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PROAB 2013DIREITO TRIBUTÁRIO

PROFESSOR: CLAUDIO CARNEIROwww.claudiocarneiro.com.br

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DIREITO TRIBUTÁRIO – AULA 10

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Classificação:

a) Pessoal ou Real;

b) Plurifásico e Monofásico;

c) Federais, Estaduais e Municipais.

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c.1) Impostos Federais – previstos nos artigos 153 e 154 da Carta Política.

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:I - importação de produtos estrangeiros (II);II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE);III - renda e proventos de qualquer natureza (IR);IV - produtos industrializados (IPI);V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF);VI - propriedade territorial rural (ITR);VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar (IGF).

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Art. 154. A União poderá instituir:I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição (imposto residual);II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação (imposto extraordinário).

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c.2) Impostos Estaduais – previstos no artigo 155 da Constituição.

Art. 155 – Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:I – transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCMD);II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transportes interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior (ICMS);III – propriedade de veículos automotores (IPVA).

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c.3) Impostos Municipais – previstos no artigo 156 da CRFB/88.Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:I - propriedade predial e territorial urbana (IPTU);II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição (ITBI);III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar (ISS).

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ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadoria e Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - LC 87/96

ISSQN – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – LC 116/03

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ICMS – Não-cumulativo e Poderá Ser Seletivo

IPI – Não-cumulativo e Deverá Ser Seletivo

Obs1: Ambos (ICMS e IPI) não incidem na Exportação – Imunidade

Obs2: Quanto ao ISSQN cabe a lei complementar excluir da incidência de serviços destinados ao exterior – LC 116/03

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ITR – será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas.IR – será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei.

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IPTU a) progressividade no tempo - Art. 182, § 4º, inciso II; b) Poderá ser progressivo em razão do valor do imóvel;

Obs: Ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

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Art. 150, § 1º da CF/88

É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos seguintes impostos:

ImportaçãoExportaçãoIPIIOF

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* Não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel - IMUNIDADE

* Será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.

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* Relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal

* Relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal;

* Terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal – Resolução nº 9/92 (8%).

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Resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação;

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É facultado ao Senado Federal:

a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;

b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros;

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VIGÊNCIA E APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO

TRIBUTÁRIA

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Ao iniciar o estudo da vigência e aplicação da legislação tributária, é necessário que se trabalhe com as seguintes definições de existência, vigência, eficácia e aplicação:

EXISTÊNCIA – a lei passa a existir no momento em que foram cumpridos todos os requisitos constitucionais para a sua elaboração;

VIGÊNCIA – aptidão para produzir efeitos (incidência tributária no campo da norma – objetivo), ou seja, suscetível de aplicação;

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EFICÁCIA – produção dos efeitos no campo subjetivo (anterioridade tributária);

APLICAÇÃO – utilização concreta da lei em vigor. Em regra imediata.

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No campo da Vigência, a seguinte divisão é apresentada:

a) VIGÊNCIA NO ESPAÇO - rege-se pelas normas gerais do Direito (LICC). A Regra é a Territorialidade (vigora nos limites do território de quem editou a norma); a Exceção é a Extraterritorialidade – para Estados e Municípios (art. 102 do CTN. Ex.: ISS) e para a União (Tratados).b) VIGÊNCIA NO TEMPO – rege-se pelas normas gerais do Direito, com as ressalvas do CTN. A regra geral é a vigência das leis na data da publicação, e, nos casos omissos, em 45 dias.Obs.: Para normas complementares, ver art. 103 do CTN

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a)a) ANUALIDADEANUALIDADE

Vigorava na Constituição de 1946Vigorava na Constituição de 1946 Abolido pela EC 18/65Abolido pela EC 18/65 Restaurada pela Constituição de 1967Restaurada pela Constituição de 1967 Abolido pela EC nº 1/69Abolido pela EC nº 1/69 A CF/88 não consagrou a anualidade mas sim a A CF/88 não consagrou a anualidade mas sim a

anterioridadeanterioridade

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b) ANTERIORIDADE: b) ANTERIORIDADE: Ligada a data da Ligada a data da publicaçãopublicação da leida lei

c) IRRETROATIVIDADE: c) IRRETROATIVIDADE: ligada a data da ligada a data da vigênciavigência da leida lei

O art. 104 é inconstitucional? EC 42/03

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É dividida em três:

a) IMEDIATA – prevista no art. 105 do CTN. Subdivide-se em fatos geradores futuros e pendentes;

b) RETROATIVA – prevista no art. 106 do CTN. A exceção é a prevista neste dispositivo, pois a regra é pela irretroatividade. Obs.: Anistia e Retroatividade.

c) ULTRA-ATIVA – prevista no art. 144 do CTN.

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INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

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INTERPRETAR é extrair da norma o seu significado, buscando o alcance do texto; já a HERMENÊUTICA é a ciência da interpretação, a teoria científica da interpretação.

Princípios e regras que regem a Interpretação:

Legalidade e Capacidade Contributiva;

Interpretação Econômica e a Elisão Fiscal;

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O fato gerador é um fato econômico de relevância jurídica (escola alemã);

Art. 107 do CTN: “ A legislação tributária será interpretada conforme esse capítulo”;

O art. 118 do CTN é norma de interpretação? Princípio do non olet;

Arts. 109 e 110: Definição X Efeitos;

A EC nº 03 da Super Receita X Elisão X Evasão Fiscal;

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O art. 111 do CTN visa impedir o uso da equidade, da analogia e da interpretação extensiva.

O art. 112 do CTN é uma interpretação mais benéfica para o infrator: in dubio pro infrator. Ver e combinar com o art. 136 do Código.

Obs.: O rol taxativo é usado somente para LEI que defina INFRAÇÕES ou comine PENALIDADES, mas só no caso de dúvida quanto à interpretação da lei.

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A lei pode ter lacunas, mas não o ordenamento jurídico.O art. 108 prevê uma ordem hierárquica? Pela interpretação literal do artigo sim, mas não para Ricardo Lobo Torres.Uso da analogia e da equidade; Analogia X Interpretação Extensiva.

Obs.: Caso da Lista do ISS.