento, a divisão doaçucar envie o açucar em rama paraum centro de refinação, que iracontinuar a meio termo. ( B u s i n e s sDay) �

O PRIMEIRO africano a ganhar op restigioso Prémio Mundial deAlimentação é um cientísta biólogoda Serra Leoa.

A citação oficial do prémioafirma que “ele capturou opotencial génetico dos antigosa r rozes africanos ao combinarespécies de arrozes africanose as i át i cos , au men t an d odramaticamente o rendimento eoferecendo grande esperança paramilhões de pobres farmeiros.“

Monty Jones foi honrado peloseu trabalho pioneiro nodesenvolvimento do Novo A r ro zpara África (Nerica), um tipo dea r roz resistente à seca, de altorendimento, rico em proteína. ONerica foi acolhido pela NEPA Dcomo um exemplo do tipo deesforços inovadores que podema j u d a r a e m p u r r a r odesenvolvimento agrícola e re d u z i ra pobre z a . (Africa Renewal) �

A C O M U N I D A D E para oDesenvolvimento da ÁfricaA u s t r a l(SADC) cobre o continente africanoà sul do equador, é um blocoregional constituinte da UniãoAfricana. Esta comunidade re g i o n a lfoi estabelecida em A ru s h a ,Tanzania, em 1979 e lançada em1980 em Lusaka, Zâmbia, comouma Conferência Coord e n a d o r apara o Desenvolvimento da ÁfricaAustral (SADCC). Os estadosm e m b ros transformaram-na daSADCC para a Comunidade deDesenvolvimento da África A u s t r a latravés do Tratado da SADC, em1992. O secretariado da SADCen con t ra -se lo cal izad o emG a b o rone, Botswana.

A Declaração “Rumo àComunidade do Desenvolvimentoda África Austral” adoptado emWindhoek, Namíbia, a 17 de Agostode 1992, por Chefes de Estado eGoverno dos países membros, apelaà todos países e povos da ÁfricaAustral a desenvolver uma visão deum futuro partilhado e comum,dentro da comunidade regional. Odia da celebração da SADC é 17 deAgosto.

Visão da SADCA visão da SADC é um futurocomum, um futuro regional quegarantirá um bem estar comum,melhoria dos níveis dos padrões equalidade de vida, liberdade e

justiça social, paz e segurança.Esta visão partilhada estáancorada nos princípios e

valores comuns, afinidadeshistórico-culturais, dentreos povos da ÁfricaAustral.

tenha acord a d omaior prioridadeem todos osp r o g r a m a s eactividades da SADC.

ProtocolosO s e s t a d o sm e m b r o sc e l e b r a r a mprotocolos em váriasáreas de cooperaçãoque definem o escopo eobjectivos, bem comomecanismos institucionaispara coo per ação eintegração. Estes protocolossão aprovados pela Cimeira sob arecomendação do Conselho, sendoque cada protocolo fica aberta àassinatura e ractificação de cadaestado membro. Desta forma, estetransforma-se em um documentolegal, em que todos estadosmembros que concordem, estejamobrigados a ajustar seusdispositivos legais nacionais emconcordância com o documento.

O protocolo entra em vigortrinta dias depois que ela fordepositada e ractificada pormaioria de dois terços dos estadosm e m b ros e válida apenas aosestados membros signatários.Após a entrada em vigor, o estadom e m b ro pode fazer parte desteapenas através da adesão.

Cada protocolo deve serregistado pelo Secre t a r i a d oExecutivo da SADC, o Secretariadoda Organização das NaçõesUnidas e da Comissão da UniãoAfricana.

ParceirosDe acordo com os objectivos doseu Tratado, a SADC pro c u r aenvolver na sua totalidade, ospovos da região e parc e i ro sestratégicos no processo daintegração regional. A SADC estácomprometida em cooperar comtodos parc e i ros que contribuampara o alcance dos objectivos doTratado em áreas de cooperação,com objectivo de forjar re l a ç õ e smais próximas com ascomunidades, associações e o povoem geral.

CimeiraO Estado e o Governo é a últimainstituição fazedora de políticas,

COMUNIDADE PARA O DESENVOLVIMENTODA ÁFRICA AUSTRAL

8 A SADC HOJE Abril 2005

Estados Membros da SADC

África do Sul, Angola, Botswana,Lesotho, Malawi, Moçambique,Namíbia, República Democráticado Congo, República Unida daTanzania, Swazilândia, Zâmbia eZimbabwe, tendo como candidatoa membro, o Madagáscar.

Quadro Funcional da SADC

Comité Integrado deMinistros

Tribunal da SADC

Conselho de Ministros

Comité Permanente dosOficiais Seniores

CIMEIRA DA SADCTROIKA

Sub-Comités

Comités Nacionaisda SADC

Relação Informativa

Relação funcional

LEGENDA

FONTE: Secretariado da SADC

SADC Secretariat

Conselho da Troika

Troika dos OficiaisSeniores

CONFERÊNCIA, TROIKA, ÓRGÃO – Líderes Dos Estados

Comité Inter-Estatalde Política eDiplomacia

ORGANISMOSsobre Política, Defesa

e Segurança

Objectivos da SADCOs objectivos da SADc estãodeclarados no artigo 5 do Tratado, esão:� alcançar o desenvolvimento e

c resc im ent o e co nó mico ,aliviar a pobreza, reforçar osníveis e padrões de vida dospovos da África Austral eapo iar o s s oc i a lme nt ed e s f a v o recidos através daintegração re g i o n a l ;

� desenvolver valores políticos,s i s te mas e ins t i tu içõ e sc o m u n s ;

Os estados membros aceitaramcooperar nas áreas de� s e g u rança alimentar,

i n f ra e s t r u t u ras agrícolas e de terra ,c o m é rcio, finança, investimento em i n e ração,

� d e s e nvolvimento social e humanoe programas especiaisciência e tecnologia

� recursos naturais e ambiente� bem estar social, informação,

c u l t u ra� política, diplomacia, relações

internacionais, paz e segura n ç a .Tratado da SADC 1992 (consorme emendado)

� p romover e defender paz es e g u r a n ç a

� p romover o desenvolvimentoauto-sustentável na base daauto-confiança e interd e-pend ênc ia do s es tad osmembros;

� alcançar a complementaridadee n t re os programas ees tra t ég ias re gio nai s enacionais;

� p ro m ov er e m axi miza rempreendimentos produtivos ea utilização dos re c u r s o snaturais regionais;

� alcançar o uso sustentável dosrecursos naturais e protecçãoefectiva do meio ambiente;

� reforçar e consolidar as longasafinidades históricas, sociais eculturais e ligações entre ospovos da região.Para além disso, os estados

m e m b ros estão cometidos emgarantir que a questão do alívio àp o b reza seja tida em conta emactividades e programas daSADC, com objectivo último eme r r a d i c á - l a .

O HIV/SIDA constitui umagrande ameaça para o alcance dosobjectivos da SADC daí que se lhe

Ministros dos NegóciosE s t rangeiros, Defesa e

S e g u ra n ç a

Abril 2005 A SADC HOJE 9

com a responsabilidade deorientar a política e controlar asfunções da Comunidade. ACimeira reúne pelo menos

uma vez por ano,geralmente emAgosto ou Setembro,

num dos estadosmembros.

Durante aCimeira, o

p r e s i d e n t e - c e s s a n t epassa o poder ao vice, e um

novo vice é eleito para presidir noano seguinte.

A TroikaA Troika consiste em presidentesa n t e r i o res, actuais e futuros daS A D C , e a s s e g u r a aimplementação de tarefas edecisões, bem como a provisão deorientação de políticas para asinstituções da SADC no períodoe n t re as cimeiras re g u l a res. Osistema de Troika opera ao nível daCimeira, e também ao do Órgãos o b re Políticas, Defesa eSegurança, do Conselho deM i n i s t ros e Funcionários doComité Permanente.

Conselho de MinistrosOs ministros de cada estadomembro reúnem-se em Conselho,geralmente dos Ministérios dosNegócios Estrangeiros eDesenvolvimento Económico,Plano ou Finanças. O Conselho éresponsável pela supervisão emonitoria das funções edesenvolvimento da SADC, e deassegurar que as políticas sãodevidamente implementadas, bemcomo de fazer recomendações àCimeira. O Conselho reúne antesda Cimeira e pelo menos numaoutra oportunidade durante o ano,e é presidida pelo país que detém apresidência da SADC.

Comité Integrado deMinistrosEsta é uma nova instituiçãovisando assegurar orientaçãoa p ropriada das políticas,c o o rdenação e harmonizaçãode actividades actividadestransversais. É constituído porpelo menos dois ministros de cadaestado membro e presta contas aoConselho.

Comité Permanente deFuncionáriosO Comité Permanente consistenum Secretário Permanente ou umfuncionário de nível equivalentede cada estado membro. EsteComité é um comité técnico deaconselhamento ao Conselho, ereúne-se antes deste, sob ap residência do mesmo país emfrente da SADC.

TribunalLogo que for estabelecido, oTribunal vai assegurar aderência àsprovisões do Tratado da SADC ei n s t rumentos subsidiários e suainterpretação apropriada, e arbitrardisputas quanto trazidas aoorganismo.

Comités Nacionais da SADCEsses Comités são compostos porparceiros chave idos do governo,sector privado e sociedade civil nosestados membros da SADC. A suafunção principal é pro v i d e n c i a rsubsídios ao nível nacional naformulação de políticas, estratégiase planeamento regionais, bemcomo de coordenar e orientar aimplementação ao nível nacional.Os Comités são tambémresponsáveis para a iniciação deprojectos.

SecretariadoEsta é principal instituiçãoexecutiva da SADC, e éresponsável pelo planeamentoestratégico, coordenação e gestãodos programas da SADC, eimple ment ação do planoe s t r a t é g i c o r e g i o n a l . Ofuncionário sénior é o Secre t á r i oExecutivo e a sede é em Gaboro n e ,Botswana. Constratando com ac o o rdenação de actividadessectoriais que era feito em cadapaís, a SADC adoptou agora umaa b o rdagem centralizada atravésda qual as 21 Unidades deC o o rdenação foram agrupadas emq u a t roDire c ç õ e s :� Comércio, Indústria, Finanças

e Investimento (TIFI)� Infrastrutura e Serviços (I&S)� Alimentação, Agricultura e

Recursos Naturais (FANR)� Desenvolvimento Social

Humano ProgramasEspeciais. �

Órgão sobre Políticas, Defesa &SegurançaO Protocolo sobre Cooperação emPolíticas, Defesa e Segurança, assinadoem Agosto de 2001, foi ratificado ee n t rou em vigor no dia 2 de Março de2004, dando um quadro legal aoÓ rgão, cujo objectivo é de promover apaz e segurança na re g i ã o .

As estratégias e programas sãoelaborados através do PlanoIndicativo Estratégico para o Órgão(SIPO) sobre Políticas, Defesa eSegurança.

O Órgão funciona ao nível dosChefes de Estado e Governo com ump residente e uma Troika de trêslíderes (o presidente actual, passadoe o próximo), que reportam àCimeira da SADC.

O Presidente e o Vice-Presidente sãoeleitos para um termo de um ano nabase de rotatividade dentre osm e m b ros da Cimeira da SADC,excepto que o Presidente e o Vi c e -P residente da Cimeira não podems e rem simultaneamente Pre s i d e n t edo Órgão. O Presidente do Órg ã oconsulta a Troika da SADC e re p o r t adirectamente à Cimeira.

O Comité Ministerial consiste emm i n i s t ros das áreas dos negóciosestrangeiros, defesa e segurança doestado dos países parte do acordo.Reúne pelo menos uma vez por anomas pode encontrar-se com maisfrequência a pedido do ISPDC ouISDSC.

O Comité Inter-Estatal de Políticas eD i p l o m a c i a (ISPDC) reúne pelomenos uma vez por ano, e consisteem ministros da área dos negóciosestrangeiros. O Comité leva a cabofunções relacionadas com a política ediplomacia, e reporta ao ComitéMinisterial.

O Comité Inter-Estatal de Defesa eS e g u r a n ç a (ISDSC) reúne pelo umavez por ano e é composto porm i n i s t ros das áreas de defesa,segurança pública e segurança doestado. O Comité executa asfunções que forem necessárias parase alcançar os objectivos do Órg ã orelaconados com a defesa esegurança. Também reporta aoComité Ministerial. �

Órgão sobre Política, Defesa e Segurança

CIMEIRA DA SADC

O Comité Inter-Estatal de Defesae Segurança (ISDSC)

O Comité Inter-Estatal de Políticase Diplomacia (ISPDC)

Troika da SADC Presidente do Órgão

Troika do Órgão

Liderança da SADC 2004-2005NA SEQUÊNCIA da Cimeira da SADC em Agosto de 2004, oPresidente da SADC é o Primeiro Ministro das Maurícias, Pa u lB e r e n g e r. Juntando-se a ele na Troika é o antigo Presidente da SADC,o Presidente Benjamin Mkapa da República Unida da Tanzania e,como Vice-Presidente, o Presidente Festus Mogae do Botswana. OPresidente do Botswana será o próximo Presidente da Cimeira daSADC em Gaborone em Agosto de 2005.

O órgão da SADC consiste do actual Presidente, o PresidenteThabo Mbeki da África do Sul, o anterior Presidente, o PrimeiroMinistro do Lesotho, Pakalitha Mosisili e seu vice-Presidente, oPresidente Hifikepunye Pohamba da Namíbia. �

Ministros dos Negócios Estra n g e i r o s ,Defesa e Segura n ç a

10 A SADC HOJE Abril 2005

cinquenta e cinco observadores foramdestacados ao longo do Zimbabwe tantonas zonas rurais e urbanas para observaras eleições.

As equipes apoiadas por umacomitiva de 16 veículos para todo ot e r reno foram destacadas paraMashonaland West, Mashonaland East,Mashonaland Central, Bulawayo,Midlands, Matebeleland North,Matebeleland South, Masvingo,Manicalândia e Harare de 23 de Abril a 1de Abril de 2005. O trabalho em cursodos embaixadores da SADC acreditadosem Harare criou a fundação para amissão de observação eleitoral.

A Missão viajou extensivamente nasáreas rurais e urbanas cobrindo 95% dototal dos círculos eleitorais nacionais eesteve presente em mais de 2000reuniões e comícios políticosorganizados pelos partidos políticos ecandidatos independentes. O líder daMissão viajou em todo o país porestrada e por ar, visitando as zonasrurais tais como Mutoko emMashonaland East, Shamva emMashonaland Central, Odzi naManicalânda, Great Zimbabwe emMasvingo e Gwanda em MatebelelandSouth. Em geral, a fase pré-eleições foicaracterizada pela paz, tolerância evigor político dos líderes partidários ecandidatos.

Não se observou nenhuma violênciano país excepto poucos incidentes, queforam prontamente atendidas ereportadas à polícia.Em relação ao processo de votação, é oponto de vista geral da SADC de que aseleições foram conduzidas de umaforma aberta, transparente eprofessional.

As assembleias de voto abriram efecharam nas horas indicadas e a SADCficou impressionada com a forma ord e i r ae paciência dos eleitores, que acre d i t a m o s ,t e rem sido capazes de exprimirem o seuvoto de forma pacífica, livre e semimpedimentos. Aimagem que emergiu aofecho das assembleias de voto foi de umdia de eleição, que foi pacífico. Istoconfirmou a determinação do povo doZimbabwe de fazer o seu melhor paraimplementar os Princípios e Normas daSADC Governando as EleiçõesDemocráticas na re g i ã o .

O processo da contagem de votos foilevado a cabo de forma meticulosa e legal.

É de notar que todos osintervenientes começando de oficiaisdos partidos, monitores, presidentes daassembleias e observadores locais

desempenharam o seu dever de formaesperada e nenhum deles deixou a salaantes que a contagem terminasse.

No desempenho dos seus deveres aMissão da SADC interagiu com ospartidos políticos e candidatosindependentes. Manteve tambéme n c o n t ros com a União Africana, oF ó rum das Comissões Eleitorais dosEstados Membros da SADC, delegaçõesnacionais, organizações da SociedadeCivil e fazedores de opiniões, membrosda imprensa da região e fora dela. Essasinterações lograram que se tivesse umavisão do ambiente político e secomparasse apontamentos sobre osvários processos eleitorais. A S A D Cficou tocada pelos elogios feitos pelopovo do Zimbabwe onde quer que osseus membros estivessem. A S A D Cgostaria de cumprimentar a todosaqueles que, de uma ou outra forma,foram úteis aos membros da Missão.

Durante a afectação, a Missão daSADC observou:� Alto nível de maturidade política;� Clima pacífico no qual os

apoiantes dos diferentes partidospartilharam transporte,interagiram e brincaram um comos outros;

� Muitos membros da polícia foramprestativos;

� O uso de urnas transparentes foium passo rumo à garantia detransparência no processo devotação;

� O uso das linguas Shona, Ndebelee Inglês nas instruções de votaçãodentro das cabines de votoassegurou uma decisão informada;

� A presença da SADC inspirouconfiança aos eleitores;

� A cooperação das autoridadeseleitorais e outras instituições noprovimento de clarificação parareclamações;

� Aprendizagem e familiarizaçãocom o espiríto e letra dosPrincípios e Normas da SADC;

� A polícia prendeu indesejáveismembros de todos os partidospolíticos.

É a esperança da SADC que oespírito da cooperação e tolerânciapolítica e o papel responsável dospartidos políticos, que prevaleceu atéaquí, vai continuar a crescer no seio detodos os partidos políticos e actore sprincipais na fase pós-eleições comoparte da re - e n e rgização do momentovisando a construção da nação e

reconciliação. Todavia, a Missão daSADC notou questôes e áreas que vãop recisar de ser reformuladas e oumelhoradas.Elas incluem:� Melhoria do acesso equitável à

i m p rensa pública pera todos ospartidos políticos;

� A necessidade de simplificar osprocedimentos e assegurar que asautorizações para educação cívicasão facilmente e antepadamentep rovidenciadas pelas autoridadesrelevantes;

� A necessidade de ampla publicaçãode cadernos eleitorais actualizados everificados;

� A necessidade de assegurar que todaa polícia e presidentes de mesas sãoinformados do papel e direitos dosobservadores; e

� Assegurar que todas as reclamaçõessão suportadas por factos credíveis everificáveis para facilitar o seuseguimento e rápida tomada dedecisão.A Missão da SADC ficou

preocupada pelo número de pessoas queforam mandadas voltar das assembleiasde voto. Após consultas com a ZEC e oRecenseador de Eleitores, a Missão foiinformada de que muitas delas forammandadas voltar porque não tinhambilhetes de identidade válidos, nãoconsultaram os cadernos eleitoraisdentro do período estipulado, não serecensearam, ou foram aos círc u l o seleitorais e assembleias de voto errados.Esta situação afectou a todos os partidospolíticos e círculos eleitorais.

Não obstante estas razões, é o pontode vista da Missão de que o processo derecenseamento de eleitores precisa deser melhorado.

A Missão recebeu 10 reclamaçõesdos partidos da oposição alegandointimidaçãocamuflada, uso de alimentoscomo arma política, atrazos naautorização de comícios, acesso à mídiaestatal, falta de cumprimento com osPrincípios da SADC, cadernos eleitoraisempolados e prisões ilegais. A Missãodeu seguimento a estas alegações juntodas instituições relevantes e o feedbackfoi dado ao reclamante. É recomendadode forma inequívoca que, logo que osfactos são colhidos, sejam apresentadosao Tribunal Eleitoral para determinação.Todavia, estas reclamações e alegaçõesnão comprometem a vontade do povodo Zimbabwe.

É também o ponto de vista daMissão de que, pese ter havido esforçosde assegurar acesso equitável aos mídiapúblicos, há ainda muito a ser feito nesta

À CONVITE DO GOVERNO d aRepública do Zimbabwe, a Missão deO b s e r v a d o res Eleitorais (SEOM) daComunidade para o Desenvolvimentoda África Austral (SADC) observou de15 de Março a 2 de Abril de 2005 assextas Eleições Parlamentares daRepública do Zimbabwe.

Visto estar preconizado nosPrincípios e Normas da SADCGovernando Eleições Democráticas,tenho a singela honra e privilégio detomar esta oportunidade para anunciara este encontro nobre os pontos de vistapreliminares da SADC sobre o resultadoda sua missão de observação.

Um relatório detalhado abordandoítens específicos dos Termos deReferência (TORs) da Missão vai serapresentada dentro de 30 (trinta) dias.Permitam-me primeiro extender, emnome da SADC e em meu nome,congratular o povo do zimbabweano nasequência da realização de eleiçõespacíficas, credíveis, bem-geridas etransparentes.

O povo do Zimbabwe exprimiu asua vontade de uma formai m p ressivamente instructiva que irácontribuir para a consolidação dademocracia e estabilidade política nãosomente no Zimbabwe, bem como emtoda a região. A SADC deseja, por isso,elogiar o povo do Zimbabwe pelo altonível de tolerância política ematuridade, que demonstrou.

Isso, do ponto de vista da SADC,augura uma cultura que tolera o multi-partidarismo como um pedrafundamental para a democracia.

A Missão foi lançada formalmenteno dia 15 de Março de 2005 na chegadado líder da Missão e do Secre t á r i oExecutivo da SADC. Todavia, a SADCtinha observadores pré-eleitoraisconstituídos pelas Missões Diplomáticasacreditadas no Zimbabwe. Os seguintesEstados Membros foram representadosna Missão: África do Sul, A n g o l a ,Botswana, Lesotho, Namibia, Malawi,Mozambique, RDC, República Unida daTanzania, South Africa and Zámbia.

A Missão estabeleceu um Sala deOperações equipada com profissionais doEscritório do Presidente do Órgão de

Cooperação sobre Políticas, Defesae Segurança e o Secretariado daSADC para coordenar as

actividades dos membro sdestacados pelo país.Orientado pelos Prncípios eNormas da SADC como osseus termos de referência, Continua na página 11

A Missão da SADC congratula o povo do Zimbabwe pelas “eleições pacíficas,transparentes, credíveis, e bem-geridas, que reflectem a vontade do povo”Relatório Preliminar da Missão de Observação Eleitoral da SADC, por Sexa Phumzile MlamboNgcuka sobre as Eleições Parlamentares do Zimbabwe realizadas no dia 31 de Março de 2005.

Abril 2005 A SADC HOJE 11

N U J O M A D I R I G I U o seu país até aindependência da África do Sul, entãosob o jugo do apartheid, no dia 21 deMarço na sequenência da guerra delibertação que durou 24 anos. Ele érespeitado por ter sustentado a jovemdemocracia namibiana, forjandounidade e paz entre a sua populaçãomultiracial, bem como mantendo umaeconomia estável e próspera.

Um desafio chave para o novop residente é completar a re f o r m aagrária iniciada quando ele eraMinistro de Terras e Reassentamentono anterior governo. A semelhançade muitos países da África Austral, aNamíbia está a tentar assegurar quea terra, um recurso estratégico, édistribuída equitativamente entretodas as classes sociais e utilizada deforma produtiva.

O novo governo de Pohambaeliminou efectivamente sete

ministérios e uma agência, fundindoalgumas das suas funções, e criou 10novos ministérios e agências em seulugar. Foram também reorganizadasseis ministérios e uma agência.

Ele nomeou Nahas Angula paraP r i m e i ro Ministro e LibertinaAmathila, para vice-PrimeiraMinistra. Marco Hausiku, foimantido na sua posição de Ministrodos Negócios Estrangeiros.

O Primeiro Ministro cessante,Theo-Ben Gurirab, foi eleitoPresidente da Assembleia Nacional.

Amathila foi uma das 10m u l h e res nomeadas para posiçõess é n i o res na nova administração,incluíndo cinco ministras, três vice-ministras e uma vice-Presidente daAssembleia Nacional. Pohambatambém elevou o género para umministério da igualidade do género ebem estar infantil. �

Desafios para

o novo governo da NamíbiaO novo Presidente namibiano, Hifikepunye Pohamba, que tomou posse aos21 de Março, reconheceu durante a campanha eleitoral que um dos desafiosa sua frente era manter o legado do seu antecessor, o Presidente SamN u j o m a .

"O presidente fundadorda Namíbia, SamNujoma, (à direita)passou o poder ao seusucessor, HifekepunyePohamba (à esquerda),que foi empossadocomo o segundoPresidente eleito daRepública da Namíbiano dia 21 de Março de2005, que marcou 15anos de independência"

O SEGUNDO presidente da República da Namíbia, Hifikepunye Pohamba, dedi-cou a sua vida para a libertação e desenvolvimento do seu país.

Nascido aos 18 de Agosto de 1935 em Okanghudi, no norte da Namíbia,Pohamba foi educado em escolas missionárias e partilha os mesmos credenciais daluta de libertação que o primeiro presidente, Sam Nujoma.

Em 1960, Nujoma, Pohamba e outros fundadores da Organização do Povo daÁfrica Ocidental (SWAPO) que lutou pela independência da Namíbia da ocupaçãosul africana.

Pohamba foi inicialmente preso em 1961, após que ele foi a Dar es Salam, eregressou a Windhoek em 1962. Dois anos mais tarde, quando a Zámbia se tornouindependente, ele foi enviado a Lusaka para abrir o escritório da Swapo.

Foi eleito ao comité central em 1970 como vice-secretário para administração.Reepresentou o partido no noroeste da África, e tornou-se representante chefe naÁfrica oriental em 1973. Fez o seu treinamento militar entre 1974 a 1978 naTanzania e Zámbia, e estudou na Rússia, onde seguiu os estudos sociais e políticos.

Pohamba tornou-se membro do Bureau Político da Swapo e Oficial Superior daSwapo na Zámbia, bem como Secretário das Finanças. Continuou a servir comosecretário das finanças após ter sido transferido para a sede provisória da Swapo emLuanda. Liderou a direcção de eleições da Swapo em 1989, e foi eleito àAssembleia Constituente.

Na altura da independência em 1990, tornou-se o primeiro Ministro do Interioraté 1995 quando foi nomeado Ministro das Pescas e Recursos Minerais. Em 1999,foi nomeado Ministro sem Pasta, até 2001, quando se tornou Ministro das Terras,Reassentamento e Reabilitação.

Nas estruturas partidárias, Pohamba foi eleito Secretário-Geral da Swapo em1997, e vice-Presidente em 2002.

Pohamba foi seleccionado para candidato presidencial no congresso da Swapoem Maio do ano passado, e ganhou a eleição presidencial em Novembro com 75porcento do voto.

Nujoma permanece presidente do partido até ao próximo congresso do partidoem 2007.Pohamba é casado com Penexupiso e têm seis filhos �

Hifikepunye PohambaPresidente da Namíbia

PERFIL

A SADC acolhe mudança pacífica de liderança na Namíbia

OS PAÍSES vizinhos elogiaram a Namíbia pelos 15 anos deindependência e transição pacífica de liderança. Num tributo aoP residente cessante, Sam Nujoma, da Comunidade para oDesenvolvimento da África Austral (SADC), o presidente tanzaniano,Benjamin Mkapa, membro da actual troika da SADC, disse que Nujomadeixa “uma tradição democrática forte e um país que está em pazconsigo e seus vizinhos."

Ele também elogiou Nujoma por ter abandonado o poder de umaforma apropriada. “Está a deixar o cargo pacificamente quando o povoda Namíbia ainda o amam e o respeitam. De direito junta-se ao exércitode antigos estadistas africanos já reformados, e em África amamos erespeitamos os idosos.”

O novo presidente do normalmente país árido foi empossado numacerimónia abençoada pela chuva e presenciada por oito chefes de estadoda SADC, bem como pelo Rei Letsie do Lesotho, Rei Mswati daSuazilândia, e os presidentes Robert Mugabe do Zimbabwe, BenjaminMkapa da Tanzania, Festus Mogae do Botswana, Thabo Mbeki daÁfrica do Sul, Levy Mwanawasa da Zámbia, Jose Eduardo dos Santosda Angola, e Olusegun Obasanjo da Nigéria, o actual presidente daUnião Africana. �

área para melhorar o acesso à mídiaestatal pela oposição. Houve tambémpreocupações levantadas pela oposiçãorelacionadas com a tinta indelével e é dedireito que elas sejam examinadas pelasautoridades eleitorais relevantes. Umaalegação de particular preocupação paraa Missão foi a referência do uso dealimenyos como uma ferramenteeleitoral, que a Missão não esteve emposição para confirmar. Isso deve sermais investigado pelas autoridadesrelevantes.

As Autoridades Eleitorais doZimbabwe demonstraram não somenteuma execução profissional de dever,mas também um alto sentido deequidade de género e re p re s e n t a ç ã ojuvenil no processo eleitoral.

Esse esforço merece elogios e oZimbabwe devia ser encorajado apermanecer firme neste caminho.

Mais uma vez, a Missão da SADCcongratula o povo do Zimbabwe pelaseleiões pacíficas, transpare n t e s ,

Resultados das leições ZimbabweanasDescrição de assentosZANU PF 78MDC 41Independente 1Total de assentos contestados 120Total de mulheres eleitas 19Alocados pelo conselhode chefes* 10Nomeados pelo Presidentecomo governadores provinciais* 10Outras nomeações presidenciais* 10Completa Assembleia legislativa 150* assentos não contestados

Eleições do Zimbabwe reflectem “vontade do povo”

Continuado da página 10 credíveis, e bem-geridas, que reflectem avontade do povo.

Em linha com os Princípios eNormas da SADC, a Missão gostaria deapelar a todos os partidos políticos ecandidatos a respeitarem a vontade dopovo e, quaisquer reclamações devemser dirigidas ao Tribunal Eleitoral.

Gostaríamos de reiterar ocometimento da SADC de continuar aapoiar o povo do Zimbabwe nare c o n s t rução nacional e esforços dedesenvolvimento. � 3 de Abril de 2005

A ANGOLA PLANEA abrir a suaprimeira bolsa de valores no terceiroquarto do ano, segundo o ministroda indústria do país. Vão ser listadas10 companhias na bolsa com um

valor agregado do mercado demais de US$biliões.O ministro disse que na

região da SADC somenteAngola, Tanzania e aRepública Democráticado Congo não têm merca-dos de capitais (BusinessReport) �

12 A SADC HOJE Abril 2005

Moçambique providencia oportunidades denegócio para rápida expansão económicaO NOVO governo de Moçambiquelançou um ambicioso planoquinquenal para rápida expansãoeconómica, visando melhorar odesenvolvimenyo social e rural, efortalecer “a classe empre s a r i a lnacional.” O objectivo do programa,a p resentado na Assembleia daRepública pelo governo doPresidente Armando Guebuza, é dereduzir a pobreza e disparidaderegional, e acelerar o país rumo auma alta prosperidade sócio-económica. Após a aporvação peloparlamento, o plano vai ser umquadro para o planeamento anual eorçamentos nacionais.

O novo plano propõe criar umambiente favorável ao investimentoe negócios, e “conducente aexpansão da iniciativa privada,acção e investimento dos cidadãos esuas instituições.”

O plano de cinco anos propõereduzir os níveis da pobre z aabsoluta no país, “através dap romoção de um cre s c i m e n t oeconómico rápido, sustentável eabrangente, focalizando a atnção nacriação de um ambiente favorável aoinvestimento e desenvolver umaclasse empresarial nacional.”

O governo promote “pre s t a rmaior atenção à actividades viradaspara o desenvolvimento acelerado esustentável das zonas rurais, e vaimultiplicar iniciativas viradas para acriação da riqueza no campo, bemcomo a sua estratégia fundamentalpara a luta contra a pobreza.”

As mulheres “estarão no centroda atenção... procurando assegurarque elas gozam de igualdade deoportunidades e direitos, levantandoo seu nível educacional, efortalecendo o seu papel deeducadoras de gerações futuras.”

Esse plano de londo alcance quevisa abordar a inercia na economia esociadde, diz que o papel do estado éde encorajar o crescimento do capitalhumano, e da infrastuturaeconómica e social, e de providenciarserviços básicos.

Acrescido à redução da pobreza,o plano quinquenal enfatiza “osesforços necessários para consolidara unidade nacional, paz edemocracia; auto-estima doscidadãos; luta contra a corrupção eb u rocracia; e o fortalecimento dasoberania nacional e cooperaçãointernacional.”

Também promete fazer revisãoda lei laboral do país para assegurar“maior flexibilidade do merc a d olaboral.” �

Bolsa de valoresplaneada para Angola

Centros telefónicosda RSA podemdizer aló aomundo

TECNOLOGIA

ENERGIA

A ÁFRICA DO SUL se posicionou nomapa como uma competição viável nonegócio lucrativo de telefonemas aoe x t e r i o r. Isso foi tornado possívelatravés de uma transformação radicaldo sector de telecomunicações.

A remoção pelo governo deregulamentos (privatização) que hámuito tempo vinham protegendo omonopólio da grande empresa de tele-comunicações, Telkom, abriuoportunidades para centros telefónicosc o m p e t i rem sem os constrngimentos dep reços artificiais. Duas mudanças foramc ruciais: agora os operadores podemutilizar legalmente o Voice OverInternet Protocol (VOIP), e não já nãoforçados a fazer as suas chamadas via arede da Te l k o m .

Isso dá aos operadores privadostotal controle sobre a qualidade dachamada e salva-os de pagar as tarifasda Telkom, um medida que vairevolucionar a indústria.

N a s e q u ê n c i a d e s t edesenvolvimento, o enstusiasmointernacional foi rapido na indústria.Em 2004, apesar dos custos limitadosdas chamadas, a província do CaboOcidental ganhou 11 centro stelefónicos internacionais ouprocessos de negócios de terciarização.Estes negócios criaram 2,000 empregose geraram investimentos.

A liberalização nesta indústria é

Eskom pretendeenergia do Zimbabwe

Angola descobre novocampo petrolífero

Projecto de energiaWestcor para todaa SADC

O MINISTRO tanzaniano da indústriae comércio está a encorajar o uso dasTecnologias de Informação eComunicações como uma ferramentabásica no negócio, dizendo que todosos que não as usam de forma efectivavão ficar atrás neste mundo denegócios competitivo.

A Cámara de Comércio, Indústriae Agricultura da Tanzania (TCCIA)tem estado a treinar empresários emabilidades das TICs tais comoautomação de escritórios, contascomputarizadas e montagem edesenvolvimento de páginas da web(The Express) �

O CONSELHO DE MINISTROS DASADC decidiu que o crucial Projectodo Corredor Ocidental (Westcor) deveser extendido aos 13 EstadosMembros. O projecto de energia é ume m p reendimento misto envolvendoÁfrica do Sul, Angola, Botswana,Namíbia e República Democrática doCongo (RDC) para o fortalecimentodo fluxo de eletricidade através daregião, usando o grande potencial dascataratas do Inga no rio Congo.

O Conselho ordenou, no seuencontro nas Maurícias em Fevereiro,que deve have uma re p re s e n t a ç ã oabragente dos ministros da SADC nocomité instalador do projecto. �

A A N G O L A ACOLHEU em Março oquinto Fórum Internacional dosbancos da SADC sobre Tecnologias deInformação. O encontro discutiu aactualização dos sistemas detecnologia de informação dos bancoscentrais da SADC, bem comomelhorias, supervisão e monitoria dasactividades monetárias nos países daS A D C �

Fórum dos bancossobre TIs

vital porque dá às companhiasestrangeiras mais liverdade em comooperam. Os investidore sinternacionais têm agora a escolha deoperadores e isso vai aumentar a suaconfiança na indústria. (Business Day)

A ESKOM Holdings da África do Sulo f e receu-se a comprar até 900megawatts de energia do Zimbabwelogo que a expansão da maior estaçãode energia no país seja completa. OZimbabwe, trabaljhando comi n v e s t i d o res chineses, planeaaumentar a capacidade de geração daestação hidro-eeléctrica da Kariba e aestação movida a carvão Hwange.(Business Report) �

A C O M PA N H I A de petróleo feraestatal de Angola, Sonangol, e a BritishP e t roleum (BP) anunciaram a descober-ta de um novo poço petro l í f e ro chama-da Palas-1, nas águas profundas dacosta angolana. Segundo um comuni-cado de imprensa, esta é a quintadescoberta após as descobertasp e t rolíferas dos campos de Plutão,Saturno, Marte e Vénus. Palas-1 estálocalizada numa nova área potencial eespera-se que produza cerca de 5,330barrís de petróleo por dia (ANGOP). �

A Tanzania abraça osTICs

MOEDAPaís Moeda/Unidade (Paridade/US$África do Sul Rand (100 céntimos) 5.78 Angola Kwanaza (100 lwei) 82.90 Botswana Pula (100 thebe) 4.36Lesotho Maloti (100 lisente) 5.90 Madagáscar Franco Malgache 9.150.000 Malawi Kwacha (100 Tambala) 108.05Maurícias Rupee (100 céntimos) 28.85 Moçambique Metical (100 centavos) 8.350.000 Namíbia Dólar (100 céntimos) 5.78República Democráticado Congo Franco Congolês 484.00 Swazilândia Lilangeni (100 céntimos) 5.78 Ta n z a n i a Shilling (100 céntimos) 1.108.00Zâmbia Kwacha (100 ngwee) 4.720.00 Zimbabwe Dólar (100 céntimos) 6.200.00February 2005

Abril 2005 A SADC HOJE 13

SADC, havia uma grande oposiçãoem relação à ideia de que esteseventos fossem organizados apenaspelos departamentos dosministérios de cultura.

P a rece que os esforços iniciais deenvolver artistas e suaso rganizações nacionais nodesenvolvimento destes festivais,tornou-se predominamente aresponsabilidade dos governos dosestados membros. Em muitos casos,apenas tem sido do estado anfitre ã o ,as organizações que participam nao rganização dos festivais bem comona sua revisão. Nos estadosparticipantes, há poucoengajamento dos artistas erespectivas organizações na selecçãodos participantes e na produção dos

APESAR DE NÃO ter ainda havidouma análise crítica acerca do festivalde artes e cultura da SADC, é doconhecimento comum de que foidifícil para a SADC atingir osobjectivos inicialmente traçadospara o evento.

Um desses objectivos era o deusar o festival para construir acomunidade da SADC. Para que talobjectivo fosse alcançado, o festivaltinha que se tornar numa ocasiãore g u l a r, por forma a juntar povos detodos os países membro s .

O festival de música da SADClevado a cabo em 1995 em Harare foio primeiro na implementação daideia do Festival de Arte e Culturada SADC. Desde 1995 aComunidade levou a cabo outro sq u a t ro eventos, nomeadamente oFestival de Te a t ro da SADC emMaputo, o Festival de Dança daSADC em Harare e o Festival deArtes Multidisciplinares emJ o h a n e s b u rg o .

Através destes eventos, os povosda SADC poderão se conhecer bemcomo apreciar a sua origem comum.Esperava-se no entanto, que oFestival de Artes e Cultura da SADCtivesse constituído o momento paraque as pessoas re g u l a r m e n t ecelebrassem essa rica diversidadecultural. Esperava-se também que oevento promovesse o crescimento daindústria cultural que contribuíssepara o desenvolvimento económicoda comunidade.

Através dos festivais de arte ecultura, todo o mundo esperava quese patrocinasse e consumisseefectivamente as artes e culturaregional. Esperava-se que esteseventos culturais se tornassem emgrandes atracções turísticas.Esperava-se que, através das váriasmissões dos estados membros daSADC em diferentes partes domundo, o calendário das actividadesculturais da SADC fosse distribuídoaos operadores culturais,p ro m o t o res culturais bem como àso rganizações de artistas.

Esperava-se que com aparticipação no festival de artes ecultura da SADC, os artistaspudessem formar parcerias queviabilizasse o início de excursões e

Revisitando o festival de arte ecultura da SADC

Stephen Joel Chifunyise

d i g ressões internacionaais. Com ofestival, esperava-se atrair a atençãodos pro m o t o res de eventos que,depois, poderiam org a n i z a rconcertos re g u l a res e viáveis emd i f e rentes estados membro s .

Muitos dos objectivos acimamencionados não foram atingidos.Os festivais não foram levaos a caboregularmente. E se foram, não foramadequadamente promovidos. Ospovos da SADC não transpuseramas suas fronteiras para vire mconsumir as artes e cultura dac o m u n i d a d e .

Em muitos casos apenas foramos artistas que atravessaram asf ronteiras para virem atender aosfestivais de artes e cultura. De facto,os festivais não mereceram atenção epermaneceram insignificantes paraos órgãos de comunicação de massados países da SADC, da indústriaturística bem como dos pro m o t o re sc u l t u r a i s .

Os custos da realização desteseventos permanecerãoinsuportáveis para a maioria dosestados membros enquanto a ideiade cooperar com o sector privado nofinanciamento dos festivais não forp ro m o v i d a .

Nos princípios dos anos 90,quando a comissão dos oficiais doentão sector da cultura e informaçãoda SADC detateu a ideia dosfestivais da Cultura e Artes da

p rogramas a serem apresentados nof e s t i v a l .

Este pobre envolvimeto dosartistas na planificação e revisão dosfestivais de artes e Cultura da SADCfoi responsável pela forma algocentralizada e burocrática em que oseventos foram levados a cabo. Comoresultado, torna-se difícil aos artistasv e rem estes eventos como seus.

Não há processos claros quepermite aos artistas influenciarem osgovernos no concernente a forma econteúdo dos festivais. Grande partedas organizações de arte seenvolvem nos processos faltandoapenas algumas semanas para oinício dos festivais.

E isto limitou-se à identificaçãode participantes. Mesmo estep rocesso é limitado à gru p o surbanos minoritários que sãoescolhidos sem envolvimento dassuas organizações nacionais para apublicidade dos programas criadospara eventos culturais re g i o n a i s .Em muitos aspectos a SADC nãoconseguiu fazer do Festival de A r t e se Cultura da SADC um grandeassunto para associações artísticasnacionais. �

O autor, Stephen Joel Chifunyise, é umd r a m a t u rgo, perito em teatro e ex-s e c retário permanente do Ministério daEducação e Desportos do Zimbabwe eesteve na organização do festival dasartes ecultura da SADC.

O papel das Comunidades Económicasregionais na implementação da NEPAD:o caso da Comunidade para oDesenvolvimento da África Austral. Gaberone,Botswana, SADC, 2004,14pp.Este documento ilustra a relação entre SADC e NEPA Dno processo de desenvolvimento da região africana.D e n t re outras iniciativas, os assuntos abord a d o senglobam energia, transportes, turismo água,agricultura, saúde, HIV/SIDA e meio ambiente.Disponível na SADC, P.Bag 00095, Gaberone, Botswana.re g i s t r y @ s a d c . i n tsítio da internet: www. s a d c . i n t

Plano Estratégico Indicativo do Órgão da SADCs o b re Cooperação em Política, Defesa, eSegurança (SIPO)G a b e rone, Botswana, SADC 200485 pp.Este documento traça a estrutura e metas para acriação de um clima político estável e pacífico bemcomo um clima de segurança na região austral deafrica. SIPO foi desenhado no Protocolo sobreCooperação em Polítca, Defesa, e Segurança e noPacto de Defesa Mútua.Disponível na SADC

Educação o Exílio: SOMAFCO, a escola doCongresso Nacional Africano em Tanzania,1978 a 1992.Morrow, Sean; Maaba, Brown e Pulumani,Loyiso. Cape Town, África do Sul, HSRC, 2004,232pp.O livro contém o debate e dificuldades envolvendo aformação da escola no exílio onde a maioria dosparticipantes estavam longe dos seus familiares eoutras estruturas de apoio. Ele examina o currículo, ametodologia e a filosofia de ensino, com todascontradições e paradoxos.Disponível na HSRC Press, Human Sciences ResearchCouncil, P.Bag X9182, Cape Town, 8000, África do Sule-mail:[email protected]ítio da internet: www.hsrcpublishers.co.za

De Zaire à República Democrática do Congo.Nzongola-Ntalaja, Georges. Upsala, Suécia,Nordic Africa Institute, 2004,25pp.Um exame à situação social e políitica da RepúblicaDemocrática do congo desde 1997. Também

perspectiva os aspectos para uma boa transição sociale política. Disponível na: The Nordic Africa Institute,Caixa Postal 1703, SE-751 47, Upsala, Suécia.e-mail: [email protected]ítio da internet: www.nai.uu.se

Namíbia 2004. Metas de Desenvolvimento doMilénio. Windhoek, Namíbia. A ComissãoNacional do Plano, 2004.40pp.O relatório passa em revista o estado e as tendências,em termos do alcance das metas de desenvolvimentodo milénio, os grandes desafios e oportunidades parao alcance das Metas de Desenvolvimento do Milénio.Disponível no Gabinete doPresidente, ComissãoNacinal do Plano, Parque do Gabinete do Governo.P.Bag133356, Windhoek, Namíbia.Ítio da Internet: www.grnnet.gov.na

Declaração Solene sobre a Política Africana daSegurança Comum. Addis Abeba, Etiópia,União Africana, 2004.33pp.A declaração enfatiza a necessidade de umacooperação mais próxima entre a União Africana e asOrganizaçãoes internacionais e regionais.Disponível na União Africana, C.P.3243, Adia abeba,Etiópia.e-mail: [email protected]ítio da internet: www.africa-union.org

Techno-Hype ou Info-Hope? Sociedade Civil daÁfrica Austral ataca o porblema da CimeiraMundial sobre a Sociedade de Infomação(WSIS).Armstrong, Chris. Amsterdam, Países Baixos.Instituto Holandês para Africa, 2004.89pp.Este relatório contém algumas das valiosasactividades dos “corredores” levadas a cabo eexperiências acumuladas por vários stakeholders aolongo e durante a fase de Cimeira Mundial sobre aSociedade de Informação de Genebra. A meta desterelatório é de providenciar alguns dos pontos devista sobre o impacto que estas actividades tiverampara a WSIS até a data.Disponível na Instituto Holandês para AfricaAustral. C.P 10707, 100 ES Amsterdam, Holanda.e-mail: [email protected]ítio da Internet: www.niza.nl

PUBLICAÇÕESVALEU A pena ter esperado por esta longabiografia do arquitecto da luta pelaliberdade e democracia da África do Sul. Éuma abordagem acessível e compreensivada vida de Oliver Reginald KaizamaTambo, baseado nos seus arq u i v o sf a m i l i a res e algumas das suas própriasmemórias preparadas há muitos anos atrás.“ Uma biografia é um género que não éexactamente uma história nem umromance”, diz a autora, Luli Callinicos, eela tem o mérito em captar tanto “o outropaís”, o passado como a vida particulard e n t ro dele. O presidente Thabo Mbeki,que trabalhou de perto como OliverTambo ao longo dos 30 anos de exílio,d e s c reve-o como “o arquiteto chave danossa revolução que levou a nação sulafricana à era da liberdade e democracia”.Mbeki diz no prefácio do livro que “ vidae carácter de Oliver Tambo são a metáforada luta”.

OR Tambo jogou um papel central nodesenvolvimento do ANC e de forma aosseus estatutos desde os anos de 1940 até osanos 1980, tendo o respeito pleos direitoshumanos no centro da política do ANC. Eledirigiu o ANC ao longo da luta no exílioenquanto o seu amigo e parceiro NelsonMandela minguava nas Ilhas Robben, ee n g e n d rou a Declaração de Harare em1989, o caminho das negociações para o fimdo Apartheid. Tambo viu o início doprocesso e fez-se à casa, mas sucumbiadevido à doença em Abril de 1993, aos 75anos de idade. Com algumas raras ehistóricas fotografias, muitas das quais do

álbum fotográfico da família Tambo, estelivro é um ítem para colecionadores.

Publicado por David PhillipPublishers, e imprensão da New

Africa Books na Cidade de CapeTown,2005. �

Crónica dos dias de RomaNegociações de paz de Moçambique

Dlhakama, o presidente das forças rebeldesRENAMO e pelo negociador-chefe dogoverno, Armando Emílio Guebuza, eleitopresidente em Dezembro de 2004 �

Negociações de Paz de Moçambicanas –Crónicas dos dias de Roma. – Publicado ePortuguês pelo Centro de EstudosEstratégicos e Internacionais CEEI doInstituto Superior de RelaçõesInternacionais. Maputo, 2005

E S TA É a primeira história feita por umMoçambicano acerca das negociações de pazem Roma, que duraram dois anos e produziuo acordo que pós fim à Guerra emMoçambique. O autor, Tomás Vieira Mário, éjornalista que cobriu as conversações desde oprincípio até o fim, conservou um diário edesenvolveu uma reflexão profunda sobre oque transpirou. Os acordos de paz de 04 deOutubro de 1992 foram assinados por Afonso

14 A SADC HOJE Abril 2005

Abril 2005 A SADC HOJE 15

A CO M U N I D A D E PA R A O DE S E N V O LV I M E N T O

DA ÁFRICA AUSTRAL HOJE

Vol 8 No 1 Abril 2005

A REVISTA A SADC HOJE é produzida como uma fonte dereferência das actividades e oportunidades na Comunidadepara o Desenvolvimento da Africa Austral, e um guia para otomadores de decisões à todos níveis do desenvolvimentonacional e internacional. Os artigos podem ser reproduzidosl ivremente pela imprensa e demais, desde que citemdevidamente a fonte.

EDITORMunetsi Madakufamba

COMITÉ EDITORIALChengetai Madziwa, Bayano Valy,Eunice Kadiki, Mukundi Mutasa,

Chenai Mufanawejingo, Chipo Muvezwa,Alfred Gumbwa, Maidei Musimwa,Pamela Mhlanga, Phyllis Johnson

ACESSORES EDITORIAIS

Esther KanaimbaChefe da Unidade de Comunicação, SADC

Petronilla NdebeleOficial de Informação, SADC

A SADC HOJE é produzido seis vezes por ano pelo Centro deDocumentação e Pesquisa para África Au s t ral para o Secretariadoda SADC em Gaberone, Botswana, como uma fonte deinformação e conhecimento relevante para a Comunidade para oD e s e nvolvimento da África Au s t ra l .Os conteúdos consideram os Objectivos de Desenvolvimento doMilénio e a Nova Pa rceria para o Desenvolvimento da A f r i c acomo integrantes do desenvolvimento regional.

© SADC, SARDC, 2005

A SADC HOJE aceita contribuições de pesoas singulars eorganizações dentro da região da SADC em formas de artigos,f o t o g rafias, notícias e comentários, bem como artigos releva n t e sp r ovenientes de fora da região. Os artigos, fotos e ilustra ç õ e spublicadas são pagos na base de um valor padrão. Os editoresr e s e r vam-se ao direito de seleccionar ou rejeitar e editar os artigosde acordo com o espço disponível Os comentários não vinculamnecessariamente as posições oficiais nem opiniões da SADC nemda SARDC.

COMPOSIÇÃO E MAQUETIZAÇÃOTonely Ngwenya

Arnoldina Chironda

ILUSTRAÇÕES FOTOGRÁFICASTodos artigos da SARDC, excepto: 6, P Wade; 10, B Valy-

SARDC excepto Segundo à direita, The Herald; 11 (àesquerda), Ministério Namíbio da Informação e Difusão; 16,

Zambia Daily News

IMPRESSÃO ORIGINALDS Print Media, Johannesburgo

A correspondência deverá ser endereçada para:The Editor, SADC TODAY

SARDC, 15 Downie Avenue, Belgravia, Harare, ZimbabweTel 263 4 791141 Fax 263 4 791271

[email protected]

A SADC HOJESARDC, Rua D. Afonso Henriques, 141, Maputo, Moçambique

Tel 258 1 490831 Fax 258 1 [email protected]

Information 21 Websiteswww.sadc.int; www.sardc.net; www.ips.org; www.saba.co.za

A SADC HOJE é patrocinada pelo governo Belga através do projecto de informação 21, cujoo b j e c t ivo é fortalecer a integração regional através da partilha da infomação e conhecimento,baseada nas seculares e históricas afinidades e ligações sociais e culturais entre os povos da

região, bem como para o avanço da agenda da SADC no século 21.

AGENDA DE EVENTOS 2005Abril4-6 Etiópia Reunião ministerial da União Africana sobre transportes e Objectivos de Dsesenvolvimento do Milénio

8-9 África do Sul Workshop do Fórum dos Editores da África Austral sobre Gênero, HIV/SIDA. A reunião visadesenvolver linhas de orientação ética nas reportagens sobre HIV e SIDA

6-10 Nigeria Primeira Cimeira Africana da Juventude sobre Globalização. Juntando jovens africanos de todo o continente que são activamente responsáveis em suas ONG, IGOs para decidir sobre as grandes análisesafricanas da globalização.

11 South Africa Conferência Internacional sul Africana sobre HIV/SIDA, Alimentação, Nutrição e Segurança.Organizado pelo Instituto Internacional de Pesquisa sobre a Política Alimentar. A conferência ofereceum fórum para que os pesquisadores e praticantes partilhem experiências de pesquisas operacionais.

26-1/05 Zimbabwe Festival Internacional deArtes. Uma celebração multicultural de artes, envolvendo teatro, artesvisuais, dança e música proveniente de todo o Zimbabwe, região da África Austral de toda partedo Mundo.

28 Maurícias Fórum da SADC/Índia. Uma intercação ministerial entre a SADC e a Índia baseada nos acordosde parceria de 2003.

Maio16-27 ONU, Nova York Fórum sobre Objectivos de Desenvolvimento do Milénio acerca dos povos indígenas. O fórum focará

na erradicação da pobreza e fome, e alcance da educação primária à nível universal.

17-19 South Africa Africa do Sul Exposição Export Africa 2005A primeira exposição multi-sectorial demonstrando exportadores africanos e fabricantes aos potenciaisparceiros comerciais do globo inteiro

Junho1-3 South Africa Africa do Sul Cimeira Económica Africana.

Organizada pelo Fórum Económico Mundial, a cimeira traz no mesmo lugar o sector privado,sociedade civil, e líderes políticos para discutir as oportunidades de comércio e investimentoem África.

1-15 Tanzania Capacitação do Gênero em matérias de Políticas e HIV e Sida.O curso focalizará no reforço das capacidades dos actores a nível superior, fazedores de políticas e gestores que trabalham com questões relacionadas com HIV/SIDA.

12-16 Qatar Qatar Segunda Cimeira Sul.A cimeira traz ao mesmo sítio chefes de estado e de governo das nações em desenvolvimento,para um encontro em Doha, Qatar, para disutir a cooperação no âmbito do comércio e investimento.

20-22 Lesotho Lesotho Arbitragem regional sobre os prémios da SADC para a Comunicação Social.Com objectivos de adjudicar o prémio refente a comeptição de

29-30 Malawi Quinto Encontro Consultivo de Parceiros do Global Water Partnership Southern Africa.

Julho3-4 Líbia União Africana em 5a Seesão Ordinária da Assembleia Annual dos Chefes de Estado e de Governo.

6-8 Escócia Cimeira dos G8Sob a presidência do Reino Unido a cimeira irá focar sobre os desafios africanos e às mudançasclimáticas climate change.

10-13 Canadá 15a Conferência Mundial sobre a Gestão de Desastres.Os delegados irão examinar conceitos e métodos tradicionais de gestão de calamidades. OTema é: A mudança da abordagem na gestão das calamidades – definindo o novo normal

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A Cooperação regional da AfricaAustral deve as suas origins aosfactores históricos, económicos esociais e culturais que criaramfortes relações de solidariedade eunidade entre os povos da AfricaAustral.

Estes factores contribuírampara a Formação de umapersonalidades da Africa Australdistinta, que engloba re l a ç õ e spolíticas, económicas, sociais eculturais. O estabelecimentoformal das estruturas para promover a cooperação regional começoucomo uma iniciativa dos países da Linha da Frente, cujos membrosoriginais eram Botswana, Tanzania and Zambia. Esta iniciativa foiinicialmente direccionada para a libertação polítca da região.

Desde 1975 quando os ELF cresceram para cinco membros, devido aindependência de Moçambique e Angola, os líderes encontraram-sergularmente para coordenar esforços, recursos e estratégias, na ajuda aosmovimentos de libertação nacionais da África austral na luta contra oracismo, colonialismo sob o domínio da minoria branca. Eles tiveram queconfrontar–se com desestabilização económica e politica levada a cabopela África do Sul. A intensificação da luta em ambas as frentes, reforçouos laços de solidariedade e a necessidade da acção colectiva.

Muito dos países da África austral tiveram a independência políticanos anos de 1980 mas sob o pano de fundo da pobreza causada pelopassado colonial que favorecia as minorias, e destruiu a infrastruturasocial e económica, e a ameaça de poderosos e hostís vizinhos governadospor minorias brancas. Deste modo, os líderes viram a necessidade dep romover o desenvolvimento económico através da integração ecooperação conomica.

Por isso, baseado na Conferência de Arusha, em Julho de 1979, em quese acordou na estratégia do lançamento de uma ConferênciaCoordenadora para o Desenvolvimento da Africa Austral (SADCC), osnove Angola, Botswana, Lesotho, Malawi, Mozambique, Swaziland,Tanzania, Zambia e o que se tornaria independente em seguida, oZimbabwe – encontraram-se ao nível de uma Cimeira em Abril emLusaka, e declararam o seu cometimento em aplicar políticas visando alibertação económica como a base para o desenvolvimento sustentável eintegrado das suas economias.

Feriados Públicos na região daSADC Maio a Julho de 2005

1 Maio Dia dos Trabalhadores/ Todos2 Maio Feriado Nacional Malawi, Zambia, Zimbabwe2 Maio Dia de Maulid

(sujeito à aparição da lua) Tanzania5 Maio Dia da Ascenção da

Nossa Senhora Botswana, Lesotho,Swaziland, Namibia

17 Maio Dia da Libertação DRC25 Maio Dia da África Angola, Lesotho, Namibia,

Zambia, Zimbabwe1 Junho Dia Internacional da Criança Angola14 Junho Dia da Liberdade Malawi16 Junho Dia da Juventude Africa da Sul24 Junho Dia do Pescador DRC25 Junho Dia da Independência Moçambique30 Junho Dia da Independência DRC1 Julho Dia do Sir Seretse Khama Botswana4 Julho Dia dos Heróis Zambia5 Julho Dia da Unidade Zambia6 Julho Dia da Independência Malawi7 Julho Saba Saba Tanzania17 Julho Dia do Aniversário do Rei Lesotho18 Julho Dia do Aniversário do Presidente Botswana19 Julho Feriado Nacional Botswana22 Julho Feriado Nacional Swazilândia

25 anos da SADC -enraízados emfortes ligaçõeshistóricas

Um futuro partilhado no seio de uma comunidade regional

SADC celebra o jubileu de prataDepois de 25 anos de existência, a SADC está a celebrar uma personalidadee identidade austral distinta que envolve a cooperação política económicae social que estão no centro dos alcances dos objectivos da região.

“Nos passados 25 anos, a SADC envolveu-se na criação do dinamismoque resultou no sentido de pertença comum e da unidade do povo daregião”, disse Paul Berenger, Secretário da SA Paul Berenger DC e PrmeiroMinistro das Ilhas Maurícias na marcação da ocasião.

Abril 1980. Presidentes Kenneth Kaunda, Ketumile Masire e Julius Nyerere com o Primeiro Ministro nomeado deZimbabwe, Robert Mugabe, na Cimeira Fundadora da SADCC em Lusaka