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1 Interdisciplinaridade: riscos, desafios e encontros As linguagens trabalhadas pela escola são, por natureza, interdisciplinares com as demais áreas do currículo: é pela linguagem verbal, visual, sonora, matemática, corporal ou outra que os conteúdos curriculares se constituem em conhecimentos, isto é, significados a serem formalizados por alguma linguagem, tornam-se conscientes de si mesmo e deliberados. (BRASIL, 1999, p. 90). As primeiras discussões sobre interdisciplinaridade chegaram ao Brasil ainda na década de 1960. Ainda hoje, esse tema continua atual e vem sendo objeto de muitos questionamentos, de muitas reflexões, de posicionamentos diversos. Para alguns, interdisciplinaridade é apenas mais um modismo. Para outros, uma opção didático- pedagógica, um caminho novo para se aprimorar o processo de ensino-aprendizagem, para se conseguir uma efetiva construção do conhecimento por parte dos educandos, de maneira mais global e abrangente. Mas o que é mesmo interdisciplinaridade? Quais são as suas principais características? É mais fácil ou mais difícil ser um educador interdisciplinar? Esse educador corre mais riscos do que um professor tradicional, que não adota a abordagem interdisciplinar? Outras questões: até que ponto nós educadores nos posicionamos como parceiros ou como concorrentes uns dos outros? Em que medida nós percebemos nossa necessidade de um aporte do conhecimento do outro e buscamos romper com a solidão e com o isolacionismo tão comuns nos ambientes de aprendizagem? Como se caracteriza uma sala de aula interdisciplinar? Essas e outras questões precisam ser objeto de nossas reflexões na busca de encontrar algumas respostas que nos auxiliem a elaborar formas de redimensionar essas mesmas perguntas. Dentre outros, esse é um dos objetivos desse texto. Para abrir essas reflexões, podemos constatar que, se por um lado a escola tem tratado o conhecimento de modo fragmentado e descontextualizado, por outro, é

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Interdisciplinaridade: riscos, desafios e encontros

As linguagens trabalhadas pela escola são, por natureza,

interdisciplinares com as demais áreas do currículo: é pela linguagem

verbal, visual, sonora, matemática, corporal ou outra que os conteúdos

curriculares se constituem em conhecimentos, isto é, significados a

serem formalizados por alguma linguagem, tornam-se conscientes de si

mesmo e deliberados. (BRASIL, 1999, p. 90).

As primeiras discussões sobre interdisciplinaridade chegaram ao Brasil ainda na

década de 1960. Ainda hoje, esse tema continua atual e vem sendo objeto de muitos

questionamentos, de muitas reflexões, de posicionamentos diversos. Para alguns,

interdisciplinaridade é apenas mais um modismo. Para outros, uma opção didático-

pedagógica, um caminho novo para se aprimorar o processo de ensino-aprendizagem,

para se conseguir uma efetiva construção do conhecimento por parte dos educandos,

de maneira mais global e abrangente.

Mas o que é mesmo interdisciplinaridade? Quais são as suas principais

características? É mais fácil ou mais difícil ser um educador interdisciplinar? Esse

educador corre mais riscos do que um professor tradicional, que não adota a

abordagem interdisciplinar? Outras questões: até que ponto nós educadores nos

posicionamos como parceiros ou como concorrentes uns dos outros? Em que medida

nós percebemos nossa necessidade de um aporte do conhecimento do outro e

buscamos romper com a solidão e com o isolacionismo tão comuns nos ambientes de

aprendizagem? Como se caracteriza uma sala de aula interdisciplinar? Essas e outras

questões precisam ser objeto de nossas reflexões na busca de encontrar algumas

respostas que nos auxiliem a elaborar formas de redimensionar essas mesmas

perguntas. Dentre outros, esse é um dos objetivos desse texto.

Para abrir essas reflexões, podemos constatar que, se por um lado a escola tem

tratado o conhecimento de modo fragmentado e descontextualizado, por outro, é

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importante observar que o processo de fragmentação do conhecimento não se origina

no interior da escola, mas é fruto do próprio desenvolvimento das ciências, com seus

sucessivos desmembramentos e especializações, sobretudo a partir da segunda metade

do século XIX.

Outro aspecto importante a ser destacado é a relação existente entre a crescente

fragmentação dos saberes, tanto na ciência quanto na escola, e o modo capitalista de

divisão social do trabalho. Essa relação adquiriu novos formatos a partir das teorias

taylorista e fordista, que, por sua vez, orientaram a organização do sistema produtivo

do último século e influenciaram de modo significativo a criação dos sistemas

educacionais baseados nos princípios da sequencialidade e da hierarquização,

conforme aponta Tedesco (1998).

Assim, em uma sociedade rigidamente estratificada e em meio a uma cultura

dividida em nichos de domínios científicos específicos, a escola foi solidificando um

modo de tratar o conhecimento como se ele fosse sempre estático, absoluto e acabado.

Mais que uma ferramenta didática, a organização disciplinar do ensino foi se tornando

um forte instrumento de manutenção da estrutura social vigente, através do reforço do

individualismo e da competitividade desmedida no interior da sala de aula.

Nessa escola, os professores não interagem, os estudantes competem entre si, os

diretores se distanciam da comunidade escolar e as famílias ficam permanentemente

fora dos muros escolares. Cada professor é dono de uma parte da cultura científica, e

os alunos recebem algumas fatias da realidade, que, mais tarde, eles tentarão, muitas

vezes inutilmente, reunir num todo orgânico e coerente, que oriente suas vidas e suas

relações com o mundo natural e social. O afastamento contínuo de todo e qualquer

sentido social da educação e as recentes mudanças no sistema produtivo são algumas

das causas da atual crise dos sistemas educacionais. Como Piaget já nos advertia há

sessenta anos, “o que se deseja é que o professor deixe de ser apenas um conferencista

e que estimule a pesquisa e o esforço, ao invés de se contentar com a transmissão de

soluções já prontas” (PIAGET, 2000, p. 15).

Na tentativa de buscar soluções para essa crise da educação, alguns autores têm

defendido sistematicamente a adoção de um modelo interdisciplinar na prática

pedagógica. E o que significa interdisciplinaridade? Para Heloísa Luck:

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[…] interdisciplinaridade é o processo que envolve a integração e engajamento de educadores, num trabalho conjunto, de interação de disciplinas do currículo escolar entre si e com a realidade, de modo a superar a fragmentação do ensino, objetivando a formação integral dos alunos, a fim de que possam exercer criticamente a cidadania, mediante uma visão global do mundo e serem capazes de enfrentar os problemas complexos, amplos e globais da realidade atual. (LUCK, 1994, p. 64).

Como se pode ver, a interdisciplinaridade é mais que um recurso metodológico,

portanto, deve ser entendida em suas dimensões epistemológica e pedagógica. Do

ponto de vista da epistemologia, a interdisciplinaridade visa desenvolver um novo

conceito de conhecimento, a partir do entendimento de que este é resultado de um

processo dinâmico de interações sociais e em constante transformação. Nesse sentido,

visa romper com a fragmentação dos saberes e desenvolver uma concepção unitária,

global e sistêmica das diferentes explicações e descrições da realidade.

Sob o ponto de vista pedagógico, a interdisciplinaridade facilita a construção de

relações intersubjetivas nos diferentes níveis da educação e permite que os sujeitos

enfrentem situações complexas, que exigem e possibilitem diferentes olhares e

interpretações. Além disso, a interdisciplinaridade é um conceito complementar ao da

contextualização, pois só se pode demonstrar as inter-relações entre diferentes saberes

se forem considerados no interior de seus contextos de origem e de aplicabilidade,

criando um novo significado para o trabalho educativo.

Pode-se afirmar que a interdisciplinaridade favorece a contextualização, ao

mesmo tempo em que nela se nutre. Oportuniza a articulação de diferentes contextos

disciplinares a contextos advindos de várias realidades: a realidade dos vários

educadores, a realidade dos diversos alunos, a realidade da própria escola e da

comunidade onde se localiza o projeto que trata da situação-problema ou do tema a ser

objeto da investigação. Assim, multiplicam-se os olhares, articulam-se disciplinas,

pessoas, saberes e diferentes contextos.

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Essa multiplicidade de visões pode ser um campo fértil para favorecer a

construção de competências. Por isso, o

caminho interdisciplinar oferece muitas

contribuições para a mobilização de

conhecimentos, de atitudes e de valores que

servirão para o amadurecimento dos

educandos. Nesse sentido, a abordagem

didático-pedagógica interdisciplinar

favorece a construção de uma gama de

competências mais abrangentes por parte do

aluno do que os procedimentos de uma

pedagogia tradicional.

A concorrência de várias disciplinas

irá contribuir para a mobilização de

diferentes habilidades, enfoques, saberes e ajudará na ampliação do leque de

competências por parte do aprendiz. Esse aprendiz será levado a considerar dimensões

diferenciadas e terá o seu processo de construção do conhecimento enriquecido por

essa diversidade de olhares sobre uma mesma questão. O nível de observação se

amplia e a visão se alarga para além das fronteiras disciplinares, promovendo-se uma

sinergia que multiplica as possibilidades de estabelecimento de novas relações

cognitivas, uma forma global de se

perceber o objeto de estudo. Há, nesse

processo, uma completude que integra,

que aproxima e que desfaz o

isolamento e a departamentalização do

saber.

A construção de competências

num ambiente de aprendizagem

interdisciplinar é facilitada, pois se dá

num ambiente de aprendizagem

especialmente organizado. Nesse

LEMBRE-SE!

Numa sala de aula interdisciplinar:

• A obrigação passa a ser satisfação, alegria de fazer;

• A arrogância é substituída pela humildade;

• A solidão é quebrada pela cooperação, pela solidariedade;

• O grupo homogêneo é trocado pelo heterogêneo, há diversidade;

• A reprodução é substituída pela produção do conhecimento (Adaptado de FAZENDA, 1994, p. 86).

LEMBRE-SE!

Uma sala de aula interdisciplinar precisa:

• Reorganizar o espaço, permitindo o trabalho cooperativo, em grupo;

• Redimensionar o tempo, com a criação de um calendário especial de atividades;

• Repensar disciplina e ordem, pois num espaço criativo é comum a quebra de rotina e a transgressão de regras corriqueiras;

• Repensar a avaliação numa perspectiva de autoavaliação e de verificação do alcance dos objetivos a partir do próprio grupo, ou seja, co-responsabilidade no processo avaliativo. (Adaptado de FAZENDA, 1994, p. 86).

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espaço, o trabalho pedagógico adquire uma nova dimensão, pois o estudante estará

imerso num ambiente mais rico e, portanto, mais favorável à descoberta de novas

possibilidades de construir o seu conhecimento. A interdisciplinaridade sinaliza para

uma ruptura com a estreiteza da visão única, reduzida à repetição, à memorização, à

transmissão de informações, e se renova em possibilidades maiores de invenção, de

descoberta e de plenitude no processo de aprendizagem e de ressignificação desse

processo. Desse modo, o estudante se defrontará com desafios que demandarão

dimensões mais amplas de mobilização de suas habilidades, valores e atitudes diante

da construção do conhecimento e de suas competências para intervir de maneira

efetiva como agente de transformação.

Assim, ao se optar por um caminho pedagógico interdisciplinar, favorecem-se e

ampliam-se as possibilidades do educando desenvolver o saber-fazer, o saber-

conhecer, o saber-conviver. Competências que conduzem ao saber-ser e, dessa

maneira, seguir vida afora aprendendo e ampliando a capacidade criativa e

investigativa do aprender a aprender.

É importante salientar que a interdisciplinaridade não dilui as disciplinas, mas

mantém as suas especificidades, as suas individualidades. Integra as disciplinas a

partir da compreensão das múltiplas causas ou dos diversos fatores que intervêm sobre

a realidade e trabalha todas as linguagens necessárias advindas das diversas

disciplinas para uma abordagem mais ricamente ampliada. A interdisciplinaridade,

portanto, não nega o conhecimento especializado. Ao contrário, valoriza-o e o integra

num conjunto que o redimensiona, que o ressignifica, servindo para dar consistência,

amplitude e, ao mesmo tempo, profundidade aos estudos e à investigação. Cada

disciplina passa a ser como uma espécie de ramo ou galho de uma mesma árvore,

alimentada pela raiz do mesmo problema, nutrindo a solução com a seiva do seu

conhecimento. O conhecimento floresce e frutifica com mais vigor, alimentado por

diferentes saberes integrados, articulados, solidários na busca da solução ou no

encontro da intervenção mais adequada para a situação-problema.

Nesse mesmo sentido, Pedro Demo afirma que a interdisciplinaridade vinga

melhor em grupo heterogêneo. E complementa:

Não se pode pretender que interdisciplinaridade conjugue a superficialidade do conhecimento, porquanto conhecimento mais

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profundo é sempre especializado. Combatemos o excesso de disciplinarização, porque estreita demais o olhar ao aprofundá-lo mais verticalmente. Mas mantém-se a necessidade de especialização, porque é o preço da profundidade. Neste sentido, a interdisciplinaridade não quer prejudicar a verticalização do conhecimento e, sim, mais alargar até onde possível sua horizontalização. É por isso que trabalho interdisciplinar é, mais propriamente, coisa de grupo. […]. Não interessa somar saberes similares, mas díspares, capazes de ver o que outros não vêem. Trata-se, pois, de somar profundidades, que poderiam iluminar a questão tanto mais. Dentro do grupo, espera-se que cada membro cumpra seu papel, ou seja, dê conta de sua especialização. O matemático espera que o sociólogo lhe traga o que a melhor sociologia possível teria a dizer e vice-versa. Faz pouco sentido um se meter a substituir o outro. Pois serão todos superficiais e banais. (DEMO, 2001, p. 135).

Tudo isso nos leva a perceber que a proposta da interdisciplinaridade é

estabelecer múltiplas ligações e conexões entre os saberes, que podem ser de

complementaridade, convergência, suplementação, ampliação. Ao promover

interconexões, a interdisciplinaridade serve como ponte entre os conhecimentos,

gerando sinergia entre disciplinas, educadores e alunos. Muito mais que encontro de

disciplinas, a interdisciplinaridade refere-se às parcerias que se estabelecem,

caracterizando-se, portanto, como uma relação dialógica entre seres pensantes, que têm

objetivos comuns em torno de uma investigação, de uma descoberta que será mais rica

quanto mais se abrir ao conjunto das reflexões, ao somatório das dúvidas, das

indagações, das buscas, e às amplas possibilidades de cooperação, que favorecem o

encontro de inteligências que se completam.

É importante também que se perceba que, para um trabalho interdisciplinar ser

desenvolvido em plenitude, deve-se buscar o envolvimento de todos desde a sua fase

inicial de concepção até o momento de sua avaliação. Esse processo de participação

permite que haja um aprofundamento coletivo em torno dos conhecimentos

investigados, possibilitando um amadurecimento advindo das diferentes contribuições

e dos diferentes seres que estão envolvidos nesse processo de busca.

Finalmente, podemos imaginar a interdisciplinaridade como uma rede, uma

imensa teia que se vai tecendo a partir de um problema, de um eixo integrador, sob o

comando de uma determinada disciplina. Essa disciplina vai se unindo a outras,

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ampliando os elos do saber com a contribuição das outras disciplinas e até mesmo de

outras áreas do conhecimento. Tece-se, então, uma rede através do comprometimento

das pessoas com a busca, com a descoberta; com a parceria na criação de novos saberes

para a transformação do mundo.

Portanto, a partir de uma compreensão ampliada de interdisciplinaridade, que

a enxerga para além de um mero encontro de disciplinas, pode-se afirmar que o mais

importante não é definir o conceito, mas compreender e refletir sobre atitudes, sobre

modos de ser e de perceber a postura de um educador interdisciplinar.

Pode-se mencionar um elenco de atitudes que caracteriza o educador que se

propõe a um trabalho interdisciplinar: humildade diante dos limites do saber próprio e

do próprio saber; espera diante do já estabelecido para que a dúvida apareça e o novo

germine; deslumbramento diante da possibilidade de superar desafios; respeito ao

olhar o velho como novo; cooperação e parceria para conduzir as trocas e os encontros,

sinalizando para uma ruptura com a solidão pedagógica.

Essas atitudes, que possibilitam a visão de si como educador interdisciplinar,

trazem uma nova dimensão a esse campo: um ingrediente que tempera o fazer

pedagógico, a paixão pela descoberta, pela investigação, pela criação do novo. A

paixão por aprender. E, mais que isso, a atitude de compartilhar essa paixão e fazê-la

crescer, contagiar e ser apropriada por todos os que se sentem parceiros nessa jornada

da aprendizagem interdisciplinar. Um jeito de se perceber como educador que se

enxerga no outro, de forma solidária, que pratica em plenitude uma pedagogia de

trocas, de diálogos, de encontros, mais de pessoas do que de disciplinas.

Os caminhos se abrem à frente, convidativos. Que tal enfrentar os desafios e os

“riscos” de exercitar, praticar e viver a interdisciplinaridade?

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© SESI. Projeto SESI - Curso Currículo Contextualizado. Natal: SESI, 2010.

É permitida a reprodução parcial ou total deste artigo, desde que citada a fonte:

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