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XXI 10/04/2013 Superintendência de Comunicação Integrada CLIPPING Nesta edição: PEC 37 Destaques: Operações revelam fraudes com prejuízo de R$ 1,4 bilhão ao país - p. 01 Ministério Público desvenda esquema de sonegação fiscal - p. 08 98 presos por corrupção - p. 12

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Clipping - PEC 37 - Eletrônico

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XXI

10/04/2013

Superintendência de Comunicação Integrada

CLIPPINGNesta edição:

PEC 37

Destaques:

Operações revelam fraudes com prejuízo de R$ 1,4 bilhão ao país - p. 01

Ministério Público desvenda esquema de sonegação fiscal - p. 08

98 presos por corrupção - p. 12

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EM DIA cOM A pOlítIcA

O café amargo da festa superfaturada

Baptista Chagas de AlmeidaÉ melhor tomar um café bem forte, amar-

go mesmo, porque não dá para fazer festa com o descalabro das contas públicas no Brasil. O cardápio é variado, é o que mostra a Operação Nacional contra a Corrupção, de-flagrada ontem em nada menos que 12 esta-dos brasileiros. O cálculo do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas é que o prejuízo aos cofres públicos tenha sido de R$ 1,1 bilhão. Um valor expressivo, mas muito aquém do que a própria ação revela. A corrupção no país está em todos os níveis. É uma festa só.

O cafezinho do início é sonegação fiscal da grossa em Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. É muito descaramento. O Rio produz 250 mil sacas por ano de café. Vendeu ao Espírito Santo, com alíquota de imposto menor, 3 milhões de sacas. Por isso é tão amargo para o contribuinte honesto.Como o Brasil está na contramão da mora-

lidade pública, é claro que não poderia faltar a venda de Carteira Nacional de Habilitação falsificada, também em vários estados. Na estrada da corrupção, os falsos motoristas habilitados podem estar contribuindo para as estatísticas de mortes no trânsito brasileiro.

Se um traficante está preso por ter sido alvo de outra operação da Polícia Federal, que tal comprar a liberdade dele na Justiça e colocá-lo em liberdade? Foi o que aconteceu em Mato Grosso.

Tem mais: superfaturamento em obras de construção e recapeamento de estradas, des-vio de empresas ligadas a prefeituras. Tem mais. Muito mais.

É uma festa da corrupção. Festa? Bom, então vamos a ela. As fraudes estão na con-tratação de bandas para eventos festivos no Rio Grande do Norte, com ramificações no Ceará, Pernambuco, Paraíba e Bahia.

Tudo isso nos rincões do país, por isso a cifra de R$ 1,1 bilhão. Já imaginou o que acontece com as grandes obras, a construção de hidrelétricas, de longas ferrovias, de ter-minais em portos e por aí vai? Melhor nem fazer as contas.

EStADO DE MInAS - Mg - p. 02 - 10.04.2013

AQUI BH - p. 10 - 10.04.2013 InvEStIgAÇÕES

AÇÃO CONTRA CORRUPÇÃO

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Marcos Ribeiro - Valéria Araújo/Flávio Verão

O Ministério Público investiga 191 par-lamentares no Congresso Nacional. São 160 deputados federais e 31 senadores alvos de processos e inquéritos sobre corrupção ou desvio de dinheiro público. O percentual mostra que a cada 3 parlamentares, um é in-vestigado. Os dados foram apresentados on-tem por membros do Ministério Público em Dourados, durante coletiva à imprensa.

De acordo com o promotor de Justiça, João Linhares, as investigações nos últimos anos aumentaram cerca de 50% e o número de parlamentares com pendência no Supre-mo Tribunal Federal saltou para 40% entre 2011 e 2012.Para ele, a criação no Congresso da Proposta de Emenda a Constituição (PEC 37) pode estar relacionada a estas investiga-ções e o que estas poderiam resultar para os parlamentares. Considerada como “PEC da Impunidade”.A proposta, que está para ser votada na Câmara Federal, tira o poder de investigação criminal dos Ministérios Públi-cos Estaduais e Federais e a restringe apenas as polícias civis e federal.

Neste contexto, a PEC pretende acres-centar um novo parágrafo ao artigo 144 da Constituição da República, para dispor que apenas as polícias podem conduzir uma in-vestigação criminal, eliminando, assim, a participação do Ministério Público entre ou-tros órgãos investigativos. A PEC é subscri-ta pelo deputado e delegado de Polícia civil Lourival Mendes (PTB–MA).

Conforme João Linhares, ao todo, o Mi-nistério Público tem hoje 131 ações penais que investiga parlamentares. Destes, 85 são respondidos por deputados federais. O res-tante tem como alvo os senadores.

“Hoje o Brasil tem o 2º Congresso mais caro do mundo, ficando atrás apenas dos Es-tados Unidos. Em 2013, a Câmara dos De-putados e o Senado Federal devem gastar juntos R$ 8,5 bilhões, o equivalente a R$ 23 milhões por dia. Além dos salários propria-mente ditos, dentro desse valor estão incluí-dos os adicionais noturnos, as incorporações, os adicionais de periculosidade e insalubri-dade, as férias, o 13º salário, entre outros. Só em adicional noturno, por exemplo, Câmara e Senado pagaram R$ 4,4 milhões em 2012.

O MP está pagando pelos seus acertos. Os parlamentares querem acabar com o nos-so poder de investigação criminal porque estamos fazendo um trabalho que, de certa forma, inibe a corrupção”, destacou.

Durante coletiva, os promotores apon-

PEC 37: MP investiga 191 deputados federais e senadoresPromotores acreditam que a criação da PEC pode ter

ocorrido para barrar as investigações contra corrupção no Congressotaram dificuldades e falhas da Polícia, na apuração dos fatos. A preocupação dos membros do Ministério Público é o suca-teamento da entidade e a subordinação das policiais civis e federais a órgãos políticos. “Os policiais não dispõem de estrutura ca-paz de uma investigação que exige maiores recursos tecnológicos ou de grande porte”, destacou o procurador do Ministério Públi-co do Trabalho (MPT), Jefferson Pereira.

De acordo com o promotor Amilcar Araújo, o MP é procurado até mesmo por delegados de polícia para conduzir deter-minadas investigações porque temem reta-liações, como transferências, afastamentos e exonerações. Ele, que atua na Promotoria de Patrimônio Público, diz que nunca rece-beu inquérito da Polícia Civil sobre inves-tigação dentro do poder público.

Em relação a Polícia Federal, o total de inquéritos apresentados foram dois. “Caso a PEC seja aprovada, não haverá investigação contra os investigadores, ou seja, ninguém terá poder para investigar os delegados de polícia, por exemplo e o que eles concluírem é o que estaria valendo”, explica. Segundo João linhares, esta subor-dinação não ocorre no Ministério Público que é um órgão independente.

“Os promotores têm as mesmas prer-rogativas do judiciário. Portanto, não será um interesse político que vai causar a re-moção de um promotor. Nós temos auto-

nomia para investigar, já que o MP não é veiculado a nenhum poder político. Além disso, há melhores condições de se apurar casos complexos e que demandam de total e desinteressada atuação do MP”. destaca.

Ele diz que hoje, o Ministério Público é fiscalizado pela sua Procuradoria, pelo Conselho Nacional do MP e pelo Judici-ário. Diz ainda que, ao contrário das po-lícias, o MP não é subordinado a nenhum cargo político. “Temos orçamento próprio e para ingressar aqui é preciso concurso público”, destacou.

Estiveram presentes durante a co-letiva de imprensa os promotores do Mi-nistério Público Estadual Tiago Di Giulio Freire, Izonildo Gonçalves, Paulo Ishika-wa, Amilcar Araújo, Cláudia Almirão, o procurador do Ministério Público Federal, Marco Antonio Delfino e o procurador do Ministério Público do Trabalho, Jefferson Pereira.Linhares quer mobilizar a popula-ção para que acompanhe o resultado dos votos dos deputados federais e senadores de Mato Grosso do Sul em relação à pro-posta. Ele diz que o Conselho Nacional do MP já regulamentou a atuação do órgão e que toda a ação está sujeita ao controle do Judiciário. “Não somos promotores de acusação. Somos de Justiça. Nem todo o inquérito vira ação penal. Portanto, a justi-ficativa de que a Promotoria tem interesse em acusar não é válida para nós”, destaca.

Promotores de Justiça dão coletiva e se manifestam contra a PEC da Impunidade prestes a ser aprovada na Câmara Federal .

SHARE On EMAIl 11 - On lInE - 05.04.2013

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No fim de 2012, uma Comissão Especial da Câ-mara dos Deputados aprovou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37 para que apenas as polícias possam investigar crimes no Brasil, retirando de ou-tras instituições, como o Ministério Público (MP), os Tribunais de Contas, as Receitas Federal e Estaduais e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), a possibilidade de apurar fatos criminosos.

Em 21 de fevereiro deste ano, o deputado Arthur Lira (PP-AL) requereu a inclusão da PEC na ordem do dia e, desde então, o presidente da Câmara dos Depu-tados vem sofrendo pressões para colocar em votação a PEC 37, o que faz acender o alerta contra a impuni-dade.

A ONG alemã Transparência Internacional, que desde 1995 divulga índices de percepção da corrup-ção, colocou o Brasil na 69.ª posição entre os países menos corruptos do mundo, dos 176 países avaliados em 2012.

Tal posição contrasta com o sétimo lugar ocupado pelo país no ranking das maiores economias do mun-do. Esse paradoxo pode ser explicado pela ineficiência do sistema penal punitivo.

O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) informa que o Brasil tem 513.802 presos, a terceira maior população carcerária do mundo. Porém, punem-se com extremo rigor os crimes que recaem sobre as camadas mais pobres da população (cerca de 70% dos detentos cometeram crimes contra o patrimônio priva-do), em detrimento dos que praticaram crimes contra a administração pública, apelidados “crimes de colari-nho-branco” (0,12% dos presos).

Após o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a opinião pública começou a acreditar que o lugar dos corruptos é na prisão. Entre-tanto, a aprovação da PEC 37, em retaliação aos po-deres investigatórios do MP, é um atentado contra a República e o Estado Democrático de Direito.

Impedir o MP de fazer investigações criminais por conta própria é negar a sua essência constitucional. Pergunta-se: como será possível a defesa da ordem ju-rídica, do regime democrático e dos interesses sociais se o MP se tornar um órgão passivo, inerte, condicio-

nado às investigações apenas da polícia?

O monopólio da competência penal investigatória aos organismos policiais, retirando a possibilidade de o MP investigar, atende aos interesses dos detentores do poder político e econômico que pretendem continuar impunes.

A corrupção movimenta enormes somas de dinhei-ro e retira dos cofres públicos quase R$ 70 bilhões por ano, minimizando os investimentos em educação, saú-de, segurança e infraestrutura.

O MP, assegurado pelas garantias constitucionais da vitaliciedade, da inamovibilidade e da independên-cia funcional, é uma das poucas instituições capazes de enfrentar os crimes “elitizados”, defendendo a Repú-blica e o Estado Democrático de Direito.

Lesões ao patrimônio público, excessos cometidos por agentes e organismos policiais (como a tortura, o abuso de poder, a formação de quadrilha, a constitui-ção de milícias, a concussão e a corrupção) e a omissão das polícias em apurar determinadas infrações penais, em função da qualidade da vítima ou da condição do suspeito, não podem ficar a cargo somente do poder de investigação das Polícias Civis e Federal.

É bom lembrar que os membros do MP estão sujei-tos ao controle dos órgãos sociais – com destaque para a imprensa livre e responsável –, às respectivas Cor-regedorias, ao Conselho Nacional do MP e, de modo especial, ao controle judicial.

O poder de investigação do MP está limitado pelo sistema de direitos e garantias fundamentais, não po-dendo se negar ao investigado, sob pena da anulação das investigações, o seu direito ao silêncio, de se fazer acompanhar de advogado, de não ser constrangido a fazer prova contra si mesmo, nem de determinar medi-das como quebra do sigilo bancário e fiscal, que depen-dem de autorização judicial.

Portanto, não interessa à população brasileira a aprovação da PEC 37. Concentrar apenas nas polícias o poder de investigar crimes é um retrocesso histórico. Ressalte-se que hoje apenas a Indonésia, o Quênia e Uganda não permitem a investigação pelo Ministério Público.

gAzEtA DO pOvO, pARAná - On lInE - 08.04.2013

Alerta contra a impunidade

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IPATINGA – O Ministério Pú-blico de Minas Gerais promove nesta terça-feira (9), em todo o Estado, atos públicos contra a aprovação da PEC 37, apelidada de PEC da Impunidade. Em Ipatinga, a manifestação ocorre às 13h, no salão do Júri,

Haverá manifestações em cida-des como Araxá, Buritis, Conselheiro Pena, Contagem, Governador Vala-dares, Ipatinga, Itabira, Juiz de Fora, Manhuaçu, Montes Claros, Nova Lima, Ponte Nova, Pouso Alegre e Resplendor. No dia 24 desse mês será realizada em Brasília ampla mobiliza-ção nacional contra a impunidade.

As manifestações têm a finali-dade de informar à sociedade sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 37/2011, que tramita no Congres-so Nacional e visa a tornar a ativida-de investigatória criminal exclusiva das polícias judiciárias, cerceando o poder de investigação criminal do promotor de Justiça e de outras auto-ridades, bem como esclarecer quanto aos nefastos efeitos de sua aprovação, no que concerne ao combate à crimi-nalidade, à corrupção e à impunidade no Brasil.Em nota enviada à redação, o promotor Walter Freitas Jr., um dos organizadores do movimento em Ipatinga, afirma que “na contramão dessa realidade, tramita atualmente no Congresso Nacional proposta de emenda constitucional que visa sub-trair os poderes de investigação crimi-nal do Ministério Público e de outras instituições, destinando-os, com ex-clusividade, às polícias judiciárias”. “Diante de tão grave situação, o Mi-nistério Público, com forte apoio de variadas instituições e de diversos se-tores da sociedade civil, como a Asso-ciação Brasileira de Imprensa - ABI, vem adotando várias medidas para demonstrar à população brasileira a nocividade e o perigo que a aprovação da referida proposta representa para o combate à criminalidade e a corrup-ção em nosso país”, argumenta.

Comissão repudia proposta que

Segundo informou o promotor Walter Freitas Jr., no dia 24 desse mês será realizada em Brasília ampla mobilização nacional contra a impunidade

DIáRIO pOpUlAR - On lInE - 08/04/2013

Ato protesta contra limitação do poder de investigação do MPMinistério Público organiza manifesto nesta terça, às 13h, no salão do Tribunal do Júri, e recebe

assinaturas em abaixo-assinado para evitar aprovação de propostalimita investigação criminal

BH - A Proposta de Emenda à Constituição Federal (PEC) 37/11 foi criticada no Debate Público Apuração Penal e Direitos Humanos, promovido pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na manhã desta se-gunda-feira (8), no Plenário da Casa. A PEC, de autoria do deputado federal Lourival Mendes (PTdoB/MA), res-tringe a apuração das infrações penais à competência privativa das Polícias Federal e Civil e foi criticada no even-to. O presidente da Comissão, deputa-do Durval Ângelo (PT), deixou claro que a reunião foi um ato em repúdio à proposta. Segundo ele, o propósito do debate foi, exatamente, fortalecer uma série de atos contrários à aprovação da emenda, manifestações essas que estão sendo realizadas em todo o País.

De acordo com Durval, a PEC traz uma visão equivocada do que deve ser um inquérito policial, dentro do Esta-do Democrático de Direito. Para ele, a proposição é um atentado à democra-cia e, por isso mesmo, o Parlamento mineiro, com a anuência do presiden-te, Dinis Pinheiro (PSDB), é contrário a ela. Na abertura do Debate Público, Durval Ângelo leu uma carta enviada pelo Sindicato dos Delegados de Po-lícia de Minas Gerais (Sindepominas)

e pela Associação dos Delegados da Polícia Civil de Minas Gerais (Ade-polc), protestando contra o formato do debate, uma vez que as duas entidades, favoráveis à aprovação da PEC 37/11, não foram convidadas para compor a mesa. O deputado explicou que o “não-convite” foi proposital, uma vez que a reunião não se destinava a discutir a viabilidade da proposta, e sim repudiá-la. Mas ponderou que a Comissão de Direitos Humanos está aberta a debater o tema com os delegados em audiência pública no futuro.

Segundo o parlamentar, além de intervir de forma abusiva na atribuição investigativa do Ministério Público (MP), a PEC 37/11 traz restrições tam-bém à atuação de outras entidades do Poder Público, como o próprio Legis-lativo. Isso porque as Comissões Par-lamentares de Inquérito (CPIs) perdem a prerrogativa da autoridade policial em suas investigações. Durval lem-brou ainda que o sucesso da maioria das investigações que resultaram em punições a crimes contra os direitos humanos, em Minas, contaram com a participação do MP. Por fim, o depu-tado enfatizou que, de fato, há erros e desvios nas atuações do MP e de outros órgãos e entidades que realizam ativi-dades investigativas, mas que a PEC 37 pretende punir os acertos.

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IPATINGAA Proposta de Emenda à Constituição - PEC 37/2011,

também conhecida como “PEC da Impunidade”, que tira o poder de investigação dos Ministérios Públicos Estaduais e Federal. O objetivo da Proposta é que o processo investiga-tório seja feito pelas polícias Federal e Civil. Se aprovada a PEC pode impedir que outras Instituições também investi-guem (Receita Federal, Tribunal de Conta da União, CPIs entre outras).

Como a Comissão da Câmara dos Deputados de Cons-tituição e justiça que já deu parecer favorável à PEC e por isso ela está pronta para ir a votação em plenário a qualquer momento, o Ministério Público em todo o país vem fazendo uma mobilização que começou no dia 04 de março com a coleta de assinaturas que farão parte de um abaixo-assinados e prossegue até esta segunda-feira (08).

Segundo o Promotor da 3ª. Promotoria criminal de Ipa-tinga, Samuel Saraiva Cavalcante, na terça-feira (09), o MP realiza um Ato Público Nacional, e os promotores do Vale do Aço se reúnem no Salão do Júri do Fórum de Ipatinga a partir das 13h. “Estão sendo convidados a participar também representantes da sociedade organizada, entidades de classe, a imprensa local, para conscientização dos cidadãos acerca da gravidade deste momento. Trata-se de um retrocesso à nossa democracia. Querem suprimir um direito previsto na Constituição de 1988, que garante ao MP o direito investi-gativo. Somente outros três países no mundo contam com tal atraso- Uganda, Indonésia e Quênia. Todos países onde a democracia é limitada”, salienta o promotor.ABAIxO-ASSInADO

O promotor da 8ª Promotoria criminal, Bruno Schiavo, destaca que as assinaturas coletadas serão encaminhadas para o Congresso Nacional. “Na sexta-feira (12), realizare-mos um grande ato em Belo Horizonte, às 9 horas, ao lado da Procuradoria-Geral de Justiça. Finalmente, no dia em 24 de abril, em Brasília, ocorrerá um ato nacional, com todos os Ministérios Públicos reunidos, com as demais entidades parceiras. E nessa oportunidade entregaremos as assinaturas recolhidas contra a PEC 37 ao Presidente da Câmara dos Deputados, demonstrando para os congressistas a grande insatisfação popular contra essa iniciativa parlamentar”, afirma para acrescentar em seguida que os ministros do Su-perior Tribunal Federal- STF já se manifestaram de que o MP também deve investigar.

Investigações podem ficar perdidasO promotor Samuel Saraiva diz que o MP não que su-

primir ou tem interesse de invadir a função da Polícia Civil, mas observa que ficariam inutilizadas as investigações que estão sendo levadas a cabo só em Ipatinga pelos promoto-res: Bruno Cesar Jardini da Promotoria de Execução Penal e também faz o controle Externo das Atividades Policial Civil e Militar; Walter Freitas da promotoria de crimes do Meio Ambiente e da Ordem Urbanística; Fábio Finotti promotor de crimes contra o patrimônio público e contra infância e juventude. “Investigações de âmbito criminal, patrimônio público não poderiam mais acontecer se essa PEC for apro-vada. Poderemos apenas fazer acompanhamento. Dessa um mecanismo de controle independente dos demais poderes que é um instrumento que a sociedade tem para dar a res-posta que ela precisa”, expõe.

Os Promotores da área criminal de Ipatinga, Samuel Saraiva e Bruno Schiavo

JORnAl vAlE DO AÇO - On lInE - 07/04/2013

Promotores realizam ato público contra a PEC 37O objetivo do MP da região é se reunir no fórum de Ipatinga em uma das atividades

que impedem que a PEC 37/2011 seja votada na Câmara dos Deputados para isso vem sendo feito um abaixo-assinado que será entregu eao Congresso Nacional dia 24

Janete Araújo

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Na tarde desta terça-feira (9), a partir das 13h, no Salão do Júri do Fó-rum de Ipatinga, o Minis-tério Público realizará um Ato Público da campanha “Brasil contra a impunida-de – Não à PEC 37”.

Confira a nota que o Ministério Público divul-gou convidando os ipatin-guenses a participarem da manifestação:

1. Como é sabido, dois dos maiores problemas da sociedade brasileira são a corrupção e a impunidade. Nesse contexto, é explicita a necessidade de reforçar as estratégias de combate a esses dois grandes vilões nacionais.

2. Na contramão dessa realidade, tramita atual-mente no Congresso Na-cional proposta de emen-da constitucional que visa subtrair os poderes de in-vestigação criminal do Mi-nistério Público e de outras instituições, destinando-os, com exclusividade, às po-lícias judiciárias. Trata-se da famigerada PEC 37, já

apelidada de PEC da Im-punidade.

3. Diante de tão gra-ve situação, o Ministério Público, com forte apoio de variadas instituições e de diversos setores da sociedade civil, como a Associação Brasileira de Imprensa - ABI, vem ado-tando várias medidas para demonstrar à população brasileira a nocividade e o perigo que a aprovação da referida proposta represen-ta para o combate à crimi-nalidade e a corrupção em nosso país.

4. Para tanto, o Mi-nistério Público brasileiro desencadeou a campanha Brasil contra a impunidade – Não à PEC 37, que pre-tende conscientizar e infor-mar à população que, caso aprovada, a proposta irá gerar uma clara perda de efetividade na persecução e punição dos criminosos, principalmente aqueles de colarinho branco.

5. Serão realizados atos públicos nos estados no período de 08 a 12 de

abril, sendo que do dia 08 ao dia 11 nas as mobiliza-ções ocorrerão nas comar-cas do interior e no dia 12 na Capital. No dia 24 desse mês será realizada em Bra-sília ampla mobilização nacional contra a impuni-dade.

6. O Ministério Públi-co em Ipatinga têm a honra de convidar toda a socieda-de, para o ato público que será realizado no Salão do Júri do Fórum de Ipatinga, no dia 09 de abril de 2013, às 13h.

Ipatinga, 08 de abril de 2013.pEc 37/2011

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37 estabelece que a apuração das infrações penais passa a ser competência priva-tiva das Polícias Federal e Civil. Atualmente, por determinação constitucio-nal, o Ministério Público e outras instituições públicas também exercem, em ca-sos específicos, a atividade de investigação criminal.

Http://www.plOx.cOM.BR - 08.04.2013

Campanha “Brasil contra a impunidade Não à PEC 37” nesta terça-feira em Ipatinga

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IPATINGA

O Ministério Público de Mi-nas Gerais (MPMG) realiza, nesta terça-feira (9), em todo o Estado, atos públicos contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n° 37. No Vale do Aço a manifestação dos promotores de Justiça será rea-lizada a partir das 13h, no Salão do Júri do Fórum de Ipatinga, com a presença de promotores de todas as comarcas da região.

A PEC 37, que vem sendo cha-mada como “PEC da Impunidade”, está em tramitação no Congresso Nacional, com a proposta de retirar o poder de investigação criminal do Ministério Público e de outros órgãos, entre eles o Tribunal de Contas, Receita Federal e o Banco Central, transformando a investiga-ção de crimes atribuição exclusiva das Polícias Civil e Federal.

De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), além de impedir a atuação de insti-tuições fundamentais para o com-bate à corrupção e outros crimes graves no país, ela pode levar à anulação de inúmeros processos e

condenações que tiveram origem em investigações realizadas por es-sas instituições.

Promotor público em Ipatinga, Walter Freitas explica que, no pe-ríodo de 8 a 12 de abril serão rea-lizados atos públicos em todos os Estados. As mobilizações ocorre-rão nas comarcas do interior entre 8 e 11 deste mês e, no dia 12, nas capitais brasileiras. “As manifesta-ções visam prestar informações à sociedade sobre a proposta e todos os efeitos de sua aprovação, no que concerne ao combate à criminali-dade, à corrupção e à impunidade no Brasil”, explicou.

No próximo dia 24, está previs-ta uma ampla mobilização nacional contra a impunidade, marcada para ocorrer em Brasília. Walter Freitas reafirma que a PEC não tira só as atribuições de investigação do MP, mas também de outras autoridades e órgãos como a Receita Federal.

AdesãoEm Timóteo, a promotora Luz

Maria Romanelli confirma a parti-cipação dos promotores da comar-ca no manifesto desta terça-feira, ressaltando que o MP luta para

resguardar os interesses do próprio cidadão. “Isso estaria cerceando o poder de investigação criminal do Promotor de Justiça que, muitas vezes, ajuda no combate à impro-bidade administrativa de políticos e de outras ações criminosas no Brasil”, detalha.

Luz Maria afirma que o MP não tem a intenção de assumir toda e qualquer investigação, mas aque-las nas quais está apto a atuar, com-plementando o trabalho da Justiça e da polícia.

campanha virtual reúne assinaturas contra pEcAlém das manifestações do

Ministério Público em todo o Bra-sil, uma ampla campanha via inter-net, nas redes sociais, vem ganhan-do força contra a aprovação do pro-jeto. Em dezembro do ano passado, o Ministério Público de São Paulo lançou abaixo-assinado eletrônico de repúdio à aprovação da Propos-ta de Emenda Constitucional nº 37 (PEC 37). O abaixo-assinado pode ser acessado pelo endereço: http://www.change.org/pec37.

Repórter : Silvia Miranda

vAlE DO AÇO - On lInE - 09/04/2013

Promotores do Vale do Aço se unem contra PEC da ImpunidadeProtesto em Ipatinga pretende orientar população sobre os efeitos da nova lei

Promotora Luz Maria lembra como o MP tem atuado no combate a políticos corruptos

Walter freitas- romotor Walter Freitas afirma que manifesto será feito para orientar população

ARQUIVO DAARQUIVO DA

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