3. série | regular | linguagens, códigos e suas...

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3 a . série | Regular | Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias Caro(a) aluno(a)! Esta avaliação objetiva diagnosticar as competências e habilidades que você desenvolveu até a presente etapa de sua escolarização, bem como aproximá-lo(a) das exigências das provas oficiais ao final do Ensino Médio. Por isso, as questões estão formatadas em cadernos, no estilo do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), distri- buídas por eixos de conteúdos. Ao final de cada caderno, há um cartão-resposta que deve ser devidamente preenchido. Leia as orientações abaixo: 1. Este CADERNO DE AVALIAÇÃO contém a proposta de produção de texto e 45 questões da área Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, englobando as seguintes áreas: Língua Inglesa, Língua Espanhola, Língua Portuguesa, Literatura, Arte, Educação Física, e 45 questões da área Ciências Humanas e suas Tecnologias, englobando as seguintes áreas: História, Geografia, Sociologia e Filosofia. 2. Registre seus dados no CARTÃO-RESPOSTA que se encontra no final deste caderno. 3. Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído. 4. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas cinco opções, identificadas com as letras A, B, C, D e E. Apenas uma responde corretamente à questão. 5. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, preenchendo, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta, todo o espaço previsto. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta. 6. Fique atento ao tempo determinado por sua escola para a execução da avaliação. 7. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados nessa avaliação. 8. Quando terminar a prova, entregue ao professor aplicador este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA. 9. Durante a realização da prova, não é permitido: a) utilizar máquinas e/ou relógios de calcular, bem como rádios, gravadores, headphones, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie; b) ausentar-se da sala de provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA antes do prazo estabelecido; c) agir com incorreção ou descortesia com qualquer participante do processo de aplicação das provas; d) comunicar-se com outro participante verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma. Caderno A Aluno(a) Chamada Escola Turma SIMULADO • 2018 1 a . aplicação

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3a. série | Regular | Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias

Caro(a) aluno(a)!

Esta avaliação objetiva diagnosticar as competências e habilidades que você desenvolveu até a presente etapa de sua escolarização, bem como aproximá-lo(a) das exigências das provas oficiais ao final do Ensino Médio.

Por isso, as questões estão formatadas em cadernos, no estilo do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), distri-buídas por eixos de conteúdos.

Ao final de cada caderno, há um cartão-resposta que deve ser devidamente preenchido.Leia as orientações abaixo:

1. Este CADERNO DE AVALIAÇÃO contém a proposta de produção de texto e 45 questões da área Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, englobando as seguintes áreas: Língua Inglesa, Língua Espanhola, Língua Portuguesa, Literatura, Arte, Educação Física, e 45 questões da área Ciências Humanas e suas Tecnologias, englobando as seguintes áreas: História, Geografia, Sociologia e Filosofia.

2. Registre seus dados no CARTÃO-RESPOSTA que se encontra no final deste caderno.3. Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído.4. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas cinco opções, identificadas com as letras A, B, C, D e E.

Apenas uma responde corretamente à questão.5. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta,

preenchendo, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta, todo o espaço previsto. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.

6. Fique atento ao tempo determinado por sua escola para a execução da avaliação.7. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no

CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados nessa avaliação.8. Quando terminar a prova, entregue ao professor aplicador este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA.9. Durante a realização da prova, não é permitido:

a) utilizar máquinas e/ou relógios de calcular, bem como rádios, gravadores, headphones, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie;

b) ausentar-se da sala de provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA antes do prazo estabelecido;

c) agir com incorreção ou descortesia com qualquer participante do processo de aplicação das provas;d) comunicar-se com outro participante verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma.

Caderno A

Aluno(a)

Chamada

Escola

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S I M U L A D O • 2 0 1 8 1a. aplicação

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Simulado – 2018

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

| Questões de 1 a 45 |

| Questões de 1 a 5 |

<< OpçãO | Língua IngLesa >>

Questão 1

WORLD HERITAGE SITES – BAUHAUS AND ITS SITES IN WEIMAR, DESSAU

AND BERNAU

Between 1919 and 1933 the Bauhaus movement revolutionized architectural and aesthetic thinking and practice in the 20th century. The Bauhaus buildings in Weimar, Dessau and Bernau are fundamental representatives of Classical Modernism, directed towards a radical renewal of architecture and design. This property, which was inscribed on the World Heritage List in 1996, originally comprised buildings located in Weimar (Former Art School, the Applied Art School and the Haus Am Horn) and Dessau (Bauhaus Building, the group of seven Masters' Houses). The 2017 extension includes the Houses with Balcony Access in Dessau and the ADGB Trade Union School in Bernau as important contributions to the Bauhaus ideas of austere design, functionalism and social reform.

BAUHAUS and its Sites in Weimar, Dessau and Bernau. Available at: <http://whc.unesco.org/en/list/729>. Accessed on: 27 Jan. 2018.

Os patrimônios mundiais são definidos pela Unesco com o apoio de uma comunidade científica que consi-dera que cada local tem uma inigualável e fundamental importância para a humanidade. O texto em análise ob-jetiva apresentar

( A ) uma descrição das construções arquitetônicas da escola de design Bauhaus.

( B ) uma resenha acerca da relevância dos prédios da escola Bauhaus.

( C ) uma narrativa relacionada à história das constru-ções dos complexos de prédios da escola Bauhaus.

( D ) a razão pela qual os prédios da escola Bauhaus fo-ram inseridos na lista de patrimônios mundiais.

( E ) um critério de avaliação para a inclusão de um local na lista de patrimônios mundiais.

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Questão 2

BILL GATES SAYS THREE SKILLS ARE ESSENTIAL FOR SUCCESS IN FUTURE

JOB MARKET

Bill Gates has revealed the three skills he believes will make someone successful in the future job market — and it rules out anyone who doesn’t excel in science and numbers.

Based on data he has collected, the iconic tech entrepreneur and Microsoft co-founder said people with three backgrounds will be the most in-demand in the coming years: sciences, engineering and economics.

Speaking to LinkedIn Executive Editor Daniel Roth, Mr Gates said: “I do think of basic knowledge of the sciences, math skills, economics — a lot of careers in the future will be very demanding on those things. […]

The billionaire entrepreneur added that workers proficient in those subjects will be “the agents of change for all institutions”.

BULMAN, May. Bill Gates says three skills are essential for success in future job market. Available at: <http://www.independent.co.uk/

news/people/bill-gates-three-skills-essential-success-future-job-market-employment-promotion-a7492411.html>. Accessed on: 27 Jan. 2018.

Bill Gates, célebre por seu sucesso como fundador da Microsoft, ficou famoso por várias previsões feitas em 1999 sobre o futuro da tecnologia, como o surgimento das redes sociais e da internet. Com base nas novas pre-visões de Gates, pode-se deduzir que

( A ) a demanda por profissionais com conhecimentos em matemática, economia e engenharia diminuirá no futuro.

( B ) a demanda por profissionais treinados para ensinar matemática aumentará.

( C ) somente profissionais com qualificações em matemá-tica, economia e engenharia empreenderão no futuro.

( D ) profissionais que não dominam matemática e áreas afins serão, gradualmente, excluídos do mercado de trabalho.

( E ) os profissionais ingressantes no mercado de traba-lho deverão ter como habilidades desejáveis conhe-cimentos em matemática, economia e engenharia.

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3a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

3Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Questão 3

WHY ONE EXECUTIVE SAYS YOUR COVER LETTER IS MORE IMPORTANT

THAN YOUR RÉSUMÉ

[...] But no matter how in-depth your résumé — or its online equivalent — is, it's not enough to tell your whole story to potential employers, writes Lauren Nelson, a communications specialist and VP at Aesthetic Cogency. [...]

For starters, Nelson makes it clear that she always requires a cover letter with any job application, yet she only receives them 40% of the time. And only about a fourth that do send cover letters actually tailor them to the job, making it easy for Nelson to weed out candidates. [...]

On the other hand, when Nelson can tell that a candidate took the time to craft a concise, detailed cover letter for the specific position they applied for, she is more than ready to schedule an interview. [...]

MARTIN, Emmie. Why One Executive Says Your Cover Letter Is More Important Than Your Résumé. Available at: <http://www.businessinsider.com/why-cover-letters-

are-important-2014-9>. Accessed on: 27 Jan. 2018.

Os recrutadores e gerentes de departamentos de recur-sos humanos estão cada vez mais exigentes no proces-so de contratação. A respeito da carta de apresentação, o texto conclui que

( A ) o currículo é mais importante do que a carta de apresentação.

( B ) a carta de apresentação é mais importante do que o currículo.

( C ) a carta de apresentação é tão importante quanto o currículo.

( D ) somente 40% dos candidatos deixa de enviar a car-ta de apresentação.

( E ) somente 25% não adequa a carta de apresentação para uma vaga específica.

Questão 4

No contexto do texto anterior, o verbo “to weed out” pode ser substituído, sem alteração de sentido, por

( A ) to select.

( B ) to dismiss.

( C ) to choose.

( D ) to get rid.

( E ) to dispose.

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Questão 5

THE BEST JOBS IN 2016

Number one on the Best List was the position of data scientist, which came in 6th place last year. In high demand due to data needs in the government, health care and academia sectors; data scientists enjoy a positive growth outlook and their median annual income stands at over $128,000 – that’s a few thousand more than was listed in last year’s analysis.

Though not quite as lucrative as data science, statisticians enjoy a much higher growth outlook due to their importance in a number of different fields. Salary-wise, the position’s median annual income is around $80,000. Last year CareerCast ranked that job 4th on its list of best jobs.

Number three on the list is that of information security analyst. As organizations continue to upgrade and expand their networks and more work is done on cloud systems, the need for security is ever increasing. Growth outlook for a career in info security stands at 18% and the median annual income is just under $90,000.

Last year’s Best Job, according to CareerCast, was actuary – a position that then commanded a median $94,000. That career fell to the 10th spot, with a $2,000 jump in average salary.

[...]

STRAUSS, Karsten. The best jobs in 2016. Available at: <http://www.forbes.com/sites/karstenstrauss/2016/04/14/the-best-jobs-

-in-2016/#38ec064f4f67>. Accessed on: 2 Jan. 2017.

As profissões listadas no texto exigem alto nível de escolaridade e demandam conhecimentos essenciais

( A ) em Tecnologia da Informação.

( B ) na Área Fiscal e Legal.

( C ) em Estatística e Banco de Dados.

( D ) em Ciências Humanas.

( E ) em Matemática e suas Tecnologias.

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Simulado – 2018

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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

| Questões de 1 a 45 |

| Questões de 1 a 5 |

<< OpçãO | Língua espanhOLa >>

Questão 1

LA MODA DE LAS "APPS" PARA HACER DEPORTE

El pequeño universo de las aplicaciones crece a ritmo vertiginoso. […] Se consolidan los de mensajería instantánea al calor de un mundo cada vez más móvil, pero hay una categoría, de perspectiva algo más útil, que se ha ganado la atención de los usuarios: los servicios destinados a monitorizar la actividad deportiva han venido a completar el nuevo estilo de vida de las personas. […]

Uno de los grandes exponentes es Runtastic […]. Pero no es la única. Suenan otras tan exitosas como la citada como RunKeeper, Gow Trainer, Sports Tracker, Endomondo... […]

En la actualidad y como consecuencia del auge de las redes sociales y de los dispositivos móviles, el deporte es más social que nunca. La práctica de cualquier disciplina deportiva se ha convertido en algo para compartir y difundir. Ya no sirve endurecer las piernas durante una hora, hay que contárselo […].

SANCHEZ, J. M. La moda de las "apps" para hacer deporte. Abc Tecnología. Disponible en: <http://www.abc.es/tecnologia/

moviles-aplicaciones/20131102/abci-sport-meeting-apps-deportes-201310311302.html>. Consulta: 28 ene. 2018.

Ao mencionar o uso de aplicativos nas práticas espor-tivas, o texto defende algumas razões pelas quais as pessoas estão utilizando essa modalidade. Essa ideia é marcada pela expressão

( A ) “el pequeño universo”, para demonstrar o potencial de crescimento desse uso.

( B ) “al calor de un mundo”, para exemplificar como as pessoas estão recebendo os aplicativos de esporte.

( C ) “de perspectiva algo más útil”, para defender os be-nefícios do uso de aplicativos nos esportes.

( D ) “pero no es la única”, para apresentar a diversida-de de opções de aplicativos já disponíveis para os usuários.

( E ) “hay que contárselo”, para evidenciar a necessidade de divulgação de dados que os usuários de aplicati-vos esportivos mantém.

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Questão 2

TÚ ME VUELVES LOCO

[…]

Viéndote a la distancia

me pongo a alucinar

respiro tu fragancia

me quedo hechizado inmovilizado

y me pongo a pensar

Que me vuelves loco

tú me vuelves loco

[...]

SOLÍS, Marco Antonio. Tú me vuelves loco. Disponível em: <http://www.musica.com/letras.asp?letra=1889925>. Acesso em: 21 dic. 2016.

Desde o título Tú me vuelves loco, há na canção alguns exemplos dos chamados verbos de câmbio da língua espanhola. São também verbos de câmbio

( A ) acostarse, convertirse, levantarse.

( B ) cepillarse, maquillarse, volverse.

( C ) mirarse, volverse, olvidarse.

( D ) hacerse, quedarse, ponerse.

( E ) llamarse, convertirse, irse.

Questão 3

UN NUEVO DEPORTE URBANO LLAMADO PARKOUR

Literalmente, "parkour" significa "recorrido" y "traceur", "trazador de líneas". Por definición, y según los propios traceurs, es decir, las personas que realizan parkour, es no solo un deporte, sino un modo de vida. Consiste en pasar todo tipo de obstáculos ya sea saltando, corriendo, haciendo diferentes figuras... […] El parkour es el conocerse a uno mismo tanto física como mentalmente para saber no huir, sino buscar los obstáculos y aprender a pasarlos, no solo en el deporte, sino también en la vida real.

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Simulado – 2018

5Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

[…]

En cuanto a los lugares de realización de este deporte, lo más típico son espacios públicos con elementos que les permitan lucir todas sus figuras y saltos.

[…]

No se disgrega por sexos o por edades, es un deporte sin normas ni límites […]. Cada uno elige lo que hace, esto es, puedes ser chico o chica, tener 20 o 47 años... el caso es que, si quieres, puedes practicar este deporte, tú solo o en grupo, como quieras y al nivel que quieras.

PEREZ, Carlos. Un nuevo deporte urbano llamado parkour. Disponible en: <https://estudiantes.elpais.com/EPE2013/

periodico-digital/ver/equipo/492/articulo/un-nuevo-deporte-urbano-llamado-parkour>. Consulta: 27 ene. 2018.

Entre as expressões utilizadas textualmente para garantir a progressão das ideias apresentadas, destaca-se o uso de

( A ) advérbios, como “literalmente” (linha 1), que indica os conhecimentos prévios do leitor do texto sobre o tema.

( B ) estrangeirismos, como “traceur” (linha 2), que apon-ta a extensão alcançada pelo esporte.

( C ) gerúndios, como “saltando, corriendo, haciendo” (li-nha 7), que descrevem as ações previstas para essa prática de esporte.

( D ) ordenadores, como “en cuanto” (linha 13), que acres-centa novas informações sobre o parkour no que se refere aos locais de realização.

( E ) reticências, como em “tener 20 o 47 años...” (linha 20), que deixam claras as possibilidades de outras faixas etárias praticarem a atividade física.

Questão 4

¿CÓMO VENCER LA ANSIEDAD Y EL ESTRÉS DE LOS EXÁMENES?

La ansiedad, tiene que ver con la manera en que cada alumno valora o interpreta la situación a la que se ve sometido. […] Los síntomas más comunes serían: respiración agitada o entrecortada, sudoración, sequedad de boca, opresión en el pecho, náuseas, dolor de estómago. Sería conveniente tener en cuenta ciertos aspectos básicos de la vida cotidiana que serán esenciales cuidar. Entre ellos tener en cuenta:

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1) Realizar ejercicio físico ya que supone una de las mejores maneras de encontrar un estado de “dinamismo” al segregar endorfinas y liberar tensiones.

2) Realizar una alimentación sana y equilibrada.

3) Tener mucho cuidado con el uso de estimulantes como la cafeína ya que nos llevan a un estado de “nerviosismo y confusión” en el que nos vemos muy activados, pero no por ello con capacidad para retener ideas y conceptos.

¿CÓMO vencer la ansiedad y el estrés de los exámenes? Disponible en: <http://noticias.universia.es/en-portada/

noticia/2013/06/05/1028195/vencer-ansiedad-estres-examenes.html>. Consulta: 27 ene. 2018.

Com base nas ideias apresentadas no texto, pode-se afir-mar que o objetivo do autor é

( A ) descrever os principais sintomas da ansiedade que acompanham os exames de vestibulares.

( B ) definir o que é e como opera a ansiedade nos jo-vens que estão prestando vestibular.

( C ) instruir os jovens que vão prestar vestibular com indicações pontuais sobre como proceder.

( D ) denunciar a falta de informação sobre aspectos es-senciais de como combater a ansiedade.

( E ) alertar sobre o uso indevido de medicamentos e as consequências para a saúde.

Questão 5

PADRES Y TENSIONES A LA HORA DE ELEGIR UNA CARRERA

Estar a un paso de tomar una de las decisiones más importantes y sentirse cargado de tensiones. Saber en el fondo que a veces se trata de negociar entre lo que piensa papá, las inclinaciones personales y el comentario de la tía. Y para colmo, hay que optar ahora mismo. […]

"Los padres y la familia en general, tienen una influencia fundacional en la problemática, ya que muchos jóvenes centran su esfuerzo en torno a una idea que está instalada en toda familia, […]", especifica desde un comienzo Omar Bertocco, integrante del Departamento de Orientación Vocacional de la UNC.

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Simulado – 2018

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[…] el psicólogo les recomienda a los padres hacer un esfuerzo por darles a sus hijos la oportunidad de que se equivoquen, ya que la mayoría de los aprendizajes significativos en la vida surgen luego de enfrentar situaciones difíciles.

Bertocco está convencido que el único indicador confiable para elegir una carrera pasa por los gustos e intereses. "No por una mirada romántica que tengamos los orientadores, sino por una cuestión bien pragmática", explica.

PADRES y tensiones a la hora de elegir una carrera. Disponible en: <http://noticias.universia.com.ar/en-portada/noticia/2004/09/16/374027/

padres-tensiones-hora-elegir-carrera.html>. Consulta: 27 ene. 2018.

O texto, ao tratar da escolha de uma carreira, demonstra que a tensão gerada em torno desse processo é grande, na medida em que

( A ) se trata de um processo de tomada de decisões.

( B ) a decisão compete à família do vestibulando.

( C ) a opção precisa ser feita imediatamente, aos 17 anos.

( D ) a escolha deve ser feita baseada nas aptidões pes-soais.

( E ) os pais não querem que os filhos aprendam por meio do enfrentamento das dificuldades.

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

| Questões de 6 a 45 |

Questão 6

Quem acompanha as redes sociais no Brasil de hoje provavelmente já se deparou com a gíria “lacrar”. Dizer que fulano “lacrou” é ex-pressar admiração por uma ação ou fala que é percebida como o ponto final, a última palavra sobre um determinado assunto ou situação. Depois que alguém “lacrou”, supostamente nada resta a ser dito.

É uma imagem que diz muito, em particu-lar sobre o momento político em que vivemos. Como toda metáfora, além de iluminar um de-terminado aspecto da experiência, a ideia de “lacre” também ajuda a reforçar certas com-preensões e comportamentos. Ao acioná-la, re-forçamos a ideia de que debates, em princípio,

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admitem um fechamento irrevogável, e não são desprezíveis as consequências disso para as dis-cussões concretas de que venhamos a tomar parte. Mas nada justifica essa crença.

ENGELKE, Antonio. Pureza e poder. Piauí, São Paulo, n. 132, p. 40, set. 2017.

A julgar pelo trecho lido e pela frase com a qual ele é finalizado, pode-se inferir que o autor continuará sua ar-gumentação

( A ) defendendo o poder de disseminação de novas gí-rias e costumes das redes sociais.

( B ) protestando contra o uso de gírias para denominar movimentos políticos.

( C ) criticando o pressuposto de que um debate pode ser encerrado.

( D ) sugerindo que o Brasil vive um momento de “lacre”, ou seja, que não há espaço para discussões políti-cas saudáveis.

( E ) incentivando o leitor a manifestar suas opiniões, in-dependentemente da aceitação popular.

Questão 7

Quarta-feira, 15 de fevereiro

Graças a Deus o carnaval passou. Não posso dizer que passou bem porque apanhei de vovó, coisa que ela nunca fez. É sina minha, todo mun-do que gosta de mim me infernar a vida. Todas as minhas primas são governadas só pelos pais. Ah, se eu também fosse assim! Meus pais é que menos me amolam. Não tivesse eu o governo de vovó e Tia Madge, teria ido ao baile de máscaras do Teatro. Desde os sete anos eu sonhava fazer doze para ir ao baile. Agora estou com treze e apanhando para não ir!

MORLEY, Helena. Minha vida de menina. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 25.

Minha vida de menina é um romance do final do século XIX que retrata, por meio de um diário, o cotidiano de Helena, uma garota de 13 anos moradora de Diamantina. O diário pessoal é um gênero memorialístico, isso é, con-siste em uma coleção de textos na qual se registra sobre um período da vida do autor. Por sua natureza, o diário é um gênero que privilegia a função

( A ) poética, pois há um trabalho artístico com a lingua-gem para relatar com lirismo as emoções vividas.

( B ) fática, pois o diário representa o papel de um inter-locutor imaginário.

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3a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

7Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

( C ) conotativa, pois há um desejo de compartilhar com um leitor sentimentos íntimos.

( D ) emotiva, pois o diário é um espaço para revelar se-gredos e sensações de um emissor.

( E ) referencial, pois traz informações concretas sobre a vida e a rotina do emissor.

Questão 8

O LEÃO E O RATINHO

Um leão, cansado de tanto caçar, dormia es-pichado à sombra de uma boa árvore. Vieram uns ratinhos passear em cima dele e ele acordou.

Todos conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu embaixo da pata.

Tanto o ratinho pediu e implorou, que o leão desistiu de esmagá-lo e deixou que fosse embora.

Algum tempo depois, o leão ficou preso na rede de uns caçadores. Não conseguia se soltar, e fazia a floresta inteira tremer com seus urros de raiva.

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Nisso, apareceu o ratinho. Com seus dentes afiados, roeu as cordas e soltou o leão.

Uma boa ação ganha outra.

ESOPO. O leão e o ratinho. Disponível em: <http://www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=10>. Acesso em: 14 dez. 2016.

Uma das estratégias que podem ser usadas para melho-rar a condição da compreensão da leitura é entender a dimensão da sequência temporal em uma narrativa, por exemplo. A alternativa que apresenta itens que garan-tem a progressão temporal da fábula lida é

( A ) “[...] dormia espichado [...] ele acordou.”

( B ) “Tanto o ratinho pediu e implorou, que o leão desis-tiu [...]”

( C ) “[...] o leão ficou preso na rede [...] o ratinho [...] soltou o leão.”

( D ) “Algum tempo depois [...] Nisso [...]”

( E ) “[...] apareceu o ratinho [...] roeu as cordas [...]”

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Questão 9

©B

enet

t

A fala do último quadro deixa subentendido que o mundo

( A ) não pode ser mudado individualmente.

( B ) não apresenta soluções possíveis para ser melhorado.

( C ) será um lugar melhor se cada um fizer sua parte.

( D ) será um lugar melhor com pequenas atitudes.

( E ) permanecerá o mesmo porque as pessoas não querem mudá-lo.

Questão 10

Há um tempinho, escrevi aqui sobre a arte do desapego, mas não falei muito de despedidas – que implicam esse desprendimento também. Hoje queria focar especialmente nelas, já que elas rolam desde o momento em que você sai do aeroporto na sua cidade rumo a outro país, até a hora em que você pisa em solo brasileiro novamente.

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Simulado – 2018

8

Tem muita gente que odeia despedidas e sofre real com elas. Mas, descobri uma coisa por aqui: talvez a gente só precise trocar a palavra e passar a usar “até logo”. Assim fica mais fácil lembrar que, no fim das contas, ninguém sai da nossa vida se a gente não quiser. Sempre dá para arrumar um jeitinho de rever as pessoas. [...]

DIÁRIO de Intercâmbio: precisamos trocar “adeus” por “até logo”. Disponível em: <https://capricho.abril.com.br/vida-real/diario-de-intercambio-precisamos-trocar-adeus-por-ate-logo/>. Acesso em: 28 jan. 2018.

Com base na linguagem e na temática do trecho, pressupõe-se que o veículo em que ele foi publicado seja um

( A ) catálogo de empresa de turismo, para vender pacotes de viagem.

( B ) blog sobre dicas de viagem dirigido a adolescentes.

( C ) artigo de opinião de uma revista, para relatar uma experiência.

( D ) texto publicitário publicado em uma revista dirigida a jovens.

( E ) encarte de jornal dominical sobre variedades.

Questão 11

O alfabeto ora apresentado corresponde à linguagem de sinais, em-pregada por pessoas com deficiência auditiva para se comunicar. A Língua Brasileira de Sinais chama-se Libras, e as mensagens são passadas por meio gestual, constituindo-se como um sistema de signos equivalente aos sons da fala. Sobre o código Libras, é possí-vel afirmar que ele se diferencia da Língua Portuguesa em relação ao elemento da comunicação priorizado, que é

( A ) o receptor, pois é uma linguagem que permite que ouvintes entendam os surdos.

( B ) o emissor, pois é uma forma de o surdo conseguir se comu-nicar.

( C ) o canal, pois é por meio dos gestos que se garante o contato entre o surdo e o mundo.

( D ) a mensagem, pois é a forma de o surdo codificar seus senti-mentos, sensações e ideias.

( E ) o referente, pois a circunstância em que a mensagem é trans-mitida é particularizada.

Questão 12

ERRO DE PORTUGUÊS

Quando o português chegou

Debaixo de uma bruta chuva

Vestiu o índio

Que pena!

Fosse uma manhã de sol

O índio tinha despido

O português.

ANDRADE, Oswald de. Erro de português. In: . Obras completas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971. p. 177.

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3a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

9Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Textos poéticos, muitas vezes, pedem recursos especiais para sua compreensão, principalmente porque usam lin-guagem figurada mais frequentemente que outros tex-tos. Os elementos que devem ser explorados com mais atenção para compreender a análise crítica e irônica que Oswald de Andrade fez no poema são

( A ) o número de versos e a ambiguidade nas palavras “vestiu” e “despido”.

( B ) a ambiguidade no título e as metáforas nas palavras “chuva” e “sol”.

( C ) a pontuação e o estilo narrativo em poema.

( D ) a ironia e as metáforas nas palavras “índio” e “português”.

( E ) a métrica e o número de estrofes no poema.

Questão 13

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A respeito da mensagem redigida na fachada da loja, é correto afirmar que

( A ) o acento é desnecessário à compreensão, uma vez que “Negócio da China” é uma expressão popular e reconhecida pelos brasileiros.

( B ) como são possíveis duas leituras, gera-se ambigui-dade quanto à natureza do serviço prestado no es-tabelecimento.

( C ) considerando ser um estabelecimento comercial, os dois sentidos são válidos e, portanto, é aceitável a ausência do acento.

( D ) a placa pode fazer referência ao tipo de serviço prestado, e não ao nome do estabelecimento.

( E ) o dono negocia os produtos da China, visto que “móveis” e “escritório” estão acentuados, o que de-monstra conhecimento da norma culta.

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Questão 14

[...] DO DANO MORAL. No tocante a este pedido, os autores requerem um pagamento no montante de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), a título de danos morais. De fato, os autores experimentaram dissabores em razão do des-cumprimento contratual, entretanto, como se sabe, o dano moral merece ser sopesado com as circunstâncias presentes no caso concreto. [...] para caracterização da responsabilidade civil e, consequentemente da obrigação de in-denizar, é necessária a presença concomitante de três elementos: a) um dano; b) a culpa do agente e; c) o nexo de causalidade entre o dano e a culpa. E baseando-se nessa análise, há que se constatar que não há dano moral no caso em tela, pois os fatos relatados, em que pese o ato ilícito existente, não ficaram caracteriza-dos como culpa exclusiva da ré, restando insu-ficiente o nexo causal. [...]

RONDÔNIA. Tribunal de Justiça de Rondônia. Processo nº. 0003106-32.2015.8.22.0009. Diário da Justiça, 21 mar. 2017. p. 316. Disponível em: <https://www.tjro.jus.br/

novodiario/2017/20170321114-NR52>. Acesso em: 28 jan. 2018.

A opção por redigir textos e documentos judiciais com esse tipo de linguagem é

( A ) uma tentativa de torná-los compreensíveis a ape-nas uma parcela restrita da população.

( B ) uma demanda da área, que preconiza uma lingua-gem mais rebuscada e formal.

( C ) uma forma de sofisticar o conteúdo de acordo com a importância da mensagem.

( D ) uma maneira de impedir que leigos compreendam o conteúdo.

( E ) um modo de homogeneizar o entendimento da men-sagem, independentemente da época da leitura.

Questão 15

O POETA DA ROÇA

Sou fio das mata, cantô da mão grosa

Trabaio na roça, de inverno e de estio

A minha chupana é tapada de barro

Só fumo cigarro de paia e mio.

ASSARÉ, Patativa do. O poeta da roça. Disponível em: <https://www.vagalume.com.br/patativa-do-assare/o-poeta-da-roca.html>. Acesso em: 13 dez. 2016.

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A variação diastrática, também conhecida como social, ocorre entre grupos sociais diferentes. Essas diferenças consistem em classe social, sexo, idade e nível de conhe-cimento acadêmico. A respeito da variação linguística e, a partir do título do poema/canção O poeta da roça, é possível reconhecer que

( A ) o texto não tem validade como artístico por causa dos desvios à norma-padrão.

( B ) a linguagem do texto, característica de determina-do grupo social, representa humor literário.

( C ) o linguajar caipira da canção evidencia o valor da linguagem como patrimônio cultural.

( D ) esse tipo de poema/canção é a causa de um novo tipo de preconceito que existe: o linguístico.

( E ) os estudos acadêmicos não consideram essa lin-guagem por causa dos desvios à norma-padrão.

Questão 16

Treine enquanto eles dormem

Estude enquanto eles se divertem

Persista enquanto eles descansam

E então

Viva o que eles sonham

O ditado citado é, com frequência, utilizado em discursos motivacionais e de autoajuda para incentivar a persistência e a força de vontade. Sintaticamente, o sujeito das orações “eles dormem”, “eles se divertem”, “eles descansam” e “eles sonham” é classificado como simples. Analisando o significado subentendido dessas frases, “eles” pode ser classificado como indeterminado, pois não se sabe, exatamente, a quem faz referência. “Eles”, nesse contexto, podem ser pessoas

( A ) dispostas a superar os próprios limites e desafios.

( B ) com quem o destinatário da mensagem rivaliza, os competidores nos objetivos pretendidos.

( C ) preguiçosas, destituídas de planos e vontades.

( D ) animadas, festeiras, que contagiam o ambiente com sua alegria.

( E ) inimigas, que desejam o fracasso alheio.

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Questão 17

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O texto instrucional visa ensinar o leitor a instalar ou utilizar uma máquina ou produto. São características da linguagem do texto instrucional

( A ) interlocução com o leitor por meio de verbos no imperativo.

( B ) uso de adjetivos para enaltecer o produto.

( C ) construção de frases curtas.

( D ) explicação de conceitos que eventualmente o leitor desconheça.

( E ) sugestões subjetivas de utilização do produto.

Questão 18

REIS Júnior, Dalmir. Livre-se da Magreza (Vikelp) – Anos 50. Disponível em: <http://www.propagandashistoricas.com.br/2015/03/

livre-se-da-magreza.html>. Acesso em: 28 jan. 2018.

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3a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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11Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

A propaganda dos comprimidos Vikelp, famosa nos anos 50, defende que

( A ) os magros não são bem aceitos socialmente.

( B ) os magros têm vergonha do próprio corpo.

( C ) a magreza pode levar a doenças.

( D ) o padrão de beleza é de mulheres gordas.

( E ) os magros precisam se alimentar melhor.

Questão 19

Não é fácil ser uma criança superdotada. Antes do diagnóstico, pais e professores podem tratá-la de forma equivocada, confundindo sua rapidez com hiperatividade, por exemplo. De-pois de comprovada a alta habilidade, é pre-ciso um processo longo de acompanhamento para que ela possa desenvolver suas capacida-des sem comprometer a convivência e o desen-volvimento normal em todas as fases da vida, da infância até a vida adulta. Do contrário, ela pode ser incompreendida, acabar se isolando e até fracassar profissionalmente no futuro. [...]

DRECHSEL, Denise. As crianças superdotadas e os riscos de fracassar no futuro. Disponível em:

<https://goo.gl/dNyJ85>. Acesso em: 28 jan. 2018.

A tese do texto pode ser assim definida:

( A ) a superdotação, se não for bem orientada na infân-cia, pode gerar um adulto fracassado.

( B ) crianças superdotadas têm uma inteligência acima da média e precisam ser lapidadas para usufruir to-talmente dessa capacidade.

( C ) é responsabilidade de pais e de professores identifi-car casos de superdotação e tratá-los.

( D ) em razão do amadurecimento precoce, crianças superdotadas podem ter dificuldades de relaciona-mento com os colegas de turma.

( E ) crianças superdotadas devem ser constantemente estimuladas e entretidas para manter um bom con-vívio social.

Questão 20

A CARTA

Escrevo-te estas mal traçadas linhas meu amorPorque veio a saudade visitar meu coraçãoEspero que desculpes os meus erros, por favorNas frases desta carta que é uma prova de afeição.

RUSSO, Renato; SAMPAIO, Raul; SANTOS, Benil. A carta. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/renato-russo/1199100/>. Acesso em: 13 dez. 2016.

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Os versos da música A carta ficaram muito conhecidos nas vozes de Erasmo Carlos e Renato Russo. Analisan-do os versos da canção e considerando as funções da linguagem, é possível dizer que a função da linguagem que predomina é

( A ) fática.

( B ) emotiva.

( C ) referencial.

( D ) poética.

( E ) metalinguística.

Questão 21

CARÁTER VARIÁVEL DA RELIGIOSIDADE SERTANEJA

Quem vê a família sertaneja, ao cair da noi-te, ante o oratório tosco ou registro paupérri-mo, à meia-luz das candeias de azeite, orando pelas almas dos mortos queridos, ou procuran-do alentos à vida tormentosa, encanta-se.

O culto dos mortos é impressionador. [...]

O falecimento de uma criança é um dia de festa. Ressoam as violas na cabana dos pobres pais, jubilosos entre lágrimas; [...] a felicidade suprema da volta para os céus, para a felicida-de eterna – que é a preocupação dominadora daquelas almas ingênuas e primitivas.

No entanto há traços repulsivos no quadro desta religiosidade de aspectos tão interessan-tes, aberrações brutais, que a derrancam ou maculam.

CUNHA, Euclides da. Os sertões. Rio de Janeiro: Record, 1998. p. 140-141.

Euclides da Cunha (1866-1909) foi enviado pelo jornal O Estado de S. Paulo para cobrir os acontecimentos e conflitos da Guerra de Canudos (1896-1897) no in-terior da Bahia. A sua escrita, entretanto, ultrapassou os simples artigos jornalísticos e chegou a formar uma volumosa obra, intitulada Os sertões, dividida em três partes: A terra, O Homem e A luta. Tendo como base a leitura do trecho que trata do homem na referida obra de Euclides da Cunha, é plausível afirmar que há

( A ) uma ficcionalização nítida acerca da religiosidade do sertanejo, o que faz da publicação do autor uma obra literária de cunho fantasioso, mas que reflete o pensamento do momento histórico.

( B ) um relato literário-ficcional com base na realidade sobre a religiosidade sertaneja. Isso tornou os escri-tos do autor uma notória narrativa fictícia que des-vela o pensamento do período.

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( C ) um relato descritivo da religiosidade sertaneja. Em tal narrativa, é possível perceber o pensamento de um período, até mesmo com seus preconceitos, e, por isso, a obra ganhou notoriedade como docu-mentação literária.

( D ) uma narrativa em que se descreve, com total isen-ção de julgamento de valor, a religiosidade do sertanejo. No mesmo relato, entretanto, o autor afirma que as práticas religiosas daquele povo se-riam reflexos do próprio sertão como lugar difícil de viver.

( E ) uma descrição ficcional, própria de uma obra literá-ria, de práticas da religiosidade sertaneja. A voz nar-rativa também deixa transparecer o juízo de valor acerca do que relata, refletindo o pensamento do período histórico da elaboração do romance.

Questão 22

Com relação a uma das recorrentes preocupações da escrita pré-modernista no Brasil, o trecho, apresentado anteriormente, de Os sertões exprime

( A ) um notório vínculo com a fantasia e com a ideia de que a arte e teria em si mesma a sua finalidade.

( B ) uma preocupação social, com base no relato de al-guém que se via inconformado e adensou as cor-rentes que defendiam o Conselheiro em Canudos.

( C ) uma preocupação social, sob o ponto de vista de um relato descritivo acerca dos contextos em que a população, vista como menos desenvolvida e in-ferior, vivia.

( D ) uma opção pela ficção que retratava os tipos so-ciais do matuto e do sertanejo, relatando, como fez também Monteiro Lobato (1882-1948), o atraso que causavam ao Brasil.

( E ) um notório vínculo com a ficção a fim de retratar, assim como fez Lima Barreto (1881-1922), a inércia social e as causas do atraso do Brasil.

Questão 23

O vocábulo vanguarda, de formação híbrida (avant, latim; garde, germânico), reflete bem as suas mais remotas origens germânicas: [...] Ao pé da letra, era o que estava na expectati-va, o que estava aguardando alguma coisa ou acontecimento, mas para dele se precaver.

[...] a literatura de vanguarda foi sempre “de choque, de ruptura e abertura ao mesmo tempo”, “na mesma razão de seu ser levava encapsulado o espírito de mudança e evolução, prevendo, ambicionando sucessões”.

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[...] Assim, mais do que simples tendência, a vanguarda representa a mudança de crenças experimentadas no pensamento e na arte do mundo ocidental, desde o início deste século [séc. XX]. Toda vanguarda sempre se carac-teriza pela sua agressividade, manifestada no antilogismo, no culto a valores estranhos [...], os poderes mágicos, a beleza da anarquia, o instantaneísmo, o dinamismo, a imaginação sem fio [...].

TELLES, Gilberto M. Vanguarda europeia e modernismo brasileiro: apresentação e crítica dos principais manifestos

vanguardistas. Petrópolis: Vozes, 2005. p. 81-82.

Figura I

RUBENS, Pedro P. (1630-1635). Las tres gracias. 1 óleo sobre tela, 220,5 cm × 182 cm. Museo Nacional del Prado, Madrid, Espanha.

Figura IIM

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PICASSO, Pablo. Les demoiselles d'Avignon. 1907. 1 óleo sobre tela, color.; 243,9 cm × 233,7 cm. Museu

de Arte Moderna de Nova Iorque, Estados Unidos.

3a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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13Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Com base na leitura do texto de Gilberto Mendonça Telles e na comparação entre a pintura barroca de Pedro Pablo Rubens e a cubista de Pablo Picasso, pode-se afirmar que

( A ) o que Telles comenta sobre a produção literária de vanguarda se aplica às outras artes em geral, conforme é possível observar na comparação entre as duas pinturas.

( B ) as pinturas não refletem esteticamente os diferentes momentos históricos em que foram elaboradas, e o que Telles propõe acerca da mudança de pensamento verifica-se, portanto, apenas na literatura.

( C ) não é visível na comparação entre as duas pinturas a mudança de crenças e paradigmas sobre a qual comenta Telles, porque, com base nas vanguardas, isso se constata apenas na produção literária.

( D ) Les demoiselles d’Avigon não desvela a agressividade contra as formas do que se acreditava ser a representa-ção do belo, conforme propõe Telles, e o mesmo poderá ser observado na literatura.

( E ) a literatura produzida em período de vanguarda seria de ruptura e choque com os valores instituídos, mas a pintura de Picasso, em relação à obra de Rubens, não demonstra a mesma prática de transgressão.

Questão 24

MANIFESTO ANTI-DANTASBasta Pum BastaUma geração, que consente deixar-se representar por um Dantas, é uma geração que nunca o foi.

É um coio d’indigentes, d’indignos e de cegos! É uma resma de charlatões e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero!

Abaixo a geração!Morra o Dantas, morra! Pim!Uma geração com um Dantas a cavalo é um burro impotente!Uma geração com um Dantas à proa é uma canoa em seco!O Dantas é um cigano!O Dantas é meio cigano!O Dantas saberá gramática, saberá sintaxe, saberá medicina, saberá fazer ceias para cardeais,

saberá tudo menos escrever que é a única coisa que ele faz! [...]Morra o Dantas, morra! Pim! [...]Portugal que com todos estes senhores conseguiu a classificação do país mais atrasado da Europa

e de todo o Mundo! [...] O exílio dos degredados e dos indiferentes! [...] O entulho das desvantagens e dos sobejos! Portugal inteiro há de abrir os olhos um dia – se é que sua cegueira não é incurável e então gritará comigo, a meu lado, a necessidade que Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado!

Morra o Dantas! Morra! Pim!José de Almada Negreiros, Poeta d’Orpheu, Futurista e tudo, 1915

NEGREIROS, José de A. Manifesto Anti-Dantas. In: TELLES, Gilberto M. Vanguarda europeia e modernismo brasileiro: apresentação e crítica dos principais manifestos vanguardistas. Petrópolis: Vozes, 2005. p. 242-247.

As vanguardas também são reconhecidas pelos seus inflamados manifestos, ou seja, pelas declarações públicas que visavam propor mudanças na maneira clássica de se fazer arte. Em Portugal, composta, sobretudo, por Fernando Pessoa (1888-1935), Mário de Sá-Carneiro (1890-1916) e José de Almada Negreiros (1893-1970), a vanguarda literária ficou conhecida como Geração d’Orpheu, porque iniciou publicações em uma revista intitulada Orpheu. No trecho do Manifesto Anti-Dantas, fica explícito que

( A ) uma das proposições da vanguarda literária em Portugal era de exaltação pelo passado glorioso da pátria.

( B ) o poeta declara um profundo pessimismo em relação à pátria e filia o que chama de atraso de Portugal aos seus matutos, como alguns autores do pré-modernismo no Brasil.

( C ) a ruptura proposta pelo poeta é aquela em que os representantes das antigas estéticas fossem mortos, como é o caso de Júlio Dantas (1876-1962).

( D ) Dantas personifica todo o atraso de Portugal, e Almada Negreiros, que se definia como futurista, propunha que sua pátria se recriasse e se modernizasse.

( E ) o Poeta d’Orpheu propõe atacar a geração que exalta Júlio Dantas, mas, ao mesmo tempo, reconhece o talento literário de seu adversário.

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Questão 25

O INFANTE

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.Deus quis que a terra fosse toda uma,Que o mar unisse, já não separasse.Sagrou-te, e foste desvendando a espuma.

E a orla branca foi de ilha em continente,Clareou, correndo, até ao fim do mundo,E viu-se a terra inteira, de repente,Surgir, redonda, do azul profundo.

Quem te sagrou criou-te português.Do mar e nós em ti nos deu sinal.Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.Senhor, falta cumprir-se Portugal!

PESSOA, Fernando. Mensagem. São Paulo: Abril, 2010. p. 55.

Mensagem é um livro de poemas de Fernando Pessoa, que foi publicado um ano antes da morte do autor. A obra traz revisitações ao passado de Portugal e, igual-mente, por meio de seus poemas, propõe reflexões so-bre a nação no início do século XX. Tais reflexões são próprias também das vanguardas. No poema O Infante, por exemplo, o eu lírico dá mostras de

( A ) sentir saudades do antigo Império de colônias por-tuguesas espalhadas por todo o mundo, mas que se desfez.

( B ) entender o pioneirismo lusitano em “descobrir a terra” e fazê-la “surgir” com as Grandes Navegações (séc. XVI), propondo o retorno da expansão do Im-pério Português.

( C ) filiar o nascimento e a expansão da nação portu-guesa a Deus, apaziguando-se com a situação con-temporânea de Portugal com o Império desfeito.

( D ) que, em sua concepção, Portugal não alcançou o destino grandioso que Deus lhe deu de singrar e conquistar os mares, fazendo “a terra surgir”.

( E ) que, embora Portugal tenha cumprido os ideais de pioneirismo durante o período das Navegações (séc. XVI), a nação não conseguiu “se cumprir”, ou seja, não encontrou seu lugar perante a si e a outros povos.

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Questão 26

Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.

Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos

Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.

(Enlacemos as mãos).

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida

Passa e não fica, nada deixa e nunca re-gressa,

Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,

Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.

Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.

Mais vale saber passar silenciosamente

E sem desassossegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,

Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,

Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,

E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,

Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,

Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro

Ouvindo correr o rio e vendo-o. [...]

PESSOA, Fernando. Odes de Ricardo Reis. Lisboa: Ática, 1994. p. 23.

Uma das mais conhecidas inovações de Fernando Pessoa foi a criação de heterônimos. Dessa forma, o poeta português conseguiu também conduzir à reflexão sobre a identidade na modernidade por meio de elementos ficcionais e artísticos. É perceptível, por exemplo, que o estilo

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3a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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15Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

do poema do heterônimo Ricardo Reis difere bastante da escrita de quando Pessoa produziu sem heteronímia. Sobre o poema de Reis, é possível afirmar que

( A ) apresenta referências e menções ao universo da mitologia greco-latina, até mesmo porque o hete-rônimo Ricardo Reis se enquadra nesse perfil de produção estética clássica.

( B ) o eu lírico dialoga com Lídia, espécie de musa de sua escrita como as do universo clássico, e prefere manter com ela um amor ardente e que lhes cau-sem sofrimentos futuros.

( C ) o eu lírico observa que, aconteça o que acontecer, a vida passaria como o curso do rio e, por isso, ele opta por uma passagem mais tranquila e sem grandes perturbações, mas não em relação ao amor de Lídia.

( D ) o eu lírico não propõe uma vivência indiferente ao amor carnal, mas, em sua visão, de nada adiantam os beijos e as carícias que trocou com Lídia, já que isso causaria muitas dores no caso da morte de um dos amantes.

( E ) não há exaltação pelo momento em que se está vivendo e sendo descrito na obra, mas sim pelo o futuro que poderia desfrutar com Lídia, se ambos os amantes assim quisessem.

Questão 27

Em 1922, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro realizou-se no Teatro Municipal de São Paulo a primeira manifestação coletiva de arte mo-derna no país. Representantes da música, da literatura e artes plásticas expuseram seus tra-balhos à apreciação pública. Ocuparam as es-cadarias, o saguão, o palco com agressividade raras vezes vista no belo e burguês centro da capital paulista.

[...] O Modernismo brasileiro, hoje devida-mente reconhecido como um período de gran-de impulso e responsável pela conquista de nossa emancipação artística, conheceu vários momentos: uma fase inicial, de negação e des-truição de cânones anteriores [...]; uma fase de experimentação das propostas, de produção fe-bril e construção de uma nova estética [...]. De resto, é esse o destino da vanguarda: “A gente se revolta, diz muito desaforo, abre caminho e se liberta. Está livre. E agora? Ora essa! Reto-ma o caminho descendente da vida”, diz Mário [de Andrade].

REZENDE, Neide. A Semana de Arte Moderna. São Paulo: Ática, 1993. p. 7-9.

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OS SAPOS

Enfunando os papos,

Saem da penumbra,

Aos pulos, os sapos.

A luz os delumbra.

Em ronco que a terra,

Berra o sapo-boi:

— “Meu pai foi à guerra!”

— “Não foi!” — “Foi!” — “Não foi!”

O sapo-tanoeiro

Parnasiano aguado,

Diz: — ” Meu cancioneiro

É bem martelado.

Vede como primo

Em comer os hiatos!

Que arte! E nunca rimo

Os termos cognatos.

O meu verso é bom

Frumento sem joio.

Faço rimas com

Consoantes de apoio. [...]

BANDEIRA, Manuel. Berimbau e outros poemas. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994. p. 58.

Em seu texto, Neide Rezende contextualizou a Semana de Arte Moderna de 1922. O poema Os sapos, de Manuel Bandeira (1886-1968), foi lido na segunda noite da sema-na por Ronald de Carvalho (1893-1935) já que Bandeira não pôde participar da Semana de 1922. Refletindo so-bre os escritos de Rezende e pensando na temática e na organização estrutural do poema, é possível afirmar que a obra de Manuel Bandeira

( A ) destoa de toda a problemática proposta pela Se-mana de Arte Moderna, pois não é nada subversi-va em relação à estética e à temática: é um poema estruturado em quadras e metrificado (sem versos livres).

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( B ) reforça a opção pelo rompimento estético com os estilos literários vigentes, pois não aborda temáticas tidas como sublimes (como o amor), preferindo um tema corriqueiro e os versos livres na estruturação.

( C ) está mais filiada à fase modernista das experimen-tações, conforme refere Neide Rezende, do que ao rompimento com os cânones literários anteriores, já que experimenta uma temática cotidiana, mas a faz em versos metrificados.

( D ) utiliza-se, ironicamente, de uma estrutura enrijecida (quadras e versos metrificados) para criticar dura-mente a produção literária parnasiana, sendo, por-tanto, um poema de crítica aos antigos cânones, como explicou Rezende.

( E ) destoa da problemática proposta pela Semana de Arte Moderna, pois, mesmo que critique os parna-sianos, o poema continuou em uma imitação estru-tural das antigas formas literárias.

Questão 28

A GÊNESE DO JAGUNÇO

A demonstração é positiva. Há um notável traço de originalidade na gênese da população sertaneja, não diremos do Norte, mas no Brasil subtropical.

Esbocemo-lo; e para não nos delongarmos demais, afastemo-nos pouco do teatro em que se desenrolou o drama histórico de Canudos, percorrendo rapidamente o rio de S. Francisco, “o grande caminho da civilização brasileira”, conforme o dizer feliz de um historiador. [...]

Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000153.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2017.

A narração do capítulo chamado A gênese do jagunço apresenta um importante personagem da oficial história do Brasil. O sertanejo é a referência de brasileiro, que sur-giu como um forte na obra

( A ) Urupês, de Monteiro Lobato.

( B ) Canaã, de Graça Aranha.

( C ) Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto.

( D ) Eu, de Augusto dos Anjos.

( E ) Os Sertões, de Euclides da Cunha.

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Questão 29

[...] A preocupação em retratar fatos políticos, econômicos e sociais contemporâneos aproxima a realidade da ficção. Os Sertões e Canaã, publi-cados em 1902, marcam o início de um período denominado Na primeira obra, fazendo uma completa análise da terra e do sertanejo nordestino, Euclides da Cunha retrata a guerra dos Canudos. Na segun-da, Graça Aranha documenta a imigração ale-mã, no Espírito Santo. Em Triste fim de Poli-carpo Quaresma (1915), Lima Barreto aborda o governo de Floriano e a Revolta da Armada, e em Cidades Mortas (1919), Monteiro Lobato descreve a pobreza do caboclo nos vilarejos deca-dentes do Vale do Paraíba Paulista. [...]

PANORAMA da literatura brasileira. Disponível em: <http://www.nilc.icmc.usp.br/nilc/literatura/pr..

modernismo1.htm>. Acesso em: 6 ago. 2017.

Considerando as obras, os autores e as datas de publi-cação presentes no texto, é possível preencher a lacuna com a expressão

( A ) Simbolismo.

( B ) Pré-Modernismo.

( C ) Semana de Arte Moderna.

( D ) Vanguardas Europeias.

( E ) Modernismo.

Questão 30

A poesia de Augusto não é simbolista, nem cientificista, nem parnasiana; é feita de car-ne, de sangue, de ossos, de sopros da morte. […] Os que se filiam a escolas são mentirosos, e Augusto jamais mentiu. […] Vasculhava as maravilhas da vida, os enigmas do universo, a origem das espécies, sentia em si as dores do mundo, o nascimento e o desvanecimento da matéria. Que escola é essa?

MIRANDA, Ana. A última quimera. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 263.

Ana Miranda é uma autora contemporânea que desmis-tifica a figura de autores de literatura, os quais ficaram conhecidos por seus perfis contraditórios, conflituosos e até desequilibrados. Em A última quimera, livro que mis-tura ficção e realidade, Miranda traz outra faceta do co-nhecido poeta que, didaticamente, pertence ao período literário chamado

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17Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

( A ) Pré-Modernismo, porque, apesar de fazer sonetos, não se encaixava nos padrões de perfeição do Parnasianismo nem no misticismo do Simbolismo.

( B ) Realismo, porque seus textos eram duros e cruéis como a vida das pessoas de carne e osso que pas-saram a ser personagens realistas.

( C ) Romantismo, porque, por trás de um espírito in-quieto, na verdade, residia um homem cheio de ro-mances e de histórias de amor.

( D ) Barroco, porque, a exemplo de Gregório de Matos, escreveu poemas de amor e eróticos, o que fazia aumentar seu aparente desequilíbrio.

( E ) Arcadismo, porque resgatou valores clássicos e es-creveu sobre pastores e musas no contexto social e histórico de Minas Gerais no Brasil Colonial.

Questão 31

Figura I

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SCHÜNZEL, L. Os quebradores de pedras (cópia de Gustave Courbet). 1 óleo sobre tela, 85 cm × 121 cm.

ca. [1926-27]. Galeria Neue Meister, Dresden.

Figura II

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MILLET, Jean-François. As respigadeiras. 1857. 1 óleo sobre tela, 83,5 cm × 110,0 cm. Museu d’Orsay, Paris, França.

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Por meio da análise da obra de Millet, é possível realizar considerações a respeito da estética realista, tais como:

( A ) o movimento realista produziu obras consideran-do a idealização de temas humanos e históricos e observando, principalmente, os padrões estabeleci-dos pelas academias de arte.

( B ) o realismo estruturou sua produção no ambien-te e nos temas aristocráticos, embora suas obras provocassem escândalo, obrigando seus artistas a buscar espaços expositivos alternativos, como o “Pavilhão de realismo”.

( C ) o realismo apresentou uma revolução temática e de estilo, em que se evidencia o tratamento cromá-tico e gestual das pinceladas aplicado pelo artista e a estrutura compositiva que sugere dramaticidade aos personagens.

( D ) o movimento realista demonstrou possibilidades do re-gistro sensorial das paisagens e dos personagens nelas inseridos em uma interação direta com a natureza.

( E ) o realismo tentou registrar o mundo sob um enfo-que social, transmitindo uma experiência de conta-to direto com a realidade, em um estilo de pintura naturalístico inspirado em métodos científicos.

Questão 32

O INCRÍVEL MUNDO DO IMPRESSIONISMO: ORIGENS,

PRÁTICA E RECEPÇÃO.

[...] Ao se preparar para o evento, Monet pintou cenas da cidade em que viveu desde sua infância até os 18 anos, Le Havre, e acabou selecionando as suas melhores paisagens para mostrá-las. [...] Entre as paisagens havia uma, pintada no início da manhã, captando uma névoa azulada, que pa-recia transformar as formas dos iates em aparições fantasmagóricas. A pintura também retratava a silhueta preta de barcos menores, deslizando sobre as águas, e acima do horizonte o disco achatado, alaranjado, do sol, com seus primeiros raios pro-jetando uma trilha sobre o mar. Era menos uma pintura do que um rápido estudo, um esboço es-pontâneo a óleo – e haveria momento melhor para captar a fugaz fusão de mar e céu antes da che-gada da ofuscante luz do dia? Vista de Le Havre era, sem dúvida, um título pouco apropriado para essa pintura em particular, já que a cidade não era vista em parte nenhuma do quadro. “Escreva Im-pressão”, disse Monet e Edmond Renoir – e assim começava a história do Impressionismo.

BRODSKAÏA, Nathalia. Impressionismo. Folha de S.Paulo, São Paulo, 2017. p. 7.

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MONET, Claude. Impressão, Sol Nascente. 1872. 1 óleo sobre tela, 48 × 63 cm. Museu Marmottan, Paris.

Considerando o texto e o quadro de Monet, é possível afir-mar que caracteriza o impressionismo

( A ) o resgate da tradição paisagística dos pintores da primeira metade do século XIX. Claude Monet é um de seus principais nomes, tendo representado de forma realista temas complexos e convencionais em suas obras.

( B ) a realização de pinturas ao ar livre, com a captura do momento da luz incidindo sobre as formas, sem preocupação com contornos definidos e o uso das cores misturadas na tela, o que produzia interação entre reflexos e realidade.

( C ) a influência da industrialização e de suas referên-cias no campo do trabalho: as paisagens são des-crições de ambientes em situações cotidianas e os personagens, mesmo anônimos, são heróis de ponto de vista social.

( D ) o impulso dado pela fotografia, que trouxe novos ângulos para as composições, com o uso de cores contrastantes e as áreas bem definidas em todos os planos da pintura.

( E ) a introdução da jovialidade e da sensibilidade aos temas mais comuns da pintura; as obras recebe-rem um tratamento dinâmico, principalmente nas representações de sombra, priorizando sensações agradáveis e ideais.

Questão 33

O teatro naturalista entendia o público como uma teste-munha ocular da encenação, um olhar que observasse o palco através de uma parede invisível. Essa barreira imaginária ficou conhecida como

( A ) quarta parede.

( B ) efeito interativo.

( C ) efeito de distanciamento

( D ) improviso.

( E ) narrativa.

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Questão 34

Em 1914, o curador do Metropolitan Museum of Art de Nova York, o crítico de arte e artista inglês Roger Fry (1866-1934), utilizou pela primeira vez a palavra “pós-impressionismo” como referência aos pintores da Europa no final do século XIX cujos estilos diversos foram fundamentais para os movimentos artísticos de vanguarda do século XX.

ROSA, Nereide S. Santa. Retratos da arte: história da arte. São Paulo: Posigraf S.A., 2012. p. 236.

Figura I

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SEURAT, Georges. Tarde de Domingo na ilha de La Grande Jatte. 1884, 1 óleo sobre tela: 207,5 x 308 cm.

Instituto de Arte de Chicago, Estados Unidos.

Figura II

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GAUGUIN, Paul. Arearea. 1892. 1 óleo sobre tela, 75 cm x 94 cm. Museu d'Orsay. Paris, França.

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3a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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19Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

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VAN GOGH, Vincent. O terraço do café à noite. 1888. óleo sobre tela, 81 cm × 65,5 cm Kröller-Müller Museum. Otterlo, Holanda.

Figura IV

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CÉZANNE, Paul. As grandes banhistas. 1906, 1 óleo sobre tela. Museu de Arte da Filadélfia, Estados Unidos.

Considerando que esses artistas e suas obras são exem-plos da arte pós-impressionista, é possível perceber que

( A ) as obras de Seurat e Gauguin (figuras I e II, respec-tivamente) contribuíram para as vanguardas do século XX, principalmente com suas propostas téc-nica e cromática, pois seus estudos difundiram a aplicação de cores realistas, enfatizando a sugestão de movimento e a dinâmica espacial.

( B ) as obras de Van Gogh e Cézanne (figuras III e IV, respectivamente) difundiram os princípios básicos do expressionismo, pois a estrutura tensa, sugerin-do volume com a aplicação de camadas grossas de tinta, foi muito bem recebida pela comunidade artística e atraiu diversos novos artistas para grupos de estudo dessa nova tendência.

( C ) as obras de Seurat e Van Gogh (figuras I e III, res-pectivamente) contribuíram para consolidar a ousadia do impressionismo e ampliar as possibili-dades temáticas para além de paisagens e cenas urbanas, embora suas características os levassem a seguir caminhos diferentes na arte.

( D ) as obras de Gauguin e Cézanne (figuras II e IV, res-pectivamente) aproximaram-se da simplificação formal: Gauguin mostrava influência de gravuras japonesas e grandes áreas preenchidas com cores vivas, e Cézanne estruturava geometricamente as formas e utilizava a cor marcada pela pincelada para sugerir ritmo e profundidade.

( E ) as obras de Seurat, Gauguin e Van Gogh (figuras I, II e III, respectivamente) contribuíram para o desenvol-vimento do cubismo, embora divergindo no encami-nhamento cromático, distorciam a perspectiva em suas produções na busca de uma estabilidade formal.

Questão 35

OLHAR DE FOTÓGRAFO

A fotografia não é, de fato, uma simples re-produção da cena presenciada pelo fotógrafo no instante do clic. Há tempos ela é entendida como um testemunho, um depoimento silencioso que, assim como a pintura, a escultura ou outras lin-guagens, carrega a marca de seu autor. [...]

Fotografia é comunicação e não existe comu-nicação sem conteúdo. Daí a necessidade de o fotógrafo estar antenado com as coisas do mun-do, investir em sua cultura geral e atualização profissional. Essa formação geral é decisiva para a construção de uma linguagem pessoal.

MARTINS, Nelson; REAL, Elizabeth; ZUANETTI, Rose. Fotógrafo: o olhar, a técnica e o trabalho. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2004. p. 12.

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CARNEIRO, Joaquim; GUIMARÃES, Gaspar. Rapaz com bicicleta. 1880. In: MARTINS, Nelson; REAL, Elizabeth; ZUANETTI, Rose. Fotógrafo: o olhar, a técnica e o trabalho. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2004. p. 18.

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DAMM, Flávio. Sem título. 2008. 1 fotografia, p & b. In: DAMM, Flávio: passageiro do preto & branco. Curitiba: Caixa Cultural Curitiba, 2012. p. 34.

Com base nas informações do texto e na história da fo-tografia, pode-se afirmar que

( A ) as Figuras I e II ilustram a trajetória da linguagem foto-gráfica desde a descoberta da fotografia nas primeiras décadas do século XIX, mas a Figura II tem relação com o texto no que diz respeito ao registro do instan-te e à construção da linguagem pessoal do fotógrafo.

( B ) o texto reproduz a visão estética da fotografia des-de o seu surgimento, quando os registros tinham comparação de valor e qualidade equiparados com outras linguagens artísticas e, considerando princi-palmente a Figura I, notabilizou-se pela impressão de fatos históricos.

( C ) as Figuras I e II, ao retratarem um mesmo tema – o homem e a bicicleta –, são referência para a história dessa relação e demonstram pouco envolvimento do olhar do fotógrafo e de sua linguagem pessoal, o que constitui um registro desvinculado do valor estético apresentado no texto.

( D ) o texto aproxima a fotografia da comunicação e comenta a importância da formação do fotógrafo; com esse enfoque, a Figura I registra a origem do fotojornalismo, e a Figura II contribui com um regis-tro para a construção da memória.

( E ) a Figura II ilustra adequadamente a expressão “depoi-mento silencioso” apresentada no texto e equipara-se aos exemplos de estudos fotográficos científicos do século XIX, distinguindo-se do registro da Figura I, que buscou privilegiar um enfoque de crítica social.

Questão 36

A REPRESENTAÇÃO DO CORPO HUMANO NA ARTE

ATRAVÉS DOS TEMPOSDesde a Pré-História ao nosso tempo, o corpo

humano, nu ou vestido constituiu desde sempre um tema maior da arte ocidental. Representar o seu próprio corpo foi para o homem, através dos tempos uma necessidade absoluta – desde

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os corpos pintados nas paredes das grutas, pré--históricas, aos corpos estereotipados da arte egípcia, à busca da perfeição absoluta da arte grega, passando pelo corpo, de certa forma ne-gado, da Idade Média, ou à busca da forma perfeita da arte do Renascimento, do corpo barroco ao corpo “espartilhado” ou contido do século XIX, ou ainda ao corpo “deformado” das Vanguardas Artísticas e outras correntes da arte do século XX, terminando nas distor-ções radicais com que é tratado pelos movimen-tos contemporâneos, o corpo foi, e será sempre, uma expressão das nossas emoções ou, como afirma Nicolas Bouvier, “a imagem do mundo”.

A REPRESENTAÇÃO do corpo humano na arte através dos tempos. Disponível em: <http://agendalx.pt/evento/

representacao-do-corpo-humano-na-arte-atraves-dos-tempos#.WhsMItQrKt8>. Acesso em: 28 jan. 2018.

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NIJINSKI, Vaslav. O espectro da rosa, 1911. Performance em Royal Opera House. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2004. p. 18.

Figura II

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DEGAS, Edgar. A estrela (Ballet). 1876-1877. 1 pastel sobre papel, 58,4 cm × 42 cm. Museu d’Orsay, Paris, França.

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21Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Figura III

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RODIN, August. Dance Movement "G". 1 escultura em bronze 39,4 × 10,5 × 9,2 cm. The Metropolitan

Museum of Art. Nova Iorque, EUA.

Qual a relação entre a representação do corpo humano evidenciada no texto e os contextos histórico e artístico das obras de arte?

( A ) As Figuras I, II e III ilustram o conservadorismo es-tereotipado na representação do corpo na arte nas linguagens visuais.

( B ) As Figuras I e II mostram o corpo expressivo em momentos inovadores da atuação de bailarinos em espetáculos na Europa.

( C ) As Figuras II e III exemplificam a utilização da refe-rência da dança como tema para as artes visuais no período do impressionismo.

( D ) As Figuras I e III apresentam instantes de atuações coreográficas como registro crítico ao balé clássico entre os séculos XIX e XX.

( E ) As Figuras I, II e III expõem o padrão de beleza clássi-co, a proporcionalidade de medidas e o equilíbrio de formas em representações de diferentes linguagens.

Questão 37

STANISLAVSKI E SEU MÉTODO

Constantin Stanislavski (1863-1938 – Rússia) foi ator e diretor de teatro, atuou no Teatro de Arte de Moscou, na direção do qual manteve-se durante quarenta anos. Tornou-se célebre ao utilizar sua experiência como diretor e professor, para criar um sistema de ensino da arte de representar chamado "O Método Stanislavski".

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Quando começou a atuar, Stanislavski existiam duas formas distintas de representação, que marcaram a evolução das artes cênicas no século XIX: o teatro tradicional (bastante estilizado, onde o ator exibia gestos nada realistas) e a técnica recém surgida de representação realista. O objetivo fundamental das pesquisas Stanislavskianas é estabelecer a total intimidade entre ator e a personagem, para que haja a identificação de ambos.

STANISLAVSKI e seu método. Desvendando Teatro. Disponível em: <http://www.desvendandoteatro.com/stanislavskieometodo.htm>. Acesso em: 26 jan. 2018.

Com base nesse texto sobre o Método Stanislavski, o ator teatral

( A ) representa problemas humanos, morais e sociais, criando tipos característicos para situações peculiares.

( B ) organiza sua performance em uma unidade de tempo real, em um espaço definido e com uma se-quência de ações clara e objetiva.

( C ) deve construir o personagem psicologicamente e de acordo com os aspectos da vida deste, para nor-tear sua estrutura de atuação.

( D ) como membro de um grupo, relaciona sua atuação com o público, enfatizando os desvios morais de forma generalizada e atemporal.

( E ) concentra sua impulsividade expressiva para ideali-zar a caracterização do personagem.

Questão 38

A compreensão musical do século XX foi modificada pelo Impressionismo. Compositores como Claude Debussy, na França, e Maurice Ravel, na Itália, foram dois dos grandes expoentes dessa nova forma de criar sonoridades. Esses compositores impressionistas ousaram ao compor musicalmente, criando sonoridades que se podem deduzir por

( A ) dissonâncias com as mudanças de tons, aconte-cendo de maneira brusca.

( B ) flexíveis, focando nos sentimentos transmitidos ao público pela música.

( C ) originais, centradas mais na estética do que no sen-timento transmitido.

( D ) grandiosas, executadas por orquestras, como a sin-fonia e o concerto.

( E ) delicadas, que evocavam aspectos sensoriais, como neblina, água e noite.

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Questão 39

CICLOLAZER TERÁ ATIVIDADES PARA PESSOAS COM

DEFICIÊNCIA NO DOMINGO

Neste domingo (22), o maior projeto de re-creação de Curitiba, o Ciclolazer, terá ativida-des de inclusão para pessoas com deficiência. Uma delas é o “Skate Adaptado” [...].

O projeto é um misto de pista de skate com tirolesa e equipamentos de escalada. Ele auxi-lia no equilíbrio no praticante e ainda o susten-ta no ar, em caso de queda. O modelo permite maior amplitude de movimentos e sensação de liberdade, fazendo com que usuários de ca-deiras de rodas consigam trocar passos pelo percurso, conectados pelo cabo de segurança, após descer do skate.

PARANÁ. Prefeitura de Curitiba. Ciclolazer terá atividades para pessoas com deficiência no domingo. Disponível em: <http://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/ciclolazer-tera-atividades-para-pessoas-

com-deficiencia-no-domingo/39741>. Acesso em: 24 nov. 2017.

O ciclolazer é um exemplo de utilização do espaço urba-no e possibilita práticas corporais. Nesse sentido, é possí-vel afirmar que o lazer

( A ) promove atividades lúdicas voltadas para o público infantil e adolescente, sem se preocupar com as de-mais faixas etárias.

( B ) está associado a outras atividades da vida e suas práticas precisam ser adequadas ao estilo de vida contemporâneo.

( C ) utiliza da ressignificação de espaços urbanos para a prática exclusiva de determinada população-alvo.

( D ) adapta diversos espaços para atender um segmen-to específico parte da população.

( E ) promove uma política pública utilizando os elemen-tos urbanos disponíveis para atingir dada faixa po-pulacional.

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Os teatros de rua, assim como outras expressões artís-ticas, esportivas e culturais, podem ser considerados exemplos de

( A ) formas de manifestação de descontentamento político.

( B ) investimento financeiro por parte de instituições públicas.

( C ) práticas corporais associadas a protesto urbano.

( D ) ressignificação dos espaços urbanos.

( E ) práticas corporais de artistas.

Questão 41

ATIVIDADES FÍSICAS

[...] Pesquisas afirmam que mais de 60% dos adultos que vivem em áreas urbanas, não prati-cam exercícios regularmente. É possível observar um grande índice de aumento do sedentarismo, e consequentemente da obesidade, que está dire-tamente ligado ao estilo da vida moderna. Hoje os exercícios estão cada vez mais reduzidos [...]

ATIVIDADES FÍSICAS. Atividades físicas. Disponível em: <http://atividades-fisicas.info/>. Acesso em: 24 nov. 2017.

O implemento da tecnologia e o estilo de vida moderno têm levado as pessoas a deixar a atividade física em se-gundo plano. A diminuição dessa prática pode ter sido provocada em razão de

( A ) tempo reduzido para atividades, longas distâncias e lazer ativo.

( B ) utilização de tecnologias, menor tempo de trabalho e lazer passivo.

( C ) obesidade, implemento tecnológico e aumento do tempo de lazer.

( D ) incremento de jornadas mais longas associadas com lazer ativo.

( E ) jornadas de trabalho mais longas e implemento da tecnologia em atividades de lazer.

Questão 42

JOGADORES DO BRASIL COMEMORAM BOM RESULTADO

CONTRA A VENEZUELA

Com a segunda vitória garantida e o bom co-meço na estrada para a Copa do Mundo FIBA 2019, os jogadores do Brasil comemoraram a boa atuação contra a Venezuela, mas sabem que os resultados positivos desse começo precisam de

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Simulado – 2018

23Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

muito trabalho para serem mantidos. “É só o começo, ainda tem muita coisa o que melhorar, muitos jogadores novos e o time ainda preci-sa pegar ritmo, tivemos muito pouco tempo de treino. O time está melhorando aos poucos, mas é um grupo muito firme, que vai jogar com mui-ta intensidade”, ressalta o ala-armador Benite.

CBB – Confederação brasileira de basketball. Jogadores do Brasil comemoram bom resultado contra a Venezuela. Disponível em: <http://

www.cbb.com.br/noticias/2017/11/jogadores-do-brasil-comemoram-bom-resultado-contra-a-venezuela>. Acesso em: 27 nov. 2017.

Para o desenvolvimento de um evento desportivo, ini-cialmente o órgão organizador estabelece a forma de disputa para determinar quem será o campeão. Nesse contexto, tem-se como exemplo

( A ) o campeonato brasileiro de futebol, que é comu-mente disputado na forma de eliminatória simples, em que todos os times jogam contra todos até um sagrar-se campeão.

( B ) o rodízio simples, em que cada equipe joga apenas uma vez até uma delas ser consagrada campeã.

( C ) o rodízio duplo – também chamado de turno e re-turno –, em que todos jogam contra todos e aquele que acumula maior número de pontos é considera-do campeão.

( D ) a copa do mundo de futebol, que utiliza o sistema de eliminatória dupla em todas as fases do cam-peonato, e todos jogam contra todos.

( E ) o sistema de eliminatória dupla, em que a equipe eliminada é aquela que perde somente uma vez.

Questão 43

UM ANO APÓS A OLIMPÍADA, O QUE FICOU DE LEGADO PARA O RIO

Há um ano, era uma cidade à flor da pele. Na véspera da abertura da Olimpíada do Rio, explodia em dúvidas e expectativas. Agora, passada a euforia, já são 364 dias de conví-vio com a herança dos Jogos. O legado está à vista. Com Linha 4 do metrô, corredores de ônibus e VLT, a mobilidade urbana melhorou. O Centro e a Zona Portuária não são mais os mesmos, a começar por um boulevard que vi-rou o xodó de cariocas e visitantes.

RAMALHO, Guilherme; GALDO, Rafael. Um ano após a Olimpíada, o que ficou de legado para o Rio. Disponível em:

<http://oglobo.globo.com/rio/um-ano-apos-olimpiada-que-ficou-de-legado-para-rio-21666449 >. Acesso em: 23 nov. 2017.

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De acordo com o texto, o qual aponta melhorias de infraes-trutura e políticas públicas, pode-se concluir que o legado olímpico

( A ) trouxe benefícios para a cidade o Rio de Janeiro, sem afetar de nenhuma forma a população.

( B ) permitiu a construção de áreas de lazer para parte da população, sem poder ser utilizada pela comu-nidade.

( C ) tem o intuito de possibilitar a inclusão social da co-munidade no esporte.

( D ) inclui o aprimoramento de infraestrutura, mobilida-de, meio ambiente e urbanização.

( E ) deixou um centro de referência para ser utilizado por atletas olímpicos.

Questão 44

MINISTÉRIO DA SAÚDE LANÇA PROGRAMA PARA ESTIMULAR A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA

O Ministério da Saúde lançou nesta quinta--feira (7) – Dia Mundial da Saúde –, em Bra-sília, o programa Academia da Saúde. O pro-jeto estimula a criação de espaços adequados para prática de atividade física e de lazer e faz parte das estratégias do governo federal para a promoção da saúde e prevenção de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. [...]

PORTAL BRASIL. Ministério da Saúde lança programa para estimular a prática de atividade física. Disponível em: <http://www.brasil.

gov.br/esporte/2011/04/ministerio-da-saude-lanca-programa-para-estimular-a-pratica-de-atividade-fisica>. Acesso em: 19 jul. 2017.

Esse tipo de projeto do governo tem por objetivo

( A ) ressignificar espaços públicos para prática corporal, exclusivamente da terceira idade.

( B ) adaptar espaços urbanos visando atuar na promo-ção da saúde e na prevenção de doenças para toda a população.

( C ) promover um programa específico para um públi-co-alvo restrito, independente dos gastos despendi-dos no projeto.

( D ) promover para a população idosa práticas corpo-rais em ambientes externos e sem custos adicio-nais.

( E ) aplicar uma política pública exclusiva da área da saúde, associando-a com elementos da natureza para melhora da qualidade de vida.

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EFSR3-00022

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Simulado – 2018

24

Questão 45

VEJA QUEM GANHOU E QUEM PERDEU COM A COPA NA ECONOMIA

Ainda vai levar algum tempo para saber qual foi o impacto exato da Copa do Mundo para a eco-nomia brasileira. Vários indicadores apontam, no entanto, que o segundo trimestre do ano viu uma forte desaceleração da economia, com as previsões para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano recuando para algo em torno de 1%.

Para consultorias e analistas consultados pelo G1, apesar das promessas do governo de que o evento geraria milhares de empregos e ajudaria a impulsionar o crescimento, o Mundial teve efeito praticante nulo ou insignificante para a economia.

ALVARENGA, Darlan. Veja quem ganhou e quem perdeu com a Copa na economia. Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/07/veja-quem-ganhou-e-quem-perdeu-com-copa-na-economia.html>. Acesso em: 22 nov. 2017.

Inúmeras são as razões que impactam no desenvolvimento e na organização de um megaevento esportivo. Para um planejamento adequado, devem ser consideradas três etapas. São elas, nesta ordem:

( A ) escolha da cidade-sede, viabilidade financeira e execução.

( B ) execução, desenvolvimento proporcionado e viabilidade financeira.

( C ) desenvolvimento social, planejamento e escolha da cidade-sede.

( D ) custo financeiro, período de execução e escolha da cidade-sede.

( E ) impacto social, viabilidade financeira e planejamento.

EFSR3-00049

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3a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

25Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Proposta de produção de texto

Com base na leitura dos textos motivadores que seguem e valendo-se de seus conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, acerca da Remodelação do Sistema Carcerário no Brasil, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione as informações, ordene-as e construa relações argumentativas, de forma coesa e coerente, a fim de fundamentar seu ponto de vista.

Texto I

Lei nº. 7.210, de 11 de julho de 1984

Institui Lei de Execução Penal

Do Objeto e da Aplicação da Lei de Execução Penal

Art. 1º. A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado.

[...]

Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade.

[...]

Art. 11. A assistência será:

I - material;

II - à saúde;

III - jurídica;

IV - educacional;

V - social;

VI - religiosa.

[...]

BRASIL. Lei nº. 7.210, de 11 de julho de 1984. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210.htm>. Acesso em: 27 jan. 2018.

Texto II

BRASIL POSSUI A QUARTA MAIOR POPULAÇÃO PRISIONAL DO MUNDO

Número de detentos no País dobra em 10 anos e atinge 607 mil presos. Cerca de quatro em cada dez presos ainda não passaram por julgamento

[...]. Os dados são do novo relatório do Sistema Integrado de Informações Penitenciárias, o In-fopen, divulgados pelo Ministério da Justiça [...].

O documento, que reúne dados até junho de 2014, revela um crescimento de 161% no total de pre-sos desde 2000. Com isso, o número de presos no Brasil alcançou 607.731 pessoas, contingente que dá ao Brasil o quarto lugar no ranking das maiores populações prisionais do mundo – perdendo apenas para Estados Unidos, China e Rússia. [...]

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Simulado – 2018

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Ed

ição

de

arte

, 20

18. D

igita

l.

Segundo o texto, assinado pelo diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Renato de Vitto, "é preciso analisar a 'qualidade' das prisões efetuadas e o perfil das pessoas que têm sido encarceradas, para que seja possível problematizar a 'porta de entrada' e as práticas de gestão dos serviços penais, desde a baixa aplicação de medidas cautelares e de alternativas penais até a or-ganização das diversas rotinas do cotidiano das unidades prisionais". [...]

Perfil

A prevalência de baixa escolaridade segue uma constante entre os presos, o que indica que esta população já era vulnerável ou marginalizada antes de serem presas. O estudo aponta que dois em cada três detentos são negros, e metade da população prisional não frequentou ou possui ensino fun-damental incompleto. Além disso, cerca de 56% deles são jovens, com 18 a 29 anos. [...]

BRASIL possui a quarta maior população prisional do mundo. Disponível em: <https://www.cartacapital.com.br/sociedade/brasil-possui-a-quarta-maior-populacao-prisional-do-mundo-7555.html>. Acesso em: 27 jan. 2018. (Adaptado).

Texto III

[Diário Catarinense] [...] Qual a solução para o sistema prisional brasileiro?

[Drauzio Varella] Nenhuma, não há solução. Enquanto você tiver pessoas numa situação dessas, em que as periferias das cidades são formadas por um número enorme de crianças, muitas filhas de outras crianças, meninas de 12, 13, 15 anos que dão à luz, e você não tiver escolas de qualidade, em que se possa dar educação para essas crianças, eu posso oferecer a elas um caminho possível? Nós pro-duzimos ladrões com uma velocidade que a gente não consegue aprisionar depois. Em 1990, [...] nós tínhamos no Brasil 90 mil prisioneiros. [...] Hoje tem 675 mil. Melhorou a segurança nas cidades? Pio-rou, não piorou? A sociedade diz que tem que prender, eu também acho, porque não se pode deixar uma pessoa que é uma ameaça à sociedade solta na rua. Mas você não pode ter a ilusão de que com isso vai ter segurança. Aumentamos 700% o aprisionamento e as cidades estão mais inseguras ainda. Porque com o aprisionamento estamos lidando com as consequências de um fenômeno que começou lá atrás, com o menino, a menina que entrou para o crime com 15, 16 anos. Por que as pessoas ricas, a classe média alta não entra no crime com essa velocidade? [...] Porque têm outras oportunidades. [...]

DRAUZIO Varella: “Não há solução para o sistema prisional brasileiro”. Disponível em: <http://dc.clicrbs.com.br/sc/estilo-de-vida/noticia/2017/06/drauzio-varella-nao-ha-solucao-para-o-sistema-prisional-brasileiro-9822624.html>. Acesso em: 27 jan. 2018. (Adaptado).

Instruções:

• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.• O texto definitivo deve ser escrito à tinta azul ou preta, na folha própria, em até 30 linhas.• A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.• A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número

de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

3a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

27Ciências Humanas e suas Tecnologias

Ciências Humanas e suas Tecnologias

| Questões de 46 a 90 |

Questão 46

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São

Pau

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GETÚLIO Vargas – Com licença seu Julinho. A platéa. São Paulo, p. 1, 1.o nov. 1930. Acervo Arquivo Público do Estado de São Paulo.

A charge retrata qual aspecto da política brasileira da dé-cada de 1930?

( A ) A dinâmica da política do café com leite, em que as oligarquias mineiras e paulistas se revezavam no Poder Executivo.

( B ) As intensas disputas pelo controle do governo do Es-tado de São Paulo, economia mais pujante da época.

( C ) O golpe de Estado dado por Vargas e os tenentis-tas, que impediu o candidato eleito, Júlio Prestes, de assumir a presidência.

( D ) A divulgação do Plano Cohen, supostamente ela-borado por Prestes, que desejava tornar o Brasil comunista.

( E ) O golpe de Estado de 1937, a partir do qual o Brasil passou a ser governado por um ditador em vez de um presidente.

Questão 47

Ed

ição

de

arte

, 20

18. D

igita

l

NICOLAU, Jairo. História do voto no Brasil. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004. p. 46.

HISR3-00061

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HISR3-00062

O gráfico apresenta o processo de evolução da partici-pação do eleitorado brasileiro nos pleitos eleitorais. O au-mento observado na década de 1930 se deve

( A ) ao fim do sistema de votação que obedecia a re-gras censitárias.

( B ) ao voto aberto em praças para facilitar o acesso aos pontos de votação.

( C ) à revogação da proibição dos votos dos analfabe-tos, religiosos e militares.

( D ) à conquista do voto secreto e dos direitos políticos das mulheres.

( E ) à redução da idade mínima dos votantes de 21 anos para 16 anos.

Questão 48

O cosmopolitismo, isto é, a influência es-trangeira, é um mal de morte [...]. Combatê--lo é o nosso dever. E isso não quer dizer má vontade para com as Nações amigas, para com os filhos de outros países, que aqui também trabalham objetivando o engrandecimento da Nação Brasileira e cujos descendentes estão in-tegrados em nossa própria vida de povo. Refe-rimo-nos aos costumes, que estão enraizados, principalmente em nossa burguesia, embeveci-da por essa civilização que está periclitando na Europa e nos Estados Unidos. Os nossos lares estão impregnados de estrangeirismos; as nossas palestras, o nosso modo de encarar a vida, não são mais brasileiros. Os brasileiros das cidades não conhecem os pensadores, os escritores, os poetas nacionais. Envergonham--se também do caboclo e do negro de nossa terra. Adquiriram hábitos cosmopolitas.

MANIFESTO de Outubro – Frente Integralista Brasileira. Disponível em: <http://www.integralismo.org.br/arquivos/2011/2011-panfleto-

fib-manifestodeoutubro-01.pdf>. Acesso em: 27 jan. 2018.

O trecho selecionado do Manifesto de Outubro, docu-mento que apresenta a visão política e social do inte-gralismo, evidencia a seguinte característica presente no movimento:

( A ) desejo de fortalecimento do Estado.

( B ) anticomunismo.

( C ) antiliberalismo.

( D ) ideias socialistas de crítica à burguesia.

( E ) nacionalismo.

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HISR3-00063

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Simulado – 2018

28

Questão 49

Uma grande revista americana expõe, em fotos que ficaram famosas mundo afora, a mi-séria numa favela carioca. Para dar uma res-posta ao "imperialismo americano", uma das maiores revistas brasileiras revida, com uma reportagem mostrando a pobreza de uma fa-mília num cortiço de Nova York. [...]

O ano era 1961, e os EUA nutriam preocu-pação crescente com o avanço da esquerda na América Latina. A Casa Branca temia que o governo de João Goulart transformasse o Bra-sil em uma nova Cuba. [...]

RIBEIRO, Marcelle. Em plena Guerra Fria, disputa entre revistas 'Life' e 'O Cruzeiro' evidenciava preocupação dos EUA com avanço da esquerda no Brasil.

Disponível em: <https://oglobo.globo.com/politica/em-plena-guerra-fria-disputa-entre-revistas-life-o-cruzeiro-evidenciava-preocupacao-dos-eua-com-avanco-da-esquerda-no-brasil-2773019#ixzz4jso424C5>. Acesso em: 10 jun. 2017.

Comentando o episódio ocorrido entre duas revistas, uma americana e outra brasileira, no ano de 1961, o tre-cho da reportagem expressa

( A ) o descaso brasileiro e a preocupação americana com relação ao crescimento das favelas no Brasil, na década de 1960.

( B ) a preocupação estadunidense diante da prolifera-ção de ideias socialistas na América Latina, durante a Guerra Fria.

( C ) o temor estadunidense, devido à instauração do so-cialismo no Brasil, no governo de João Goulart, nos anos 1960.

( D ) o posicionamento socialista das revistas, que en-fatizaram notícias relativas à pobreza nos Estados Unidos e no Brasil.

( E ) a satisfação estadunidense relativa à adesão da América Latina às políticas de esquerda durante a Guerra Fria.

Questão 50

Fugindo à luta de classes, a nossa organi-zação sindical tem sido um instrumento de harmonia e de cooperação entre o capital e o trabalho. Não se limitou a um sindicalismo pu-ramente “operário”, que conduziria certamen-te a luta contra o “patrão”, como aconteceu com outros povos.

FALCÃO, W. Cartas sindicais. In: Boletim do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Rio de Janeiro, 10 (85), set. 1941 (adaptado).

HISR3-00048

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HISR3-00007

O documento explica como era o sindicalismo no Brasil, a partir da Constituição de 1937. Segundo ele, uma das características políticas da organização sindical no Brasil daquele período era ser

( A ) contrária à luta de classes, mote das lutas socialis-tas.

( B ) limitada à luta operária contra o patrão, como nas lutas anarquistas.

( C ) harmônica e cooperativa, limitada à luta de classes.

( D ) operária, focada na luta contra o patrão explorador.

( E ) conflituosa na relação entre capital e trabalho.

Questão 51

O segundo governo Vargas (1950-1954) não transcorreu em clima de tranquilidade, ten-do o presidente sofrido, sistematicamente, a oposição da maioria da imprensa e de grande parte de setores políticos e militares. Mas em agosto de 1954, uma grave crise se instalara com o atentado ao jornalista Carlos Lacerda, desencadeando um impasse de graves propor-ções, onde se opunham um presidente eleito, gozando ainda de grande popularidade, e uma ferrenha e aguerrida oposição civil e militar, que acusava o governo, especificamente o pró-prio Vargas, de estar envolvido em um “mar de lama”.

GOMES, A. C. A última cartada. Revista Nossa História, ano 1, n. 10, p. 14, ago. 2014.

A crise do final do segundo governo de Getúlio Vargas esteve ligada às acusações de que o presidente era

( A ) populista e assassino de Gregório Fortunato.

( B ) socialista e mentor do plano de assassinato de Carlos Lacerda.

( C ) socialista e dava amplos poderes às elites agrárias.

( D ) populista e líder da UDN.

( E ) populista e mandatário do assassinato de Carlos Lacerda.

Questão 52

Acredite em mim, Else, se alguma vez os russos batessem nesta porta e aqui fizessem metade do que lhes fizemos, você nunca mais iria sorrir ou cantar.

ARNAUT, Luiz; MOTTA, Rodrigo P. S. A Segunda Grande Guerra: do nazi-fascismo à guerra fria. São Paulo: Atual, 1994. p. 41.

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3a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

29Ciências Humanas e suas Tecnologias

Com base em suas memórias sobre a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), um soldado alemão que participou da Operação Barbarossa fez esse comentário para sua esposa. As linhas do texto ressaltam

( A ) a violência extrema a que a população soviética foi submetida.

( B ) o sofrimento do exército alemão com o rigoroso inverno russo.

( C ) a falta de suprimentos enfrentada pelos militares alemães.

( D ) a desobediência das tropas seguidas do alto núme-ro de deserções.

( E ) como a elite alemã interpretava os rumos da Segunda Guerra Mundial.

Questão 53

A Primeira e a Segunda Guerras podem ser definidas como guerra “de redivisão” de mercados e colônias, no interior do sistema ca-pitalista. As contradições econômicas, sociais e ideológicas entre os principais países capi-talistas conduziram à corrida armamentista e às guerras localizadas, que precederam os dois grandes conflitos.

MARQUES, Adhemar; BERUTTI, Flávio; FARIA, Ricardo. História Contemporânea através de textos. São Paulo: Contexto, 2013. p. 167.

O cenário político-econômico europeu da década de 1930 caracterizou-se pela presença de

( A ) medidas imperialistas de ingleses e franceses sobre o território continental.

( B ) fortalecimento de regimes que se contrapunham às democracias liberais.

( C ) interferências norte-americanas na organização es-pacial do continente.

( D ) ações militares diretas dos soviéticos aos países ca-pitalistas do continente.

( E ) estabilidade à medida que os novos regimes se le-gitimavam no poder.

Questão 54

O tratado de Versalhes vedou à Alemanha o rearmamento, a remilitarização [...]. Entre-tanto, a política expansionista alemã durante a década de 30 não encontrou obstáculos reais. A diplomacia nazista conseguiu reincorporar a região do Sarre em 1934, que havia sido

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colocada sob a responsabilidade da França de-pois de Versalhes. Na metade da década, Hi-tler tornou público o rearmamento alemão e o recrutamento obrigatório. Em 1936 a Renânia foi ocupada (fronteira com a França). Diante dessa política expansionista, dirigida não ape-nas as regiões habitadas por alemães, como fi-cou claro com a anexação da Tchecoslováquia (38 e 39), a Inglaterra e a França respondiam com o silêncio. À medida que Hitler aumenta-va as suas exigências, essas potências desenvol-viam o que se convencionou chamar política de apaziguamento.

MARQUES, Adhemar; BERUTTI, Flávio; FARIA, Ricardo. História Contemporânea através de textos. São Paulo: Contexto, 2013. p. 168.

Em meados da década de 1930, Inglaterra e França

( A ) respeitavam, como previa o Tratado de Versalhes, a soberania alemã.

( B ) lucravam com a exportação de armas de grosso calibre para a Alemanha.

( C ) apoiavam a formação de um território composto por germânicos e eslavos.

( D ) percebiam a Alemanha como força capaz de frear os socialistas soviéticos.

( E ) desejavam ampliar seus territórios a partir de uma nova divisão da Europa.

Questão 55

LIÇÕES DA ERA MCCARTHY PARA OS ESTADOS UNIDOS DE GEORGE W. BUSH

[...]

O caso Rosenberg

Duas palavras – contexto político – expli-cam por que meus pais foram executados, ape-sar de só terem sido condenados por conspira-ção. A Guerra da Coréia balizou o caso deles. Meu pai foi preso em julho de 1950, poucas semanas depois do início da guerra. E foi exe-cutado, junto com minha mãe, em 19 de junho de 1953, algumas semanas antes do término do conflito. [...]

[...] Em vez de fazer um relato histórico ári-do, prefiro descrever aqui [...] incidentes que dão uma ideia do sabor da época.

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Simulado – 2018

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O primeiro envolve o beisebol, muitas ve-zes chamado de “passatempo nacional” dos Estados Unidos. Quando eu era criança, os ti-mes da National League só jogavam contra os da American League na famosa World Series, com exceção dos jogos amistosos da primave-ra. Durante a Era McCarthy, os “Reds”, de Cincinnati, venceram um desses jogos contra os “Yankees”, de Nova York. Na manhã se-guinte, torcedores sonolentos puderam ler as manchetes da se- ção esportiva dos jornais, que diziam: “Reds vencem Yanks por 5 a 2”. Isso provocou um verdadeiro frenesi. Cartas chega-ram aos montes à sede do time em Cincinnati, reclamando que não era bom para o estado de ânimo nacional descobrir que os “Reds” [ver-melhos] haviam vencido os “Yanks”, mesmo que fosse na página de esportes, ainda mais que soldados norte-americanos estavam lutan-do e morrendo na Coréia.

MEEROPOL, Robert. Lições da era McCarthy para os Estados Unidos de George W. Bush. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/

S0103-40142007000100023>. Acesso em: 27 jan. 2018.

O Macarthismo produzia uma contradição política, visto que

( A ) atletas e torcedores não tinham liberdade de jogar ou torcer no time que desejavam caso este adotas-se a cor vermelha.

( B ) os americanos perseguiam simpatizantes do so-cialismo em seu território, e a URSS dava liberdade para os capitalistas em seu território.

( C ) soviéticos restringiam os impactos da Guerra Fria somente no plano político e militar, e americanos vi-viam os efeitos em várias esferas, incluindo esportes.

( D ) a democracia liberal previa pesadas penas como a execução, e a ditadura soviética tinha maneiras mais humanitárias para tratar presos políticos.

( E ) a Doutrina Truman defendia o mundo livre, po-rém o Comitê de Atividades Antiamericanas vio-lava os direitos dos suspeitos de terem ligações comunistas.

Questão 56

Em junho de 1961, Nikita Khruchóv cha-mou Berlim de “o lugar mais perigoso do mun-do”. Ele não exagerava: a resistência das po-tências ocidentais em desocupar militarmente a porção oeste da cidade, conforme exigido por

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HISR3-00068

diversos ultimatos do líder comunista – que tentava conter as correntes de refugiados do Leste -, gerou, sem dúvidas a mais grave crise política do pós-guerra.

Culminando na construção do símbolo máxi-mo da divisão do globo entre dois grupos antagô-nico – o Muro de Berlim, que tornava palpável a metáfora Cortina de Ferra de Winston Churchill -, a crise de 1961 foi a primeira e única vez na história em que militares e tanques norte-ame-ricanos e soviético estiveram frente a frente, a metros de distância. Um erro, um soldado que perdesse o controle, um comandante menos pre-parado, qualquer escaramuça poderia ter gerado uma guerra atômica em questão de minutos.

KEMPE, Frederick. Berlim: 1961 – Kennedy, Khruschóv e o lugar mais perigoso do mundo. São Paulo: Cia das Letras, 2013. Contracapa.

O Muro de Berlim, maior símbolo da Guerra Fria, foi construído por ordem do governo

( A ) dos Estados Unidos, como forma de induzir a URSS a iniciar um conflito nuclear.

( B ) britânico, para isolar os movimentos da Europa.

( C ) da República Democrática Alemã, para evitar a fuga de orientais para o lado capitalista.

( D ) da URSS, como estratégia de expansão do bloco socialista no Leste Europeu.

( E ) da URSS, com o objetivo de materializar a divisão da Cortina de Ferro.

Questão 57

No dia 20 de julho de 1969, um domingo, dois homens pisaram pela primeira vez na Lua. Um deles, o comandante Neil Armstrong, de 38 anos [...] escorregou na escada da pequena nave com a qual pousou na superfície lunar e por pouco não imprimiu ali a mão antes do pé. [...] A 96 mil metros de altura, o ex-piloto de testes Michael Collins, de 38 anos, como os outros, encarregado de pilotar o módulo de comando da Columbia, só conseguiria sentir--se verdadeiramente aliviado no dia seguinte, quando seus dois companheiros se uniram a ele para a viagem de volta à Terra. [...]

GODOY, Norton; FRANÇA, Martha San Juan. A viagem do homem à Lua, o maior espetáculo. Disponível em: <http://super.abril.com.br/tecnologia/a-

viagem-do-homem-a-lua-o-maior-espetaculo/>. Acesso em: 13 fev. 2017.

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3a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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Simulado – 2018

31Ciências Humanas e suas Tecnologias

O texto conta curiosidades sobre a história da chegada do(s)

( A ) soviéticos à Lua durante a Guerra Fria.

( B ) americanos, pela primeira vez no espaço, durante a Guerra Fria.

( C ) homem à Lua, um feito americano, durante a Segunda Guerra Mundial.

( D ) soviéticos ao espaço no final da Guerra Fria.

( E ) homem à Lua, um feito americano, durante a Guerra Fria.

Questão 58

Tratado de amizade, de cooperação e de assistência mútuas, concluído entre a Albânia, a Bulgária, a Hungria, e República Democrática Alemã, a Polônia, a Romênia, a URSS e a Checoslováquia. [...] Levando, ao mesmo tempo, em conta a situação que se criou na Europa em consequência da retificação dos acordos de Paris que preveem a formação de um novo agrupamento militar sob a forma da “União da Europa Ocidental”, com a participação da Alemanha Ocidental, em vias de remilitarização, com a sua integração do bloco Atlântico Norte, o que aumenta o perigo de uma nova guerra e cria uma ameaça a segurança nacional dos Estados pacíficos.

MARQUES, Adhemar; BERUTTI, Flávio; FARIA, Ricardo. História do tempo presente. São Paulo: Contexto, 2007. p. 26-27.

O Pacto de Varsóvia foi criado como uma resposta do bloco

( A ) capitalista aos avanços territoriais e militares dos soviéticos sobre o Leste europeu.

( B ) socialista ao sucesso da corrida espacial norte-ame-ricana e à chegada do homem à Lua.

( C ) socialista à formação da OTAN, que fortalecia mili-tarmente os países capitalistas.

( D ) capitalista para conter o avanço das ideias socialis-tas, principalmente na Europa central e na América.

( E ) socialista como retaliação às tentativas da ONU de intervenção em seu território.

Questão 59

Do ponto de vista da política econômica, o governo Dutra se iniciou seguindo um modelo liberal. [...] A situação do Brasil no plano fi-nanceiro era favorável, pois o país acumulara

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divisas no exterior, resultantes das exporta-ções nos anos de guerra. Apesar disso, a po-lítica liberal acabou fracassando. A onda de importações de bens de toda espécie, favoreci-da pela valorização da moeda brasileira, levou praticamente ao esgotamento das divisas sem trazer consequências positivas.

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2000. p. 403.

No plano econômico, é possível afirmar que o governo de Eurico Gaspar Dutra

( A ) presenciou a redução das reservas cambiais.

( B ) integrou-se aos mercados socialistas.

( C ) fechou-se para as exportações de bens industriais.

( D ) organizou a política econômica e conteve a infla-ção.

( E ) fortaleceu a indústria nacional para exportar mais.

Questão 60

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O presidente Getúlio Vargas com as mãos sujas de petróleo – na época, chamado de ouro negro – durante a campanha “O petróleo é nosso”, em seu mandato presidencial de 1951-1954.

A campanha “O petróleo é nosso”, que deu origem à Petrobras, foi um movimento de orientação econômica

( A ) socialista.

( B ) neoliberal.

( C ) desenvolvimentista.

( D ) mercantilista.

( E ) nacionalista.

Questão 61

A construção de usinas hidrelétricas geral-mente exige a formação de grandes reservatórios

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GESR3-00081

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de água. Para isso, normalmente é preciso inundar uma vasta área de terra, o que pro-voca profundas alterações no ecossistema, já que a fauna e a flora locais são completamente destruídas. Dependendo do tipo de relevo e da região onde se encontra o empreendimento, as hidrelétricas podem também ocasionar o ala-gamento de terras e o deslocamento de popu-lações ribeirinhas.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Energia. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/secex_consumo/_arquivos/7%20

-%20mcs_energia.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2017.

O texto, que trata da hidroeletricidade — a principal ma-triz energética brasileira —, destaca o fato de essa moda-lidade de fonte de energia ser

( A ) renovável e, portanto, não geradora de gases do efeito estufa ou quaisquer outras formas de interfe-rências ambientais.

( B ) não renovável, uma vez que as mudanças climáti-cas podem levar à escassez da água, fonte gerado-ra desse tipo de energia.

( C ) limpa, ou seja, não causa danos ou intervenções prejudiciais ao ambiente, em especial, à atmosfera.

( D ) impactante no âmbito socioambiental, em razão da inundação de áreas naturais e da necessidade de relocação de população humana.

( E ) poluente, principalmente por alterar a qualidade e a dinâmica das águas represadas para geração de energia elétrica.

Questão 62

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[...] cresce no Brasil e no mundo, nos mais diversos segmentos da sociedade, a convicção de que a geração de energia a partir de fontes nucleares, longe de ser algo a ser demonizado, é a única alternativa viável para o suprimento

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das necessidades energéticas do país no caso de uma repentina e significativa retomada da atividade econômica no parque industrial do país. Desde que o processo seja cercado por indispensáveis requisitos de segurança.

LOUREIRO, Ubirajara. Combustíveis: em defesa da energia nuclear. Disponível em: <http://www.jb.com.br/economia/noticias/2009/05/09/

combustiveis-em-defesa-da-energia-nuclear/>. Acesso em:20nov.2017.

Com relação ao uso da energia nuclear, as ideias expres-sas na imagem e no texto

( A ) são concordantes, uma vez que defendem a substi-tuição da matriz energética baseada em combustí-veis fósseis pela fonte nuclear.

( B ) são complementares, pois a imagem reflete a au-sência de poluição atmosférica, e o texto trata o uso da energia nuclear como alternativa única para a retomada do desenvolvimento industrial.

( C ) apresentam dois pontos de vista diferentes: um remete à ameaça do risco da radiação, e o outro ressalta a viabilidade de seu uso para o crescimento da economia.

( D ) ilustram o posicionamento defendido por ambien-talistas de organizações não governamentais e ins-tituições científicas de diversas regiões do mundo.

( E ) ressaltam a ausência de riscos para a população humana e os demais seres vivos se ocorrer a ex-pansão do uso da energia atômica.

Questão 63

[...] O período de seca no Nordeste, onde se encontram aproximadamente 80% dos parques eólicos, coincide com o período chuvoso nas Regiões Sul e Sudeste, onde estão os principais reservatórios de usinas hidrelétricas.

“Quando tem vento, você pode estocar água no reservatório. Quando tem menos vento, usa aquela água estocada para gerar energia elétri-ca. Nos países europeus, por exemplo, quando não tem vento, tem de ligar uma termelétrica. Aqui nós temos duas fontes limpas, e uma se complementa a outra. O Brasil realmente é um país afortunado, por ter fontes renováveis que se complementam entre si”, explica Tolmasquim.

PORTAL BRASIL. Brasil é o quarto país em que energia eólica mais cresce no mundo. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2016/01/brasil-e-um-dos-principais-geradores-

de-energia-eolica-do-mundo>. Acesso em: 24 jan. 2017.

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3a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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33Ciências Humanas e suas Tecnologias

A afirmação de Tolmasquim destaca a possibilidade de combinar o uso de duas fontes energéticas pelas con-dições ambientais brasileiras. Tal situação, vantajosa em relação a outras regiões do mundo, ganha ainda mais importância pelo fato de

( A ) poder concentrar, numa mesma região do país, usinas eólicas e hidrelétricas, devido às condições climáticas favoráveis.

( B ) se tratarem de duas fontes de energia renováveis e não geradoras de gases do efeito estufa.

( C ) o parque eólico e a principal concentração de hi-drelétricas estarem instalados nas áreas menos de-senvolvidas do país.

( D ) sua construção e instalação não causarem impac-tos socioambientais.

( E ) corresponder a duas fontes de energia mais utiliza-das no mundo.

Questão 64

O aumento da produção com fontes de energia térmicas e a queda com fontes hídricas é observada em todo o país desde 2012, pelo menos, mas no Nordeste a mudança é tanta que, desde fevereiro do ano passado [2014], as termelétricas se tornaram as principais pro-dutoras de energia da região, de acordo com os dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão responsável pelo con-trole do sistema de geração e transmissão de energia no Brasil.

TORRES, Juan; BORGES, Thais. Termelétricas se tornam principal fonte de energia na região Nordeste. Disponível em: <http://www.

correio24horas.com.br/noticia/nid/termeletricas-se-tornam-principal-fonte-de-energia-na-regiao-nordeste/>. Acesso em: 22 nov. 2017.

Apesar de a matriz energética brasileira estar predomi-nantemente baseada na hidroeletricidade, na última dé-cada, o aumento no uso da energia termoelétrica em determinados períodos do ano tem sido recorrente. Tal fato deve-se principalmente

( A ) a prolongadas secas cuja abrangência não tem se limitado apenas à região Nordeste.

( B ) ao aumento da produção de carvão mineral, gás natural e outros hidrocarbonetos no Brasil.

( C ) à queda no preço do petróleo bruto, uma das fon-tes geradoras da energia termoelétrica.

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( D ) à expansão do programa nuclear brasileiro e à ins-talação de novas usinas.

( E ) à inviabilidade climática para ampliação do parque eólico e de outras fontes alternativas no território brasileiro.

Questão 65

Comunidades que vivem na região sudoeste do Pará denunciam os impactos sofridos por indígenas, pescadores e moradores de cidades como Altamira, com a construção da usina hi-drelétrica de Belo Monte. O empreendimento foi erguido no meio do rio Xingu, uma área onde, tradicionalmente, para obter a geração de energia é necessário usar óleo diesel, com-bustível com alto poder poluidor.

“Dez por cento da água do mundo corre nos rios brasileiros. E portanto, temos muito potencial hidrelétrico a desenvolver. Não somos um país rico pra descartar uma fonte de energia como essa”, explica o professor da Unicamp Secundino Soares Filho.

CONSTRUÇÃO de Belo Monte afeta a vida de comunidades no sudoeste do Pará. Disponível em: <http://g1.globo.com/

pa/para/noticia/2016/05/construcao-de-belo-monte-afeta-vida-de-comunidades-no-para.html>.Acesso em: 22 nov. 2017.

Com relação à construção de grandes barragens na Amazônia, como o caso da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, o texto aborda

( A ) o benefício obtido pela população amazônica com a geração de energia hidrelétrica, tendo em vista o potencial hídrico e a necessidade de desenvolvi-mento da região.

( B ) o pouco peso representado pelas fontes hídricas na matriz energética brasileira.

( C ) o potencial existente para fontes de energia alter-nativas e limpas à hidroeletricidade, em razão das características ambientais propícias na Amazônia.

( D ) a necessidade de se retomar o uso do óleo diesel como fonte principal de energia na região.

( E ) o conflito de interesses entre diferentes setores da sociedade e das comunidades tradicionais no que se refere ao aproveitamento das águas dos rios.

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Questão 66

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Islândia — Placas tectônicas

DIAS, João A. Tectónica de placas. Disponível em: <http://w3.ualg.pt/~jdias/GEOLAMB/GA2_SistTerra/203TectPlacas/61FrontDiverg.

html>. Acesso em: 28 jan. 2018. (Adaptado).

A localização da Islândia, na divisa das placas tectôni-cas norte-americana e euroasiática, associada a outras características físicas, justifica que a principal fonte para seu suprimento de eletricidade venha da energia

( A ) das marés.

( B ) nuclear.

( C ) geotérmica.

( D ) eólica.

( E ) hidrelétrica.

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Questão 67

Os prejuízos causados pela expansão das hidrelétricas não conseguem passar desperce-bidos. Além de afetarem o meio ambiente, os projetos lesam diretamente as populações que vivem no entorno dos territórios que recebe-rão a obra. No caso da Amazônia, importante ecossistema regulador do clima mundial, berço de grande biodiversidade e local onde se en-contra a mais importante bacia hidrográfica, os prejuízos são ainda mais evidentes.

PITTS, Natasha. Banco de dados mostra impactos causados por hidrelétricas na Amazônia. Disponível em: <http://www.cartacapital.

com.br/sustentabilidade/banco-de-dados-mostra-impactos-causados-por-hidreletricas-na-amazonia>. Acesso em: 4 fev. 2017.

Entre os prejuízos sociais decorrentes das ações explici-tadas no texto, pode-se citar

( A ) a migração forçada da população indígena.

( B ) a extinção de diversos sítios arqueológicos à jusan-te da barragem.

( C ) o deslocamento de pessoas atraídas por novas oportunidades.

( D ) a redução de empregos ligados ao comércio.

( E ) a diminuição da população urbana na região da usi-na hidrelétrica.

Questão 68

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A imagem corresponde à formação geológica de uma das fontes de energia mais utilizadas no mundo, que é

( A ) o petróleo.( B ) o carvão mineral.( C ) o gás natural.( D ) o urânio.( E ) a lenha.

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3a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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35Ciências Humanas e suas Tecnologias

Questão 69

Alsácia-Lorena — França

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Fonte: ALSACE-LORRAINE: Territory, France. Disponível em: <https://www.britannica.com/place/Alsace-Lorraine>. Acesso em: 25 nov. 2017. (Adaptado).

A região destacada no mapa corresponde à Alsácia- -Lorena, cujo espaço geográfico retrata uma das grandes conexões das condições ambientais e geopolíticas que interferiram na história da Europa e do mundo, pois

( A ) alavancou a terceira onda da Revolução Industrial no mundo, tendo em vista a importante reserva de lítio ali existente.

( B ) representou uma área disputada sob os pontos de vista político e econômico durante as duas grandes Guerras Mundiais, em razão das jazidas de carvão mineral.

( C ) abrigou as maiores jazidas de petróleo do chama-do “Velho Mundo”, cuja importância foi decisiva na construção do espaço geográfico do século XX.

( D ) foi uma das mais importantes áreas de produção de energia eólica, em virtude da favorável dinâmica das massas de ar na região.

( E ) foi uma das áreas em que se localizava a fonte da geração de energia nuclear, por apresentar grande presença de urânio em suas rochas.

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Questão 70

Biafra — Antiga região oriental da Nigéria

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Fonte: IACCINO, Ludovica. Nigeria: Biafra supporters ‘not a threat’ to the country says government. Disponível em: <http://www.

ibtimes.co.uk/nigeria-biafra-supporters-not-threat-country-says-government-1510845>. Acesso em: 08 dez. 2017. (Adaptado).

A imagem se refere à região de Biafra, cuja etnia ibo reivindicava a criação de um novo país, no território da Nigéria, durante o período de 1967-1970 — Guerra da Biafra —, apoiada por alguns países, em seu entorno e na Europa. Os desdobramentos desse conflito são relacionados aos interesses internacionais, que se referem à produção e a exportação de

( A ) gás natural.

( B ) urânio.

( C ) carvão mineral.

( D ) xisto betuminoso.

( E ) petróleo.

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Questão 71

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CLIMATE Change 2007: Working Group I: The Physical Science Basis. Disponível em: <https://www.ipcc.ch/publications_and_data/ar4/wg1/en/figure-1-3.html>. Acesso em: 25 nov. 2017.

O gráfico apresenta diversos registros referentes ao comportamento da temperatura média anual, realizados em diferentes períodos desde meados do século XIX. O agrupamento desses dados, elaborado pelo IPCC — Painel Inter-governamental sobre Mudanças Climáticas, sugere que

( A ) permanece a tendência de elevação das temperaturas médias anuais, cujas oscilações vêm apresentando re-dução, aproximadamente, desde 1980.

( B ) desde 1840, constata-se uma elevação contínua e sem oscilações das temperaturas médias anuais globais.

( C ) apesar do posicionamento de diversos cientistas confirmando a ocorrência do aquecimento global, os dados revelam uma tendência de estabilidade e, até mesmo, de queda nas temperaturas anuais.

( D ) o padrão de elevação das temperaturas médias anuais na atualidade é similar ao que se manifestava durante Primeira Revolução Industrial.

( E ) os anos em que se registra resfriamento das temperaturas médias anuais são predominantes quando se consi-deram as medições realizadas a partir do início do século XX.

Questão 72

Projetos urbanísticos modernos fundamentam-se em novas concepções para captação e geração de energia, como aquela representada na imagem. Turbinas eólicas, placas fotovoltaicas e baterias solares representam técnicas de utilização de fontes de energia

( A ) não renováveis, porém limpas.

( B ) não renováveis e produtoras de gases do efeito estufa.

( C ) renováveis e limpas.

( D ) renováveis e produtoras de gases do efeito estufa.

( E ) que, desde a sua implantação até a obtenção e a geração de energia, não causam nenhum impacto ambiental.

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3a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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37Ciências Humanas e suas Tecnologias

Questão 73

A expansão acentuada do consumo de ener-gia, embora possa refletir o aquecimento eco-nômico e a melhoria da qualidade de vida, tem aspectos negativos. Um deles é a possibilidade de esgotamento dos recursos utilizados para produção de energia [...]. Outro é o impacto ao meio ambiente produzido por essa atividade. Finalmente, um terceiro são os elevados inves-timentos exigidos na pesquisa de novas fontes e construção de novas usinas.

ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica. Atlas de Energia Elétrica do Brasil. Disponível em: <http://www2.aneel.gov.br/

arquivos/pdf/atlas3ed.pdf>. Acesso em: 26 nov. 2017.

A maior parte do consumo de energia no Brasil ocorre na atividade industrial, mas a parcela que corresponden-te às residências também é expressiva. Nesse sentido, entre as medidas governamentais mais adequadas para fomentar o uso doméstico sustentável de energia está

( A ) a modificação radical da composição da matriz energética brasileira.

( B ) o incentivo à redução de consumo de produtos de origem industrial.

( C ) a promoção de programas de estabilização da eco-nomia nacional.

( D ) a difusão de práticas de uso racional da energia, desde a sua geração até o consumo.

( E ) a expansão da implantação de usinas nucleares e a distribuição da energia gerada para outras regiões, além do Sudeste.

Questão 74

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou [...] a retirada de seu país, o segundo maior poluidor do mundo, do Acordo de Paris, firmado em 2015 por 196 países com o intuito de reduzir o aquecimento global. A decisão deve provocar um terremoto político em todo o mundo e prejudicar de forma inten-sa o combate às mudanças climáticas.

[...]

Como um dos maiores poluidores da atuali-dade, e o maior se levada em conta a história, os Estados Unidos tinham um papel determi-nante no Acordo de Paris, seja como exem-plo ou como potência capaz de convencer as

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demais nações a cumprirem o que foi acorda-do. A saída de Washington, assim, pode redu-zir drasticamente a eficácia do acordo.

REDAÇÃO. Trump anuncia retirada dos EUA do Acordo de Paris. Disponível em: <https://www.cartacapital.com.br/internacional/trump-anuncia-a-retirada-dos-eua-do-acordo-de-paris>. Acesso em: 19 jul. 2017.

A ação do governo norte-americano beneficia direta-mente as fontes de energia baseadas principalmente na utilização do(a)

( A ) força dos ventos.

( B ) radiação solar.

( C ) gás natural.

( D ) biomassa.

( E ) carvão mineral.

Questão 75

Na Europa, o acidente no Japão teve di-ferentes repercussões em termos de decisão nacional. O Governo Federal alemão anunciou a sua decisão de abandonar gradualmente a energia nuclear até 2022, não só como reação aos acontecimentos ocorridos em Fukushima, mas também na sequência da mudança de po-lítica energética do país – a “Energiewende” ou transição energética. Em contraste, na França, o segundo maior país produtor de energia nu-clear, o governo reafirmou o seu apoio à ener-gia nuclear, ao declarar o seu compromisso em conduzir os testes de stresse da Comissão Eu-ropeia e em apoiar as fontes de energia reno-vável. Na Espanha, depois de um período de incerteza, o governo aprovou a extensão de li-cenças a diversas centrais nucleares, incluindo as mais antigas, enquanto no Reino Unido, na Finlândia, na Suécia e na Hungria, os planos de manutenção ou mesmo expansão da produ-ção de energia nuclear permaneceram inabala-dos pelos eventos no Japão.

SCHMIDT, Luisa; HORTA, Ana; PEREIRA, Sérgio. O desastre nuclear de Fukushima e os seus impactos no enquadramento midiático das

tecnologias de fissão e fusão nuclear. Ambiente & Sociedade, São Paulo, v. XVII, n. 4, p. 234, out./dez. 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/asoc/v17n4/a17v17n4.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2016.

Além do fator econômico, outro motivo que explica o fato de muitos países europeus permanecerem com in-vestimentos em energia nuclear, mesmo após o aciden-te ocorrido no Japão, pode ser

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( A ) climático, visto que a maioria dos países europeus situa-se em região temperada, apresentando baixo risco para acidentes nucleares provocados pela ele-vação da temperatura.

( B ) ambiental, visto que as usinas situadas na Europa seguem todas as regras de segurança, diferente-mente das usinas situadas no Japão, o que garante à população europeia a segurança necessária.

( C ) geológico, visto que diversos países europeus fi-cam afastados das placas tectônicas, apresentando baixo risco de acidentes nucleares provocados por terremotos.

( D ) demográfico, devido à grande concentração popu-lacional em determinadas regiões da Europa, invia-bilizando a utilização de outra fonte de energia.

( E ) militar, visto que, por questões de segurança, diversos países europeus buscam desenvolver armamentos nucleares, o que lhes garante autonomia diante das disputas de poder entre Rússia e Estados Unidos.

Questão 76

A palavra burocracia nasceu na língua francesa, no século 18, criada por Jacques-Claude-Marie Vincent de Gournay, e significa o poder do "bureau", das mesas de trabalho dos agentes do Estado. No século 19, com Max Weber, a burocracia ganhou um estatuto sociológico próprio, ao representar as normas e a racionalidade decorrente delas, que vinculam as pessoas submetidas à autoridade de que elas emanam. Ou ainda representando a própria estrutura estatal que dá sustentação e legitimidade ao exercício do poder da autoridade.

MARQUES, Mauro Campbell. Desburocratização e cidadania. Disponível em: <http://m.folha.uol.com.br/opiniao/2015/10/1692562-

desburocratizacao-e-cidadania.shtml?mobile>. Acesso em: 28 nov. 2016.

O conceito weberiano de burocracia significa

( A ) o estabelecimento de práticas que dificultam o acesso aos serviços estatais.

( B ) a rigidez e eficiência nos processos de concessão de benefícios sociais.

( C ) uma forma de autoridade tradicionalmente reco-nhecida como legítima.

( D ) a racionalização dos processos, eficiência e impes-soalidade do exercício do poder estatal.

( E ) a universalidade das leis e legitimação do uso priva-do do Estado.

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Questão 77

O estudo do poder é de extrema importân-cia para a sociologia. O poder é a capacidade que indivíduos ou grupos possuem para fazer valer os seus próprios interesses, mesmo quan-do outros se opõem. Por vezes, isso requer o uso direto da força, como aconteceu quando as autoridades indonésias reprimiram violen-tamente o movimento democrático em Timor Leste. O poder é um elemento que se encontra em todas as relações sociais, tal como entre a entidade patronal e os trabalhadores. [...] foca um aspecto mais específico do poder: o po-der governamental. Nesta forma, ele é quase sempre acompanhado por ideologias, que são usadas para justificar as ações dos que detêm o poder. Por exemplo, o uso da força por par-te do governo Indonésio contra o movimento pró-democracia em Timor Leste foi justificado como decorrendo da defesa da integridade ter-ritorial indonésia contra um movimento regio-nal a favor da independência.

GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005. p. 342.

Refletindo acerca do conceito de poder, pode-se afirmar que Max Weber

( A ) cria e utiliza-se do conceito de micropoderes para demonstrar que o poder se estende por todas as relações sociais.

( B ) afirma que o poder é a forma pela qual se origina a solidariedade orgânica que caracteriza as socieda-des complexas.

( C ) admite que o poder é amorfo, visto que todas as pessoas podem, em algum momento, reunir condi-ções para exercê-lo.

( D ) declara que somente as sociedades complexas co-nhecem a utilização do poder em sua organização.

( E ) utiliza-se do conceito de poder para afirmar que este pode ser pensado como o “motor da história”.

Questão 78

A probabilidade de encontrar obediência dentro de um grupo a um certo mandato tor-na os conceitos de dominação e de autoridade de interesse para a Sociologia já que possibi-litam a explicação da regularidade do conteú-do de ações e das relações sociais. Enquanto a disciplina deve-se à obediência habitual, por

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39Ciências Humanas e suas Tecnologias

exemplo, por parte das massas ou da família, “sem resistência nem crítica”, a dominação é: “um estado de coisas pelo qual uma vontade manifesta (mandato) do dominador ou dos do-minadores influi sobre os atos de outros (do dominado ou dos dominados), de tal modo que, em um grau socialmente relevante, estes atos têm lugar como se os dominados tivessem adotado por si mesmos e como máxima de sua ação o conteúdo do mandato (obediência).

QUINTANEIRO, Tania et al. Um toque de clássicos: Marx, Durkheim e Weber. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2002. p. 129.

De acordo com o texto citado, em Weber

( A ) o conceito de poder é central em suas discussões acerca da política.

( B ) o conceito dominação só pode ser utilizado para a compreensão das relações que se desenvolvem em sociedades contemporâneas ocidentais.

( C ) o conceito de dominação delimita claramente que as esferas de atuação da economia e da política es-tão separadas e nunca interagem entre si.

( D ) o conceito de dominação aplica-se a casos em que o predomínio da vontade de um sobre o outro ocorre em uma relação de mando e obediência, e não de imposição da vontade, com base no instru-mento da coação.

( E ) os conceitos de poder e de dominação são apre-sentados, mas deixados de lado nas análises das relações sociais, visto que o autor os considera su-perados.

Questão 79

Para compreender uma ação através do método científico, o sociólogo trabalha então com uma elaboração limite, essencial para o estudo sociológico, que chama de tipos puros ou ideais, vazios de realidade ou estranhos ao mundo, ou seja: abstratos, conceituais. O Avarento, personagem dramático de Molière, pode ser visto como um tipo ideal ou puro. Sua principal característica pessoa é a avareza, e todas as suas ações estão orientadas para a possiblidade de guardar cada vez mais dinhei-ro. [...] Ainda assim, o personagem proporcio-na, enquanto tipo ideal, um conjunto articula-do de princípios racionais para explicação da personalidade e ações dos avarentos. E é este o sentido do uso de tipos ideias.

QUINTANEIRO, Tania et al. Um toque de clássicos: Marx, Durkheim e Weber. Belo Horizonte: UFMG, 2002.

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Na busca da compreensão das relações sociais, Weber adota a criação de “tipos ideais”, que nada mais são que

( A ) modelos teóricos, de base matemática, que objeti-vam precisar as probabilidades das ações dos indi-víduos quando expostos a determinadas situações.

( B ) ferramentas metodológicas que, pautadas na aná-lise das repetições, conseguem formular modelos precisos acerca das ações dos indivíduos na socie-dade.

( C ) passos metodológicos a serem seguidos na análise das sociedades contemporâneas ocidentais, entre-tanto ineficientes quando se cogitam sociedades fora desses parâmetros.

( D ) ferramentas metodológicas que apreendem os tra-ços mais importantes de cada fenômeno concreto, criando um modelo que possibilita compará-lo com a realidade que se quer compreender.

( E ) modelos estatísticos que objetivam quantificar, de forma exata, as possíveis atuações dos indivíduos quando expostos a situações em que há necessida-de de tomada de decisões.

Questão 80

Max Weber considera que “a razão decisi-va dos avanços da organização burocrática foi, desde sempre, a sua superioridade puramente técnica em relação a qualquer outra forma de organização”, devido à “precisão, rapidez, au-sência de ambiguidade, manejo de documen-tos, continuidade, discrição, unidade, subordi-nação estrita, redução de conflitos, [...]” de que dá prova. A eliminação no seu seio das relações pessoais, o carácter calculável e previsível dos resultados das suas actividades, tornaram-na um instrumento racional ao serviço do estado e das empresas e um organismo social perfei-tamente identificado com um movimento de racionalização crescente na moderna sociedade capitalista. Não obstante estas considerações, Weber não esconde certa apreensão que lhe provoca a burocracia e a racionalidade desse mundo moderno que se “dessacraliza”.

LOPES, Sérgio. Burocracia: prospecção de um conceito. Análise Social, v. 10, n. 37, p. 51-78, 1973.

Acerca da burocracia, Weber afirma que esse modelo de administração,

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( A ) embora tenha sido assumido pelas sociedades capitalistas contemporâneas, apresenta caracte-rísticas intrínsecas, como a desumanização e a eli-minação das relações pessoais, o que prejudica o desenvolvimento do capitalismo.

( B ) usado pelos grandes impérios anteriores ao desen-volvimento do capitalismo, mostrou sua ineficácia, visto que estes não resistiram à passagem do tempo.

( C ) uma vez que garantiu a longevidade dos impérios romano e germânico, caracteriza as instituições de sociedades tradicionais históricas.

( D ) por pautar-se em elementos como objetividade e efi-cácia, caracteriza principalmente as instituições vol-tadas à gestão das relações pessoais, como a família.

( E ) por basear-se na racionalização e na objetivação das relações em seu interior, identifica-se com o de-senvolvimento do capitalismo, possibilitando uma gestão mais técnica e eficaz.

Questão 81

A principal diferença entre presidencialis-mo e parlamentarismo está na separação de origem e de sobrevivência entre os poderes Executivo e Legislativo (STEPAN, 1990). No parlamentarismo, o governo somente existe en-quanto mantém apoio da maioria do Legislati-vo e o foco do poder está no gabinete. Quando nenhum partido alcança status majoritário o governo é formado com apoio de uma coali-zão multipartidária. Esse é o caso de grande parte das democracias europeias. No caso do presidencialismo, o foco está no presidente e este é eleito por voto direto e normalmente possui autonomia para decidir a composição do governo. Sua estabilidade tem por base o mandato e não depende de apoio legislativo. O caso mais influente de presidencialismo é o sis-tema americano. O sistema político brasileiro é atualmente definido como um presidencialismo de coalizão (ABRANCHES, 1988). Esse siste-ma tem por base um presidente eleito direta-mente e com mandato próprio, mas que para governar conta com o apoio de uma coalizão multipartidária.

BATISTA, Mariana. O Poder no Executivo: explicações no presidencialismo, parlamentarismo e presidencialismo de coalizão.

Revista de Sociologia e Política, v. 24, n. 57, p. 127-155, mar. 2016.

Com base no que afirma o texto, é possível concluir que,

( A ) no caso brasileiro, há o presidencialismo de coali-zão, em que o presidente, embora eleito diretamen-te, atua com o apoio de uma aliança multipartidária no Poder Legislativo.

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( B ) em geral, os Estados de exceção são mantidos com a adoção do parlamentarismo, pois se pautam no apoio da maioria do Poder Legislativo.

( C ) no caso brasileiro, o parlamentarismo é a forma assumida pela gestão do Estado, uma vez que o presidente atua com o apoio da maioria do Poder Legislativo.

( D ) como se pautam, primordialmente, no apoio da maioria do Poder Legislativo, todos os governos de-mocráticos são parlamentaristas.

( E ) visto que o Estado brasileiro é presidencialista, não há participação direta do Poder Legislativo na ges-tão da política nacional.

Questão 82

Não existe uma única, nem melhor, defi-nição sobre o que seja política pública. Mead (1995) a define como um campo dentro do es-tudo da política que analisa o governo à luz de grandes questões públicas e Lynn (1980), como um conjunto de ações do governo que irão pro-duzir efeitos específicos. Peters (1986) segue o mesmo veio: política pública é a soma das ati-vidades dos governos, que agem diretamente ou através de delegação, e que influenciam a vida dos cidadãos. Dye (1984) sintetiza a de-finição de política pública como “o que o go-verno escolhe fazer ou não fazer”. A definição mais conhecida continua sendo a de Laswell, ou seja, decisões e análises sobre política públi-ca implicam responder às seguintes questões: quem ganha o quê, por que e que diferença faz.

SOUZA, Celina. Políticas Públicas: uma revisão da literatura. Sociologias, Porto Alegre, ano 8, n. 16, jul./dez. 2006. p. 20-45.

No que se refere às políticas públicas no cenário nacio-nal, é fácil constatar que,

( A ) embora existam, são em pequeno número, visto que a situação social no Brasil necessita de peque-nas e esporádicas intervenções do Estado.

( B ) embora existam, ainda há muito o que fazer, uma vez que a situação social no Brasil apresenta proble-mas a serem resolvidos pelo Estado.

( C ) diante do fato de os recursos disponíveis serem ili-mitados, caracterizam-se por sua amplitude.

( D ) na atualidade, podem ser pensadas como históri-cas, pois os direitos sociais encontram-se ampla-mente atendidos.

( E ) fartamente adotadas no período anterior, foram ex-tintas pela Constituição de 1988, por terem atingido os ideais democráticos em sua essência.

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3a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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41Ciências Humanas e suas Tecnologias

Questão 83

O clientelismo na sua versão mais estatal e partidária é produto do desajuste entre a es-trutura social e o sistema político. A desor-ganização da sociedade dos "notáveis" não é acompanhada pelo fortalecimento das insti-tuições impessoais e universais características de um sistema político desenvolvido. Embora algumas dessas instituições possam existir, a diferença fundamental é que elas são frágeis e não conseguem agregar e representar interesses e identidades coletivas. A presença desmesu-rada de demandas particularistas expressaria essa incapacidade das instituições políticas.

AVELINO FILHO, George. Clientelismo e política no Brasil revisitando velhos problemas. Novos Estudos, n. 38, mar. 1994. p. 225-240.

Sobre o clientelismo na realidade brasileira, pode-se afir-mar que,

( A ) atualmente, a Administração Pública tem como característica predominante a gestão burocrática pautada na meritocracia.

( B ) historicamente, a gestão pública jamais se pautou no clientelismo, o que facilita a ausência dessa prá-tica na atualidade.

( C ) embora historicamente o Brasil tenha convivido com o clientelismo, ele já foi superado pelas ges-tões austeras das últimas décadas.

( D ) na contemporaneidade, a burocracia é de dois ti-pos: a regular, admitida por concurso; e a composta pelos cargos chamados de “livre nomeação”, no ge-ral ocupados por pessoas indicadas pelos represen-tantes eleitos.

( E ) na gestão pública brasileira, atuam apenas indivíduos aprovados em concursos públicos, atestando assim sua qualificação para executar as atividades do cargo.

Questão 84

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MAGRITTE, Rene. A condição humana I. 1933. 1 óleo sobre tela, color., 99 cm × 78 cm. Coleção C. Spaak, Paris, França.

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O quadro de Magritte, sob o ponto de vista kantiano, pode ser comparado ao acesso ou à relação que os se-res humanos têm com a realidade. Com base na filosofia de Kant, o que significaria o suposto quadro pintado que está dentro da própria obra?

( A ) Está pintado tal qual a paisagem da janela, e isso representa a teoria kantiana de que é possível ter acesso à realidade como ela é em si mesma.

( B ) Nada mais é do que uma representação da reali-dade, tal como os fenômenos são a realidade em si mesma.

( C ) O quadro e a paisagem são a mesma coisa, portan-to, fenômeno e coisas em si mesmas são iguais.

( D ) Representa algo muito diferente do que é a paisa-gem, então, não é possível representar de nenhu-ma forma a realidade em si mesma.

( E ) Representa de forma parecida a paisagem da jane-la, mas eles nunca serão a mesma coisa, o que sig-nifica que o quadro indica o acesso limitado a que o ser humano tem da realidade em si mesma.

Questão 85

7 GRANDES PERGUNTAS FILOSÓFICAS QUE CONTINUAM SEM RESPOSTAS

[...]

1. Por que não há algo ao invés de nada?

Como o universo surgiu é um dos maiores mistérios da humanidade. Por que algo exis-te quando parece perfeitamente possível que nada fosse a norma? Que impulso secreto do universo físico foi decisivo para que o nada se convertesse em algo?

2. Nosso Universo é real?

Será que o universo é mesmo real? Ou será tudo uma grande realidade inventada como acontece em Matrix. Alguns cientistas já en-contraram evidências que vivemos em uma realidade virtual, mas a certeza disso parece algo bastante distante.

7 GRANDES perguntas filosóficas que continuam sem respostas. Disponível em: <https://www.fatosdesconhecidos.com.br/7-grandes-perguntas-filosoficas-que-continuam-sem-respostas>. Acesso em: 27 jan. 2018.

Os questionamentos apresentados no texto pertencem a uma área específica da Filosofia. Qual é essa área?

( A ) Política.

( B ) Estética.

( C ) Metafísica.

( D ) Ética.

( E ) Filosofia da ciência.

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Questão 86

O fragmento talvez mais famoso [...] é o do rio (fr 91): "Não podemos banhar-nos duas vezes no mesmo rio, porque o rio não é mais o mesmo." A tradição posterior teria acrescentado, "e nós tam-bém não somos mais os mesmos." Este fragmento sintetiza exatamente a ideia da realidade em fluxo, simbolizada pelo rio que representa o movimento encontrado em todas as coisas, inclusive, no caso do acréscimo, em nós.

MARCONDES, D. Iniciação à história da filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 1997. p. 35-36.

O texto diz respeito a um representante da metafísica e sua teoria. São eles:

( A ) Parmênides e a teoria de que "o ser é, o não ser não é".

( B ) Aristóteles e a teoria das quatro causas.

( C ) Heráclito e a teoria dos quatro elementos.

( D ) Platão e a teoria do mundo das ideias.

( E ) Heráclito e a teoria do mobilismo.

Questão 87

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Figura I Figura II Figura III Figura IV

De acordo com a teoria das quatro causas de Aristóteles, as quatro figuras referem-se, respectivamente, às causas

( A ) material, formal, eficiente e final.

( B ) material, eficiente, formal e final.

( C ) eficiente, formal, material e final.

( D ) formal, eficiente, material e final.

( E ) material, final, formal e eficiente.

Questão 88

Levando em consideração as categorias atistotélicas, a afirmação “mo-rou na Grécia, está em pé, carrega alguns pergaminhos e praticava a filosofia” são exemplos, respectivamente, de categorias de

( A ) lugar, posição, posse e ação.

( B ) posição, lugar, ação e qualidade.

( C ) qualidade, posição, posse e ação.

( D ) lugar, qualidade, posse e relação.

( E ) relação, lugar, posse e qualidade.

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3a. série | Regular – 1a. aplicação – Caderno A

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43Ciências Humanas e suas Tecnologias

Questão 89

[...] é aquele que acredita em valores que não se confirmam na realidade, é quem deixa de viver o agora em favor de uma suposta vida futura (num paraíso cristão ou numa sociedade ideal [...]).

SIQUEIRA, Vinícius. [...] decadência como um processo. Disponível em: <http://colunastortas.com.br/2014/09/24/.../>. Acesso em: 27 jan. 2018.

Uma pessoa que acredita nos valores apresentados no texto pode ser considerada, segundo Nietszche,

( A ) romântica, por não aceitar o lado trágico da vida.

( B ) o além do homem, aquele que aceita e ama o des-tino.

( C ) alguém que vive o amor fati.

( D ) niilista, aquele que tenta fugir da dor da tragicidade da existência.

( E ) cético, aquele que duvida do lado trágico da exis-tência.

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Questão 90

Resta-nos assim um único caminho: o ser é. [...] não sendo gerado, é também imperecível; possui, com efeito, uma estrutura inteira, ina-balável [...] é, no instante presente, todo intei-ro, uno, contínuo. Que geração se lhe poderia encontrar? Como, de onde cresceria? Não te permitirei dizer nem pensar o seu crescer do não-ser. Pois não é possível dizer nem pensar que o não ser é. Se viesse do nada, qual neces-sidade teria provocado o seu surgimento mais cedo ou mais tarde? Assim, pois, é necessário ser absolutamente ou não-ser. E jamais a força de convicção concederá que do não-ser possa surgir outra coisa. [...]

BORHEIN, Gerd A. (Org.). Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Cultrix, 1998. p. 55-56.

O texto apresentado refere-se à seguinte teoria:

( A ) do conceito de devir, de Heráclito de Éfeso.

( B ) mobilista da realidade, de Parmênides.

( C ) monista da realidade, de Parmênides.

( D ) embasada no ponto de vista aristotélico acerca da arché.

( E ) de realidade imutável, de Heráclito.

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