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1 a . série | Regular | Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias Caro(a) aluno(a)! Esta avaliação objetiva diagnosticar as competências e habilidades que você desenvolveu até a presente etapa de sua escolarização, bem como aproximá-lo(a) das exigências das provas oficiais ao final do Ensino Médio. Por isso, as questões estão formatadas em cadernos, no estilo do Exame Nacional do Ensino Médio Enem, distribuí- das por eixos de conteúdos. Ao final de cada caderno, há um cartão-resposta que deve ser devidamente preenchido. Leia as orientações abaixo: 1. Este CADERNO DE AVALIAÇÃO contém a proposta de produção de texto e 45 questões da área Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, englobando as seguintes áreas: Língua Inglesa, Língua Espanhola, Língua Portuguesa, Literatura, Arte, Educação Física, e 45 questões da área Ciências Humanas e suas Tecnologias, englobando as seguintes áreas: História, Geografia, Sociologia e Filosofia. 2. Registre seus dados no CARTÃO-RESPOSTA que se encontra no final deste caderno. 3. Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído. 4. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas cinco opções, identificadas com as letras A, B, C, D e E. Apenas uma responde corretamente à questão. 5. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, preenchendo, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta, todo o espaço previsto. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta. 6. Fique atento ao tempo determinado por sua escola para a execução da avaliação. 7. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados nessa avaliação. 8. Quando terminar a prova, entregue ao professor aplicador este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA. 9. Durante a realização da prova, não é permitido: a) utilizar máquinas e/ou relógios de calcular, bem como rádios, gravadores, headphones, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie; b) ausentar-se da sala de provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA antes do prazo estabelecido; c) agir com incorreção ou descortesia com qualquer participante do processo de aplicação das provas; d) comunicar-se com outro participante verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma. Caderno A Aluno(a) Chamada Escola Turma SIMULADO • 2018 1 a . aplicação

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1a. série | Regular | Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias

Caro(a) aluno(a)!Esta avaliação objetiva diagnosticar as competências e habilidades que você desenvolveu até a presente etapa de

sua escolarização, bem como aproximá-lo(a) das exigências das provas oficiais ao final do Ensino Médio.Por isso, as questões estão formatadas em cadernos, no estilo do Exame Nacional do Ensino Médio Enem, distribuí-

das por eixos de conteúdos.Ao final de cada caderno, há um cartão-resposta que deve ser devidamente preenchido.

Leia as orientações abaixo:1. Este CADERNO DE AVALIAÇÃO contém a proposta de produção de texto e 45 questões da área Linguagens,

Códigos e suas Tecnologias, englobando as seguintes áreas: Língua Inglesa, Língua Espanhola, Língua Portuguesa, Literatura, Arte, Educação Física, e 45 questões da área Ciências Humanas e suas Tecnologias, englobando as seguintes áreas: História, Geografia, Sociologia e Filosofia.

2. Registre seus dados no CARTÃO-RESPOSTA que se encontra no final deste caderno.3. Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído.4. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas cinco opções, identificadas com as letras A, B, C, D e E.

Apenas uma responde corretamente à questão.5. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta,

preenchendo, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta, todo o espaço previsto. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.

6. Fique atento ao tempo determinado por sua escola para a execução da avaliação.7. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no

CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados nessa avaliação.8. Quando terminar a prova, entregue ao professor aplicador este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA.9. Durante a realização da prova, não é permitido:

a) utilizar máquinas e/ou relógios de calcular, bem como rádios, gravadores, headphones, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie;

b) ausentar-se da sala de provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA antes do prazo estabelecido;

c) agir com incorreção ou descortesia com qualquer participante do processo de aplicação das provas;d) comunicar-se com outro participante verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma.

Caderno A

Aluno(a)

Chamada

Escola

Turma

S I M U L A D O • 2 0 1 8 1a. aplicação

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Simulado – 2018

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias| Questões de 1 a 45 |

| Questões de 1 a 5 |

<< OpçãO | Língua IngLesa >>

Questão 1

In typography, a serif is the small extra stroke found at the end of the main vertical and horizontal strokes of some letters. Some serifs are subtle and others are pronounced and obvious. In some cases, serifs aid in the readability of a typeface. The term "serif fonts" refers to any style of type that has serifs. (Fonts without serifs are called sans serif fonts.) Serif fonts are extremely popular and have been around for many years.

Times New Roman is one example of a serif font.

USES FOR SERIF FONTS

Fonts with serifs are particularly useful for large blocks of text. The serifs make it easy for the eye to travel over the text. [...]

Serif fonts are not as useful for web designs, particularly when they are used at small sizes. Because the screen resolution of some computer monitors is low, the tiny serifs can be lost or fuzzy, which makes the text difficult to read. [...]

BEAR, Jacci Howard. Serif definition. Available at: <https://www.thoughtco.com/serif-font-information-1073831>. Accessed on: 28 Nov. 2017.

De acordo com o texto, pode-se inferir que as fontes com serifa são

( A ) recomendadas para o uso em textos publicados na internet.

( B ) preferivelmente usadas em publicações impressas longas, como livros literários e jornais.

( C ) raramente utilizadas, em função de uma variedade limitada de fontes.

( D ) inúteis para a criação de um efeito estético agradá-vel em textos longos.

( E ) irrelevantes quando se trata de legibilidade e velo-cidade de leitura.

LISR1-00021

Ed

ição

de

arte

, 20

18.

Dig

ital.

x

Questão 2

O pronome they, destacado no texto anterior, refere-se a

( A ) serif fonts.

( B ) small sizes.

( C ) computer monitors.

( D ) tiny serifs.

( E ) web designs.

Questão 3

Reading at even a slow pace also exposes us to more sentences per minute than the average movie or TV show. (Just think of all the pauses, transitions, and action scenes where characters are not speaking.) This is exactly the reason why heavy readers of just English tend to speak more articulately than average English speakers, despite theoretically having had the same number of years of exposure to the language. Being exposed to a larger “brain feed” of vocabulary and grammar simply trains you to use your language better in your own speech.

The main difference between reading in a foreign language and reading in your native language is, naturally, that you began reading your native language once you were already speaking it fluently, while as a beginner in a foreign language you don’t quite have that luxury. The challenge is therefore finding foreign-language reading materials that are proportionate with your level of vocabulary and grammar. If the reading is too difficult, it can create an excessive cognitive load, inhibit any real learning, and discourage you from reading further.

COHEN, Andrew. If you are learning a foreign language, then you should be reading in it. Available at: <https://www.brainscape.com/blog/2010/09/reading-foreign-langage>. Accessed on: 28 Dez. 2016.

Uma recomendação comum de especialistas no apren-dizado de línguas estrangeiras é o consumo de conteú-do na língua que se objetiva aprender. Com base nisso e no texto de Andrew Cohen, é possível inferir que

( A ) o uso de material audiovisual é mais eficiente do que a leitura.

( B ) o uso de material audiovisual é menos eficiente do que a leitura.

LISR1-00022

x

LISR1-00001

1a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

3Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

( C ) a leitura é mais eficiente quando adequada ao nível do leitor.

( D ) o tempo de exposição à língua estrangeira influen-cia no aprendizado.

( E ) pessoas que leem mais em língua estrangeira apre-sentam maior fluência no respectivo idioma.

Questão 4

STANDARD ENGLISH IN DECLINE AMONG TEENAGERS

[...] It comes amid fears that the use of social networking websites and mobile phone text messaging is undermining children's literacy skills. […] In the latest study, Cambridge Assessment, one of the country's biggest examination boards, surveyed more than 2,000 teenagers in 26 English secondary schools.

They were presented with various phrases – and asked to mark out those employing non-standard English. [...] At least a fifth failed to recognise that "more easier" was incorrect. And almost one-in-10 students failed to spot the use of a double negative in the phrase "I didn't break no vase". [...] Dr Beth Black, author of the latest report, said: "It is possible that these less well-recognised non-standard English forms will find their way into standard English, especially given the view that teenagers are linguistic innovators who bring about change in standard dialect".

PATON, Graeme. Standard English in decline among teenagers. Available at: <http://www.telegraph.co.uk/education/3254407/Standard-English-

in-decline-among-teenagers.html>. Accessed on: 28 Nov. 2017.

Enquanto linguistas postulam que as línguas, enquanto um organismo vivo, estão em constante mudança, há ainda os que insistem que uma língua poderá estar em declínio. O fragmento de texto dedica-se a

( A ) apresentar um ponto de vista acerca do alto de-sempenho dos alunos em gramática.

( B ) evidenciar falhas no sistema educacional inglês.

( C ) convencer os leitores sobre a irrelevância da preo-cupação com a influência da internet sobre a escri-ta de adolescentes.

( D ) propor sugestões para um melhor ensino de gra-mática nas escolas inglesas.

( E ) apresentar indicadores do baixo desempenho dos alunos em gramática

x

LISR1-00023

x

Questão 5

O verbo undermining, destacado no texto anterior, no contexto apresentado, pode ser substituído por

( A ) damaging.

( B ) improving.

( C ) increasing.

( D ) endanger.

( E ) affecting.

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias| Questões de 1 a 45 |

| Questões de 1 a 5 |

<< OpçãO | Língua espanhOLa >>

Questão 1

LA LENGUA CATALANA, PIEDRA DE TOQUE DE LA DIVERSIDAD

LINGÜÍSTICA EUROPEALa situación actual de la lengua catalana en

el marco de la Unión Europea puede calificarse de desconcertante – e incluso de escandalosa. Se trata del idioma de un pueblo que desde los tiempos de Carlomagno ha hecho aportaciones significativas a la civilización europea. Lo hablan más de 7 millones de europeos y más de 10 millones lo tienen por lengua oficial. […] En definitiva, son millones los europeos que viven en esa lengua y que desean seguir haciéndolo. Sin embargo, la Unión Europea no parece dispuesta a reconocer esa realidad de la misma forma en que reconoce, usa y promueve lenguas de proporciones equivalentes o menores – como por ejemplo el sueco, el danés o el finlandés. Ni siquiera al mismo nivel que lenguas de países externos a la Unión. Por su parte el Estado español, que teóricamente representa los intereses de los catalanófonos, no actúa ni se moviliza para hallar una salida a dicha situación.

MAYANS, Isidor Marí. Revista Digital de Humanidades. Disponible en: <http://www.uoc.edu/humfil/articles/esp/

mari0303/mari0303.html>. Consulta: 26 nov. 2017.

LISR1-00024

x

LESR1-00021

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Simulado – 2018

4

Ao apresentar a situação da língua catalã, o autor do tex-to tem o objetivo de

( A ) demonstrar que se trata de uma língua que mantém seu prestígio desde o tempo do imperador Carlos Magno.

( B ) criticar a postura do governo espanhol, que deveria criar estratégias para promover o catalão no âmbito da União Europeia.

( C ) mobilizar a comunidade de falantes de catalão para continuar utilizando-o, em detrimento das línguas menores, como o dinamarquês, o sueco e o finlandês.

( D ) apresentar a falta de consideração da União Europeia em relação às línguas de comunidades minoritárias.

( E ) estimar a quantidade de pessoas que atualmente falam catalão na União Europeia.

Questão 2

LA METAMORFOSIS DE ESPAÑAEn los últimos 20 años, España se ha convertido

en el destino de millones de migrantes: en 1998, solo el 1,6% de los empadronados es extranjero, poco más de medio millón de personas. Hoy la cifra supera los cuatro millones y medio, lo que equivale a casi el 10% de población. También el origen de quienes eligen España para echar raíces cambia a lo largo de las dos pasadas décadas: los rumanos superan a los colombianos y los marroquíes siguen siendo los más numerosos, según las estadísticas del padrón. Muchos de ellos contribuyen a engrosar las filas de la Seguridad Social (de los 300.000 trabajadores afiliados en alta en 1998 a los 1,6 millones el año pasado), y muchos otros adquieren la nacionalidad española. Y confirman una tendencia que parece no tener vuelta atrás.

FEMMINE, Laura; ALAMEDA, David. La metamorfosis de España. El País. Disponible en: <https://elpais.com/internacional/2017/02/27/

actualidad/1488194732_820452.html>. Consulta: 26 nov. 2017.

O termo empadronados é usado no texto para fazer re-ferência

( A ) às pessoas que vivem domiciliadas na Espanha.

( B ) às pessoas que se encaixam em um determinado padrão na pesquisa.

( C ) à delimitação temporal dos dados coletados na in-vestigação.

( D ) à designação da nacionalidade dos principais mi-grantes.

( E ) ao crescimento da população migrante nas últimas décadas.

x

LESR1-00022

x

Questão 3

MILLENNIALS: EL DESAFÍO DE LAS EMPRESAS DE HOY

[…]

Los Millennials no buscan “hacer carrera” dentro de una misma empresa, siempre están en busca de nuevos desafíos, siendo el promedio de duración en un trabajo de dos años, algo que para la Generación X es algo insólito o fuera de contexto. Quieren todo a la vez, y no están dispuestos a soportar un trabajo poco interesante y rutinario. Siempre se encuentran en la búsqueda de nuevas oportunidades y desafíos, esquivan las empresas rígidas y retrógradas.

La mayoría de ellos se definen como emprendedores o innovadores, buscan mayor libertad y flexibilidad. […] Quieren dejar su huella por cada lugar que pasan, vivir una vida llena de desafíos en la que no se sea ganar dinero, sino hacer historia.

BRITO, Paul. Millennials: El desafío de las empresas de hoy. Disponible en: <http://www.inacorpsa.com/millennials/>. Consulta: 26 nov. 2018.

Considerando a estrutura do texto, percebe-se que, ao descrever a inserção dos millennials no mundo do tra-balho, o autor

( A ) apresenta a trajetória da vida profissional dos millennials.

( B ) divulga o resultado de uma investigação científica.

( C ) delineia as características que os diferenciam de ge-rações anteriores.

( D ) defende o motivo pelo qual os millenialls descartam seguir uma carreira.

( E ) usa uma linguagem informal para se aproximar dos leitores.

Questão 4

“Si no hablan igual dos aldeas españolas situadas en riberas opuestas de un río o en las dos vertientes de la misma montaña, ¿cómo podrían hablar igual veinte países separados por la inmensidad de sus cordilleras, ríos, selvas y desiertos? La diversidad regional es inevitable y no afecta a la unidad si se mantiene, como hasta ahora, la mutua comprensión.”

ROSENBLAT, Ángel. El castellano de España y el castellano de América. Madrid: Taurus, 1970. p. 51-52.

LESR1-00023

x

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1a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

5Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

O castelhano, ou espanhol, é a língua oficial de 21 países em todo o mundo. Diante do tamanho do universo discursivo no qual essa língua está inserida, é possível inferir que nem sempre uma mesma palavra é utiliza da para designar uma roupa ou comida, por exemplo. Linguisticamente, trata-se de um fenômeno chamado “variação” ou “variedade lin-guística”. Segundo Rosenblat, a variação linguística

( A ) existente entre os países que falam espanhol ocor-re pelo impacto causado pela geografia do conti-nente americano.

( B ) acaba sendo inevitável e, na prática, exemplificando ruídos e dificuldades para uma mútua compreensão.

( C ) é um fenômeno característico da língua e não deve ser tomado como um risco para a sua continuidade.

( D ) nasceu a partir das transformações de povos locali-zados em aldeias e montanhas espanholas.

( E ) é um fenômeno particular do castelhano, particu-larmente de algumas regiões e países.

Questão 5

EL POZO

[…] La imprevista salida de su novia cogió a Alfonso Caballero de sorpresa, dejándole atónico por unos instantes. Sería difícil describir el estupor y la emoción que se adueñaron de su ánimo cuando su novia, Clara Figueredo, le declaró con voz entera: "Voy irme a Buenos Aires para trabajar de modista. Lo tengo ya resuelto". Allí estaba Clara, toda llorosa, vestida de humilde traje negro, retorciendo entre sus manos un pañuelito humedecido lágrimas, sentada en el mezquino comedor de la casa, donde tres días antes había velado el cadáver de su madre. Sola cabo de varios minutos de embarazoso silencio, durante cuales Alfonso iba colmándose de irritación, se le ocurrió a éste contestarle una simpleza, porque la cólera no le permitía pensar con serenidad:

– Pero aquí también podés trabajar de modista.

– Sí, es cierto -le respondió Clara, sin mirarle-, pero en Buenos Aires está Juanita, que me ha invitado varias veces para ir y que me ayudará a empezar. [...]

CASACCIA, Gabriel. El pozo. Disponible en: <http://portalguarani.com/366_gabriel_casaccia/9732_el_pozo_y_otros_cuentos__

obras_de_gabriel_casaccia_.html>. Consulta: 26 nov. 2017.

x

LESR1-00024

Considerando o uso correto dos artigos e suas contra-ções e as ideias apresentadas no texto e sua composi-ção, é possível afirmar que a sequência que melhor com-pleta os espaços em branco é

( A ) Ø – por las – Ø – los

( B ) a – de las – del – las

( C ) a – por las – del – las

( D ) Ø – de las – a – los

( E ) a – por las – al – los

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias| Questões de 6 a 45 |

Questão 6

CA

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n.

A charge apresentada tem efeito de humor. Qual inter-pretação pode ser dada a essa ela?

( A ) Dois amigos que deixaram de acreditar em super--heróis, pois descobriram que eles são pessoas co-muns que se escondem em roupas estilizadas.

( B ) Dois irmãos que descobrem que a mãe realmente é uma heroína, pois encontraram uma capa no guar-da-roupa dela, o que justifica suas atitudes.

( C ) Dois alunos que reconhecem o valor de sua pro-fessora e a identificam como heroína, pois acharam uma capa de personagem em seu armário.

( D ) Dois amigos que se decepcionam com outra ami-ga, porque descobriram que ela esconde deles um segredo, fazer-se de heroína.

( E ) Dois irmãos que encontram a fantasia que a mãe usa em festas à fantasia, compreendendo, assim, que ela também se diverte fora de casa.

x

LPSR1-00061

x

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Simulado – 2018

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Questão 7

AUTOBIOGRAFIA DE JOSÉ SARAMAGO

Nasci numa família de camponeses sem ter-ra, em Azinhaga, uma pequena povoação si-tuada na província do Ribatejo, na margem direita do rio Almonda, a uns cem quilômetros a nordeste de Lisboa. Meus pais chamavam-se José de Sousa e Maria da Piedade. José de Sousa teria sido também o meu nome se o fun-cionário do Registo Civil, por sua própria ini-ciativa, não lhe tivesse acrescentado a alcunha por que a família de meu pai era conhecida na aldeia: Saramago. [...]

AUTOBIOGRAFIA de José Saramago. Disponível em: <https://www.josesaramago.org/autobiografia-de-jose-saramago/>. Acesso em: 25 nov. 2017.

O texto apresentado é o início da autobiografia de um dos mais importantes autores portugueses de todos os tempos, José Saramago. A respeito das características desse tipo de texto, é correto dizer que, no trecho desta-cado, há predomínio de

( A ) argumentos capazes de provar a origem do nome do autor.

( B ) narração que indica a origem do nome de José Sa-ramago.

( C ) exposição de informações pessoais do autor, como a origem do nome, por exemplo.

( D ) diálogo, uma vez que o tom do texto não é formal, e parece uma conversa.

( E ) descrições, que destacam elementos do lugar onde o autor nasceu.

Questão 8

ANTIGAMENTE

[...] Antigamente, os pirralhos dobravam a língua diante dos pais, e se um se esquecia de arear os dentes antes de cair nos braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro. [...]

ANDRADE, Carlos Drummond de. Antigamente. Disponível em: <http://intervox.nce.ufrj.br/~jobis/carlos.htm>. Acesso em: 25 nov. 2017.

LPSR1-00062

x

LPSR1-00063

Considerando que a língua é um fenômeno que está em constante evolução, é correto atribuir ao tempo um dos motivos que opera sobre essa mutação. Caso o texto Antigamente, de Carlos Drummond de Andrade, fosse adaptado para os dias atuais, ele poderia ser reescrito da seguinte forma:

( A ) "Antigamente, os meninos malcriados xingavam os pais, e se um se esquecia de lavar a boca antes de adormecer, era capaz de dar uma surra em alguém".

( B ) "Antigamente, as crianças não respondiam aos pais, e se uma delas se esquecia de escovar os dentes antes da hora de dormir, era capaz de apanhar".

( C ) "Antigamente, todos os fedelhos respondiam seus pais, e se um se esquecia de escovar os dentes an-tes de ir brincar, levava uma surra".

( D ) "Antigamente, as crianças de rua eram educadas, e se uma delas se lembrava de que não havia feito higiene bucal, levava uma bronca dos seus pais".

( E ) "Antigamente, os filhos mais novos eram os que mais provocavam os pais, e se um deles dormia nos braços de alguém que não era da família, leva-va uma bronca".

Questão 9

Vc sabe o q eh internetês? Naum? Entaum tá na hra de aprender + sobre esse assunto! =)

PEREZ, Luana Castro Alves. Internetês. Disponível em: <http://escolakids.uol.com.br/internetes.htm>. Acesso em: 14 nov. 2017.

As convenções sociais relacionadas à linguagem são criadas para que exista a comunicação eficiente entre os falantes de determinada língua. Considerando esse pressuposto, é possível afirmar que a linguagem empre-gada no texto apresentado

( A ) não cumpre sua função de comunicar, pois não está em norma culta.

( B ) dialoga com os jovens, deixando os mais velhos por fora da situação.

( C ) apresenta muitos erros, portanto, não deve ser usa-da no dia a dia.

( D ) comunica, porém, vale-se de códigos da comunica-ção da internet.

( E ) deve ser usada em contextos formais para acompa-nhar a evolução tecnológica.

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LPSR1-00064

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1a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

7Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Questão 10

O que é linguagem? É o uso da língua como forma de expressão e comunicação entre as pessoas. Agora, a linguagem não é somente um conjunto de palavras faladas ou escritas, mas também de gestos e imagens. Afinal, não nos comunicamos apenas pela fala ou escrita, não é verdade? [...] A linguagem pode ser ainda verbal e não verbal ao mesmo tempo, como nos casos das charges, cartoons e anúncios pu-blicitários. [...]

VILARINHO, Sabrina. Linguagem verbal e linguagem não verbal. Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/

redacao/linguagem.htm>. Acesso em: 16 nov. 2016.

As características da linguagem usada em um texto de-pendem muito do objetivo com o qual ele é escrito. Para cada intenção, há um tipo de função predominante. No texto sobre a linguagem, é possível dizer que a função do trecho transcrito é

( A ) manter o contato com o leitor para garantir que ele está recebendo a informação transmitida.

( B ) transmitir emoções sob o ponto de vista do autor da mensagem.

( C ) convencer o leitor a respeito de algo; para isso, vale-se da persuasão.

( D ) interferir na forma de recepção do texto; para isso, preocupa-se com a disposição das palavras e com a sua sonoridade.

( E ) tratar a informação de maneira objetiva, sem interfe-rência pessoal do autor da mensagem.

Questão 11

– Como se escrevia farmácia antigamente?

– Com ph.

– E hoje?

– Com f.

– Não, “hoje” se escreve com h.

POSSENTI, Sírio. Os humores da língua: análises linguísticas de piadas. Campinhas, SP: Mercado de Letras, 1998.

LPSR1-00011

x

LPSR1-00065

A gramática normativa considera apenas a língua pa-drão e estrutura-se sobre os eixos: fonologia, morfologia e sintaxe. A piada, que serve como base para essa ques-tão, tem seu humor construído por meio do elemento ortográfico. O ponto-chave para a compreensão desse texto leva o leitor a um raciocínio sobre

( A ) morfologia, pois é importante dominar as classes de palavras para que o sentido de tais palavras não se perca.

( B ) fonologia, pois o som diferente de cada palavra muda o sentido dos termos apresentados na piada.

( C ) sintaxe, uma vez que é a construção sintática que determina a compreensão do texto.

( D ) fonologia, porque o efeito de humor consiste em direcionar o leitor para o mesmo som em ph e f.

( E ) morfologia, pois, tanto grafia quanto classe, corres-pondem ao processo de formação das palavras.

Questão 12

[...]

Se fosse possível fazer, se daqueles míseros despojos fúnebres se pudesse fazer alguns con-tos de réis, como não seria bom para todos eles!

[...]

BARRETO, Lima. A nova Califórnia. Antologia do conto brasileiro: do Romantismo ao Modernismo. Organização e apresentação de

Douglas Tufano. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2005. p. 109.

A acentuação silábica determina regras de colocação dos acentos agudo e circunflexo conforme a posição da sílaba tônica. As palavras acentuadas por serem propa-roxítonas são

( A ) possível e míseros.

( B ) fúnebres e réis.

( C ) míseros e réis.

( D ) possível e réis.

( E ) míseros e fúnebres.

Questão 13

ARMADILHAS DO DINHEIRO

Em tempos de crise é impossível não pensar em dinheiro. E parecem ficar ainda mais óbvias as relações emocionais que estabelecemos com o vil

x

LPSR1-00066

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LPSR1-00022

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Simulado – 2018

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metal, bem como as projeções que fazemos sobre as questões concretas, relativas ao quanto temos, recebemos, gastamos ou guardamos, assim como nossas prioridades financeiras costumam ser per-meadas pelas fantasias e dizem muito a respeito de nossa economia psíquica. Sem menosprezar as faltas efetivas que se materializam no bolso, é importante considerar que grande parte de nos-sas angústias nessa área está vinculada à forma como nos relacionamos com o dinheiro e com os ideais de satisfação que projetamos nele – e não com a conta bancária em si. [...]

LEAL, Gláucia. Revista Mente Cérebro, ano XI, n. 280, p. 45.

A autora associa questões financeiras a

( A ) condições bancárias.

( B ) situações concretas.

( C ) prioridades financeiras.

( D ) ideais de satisfação.

( E ) fatores emocionais.

Questão 14

PNEUMOTÓRAX

Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.

A vida inteira que podia ter sido e que não foi.

Tosse, tosse, tosse.

Mandou chamar o médico:

– Diga trinta e três.

– Trinta e três... trinta e três... trinta e três...

– Respire.

[...]

BANDEIRA, Manuel. Bandeira de bolso: uma antologia poética. Organização e apresentação de Mara Jardim. Porto Alegre: L&PM, 2008. p. 74.

Quanto ao número de sílabas e posição da sílaba tônica da palavra pneumotórax, título do poema, é correto afirmar que ela

( A ) tem 4 sílabas, sendo tônica a penúltima sílaba.

( B ) tem 5 sílabas, sendo tônica a penúltima sílaba.

( C ) tem 3 sílabas, sendo tônica a terceira sílaba.

( D ) tem 4 sílabas, sendo tônica a antepenúltima sílaba.

( E ) tem 5 sílabas, sendo tônica a antepenúltima sílaba.

x

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Questão 15

OS MOTORISTAS E A UBER

Ro

bso

n V

ilalb

a/T

hap

com

Gazeta do Povo, Edição impressa. 25 nov. 2017.

Sabe-se que o sentido de um texto é construído pelas estruturas sintáticas e pelas palavras que o compõem. Mas o contexto, bem como as condições de produção e as de recepção, é fundamental para que a ideia se forme completamente. Considerando o contexto e os elemen-tos da imagem, é possível inferir que o autor da ilustra-ção tinha a intenção de dizer que

( A ) os motoristas do Uber devem ficar atentos aos ho-rários das chamadas.

( B ) o Ministério do Trabalho está criando impasses para os motoristas do Uber.

( C ) as leis trabalhistas não se aplicam ao Uber, pois ele está acima da lei.

( D ) os motoristas do Uber precisam de regulamenta-ções trabalhistas.

( E ) o celular será trocado por agendas formais para o chamado do Uber.

Questão 16

Lápis e papel. Houve uma época em que esses eram os utensílios disponíveis para es-crever, tanto na escola como fora dela. Com o passar do tempo, as máquinas de datilografia, primeiro, e os computadores, depois, foram in-vadindo os mais diversos ambientes, mas não a sala de aula. Uma pena. Se equipamentos des-se tipo fazem parte do dia a dia da maioria das pessoas, que os usam socialmente para redigir, não há por que ignorá-los em atividades de al-fabetização. Felizmente, a tendência é que isso mude com a informatização das escolas. [...]

SANTOMAURO, Beatriz. A alfabetização do nosso tempo. Revista Nova Escola, ano XXVVIII, p. 47, ago. 2013.

Quanto à tipologia textual, o trecho que você leu é

( A ) narrativo, porque o texto é dinâmico, apresentando fatos e personagens.

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LPSR1-00035

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Simulado – 2018

9Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

( B ) explicativo, pois usa linguagem direta, objetiva e próxi-ma de um texto científico.

( C ) injuntivo, uma vez que indica o caminho para a reali-zação de um procedimento.

( D ) argumentativo, pois existe uma progressão de ideias e ele defende um ponto de vista.

( E ) descritivo, porque caracteriza uma situação nova, apresentando detalhes de seres.

Questão 17

[...] O grande trunfo do livro [A culpa é das estrelas] é a maneira como a trama é narrada pelo autor. John Green consegue contar a histó-ria de uma maneira leve, bem humorada e sutil. Claro que o relacionamento de Hazel e Gus foge do comum, mas não é menor por causa disso. Hazel sente-se livre com Gus, pois seus pais sem-pre viveram em sua função o que acaba sufocan-do Hazel.

Como nada é perfeito o livro também apre-senta pontos negativos. O maior deles é que às vezes temos a impressão que algumas partes da história ficam inacabadas, não se fecham.

Mas o fato é que o livro é um estrondoso su-cesso e não demorou muito para tornar-se idola-trado por muitos. Seus direitos já estão vendidos para Hollywood e será produzido pelos mesmos produtores da série “Crepúsculo”. [...]

MELLO, Adriana. Crítica: A Culpa é das Estrelas. Disponível em: <http://botequimcultural.com.br/critica-a-culpa-e-das-estrelas/>. Acesso em: 5 fev. 2018.

Os gêneros textuais são determinados pela função que os textos exercem, pela estrutura composicional, pelo conteúdo temático e pelo suporte. Considerando as ca-racterísticas do texto apresentado, uma resenha, é possí-vel afirmar que ele se encaixa no gênero

( A ) acadêmico, uma vez que traz termos técnicos em forma de análise.

( B ) publicitário, pois é evidente a abordagem de propa-ganda no texto.

( C ) cotidiano, por a opinião de uma pessoa comum so-bre o filme.

( D ) digital, porque a população busca resenhas sobre filmes na internet.

( E ) literário, pois, às vezes, os filmes são posteriores a livros de mesmo nome.

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Questão 18

A tarefa [de produzir bons textos] pode pare-cer difícil, mas não é. Com a ajuda dos dois es-pecialistas, EXAME.com compilou 10 conselhos básicos para aperfeiçoar a escrita do cotidiano:

1. Saiba do que está falando

2. Use frases curtas

3. Cuide da pontuação

4. Prefira a ordem direta

5. Torne suas ideias palpáveis

6. Evite abreviaturas e siglas obscuras

7. Procure não repetir ideias

8. Deixe as emoções de fora

9. Saiba o verdadeiro significado das palavras

10. Conheça o seu público-alvo

GASPARINI, Claudia. 10 regras de ouro para escrever um texto com clareza. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/carreira/10-regras-de-ouro-

para-escrever-um-texto-claro/>. Acesso em: 25 nov. 2017. Adaptado.

Enquanto os gêneros textuais trazem um leque significati-vo de possibilidades, o assunto tipologia textual é bem mais restrito. Quanto à tipologia, o texto lido é de natureza

( A ) descritiva.

( B ) narrativa.

( C ) dialogal ou conversacional.

( D ) explicativa ou expositiva.

( E ) injuntiva ou instrucional.

Questão 19

Na planície avermelhada os juazeiros alarga-vam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala. [...]

RAMOS, Graciliano. Vidas secas. Disponível em: <https://docente.ifrn.edu.br/franciscoarruda/disciplinas/eletro4am/vidas-secas>. Acesso em: 25 nov. 2017.

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Simulado – 2018

10

O texto que você leu pertence à obra Vidas secas, de Graciliano Ramos, e apresenta características que evi-denciam reconhecimento do local descrito por uso de vocabulário específico e regional, cujo assunto se estuda sob o título de variação linguística. O tipo de variação predominante no trecho lido é

( A ) histórica, porque podem ser observadas transfor-mação de vocabulário conforme o passar o tempo.

( B ) geográfica, porque denuncia, pelo vocabulário, a re-gião que está sendo descrita.

( C ) sociocultural, porque há identificação da classe so-cial e/ou nível de escolaridade do narrador.

( D ) estilística, porque a comunicação se torna específi-ca de acordo com o ambiente apresentado.

( E ) diacrônica, porque o texto revela alterações orto-gráficas em relação ao contexto de produção.

Questão 20

[...]Banha o sol os horisontes,Trepa os castellos dos céos,Aclara serras e fontes,Vigia os dominios seus:Já descahe p’ra o occidente,E em globo de fogo ardenteVai-se no mar esconder;E lá campeia o gigante,Sem destorcer o semblante,Immovel, mudo, a jazer![...]

DIAS, Gonçalves. Últimos cantos. Disponível em: <http://dynamicon.com.br/wp-content/uploads/2017/02/%C3%9Altimos-Cantos-de-

Gon%C3%A7alves-Dias.pdf>. Acesso em: 14 nov. 2017.

O trecho que você leu é uma estrofe do livro Últimos cantos, de Gonçalves Dias, escrito em 1851. Consideran-do as palavras acentuadas na época e as regras vigentes nos dias de hoje, é correto afirmar que

( A ) a palavra “céos” sofreu alteração na escrita e, conse-quentemente, na regra de acentuação.

( B ) antes, as monossílabas tônicas terminadas em “a” eram acentuadas, atualmente não são mais.

( C ) antes, a palavra “semblante” não era acentuada, mas, atualmente, em função da reforma ortográfi-ca, passou a ser.

( D ) as palavras paroxítonas terminadas em “i” e em “ditongo aberto” não eram acentuadas na época, mas agora são.

( E ) a palavra “vigia” corresponde à atual regra do hiato com “i” isolado, por isso, atualmente, deve ser acen-tuada.

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Questão 21

Um homem foi bater à porta do rei e disse--lhe, Dá-me um barco. A casa do rei tinha muitas mais portas, mas aquela era a das petições. Como o rei passava todo o tempo sentado à porta dos obséquios (entenda-se, os obséquios que lhe faziam a ele), de cada vez que ouvia alguém a chamar à porta das petições fingia-se desentendido, e só quando o ressoar contínuo da aldraba de bronze se tornava, mais do que notório, escandaloso, tirando o sossego à vizinhança (as pessoas começavam a murmurar, Que rei temos nós, que não atende), é que dava ordem ao primeiro-secretário para ir saber o que queria o impetrante [...]. Então, o primeiro-secretário chamava o segundo-secretário, este chamava o terceiro, que mandava o primeiro-ajudante, que por sua vez mandava o segundo, e assim por aí fora até chegar à mulher da limpeza, a qual, não tendo ninguém em quem mandar, entreabria a porta das petições e perguntava pela frincha, Que é que tu queres. O suplicante dizia ao que vinha, isto é, pedia o que tinha a pedir, depois instalava-se a um canto da porta, à espera de que o requerimento fizesse, de um em um, o caminho ao contrário, até chegar ao rei. Ocupado como sempre estava com os obséquios, o rei demorava a resposta, e já não era pequeno sinal de atenção ao bem-estar e felicidade do seu povo quando resolvia pedir um parecer fundamentado por escrito ao primeiro- -secretário, o qual, escusado seria dizer, passava a encomenda ao segundo-secretário, este ao terceiro, sucessivamente, até chegar outra vez à mulher da limpeza, que despachava sim ou não conforme estivesse de maré.

Contudo, no caso do homem [...] Quando a mulher da limpeza lhe perguntou pela nesga da porta, Que é que tu queres, o homem, em lugar de pedir, como era o costume de todos, um título, uma condecoração, ou simplesmente dinheiro, respondeu, Quero falar ao rei [...]

SARAMAGO, José. O conto da ilha desconhecida. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. p. 5-9.

Os escritores de textos literários desfrutam de liberdade de criação, valendo-se de elementos da linguagem para a elaboração estética, já que a Literatura é uma expressão artística. Partindo do trecho de O conto da ilha desconhecida,

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Simulado – 2018

11Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

do autor português José Saramago (1922-2010), é possível observar que o escritor

( A ) seguiu todas as normas gramaticais para a elabo-ração do texto escrito e não deixou de ser original na criação de um estilo literário ao conceber um ambiente fictício.

( B ) elaborou um texto em que o estilo prejudicou a compreensão do que ele pretendia narrar, pois os períodos são muito longos e há ausência de diálo-gos na narrativa.

( C ) propôs um novo estilo literário, a partir do momen-to em que a personagem do homem não se resig-nou em apenas realizar uma petição, mas pediu uma audiência com o rei.

( D ) construiu uma estética por meio das pontuações e da forma como apresentou os discursos diretos das personagens, o que é absolutamente possível como estilo de um texto literário.

( E ) exprimiu um estilo literário na maneira como em-pregou a pontuação e os discursos diretos, porém procurou não elaborar perguntas em discurso dire-to, a fim de não prejudicar a sua estética, que não permite indagações.

Questão 22

Além da liberdade de criação, a linguagem literária tam-bém comporta a ficção, ou seja, a elaboração de outras realidades sem a necessidade do rigor da veracidade. Mesmo assim, a narrativa de Saramago dialoga com a realidade concreta na medida em que

( A ) conduz o leitor a refletir sobre como seria ideal vi-ver em um lugar governado por um rei como o do conto, já que o seu aparato estatal atendia com efi-cácia as necessidades dos súditos.

( B ) leva a uma reflexão acerca de como as necessida-des dos súditos eram realmente relevantes, já que visavam ao bem comum e ao desenvolvimento co-letivo do reino.

( C ) direciona a pensar sobre a má vontade dos gover-nantes e sobre as burocracias que impedem a agili-dade e a eficácia do atendimento ao público.

( D ) conduz o leitor a refletir acerca da má vontade dos governantes e das burocracias desnecessárias para o atendimento de petições que sempre visam ao bem comum e ao desenvolvimento coletivo do reino.

( E ) aponta para a análise da necessidade do aparato burocrático em uma organização governamental, pois sem ela não se decidiria, com seriedade, pelo bem comum dos governados.

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Questão 23

Da casa em que se encontrava, um cabrito viu passar um lobo. Pôs-se a insultá-lo e a es-carnecer-lhe. O lobo disse então:

– O insulto não vem de ti, do lugar onde estás.

Muitos deixariam de ser valentes diante dos fortes se não estivessem em lugar seguro.

ESOPO. O cabrito e o lobo. In: Fábulas de Esopo. Tradução de Antônio Vianna. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2009. p. 15.

A verossimilhança é outra característica própria de tex-tos literários e se difere do conceito de veracidade exigi-do em um relato histórico ou em uma notícia, por exem-plo. Entretanto, a fábula de Esopo (século VI a.C.), que traz dois animais como personagens,

( A ) mantém a verossimilhança, porque, por mais que um cabrito ou um lobo não possuam racionalidade ou linguagem humana, a narrativa segue uma ló-gica própria, que corresponde à fábula, e, portanto, não é incoerente.

( B ) não mantém a verossimilhança, pois, por mais que a narrativa tenha uma ambientação possível — a casa onde estava o cabrito e o lugar pelo qual o lobo passava —, ela perde todo o nexo com a reali-dade concreta, ao atribuir características humanas a animais irracionais.

( C ) não possui verossimilhança, já que se torna impos-sível uma espécie de pacto ficcional com o leitor, a partir do momento em que a narrativa introduz elementos concretamente ilógicos em sua organi-zação interna.

( D ) possui verossimilhança, que é dada, exclusivamen-te, pela moral final que a narrativa exprime. Tal mo-ral da fábula é o único elemento que mantém um nexo com a realidade concreta, pois conduz a uma reflexão para além do ficcional.

( E ) mantém a verossimilhança, que é dada sem a ne-cessidade de certo pacto ficcional com o leitor, porque a narrativa versa muito mais sobre a reali-dade palpável e pouco importa a sua organização interna, já que isso é apenas uma maneira de tentar transmitir uma moral.

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Simulado – 2018

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Questão 24

O BICHO

Vi ontem um bicho

Na imundície do pátio

Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,

Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,

Não era um gato,

Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

BANDEIRA, Manuel. O bicho. In: . Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973.

O poema O bicho, de Manuel Bandeira, trata da preca-riedade da condição humana. Ao comparar o homem a um bicho, Bandeira usou o recurso da linguagem co-nhecido como

( A ) intertextualidade.

( B ) verossimilhança.

( C ) denotação.

( D ) ironia.

( E ) plurissignificação.

Questão 25

TROVA PRIMEIRA.

1

Vós os que não credes em bruxas, nem em almas penadas, nem em tropelias de Satanás, assentai-vos aqui ao lar, bem juntos ao pé de mim, e contar-vos-ei a história de D. Diogo Lopes, senhor de Biscaia.

E não me digam no fim: – “não pode ser.” – Pois eu sei cá inventar coisas destas? Se a conto, é porque a li num livro muito velho. E o autor do livro velho leu-a algures ou ouviu-a contar, que é o mesmo, a algum jogral em seus cantares.

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É uma tradição veneranda; e quem descrê das tradições lá irá para onde o pague.

Juro-vos que, se me negais esta certíssima história, sois dez vezes mais descridos do que S. Tomé antes de ser grande santo. E não sei se eu estarei de ânimo de perdoar-vos como Cristo lhe perdoou.

Silêncio profundíssimo; porque vou princi-piar. [...]

HERCULANO, Alexandre. A Dama Pé-de-Cabra: Rimance de um jogral (século XI). In: Lendas e Narrativas. São Paulo: Clássicos Jackson, 1949. p. 217.

O escritor português Alexandre Herculano (1810-1877) também ficou conhecido por recuperar antigas lendas medievais orais e outras narrativas de períodos históricos de Portugal e recontá-las em sua produção literária no sé-culo XIX. Com a leitura do trecho de “A Dama Pé-de-Cabra: Rimance de um jogral (século XI)”, é possível afirmar que

( A ) o narrador não se apresenta como alguém que re-latará uma história real e de antiquíssima tradição; tal recurso, utilizado na introdução da narrativa, não liga o narrador, portanto, a um contador oral de his-tórias, que afirma a veracidade dos fatos, ainda que eles pareçam extremamente fantasiosos.

( B ) o narrador não filia o enredo que relatará a uma tradição oral e, por isso, não utiliza o recurso de diálogo com o leitor como se ele fosse um real ex-pectador: o narrador convida as personagens para se sentarem junto ao lar (lareira, fogueira) e solicita atenção e silêncio para iniciar o seu relato.

( C ) o narrador não se utiliza de ironia ao mencionar a ori-gem da história que contará: ele afirma saber ao certo as fontes, pois leu a narrativa em um livro muito antigo e afirma que o autor de tal escrito deve tê-lo ouvido de algum cantar ou relato oral. Todavia, o narrador des-preza essas tradições orais e não as valoriza, a partir do momento em que elogia quem as descrê.

( D ) os recursos literários utilizados pela voz narrativa não são elaborados para gerar curiosidade e expectativa no leitor e, igualmente, não contribuem para firmar o pacto ficcional, pois mesmo que o narrador afirme veementemente a veracidade dos fatos fantásticos que irá narrar, isso não prepara o leitor para um en-redo que pode se distanciar da realidade concreta.

( E ) o recurso de intitular a primeira parte da narrativa como “Trova primeira”; o arcaísmo da linguagem no subtítulo, que, em vez de "Romance", utiliza "Riman-ce"; a data em que o enredo se passa, apresentada como subtítulo, e a maneira como a voz narrativa introduz o relato contribuem para dar ao enredo uma abordagem medieval ou oral.

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1a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

13Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Questão 26

Texto I

Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja co-meçar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor de-funto, mas um defunto autor, [...] a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. [...]

ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ática, 2001. p. 17.

Texto II

A feiura é fundamental, ao menos para o entendimento desta história. É feia, esta que vos fala. Muito feia. Feia contida ou feia fu-riosa, feia envergonhada ou feia assumida, feia modesta ou feia orgulhosa, feia triste ou feia alegre, feia frustrada ou feia satisfeita – feia, sempre feia.

Desde a infância eu suspeitava disso, de que era feia. As outras meninas da aldeia, bonitas em geral, relutavam em brincar comigo; quan-do eu aparecia, davam um jeito de escapulir, rindo à socapa. [...]

SCLIAR, Moacyr. A mulher que escreveu a Bíblia. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. p. 19.

Em relação às configurações dos textos literários de Machado de Assis (1839-1908) e de Moacyr Scliar (1937-2011), é possível afirmar que

( A ) os escritores não foram coerentes na elaboração das narrativas, pois em Memórias póstumas de Brás Cubas o autor afirma estar morto e uma voz feminina narra A mulher que escreveu a Bíblia, o que atenta contra a lógica da verossimilhança e da realidade concreta.

( B ) tanto Memórias póstumas de Brás Cubas quanto A mulher que escreveu a Bíblia mantêm a lógica da ve-rossimilhança em suas vozes narrativas, pois há uma coerência desses narradores na organização interna de ambos os textos. Deve-se compreender que o nar-rador é também uma instância ficcional, que não deve ser confundida com o autor concreto das obras.

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( C ) o próprio narrador de Memória póstumas de Brás Cubas se denomina como autor e isso, portanto, prejudica a construção da verossimilhança da obra, enquanto em A mulher que escreveu a Bíblia não ocorre esse problema, pois a narradora foi moldada apenas para relatar os fatos da narrativa.

( D ) em A mulher que escreveu a Bíblia, a narradora é também uma personagem do romance, enquanto em Memórias póstumas de Brás Cubas o narrador está contando as memórias de outros personagens que já morreram. Em ambos os casos, manteve-se a lógica da verossimilhança das obras.

( E ) a visão da narradora de A mulher que escreveu a Bíblia é muito mais reduzida, pois ela relata tudo por meio de seu ponto de vista, como personagem do romance. Em Memórias póstumas de Brás Cubas, a visão do narrador é muito mais ampla, já que ele é também o autor e dei-xou os escritos antes de morrer. Mesmo assim, ambos os romances garantiram a verossimilhança interna.

Questão 27

Oxalá, o Criador da Humanidade, não quis saber de Oxum, a Bela, dizendo que estava velho demais para se meter com uma mocinha. Então, Oxum foi para a frente da casa de Oxalá e, para quem quisesse ouvir, falava mal do velho orixá. Foi tamanho o falatório, que Oxum, a Bela, pro-vocou na cidade que Oxalá, o Grande Pai, para se ver livre dela, deu-lhe imensa fortuna em ouro e pedras preciosas, fazendo dela a Bela Rica, a deusa da riqueza (PRANDI, 2002, p. 41).

SILVA, Celso Sisto. Bô sukuta! Kada kin ku su manera: as junbai tradicionais africanas recriadas na literatura infantojuvenil brasileira, eué! Tese

(Doutorado em Letras) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, 2001. Disponível em: <http://tede2.pucrs.br/

tede2/bitstream/tede/2044/1/437601.pdf>. Acesso em: 6 dez. 2016.

O trecho lido faz parte da obra Ifá, o adivinho, de Regi-naldo Prandi, professor, escritor, estudioso brasileiro e especialista em Sociologia das Religiões. Considerando o texto e as palavras nele apresentadas, é possível dizer que sua origem é

( A ) africana.

( B ) mineira.

( C ) nordestina.

( D ) europeia.

( E ) sulista.

LTSR1-00004

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Simulado – 2018

14

Questão 28

João Grilo: – Padre João! Padre João!

Padre, aparecendo na igreja: – Que há? Que gritaria é essa?

Chicó: – Mandaram avisar para o senhor não sair, porque vem uma pessoa aqui trazer um cachorro que está se ultimando para o se-nhor benzer.

Padre: – Para eu benzer?

Chicó: – Sim.

Padre, com desprezo: – Um cachorro?

Chicó: – Sim.

Padre: – Que maluquice! Que besteira!

João Grilo: – Cansei de dizer a ele que o se-nhor benzia. Benze porque benze, vim com ele.

Padre: – Não benzo de jeito nenhum.

Chicó: – Mas padre, não vejo nada de mal em se benzer o bicho.

João Grilo: – No dia em que chegou o motor novo do major Antônio Morais o senhor não o benzeu?

Padre: – Motor é diferente, é uma coisa que todo mundo benze. Cachorro é que eu nunca ouvi falar.

Chicó: – Eu acho cachorro uma coisa muito melhor do que motor.

Padre: – É, mas quem vai ficar engraçado sou eu, benzendo o cachorro. Benzer motor é fácil, todo mundo faz isso, mas benzer cachorro?

João Grilo: – É, Chicó, o padre tem razão. Quem vai ficar engraçado é ele e uma coisa é o motor do major Antônio Morais e outra ben-zer o cachorro do major Antônio Morais.

Padre, mão em concha no ouvido: – Como?

João Grilo: – Eu disse que uma coisa era o motor e outra o cachorro do major Antônio Morais.

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Padre: – E o dono do cachorro de quem vocês estão falando é Antônio Morais?

João Grilo: – É. Eu não queria vir, com medo de que o senhor se zangasse, mas o major é rico e poderoso e eu trabalho na mina dele. Com medo de perder meu emprego, fui forçado a obedecer, mas disse a Chicó: o padre vai se zangar.

Padre, desfazendo-se em sorrisos: – Zangar nada, João! Quem é um ministro de Deus para ter direito de se zangar? Falei por falar, mas também vocês não tinham dito de quem era o cachorro!

João Grilo, cortante: – Quer dizer que ben-ze, não é?

Padre, a Chicó: – Você o que é que acha?

Chicó: – Eu não acho nada de mais.

Padre: – Nem eu. Não vejo mal nenhum em se abençoar as criaturas de Deus. [...]

SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. Rio de Janeiro: Agir, 1985. p. 31-34.

Em relação à estrutura do texto de Ariano Suassuna (1927-2014), é possível afirmar que

( A ) é escrito em versos e estrofes e os diálogos entre as personagens são metrificados e rimados, portanto, há uma elaboração em forma de poema, que res-guarda certa musicalidade.

( B ) nele há simplesmente as falas das personagens, sem qualquer outro recurso, pois é um texto teatral, cuja finalidade é a encenação para um público. O uso ape-nas de falas se deve ao fato de os atores precisarem apenas memorizá-las para a dramatização.

( C ) mesmo como texto puramente narrativo, com a fi-nalidade de ser lido e não encenado, o autor esban-jou-se no uso de falas das personagens e há pouca intervenção do narrador em terceira pessoa.

( D ) é um texto teatral, cuja finalidade é a encenação, mas, ainda assim, o autor introduziu um narrador, e isso é perceptível nas falas que não devem ser externadas pelas personagens, como o trecho apa-recendo na igreja, que são ditas por um narrador.

( E ) é um texto teatral, que possui a finalidade de ser en-cenado, portanto, existem as falas das personagens e também as rubricas, que não serão ditas como os diálogos, servindo para marcar as ações dos atores que representarão o texto.

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1a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

15Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Questão 29

IV

Meu canto de morte,

Guerreiros, ouvi:

Sou filho das selvas,

Nas selvas cresci;

Guerreiros, descendo

Da tribo tupi.

[...]

Sou bravo, sou forte,

Sou filho do Norte;

Meu canto de morte,

Guerreiros, ouvi.

Já vi cruas brigas,

De tribos imigas,

E as duras fadigas

Da guerra provei;

[...]

Andei longes terras

Lidei cruas guerras,

Vaguei pelas serras

Dos vis Aimoréis;

Vi lutas de bravos,

Vi fortes — escravos!

De estranhos ignavos

Calcados aos pés.

[...]

Aos golpes do inimigo,

Meu último amigo,

Sem lar, sem abrigo

Caiu junto a mim!

Com plácido rosto,

Sereno e composto,

O acerbo desgosto

Comigo sofri. [...]

DIAS, Antônio Gonçalves. I-Juca Pirama: Canto IV. In: Últimos Cantos. Londrina: Redacional, 2016. p. 18-20.

O poema I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias (1823-1864), possui dez cantos, mas apenas parte do quarto canto foi transcrita. Sobre o trecho transcrito, seria correto afirmar que

( A ) por ser uma produção literária do Brasil do século XIX, I-Juca Pirama não resguarda nada do gênero épico cultivado entre os gregos e romanos na Antiguidade. Isso se percebe tanto no que diz respeito à estrutura do poema, em cantos, quanto no que concerne à sua temática.

( B ) o eu lírico do Canto IV de I-Juca Pirama é um guerreiro indígena prestes a morrer, porém ele não relata as bata-lhas em que lutou, as desgraças que viu e o quanto é bravo e forte.

( C ) não há, no poema de Gonçalves Dias, uma mescla dos gêneros épico e lírico: o tema bélico-guerreiro de I-Juca Pirama e a estrutura narrativa em cantos excluem as angústias e os sofrimentos pessoais da voz do eu lírico relatando os seus feitos.

( D ) embora haja um rigor de trabalho estético com os versos e as estrofes, com o ritmo e as rimas, a narrativa cabe em uma estrutura versificada, já que não é exclusividade da produção escrita de ficção em prosa.

( E ) o eu lírico de um poema, assim como a voz narrativa de uma ficção em prosa, estão sempre associados ao autor da obra, pois não são instâncias diferentes em uma análise literária. No Canto IV do poema, por exemplo, a voz é a de Gonçalves Dias.

LTSR1-00047

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Simulado – 2018

16

Questão 30

“A literatura nos permite viver num mundo onde as regras inflexíveis da vida real podem ser quebradas, onde nos libertamos do cárcere do tempo e do espaço, onde podemos cometer excessos sem castigo e desfrutar de uma sobe-rania sem limites.” (Mário Vargas Llosa)

SÉRGIO, Ricardo. Conceito de literatura. Disponível em: <http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/278085>. Acesso em: 5 dez. 2016.

Considerando o conceito de Mário Vargas Llosa sobre o que é literatura, a alternativa que corresponde ao pensa-mento do escritor é:

( A ) a literatura é uma manifestação artística porque desconstrói atitudes consideradas corretas para o ser humano.

( B ) a literatura ensina que, assim como na vida real, as regras sociais podem ser, a qualquer momento, quebradas sem que haja punições.

( C ) o aspecto de recriação literária possibilita a inven-ção de um mundo sem regras nem marcas tempo-rais, sem castigos e punições.

( D ) por meio da literatura, pode-se viver em outro tem-po, mas não em outro espaço.

( E ) a fantasia vivida por meio da literatura acontece porque o indivíduo, ao se tornar leitor, pode desfru-tar de um mundo sem castigos e sem autoridades.

Questão 31

UM PICHADOR “COBRA”

[…] Explicar as diferenças entre o pichador, o grafiteiro e o muralista de street art tem sido uma preocupação recorrente de Kobra. Princi-palmente para retirar disto qualquer juízo de valor. Ele insiste que não vê uma “evolução” entre os três, mas sim o que chama de “tran-sição”. Citando casos emblemáticos do mundo todo, como o misterioso Banksy das ruas da Inglaterra, ou mesmo veteranos da street art como o norte-americano Keith Haring (1958-1990), Kobra acredita que a definição está apenas num ponto-chave: a autorização. [...]

VEIGA, Edison. Um pichador “cobra”. Disponível em: <http://infograficos.estadao.com.br/cidades/simplesmente-kobra/?id=2>. Acesso em: 23 nov. 2017.

LTSR1-00001

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ARSR1-00040

A Street Art, ou Arte de Rua, tem vários representantes brasileiros reconhecidos no cenário mundial. Uma de suas manifestações artísticas visuais é o grafite,

( A ) uma manifestação artística contemporânea que ocupa lugares privados como forma de protesto.

( B ) que apresenta acentuado cunho de denúncia so-cial, por isso, suas formas poluem o visual.

( C ) uma forma de expressão artística que reflete uma visão social e política contemporânea.

( D ) um rótulo utilizado para diminuir o estereótipo de vandalismo dessa expressão artística.

( E ) uma expressão artística, cujo objetivo único é esta-belecer embates entre o centro e a periferia.

Questão 32

PHILIP GLASS QUERIA MÚSICA QUE CRIASSE A EXPERIÊNCIA

DO TEMPO SUSPENSO

[…] De certa forma, a música é uma refle-xão sobre entrar em movimento, sobre criar di-nâmicas, criar ressonâncias que fazem do tempo um contínuo no qual seus múltiplos instantes se interpenetram em reinscrição incessante. Mas Glass queria deliberadamente uma música que pensasse espacialmente, que construísse a expe-riência do ‘ex-tase’, do tempo suspenso, que se desenvolvesse por acumulação, por sobreposição, por corte, como se estivéssemos diante de um objeto no espaço. […]

SAFATLE, Vladimir. Philip Glass queria música que criasse a experiência do tempo suspenso. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/colunas/

vladimirsafatle/2017/01/1849441-philip-glass-queria-musica-que-criasse-a-experiencia-do-tempo-suspenso.shtml>. Acesso em: 24 nov. 2017.

Os diferentes gêneros musicais se constroem pela junção de vários elementos sonoros, um deles é a altura, que

( A ) diz respeito à amplitude das ondas sonoras.( B ) é a caracterização individual de cada som.( C ) é a condição para produzir uma sonoridade.( D ) se caracteriza como alta, baixa, forte ou fraca.( E ) está relacionada à frequência sonora das vibrações.

Questão 33

RAPPERS FEMINISTAS COMBATEM MACHISMO COM SUAS RIMAS

[…] A presença de mulheres no rap pode ser cada vez mais notada no Brasil. Elas não estão só cantando, mas também mixando e produzindo músicas, além de participarem de outros campos

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1a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

17Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

da cultura hip hop, como o grafite e o break dance. As rappers tratam de assuntos como empoderamento feminino e violência contra a mulher, discutindo o machismo na sociedade. […]

ALMEIDA, Lucas. Rappers feministas combatem machismo com suas ri-mas. Disponível em: <http://jornal.usp.br/atualidades/rappers-feminis-

tas-combatem-machismo-com-suas-rimas/>. Acesso em: 25 nov. 2017.

A linguagem corporal está conectada ao ser humano desde suas origens e se desenvolve junto da sociedade, como no caso do break dance, que

( A ) apresenta uma linguagem marcada por movimen-tos corporais predefinidos que ajudam na separa-ção dos grupos sociais.

( B ) se utiliza do corpo e dos movimentos para expres-são e legitimação de diferentes grupos.

( C ) substitui a linguagem verbal, pois expressa signifi-cados que mudam com o tempo.

( D ) apresenta vocabulário próprio que o afasta do diá-logo com outros estilos.

( E ) prioriza os gestos, em decorrência do verbo, por isso, não constrói, sozinho, uma identidade.

Questão 34

Imagens de animais, pintura mural na caverna de Lascaux (Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO, 1979). Vezere Valley, França.

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Os povos do Paleolítico tinham o costume de represen-tar os animais em suas pinturas. Sobre a imagem apre-sentada, é correto afirmar que

( A ) é uma pintura rupestre, que procura imitar aquilo que os povos viam na natureza.

( B ) é um tipo de pintura rupestre, como os povos não possuíam técnicas de pintura, a aproximação com a realidade era mínima.

( C ) retrata uma pintura feita em cavernas, em um local de fácil acesso.

( D ) é uma pintura rupestre, cujas representações se utili-zavam de técnicas pouco avançadas para o período.

( E ) representa uma pintura rupestre incomum, pois a representação de animais coloridos não era o mais usual nesse tipo de arte.

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ARSR1-00043

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Questão 35

Nas Artes Visuais, o suporte pode ser entendido como a superfície para apresentar a criação artística, ou seja, onde fazemos a arte. O suporte da arte na contempo-raneidade que mais se assemelha ao da Pré-História é

( A ) a pintura em tela.

( B ) a arte urbana, grafite.

( C ) o vitral gótico.

( D ) o retábulo em madeira.

( E ) a xilogravura.

Questão 36

JOÃO TURIN, PRECURSOR DA ESCULTURA NO PARANÁ

Em uma volta pelas praças do centro de Curiti-ba é possível encontrar os bustos de Carlos Gomes, Rui Barbosa e Tiradentes. Salvo o fato de retrata-rem figuras de destaque da História, o que as obras têm em comum? Na década de 1920, as peças fo-ram moldadas pelas mãos de João Turin, consi-derado o precursor da escultura no Paraná. “Ele foi um homem apaixonado pelas artes e pela sua terra”, diz Sérgio Kirdziej, professor de História da Arte na Escola de Belas Artes do Paraná. […]

GEBARO, Ana Letícia. João Turin, precursor da escultura no Paraná. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/joao-turin-precursor-da-escultura-no-parana-bj1t0k5sx2rbfk6looaof0q4u>. Acesso em: 26 nov. 2017.

A obra de João Turin compõe o cenário urbano da ci-dade de Curitiba e marca tanto esteticamente quanto culturalmente o espaço. Com relação à atividade de um escultor, é correto afirmar que ele

( A ) está atento aos detalhes que o cercam e apresenta especialização em uma única técnica, seja molda-gem, entalhe, cinzelagem.

( B ) é também um ocupador dos espaços urbanos, como sua arte não possui remuneração fixa, o es-cultor é marginalizado.

( C ) cria formas de arte tridimensionais que descarac-terizam ou interferem no espaço público, como no caso dos bustos de João Turin.

( D ) é um profissional independente, sem salário fixo e que produz esculturas, à base de pedra ou madeira, por encomenda.

( E ) possui atributos como a criatividade e o senso de observação, além disso, sua arte é também ofício e integra o meio em que se insere.

ARSR1-00006

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ARSR1-00044

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Simulado – 2018

18

Questão 37©

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Celebração “bumba meu boi”, que ocorre no solstício de junho no centro da cidade

histórica de São Luis do Maranhão (Brasil).

O “Bumba meu Boi” ou “Boi Bumbá” é uma dança folcló-rica, muito difundida nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, e apresenta características marcantes. As danças populares

( A ) se diferenciam das danças praticadas pela elite e inibem, na passagem das gerações, as relações de poder entre nobres e populares.

( B ) são manifestações artísticas transmitidas de uma geração para a outra como tradição, além disso, re-presentam os usos e os costumes de um povo.

( C ) representam condições materiais e espirituais de um povo e os mantêm resguardados das interven-ções externas às suas culturas.

( D ) estão relacionadas a situações cotidianas e rituais de uma comunidade, seus gestos mudam na trans-missão de geração para geração.

( E ) sofrem algumas adaptações e se adequam ao gos-to das classes dominantes, aspecto que deslegitima sua identidade social.

Questão 38

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Antiga máscara tribal de nativos da América do Sul (Bogotá, Colômbia).

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As máscaras são utilizadas pelos povos desde a Pré-His-tória. No teatro, as máscaras

( A ) permitem que o ator se “transforme” em outra pes-soa, além de “protegê-lo” dos olhares da plateia.

( B ) são direcionadas aos atores da comédia, para man-ter fixas suas expressões faciais.

( C ) são utilizadas exclusivamente na representação de animais e outras criaturas fantásticas.

( D ) fixam os traços do rosto do ator em apenas uma expressão e geram uma unidade entre os persona-gens.

( E ) escondem o rosto do ator para que ele possa trans-mitir ao público uma série de informações e signi-ficados.

Questão 39

CURITIBA RECEBE MAIS DE 4 MIL ATLETAS PARA OS JOGOS ESCOLARES DA JUVENTUDE

A capital paranaense receberá 5.125 alunos--atletas, sendo 4.408 atletas, para a disputa de 13 modalidades: atletismo, badminton, bas-quete, ciclismo, futsal, ginástica rítmica, han-debol, judô, luta olímpica, natação, tênis de mesa, vôlei e xadrez.

CURITIBA recebe mais de 4 mil atletas para os Jogos Escolares da Juventude. Disponível em: <http://globoesporte.globo.com/jogos-

escolares/noticia/2017/08/curitiba-recebe-mais-de-4-mil-atletas-para-os-jogos-escolares-da-juventude.html>. Acesso em: 6 set. 2017.

A competição mencionada no texto é considerada ofi-cial e envolve esportes que seguem normas e princípios do código esportivo. São considerados princípios do có-digo esportivo:

( A ) cooperação entre equipes, superação de limites e vencedores.

( B ) competição, rendimento e superação de índices esportivos.

( C ) prática do jogo limpo, incentivo à cultura e igualda-de de classificação.

( D ) especialização dos atletas, concorrência e não pa-dronização.

( E ) desenvolvimento tático, competição e uso livre de equipamentos.

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EFSR1-00043

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1a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

19Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Questão 40

NA ‘REDE’ DO VÔLEI DE PRAIA: UM PRODUTO MODERNO NO CAMPO ESPORTIVO

O Voleibol foi inventado, ou seja, o esporte não evoluiu de nenhuma manifestação cultural de jogo ou processo de desportivização. Em outras pala-vras, a modalidade foi inventada como um jogo portador de um conjunto de regras e característi-cas que o inseriu no universo dos esportes.

VILASTUIN, Juliana. PILATTI, Luiz Alberto. Na ‘rede’ do vôlei de praia: um produto moderno no campo esportivo. Disponível em: <http://

www.efdeportes.com/efd84/rede.htm>. Acesso em: 6 set. 2017.

O que significa o processo de desesportivização?

( A ) Abolir o código esportivo, diminuindo fatores impe-ditivos da prática esportiva.

( B ) Permitir a participação de todas as pessoas na prática esportiva, por meio de mudanças no código esportivo.

( C ) Enfatizar o sentido do que é importante e deve ser valorizado, deixando de lado as regras principais.

( D ) Promover rendimento máximo, vivência, regras fle-xíveis e valorização dos melhores participantes.

( E ) Priorizar o desenvolvimento das capacidades físi-cas e motoras, descartando o papel de socialização esportiva.

Questão 41

SISTEMA DE CÂMERAS PERMITE ANALISAR A DECISÃO DOS ÁRBITROS

[...] durante o jogo de estreia da seleção mas-culina de vôlei, o placar do Maracanãzinho mar-cava 7 a 5 a favor da equipe do Brasil. O juiz havia acabado de apontar bola fora para o sa-que do jogador brasileiro, mas o técnico Bernar-dinho não concordou com a marcação e parou o jogo contra o México para averiguar a jogada no challenger. Trata-se de um sistema com mais de dez câmeras computadorizadas, instaladas ao redor da quadra e em pontos estratégicos da rede, que são acionadas justamente quando al-gum time contesta a decisão do árbitro, similar ao usado nas partidas da Liga Mundial. [...]

THEDIM, Fernanda. Sistema de câmeras permite analisar a decisão dos árbitros. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/esporte/sistema-de-

cameras-permite-analisar-a-decisao-dos-arbitros/>. Acesso em: 6 set. 2017.

EFSR1-00044

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A utilização de recursos tecnológicos para auxiliar na decisão dos árbitros durante partidas oficiais tem se tor-nado cada vez mais comum, essa conduta faz parte do processo de

( A ) modificação das regras esportivas.

( B ) descentralização do papel da arbitragem.

( C ) mecanização e substituição total dos árbitros.

( D ) aumento do grau de esportivização.

( E ) desportivização e descentralização esportiva.

Questão 42

TOUR DE FRANCE: CHEGADA DECIDIDA NO PHOTO FINISH!

A chegada dessa sétima etapa do Tour de France foi decidida apenas pelas câmeras do sistema de photo finish da organização. Marcel Kittel (QuickStep-Floors) chegou apenas 6 milímetros (ou 0,0003 segundo) à frente de Edvald Boasson Hagen (Dimension Data)! [...]

TOUR DE FRANCE: chegada decidida no photo finish! Disponível em: <http://www.digitalcycling.com.br/2017/07/07/tour-de-france-

chegada-decidida-no-photo-finish/>. Acesso em: 6 set. 2017.

Diversos esportes já estão adotando recursos auxiliares que podem fazer toda a diferença no resultado final de uma com-petição. Esse tipo de recurso se faz necessário devido à(ao)

( A ) evolução e ao desenvolvimento dos esportes, as-sim como da tecnologia, que vem para auxiliar a arbitragem.

( B ) modificação das normas e regras dos esportes, que passam a ser controlados somente por meios ele-trônicos.

( C ) processo de socialização e utilização de mídias so-ciais e tecnologias aliadas ao desenvolvimento da participação esportiva aumentada.

( D ) descentralização da imagem e função do árbitro, que atualmente não é mais necessário, devido aos recursos tecnológicos existentes.

( E ) profissionalização esportiva, eximindo a responsa-bilidade da arbitragem, deixando de ser juiz e pas-sando a supervisor.

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Simulado – 2018

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Questão 43

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Na imagem, as crianças estão brincando de pular corda, uma atividade lúdica que envolve os participantes de maneira saudável. Mas quando esta mesma atividade física possui normas e regras preestabelecidas, e é dis-putada entre os participantes, como no rope skipping, pode ser caracterizada como uma prática

( A ) desesportivizada.

( B ) semiesportivizada.

( C ) não esportivizada.

( D ) lúdica esportivizada.

( E ) esportivizada.

Questão 44

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A capoeira é um patrimônio cultural brasileiro, assim como um valioso recurso pedagógico e artístico, face à beleza e à desenvoltura com que são realizados seus movimentos. É considerada um jogo com elementos de dança e lutas, que está passando pelo processo de espor-tivização, o que é contestado por muitos praticantes, pois

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( A ) a sua forma esportivizada impede a existência de seus outros formatos.

( B ) as mudanças nos elementos tradicionais foram in-significantes.

( C ) aspectos importantes foram esquecidos e se tor-nou tecnicista.

( D ) sua historicidade e ludicidade foram exaltadas na competição.

( E ) os participantes passaram a ser somente expecta-dores da prática corporal.

Questão 45

HISTÓRIA: O NASCIMENTO DO BASQUETE 3X3

Em setembro de 2010, o Congresso Mundial da FIBA forneceu uma apresentação aprofun-dada das ambições para o desenvolvimento do basquete 3×3, que incluiu tornar a modalidade olímpica, além de criar uma comunidade on-line de jogadores, uma rede mundial de competições e um ranking, cujos pontos viriam das compe-tições registradas na comunidade. Dessa forma, em 2012 foram criados o World Tour FIBA 3×3 e a plataforma 3x3Planet, completando assim o primeiro capítulo da história da modalidade.

HISTÓRIA: o nascimento do basquete 3X3. Disponível em: <http://basquete3x3.com.br/institucional/>. Acesso em: 30 ago. 2017.

Até se tornar um esporte, o basquete 3x3 passou por um processo de esportivização. São consideradas caracte-rísticas desse processo

( A ) existência de regras, atenuação da competição e aumento da ludicidade.

( B ) atenuação de regras, mas com característica de competição.

( C ) ausência do código desportivo, visto que é uma nova modalidade.

( D ) mudança no sentido do código esportivo aplicado à modalidade.

( E ) presença do código desportivo, como regras, rendi-mento e competição.

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1a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

21Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Proposta de produção de texto

Tendo como base a leitura dos textos motivadores a seguir, e valendo-se de seus conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre a Regulamenta-ção de serviços de transporte alternativo. Para tanto, selecione informações, ordene-as e construa relações argumen-tativas, de forma coesa e coerente, a fim de sustentar o seu ponto de vista. Lembre-se de que seu texto deve apresentar uma proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.

Texto I

REGULAMENTAÇÃO DE APLICATIVOS PARA TRANSPORTE DE PASSAGEIROS DEVE AVANÇAR NA PRÓXIMA SEMANA

Apesar das divergências em relação a alguns pontos, a regulamentação de serviços de transpor-te remunerado individual por meio de aplicativos como Uber, 99 e Cabify tem grandes chances de avançar na próxima semana. Todos os senadores que participaram de audiência pública sobre o tema nesta quarta-feira (20) defenderam a votação com urgência da proposta [...].

Aprovado em abril pela Câmara dos Deputados, o projeto determina uma série de exigências para que esse tipo de serviço possa funcionar, incluindo uma autorização prévia das prefeituras. [...]

Durante o debate, aqueles que defendem os aplicativos afirmaram que a concorrência é benéfica para o consumidor por oferecer preços mais baixos, a diminuição de trânsito e o aumento de empregos e se posicionaram contra o projeto da forma como veio da Câmara. Mas os taxistas argumentaram que a regulamentação do transporte por aplicativo torna o mercado mais justo para ambos os profis-sionais e garantirá maior segurança para os motoristas e consumidores.

Atividade privada

Daniel Mangabeira, diretor de Políticas Públicas do Uber no Brasil, criticou emenda aprovada na Câmara que retirou do projeto o trecho que estabelece que transporte individual de passageiros é uma atividade de natureza privada, o que levaria os motoristas do Uber e de similares a precisarem de au-torização específica do poder público municipal. Segundo ele, a medida pode inviabilizar a prestação do serviço. A emenda aprovada também levará à exigência de placas vermelhas para os automóveis que prestarem o serviço, a mesma utilizada hoje nos táxis. [...]

Guilherme Mendes Resende, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), afirmou que o Uber criou uma nova demanda quando iniciou as atividades no Brasil em 2014. Segundo ele, pessoas que não utilizavam táxis passaram a usar o transporte via aplicativo em razão dos preços mais baixos.

Concorrência

O subsecretário de Análise Econômica e Advocacia da Concorrência do Ministério da Fazenda também defendeu a regulamentação, mas com regras que não inibam o funcionamento dos aplica-tivos. Mesma opinião manifestou o secretário Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Arthur Rollo. Segundo ele, a concorrência é benéfica para o consumidor, mas regras são necessárias [...].

Controvérsias

Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), a principal preocupação do Senado deve ser garantir direitos trabalhistas para os motoristas do Uber e assegurar condições justas de concorrência no mer-cado para os taxistas.

O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) disse discordar de alguns pontos do projeto, mas afirmou que o Senado precisa decidir o quanto antes.

REGULAMENTAÇÃO de aplicativos para transporte de passageiros deve avançar na próxima semana. Disponível em: <https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2017/09/20/regulamentacao-de-aplicativos-para-transporte-de-passageiros-deve-avancar-na-proxima-semana>. Acesso em: 25 nov. 2017.

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Simulado – 2018

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Texto II

OS TÁXIS E O UBER

[...] O que podemos falar sobre os direitos entre as categorias? O táxi necessita de outorga. [...] Eles pagam vários tributos e são fiscalizados [...], têm seguro obrigatório alto para cobertura de passagei-ros. Na compra de automóveis, os taxistas são isentos de IPI. Além disso, eles têm direito a pontos fixos (ou não) em vagas em toda a cidade. Diz-se que as placas pertencem mais a empresas ou a proprietários de várias concessões do que realmente aos motoristas.

Já o Uber atende apenas por aplicativo. Os veículos não precisam ser diferenciados, nem próprios. Além disso, não são fiscalizados [...]. Os motoristas tampouco pagam impostos sobre o serviço; não são necessariamente profissionais e podem trabalhar em horas vagas ou apenas para complemento de renda. O Uber incentivou a concorrência de mercado, oferecendo qualidade em automóveis, prestati-vidade e maior oferta de serviços. [...]

GONÇALVES, Mirian. Os táxis e o Uber. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/os-taxis-e-o-uber-duahnalizzsfkbltmz8s3agql>. Acesso em: 25 nov. 2017.

Texto III

RODRIGO CARELLI: O UBER, OS TÁXIS E A EXPLORAÇÃO DOS MOTORISTAS

Em poucas palavras, os trabalhadores do Uber são seus empregados, mas não reco-nhecidos como tal, desobrigando a empresa de seus deveres como empregadora.

[...] A exploração do trabalho no Uber é ainda pior [do que os taxistas], pois o controle se dá por programação. A empresa controla o tipo de carro, a forma de conduzir, o modo de se portar, o unifor-me e a tarifa a ser cobrada. Tem total controle dos trabalhadores por meio do sistema de “cenouras e porrete”. Ou seja, de prêmios e castigos.

Controla o quantitativo de mão de obra disponível, por meio de premiações em momentos de pouca oferta. Por outro lado, os trabalhadores não podem negar corridas e são desligados do sistema se não obtiverem certa nota dos clientes. Em poucas palavras, os trabalhadores do Uber são seus empregados, mas não reconhecidos como tal, desobrigando a empresa de seus deveres como empre-gadora. [...]

CARELLI, Rodrigo. O Uber, os táxis e a exploração dos motoristas. Disponível em: <http://odia.ig.com.br/opiniao/2016-05-24/rodrigo-carelli-o-uber-os-taxis-e-a-exploracao-dos-motoristas.html>. Acesso em: 25 nov. 2017.

Instruções:

• O texto definitivo deve ser escrito à tinta azul ou preta, na folha própria, em até 30 linhas.• A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.• A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número

de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

1a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

23Ciências Humanas e suas Tecnologias

Ciências Humanas e suas Tecnologias

| Questões de 46 a 90 |

Questão 46

[...] nunca se explica plenamente um fenô-meno histórico fora do estudo de seu momento. Isso é verdade para todas as etapas da evolu-ção. Tanto daquela em que vivemos como das outras. O provérbio árabe disse antes de nós: “os homens se parecem mais com sua época do que com seus pais.” Por não ter meditado essa sabedoria oriental, o estudo do passado às vezes caiu em descrédito.

BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. p. 60.

O provérbio árabe apresentado no texto permite proble-matizar, em História, o conceito de

( A ) historiografia.

( B ) historicidade.

( C ) temporalidade.

( D ) sujeito histórico.

( E ) cultura.

Questão 47

Cidadania não é uma definição estanque, mas um conceito histórico, o que significa que seu sentido varia no tempo e no espaço. É mui-to diferente ser cidadão na Alemanha, nos Es-tados Unidos ou no Brasil (para não falar dos países em que a palavra é tabu), não apenas pelas regras que definem quem é ou não titu-lar da cidadania (por direito territorial ou de sangue), mas também pelos direitos e deveres distintos que caracterizam o cidadão em cada um dos Estados-nacionais contemporâneos.

PINSKI, Jaime; PINSKI, Carla Bassanezi. História da cidadania. São Paulo: Contexto, 2010. p. 9.

Uma sociedade terá níveis mais avançados de cidadania na medida em que

( A ) promova a abolição do Estado, já que o aparato po-licial é atualmente o maior repressor das liberdades e direitos.

( B ) o autoritarismo do Estado force a sociedade a usu-fruir dos seus direitos constitucionais e a obedecer os seus deveres.

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( C ) produza códigos de leis que assegurem o acesso a direitos, o conhecimento de deveres e a obrigato-riedade do voto.

( D ) fortaleça as instituições democráticas que assegu-ram não só o acesso a direitos, mas também o cum-primento de deveres.

( E ) o tempo passe, pois notou-se, ao longo da história, que os direitos do cidadão são regidos por um pro-cesso de constante evolução.

Questão 48

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BROWNE, Dik. O melhor de Hagar, o horrível. Porto Alegre: L&PM, 2010. v. 2, p. 74.

A charge permite problematizar o conceito de civiliza-ção, pois

( A ) a existência de grupos mais civilizados e outros me-nos civilizados é claramente percebida.

( B ) as rivalidades entre as diferentes civilizações é uma característica típica do passado, superada com o advento da globalização.

( C ) o juízo de valores de uma determinada sociedade interfere no modo como ela percebe as outras civi-lizações.

( D ) a análise das diferentes civilizações deve ser pau-tada por um olhar de parcialidade e com juízo de valores.

( E ) as tensões entre diferentes civilizações são muito mais comuns entre os povos orientais do que entre os ocidentais.

Questão 49

Com o significado de “nova idade da pe-dra”, o termo neolítico surgiu no século XIX, identificando a idade da pedra polida, assim como o termo paleolítico identificava a idade da pedra lascada. Hoje, no entanto, o termo neolítico não mais identifica métodos de traba-lho em pedra e, sim, de produção de alimentos.

GUGLIELMO, Antonio Roberto. A Pré-História: uma abordagem ecológica. São Paulo: Brasiliense, 1999. p. 38.

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Simulado – 2018

24

A mudança na forma de obtenção de alimentos a que o texto se refere, ocorrida por volta de 10.000 a.C., foi possível em virtude

( A ) da descoberta da agricultura e domesticação dos animais.

( B ) da intensificação das caças da megafauna da épo-ca glacial.

( C ) do fim da era glacial, que garantiu maior oferta de vegetais para coleta.

( D ) da redução populacional, que diminuiu a concor-rência por alimentos.

( E ) do uso de escravos, o que expandiu a produção agrícola.

Questão 50

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A imagem revela uma das construções deixadas pelas civilizações mesopotâmicas. O nome dessa construção e sua funcionalidade são, respectivamente,

( A ) zigurate e servia como local de treinamentos mili-tares.

( B ) estela e servia como local de armazenamento de alimentos.

( C ) estandarte e servia como local de sacrifícios huma-nos.

( D ) estela e servia como local de sepultamento dos lí-deres.

( E ) zigurate e servia como observatório astronômico.

Questão 51

Acredita-se que os primeiros dicionários te-nham surgido na Mesopotâmia, por volta de 2600 a.C. [...] Antes disso, segundo os historia-dores, não havia muita preocupação em defi-nições exatas das palavras nas línguas faladas

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pelos povos, até porque, durante muito tem-po, a escrita foi privilégio de poucos. Somente muito tempo depois dos mesopotâmicos surgiu na China o dicionário de Hou Chin, em 150 a.C., considerado por muitos estudiosos como um dos pioneiros da História.

LOPES, Marcus. Como fazíamos sem dicionário. Disponível em: <http://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/acervo/como-faziamos-sem-

dicionario.phtml#.WKCxH_krLIU>. Acesso em: 10 fev. 2017.

Pode-se afirmar que o surgimento dos primeiros dicio-nários na Mesopotâmia deve-se ao(à)

( A ) criação de um código de letras escritas pelos sumé-rios, os hieróglifos.

( B ) importância dos livros para os povos dessa região.

( C ) desenvolvimento da escrita cuneiforme pelos su-mérios.

( D ) quantidade de significados das palavras faladas pe-los acádios.

( E ) contato com outros povos, como os egípcios, que já tinham dicionários.

Questão 52

Quando os deuses criaram Gilgamesh, de-ram-lhe um corpo perfeito. Shamash, o glorio-so sol, dotou-o de grande beleza; Adad, o rei da tempestade, deu-lhe coragem; os grandes deuses tornaram sua beleza perfeita, superior à de todos os outros seres, terrível como um enorme touro selvagem. Eles o fizeram dois terços deus e um terço homem.

ANÔNIMO. A Epopeia de Gilgamesh. São Paulo: Martins Fontes, 2012. p. 95.

O parágrafo apresentado faz parte da história da epopeia de Gilgamesh, considerado o mais antigo texto literário já encontrado na Mesopotâmia. Ele nos revela aspectos da religiosidade dos mesopotâmios como o

( A ) politeísmo e a presença de mitos.

( B ) monoteísmo e a crença antropomórfica.

( C ) dualismo e a dicotomia entre bem e mal (sol e tem-pestade).

( D ) politeísmo e a presença antropozoomórfica no pan-teão.

( E ) monoteísmo e a crença na criação do homem por Iahweh.

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1a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

25Ciências Humanas e suas Tecnologias

Questão 53

No dia 1o. de julho de 2012, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se a primeira do mundo a receber o título da Unesco de Patrimônio Mun-dial como Paisagem Cultural. [...] O presidente do Iphan explicou que “a paisagem carioca é a imagem mais explícita do que podemos cha-mar de civilização brasileira, com sua origina-lidade, desafios, contradições e possibilidades”.

ASCOM/IPHAN. Rio recebe título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Disponível em: <http://www.cultura.gov.br/noticias-destaques/-/

asset_publisher/OiKX3xlR9iTn/content/rio-de-janeiro-patrimonio-mundial-532479/10967>. Acesso em: 7 mar. 2013 (adaptado).

Qual o significado histórico da transformação da cidade do Rio de Janeiro em Patrimônio Mundial como Paisa-gem Cultural pela UNESCO?

( A ) Reconhecimento da cidade como algo a ser zelado pela humanidade, em razão de sua relação entre preservação, urbanização e natureza.

( B ) Homenagem à cidade do Rio de Janeiro pela pre-servação dos patrimônios históricos e da natureza.

( C ) Reconhecimento do Rio de Janeiro como cidade--modelo, pelos cuidados com a natureza e com a preservação do patrimônio histórico.

( D ) Homenagem à cidade do Rio de Janeiro pelos cui-dados em relação às políticas de urbanização e à preservação ambiental.

( E ) Reconhecimento da cidade como pertencente à humanidade, em razão da sua relação entre urba-nização, cultura e natureza.

Questão 54

[...] O sertão piauiense tem um papel de pro-tagonista na busca pela origem pré-histórica. O mais famoso cenário é a Serra da Capivara, localizado a 530 km da capital. No local, foram catalogados mais de 1.200 sítios arqueológicos e conta com pinturas rupestres feitas em rochas e paredes de cavernas feitas há milhares de anos.

A maior concentração de vestígios pré-his-tóricos já encontrados nas Américas é conside-rado patrimônio cultural da humanidade, pela Organização das Nações Unidas (ONU). [...]

G1 PIAUÍ. Piauí possui um dos maiores acervos de arte rupestre das Américas. Disponível em: <http://g1.globo.com/pi/piaui/

noticia/2016/07/riquezas-do-pi-estado-possui-maior-numero-de-arte-rupestre-das-americas.html>. Acesso em: 14 dez. 2016.

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O Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, foi criado em 1979, com o objetivo de preservar as pinturas rupestres lá encontradas. A existência desses vestígios históricos no Piauí significa que

( A ) hominídeos africanos estiveram no Brasil na Pré--História.

( B ) as pinturas são de indígenas, feitas pouco antes da descoberta do Brasil.

( C ) hominídeos asiáticos estiveram no Brasil na Pré-His-tória.

( D ) no Brasil, também houve um Período Pré-Histórico.

( E ) os primeiros hominídeos foram descobertos na América.

Questão 55

Vistos como seres divinos ou divinizados, os faraós eram considerados a personificação viva de Rá [...]. Apoiado numa elite governante cons-tituída por aliados e dependentes pessoais, de onde provinham escribas, sacerdotes e chefes mi-litares, o poder faraônico se prolongou ao longo de milênios, através de sucessivas dinastias.

MACEDO, José Rivair. História da África. São Paulo: Contexto, 2015. p. 24.

Valendo-se do texto, é possível concluir que uma das ca-racterísticas políticas do Antigo Egito era

( A ) o faraó ser dependente dos escribas, sacerdotes e militares.

( B ) a submissão de militares e sacerdotes aos escribas.

( C ) a descentralização militar e administrativa.

( D ) o Estado ter características teocráticas.

( E ) a divisão do território em cidades-estados.

Questão 56

Que possas fixar os servos trabalhadores.São os homens que criam tudo o que existe.Vivemos do que há em seus braços.Se nos faltam, reina a pobreza.São esses trabalhadores que produzem os ali-mentos.Se a casa não conta com eles, seus alicerces estão inseguros.Mas suas vozes sustentam as paredes.Aquele que possui uma multidão é que dorme até a manhã.

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Simulado – 2018

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Mas não há sono para o que está só.

Desejamos a inundação, nela achamos vantagem.

Mas nenhum campo lavrado cria-se por si mesmo.

Não esmagues o cultivador com impostos.

Se sua carga for leve, ele estará presente para ti no ano seguinte.

Se ele vive, tu dispões de seus braços,

Mas se tu os tosquias, ele pensará em tornar-se um errante.

Fixa os impostos proporcionalmente à produ-ção de cereal do Alto Egito,

Isto está de acordo com o julgamento do deus.

CARDOSO, Ciro Flamarion. Trabalho compulsório na antiguidade. Rio de Janeiro: Graal, 2003. p. 92-93.

Com a leitura do texto apresentado, escrito no Egito Anti-go, durante o reinado do faraó Senuosret I, no século XX a.C., é possível perceber

( A ) as fragilidades da fiscalização dos escribas e a im-portância do trabalho artesanal.

( B ) a irrelevância dos trabalhadores braçais em compa-ração aos altos funcionários.

( C ) o desejo por uma tributação mais justa que isentas-se os ricos de qualquer contribuição.

( D ) as críticas ao sistema tributário da época e a impor-tância do Rio Nilo para a produção.

( E ) que o trabalho individual era considerado mais fru-tífero e produtivo do que em grupo.

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Questão 57

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Trajetória dos hebreus

Fontes: ATLAS histórico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro: Fename, 1978. p. 73. Adaptação. BIBLICA: o atlas da Bíblia. São Paulo: Girassol, 2006. Adaptação.

Trajetórias migratórias dos hebreus de Abraão até o estabelecimento dos reis hebreus Saul, Davi e Salomão na região da Palestina.

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1a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

27Ciências Humanas e suas Tecnologias

Observando os trechos indicados no mapa apresenta-do, e considerando a história hebraica contida na tradi-ção bíblica, é possível indicar que, em

( A ) 1, Moisés conduziu os hebreus da Mesopotâmia rumo a Canaã.

( B ) 2, fugiram do Egito no episódio conhecido como Êxodo.

( C ) 3, receberam as tábuas contendo os Dez Manda-mentos no Monte Sinai.

( D ) 1, 2 e 3, a motivação migratória era principalmente a prática do comércio.

( E ) 3, o grupo se dividiu e a parte que ficou no deserto deu origem aos árabes.

Questão 58

A discriminação sofrida por judeus ao longo da história provocou no grupo grande coesão e forte identidade em torno de práticas e rituais. Comemorações de datas, rezas, costumes e tra-dições, embora adaptados a diferentes locais e épocas, têm mantido o elo que conecta as diferentes comunidades.

PINSKI, Jaime; PINSKI, Carla Bassanezi. História da cidadania. São Paulo: Contexto, 2010. p. 17.

Sobre os hebreus, pode-se afirmar que

( A ) o preconceito sofrido devido às atividades eco-nômicas desempenhadas são o principal fator de união do grupo.

( B ) as práticas sociais e religiosas do grupo se torna-ram, ao longo da história, imutáveis e arcaicas.

( C ) a reminiscência a um passado em comum encon-tra limites pelo processo de transmissão baseado na oralidade.

( D ) a crença em vários deuses enfrentou processos his-tóricos de modificação, mas a estrutura geral per-siste até a atualidade.

( E ) a memória coletiva do grupo é fortemente alimen-tada pelas crenças religiosas, gerando uma sólida identidade.

Questão 59

MADRI — A guerra dos jihadistas do Esta-do Islâmico (EI) contra os vestígios arqueológicos não tem nada a ver com o passado, mas com o presente. Os danos ao patrimônio, sofridos pelo Oriente Médio, especialmente na Síria e no Iraque,

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mas também no Iêmen, são, para os historiadores, os maiores que o mundo já viu desde a Segunda Guerra Mundial. Nunca, desde então, se havia ata-cado tão sistematicamente a História. [...]

Em todos os casos, a violência contra a cultu-ra representava apenas uma parte da destruição de um povo. Para James Gelvin, professor de História do Oriente Médio na Universidade da Califórnia (Los Angeles) e especialista em Síria, “o vandalismo do Estado Islâmico é uma metáfo-ra para os horrores que está perpetrando.”

ALTARES, Guillermo. Ao destruir patrimônios, EI tenta reescrever a História do Oriente Médio. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/mundo/ao-destruir-patrimonios-ei-tenta-reescrever-historia-do-oriente-medio-16485756#ixzz4zaiIQ3kx>. Acesso em: 26 nov. 2017.

Conforme apresentado no texto, as ações do grupo fun-damentalista Estado Islâmico contra o patrimônio his-tórico da região do Oriente Médio criam uma situação paradoxal com

( A ) as crenças no monoteísmo elaboradas pelos hebreus.

( B ) os avanços científicos desenvolvidos no Antigo Egito.

( C ) a tolerância religiosa dos persas para com os povos dominados.

( D ) os progressos na acumulação de bens materiais pelo comércio fenício.

( E ) a vida em pequenas comunidades dos grupos pré--históricos.

Questão 60

[...] De acordo com os indícios arqueológicos, as primeiras sociedades que transferiram a água dos rios para suas lavouras foram a babilônica, no atual Iraque, e a egípcia. Esta última foi res-ponsável também por construir, no Nilo, as pri-meiras barragens conhecidas, inventando o que hoje chamamos de hidrologia. [...]

COURAU, Christophe. A busca milenar pelo ouro azul. Disponível em: <http://revistahistorien.blogspot.com.br/2011/04/busca-

milenar-pelo-ouro-azul.html>. Acesso em: 16 fev. 2017.

O texto se refere à transferência das águas dos rios pelas sociedades

( A ) antigas, devido à criação de canais de irrigação para a agricultura.

( B ) pré-históricas, em momento de nomadismo, na Ida-de dos Metais.

( C ) antigas, pois eram sociedades nômades, que vi-viam da caça e da pesca.

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Simulado – 2018

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( D ) pré-históricas, porque eram sociedades sedentárias e agrícolas.

( E ) antigas, devido ao surgimento da domesticação de animais.

Questão 61

Apesar de fortes restrições interiores, o homem teve aos poucos que abandonar a noção de que tinha qualquer posição central no Universo, e no começo do século XX reconheceu que vivemos num planeta nada excepcional, em torno de uma estrela nada excepcional, o Sol, localizada qua-se na extremidade de uma galáxia normal, a Via Láctea. Esta galáxia faz parte de um grupo de galáxias, o Grupo Local, localizado na periferia de um grande cúmulo de galáxias. Mesmo este cú-mulo, o cúmulo de Virgem, é pequeno em relação aos grandes cúmulos de galáxias que podemos ob-servar em outras partes do Universo. Nossa loca-lização no Universo é, portanto, insignificante. [...]

OLIVEIRA FILHO, Kepler de Souza. O Universo como um todo. Disponível em: <http://astro.if.ufrgs.br/univ/>. Acesso em: 15 jun. 2017.

De acordo com o texto, pode-se concluir que a atual concepção do Universo é

( A ) geocêntrica, cujo modelo fora proposto por Ptolomeu no segundo século da era cristã.

( B ) de um universo em expansão, constituído de bi-lhões de galáxias, cada qual composta por bilhões de estrelas, planetas e outros astros.

( C ) de um universo plano, originado de uma grande explosão e cujas dimensões não mais se ampliam.

( D ) heliocêntrica, conforme propôs Nicolau Copérnico e defendido em seguida por Galileu Galilei, entre outros.

( E ) elíptica, com o Sol ocupando um dos focos da elipse.

Questão 62

[...] Moreira (1982) entende o espaço geo-gráfico como uma estrutura de relações sob determinação do social; é a sociedade vista com sua expressão material visível, através da socialização da natureza pelo trabalho. É uma “totalidade estruturada de formas espaciais”. [...]

BRAGA, Rhalf Magalhães. O espaço geográfico: um esforço de definição. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/geousp/

article/view/74066/77708>. Acesso em: 21 nov. 2017.

GESR1-00041

x

GESR1-00081

Sobre a geografia, seu escopo e significado, é correto afirmar que

( A ) promove a síntese de conhecimentos de diferentes áreas científicas.

( B ) divide-se em duas áreas distintas, a humana e a física.

( C ) o geógrafo pode ser considerado um generalista.

( D ) baseia-se na perspectiva da análise espacial do fe-nômeno.

( E ) é uma disciplina escolar que tem como objeto a Terra.

Questão 63

Ace

rvo

O P

ovo

HÁ 48 ANOS: a chegada do homem à Lua. Disponível em: <https://www20.opovo.com.br/app/acervo/noticiashistoricas/2017/07/20/

noticiasnoticiashistoricas,3282492/ha-48-anos-a-chegada-do-homem-a-lua.shtml>. Acesso em: 21 nov. 2017.

A capa do jornal O Povo, de 21 de junho de 1969, destaca um feito importante da humanidade. Essa grande con-quista ocorreu em um momento conturbado das rela-ções internacionais que ficou conhecido como

( A ) Segunda Guerra Mundial.

( B ) Corrida espacial.

( C ) Guerra Fria.

( D ) Primeiro século da era cristã.

( E ) Era espacial.

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1a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

29Ciências Humanas e suas Tecnologias

Questão 64D

ivan

zir

Pad

ilha.

20

10. 3

D.

Fonte: GRIMM, Alice Marlene. Meteorologia básica. Disponível em: <http://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/cap2/cap2-1.html>. Acesso em: 17 abr. 2014.

O movimento de translação se caracteriza como uma órbita realizada pela Terra ao redor do Sol. Combinado à inclinação do eixo de rotação do planeta, que é de 23o 27”, o movimento de translação é responsável pela ocorrência das estações do ano. Sobre as estações do ano, podemos afirmar que

( A ) no solstício de junho, ocorre o chamado Sol da Meia-Noite no Hemisfério Sul.

( B ) no equinócio de setembro, a energia solar incide mais diretamente sobre a Trópico de Câncer.

( C ) em função da órbita da Terra percorrer uma elipse, as estações do ano são determinadas pela distân-cia do planeta do Sol.

( D ) durante o solstício de dezembro, a energia solar in-cide mais diretamente sobre a região do Equador, e a duração do dia claro e da noite são iguais.

( E ) as estações do ano se apresentam de maneira in-vertida entre os hemisférios Norte e Sul.

Questão 65

Ciências puras ou racionais partem de termos gerais, ciências históricas, entretanto, partem de fatos isolados da percepção e tentam reuni-los numa totalidade. As ciências racionais nos levam da teoria à experiência, as históricas partem da experiência para chegar à teoria.

RITTER, Carl. Algumas notas acerca do ensino metódico na geografia. In: Gutsmuths neue Bibliothek für Pädagogik 2 (1806), p. 198. Traduzido por Woff-Deitrich Sahr. Curitiba: Ed. Autor, 2008.

Levando-se em consideração a concepção apresentada por Carl Ritter (1779-1859) e as mudanças que o conhe-cimento geográfico teve ao longo do tempo, pode-se considerar que a Geografia é

( A ) um conhecimento racional que teve sua discussão iniciada após o término das Grandes Guerras do sé-culo XX.

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x

GESR1-00001

( B ) um saber racional que parte da teoria, levantamen-to de hipóteses, para a prática, obtenção de conhe-cimento.

( C ) uma narrativa que explica a ação do ser humano ao longo do tempo, buscando sempre a explicação dos fatos históricos.

( D ) uma ciência histórica que entende a formação e a construção do espaço com base nas relações sociais.

( E ) uma disciplina que, por meio da racionalização de dados e informações, busca prever as ações huma-nas, a fim de inferir o planejamento futuro.

Questão 66

Depois de anos de bombardeio e de um cer-co brutal de mais de quatro meses, o exérci-to sírio iniciou em meados de novembro uma grande ofensiva que permitiu recuperar o con-trole de mais 90% dos bairros de Aleppo, do-minados pelos rebeldes desde 2012. [...]

O GLOBO. Evacuação de Aleppo será retomada. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/mundo/evacuacao-de-aleppo-

sera-retomada-20664692>. Acesso em: 17 dez. 2016.

Com base no entendimento dos principais conceitos geográficos, é correto afirmar que as forças sírias bus-cam retomar

( A ) o espaço geográfico.

( B ) o lugar.

( C ) a região.

( D ) a paisagem.

( E ) o território.

Questão 67

Ces

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tati,

20

18. D

igita

l.

Observando os esquemas que demonstram o caminho aparente do Sol pela abóboda celeste, para uma latitude média do Hemisfério Sul, durante o inverno e o verão, percebemos que a face da casa que receberá a luz solar mais intensamente será a

( A ) Norte.

( B ) Sul.

( C ) Noroeste.

( D ) Oeste.

( E ) Nordeste.

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Simulado – 2018

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Questão 68

Talit

a K

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y B

ora

Planisfério: político

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. Adaptação.

O mapa apresentado traz uma grade de coordenadas com as latitudes definidas de 10o em 10o e as longitudes definidas de 20o em 20o. Nele, estão assinalados cinco pontos identificados por letras. Sobre esses pontos, podemos afirmar que

( A ) o ponto que apresenta a maior longitude oriental é o “B”.

( B ) o ponto “A” está localizado no Hemisfério Norte.

( C ) o Hemisfério Sul apresenta o maior número de pontos.

( D ) no hemisfério oriental estão localizados três pontos.

( E ) o ponto “C” apresenta latitude de 100o Sul.

Questão 69

[...] estabelecer um “endereço” para um imóvel na Terra, definindo sua forma, dimensão e loca-lização, por meio de métodos de levantamento topográfico, descrevendo os limites, características e confrontações do mesmo, por meio de memorial descritivo que deve conter as coordenadas dos vérti-ces definidores dos limites dos imóveis rurais.

PERGUNTAS frequentes. Disponível em: <http://www.cadastrorural.gov.br/perguntas-frequentes/propriedade-rural/41-o-que-e-georreferenciamento-de-imovel-rural>. Acesso em: 21 nov. 2017.

O texto se refere à técnica cartográfica de

( A ) estereoscopia.

( B ) georreferenciamento.

( C ) sensoriamento remoto.

( D ) projeção cartográfica.

( E ) sistema de Informações geográficas.

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1a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

31Ciências Humanas e suas Tecnologias

Questão 70

Foi no início do século XIX, que os relógios começaram a se tornar cada vez mais precisos e também de acesso mais fácil à população. Desse momento em diante, passou-se a empregar um tempo uniforme, em vez de se conservar o tempo variável do Sol verdadeiro. Assim a substituição do tempo solar verda-deiro por um tempo médio, fictício, ou seja, um dia solar médio de 24 horas, em qualquer estação do ano, ocorreu em Genebra em 1789, na Inglaterra em 1792, em Berlim em 1810, em Paris em 1816 e no Brasil no segundo quarto do século XIX.

RICOBOM, Arnaldo. A medida do tempo – fuso horário. Curitiba: Ed. Autor, 2007. p. 10.

Apesar de a maior parte dos países mencionados adotarem um único horário de referência para o seu território, algumas nações, como o Brasil e os Estados Unidos, optaram em utilizar diferentes fusos horários, pois

( A ) ambos os países, ao longo do tempo, aumentaram seus territórios e, dessa maneira, foi necessário considerar a latitude para determinar a hora solar.

( B ) a utilização do tempo uniforme perde sua usabilidade, uma vez que as novas tecnologias permitem balizar diferentes horários em um único país.

( C ) eles optaram em utilizar o tempo local, tendo como base o zênite solar, e se planejar de acordo com a lumino-sidade diária.

( D ) havia dificuldades em organizar os fluxos econômicos e produtivos, uma vez que havia discrepâncias nos horá-rios entre as regiões setentrionais e meridionais.

( E ) apresentam uma grande variação de longitude, fazendo com que as diferenças de horários sejam grandes entre os extremos oeste e leste.

Questão 71

Luci

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Dan

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ulio

Planisfério — Projeção de Mollweide

Fonte: VEREGIN, Howard. Goode’s world atlas. 33. ed. llinois: Pearson Prentice Hall, 2005. p. 12. Adaptação

Luci

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Dan

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ulio

Planisfério — Projeção de Robinson

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. Adaptação.

As projeções cartográficas são o conjunto de técnicas que objetivam reduzir a deformação causada no processo de retratar, no plano de uma folha de papel, superfícies tridimensionais como a da Terra. Os mapas apresentam dois exemplos, que são, respectivamente:

( A ) Conforme ou semelhante – preservam os ângulos e não deformam as formas das áreas.

( B ) Cônicas – normalmente os meridianos convergem aos polos, enquanto os paralelos formam arcos.

( C ) Azimutais – são utilizados para representar territórios não muito extensos, como as regiões polares.

( D ) Cilíndricas – o plano de projeção é um cilindro, aberto em um de seus meridianos, envolvendo a Terra.

( E ) Cilíndricas equivalentes – preservam as áreas, mas não as formas.

GESR1-00014

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GESR1-00087

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Simulado – 2018

32

Questão 72

“Por outro lado quando se pensa em Cartografia, pensa-se praticamente só em mapas sendo. Porém Cartografia é muito mais do que simplesmente “fazer” mapas. Uma das definições que apresenta a Cartografia é devida a Fraser Taylor, na qual ela é vista como a ciência que trata da organização, apresentação, comunicação e utilização da geoinformação, sob uma forma que pode ser visual, numérica ou tátil, incluindo todos os processos de elaboração, após a preparação dos dados, bem como o estudo e utilização dos mapas ou meios de representação em todas as suas formas”.

ENTREVISTA: importância da Cartografia. Disponível em: <https://www.ofitexto.com.br/comunitexto/entrevista-

importancia-da-cartografia-2/>. Acesso em: 21 nov. 2017.

Esse pequeno texto nos indica o quão complexo é o tra-balho do cartógrafo e quantos são os detalhes e deci-sões que devem ser previamente tomadas no ato de se elaborar um mapa. Qual o primeiro elemento, relaciona-do à riqueza de detalhes, que o cartógrafo deve definir no processo de elaboração de um mapa?

( A ) Título.

( B ) Escala.

( C ) Tema.

( D ) Fonte.

( E ) Orientação.

Questão 73

Escala é a relação entre a medida de um objeto ou lugar representado no papel e sua medida real. Duas figuras semelhantes têm ângulos iguais dois a dois e lados homólogos proporcionais. Verifica-se portanto, que será sempre possível, através de desenho geométri-co obter-se figuras semelhantes às do terreno.

Sejam:

Como as linhas no desenho e no terreno são homólogas, o desenho que representa o terreno é uma figura semelhante a dele,logo, a razão ou relação de semelhança é a seguinte:

D = um comprimento tomado no terreno, que denominar-se-á distância real natural.

d = um comprimento homólogo no dese-nho, denominado distância prática.

A esta relação denomina-se ESCALA.

GESR1-00088

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GESR1-00089

Assim: Escala e definida como a relação exis-tente entre as dimensões das linhas de um desenho e a dimensão real do que se deseja cartografar.

NOÇÕES básicas de cartografia. Disponível em: <https://ww2.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/manual_nocoes/

representacao.html>. Acesso em: 22 nov. 2017.

Se em uma representação cartográfica, com escala de 1/50 000, um trecho de uma autoestrada mede 6 centí-metros, qual será a sua distância na realidade?

( A ) 30 km.

( B ) 300 m.

( C ) 300 000 km.

( D ) 6 km.

( E ) 3 km.

Questão 74

Rio de Janeiro (2013) – O Brasil teve cres-cimento de 0,01% na sua extensão territorial, de acordo com a atualização da área oficial do país, de estados e municípios publicada hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística (IBGE) no Diário Oficial da União. A nova estimativa de área do país passou a ser 8 515 767,049 quilômetros quadrados (km2), contra 8 514 876,599 km2 relativos a 2002, quan-do o último valor foi publicado. A diferença é de 890,45 quilômetros quadrados.“Nós não es-tamos mudando os limites territoriais do país ou divisas internacionais, mas aprimorando a tecnologia do trabalho, o que leva à revisão de valores de área publicados a cada década”, ex-plica Miriam Barbuda, coordenadora de Estru-turas Territoriais do IBGE.

ÁREA territorial do Brasil aumenta em 890 Km2 após atualização do IBGE. Disponível em: <http://www.ebc.com.br/noticias/

brasil/2013/01/area-territorial-do-brasil-teve-incremento-de-001-em-atualizacao-divulgada>. Acesso em: 22 nov. 2017.

Sobre a localização do Brasil no globo terrestre, é correto afirmar que

( A ) está localizado no continente Americano, com 100% de suas terras nos hemisférios ocidental e meridional.

( B ) faz fronteira com todos os países da América do Sul, com exceção da Venezuela e do Peru.

( C ) apenas os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul possuem o território integralmente na zona temperada sul.

( D ) é conhecido como um país tropical pelo fato de seu território se localizar integralmente entre os trópicos.

( E ) é cortado ao norte pela Linha do Equador e ao sul pelo Trópico de Câncer.

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GESR1-00090

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1a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

33Ciências Humanas e suas Tecnologias

Questão 75

Talit

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y B

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Brasil — Fusos Horários

Fonte: MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA – OBSERVATÓRIO NACIONAL. Legislação e acordos. Disponível em: <http://www.horalegalbrasil.mct.on.br/>. Acesso em: 20 maio. 2014. Adaptação.

Uma partida de vôlei, válida pelo campeonato brasileiro, transmitida ao vivo pela televisão, ocorre às 21:00 horas, no horário oficial brasileiro. Em que horários ela será assistida em Rio Branco (AC), Vila dos Remédios, em Fernando de Noronha, e em Campo Grande (MS), respectivamente?

( A ) 21:00 em todos os locais.

( B ) 19:00, 22:00 e 20:00 horas.

( C ) 18:00, 19:00 e 22:00 horas.

( D ) 20:00, 21:00 e 20:00 horas.

( E ) 19:00, 21:00 e 20:00 horas.

Questão 76

A sociedade, como sabemos, somos todos nós; é uma porção de pessoas juntas. Mas uma porção de pessoas juntas na Índia e na China formam um tipo de sociedade diferente da encontrada na América ou na Grã-Bretanha; [...] E, embora todas essas sociedades certamente tenham consistido e consistam em nada além de muitos indivíduos, é claro que a mudança de uma forma de vida em comum para outra não foi planejada por nenhum desses indivíduos. [...] Ela só existe porque existe um grande nú-mero de pessoas, só continua a funcionar porque muitas pessoas, isoladamente, querem e fazem certas coisas, e no entanto sua estrutura e suas grandes transformações históricas independem, claramente, das intenções de qualquer pessoa em particular.

NOBERT, Elias. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Zahar, 1994. p. 12.

Considerando as informações sobre indivíduos e sociedade apresentadas no texto, é possível afirmar que

( A ) há uma relação íntima e necessária entre os indivíduos e a sociedade, portanto, é impossível compreender um dos termos sem considerar o outro.

( B ) os termos indivíduo e sociedade são facilmente pensados em separado, já que se originam de processos inde-pendentes.

( C ) os termos indivíduo e sociedade fazem parte de campos de estudo opostos.

( D ) há uma relação de independência entre os termos, assim, é possível pensar nos indivíduos sem considerar a sociedade em que vivem.

( E ) estudos sobre o conceito de indivíduo ainda são inconsistentes, embora o estudo acerca da sociedade tenha se desenvolvido substancialmente.

GESR1-00091

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SOSR1-00036

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Simulado – 2018

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Questão 77

[...] e em alguns aspectos [...] a Sociologia pode permitir-nos uma autoconsciencialização – uma au-tocompreensão cada vez maior. Quanto mais sabe-mos acerca das razões pelas quais agimos como agi-mos e como funciona, de uma forma global, a nossa sociedade, tanto mais provável é que sejamos capazes de influenciar o nosso futuro. Não devemos conceber a Sociologia como algo que apenas ajuda os decisores políticos, ou seja, os poderosos – a tomar as melhores medidas. [...] Os grupos com autoconsciência podem, com frequência, beneficiar da investigação sociológi-ca, para assim poder responder de uma forma eficaz às medidas políticas governamentais ou para promo-ver as suas próprias iniciativas políticas.

GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005. p. 27.

No texto apresentado, Anthony Giddens propõe que a Sociologia

( A ) dê o devido suporte teórico e ético para as deci-sões tomadas por gestores políticos.

( B ) esteja voltada para abstrações teóricas desprovidas de caráter prático.

( C ) auxilie na compreensão das dinâmicas sociais, in-fluenciando na construção do futuro da sociedade.

( D ) constitua-se, necessariamente, como uma ciência de intervenção social e que dita os rumos dos gru-pos sociais.

( E ) não pode ser considerada como conhecimento científico devido às suas especificidades.

Questão 78

A ciência constrói-se, pois, contra o senso comum e, para isso, dispõe de três atos epistemológicos fun-damentais: a ruptura, a construção e a constatação. Porque essenciais a qualquer prática científica, esses atos aplicam-se por igual nas ciências naturais e nas ciências sociais. São, contudo, de aplicação mais di-fícil nestas últimas. Por um lado, porque as ciências sociais têm por objeto real um objeto que fala, que usa a mesma linguagem de base de que se socorre a ciência e que tem uma opinião e julga conhecer o que a ciência se propõe conhecer. Como diz Piaget, a sociologia, tal como a psicologia, tem “o triste pri-vilégio de tratar de matérias de que todos se julgam competentes” (1967: 24).

SANTOS, Boaventura de Sousa. Introdução a uma ciência pós-moderna. Rio de Janeiro: Graal, 1989. p. 33.

SOSR1-00037

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SOSR1-00002

Tendo por base o texto de Boaventura de Sousa Santos, pode-se dizer que a relação entre a construção do co-nhecimento sociológico e o senso comum

( A ) não contempla uma ruptura epistemológica, tendo em vista a dificuldade de distanciamento entre o pesquisador e seu objeto de estudo.

( B ) se beneficia da capacidade de fala de seu objeto de estudo, adquirindo maior eficiência na aplicação dos métodos de pesquisa.

( C ) ocorre de modo semelhante à construção das ciên-cias naturais, devido à similaridade entre os objetos de estudo.

( D ) enfrenta dificuldades na aplicação dos métodos de pesquisa, devido à subjetividade inerente ao seu objeto de estudo.

( E ) é desprovida de cientificidade por tratar de conteúdos que dizem respeito à subjetividade dos indivíduos.

Questão 79

Th

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ESCHER, M; C. Sky and Water I. Woodcut, 1938. 43.5 cm × 43.9 cm.

Ao se observar a imagem, é possível perceber que um ponto de vista diferente pode mudar a leitura da realidade, situação que ocorre também na utilização das teorias sociológicas. A razão pela qual é possível relacionar a ideia trazida pela ima-gem às teorias sociológicas é justificada pelo fato de ambas

( A ) reduzirem as perspectivas pelas quais podemos compreendê-las.

( B ) evidenciarem que todo acontecimento/fenômeno social tem apenas uma possibilidade de explicação.

( C ) explicitarem várias perspectivas e possibilidades de compreensão da realidade.

( D ) buscarem sequências causais que tornem precisas e incontestáveis as explicações advindas desse tipo de conhecimento.

( E ) trazerem respostas quantificáveis e facilmente re-petidas em experimentos de laboratório.

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SOSR1-00038

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1a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

35Ciências Humanas e suas Tecnologias

Questão 80

O que eu desejo que você entenda é o se-guinte: a ciência é uma especialização, um refinamento de potenciais comuns a todos. Quem usa um telescópio ou um microscópio vê coisas que não poderiam ser vistas a olho nu. Mas eles nada mais são que extensões do olho. Não são órgãos novos. São melhoramentos na capacidade de ver, comum a quase todas as pessoas. Um instrumento que fosse a melhoria de um sentido que não temos seria totalmente inútil, [...] A ciência não é um órgão novo de conhecimento. A ciência é a hipertrofia de ca-pacidades que todos têm. Isto pode ser bom, mas pode ser muito perigoso. Quanto maior a visão em profundidade, menor a visão em extensão. A tendência da especialização é co-nhecer cada vez mais de cada vez menos.

ALVES, Rubem. Filosofia da Ciência: introdução ao jogo e suas regras. São Paulo: Editora Brasiliense, 1981. p. 9.

Considerando as definições de Rubem Alves sobre a ciên-cia e o conhecimento de senso comum, fica claro que

( A ) a relação entre ciência e senso comum é insignifi-cante.

( B ) para a construção do conhecimento científico, é preciso que se desconsidere, de forma absoluta, o conhecimento de senso comum.

( C ) o conhecimento de senso comum é dispensável para nossa sociedade.

( D ) o conhecimento científico é um aprimoramento do conhecimento do senso comum.

( E ) o conhecimento de senso comum é uma espécie de melhoramento do conhecimento científico.

Questão 81

Isto mostra não a feliz coincidência ou a má-gica do encontro entre pesquisador e objeto com que tenha afinidade, mas sim o caráter de inter-pretação e a dimensão de subjetividade envolvi-da neste tipo de trabalho. A ‘realidade’ (familiar ou exótica) sempre é filtrada por um determina-do ponto de vista do observador, ela é percebi-da de maneira diferenciada. Mais uma vez não estou proclamando a falência do rigor científico no estudo da sociedade, mas a necessidade de percebê-Io enquanto objetividade relativa, mais ou menos ideológica e sempre interpretativa.

SOSR1-00039

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SOSR1-00040

Este movimento de relativizar as noções de distância e objetividade, se de um lado nos torna mais modestos quanto à construção do nosso conhecimento em geral, por outro lado permite-nos observar o familiar e estudá-lo sem paranoias sobre a impossibilidade de re-sultados imparciais, neutros.

VELHO, Gilberto. Observando o familiar. In: NUNES, Edson de Oliveira. A Aventura Sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

No excerto citado, Gilberto Velho afirma que

( A ) como não é possível reproduzir os fenômenos so-ciais em laboratórios (impossibilitando experimen-tos), não se pode considerar o conhecimento pro-duzido por essa área como uma ciência.

( B ) o estudo da sociedade é diferente daqueles rela-cionados ao mundo natural, já que os objetos têm “naturezas” bastante diferenciadas entre si.

( C ) as Ciências Sociais preocupam-se muito pouco com a neutralidade de sua produção.

( D ) as Ciências Sociais são as únicas que apresentam o nível de objetividade necessário para o desenvolvi-mento da Ciência.

( E ) as Ciências Sociais, embora se denominem de ciên-cia, não produz conhecimento científico.

Questão 82

As origens da disciplina inserem-se no con-texto de uma série de mudanças radicais in-troduzidas pelas “duas grandes revoluções” da Europa dos séculos XVIII e XIX. [...] A Revo-lução Francesa de 1789 representou o triunfo das ideias e valores seculares, como a liberdade e a igualdade, sobre a ordem social tradicional. [...] A segunda grande revolução teve início na Grã-Bretanha em finais do século XVIII, antes de se verificar noutros locais da Europa, na América do Norte e noutros continentes. Fi-cou conhecida como Revolução Industrial – o conjunto amplo de transformações económicas e sociais que acompanharam o surgimento de novos avanços tecnológicos como a máquina a vapor e a mecanização.

GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005. p. 27.

Para se compreender a razão de a Sociologia ter surgido na contemporaneidade, há que se considerar que

( A ) as ciências, sendo conhecimentos neutros, não mantêm relação com cenários históricos.

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SOSR1-00041

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Simulado – 2018

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( B ) somente nesse período pressupostos como neutra-lidade e objetividade foram colocados de lado na produção do conhecimento científico.

( C ) as profundas transformações sociais, políticas, eco-nômicas e culturais do período fazem com que os indivíduos procurem outras formas de explicação, que não mais as pautadas na religião.

( D ) o Iluminismo, fortemente marcado por pressupos-tos religiosos, abre caminhos para novas áreas de conhecimento.

( E ) foram as transformações causadas pela entrada no período feudal europeu (Revolução Francesa e Revolução Industrial) que marcam o surgimento da Sociologia como área de conhecimento específico.

Questão 83

Comte via a Sociologia como uma ciência posi-tiva. Acreditava que a disciplina devia aplicar ao estudo da sociedade os mesmos métodos científicos e rigorosos que a Física ou a Química usam para estudar o mundo físico. O positivismo defende que a ciência deve preocupar-se apenas com factos ob-serváveis que ressaltam diretamente da experiência. Com base em cuidadosas observações sensoriais, podemos inferir as leis que explicam a relação exis-tente entre os fenómenos observados. Compreen-dendo o relacionamento causal entre acontecimen-tos, os cientistas podem então prever o modo como futuros acontecimentos poderão ocorrer. A aborda-gem positivista da Sociologia acredita na produção de conhecimento acerca da sociedade com base em provas empíricas retiradas da observação, da com-paração e da experimentação.

GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005. p. 28.

Para Comte, as Ciências Sociais deveriam apresentar características iguais às das Ciências Naturais, assim ele

( A ) defendia que as Ciências Sociais deveriam limitar seus estudos a experimentos feitos em laboratórios.

( B ) defendia o descarte da observação empírica e pau-tava-se, primordialmente, em abstrações teóricas.

( C ) afirmava que a Sociologia deveria procurar sempre alcançar resultados quantificáveis utilizando-se, de maneira recorrente, do uso de estatísticas.

( D ) defendia métodos rigorosos e científicos, pautados na observação, comparação e experimentação.

( E ) afirmava que apenas a experiência produzia conhe-cimento científico, descartando, portanto, a obser-vação e a comparação.

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SOSR1-00042

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Questão 84

O universo é cheio de mistérios ainda não desvendados, como ondas de rádio misteriosas enviadas do espaço ou sons que a ciência ainda não conseguiu explicar. Muitas perguntas que nós ainda não somos capazes de responder sur-gem o tempo todo, enquanto poucas das que já existiam parecem indicar alguma solução. [...]

Nosso Universo é real?

Será que o universo é mesmo real? Ou será tudo uma grande realidade inventada como acontece em Matrix. Alguns cientistas já en-contraram evidências que vivemos em uma realidade virtual, mas a certeza disso parece algo bastante distante.

Temos livre arbítrio?

Às vezes acreditamos que estamos toman-do uma decisão por conta própria, como, por exemplo, comprar um objeto. Quando na ver-dade estamos sendo influenciados por uma sé-rie de fatores que nos fazem tomar a decisão. Somos realmente livres para fazer escolhas ou não? Até onde vai o limite sobre o que quere-mos e o que somos levados a querer?

SENA, Raul. 7 grandes perguntas filosóficas que continuam sem respostas. Disponível em: <https://www.fatosdesconhecidos.com.br/7-grandes-perguntas-

filosoficas-que-continuam-sem-respostas/>. Acesso em: 28 nov. 2017.

Os questionamentos apresentados no texto são pergun-tas de cunho

( A ) filosófico.

( B ) denotativo.

( C ) normativo.

( D ) jornalístico.

( E ) acrítico.

Questão 85

Quantas vezes já ouvimos a expressão “O cara é um mito!”, não importa a função que exerça essa pessoa tem um destaque na área ou é considerada uma verdadeira sumidade no assunto. Esse é um dos sinônimos atuais da palavra mito, um outro sinônimo ainda mais conhecido e utilizado é a mentira. Quando algo não é verdade dizemos: é mito!

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FLSR1-00031

1a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

37Ciências Humanas e suas Tecnologias

Mas a origem da palavra mito foi na Grécia antiga e de lá veio seu mais puro significado; mito como sinônimo de uma história exemplar, um conto que carrega ensinamentos e que tem o pro-pósito de transmitir um aprendizado. Além disso, na época helênica os mitos eram utilizados como ferramenta essencial na educação dos jovens. Mas como assim? Educação através dos mitos? Exato! As histórias e narrativas de deuses, deusas e ou-tras figuras mitológicas tinham o papel de trazer uma consistente mensagem, os jovens e adultos que ouviam os mitos contados, recriavam dentro de si aquela história. Era uma tradição oral, trazia conceitos à tona como ética, caráter, meritocracia, controle dos instintos e vícios, exercício das virtu-des e por aí vai. Eram inúmeras suas funcionali-dades, assim foi transmitida a cosmogonia grega (criação do universo), partindo de um suposto Caos primordial, tendo Gaia como mãe Terra, Cronos, como deus do tempo, titãs, gigantes, etc.

E no nosso dia a dia onde os verdadeiros mitos estão presentes? Quando uma história acontece conosco, aprendemos algo com ela e a contamos a alguém, estamos contando um mito, uma história que quando alguém ouve, a recria dentro de sua mente e coração aprendendo algo. Os mitos, mes-mo na Grécia antiga, não eram sinônimo exclusi-vo de histórias filosóficas, religiosas ou culturais, podiam ser também histórias verdadeiras e que de fato aconteceram. Com a dominação dos romanos sobre os gregos, toda essa mitologia começou a ser travestida por erros de interpretação e descrença, assim se tornando sinônimo de mentira.

ESPAÑA, Danilo. Mito ou mentira? Disponível em: <https://exame.abril.com.br/blog/o-que-te-motiva/mito-ou-mentira/>. Acesso em: 28 nov. 2017.

A mitologia esteve presente desde o início das investiga-ções filosóficas na Grécia, durante a Antiguidade. Con-siderando o fragmento de texto e seus conhecimentos sobre o tema, pode-se concluir que a mitologia

( A ) é um modo fantasioso, alegórico e incorreto de ob-servar a realidade.

( B ) é uma maneira essencialmente religiosa de explicar a realidade.

( C ) baseia-se em crenças científicas e matemáticas.

( D ) é um dos vários pontos de vista pelos quais se pode explicar a realidade.

( E ) é inutilizável em outras áreas de conhecimento além da religião.

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Questão 86

O psicólogo Carl Gustav Jung usou o con-ceito de arquétipo em sua teoria da psique humana, ele acreditava que arquétipos de [...] personagens universais residiam no interior do inconsciente coletivo das pessoas em todo o mundo, arquétipos representam motivos humanos fundamentais de nossa experiência como nós evoluímos consequentemente eles evocam emoções profundas. Embora existam muitos diferentes arquétipos, Jung definiu doze tipos principais que simbolizam as motivações humanas básicas, cada tipo tem seu próprio conjunto de valores, significados e traços de personalidade. [...]

OS TIPOS DE EGO

[...]

3. O Herói

Lema: Onde há uma vontade, há um cami-nho

Desejo central: Provar o valor para alguém através de atos corajosos

Objetivo: Especialista em domínio de um modo que melhore o mundo

Maior medo: Fraqueza, vulnerabilidade, ser um “covarde”

Estratégia: Ser tão forte e competente quanto possível

Fraqueza: Arrogância, sempre precisando de mais uma batalha para lutar

Talento: Competência e coragem

O herói também é conhecido como: O guer-reiro, o salvador, o super-herói, o soldado, o matador de dragão, o vencedor e o jogador da equipe. [...]

CARL GUSTAV Jung: os doze arquétipos comuns. Disponível em: <http://www.psicologiasdobrasil.com.br/carl-gustav-jung-

os-doze-arquetipos-comuns/>. Acesso em: 28 nov. 2017.

O texto apresenta o arquétipo do herói, um dos arquéti-pos do ego descritos por Jung. Com base na leitura do texto, é possível concluir que

( A ) a mitologia não é utilizada na psicologia.

( B ) a psicologia é uma crítica aos tipos humanos funda-mentais da mitologia.

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Simulado – 2018

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( C ) a psicologia utiliza elementos simbólicos dos mitos para explicar arquétipos humanos.

( D ) os arquétipos míticos e psicológicos são idênticos.

( E ) não é possível transpor a linguagem mitológica para a psicologia.

Questão 87

Cada sociedade, cultura ou civilização tem a sua própria maneira de explicar a origem da vida e do ser humano. Geralmente, as histórias de criação fazem parte do conjunto de mitos destas sociedades e acaba sendo adotado como verdade em suas manifestações religiosas. [...] O estudo das origens da vida e humana é cha-mado de cosmogonia. [...] [Nesse texto] você vai conhecer aspectos da cosmogonia de [...] civilizações e/ou religiões antigas.

[...]

Mitologia Iorubá

Na mitologia iorubá o deus supremo é Olorum, chamado também de Olodumare. Não aceita oferendas, pois tudo o que existe e pode ser ofertado já lhe pertence, na qualidade de criador de tudo o que existe, em todos os nove espaços do Orun. Olorum criou o mundo, todas as águas e terras e todos os filhos das águas e do seio das terras. Criou plantas e animais de todas as cores e tamanhos. Até que ordenou que Oxalá criasse o homem. Oxalá criou o homem a partir do ferro e depois da madeira, mas ambos eram rígidos demais. Criou o homem de pedra – era muito frio. Tentou a água, mas o ser não tomava forma definida. Tentou o fogo, mas a criatura se consumiu no próprio fogo.

[...]

Mitologia Nórdica

Na mitologia nórdica, se acreditava que a ter-ra era formada por um enorme disco liso. Asgard, onde os deuses viviam, se situava no centro do disco e poderia ser alcançado somente atraves-sando um enorme arco-íris (a ponte de Bifrost). Os gigantes viviam em um domicílio equivalente chamado Jotunheim (Casa dos Gigantes). Uma enorme ábade no subsolo escuro e frio formava o Niflheim, que era governada pela deusa Hel. Este era a moradia eventual da maioria dos mortos.

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FLSR1-00033

Situado em algum lugar no sul ficava o reino impetuoso de Musphelhein, repouso dos gigantes do fogo. Outros reinos adicionais da mitologia nórdica incluem o Alfheim, repouso dos elfos lu-minosos (Ljósálfar), Svartalfheim, repouso dos elfos escuros, e Nidavellir, as minas dos anões. Entre Asgard e Niflheim estava Midgard, o mun-do dos homens. [...]

10 MITOS de criação da vida e humana. Disponível em: <http://www.historiadigital.org/curiosidades/10-mitos-de-

criacao-da-vida-e-humana/>. Acesso em: 2 dez. 2017.

Com a leitura do texto apresentado, pode-se concluir que

( A ) os mitos de criação do mundo são idênticos em to-das as culturas.

( B ) existe apenas uma forma de se pensar a criação do universo.

( C ) tais mitos não contribuem para a compreensão do mundo e da realidade.

( D ) os mitos cosmogônicos são usados apenas em sentido religioso.

( E ) a cosmogonia está presente em diversas culturas.

Questão 88

Sócrates: Agora imagine a nossa natureza, se-gundo o grau de educação que ela recebeu ou não, de acordo com o quadro que vou fazer. Imagine, pois, homens que vivem em uma morada subter-rânea em forma de caverna. A entrada se abre para a luz em toda a largura da fachada. Os ho-mens estão no interior desde a infância, acorren-tados pelas pernas e pelo pescoço, de modo que não podem mudar de lugar nem voltar a cabeça para ver algo que não esteja diante deles. A luz lhes vem de um fogo que queima por trás deles, ao longe, no alto. Entre os prisioneiros e o fogo, há um caminho que sobe. Imagine que esse caminho é cortado por um pequeno muro, semelhante ao tapume que os exibidores de marionetes dispõem entre eles e o público, acima do qual manobram as marionetes e apresentam o espetáculo.

Glauco: Entendo.Sócrates: Então, ao longo desse pequeno

muro, imagine homens que carregam todo o tipo de objetos fabricados, ultrapassando a altura do muro; estátuas de homens, figuras de animais, de pedra, madeira ou qualquer outro material. Pro-vavelmente, entre os carregadores que desfilam ao longo do muro, alguns falam, outros se calam.

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1a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

39Ciências Humanas e suas Tecnologias

Glauco: Estranha descrição e estranhos pri-sioneiros!

Sócrates: Eles são semelhantes a nós. Pri-meiro, você pensa que, na situação deles, eles tenham visto algo mais do que as sombras de si mesmos e dos vizinhos que o fogo projeta na parede da caverna à sua frente?

MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia: dos pré-socráticos a Wittgeinstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000. p. 39.

O texto apresentado é uma das alegorias mais clássicas presente nas teorias platônicas: a Alegoria da Caverna. Con-siderando os elementos expostos no texto e as primeiras teorias elaboradas por Platão, pode-se dizer que a passa-gem da mitologia para a filosofia caracteriza-se por

( A ) uma ruptura, visto que a linguagem mitológica é alegórica e fantasiosa e a filosofia buscava respos-tas mais racionais e concretas para compreender os fenômenos naturais.

( B ) uma transição baseada em novos argumentos, vis-to que os primeiros filósofos embasavam seus ar-gumentos em visões fantasiosas da realidade.

( C ) uma quebra de paradigma: de uma visão mitológi-ca para outra baseada em crenças religiosas.

( D ) uma continuidade das principais características mi-tológicas nas teorias filosóficas.

( E ) um processo de racionalização progressiva da vi-são mitológica do mundo para a visão filosófica.

Questão 89

Sim bem primeiro nasceu Caos, depois tam-bém

Terra de amplo seio, de todos sede irresva-lável sempre, dos imortais que têm a cabeça do Olimpo nevado,

e Tártaro nevoento no fundo do chão de amplas vias,

e Eros: o mais belo entre Deuses imortais, solta-membros, dos Deuses todos e dos homens todos ele doma no peito o espírito e a prudente vontade.

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FLSR1-00035

Do Caos Érebos e Noite negra nasceram.

Da Noite aliás Éter e Dia nasceram,

gerou-os fecundada unida a Érebos em amor. [...]

Terra primeiro pariu igual a si mesma

Céu constelado, para cercá-la toda ao redor

e ser aos Deuses venturosos sede irresvalável sempre. Pariu altas Montanhas, belos abrigos das Deusas ninfas que moram nas montanhas frondosas.

E pariu a infecunda planície impetuosa de ondas

o Mar, sem o desejoso amor. Depois pariu

do coito com Céu: Oceano de fundos remoi-nhos

e Coios e Crios e Hipérion e Jápeto

e Teia e Reia e Têmis e Memória

e Febe de áurea coroa e Tétis amorosa.

E após com ótimas armas Crono de curvo pensar, filho o mais terrível: detestou o flores-cente pai.

[...]

HESÍODO. Teogonia: a origem dos deuses. 3. ed. São Paulo: Iluminuras, 1995. p. 111 e 113.

Glossário

coito: cópula ou ato sexual.

irresvalável: qualidade do que é firme, fixo ou inalterável.

venturoso: qualidade de quem é afortunado, de quem tem muita

sorte e vive em felicidade.

O mito escrito por Hesíodo tem características que o diferenciam de outros tipos de mito. O tipo de mito pre-sente na Teogonia é o

( A ) épico.

( B ) escatológico.

( C ) cosmogônico.

( D ) filosófico.

( E ) olímpico.

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Simulado – 2018

40Ciências Humanas e suas Tecnologias

Questão 90

Mal avista alguém na rua, já se aproxima e começa a se entreter com ele. É indiferente a ele se seu interlocutor é um estadista ou um sapateiro, um general ou um arrieiro. Evidentemente, pensa que o que tem a dizer interessa a todos. [...] [Ele] é da convicção de que ao homem cabe conhecer realmente a si mesmo. [...] Pergunta a cada um se sabe realmente do que fala: àquele que fala de devoção; a um outro que tem sempre a palavra coragem na boca; a um terceiro que se acha conhecedor de política ou da arte do discurso persuasivo. Tão logo essas pessoas se deixam envolver na conversação, estão perdidas. Pois Sócrates lhes mostra, com ironia e diversos artifícios dialéticos, que elas não entendem nada daquilo de que falam com tanta certeza e que, menos ainda, conhecem a si mesmas.

WEISCHEDEL, Wilhelm. A escada dos fundos da Filosofia: a vida cotidiana e o pensamento de 34 grandes filósofos. 2. ed. São Paulo: Angra, 2000. p. 38-40.

O texto apresentado traz características do método dialético utilizado por Sócrates, filósofo que viveu na Antiguida-de. O método dialético caracteriza-se por ser

( A ) um discurso para convencer o público sobre alguma ideia.

( B ) elaborado com base nas leis rigorosas da matemática.

( C ) semelhante à mitologia e ao pensamento dos primeiros filósofos.

( D ) a busca pelo elemento primordial (arché) que gerou tudo o que existe.

( E ) um diálogo em que há o confronto entre ideias contrárias, levando ao conhecimento.

FLSR1-00036

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