1 curso de direito tributÁrio antonio claudio silva de vasconcellos

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1 CURSO DE DIREITO CURSO DE DIREITO TRIBUTÁRIO TRIBUTÁRIO Antonio Claudio Silva de Antonio Claudio Silva de Vasconcellos Vasconcellos

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Page 1: 1 CURSO DE DIREITO TRIBUTÁRIO Antonio Claudio Silva de Vasconcellos

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CURSO DE DIREITO CURSO DE DIREITO TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIOAntonio Claudio Silva de Antonio Claudio Silva de

VasconcellosVasconcellos

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IntroduçãoIntrodução

Direito TributárioDireito Tributário Ramo do Direito Público que estuda e Ramo do Direito Público que estuda e

normatiza as relações tributárias entre o normatiza as relações tributárias entre o Fisco e o contribuinte.Fisco e o contribuinte.

Ramo do Direito que se ocupa das relações Ramo do Direito que se ocupa das relações entre o fisco e as pessoas sujeitas a entre o fisco e as pessoas sujeitas a imposições tributárias de qualquer espécie, imposições tributárias de qualquer espécie, limitando o poder de tributar e protegendo o limitando o poder de tributar e protegendo o cidadão contra abusos desse poder.cidadão contra abusos desse poder.

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IntroduçãoIntrodução

Ramo jurídico pertencente ao direito Ramo jurídico pertencente ao direito público.público.

Características:Características: a) implica que o Estado é parte da a) implica que o Estado é parte da

relação jurídica;relação jurídica; b) traz em seu bojo a coatividade, ou b) traz em seu bojo a coatividade, ou

seja, a imperatividade das normas seja, a imperatividade das normas cogentes( inderrogáveis pela vontade cogentes( inderrogáveis pela vontade das partes);das partes);

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IntroduçãoIntrodução

c) o interesse tutelado há de ser o c) o interesse tutelado há de ser o interesse público. interesse público.

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IntroduçãoIntrodução

O Direito Tributário é um Direito O Direito Tributário é um Direito Obrigacional e comum, pois vincula o Obrigacional e comum, pois vincula o Estado ao contribuinte, em uma relação Estado ao contribuinte, em uma relação obrigacional, estabelecendo a partir da obrigacional, estabelecendo a partir da presença de partes (sujeito ativo e presença de partes (sujeito ativo e passivo), de prestação (objeto) e de passivo), de prestação (objeto) e de vínculo jurídico (causa), como vínculo jurídico (causa), como elementos estruturais da obrigação. elementos estruturais da obrigação.

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IntroduçãoIntrodução

É um direito comum, pois fixa regras É um direito comum, pois fixa regras de caráter geral, visando atingir uma de caráter geral, visando atingir uma generalidade de pessoas e situações.generalidade de pessoas e situações.

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IntroduçãoIntrodução

Autonomia do Direito TributárioAutonomia do Direito Tributário

- Art. 24, I da CF;- Art. 24, I da CF;

- Princípios Próprios;- Princípios Próprios;

Relativização da AutonomiaRelativização da Autonomia

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Legislação TributáriaLegislação Tributária

A expressão "legislação tributária" A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os convenções internacionais, os decretos e as normas complementares decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.eles pertinentes.

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Legislação TributáriaLegislação Tributária

Nos termos da CF, art. 59, são espécies Nos termos da CF, art. 59, são espécies normativas e portanto, compreendidas normativas e portanto, compreendidas no conceito maior de lei: Emenda no conceito maior de lei: Emenda Constitucional, Lei Complementar, Lei Constitucional, Lei Complementar, Lei Ordinária, Lei Delegada, Medida Ordinária, Lei Delegada, Medida Provisória, Decreto Legislativo e Provisória, Decreto Legislativo e Resoluções. Resoluções.

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SISTEMA TRIBUTÁRIO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONALNACIONAL

Sistema nos transmite a idéia de unidade, Sistema nos transmite a idéia de unidade, de um todo interligado. Tributário ligado a de um todo interligado. Tributário ligado a tributos e nacional relacionado a todo o tributos e nacional relacionado a todo o Estado.Estado.

Sistema Constitucional Tributário Sistema Constitucional Tributário compreende um conjunto de disposições compreende um conjunto de disposições relacionadas na constituição de um relacionadas na constituição de um Estado, destinadas a regulamentar a Estado, destinadas a regulamentar a atividade tributária. atividade tributária.

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SISTEMA TRIBUTÁRIO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONALNACIONAL

Na Constituição de 1988 as matérias sistema tributário e Na Constituição de 1988 as matérias sistema tributário e finanças públicas dividem um título completo da Constituição finanças públicas dividem um título completo da Constituição Federal, mais precisamente o título VI. Entre os artigos 145 a Federal, mais precisamente o título VI. Entre os artigos 145 a 162 encontram-se disposições sobre o sistema tributário 162 encontram-se disposições sobre o sistema tributário nacional, sendo os demais (artigos 163 a 169) reservados às nacional, sendo os demais (artigos 163 a 169) reservados às finanças.finanças.

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Constituição TributáriaConstituição Tributária

Art. 145 a 162 da CF.Art. 145 a 162 da CF. Funções:Funções: a) outorgar competência aos entes a) outorgar competência aos entes

federados; federados; b) estabelecer as limitações ao poder de b) estabelecer as limitações ao poder de

tributar;tributar; c) enumerar as espécies tributárias;c) enumerar as espécies tributárias; d)campo de aplicação da lei complementar d)campo de aplicação da lei complementar

em matéria tributária;em matéria tributária; e) repartição das receitas tributárias.e) repartição das receitas tributárias.

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SISTEMA TRIBUTÁRIO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONALNACIONAL

Em 1966, com a lei 5.172/66 o Brasil Em 1966, com a lei 5.172/66 o Brasil sistematiza seu sistema tributário, com o sistematiza seu sistema tributário, com o surgimento do Código Tributário Nacional, surgimento do Código Tributário Nacional, que ainda permanece em vigor, regulando que ainda permanece em vigor, regulando conjuntamente com a Constituição atual a conjuntamente com a Constituição atual a matéria tributária no Brasil.matéria tributária no Brasil.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

As limitações ao poder de tributar devem ser observadas sob As limitações ao poder de tributar devem ser observadas sob dois aspectos: os princípios e às imunidades. Os princípios dois aspectos: os princípios e às imunidades. Os princípios regulam, norteiam a competência dos entes políticos, regulam, norteiam a competência dos entes políticos, enquanto as imunidades trazem regras que proíbem a enquanto as imunidades trazem regras que proíbem a tributação sobre certos bens, pessoas ou fatos com o objetivo tributação sobre certos bens, pessoas ou fatos com o objetivo de proteger determinados conteúdos axiológicos (valores) de proteger determinados conteúdos axiológicos (valores) contidos na Constituição.contidos na Constituição.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

Os Princípios Constitucionais Tributários são normas Os Princípios Constitucionais Tributários são normas constitucionais que limitam e regulam o exercício da constitucionais que limitam e regulam o exercício da competência. Dessa forma, no momento que o ente tributante competência. Dessa forma, no momento que o ente tributante legisla, instituindo o tributo, deve respeitar as regras legisla, instituindo o tributo, deve respeitar as regras emanadas dos princípios constitucionais. emanadas dos princípios constitucionais.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

Os elementos essenciais do tributo devem ser Os elementos essenciais do tributo devem ser regulados, ou seja, previstos em lei.regulados, ou seja, previstos em lei.

sujeito passivo;hipótese de incidência;

base de cálculo; ealíquota.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

Em relação à majoração de tributos, ou seja, quanto ao Em relação à majoração de tributos, ou seja, quanto ao aumento da carga tributária em razão da alteração da alíquota, aumento da carga tributária em razão da alteração da alíquota, a Constituição admite haver exceções:a Constituição admite haver exceções:

a) Impostos reguladores, conceituados como impostos que a) Impostos reguladores, conceituados como impostos que têm caráter extrafiscal, possuindo função regulatória a exemplo: têm caráter extrafiscal, possuindo função regulatória a exemplo: do Imposto de Importação (II), do Imposto de Exportação (IE), do Imposto de Importação (II), do Imposto de Exportação (IE), do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) podem ser majorados por sobre Operações Financeiras (IOF) podem ser majorados por meio de ato do poder executivo através de decreto (art. 153, meio de ato do poder executivo através de decreto (art. 153, §1º, CF);§1º, CF);

Obs.Quase todos os impostos possuem um pouco de fiscalidade Obs.Quase todos os impostos possuem um pouco de fiscalidade (intuito de arrecadar) e de extrafiscalidade (intuito de regular). (intuito de arrecadar) e de extrafiscalidade (intuito de regular). Porem, os impostos chamados extrafiscais têm essa Porem, os impostos chamados extrafiscais têm essa característica de forma marcante.característica de forma marcante.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

b) Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico, b) Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico, desde que incidente sobre a importação ou comercialização desde que incidente sobre a importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, álcool combustível e seus derivados( CIDE- petróleo – álcool combustível e seus derivados( CIDE- petróleo – art.177, §4º , I, ”b” , da CF) e o ICMS sobre operações com art.177, §4º , I, ”b” , da CF) e o ICMS sobre operações com combustíveis e lubrificantes, previstos no art. 155, §4º, I ”b” , combustíveis e lubrificantes, previstos no art. 155, §4º, I ”b” , CF. CF.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

Princípio da AnterioridadePrincípio da Anterioridade (Art. 150, III “b” e “c”, da CF)(Art. 150, III “b” e “c”, da CF) - - proíbe a União, os estados e os municípios de cobrar tributos proíbe a União, os estados e os municípios de cobrar tributos no mesmo exercício de sua instituição, ou seja, os tributos só no mesmo exercício de sua instituição, ou seja, os tributos só podem ser cobrados no ano seguinte de sua aprovação em podem ser cobrados no ano seguinte de sua aprovação em lei. As exceções para esse princípio são o Imposto de lei. As exceções para esse princípio são o Imposto de Importação, o Imposto de Exportação, o IPI, o IOF e os Importação, o Imposto de Exportação, o IPI, o IOF e os impostos extraordinários (em caso de guerra). A anterioridade impostos extraordinários (em caso de guerra). A anterioridade não deve ser confundida com o principio da anualidade, não deve ser confundida com o principio da anualidade, segundo o qual, para que um tributo seja criado ou majorado, segundo o qual, para que um tributo seja criado ou majorado, é necessário prévia autorização orçamentária de anual. é necessário prévia autorização orçamentária de anual. Ressaltamos que a Constituição Federal não recepcionou Ressaltamos que a Constituição Federal não recepcionou esse principio. esse principio.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

a. Regra do exercício financeiro – art. 150, III, ‘’b”, da CFa. Regra do exercício financeiro – art. 150, III, ‘’b”, da CF

- Regra existente desde o poder constituinte originário;- Regra existente desde o poder constituinte originário;

- A lei tributária que institua tributo, revogue benefício ou - A lei tributária que institua tributo, revogue benefício ou majore tributação deve respeitar o decurso do prazo do majore tributação deve respeitar o decurso do prazo do exercício financeiro ou seja, a lei tributária deverá gerar seus exercício financeiro ou seja, a lei tributária deverá gerar seus efeitos apenas a partir do exercício financeiro.efeitos apenas a partir do exercício financeiro.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

b. Regra dos 90 dias – art. 150, II, ‘’c”, da CFb. Regra dos 90 dias – art. 150, II, ‘’c”, da CF

Trazida pela EC nº 42/03, incluindo o artigo 150, III, c, da Trazida pela EC nº 42/03, incluindo o artigo 150, III, c, da CF, que dispõe ser vedada a cobrança de tributos antes de CF, que dispõe ser vedada a cobrança de tributos antes de decorridos 90 (noventa) dias da data de publicação da lei que decorridos 90 (noventa) dias da data de publicação da lei que os instituiu ou aumentou, observado o princípio da os instituiu ou aumentou, observado o princípio da anterioridade, com exceção do I.I., I.E., IR, IOF, os anterioridade, com exceção do I.I., I.E., IR, IOF, os empréstimos compulsórios e os impostos extraordinários, empréstimos compulsórios e os impostos extraordinários, além da base de cálculo do IPVA e do IPTU.além da base de cálculo do IPVA e do IPTU.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar Assim, tratando-se dos demais tributos (ITR, ICMS, ITCMD, Assim, tratando-se dos demais tributos (ITR, ICMS, ITCMD,

ISS, ITBI), a noventena também deverá obedecer ao princípio ISS, ITBI), a noventena também deverá obedecer ao princípio da anterioridade, ou seja, sendo 2 (dois) os requisitos para a da anterioridade, ou seja, sendo 2 (dois) os requisitos para a majoração desses tributos, na prática, acabará prevalecendo majoração desses tributos, na prática, acabará prevalecendo o "maior". o "maior".

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar Exemplo: Exemplo:

Em 01/04/04 o Estado do Rio de Janeiro publica uma lei Em 01/04/04 o Estado do Rio de Janeiro publica uma lei majorando o ICMS. Pelo princípio da noventena, passaria a majorando o ICMS. Pelo princípio da noventena, passaria a vigorar a partir de 01/07/04. Todavia, em razão da vigorar a partir de 01/07/04. Todavia, em razão da necessidade de também obedecer ao princípio da necessidade de também obedecer ao princípio da anterioridade, somente entrará em vigor em 01/01/05. Outro anterioridade, somente entrará em vigor em 01/01/05. Outro exemplo, o município de São Paulo majora a alíquota de ISS, exemplo, o município de São Paulo majora a alíquota de ISS, por meio de lei publicada em 01/11/04. Pelo princípio da por meio de lei publicada em 01/11/04. Pelo princípio da anterioridade, a nova alíquota de ISS passaria a vigorar em anterioridade, a nova alíquota de ISS passaria a vigorar em 01/01/05. Entretanto, pelo princípio da noventena, entrará em 01/01/05. Entretanto, pelo princípio da noventena, entrará em vigor apenas em 01/02/05, respeitando ambos os princípios vigor apenas em 01/02/05, respeitando ambos os princípios constitucionais tributários.constitucionais tributários.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

Com EC nº 42/03, o princípio da noventena Com EC nº 42/03, o princípio da noventena garante que as modificações no IPI (criação garante que as modificações no IPI (criação ou majoração), em especial as relativas às ou majoração), em especial as relativas às suas alíquotas, somente serão aplicadas após suas alíquotas, somente serão aplicadas após 90 (noventa) dias da publicação do respectivo 90 (noventa) dias da publicação do respectivo decreto.decreto.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

Resumindo, podemos afirmar que com a Resumindo, podemos afirmar que com a Reforma Tributária (EC nº 42/03), foi criada a Reforma Tributária (EC nº 42/03), foi criada a noventena para o IPI, mantida a anterioridade noventena para o IPI, mantida a anterioridade para o IR e instituída a noventena para os para o IR e instituída a noventena para os demais tributos (observadas as exceções demais tributos (observadas as exceções determinadas pelo texto constitucional), de determinadas pelo texto constitucional), de forma cumulativa com a já existente forma cumulativa com a já existente anterioridade tributária.anterioridade tributária.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar Princípio da Capacidade Tributária (Art.145,§1º da CF)Princípio da Capacidade Tributária (Art.145,§1º da CF) - os impostos, - os impostos,

sempre que possível, terão caráter pessoal e serão graduados conforme sempre que possível, terão caráter pessoal e serão graduados conforme a capacidade econômica do contribuinte. Para o STF atinge apenas os a capacidade econômica do contribuinte. Para o STF atinge apenas os impostos pessoais, enquanto para doutrina atinge os tributos.impostos pessoais, enquanto para doutrina atinge os tributos.

REAL - é o imposto que não leva em consideração as condições REAL - é o imposto que não leva em consideração as condições inerentes ao contribuinte, incidindo por igual face a qualquer pessoa, são inerentes ao contribuinte, incidindo por igual face a qualquer pessoa, são os denominados "Impostos sobre o Patrimônio", como os denominados "Impostos sobre o Patrimônio", como IPTU, , IPVA e e ITR..

PESSOAL -Pessoal é o imposto que estabelece diferenças tributárias em PESSOAL -Pessoal é o imposto que estabelece diferenças tributárias em função de condições inerentes ao contribuinte. Tributa-se de acordo com função de condições inerentes ao contribuinte. Tributa-se de acordo com sua capacidade econômica (IR das pessoas físicas e jurídicas).sua capacidade econômica (IR das pessoas físicas e jurídicas).

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

Principio da Liberdade de Tráfego (Art. 5º, Principio da Liberdade de Tráfego (Art. 5º,

XV da CF) - XV da CF) - busca proteger o direito busca proteger o direito constitucional à livre locomoção. Dessa forma, constitucional à livre locomoção. Dessa forma, os entes políticos não podem estabelecer os entes políticos não podem estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais ou meio de tributos interestaduais ou intermunicipais. A exceção a este principio diz intermunicipais. A exceção a este principio diz respeito a cobrança de pedágio, conforme respeito a cobrança de pedágio, conforme artigo 150, V da Constituição Federal. artigo 150, V da Constituição Federal.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar Principio da ProgressividadePrincipio da Progressividade – a progressividade – a progressividade

determina que quanto maior a base de calculo, maior determina que quanto maior a base de calculo, maior será a alíquota. Aplica-se ao IR ( art. 153, § 2º, I da será a alíquota. Aplica-se ao IR ( art. 153, § 2º, I da CF), ao IPTU (art.156, § 1º, I, CF) e ao ITR (ART. CF), ao IPTU (art.156, § 1º, I, CF) e ao ITR (ART. 153, § 4º, I, CF). Em geral quando tratamos de 153, § 4º, I, CF). Em geral quando tratamos de progressividade estamos nos referindo aquela progressividade estamos nos referindo aquela relacionada ao valor ou progressividade fiscal. No relacionada ao valor ou progressividade fiscal. No entanto, existe também a progressividade extrafiscal. entanto, existe também a progressividade extrafiscal. Técnica de tributação utilizada para tornar o tributo Técnica de tributação utilizada para tornar o tributo mais gravoso com o objetivo de induzir o mais gravoso com o objetivo de induzir o comportamento do contribuinte para realização de comportamento do contribuinte para realização de determinadas ações de interesse da sociedade determinadas ações de interesse da sociedade (IPTU – art. 182, § 4º, II, CF e ITR- art.153, § 4º, CF).(IPTU – art. 182, § 4º, II, CF e ITR- art.153, § 4º, CF).

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

Principio da Seletividade – Principio da Seletividade – tem o condãotem o condão de de selecionarselecionar os bens tributários, aplicando-lhe os bens tributários, aplicando-lhe alíquotas diferentes de acordo com seu grau alíquotas diferentes de acordo com seu grau de essencialidade. Assim, quanto mais de essencialidade. Assim, quanto mais essencial for um produto, menor será a essencial for um produto, menor será a alíquota aplicada aplicável. O principio é alíquota aplicada aplicável. O principio é aplicado ao IPI, obrigatoriamente ( art. 153, § aplicado ao IPI, obrigatoriamente ( art. 153, § 3º,I , CF, ao ICMS facultativamente (art. 155, § 3º,I , CF, ao ICMS facultativamente (art. 155, § 2º, III, CF), e ao IPVA, facultativamente ( art. 2º, III, CF), e ao IPVA, facultativamente ( art. 155, § 6º, II, CF)155, § 6º, II, CF)

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

Princípio da Não – Cumulatividade – Princípio da Não – Cumulatividade – Visa Visa

evitar o efeito cascata dos tributos, evitar o efeito cascata dos tributos, compensando-se o que for devido em cada compensando-se o que for devido em cada operação relativa a circulação de mercadorias operação relativa a circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante ou prestação de serviços com o montante cobrado nas operações anteriores pelo cobrado nas operações anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal ( art.155, § 2º, I, CF).Federal ( art.155, § 2º, I, CF).

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3131

Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

Imunidade é o dispositivo constitucional Imunidade é o dispositivo constitucional

que veda a tributação de uma pessoa, de que veda a tributação de uma pessoa, de um bem ou de uma atividade.um bem ou de uma atividade.

A doutrina clássica define imunidade como A doutrina clássica define imunidade como regra de não incidência constitucional regra de não incidência constitucional qualificada.qualificada.

A doutrina mais moderna( inclusive OAB) A doutrina mais moderna( inclusive OAB) tem entendido imunidade como uma norma tem entendido imunidade como uma norma de competência negativa.de competência negativa.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

Essa definição deve-se ao fato da CF Essa definição deve-se ao fato da CF

estabelecer o campo da tributação, estabelecer o campo da tributação, estabelecendo o que o ente pode tributar e estabelecendo o que o ente pode tributar e o que não pode ( regra de competência) . o que não pode ( regra de competência) .

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

IMUNIDADE X ISENÇÃOIMUNIDADE X ISENÇÃO Imunidade é uma regra de exclusão da Imunidade é uma regra de exclusão da

competência. competência. Já a isenção é uma norma de não Já a isenção é uma norma de não

incidência legalmente qualificada, ou seja, incidência legalmente qualificada, ou seja, o afastamento da tributação por meio de lei o afastamento da tributação por meio de lei do ente competente. do ente competente.

Page 34: 1 CURSO DE DIREITO TRIBUTÁRIO Antonio Claudio Silva de Vasconcellos

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

As imunidades podem ser divididas em: As imunidades podem ser divididas em:

a) Genéricas – aquelas previstas na CF para a) Genéricas – aquelas previstas na CF para atingir inúmeros tributos ao mesmo tempo; atingir inúmeros tributos ao mesmo tempo;

b) Específicas – aquelas previstas na CF b) Específicas – aquelas previstas na CF apenas para determinado tributo, de apenas para determinado tributo, de maneira pontual e específica.maneira pontual e específica.

Page 35: 1 CURSO DE DIREITO TRIBUTÁRIO Antonio Claudio Silva de Vasconcellos

3535

Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

Imunidades genéricas – art.150, VI da CF, Imunidades genéricas – art.150, VI da CF,

enumera diferentes casos de imunidade.enumera diferentes casos de imunidade.

a)a) Imunidade genérica recíproca (art.150, VI, Imunidade genérica recíproca (art.150, VI, “a” da CF - é vedado a União, Estados, “a” da CF - é vedado a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, instituir Distrito Federal e Municípios, instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros.serviços, uns dos outros.

Obs. Toda imunidade, representa, de Obs. Toda imunidade, representa, de certa forma, um princípio constitucional. certa forma, um princípio constitucional.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

Na imunidade recíproca, o principio Na imunidade recíproca, o principio

presente é o da autonomia dos entes presente é o da autonomia dos entes tributantes. tributantes.

Refere-se apenas a impostos.Refere-se apenas a impostos.

Page 37: 1 CURSO DE DIREITO TRIBUTÁRIO Antonio Claudio Silva de Vasconcellos

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar Esse diploma atinge as autarquias e fundações Esse diploma atinge as autarquias e fundações

públicas (art. 150, §2º, da CF). Atinge apenas o públicas (art. 150, §2º, da CF). Atinge apenas o patrimônio,à renda e os serviços vinculados a patrimônio,à renda e os serviços vinculados a suas atividades essenciais ou às delas suas atividades essenciais ou às delas decorrentes. decorrentes.

A imunidade não se aplica às situações em que A imunidade não se aplica às situações em que o Estado atua em atividade de natureza privada, o Estado atua em atividade de natureza privada, portanto em situação concorrencial com o setor portanto em situação concorrencial com o setor privado ou mediante cobrança de taxas e privado ou mediante cobrança de taxas e tarifas em caráter de contraprestação do sujeito tarifas em caráter de contraprestação do sujeito passivo (art. 150, § 3º, da CF).passivo (art. 150, § 3º, da CF).

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar Não se aplica às empresas públicas e às Não se aplica às empresas públicas e às

sociedades de economia mista, pois são essas sociedades de economia mista, pois são essas as formas adotadas pelo Estado para atuar na as formas adotadas pelo Estado para atuar na economia, sendo aplicado o regime jurídico de economia, sendo aplicado o regime jurídico de direito privado. (ver art. 173, §2º, da CF).direito privado. (ver art. 173, §2º, da CF).

ObsObs. O STF já decidiu que a imunidade . O STF já decidiu que a imunidade recíproca pode ser estendida às empresas recíproca pode ser estendida às empresas públicas e às sociedades de economia mista públicas e às sociedades de economia mista que explorem serviços em caráter de que explorem serviços em caráter de exclusividade (monopólio). Assim, estará exclusividade (monopólio). Assim, estará excluída, apenas a atividade econômica excluída, apenas a atividade econômica privada, de maneira concorrencial. privada, de maneira concorrencial.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

b) Imunidades genérica de templos (art.150, VI, “b” b) Imunidades genérica de templos (art.150, VI, “b” da CF) da CF)

Por detrás de toda imunidade, existe algum Por detrás de toda imunidade, existe algum princípio constitucional específico. Nesse caso, princípio constitucional específico. Nesse caso, temos o princípio da liberdade de culto temos o princípio da liberdade de culto religioso, a liberdade de crença. A idéia do religioso, a liberdade de crença. A idéia do legislador foi incentivar e permitir a livre legislador foi incentivar e permitir a livre manifestação religiosa. Assim, nada melhor do manifestação religiosa. Assim, nada melhor do que tornar essa atividade acessível e pouco que tornar essa atividade acessível e pouco custosa. custosa.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

A imunidade dos templos sofre, contudo, uma A imunidade dos templos sofre, contudo, uma limitação importante. Nos termos do art. 150, § limitação importante. Nos termos do art. 150, § 4°, da CF, o benefício tributário somente atinge 4°, da CF, o benefício tributário somente atinge as receitas, patrimônio e serviços relacionados as receitas, patrimônio e serviços relacionados à atividade essencial da instituição. Com isso, o à atividade essencial da instituição. Com isso, o texto constitucional parece excluir, do benefício texto constitucional parece excluir, do benefício da imunidade, os valores auferidos por da imunidade, os valores auferidos por intermédio de atividades desvinculadas com a intermédio de atividades desvinculadas com a finalidade do culto religioso. A doutrina finalidade do culto religioso. A doutrina costuma referir-se a elas como costuma referir-se a elas como atividades atividades acessórias.acessórias.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

Por exemplo, a receita decorrente do dízimo e Por exemplo, a receita decorrente do dízimo e do casamento como relacionadas à atividade do casamento como relacionadas à atividade essenciais da igreja. Com isso, suas receitas essenciais da igreja. Com isso, suas receitas são imunes e não sofrem os impactos da são imunes e não sofrem os impactos da tributação. Já nos recursos provenientes, por tributação. Já nos recursos provenientes, por exemplo, da exploração de uma pequena exemplo, da exploração de uma pequena cantina ou de um estacionamento com cantina ou de um estacionamento com manobrista, teremos receitas não vinculadas à manobrista, teremos receitas não vinculadas à atividade essencial da igreja. Com isso, tais atividade essencial da igreja. Com isso, tais receitas deverão ser oferecidas à tributação.receitas deverão ser oferecidas à tributação.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

O elemento diferenciador é a O elemento diferenciador é a origem do origem do recursorecurso: se a origem do recurso está : se a origem do recurso está vinculada, direta ou indiretamente, à vinculada, direta ou indiretamente, à atividade essencial, temos a imunidade; atividade essencial, temos a imunidade; se inexistente a vinculação, temos se inexistente a vinculação, temos tributação.tributação.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

O STF tem flexibilizado esse entendimento, pois O STF tem flexibilizado esse entendimento, pois em várias decisões do Supremo, tem dado em várias decisões do Supremo, tem dado relevância à destinação dos recursosrelevância à destinação dos recursos. Com . Com isso, passa-se a busca da existência ou não isso, passa-se a busca da existência ou não de de vinculação em sua aplicaçãovinculação em sua aplicação, , independentemente da origem da receita. independentemente da origem da receita. Assim, acaba-se por estender a imunidade a Assim, acaba-se por estender a imunidade a receitas não originadas com atividades receitas não originadas com atividades relacionadas à própria igreja, desde que sua relacionadas à própria igreja, desde que sua aplicação integral seja para a prática do culto aplicação integral seja para a prática do culto religioso e de seus elementos relacionados.religioso e de seus elementos relacionados.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar A Súmula n. 724 do STFA Súmula n. 724 do STF expressa essa expressa essa

tendência do tribunal. Essa súmula, a rigor, tendência do tribunal. Essa súmula, a rigor, não se refere a templos, mas às entidades não se refere a templos, mas às entidades referidas no art. 150, VI, c, da CF (partidos referidas no art. 150, VI, c, da CF (partidos políticos, entidades sindicais, educacionais e políticos, entidades sindicais, educacionais e de assistência social). Contudo, o enunciado de assistência social). Contudo, o enunciado constitucional acerca das atividades constitucional acerca das atividades acessórias (art. 150, § 4acessórias (art. 150, § 4ºº, da CF) aplica-se , da CF) aplica-se tanto para templos (art. 150, VI, tanto para templos (art. 150, VI, b), b), quanto quanto para os partidos políticos, entidades sindicais, para os partidos políticos, entidades sindicais, educacionais e de assistência social (art. 150, educacionais e de assistência social (art. 150, VI, VI, c). c). Assim, a conclusão utilizada para os Assim, a conclusão utilizada para os partidos políticos (e outros) vale para os partidos políticos (e outros) vale para os templos. templos.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar Perceba-se, portanto, que o enunciado da Perceba-se, portanto, que o enunciado da

citada Súmula nos autoriza a gerar a citada Súmula nos autoriza a gerar a interpretação da possibilidade de interpretação da possibilidade de extensão do extensão do benefício da imunidade às chamadas atividades benefício da imunidade às chamadas atividades acessórias, desde que respeitada a destinação acessórias, desde que respeitada a destinação vinculada à atividade essencial da instituição. vinculada à atividade essencial da instituição.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar c)c) Imunidade genérica de partidos políticos e suas Imunidade genérica de partidos políticos e suas

fundações, entidades sindicais de fundações, entidades sindicais de trabalhadores, instituições de assistência social trabalhadores, instituições de assistência social e de educaçãoe de educação – Art. art.150, VI, – Art. art.150, VI, c da CF.c da CF.

1.1. Partidos políticos e suas fundaçõesPartidos políticos e suas fundações - podemos - podemos identificar, para essa imunidade, o princípio da identificar, para essa imunidade, o princípio da liberdade de manifestação política, de filiação liberdade de manifestação política, de filiação partidária e de atividade política.partidária e de atividade política.

Para gozar do benefício da imunidade o partido Para gozar do benefício da imunidade o partido político deverá estar registrado no TSE. político deverá estar registrado no TSE. Havendo tal reconhecimento, a imunidade Havendo tal reconhecimento, a imunidade impõe-se, independentemente da corrente impõe-se, independentemente da corrente ideológica e abrangência do partido.ideológica e abrangência do partido.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

2. 2. Entidades sindicais de trabalhadoresEntidades sindicais de trabalhadores - busca garantir e - busca garantir e incentivar a atividade sindical no Brasil, estimulando a incentivar a atividade sindical no Brasil, estimulando a associação e organização da sociedade civil.associação e organização da sociedade civil.

Essa imunidade aplica-se apenas aos órgãos sindicais Essa imunidade aplica-se apenas aos órgãos sindicais representativo dos trabalhadores. Apesar de uma representativo dos trabalhadores. Apesar de uma aparente violação do princípio da isonomia, tal aparente violação do princípio da isonomia, tal diferenciação se justifica, na medida em que a premissa diferenciação se justifica, na medida em que a premissa do legislador constituinte se baseia na presumida maior do legislador constituinte se baseia na presumida maior capacidade contributiva do órgão patronal. capacidade contributiva do órgão patronal.

Em relação a capacidade contributiva, podemos dizer Em relação a capacidade contributiva, podemos dizer que o sindicato, como órgão representativo de classe, é que o sindicato, como órgão representativo de classe, é fundamental para a manutenção e defesa do emprego, fundamental para a manutenção e defesa do emprego, das condições de trabalho, das condições salariais, das condições de trabalho, das condições salariais, entre outros elementos. Todos esses itens, contudo, entre outros elementos. Todos esses itens, contudo, estão muito mais relacionados ao empregado, pólo estão muito mais relacionados ao empregado, pólo hipossuficiente da relação.hipossuficiente da relação.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

3. 3. Instituições de assistência social e de educaçãoInstituições de assistência social e de educação

As instituições de ensino e de assistência social As instituições de ensino e de assistência social exercem importante papel em nosso País. Sua exercem importante papel em nosso País. Sua atuação mostra-se fundamental para o atingimento atuação mostra-se fundamental para o atingimento dos dos objetivos de universalização do ensino e da objetivos de universalização do ensino e da disponibilização de condições básicas de disponibilização de condições básicas de sobrevivência para a populaçãosobrevivência para a população. Diante de tão . Diante de tão nobre atividade, tais instituições gozam do nobre atividade, tais instituições gozam do benefício da imunidade. São exemplos dessas benefício da imunidade. São exemplos dessas instituições, as universidades, colégios, cursos instituições, as universidades, colégios, cursos profissionalizantes, cursos de extensão, santas profissionalizantes, cursos de extensão, santas casas, creches, berçários, entre outros casas, creches, berçários, entre outros

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

As pessoas que desempenham tais atividades, As pessoas que desempenham tais atividades, relacionadas à educação relacionadas à educação e/ e/ ou à assistência, não ou à assistência, não sofrerão os impactos da tributação por meio de sofrerão os impactos da tributação por meio de impostos, por força da regra de imunidade. Essa impostos, por força da regra de imunidade. Essa imunidade, somente será aplicável para as imunidade, somente será aplicável para as instituições de educação e de assistência no caso instituições de educação e de assistência no caso de exploração da atividade sem fins lucrativos. Em de exploração da atividade sem fins lucrativos. Em caso de exploração da atividade visando a caso de exploração da atividade visando a obtenção de lucro, aplicar-se-á a regra de obtenção de lucro, aplicar-se-á a regra de tributação de maneira integral.tributação de maneira integral.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

A definição do conceito de atividade sem finalidade A definição do conceito de atividade sem finalidade lucrativa, nos termos da CF, deve ser realizada lucrativa, nos termos da CF, deve ser realizada pela legislação infraconstitucional. Essa legislação, pela legislação infraconstitucional. Essa legislação, por força da aplicação do art. por força da aplicação do art. 146, II, 146, II, da CF, da CF, somente lei federal da espécie complementar. As somente lei federal da espécie complementar. As regras de imunidades são, indiscutivelmente, regras de imunidades são, indiscutivelmente, limitações ao poder de tributar e, nos termos da limitações ao poder de tributar e, nos termos da CF, são reguladas por lei complementar (assim CF, são reguladas por lei complementar (assim como os conflitos de competência e as normas como os conflitos de competência e as normas gerais em direito tributário). Essa lei complementar gerais em direito tributário). Essa lei complementar é o CTN. é o CTN.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

O CTN, em seu art. 14, define o conceito de O CTN, em seu art. 14, define o conceito de atividade sem finalidade lucrativa. Para atividade sem finalidade lucrativa. Para tanto, são requisitos: ausência de tanto, são requisitos: ausência de distribuição do resultado positivo, distribuição do resultado positivo, manutenção de contabilidade e escrituração manutenção de contabilidade e escrituração mínima e ausência de envio de divisas ao mínima e ausência de envio de divisas ao exterior. exterior.

Respeitados esses requisitos, nos termos do Respeitados esses requisitos, nos termos do CTN, a atividade será considerada sem CTN, a atividade será considerada sem finalidade lucrativa, e a pessoa que a finalidade lucrativa, e a pessoa que a explora, imune. explora, imune.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

ObsObs. . Imunidade das atividades acessórias - Imunidade das atividades acessórias -

especificamente para as entidades relacionadas no especificamente para as entidades relacionadas no art. 150, VI, c, da CF, aplica-se, inteiramente, o art. 150, VI, c, da CF, aplica-se, inteiramente, o enunciado da Súmula n. 724 do STF. Essa enunciado da Súmula n. 724 do STF. Essa Súmula, como vimos, trata do benefício da Súmula, como vimos, trata do benefício da imunidade às atividades acessórias (origem do imunidade às atividades acessórias (origem do recurso não vinculada à atividade essencial). recurso não vinculada à atividade essencial).

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

d) d) Imunidade genérica de livros, jornais, Imunidade genérica de livros, jornais, periódico e o papel destinado à sua periódico e o papel destinado à sua impressão impressão ( art. 150, VI, ( art. 150, VI, dd , da CF ) , da CF )

Representa a proteção ao princípio Representa a proteção ao princípio constitucional do direito à cultura e à constitucional do direito à cultura e à educação. educação.

Essa imunidade destina-se a proporcionar o Essa imunidade destina-se a proporcionar o acesso mais barato à informação, de modo acesso mais barato à informação, de modo geral. geral.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

A imunidade atinge apenas os tributos da espécie A imunidade atinge apenas os tributos da espécie imposto incidentes sobre o preço do livro, ou seja, imposto incidentes sobre o preço do livro, ou seja, impostos que incidem sobre o bem. Isso quer dizer impostos que incidem sobre o bem. Isso quer dizer que essa imunidade afasta apenas o Imposto de que essa imunidade afasta apenas o Imposto de Importação, Imposto de Exportação, Imposto sobre Importação, Imposto de Exportação, Imposto sobre Produtos Industrializados e Imposto sobre Produtos Industrializados e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (lI, IE, IPI e Circulação de Mercadorias e Serviços (lI, IE, IPI e ICMS), já que os demais impostos não incidem ICMS), já que os demais impostos não incidem sobre o preço e acabariam por beneficiar o autor sobre o preço e acabariam por beneficiar o autor ou editora, que não é a finalidade do texto ou editora, que não é a finalidade do texto constitucional. constitucional.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

Álbum de figurinhas é imune STF – RE 221.23-6Álbum de figurinhas é imune STF – RE 221.23-6Apostilas são imunes STF – RE 183.403Apostilas são imunes STF – RE 183.403Filmes e papéis fotográficos são imunes – Súmula 657 STFFilmes e papéis fotográficos são imunes – Súmula 657 STFListas Telefônicas – imunes ( serviço de utilidade pública) STFListas Telefônicas – imunes ( serviço de utilidade pública) STFTinta especial para jornais – não é imune - STF Tinta especial para jornais – não é imune - STF

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

b) Imunidades específicas – são aquelas previstas pelo b) Imunidades específicas – são aquelas previstas pelo legislador de constituinte, de maneia individualizada para legislador de constituinte, de maneia individualizada para determinados tributos.determinados tributos.

1.1. Imunidade das Contribuições Sociais – art.149, Imunidade das Contribuições Sociais – art.149, § 2§ 2ºº, I, da , I, da CFCF

Estabelece imunidade para as contribuições Estabelece imunidade para as contribuições especiais sociais e para as contribuições de especiais sociais e para as contribuições de intervenção no domínio econômico, sobre as intervenção no domínio econômico, sobre as receitas decorrentes de exportação de bens e receitas decorrentes de exportação de bens e serviços. serviços.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

2.2. Imunidade de IPI - art. 153, § 3°, III - é um imposto federal Imunidade de IPI - art. 153, § 3°, III - é um imposto federal que incide sobre operações com produtos industrializados. que incide sobre operações com produtos industrializados. A CF prevê imunidade de IPI para operações de exportação A CF prevê imunidade de IPI para operações de exportação de bens. Nos termos da CF, não incidirá IPI sobre os de bens. Nos termos da CF, não incidirá IPI sobre os produtos industrializados destinados ao exterior. produtos industrializados destinados ao exterior.

O produto brasileiro, para ser mais competitivo no mercado O produto brasileiro, para ser mais competitivo no mercado internacional, goza do benefício da imunidade. internacional, goza do benefício da imunidade.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

3.3. Imunidade de ITR - art. 153, § 4°, II - é um imposto federal Imunidade de ITR - art. 153, § 4°, II - é um imposto federal que incide sobre a propriedade territorial rural. Em outras que incide sobre a propriedade territorial rural. Em outras palavras, propriedade de imóveis em áreas rurais. Nos da palavras, propriedade de imóveis em áreas rurais. Nos da CF, não haverá incidência de ITR sobre algumas CF, não haverá incidência de ITR sobre algumas propriedades: as pequenas glebas rurais definidas em lei. A propriedades: as pequenas glebas rurais definidas em lei. A imunidade de ITR atinge apenas as pequenas glebas rurais. imunidade de ITR atinge apenas as pequenas glebas rurais. O conceito de pequena gleba rural é definido em lei, O conceito de pequena gleba rural é definido em lei, variando entre as regiões do Brasil. A presente imunidade variando entre as regiões do Brasil. A presente imunidade somente será aplicada no caso de a pequena gleba rural somente será aplicada no caso de a pequena gleba rural ser a única propriedade do sujeito passivo (proprietário). No ser a única propriedade do sujeito passivo (proprietário). No caso de propriedade de vários pequenos imóveis, mesmo caso de propriedade de vários pequenos imóveis, mesmo que individualmente consideradas pequenas glebas, haverá que individualmente consideradas pequenas glebas, haverá a incidência tributária . a incidência tributária .

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4. Imunidade de ICMS - art. 155, § 2°, X, alíneas “a” a “d” da 4. Imunidade de ICMS - art. 155, § 2°, X, alíneas “a” a “d” da CF - é um imposto estadual que incide sobre as operações CF - é um imposto estadual que incide sobre as operações com mercadorias e alguns serviços. Incide sobre operações com mercadorias e alguns serviços. Incide sobre operações de circulação de mercadorias. Nos termos da CF, temos de circulação de mercadorias. Nos termos da CF, temos uma série de imunidades de ICMS. Não haverá incidência uma série de imunidades de ICMS. Não haverá incidência do tributo estadual sobre as operações que destinem do tributo estadual sobre as operações que destinem mercadorias e serviços ao exterior (imunidade de ICMS mercadorias e serviços ao exterior (imunidade de ICMS sobre a exportação); sobre operações que destinem, a sobre a exportação); sobre operações que destinem, a outros Estados, petróleo, inclusive lubrificantes, líquidos e outros Estados, petróleo, inclusive lubrificantes, líquidos e gasosos, e energia elétrica; sobre o ouro (definido na gasosos, e energia elétrica; sobre o ouro (definido na hipótese de ativo financeiro); e sobre as prestações de hipótese de ativo financeiro); e sobre as prestações de serviços de comunicação, na modalidade de radiodifusão serviços de comunicação, na modalidade de radiodifusão sonora e de sons e , imagens de recepção livre e gratuita. sonora e de sons e , imagens de recepção livre e gratuita.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

5. Imunidade de ITBI- art. 156, § 2°, I - é um imposto municipal 5. Imunidade de ITBI- art. 156, § 2°, I - é um imposto municipal que incide sobre as operações de transferência onerosa de que incide sobre as operações de transferência onerosa de bens imóveis, realizada entre vivos. Nos termos da CF, não bens imóveis, realizada entre vivos. Nos termos da CF, não incidirá ITBI sobre a operação de transferência onerosa de incidirá ITBI sobre a operação de transferência onerosa de imóveis incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em imóveis incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica. Perceba-se que a operação de extinção de pessoa jurídica. Perceba-se que a operação de transferência de bens imóveis para pessoa jurídica, com o transferência de bens imóveis para pessoa jurídica, com o objetivo de integralização de capital, é uma operação objetivo de integralização de capital, é uma operação onerosa. No caso de operações societárias (fusão, onerosa. No caso de operações societárias (fusão, incorporação, cisão e extinção), também teremos a incorporação, cisão e extinção), também teremos a transmissão onerosa de bens, já que o imóvel será transmissão onerosa de bens, já que o imóvel será transferido entre pessoas jurídicas (ou para a pessoa física transferido entre pessoas jurídicas (ou para a pessoa física do sócio). Diante disso, haveria a incidência do tributo, não do sócio). Diante disso, haveria a incidência do tributo, não fosse a imunidade prevista na CF. fosse a imunidade prevista na CF.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

A imunidade de ITBI não se aplica quando a A imunidade de ITBI não se aplica quando a atividade preponderante do adquirente for a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil.mercantil.

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Limitações ao poder de tributar Limitações ao poder de tributar

6. Imunidade ISS - art. 156, § 2°, II, da CF - excluir incidência 6. Imunidade ISS - art. 156, § 2°, II, da CF - excluir incidência do imposto nos serviços exportados para o exterior. do imposto nos serviços exportados para o exterior.

7. Imunidade de contribuições especiais sociais para custeio 7. Imunidade de contribuições especiais sociais para custeio da seguridade social – art. 195, § 7°, da CF – não haverá da seguridade social – art. 195, § 7°, da CF – não haverá incidência da contribuições sociais destinados ao custeio incidência da contribuições sociais destinados ao custeio da seguridade social sobre as receitas de instituições da seguridade social sobre as receitas de instituições beneficentes de assistência social. beneficentes de assistência social.