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Economia micro e m acro vasconcellos-Exercicios

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ECONOMIA MICRO E MACRO

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ECONOMIAMICRO E MACRO

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ECONOMIA MICRO E MACRO

3

MARCO ANTONIO SANDOVAL DE VASCONCELLOS

ECONOMIAMICRO E MACRO

Respostas das Questões Propostas eQuestões Adicionais

Livro do Mestre

SÃO PAULOEDITORA ATLAS S.A. – 2001

Page 5: Economia micro e m acro vasconcellos

ECONOMIA MICRO E MACRO

4

2000 by EDITORA ATLAS S.A.

Composição: Set-up Time Artes Gráficas

E-mails da Editora Atlas

Vendase-mail: [email protected]

Marketing Diretoe-mail: [email protected]

Promoçãoe-mail: [email protected]

Editoriale-mail: [email protected]

[email protected]

Editorial Jurídicoe-mail: [email protected]

Produçãoe-mail: [email protected]

CPD/Internete-mail: [email protected]

Livraria Atlase-mail: [email protected] Page: http://www.livatlas.com.br

Page 6: Economia micro e m acro vasconcellos

ECONOMIA MICRO E MACRO

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SUMÁRIO

Prefácio

Parte I – Introdução à economia

1 INTRODUÇÃO À ECONOMIAQuestões propostasQuestões adicionais

Parte II – Microeconomia

2 DEMANDA, OFERTA E EQUILÍBRIO DE MERCADOQuestões propostasQuestões adicionais

3 ELASTICIDADESQuestões propostasQuestões adicionais

4 APLICAÇÕES: INCIDÊNCIA DE IMPOSTO SOBRE VENDAS EFIXAÇÃO DE PREÇOS MÍNIMOSQuestões propostasQuestões adicionais

5 PRODUÇÃOQuestões propostasQuestões adicionais

6 CUSTOS DE PRODUÇÃOQuestões propostasQuestões adicionais

7 ESTRUTURAS DE MERCADOQuestões propostasQuestões adicionais

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ECONOMIA MICRO E MACRO

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Parte III – Macroeconomia

8 FUNDAMENTOS DE TEORIA E POLÍTICA MACROECONÔMICAQuestões propostasQuestões adicionais

9 CONTABILIDADE SOCIALQuestões propostasQuestões adicionais

10 DETERMINAÇÃO DO NÍVEL DE RENDA E PRODUTO NACIONAIS;O MERCADO DE BENS E SERVIÇOSQuestões propostasQuestões adicionais

11 O LADO MONETÁRIO DA ECONOMIAQuestões propostasQuestões adicionais

12 INTERLIGAÇÃO ENTRE O LADO REAL E O LADO MONETÁRIO –ANÁLISE IS-LMQuestões propostasQuestões adicionais

13 INFLAÇÃOQuestões propostasQuestões adicionais

14 O SETOR EXTERNOQuestões propostasQuestões adicionais

15 POLÍTICA FISCAL E DÉFICIT PÚBLICOQuestões propostasQuestões adicionais

16 NOÇÕES DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTOECONÔMICOQuestões propostasQuestões adicionais

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PREFÁCIO

Todas as questões de múltipla escolha propostas no livro-textosão resolvidas a seguir. Em sua quase totalidade, são perguntasretiradas de concursos públicos, particularmente da área fiscal.

Incluímos um conjunto de novas questões de múltipla escolha,que poderão ser utilizadas nas provas de aproveitamento.

Julgamos desnecessário incluir as questões de revisão, já queas respostas encontram-se diretamente no próprio texto doscapítulos.

Brevemente, incluiremos mais um conjunto de novas questõesde múltipla escolha, bem como questões do tipo “falsa ou verdadeira”e perguntas discursivas.

O Autor

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Parte I – Introdução à Economia

1INTRODUÇÃO À ECONOMIA

QUESTÕES PROPOSTAS

1. O problema fundamental com o qual a Economia se preocupa é:

a) A pobreza.b) O controle dos bens produzidos.c) A escassez.d) A taxação daqueles que recebem toda e qualquer espécie de

renda.e) A estrutura de mercado de uma economia.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

A escassez é o problema fundamental da Economia, porque,dadas as necessidades humanas ilimitadas, deve-se buscar a melhorutilização dos recursos físicos escassos (fatores de produção, comoterra, capital e trabalho) na tentativa de suprir tais necessidades.

2. Os três problemas econômicos relativos a “o quê” , “ como” , e“para quem” produzir existem:

a) Apenas nas sociedades de planejamento centralizado.b) Apenas nas sociedades de “livre empresa” ou capitalistas, nas

quais o problema da escolha é mais agudo.

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c) Em todas as sociedades, não importando seu grau dedesenvolvimento ou sua forma de organização política.

d) Apenas nas sociedades “subdesenvolvidas”, uma vez quedesenvolvimento é, em grande parte, enfrentar esses trêsproblemas.

e) Todas as respostas anteriores estão corretas.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

Os três problemas econômicos relativos a “o quê”, “como” e“para quem” produzir existem em todas as sociedades, nãoimportando seu grau de desenvolvimento ou sua forma deorganização política. Isso porque os recursos produtivos são escassos,e as necessidades sempre se renovam, mesmo em países mais ricos.

3. Em um sistema de livre iniciativa privada, o sistema de preçosrestabelece a posição de equilíbrio:

a) Por meio da concorrência entre compradores, quando houverexcesso de demanda.

b) Por meio da concorrência entre vendedores, quando houverexcesso de demanda.

c) Por pressões para baixo e para cima nos preços, tais queacabem, respectivamente, com o excesso de demanda e com oexcesso de oferta.

d) Por meio de pressões sobre os preços que aumentam aquantidade demandada e diminuem a quantidade ofertada ediminuem a demanda, quando há excesso de demanda.

e) Todas as alternativas anteriores são falsas.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

O sistema de preços na livre iniciativa privada restabelece oequilíbrio tanto pela concorrência entre compradores, quanto entrevendedores (alternativas a e b incompletas). Quando ocorre excesso deoferta, os preços são pressionados para baixo, de forma a diminuir aquantidade ofertada e aumentar a demandada. Quando há excesso dedemanda, os preços são pressionados para cima, de forma aaumentar a quantidade ofertada e diminuir a demandada. Portanto, aalternativa c é falsa, sendo correta somente a alternativa d.

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4. A “Curva de Possibilidades de Produção” é utilizada nos manuaisde economia para ilustrar um dos problemas fundamentais dosistema econômico: por um lado, os recursos são limitados(escassez) e não podem satisfazer a todas as necessidades oudesejos; por outro, é necessário realizar escolhas. Essa curva,quando construída para dois bens, mostra:

a) Os desejos dos indivíduos perante a produção total desses doisbens.

b) A quantidade total produzida desses dois bens em função doemprego total da mão-de-obra.

c) A quantidade disponível desses dois bens em função dasnecessidades dos indivíduos dessa sociedade.

d) Quanto se pode produzir dos bens com as quantidades detrabalho, capital e terra existentes e com determinadatecnologia.

e) A impossibilidade de atender às necessidades dessa sociedade,visto que os recursos são escassos.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

A “Curva de Possibilidades de Produção” (ou Curva deTransformação) mostra quanto se pode produzir dos bens com asquantidades de trabalho, capital e terra existentes e com determinadatecnologia.

Supondo apenas dois bens, X e Y, essa curva pode sermostrada graficamente como segue:

B em Y

B em X0

D

. .

.. C

BA

.E

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Os pontos A, B e C representam combinações de produçõesalternativas de X e Y em que todos os recursos produtivos estão sendoutilizados (pleno emprego dos fatores de produção). A escolha de umadas infinitas alternativas disponíveis em cima da curva dependerá daspreferências da sociedade.

No ponto D, a sociedade não está ocupando totalmente seusrecursos (desemprego de fatores de produção). O ponto E não pode seratingido com os recursos atualmente disponíveis; isso só ocorrerá como aumento desses recursos, ou com progresso tecnológico.

Deve ser observado que essa curva diz respeito às alternativasde produção (oferta), o que elimina as alternativas a e c, que sereferem aos desejos e necessidades do consumo (demanda).5. Dada a curva de possibilidades de produção, aponte a

alternativa errada:

a) A economia não pode atingir B, com os recursos de que dispõe.b) O custo de oportunidade de passar de C para D é zero.c) O custo de oportunidade de aumentar a produção de X em 5, a

partir do ponto E, é igual a 2 unidades de Y.d) Nos pontos C e D, a economia apresenta recursos produtivos

desempregados.

B em X

B em Y0 57 59

10

15D

.

..

E

B

.A.C

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e) Somente as alternativas a, b e d estão corretas.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

O custo de oportunidade é o grau de sacrifício da sociedade, aoaumentar a produção de um bem, medido em termos da produçãoalternativa sacrificada. Por exemplo, no gráfico, o custo deoportunidades de produzir-se mais 2 unidades de Y são as 5 unidadesde X sacrificadas. Analogamente, o custo de oportunidade deproduzir-se mais 5 unidades de X são 2 unidades de Y sacrificadas.

Dessa forma, as quatro primeiras alternativas da questão estãocorretas:

• alternativa a: de fato, a curva de possibilidades de produçãomostra a produção máxima, com recursos existentes. O pontoB só poderá ser atingido se houver ou um aumento dosrecursos produtivos ou melhoria tecnológica;

• alternativa b: os pontos antes da fronteira de possibilidades deprodução indicam que há desemprego de fatores produtivos.Nesse caso, a economia pode passar do ponto C para D,aumentando a produção dos dois bens, sem sacrificar aprodução de nenhum deles. Ou seja, o custo de oportunidadesé zero;

• alternativa c: correta. Analogamente, o custo de oportunidadede produzir mais 2 unidades de Y é igual a 5X, partindo doponto A;

• alternativa d: correta. Veja o comentário da alternativa b;• alternativa e: alternativa falsa, pois todas as outras quatro

alternativas estão corretas (inclusive alternativa c).

6. Assinale a afirmação falsa:

a) Um modelo simplificado da economia classifica as unidadeseconômicas em “famílias” e “empresas”, que interagem em doistipos de mercado: mercados de bens de consumo e serviços emercado de fatores de produção.

b) Os serviços dos fatores de produção fluem das famílias para asempresas, enquanto o fluxo contrário, de moeda, destina-se aopagamento de salários; aluguéis, dividendos e juros.

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c) Os mercados desempenham cinco funções principais: I.estabelecem valores ou preços; II. organizam a produção; III.distribuem a produção; IV. racionam os bens, limitando oconsumo à produção; e V. prognosticam o futuro, indicandocomo manter e expandir a capacidade produtiva.

d) A curva de possibilidade de produção dos bens X e Y mostra aquantidade mínima de X que deve ser produzida, para um dadonível de produção de Y, utilizando-se plenamente os recursosexistentes.

e) A inclinação da curva de possibilidades de produção dos bens Xe Y mostra quantas unidades do bem X podem ser produzidasa mais, mediante uma redução do bem Y.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

A curva de possibilidade de produção dos bens X e Y mostra aquantidade máxima de X que deve ser produzida, para um dado nívelde produção de Y, utilizando-se plenamente os recursos existentes. Épossível, contudo, produzir qualquer quantidade de X inferior aomáximo dado pela curva de possibilidades da produção. As demaisalternativas estão corretas e são auto-explicativas.

QUESTÕES ADICIONAIS

1. Em uma economia de mercado, os problemas do “o quê” ,“quanto” , “ como” e “para quem” deve ser produzido sãoresolvidos:

a) Pelos representantes do povo, eleitos por meio do voto.b) Pelos preços dos serviços econômicos.c) Pelo mecanismo de preços.d) Pelos preços dos recursos econômicos.e) Pela quantidade dos fatores produtivos.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

Em uma economia de mercado, os problemas do “o quê”,“quanto”, “como” e “para quem” deve ser produzido são resolvidospelo mecanismo de preços.

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No mercado de bens e serviços, determina-se o quê e quantoproduzir, a partir da oferta dos produtores e da procura dosconsumidores; no mercado de fatores de produção, determina-se paraquem produzir, isto é, a repartição de renda entre salários, juros,aluguéis e lucros. Como produzir resolve-se no âmbito das empresas(trata-se de questão de eficiência produtiva).

Devemos destacar que, numa economia centralizada, osproblemas econômicos fundamentais são resolvidos por um ÓrgãoCentral de Planejamento, que faz um levantamento das necessidadesda população e um inventário dos recursos disponíveis.

2. Em relação à curva de possibilidade de produção a seguir, umadas afirmações é falsa. Identifique-a.

a) A curva de possibilidade de produção só se desloca a longoprazo, em função do aumento do número de ofertantes.

b) Cada combinação de X e Y significa uma possibilidade deutilização ótima dos fatores produtivos.

c) A produtividade física marginal de cada recurso produtivodecresce com a maior utilização de recursos produtivos daeconomia.

d) Os fatores de produção são escassos.

RESPOSTA: alternativa a.

B em Y

B em X0

Y 1

X 1

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Solução:A alternativa a é falsa. A curva de possibilidades de produção

desloca-se a longo prazo, em função do aumento da quantidade defatores de produção e do progresso tecnológico.

As demais alternativas estão corretas. É oportuno umcomentário sobre a alternativa c. A produtividade física marginal é arazão entre a variação dos produtos sobre a variação na quantidadedo fator de produção (capital, mão-de-obra, terra). Como veremos noCapítulo 5 (Produção), segundo a lei dos rendimentos decrescentes, apartir de certo estágio, o produto total cresce a taxas menores que oacréscimo do fator variável de produção (ou seja, a produtividadefísica marginal do recurso decresce). Também é conhecida como leidos custos crescentes. Esse fato justifica o formato côncavo da curvade possibilidades de produção: com recursos plenamente empregados,para produzir mais unidades do bem Y, a sociedade precisa sacrificarquantidades cada vez maiores de X; ou seja, os custos detransformação são crescentes.

3. Numa economia do tipo centralizado, os problemaseconômicos fundamentais são resolvidos:

a) Pela produção em grande escala de bens de consumo.b) Pelo sistema de preços.c) Pelo controle da curva de possibilidades de produção.d) Pelo planejamento da atividade econômica.e) N. r. a.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

Diferentemente do que ocorre nas economias de mercado, emque os consumidores sinalizam as respostas para problemasfundamentais da economia, numa economia do tipo centralizado (ouplanificado) a decisão provém de um Órgão Central de Planejamento,responsável pelo planejamento da atividade econômica.

4. Aponte a alternativa falsa. Os bens são procurados porque:

a) São raros.b) São escassos.c) São livres.d) São ofertados.

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e) A alternativa c está errada.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

Os bens não são livres pelo fato de não serem abundantes,mas, sim, raros (ou escassos). Portanto, a alternativa c é falsa.Observe que a alternativa e é verdadeira.

5. Aponte a alternativa falsa:

a) A curva de transformação da produção existe tanto numaeconomia de mercado como numa economia centralizada.

b) Numa economia, é o sistema de preços que resolve o problemade escolher o ponto da curva de possibilidades de produçãopara a qual a economia será levada.

c) Quanto menores forem as disponibilidades de recursos daeconomia, mais afastada da origem estará a curva depossibilidades de produção.

d) Se os custos de oportunidade forem constantes, a curva detransformação será uma reta.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

Uma economia com baixa disponibilidade de recursos nãoconsegue atingir o mesmo nível de produção que uma economia commais recursos (tudo o mais constante) e, portanto, sua curva depossibilidades de produção estará mais próxima da origem.

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Parte II – Microeconomia

2DEMANDA, OFERTA E EQUILÍBRIO

DE MERCADO

QUESTÕES PROPOSTAS

1. Assinale a alternativa correta:a) A macroeconomia analisa mercados específicos, enquanto a

microeconomia analisa os grandes agregados.b) A hipótese coeteris paribus é fundamental para o entendimento

da macroeconomia.c) No mercado de bens e serviços, são determinados os preços dos

fatores de produção.d) A questão de “como produzir’’ é decidida no mercado de fatores

de produção.

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e) Todas as alternativas estão erradas.

RESPOSTA: alternativa e.Solução:As alternativas a, b, c e d estão erradas. Estariam corretas se

fossem colocadas como segue:• alternativa a: a macroeconomia analisa grandes agregados,

enquanto a microeconomia analisa mercados específicos;• alternativa b: a hipótese coeteris paribus é fundamental para

o entendimento da microeconomia;• alternativa c: no mercado de bens e serviços, são

determinados os preços dos bens e serviços;• alternativa d: a questão de “como produzir’’ é decidida no

âmbito das empresas.2. Se o produto A é um bem normal e o produto B é um bem

inferior, um aumento da renda do consumidor provavelmente:

a) Aumentará a quantidade demandada de A, enquanto a de Bpermanecerá constante.

b) Aumentarão simultaneamente os preços de A e B.c) O consumo de B diminuirá e o de A crescerá.d) Os consumos dos dois bens aumentarão.e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

Se o produto A é um bem normal e o produto B é um beminferior, com um aumento da renda do consumidor o consumo de Bdiminuirá e o de A crescerá.

Na alternativa a, o bem A é normal e o B é um bem de consumosaciado, cujo consumo permanece inalterado, quando a renda doconsumidor aumenta. Exemplos aproximados: sal, açúcar, farinhaetc.

3. Assinale os fatores mais importantes, que afetam asquantidades procuradas:

a) Preço e durabilidade do bem.b) Preço do bem, renda do consumidor, custos de produção.

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c) Preço do bem, preços dos bens substitutos e complementares,renda epreferência do consumidor.

d) Renda do consumidor, custos de produção.e) Preço do bem, preços dos bens substitutos e complementares,

custos deprodução, preferência dos consumidores.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

Os fatores mais importantes que afetam as quantidadesprocuradas são o preço do bem, os preços dos bens substitutos ecomplementares, a renda e as preferências dos consumidores. Oscustos, citados em três alternativas, afetam as quantidades ofertadas,não as procuradas.

4. O efeito total de uma variação no preço é a soma de:

a) Efeito substituição e efeito preço.b) Efeito substituição e efeito renda.c) Efeito renda e efeito preço.d) Efeito preço, efeito renda e efeito substituição.e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

O efeito de uma variação do preço é chamado de efeito preço e éa soma dos efeitos substituição e renda.

5. O leite torna-se mais barato e seu consumo aumenta.Paralelamente, o consumidor diminui sua demanda de chá.Leite e chá são bens:

a) Complementares.b) Substitutos.c) Independentes.d) Inferiores.e) De Giffen.

RESPOSTA: alternativa b.

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Solução:

Leite e chá são bens substitutos, visto que quando o preço doleite cai ocorre aumento da demanda de chá.

6. Dada a função demanda de x:

Dx = 30 – 0,3 px + 0,7 py + 1,3R

sendo px e py os preços dos bens x e y, e R a renda dos consumidores,assinale a alternativa correta:

a) O bem x é um bem inferior, e x e y são bens complementares.b) O bem y é um bem normal, e x e y são bens substitutos.c) Os bens x e y são complementares, e x é um bem normal.d) Os bens x e y são substitutos, e x é um bem normal.e) Os bens x e y são substitutos, e x é um bem inferior.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

Observando apenas os sinais dos coeficientes, o sinal positivodo coeficiente da renda indica que há uma relação direta entre arenda do consumidor (R) e a demanda do bem x, o que revela que x éum bem normal (isso já elimina as alternativas a e e).

O sinal positivo do coeficiente do preço do bem y (py) indicarelação direta entre alteração no preço de y e a demanda de x (porexemplo, se aumenta o preço do guaraná, aumenta a demanda deCoca-Cola); ou seja, x e y são bens substitutos.

Como não temos a função demanda de y, não podemos saberse y é um bem normal ou inferior, o que elimina a alternativa b.Sabemos apenas que y é um bem substituto de x.

7. Supondo o preço do bem no eixo vertical e a quantidadeofertada no eixo horizontal, podemos afirmar que, coeterisparibus:

a) A curva de oferta desloca-se para a direita quando o preço dobem aumenta.

b) A curva de oferta desloca-se para a esquerda quando o preço dobem cai.

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c) A curva de oferta desloca-se para a direita quando aumentamos custos de produção.

d) A quantidade ofertada aumenta quando o preço do bemaumenta, coeteris paribus.

e) Todas as alternativas estão corretas.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

Supondo o preço do bem no eixo vertical e a quantidadeofertada no eixo horizontal, podemos afirmar que, coeteris paribus, aquantidade ofertada aumenta, quando o preço do bem aumenta,conforme mostra o gráfico a seguir:

q0

pe

D

E

Sp’

p

qe

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As demais alternativas estão erradas. Quanto às alternativas ae b, a curva de oferta não se desloca quando o preço do bem cai ouaumenta. Ela só se desloca quando há mudanças em outros fatoresque afetam a oferta de um bem (preço de bens substitutos naprodução, custos, alterações tecnológicas, mudanças nos objetivos daempresa).

No que se refere à alternativa c, a curva de oferta desloca-separa a esquerda quando aumentam os custos de produção (asquantidades anteriores têm que ser vendidas a preços mais elevados).

8. Para fazer distinção entre oferta e quantidade ofertada, sabe-mos que:

a) A oferta refere-se a alterações no preço do bem; e a quantidadeofertada, a alterações nas demais variáveis que afetam aoferta.

b) A oferta refere-se a variações a longo prazo; e a quantidadeofertada, amudança de curto prazo.

c) A quantidade ofertada só varia em função de mudanças nopreço do próprio bem, enquanto a oferta varia quandoocorrerem mudanças nas demais variáveis que afetam a ofertado bem.

d) Não há diferença entre alterações na oferta e na quantidadeofertada.

e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

Para fazer distinção entre oferta e quantidade ofertada,sabemos que a quantidade ofertada só varia em função de mudançasno preço do próprio bem, enquanto a oferta varia quando ocorreremmudanças nas demais variáveis que afetam a oferta do bem.

9. Assinale a alternativa correta, coeteris paribus:

a) Um aumento da oferta diminui o preço e aumenta a quantidadedemandada do bem.

b) Uma diminuição da demanda aumenta o preço e diminui aquantidade ofertada e demandada do bem.

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c) Um aumento da demanda aumenta o preço e diminui a ofertado bem.

d) Um aumento da demanda aumenta o preço, a quantidadedemandada e a oferta do bem.

e) Todas as respostas anteriores estão erradas.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

Um aumento da oferta causa uma queda no preço e aumenta aquantidade demandada (deslocamento sobre a curva de demandapara a direita do equilíbrio anterior). As alternativas b, c e d seriamcorretas se afirmassem:

• alternativa b: uma diminuição da demanda diminui o preçoe a quantidade ofertada do bem;

• alternativa c: um aumento da demanda aumenta o preço e aquantidade ofertada do bem;

• alternativa d: um aumento da demanda aumenta o preço e aquantidade ofertada do bem.

10. O aumento do poder aquisitivo, basicamente determinadopelo crescimento da renda disponível da coletividade, poderáprovocar a expansão da procura de determinado produto.Evidentemente, o preço de equilíbrio:

a) Deslocar-se-á da posição de equilíbrio inicial para um nívelmais alto, se não houver possibilidade da expansão da oferta doproduto.

b) Cairá do ponto inicial para uma posição mais baixa, se a ofertado produto permanecer inalterada.

c) Permanecerá inalterado, pois as variações de quantidadesprocuradas se realizam ao longo da curva inicialmente definida.

d) Permanecerá inalterado, pois as variações de quantidadesofertadas se realizam ao longo da curva inicialmente definida.

e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

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O aumento do poder aquisitivo, basicamente determinado pelocrescimento da renda disponível da coletividade, poderá provocar aexpansão da procura de determinado produto. Evidentemente, o preçode equilíbrio deslocar-se-á da posição de equilíbrio inicial para umnível mais alto, se não houver possibilidade da expansão da oferta doproduto. Graficamente:

11. Dado o diagrama a seguir, representativo do equilíbrio no

0

preço d e X

qu an tid aded e X

SX

PX (dem anda de ) X

(oferta de ) X

q

p

D’

S

p’

p

q

D

q’

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mercado do bem X, assinale a alternativa correta.

a) X é um bem de Giffen.b) Tudo o mais constante, o ingresso de empresas produtoras no

mercado do bem X provocaria elevação do preço de equilíbriodesse bem.

c) O mercado do bem X é caracterizado por concorrência perfeita.d) Tudo o mais constante, um aumento da renda dos

consumidores provocaria um aumento no preço de equilíbrio dobem X, se este for inferior.

e) Tudo o mais constante, a diminuição do preço do bem Y,substituto do bem X, levará a um aumento do preço deequilíbrio de X.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

Vejamos cada alternativa:• alternativa a: errada. Seria um bem de Giffen se a curva de

demanda fosse positivamente inclinada. E bem de Giffen é aúnica exceção à lei geral da demanda (pela qual há relaçãoinversamente proporcional entre quantidade demandada epreço, coeteris paribus);

• alternativa b: errada. O ingresso de mais empresasaumentaria a oferta e, dada a demanda, o preço de equilíbriocairia;

• alternativa c: correta. O preço é determinado pelo mercado,sem interferências. A existência de uma curva de oferta jáindica ser um mercado competitivo, ou em concorrênciaperfeita (ver Capítulo 7);

• alternativa d: errada. O preço de equilíbrio aumentaria se Xfosse um bem normal;

• alternativa e: errada. A diminuição do preço de um bemsubstituto Y levará a um deslocamento da demanda de Xpara a esquerda (queda) e, portanto, a uma queda no preçode X.

12. Dadas as funções oferta e demanda do bem 1,

D1 = 20 – 0,2p1 – p2 + 0,1 (R)

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S1 = 0,8p1

e a renda do consumidor R = 1.000, o preço do bem 2p2 = 20, assinalea alternativa errada:

a) O preço de equilíbrio do bem 1 é 100.b) A quantidade de equilíbrio do bem 1 é 80.c) Os bens 1 e 2 são bens complementares.d) O bem 2 é um bem normal.e) O bem 1 não é um bem inferior.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

A quantidade e preço de equilíbrio são encontrados igualando-se a oferta e a demanda do bem. Fazendo as substituiçõesnecessárias, temos:

D1 = S1

20 – 0,2p1 – 20 + 0,1 . 1.000 = 0,8p1

p1 = 100

Q = D1 = S1 = 0,8p1

Q = 0,8 . 100

Q = 80

Portanto, as alternativas a e b estão corretas. A alternativa ctambém está correta, o que é observado pelo sinal do coeficiente dopreço do bem 2, indicando uma relação inversa entre q1 e p2. Aalternativa e está correta, pois uma elevação da renda aumenta ademanda do bem (o bem 1 é normal, podendo-se dizer que não éinferior, como indica o coeficiente positivo da variável Renda). Aalternativa d é a incorreta porque não conhecemos a função demandado bem 2, e apenas do bem 1, pelo que não sabemos se o bem 2 é ounão um bem normal.

(Nota: no gabarito do livro-texto, foi considerada erroneamentea alternativa b como sendo a certa. A correção será feita na segundaedição.)

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QUESTÕES ADICIONAIS

1. Assinale a alternativa errada:

a) Os preços das mercadorias são determinados no mercado debens e serviços.

b) “Quanto’’ produzir é decidido no mercado de bens e serviços.c) “Para quem’’ produzir é decidido no mercado de fatores de

produção.d) A questão de “como’’ produzir é decidida no âmbito das

empresas.e) Todas as alternativas estão erradas.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

Somente os preços de bens e serviços são determinados nomercado de bens e serviços, e não todos os tipos de bens (comofatores de produção). Os problemas de “quanto”, “para quem” e“como” produzir são decididos no mercado de fatores, no mercado debens e serviços e no mercado de fatores, respectivamente. Portanto, asalternativas a, b, c e d estão erradas.

2. O preço de equilíbrio para uma mercadoria é determinado:

a) Pela demanda de mercado dessa mercadoria.b) Pela oferta de mercado dessa mercadoria.c) Pelo balanceamento das forças de demanda e oferta da

mercadoria.d) Pelos custos de produção.e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

O preço de equilíbrio para uma mercadoria é determinado pelasforças conjuntas de demanda e oferta da mercadoria. As alternativasa e b estão incompletas e a alternativa d diz respeito somente aofuncionamento da oferta da mercadoria.

3. Uma mercadoria que é demandada em quantidades maiores,quando a renda do consumidor cai, é um:

a) Bem normal.

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ECONOMIA MICRO E MACRO

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b) Bem inferior.c) Bem complementar.d) Bem substituto.e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

É a própria definição de bem inferior. Seria um bem normal(alternativa a) se, quando a renda do consumidor caísse, a quantidadedemandada também caísse.

Observe-se ainda que os conceitos de bem complementar esubstituto (alternativas c e d) não dizem respeito às variações derenda, mas às variações nos preços de outros bens.

Bens substitutos ou concorrentes são os bens em que, quandoaumenta o preço de um, a quantidade demandada do outro tambémaumenta, coeteris paribus (tudo o mais constante). Exemplo: carne defrango e carne de vaca. Bens complementares (como camisa social egravata) são os bens nos quais a procura cai quando aumenta o preçodo outro, coeteris paribus.

4. Assinale a alternativa correta:

a) A curva de procura mostra como variam as compras dosconsumidoresquando variam os preços.

b) Quando varia o preço de um bem, coeteris paribus, varia ademanda.

c) A demanda depende basicamente do preço de mercado. Asoutras variáveis são menos importantes e supostas constantes.

d) A quantidade demandada varia inversamente ao preço do bem,coeterisparibus.

e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

A quantidade demandada varia inversamente ao preço do bem,coeteris paribus.

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ECONOMIA MICRO E MACRO

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A alternativa a não está correta, porque a procura é um desejo,uma aspiração, e não a compra efetiva. É como se o consumidorelaborasse uma tabela (uma escala) de preços e quantidades do bem.Ele escolherá aquela quantidade que maximizará sua satisfação, deacordo com suas possibilidades financeiras.

A alternativa b estaria correta se se referisse à quantidadedemandada (movimento ao longo da curva), e não à demanda(deslocamento da curva de demanda). Vale lembrar que temosvariações na quantidade demandada, quando há mudanças no preçodo próprio bem, coeteris paribus (por exemplo, de A para B, no gráficoa seguir).

Quando ocorrem alterações em outras variáveis que afetam aprocura (preço de outros bens, renda e preferências do consumidor),há um deslocamento da curva (D0 para D1).

Quanto à alternativa c não se pode dizer que as outrasvariáveis (renda, preços de bens substitutos e complementares, epreferências dos consumidores) sejam menos importantes e supostasconstantes.

5. Dada uma diminuição no preço, há uma diminuição noconsumo, coeteris paribus. O bem é:

a) Normal.

0

preço

qu an tid ade

B

D 1

.A.

D 0

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ECONOMIA MICRO E MACRO

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b) Inferior.c) Substituto.d) Complementar.e) De Giffen.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

As denominações normal e inferior dizem respeito a variaçõesde renda, e não de preço. As denominações complementar e substitutosomente têm sentido quando se fala de variação de preço de outrobem. Bem de Giffen é aquele cuja função demanda é positivamenteinclinada e, portanto, uma diminuição de preço provoca redução emseu consumo.

6. Uma das maneiras de fazer distinção entre aumento daquantidade procurada e aumento da procura é dizer que oprimeiro:

a) Poderia resultar de uma queda de preço, enquanto o segundo,não.

b) Não poderia resultar de um aumento de preço, enquanto osegundo, sim.

c) Refere-se a um aumento de curto prazo na quantidadeadquirida, e o segundo a um aumento de longo prazo.

d) Provoca um aumento das despesas totais por parte doscompradores,enquanto o segundo, não.

e) É essencialmente o mesmo que o segundo, à exceção de certadiferença na elasticidade-preço da procura.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

A variação da quantidade procurada depende única eexclusivamente do preço do bem e é representada pelo movimento aolongo da curva de demanda. A variação da procura depende de fatoresexógenos (como renda, preços dos substitutos e complementares etc.)e nunca do próprio preço do bem, sendo representada pelodeslocamento de toda a curva de demanda.

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7. Assinale o fator que não provoca deslocamento da curva deoferta de um bem.

a) Alteração no preço do próprio bem.b) Alteração nos custos de produção.c) Alteração no preço de um bem substituto na produção.d) Alteração nos objetivos do empresário.e) Alterações na tecnologia de produção do bem.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

A alteração no preço do próprio bem provoca variação somenteda quantidade ofertada (deslocamento sobre a curva de oferta) e nãosobre a oferta (deslocamento da curva de oferta).

8. O equilíbrio de mercado de um bem é determinado:

a) Pelos preços dos fatores utilizados na produção do bem.b) Pela demanda de mercado do produto.c) Pela oferta de mercado do produto.d) Pelas quantidades de fatores utilizados na produção do bem.e) Pelo ponto de intersecção das curvas de demanda e da oferta

do produto.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

O equilíbrio de mercado de um bem é determinado pelo pontode intersecção das curvas de demanda e da oferta do produto. Asdemais alternativas estão incompletas, não propriamente erradas.

9. Num dado mercado, a oferta e a procura de um produto sãodadas, respectivamente, pelas seguintes equações:

Qs = 48 + 10P

Qd = 300 – 8P

onde Qs, Qd e P representam, na ordem, a quantidade ofertada, aquantidade procurada e o preço do produto. A quantidadetransacionada nesse mercado, quando ele estiver em equilíbrio, será:

a) 2 unidades.

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b) 188 unidades.c) 252 unidades.d) 14 unidades.e) 100 unidades.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

O preço e a quantidade de equilíbrio são obtidos igualando-se aquantidade ofertada (Qs) com a quantidade procurada (Qd). Temosentão:

Qs = Qd

48 + 10P = 300 – 8P

18P = 252

P = 14

A quantidade transacionada pode ser obtida substituindo-se ovalor de P na equação de Qs ou de Qd.

Qs = 48 + 10P = 48 + 10(14) = 188

Q = 188

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3ELASTICIDADES

QUESTÕES PROPOSTAS

1. Considerando-se os pontos A(p1,q1) = (12,8) e B(p2,q2) = (14,6),a elasticidade-preço da demanda no ponto médio é igual a:

a) –7/13b) +7/13c) –13/7d) +13/7e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

Após encontrarmos o ponto médio M(p0, q0) = (13,7), calculamosa elasticidade-preço da demanda:

Epp =P0q0

∆q∆p

P0q0

(q1 – q0)

p1 – p0

137

(8 – 7)(12 – 13)

137

= . .=. = –

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2. Uma curva de procura exprime-se por p = 10 – 0,2q onde prepresenta o preço e q a quantidade. O mercado encontra-seem equilíbrio ao preço p = 2. O preço varia para p = 2,04, e,tudo o mais mantido constante, a quantidade equilibra-se emq = 39,8. A elasticidade-preço da demanda ao preço inicial demercado é:

a) 0,02b) 0,05c) – 0,48d) – 0,25e) 0,25

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

Dada a fórmula da elasticidade-preço da demanda ao preço deequilíbrio (ou usual) p0, temos:

Pela equação de procura

p = 10 – 0,2q

podemos encontrar q0. Uma vez que p0 = 2, temos q0 = 40.

Substituindo os valores obtidos, na equação da elasticidade,temos:

portanto, com Epp = – 0,25, a demanda é inelástica no ponto p0 = 2.

Epp =P0q0

∆q∆p

P0q0

(q1 – q0)q(p1 – p0)

= ..

Epp =2 .(39,8 – 40)

40 (2,04 – 2)= – 0,25 ou = | 0,25|Epp

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3. Uma curva de demanda retilínea possui elasticidade-preço daprocura igual a 1:

a) Em todos os pontos.b) Na intersecção com o eixo dos preços.c) Na intersecção com o eixo das quantidades.d) No ponto médio do segmento.e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

Uma curva de demanda retilínea possui elasticidade-preço daprocura igual a 1 no ponto médio do segmento. Dado o gráfico aseguir, prova-se matematicamente, no apêndice a este capítulo, que aelasticidade-preço da demanda é igual a:

segue-se que se:

BAsegmento

ACsegmentoppE =

q0C

dem anda elástica

p

(ponto m édio)A

dem anda inelástica

B

.

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AC = BA ⇒ |Epp| = 1 (demanda de elasticidade unitária)

AC > BA ⇒ |Epp| > 1 (demanda elástica)

AC < BA ⇒ |Epp| < 1 (demanda inelástica)

4. Aponte a alternativa correta:

a) Quando o preço aumenta, a receita total aumenta, se ademanda for elástica, coeteris paribus.

b) Quando o preço aumenta, a receita total diminui, se a demandafor inelástica, coeteris paribus.

c) Quedas de preço de um bem redundarão em quedas da receitados produtores desse bem, se a demanda for elástica, coeterisparibus

d) Quedas de preço de um bem redundarão em aumentos dereceita dos produtores desse bem, se a demanda for inelástica,coeteris paribus.

e) Todas as alternativas anteriores são falsas.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

As alternativas a, b, c e d são falsas.

A receita total de vendas das empresas (que equivale aos gastosou dispêndios totais do consumidor) é dada por:

RT = p . q

onde: RT = receita total

p = preço unitário de venda

q = quantidade vendida

A partir dessa expressão, parece claro que:• Demanda elástica:

se p aumenta, q cai mais que proporcionalmente, RT cai;se p cai, q aumenta mais que proporcionalmente, RTaumenta.

• Demanda inelástica:

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se p aumenta, q cai menos que proporcionalmente, RTaumenta;se p cai, q aumenta menos que proporcionalmente, RT cai.

• Demanda de elasticidade unitária: a variação de p é idêntica(com sinal trocado) à variação de q, o que mantém a RTinalterada.

Observamos então que as alternativas a, b, c e d são falsas e aalternativa e está correta.

5. Quanto à função demanda, é correto afirmar:

a) Um aumento no preço do bem deixará inalterada a quantidadedemandada do bem, a menos que também seja aumentada arenda nominal do consumidor.

b) Um aumento no preço do bem, tudo o mais constante,implicará aumento no dispêndio do consumidor com o bem, sea demanda for elástica com relação a variações no preço dessebem.

c) Se essa equação for representada por uma linha retanegativamente inclinada, o coeficiente de elasticidade-preçoserá constante ao longo de toda essa reta.

d) Se essa função for representada por uma linha reta paralela aoeixo dos preços, a elasticidade-preço da demanda será infinita.

e) Se a demanda for absolutamente inelástica com relação amodificações no preço do bem, a função demanda serárepresentada por uma reta paralela ao eixo dos preços.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

Quando a curva de demanda é paralela ao eixo dos preços, aelasticidade-preço da demanda é zero (e, por definição, a demanda éabsolutamente inelástica). Significa que, qualquer que seja a variaçãode preços, a quantidade demandada não se altera.

Quando a demanda é paralela ao eixo das quantidades, diz-seque ela é infinitamente elástica. Um exemplo é o mercado emconcorrência perfeita; como é mostrado no Capítulo 2, a demandapara as empresas individuais é dada pelo preço de mercado.

6. Indique a afirmação correta.

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a) Um aumento na renda dos consumidores resultará emdemanda mais alta de x, qualquer que seja o bem.

b) Uma queda no preço de x, tudo o mais permanecendoconstante, deixará inalterado o gasto dos consumidores com obem, se a elasticidade-preço da demanda for igual a 1.

c) O gasto total do consumidor atinge um máximo na faixa dacurva de demanda pelo bem em que a elasticidade-preço é iguala zero.

d) A elasticidade-preço da demanda pelo bem x independe davariedade de bens substitutos existentes no mercado.

e) Um aumento no preço do bem y, substituto, deslocará a curvade demanda de x para a esquerda.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

Uma queda no preço de x, tudo o mais permanecendoconstante, deixará inalterado o gasto dos consumidores com o bem,se a elasticidade-preço da demanda for igual a 1. Isso aconteceporque a queda de preço será proporcionalmente igual ao aumento daquantidade consumida. Dessa forma, o gasto dos consumidorespermanecerá constante.

7. A curva de procura por determinado bem é expressa pelafunção Q = 1.000/P3. Pode-se afirmar que:

a) Se o preço de mercado aumentar, os consumidores gastarãomenos renda na aquisição desse mercado.

b) Se o preço de mercado diminuir, os consumidores gastarãomenos renda na aquisição desse produto.

c) Se o preço de mercado aumentar, os consumidores gastarãomais renda na aquisição desse produto.

d) Se o preço de mercado diminuir, os consumidores gastarão omesmo volume de renda na aquisição do produto.

e) O dispêndio total dos consumidores na aquisição do produtoaumenta na mesma proporção do aumento do preço demercado.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

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A função demanda Q = 1.000/P3 pode ser reescrita como Q =1.000P–3, e trata-se de uma função potência (do tipo y = ax–b). Prova-sematematicamente no apêndice a este capítulo no livro texto que, emfunções potência, o expoente b da variável x (no exercício, o expoentedo preço, igual a –3) é a própria elasticidade-preço da demanda.Temos, então, uma demanda altamente elástica (um aumento nopreço de, digamos, 10% leva a uma queda da quantidade demandadade 30%, tudo o mais constante).

Com a demanda elástica, se o preço do bem aumentar, osconsumidores gastarão menos renda na compra do bem, dado que aqueda na quantidade comprada será proporcionalmente maior que oaumento do preço do bem. Dessa forma, a alternativa a é a correta.

Vale observar que a propriedade assinalada das funçõespotência aplica-se a quaisquer outras elasticidades, não apenas àelasticidade preço da demanda. Por exemplo, na função demanda:

Q = 30p–0,8 R1,2

onde R é a renda dos consumidores, a elasticidade-renda da demandaé igual a 1,2 (bem superior ou de luxo: um aumento de, digamos, 10%na renda levaria a um aumento de 12% na quantidade demandada,coeteris paribus).

8. Se uma curva de procura é unitariamente elástica em todos osseus pontos, isso significa, com relação (a) à aparência gráficada curva de procura e (b) aos gastos totais dos compradorespara aquisição da mercadoria, que:

a) A curva de procura é uma reta e que as despesas totais doscompradores são as mesmas em todos os níveis de preços.

b) A curva de procura não é uma reta, e a despesa total doscompradores diminui quando o preço cai.

c) A curva de procura é uma reta e, quando o preço cai, os gastostotais dos compradores aumentam primeiro e depois caem.

d) A curva de procura não é uma reta e as despesas totais doscompradores aumentam quando o preço cai.

e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa e.

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Solução:

Nenhuma das respostas (a, b, c ou d) é correta. A curva deprocura não poderia ser uma reta (na qual seria impossível ter sempreelasticidade unitária) e as despesas totais dos compradores seriam asmesmas em todos os níveis de preços, pois um aumento percentualdo preço seria respondido por uma queda percentual da quantidadede mesma magnitude, não afetando as despesas.

9. Calcular o coeficiente de elasticidade cruzada entre a procurados produtos A e B, em certa localidade, sabendo-se que todavez que há um acréscimo de 10% no preço de um, suaquantidade procurada diminui 8%, enquanto a quantidadeprocurada do outro, se seu preço permanece constante,aumenta 10%. O coeficiente será igual a:

a) 10%b) 1c) 2d) 1/2e) 11%

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

A elasticidade-preço cruzada entre os bens A e B é igual a:

EppAB = variação percentual da quantidade procurada do bem A

variação percentual do preço do bem B

então:

EppAB = 10%

= 1 10%

Os bens A e B são, portanto, substitutos (EppAB positiva).

10. Aponte a alternativa correta:

a) Se o preço variar em $ 2, e a quantidade demandada em 10unidades, concluímos que a demanda é elástica.

b) A elasticidade-preço cruzada entre dois bens é sempre positiva.

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c) A elasticidade-preço da demanda de sal é relativamente baixa.d) A elasticidade-preço da demanda de alimentos é, em geral,

bastante elevada.e) A elasticidade-renda da demanda de manufaturados é

relativamente baixa.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

Neste caso, é conveniente analisarmos todas as alternativas:• alternativa a: é incorreta, pois cita somente um valor

absoluto para preço e outro para quantidade. Portanto, aafirmação é inconclusiva no que diz respeito à elasticidade-preço da demanda;

• alternativa b: a elasticidade-preço cruzada entre dois benssomente será positiva se os bens forem substitutos;

• alternativa c: é correta, visto que bens essenciais, como osal, têm elasticidade-preço relativamente baixa;

• alternativa d: é incorreta, pois a elasticidade-preço dademanda, para bens essenciais, como os alimentos, costumaser baixa;

• alternativa e: é incorreta pois a elasticidade-renda de bensmanufaturados é relativamente elevada (quanto mais elevadaa renda, a tendência é aumentar mais o consumo deprodutos manufaturados do que alimentos, cujo consumotem limite fisiológico).

QUESTÕES ADICIONAIS

1. Se a curva de procura for de um tipo em que a redução de 10%no preço provoca um aumento de 5% na quantidade demercadoria que o público adquire, nessa região da curva, aprocura em relação ao preço será:

a) Elástica.b) Unitariamente elástica.c) Infinitamente elástica.d) Inelástica, embora não perfeitamente.e) Totalmente inelástica ou anelástica.

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RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

Trata-se de uma elasticidade-preço da procura igual a – 0,5,pois:

Epp = + 5%

= – 0,5 – 10%

Ou seja, uma demanda pouco sensível (isto é, inelástica)quando o preço varia: a quantidade demandada varia menos queproporcionalmente à variação do preço, coeteris paribus.

2. Se a elasticidade-preço cruzada entre dois bens é nula, os benssão:

a) De primeira necessidade.b) Complementares.c) Substitutos.d) Independentes.e) Inferiores.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

Se a elasticidade-preço cruzada entre dois bens é nula,significa que o aumento no preço de um deles não consegue afetar aquantidade demandada do outro, coeteris paribus. Já que o aumentodo preço de um bem em nada afeta o outro, os dois sãoindependentes.

3. A elasticidade-renda da demanda é o quociente das variaçõespercentuais entre:

a) Renda e preço.b) Renda e quantidade demandada.c) Quantidade e preço.d) Quantidade e renda.e) Quantidade e preço de um bem complementar.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

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A resposta vem da definição formal de elasticidade-renda, que é“a variação percentual na quantidade demandada, dada uma variaçãopercentual na renda, coeteris paribus”, isto é, o quociente dasvariações percentuais entre quantidade e renda.

4. Se uma empresa quer aumentar seu faturamento e a demandado produto é elástica, ela deve:

a) Aumentar o preço.b) Diminuir o preço.c) Deixar o preço inalterado.d) Depende do preço do bem complementar.e) Depende do preço do bem substituto.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

Se a demanda do produto é elástica, a quantidade demandadatem variação percentual de magnitude maior que a variaçãopercentual do preço. Dessa forma, a receita total seguirá o sentido daquantidade, pois esta influirá mais na mudança da receita quandohouver mudança do preço. Assim, se o preço cair, a quantidadedemandada aumentará (em percentual maior que o preço) e a receitatotal aumentará. A resposta a não é correta, pois um aumento depreço levaria a uma queda da quantidade demandada e da receitatotal.

5. A elasticidade cruzada de bens complementares é:

a) Igual a zero.b) Menor que zero.c) Maior que zero e menor que um.d) Maior ou igual a um.e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

Quando dois bens são complementares, o aumento do preço deum causa queda na quantidade demandada de ambos os bens.Portanto, a elasticidade cruzada, definida como “variação percentual

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na quantidade demandada, dada uma variação percentual no preçode outro bem, coeteris paribus”, será negativa (menor que zero).

6. Um acréscimo no preço de uma mercadoria quando a demandaé inelástica causa nos gastos totais do consumidor:

a) Um acréscimo.b) Um decréscimo.c) Nenhuma alteração.d) Qualquer das respostas acima, dependendo do tipo de bem.e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

Se a demanda do produto é inelástica, a quantidadedemandada tem variação percentual de magnitude inferior à variaçãopercentual do preço. Assim, os gastos totais do consumidor seguirão osentido do preço, pois este influirá mais na mudança dos gastosquando houver mudança do preço. Assim, se o preço subir, aquantidade consumida cairá (em percentual menor que o preço) e osgastos totais terão um acréscimo.

7. Se a elasticidade-preço cruzada entre dois bens é negativa, oaumento no preço de um deles provocará, coeteris paribus:

a) Um aumento no preço do outro.b) Uma diminuição no preço do outro.c) Um aumento no consumo do outro.d) Uma diminuição no consumo do outro.e) Um aumento no consumo do próprio bem.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

A resposta vem da definição de elasticidade cruzada, que é a“variação percentual na quantidade demandada, dada uma variaçãopercentual no preço de outro bem, coeteris paribus”. Se o valor daelasticidade cruzada for negativo, um aumento de preço de um bemterá como contrapartida uma diminuição no consumo do outro bem.

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8. Se uma curva de procura é elástica no que se refere a seupreço, o significado exato disso é que qualquer aumento depreço irá provocar:

a) Um aumento da quantidade adquirida pelos compradores.b) Um deslocamento da curva da procura para uma nova posição.c) Um aumento dos gastos totais por parte dos compradores.d) Uma redução da quantidade adquirida pelos compradores, e

uma queda no gasto total dos consumidores.e) Uma alteração não propriamente descrita por qualquer dos

itens anteriores.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

Se a demanda do produto é elástica, a variação percentual daquantidade adquirida pelos compradores tem magnitude maior que avariação percentual do preço. Dessa forma, o gasto total dosconsumidores seguirá o sentido da quantidade, pois esta influirá maisna mudança do gasto quando houver mudança do preço. Assim, se opreço aumentar, a quantidade adquirida cairá (em percentual maiorque o preço) e o gasto total dos consumidores também cairá.

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4APLICAÇÕES: INCIDÊNCIA DE

IMPOSTO SOBRE VENDAS E FIXAÇÃODE PREÇOS MÍNIMOS

QUESTÕES PROPOSTAS

1. Quando falamos em incidência de um imposto, estamos:

a) Referindo-nos ao grupo que realmente paga o imposto aogoverno, independentemente de o ônus ser, ou não, transferidopara outro grupo qualquer.

b) Medindo o ponto até o qual o imposto tende a reduzir osincentivos entre o grupo que o paga.

c) Referindo-nos ao grupo que realmente paga a conta fiscal, nãoimportando se é ele, ou não, que recolhe o dinheiro aos cofrespúblicos.

d) Perguntando se o imposto em questão é progressivo ouregressivo.

e) Perguntando se o imposto em questão é direto ou indireto.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

Quando falamos em incidência de um imposto, referimo-nos aogrupo que realmente paga a conta fiscal, não importando se é ele, ounão, que recolhe o dinheiro aos cofres públicos.

2. Num mercado competitivo, o governo estabeleceu um impostoespecífico sobre determinado produto. A incidência doimposto se dará, simultaneamente, sobre produtores econsumidores, se:

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a) As curvas de oferta e demanda forem absolutamenteinelásticas.

b) A curva de demanda for absolutamente inelástica e a de oferta,algo elástica.

c) A curva de demanda for infinitamente elástica e a de oferta,absolutamente inelástica.

d) As curvas de oferta e demanda forem algo elásticas.e) As curvas de oferta e demanda forem infinitamente elásticas.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

A incidência do imposto específico (de vendas) dar-se-ásimultaneamente sobre produtores e consumidores. Sabendo-se que oimposto específico representa um custo adicional, desloca a curva deoferta para cima (isto é, a mesma quantidade será ofertada a umpreço maior).

O aumento de preço incidirá apenas sobre os consumidores sea curva de demanda for vertical (elasticidade-preço da demanda iguala zero: perfeitamente inelástica). O aumento de preço incidirá apenassobre os produtores se a curva de demanda for horizontal(elasticidade-preço da demanda for infinitamente elástica).

Em nosso caso, intermediário, o imposto específico incide tantosobre os consumidores como sobre os produtores.

3. O governo lança um imposto de vendas de $ 5 por unidadevendida, numa indústria competitiva. As curvas de oferta eprocura têm alguma elasticidade no preço. Esse imposto fazcom que, no diagrama de oferta e procura:

a) Toda a curva de oferta desloque-se para a esquerda, nummovimento que indique $ 5, mas (a menos que a procura sejaperfeitamente elástica) o preço não aumenta.

b) Toda a curva de oferta tenha um deslocamento para cima, queindique menos do que $ 5, mas (a menos que a procura sejaaltamente elástica) o preço terá um aumento de $ 5.

c) Toda a curva de oferta tenha um deslocamento para a esquerdaque indique menos do que $ 5, mas (a menos que a procuraseja altamente inelástica) o preço aumentará de mais que $ 5.

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d) Toda a curva de oferta tenha um deslocamento que indique $ 5,mas (a menos que a oferta seja perfeitamente elástica) qualqueraumento de preço será menor do que $ 5.

e) Toda a curva de procura tenha um deslocamento que indique $5, e o preço subirá $ 5.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

Não importando quais são as elasticidades da oferta edemanda, a curva de oferta sempre terá um deslocamento para cimaque indique exatamente o valor do imposto específico. Dado que ascurvas de oferta e de procura possuem alguma elasticidade, osprodutores e consumidores dividirão a parcela que pagarão doimposto, o que significa que o aumento de preço será menor que $ 5(se fosse igual a $ 5, os consumidores estariam arcando com todo oimposto).

4. Dadas as curvas de oferta e demanda S = pD = 300 – 2p,

o preço de equilíbrio, após um imposto específico de $ 15 porunidade, é igual a:

a) 100b) 90c) 105d) 110e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

A nova curva de oferta é:

S = p – 15

A curva de demanda é:

D = 300 – 2p

No equilíbrio, S = D: p – 15 = 300 – 2p

3p = 315

p = 105

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ECONOMIA MICRO E MACRO

49

5. Com os dados da questão anterior, a arrecadação total dogoverno, após o imposto, é igual a:

a) 10.000b) 1.350c) 9.000d) 8.000e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

A arrecadação total do governo é o imposto por unidade vendida($ 15) multiplicado pela quantidade vendida (D). Para encontrarmos D,substituímos o preço de equilíbrio na equação da demanda:

D = 300 – 2p = 300 – 2(105) = 90

A arrecadação do governo é de 90 × 15, ou seja, $ 1.350.

6. Ainda com os dados da questão 3, a parcela da arrecadaçãopaga pelo consumidor é igual a:

a) 450b) 1.350c) 900d) 90e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

Para essa questão falta calcular o preço que o consumidorpagaria sem o imposto (preço de equilíbrio sem o imposto):

S = D

p = 300 – 2p

3p = 300

p = 100

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ECONOMIA MICRO E MACRO

50

A parcela do consumidor é a diferença entre os preços que elepaga com e sem imposto multiplicado pela quantidade comprada, istoé, (105 –100) × 90 = $ 450.

7. Quanto maior a elasticidade-preço de demanda:

a) Maior a receita total do governo, com a fixação de um impostoad valorem.

b) Menor a receita total do governo, com a fixação de um impostoespecífico.

c) Maior a parcela do imposto paga pelos consumidores.d) Os produtores transferem todo o ônus do imposto aos

consumidores.e) Maior a parcela do imposto paga pelos vendedores.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

Quanto maior a elasticidade-preço da demanda, mais sensíveissão os consumidores a mudanças de preço (e a quantidadedemandada cai mais com o imposto), fazendo com que os vendedoresacabem arcando com a maior parcela do imposto. Quanto às demaisalternativas, c está afirmando o oposto da verdade, d só ocorreria se aelasticidade-preço fosse nula, a e b são incorretas, pois a elasticidade-preço não afeta a arrecadação total do governo, e sim a distribuiçãoda incidência entre consumidores e produtores.

8. Suponha que a demanda seja dada por D = 130 – 10p e a ofertapor S = 10 + 2p. Com o objetivo de defender o produtor, éestabelecido um preço mínimo de 12 reais por unidade.Aponte a alternativa correta:

a) A política de subsídios é mais econômica para o governo que apolítica de comprar o excedente.

b) A política de compras é mais econômica para o governo que apolítica de subsídios.

c) O preço de equilíbrio é de 9,6 reais.d) Ao preço mínimo, a quantidade ofertada é 10.e) Ao preço mínimo, a quantidade demandada é 34.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

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ECONOMIA MICRO E MACRO

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Precisaremos calcular o valor das incógnitas D (quantidadedemandada ao preço mínimo), S (quantidade ofertada ao preçomínimo) e p (preço que os consumidores aceitam pagar por S):

D = 130 – 10p = 130 – 10(12) = 10 unidades

S = 10 + 2p = 10 + 2(12) = 34 unidades

O preço p é quanto o consumidor pagará se toda a produção de34 unidades for colocada no mercado (não é o preço de equilíbrio, noqual desconsidera-se o imposto):

D = 130 – 10p

34 = 130 – 10p

p = 9,6

Na política de subsídios, o governo paga ao produtor adiferença entre o preço mínimo ($ 12) e o preço p que o produtorobteve no mercado ($ 9,6), ou seja, $ 2,4 para cada unidade. Sabendoque foram ofertadas 34 unidades, o gasto total do governo com apolítica de subsídios é de 2,4 × 34 = $ 81,6.

O gasto total do governo na política de compras é calculadomultiplicando-se o preço mínimo prometido ao produtor ($ 12) peloexcedente de produção que o consumidor não comprou (S – D = 34 –10 = 24), ou seja, a política de compras custa ao governo 24 × 12 = $288.

Portanto, a política de subsídios é mais econômica para ogoverno do que a política de compras. Quanto às alternativas d e e, osvalores estão invertidos e a alternativa c estaria correta se fosse $ 10.

9. O diagrama a seguir representa o mercado do bem x.

0

Preço

q0

Oferta

Dem anda

Quantidadeq1

p0

p1

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ECONOMIA MICRO E MACRO

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Podemos afirmar corretamente que:

a) A cobrança de um imposto específico sobre o bem x incidiriaintegralmente sobre os produtores.

b) x é um bem “inferior’’.c) Um aumento da renda dos consumidores deslocará a curva de

oferta para a direita, elevando a quantidade produzida.d) A fixação de um preço mínimo, p1, elevaria a quantidade de

equilíbrio para q1.e) A cobrança de um imposto ad valorem incidiria em parte sobre

os produtores e em parte sobre os consumidores.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

A cobrança de um imposto ad valorem incidiria em parte sobreos produtores e em parte sobre os consumidores. Como o imposto advalorem representa um custo adicional, desloca a curva de oferta paracima (isto é, a mesma quantidade será ofertada a um preço maior).Incidiria apenas sobre os consumidores se a demanda fosseinfinitamente inelástica, e apenas sobre os produtores se a demandafosse infinitamente elástica.

QUESTÕES ADICIONAIS

1. Para uma indústria em concorrência perfeita, a oferta doproduto é dada por Qs = 3P – 2. Se a demanda for dada porQd = 100 – 10P, a imposição de um tributo específico de $ 2,00por unidade transacionada fará com que o preço de equilíbrioseja (desprezando-se os algarismos a partir da terceira casadecimal):

a) 7,84b) 8,30c) 7,38d) 9,38e) 6,30

RESPOSTA: alternativa b.

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ECONOMIA MICRO E MACRO

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Solução:

Um imposto de vendas específico pode ser interpretado comoum aumento de custos para a empresa, deslocando a curva de ofertapara cima e para trás. A inclusão do imposto trará uma diferençaentre preço de mercado (p) (pago pelo consumidor) e o preço relevantepara o produtor (p’), igual a:

p’ = p – T

sendo T o valor do imposto.

A curva de oferta dos produtores, com imposto, dependerá dep’.

Considerando-se os dados do exercício, a curva de oferta comimposto fica:

Qs’ = 3p’ – 2

Qs’ = 3 (p – T ) – 2

Qs’ = 3 (p – 2) – 2

Qs’ = 3p – 6 – 2

Qs’ = 3p – 8

Para determinar o preço de equilíbrio, basta igualar essa ofertacom a função demanda Qd = 100 – 10p; portanto, temos:

Qs’ = Qd

3p – 8 = 100 – 10p

13p = 108

p = 8,30

2. O controle de preços por meio de racionamento:

a) Significa que a procura é infinitamente elástica.b) Significa que as rendas monetárias não têm influência sobre o

preço.c) Significa que nem a oferta nem a procura têm influência na

determinação do preço.

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d) É um esforço para reprimir aumentos de preços, deslocando acurva de oferta.

e) É um esforço para aumentos de preços, deslocando a curva daprocura.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

O controle de preços por meio de racionamento significa quenem a oferta nem a procura têm influência na determinação do preço.As forças de mercado não mais operam.

3. Um tributo diz-se direto quando:

a) Incide sobre a renda e a riqueza.b) Incide sobre a produção de bens.c) Incide sobre o valor adicionado em cada fase do processo

produtivo.d) É arrecadado diretamente pelo governo.e) Incide sobre a comercialização de mercadorias.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

Os tributos diretos incidem sobre a riqueza e a renda. Apenasos tributos indiretos incidem sobre a produção e comercialização debens (alternativas b, c e e).

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5PRODUÇÃO

QUESTÕES PROPOSTAS

1. Quando o Produto Total cai:

a) A produtividade média do trabalho é nula.b) A produtividade marginal do trabalho é nula.c) A produtividade média do trabalho é negativa.d) A produtividade marginal do trabalho é negativa.e) A produtividade marginal é maior que a produtividade marginal

do trabalho.

RESPOSTA: alternativa d.

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Solução:

Quando o produto total começa a cair, significa que aprodutividade marginal passou a ser negativa após o produto totalatingir seu máximo. A produtividade média continua positiva (masdeclinante) e superior à produtividade marginal.

2. Assinale a alternativa correta:

a) Produtividade média é a variação do produto sobre a variaçãoda quantidade de um fator de produção.

b) Produtividade marginal é a relação entre o produto e aquantidade de um fator de produção.

c) No máximo do produto total, a produtividade média é máxima.d) No máximo do produto total, a produtividade marginal é zero.e) A produtividade média pode tornar-se negativa, após atingir-se

o máximo do produto total.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

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No máximo do produto total, a produtividade marginal é zero.Graficamente:

Lembremos que a produtividade marginal pode ser calculadaderivando-se o produto total a cada ponto (é a derivada primeira). Noponto de máximo, sabemos que a derivada primeira é zero (e aderivada segunda menor que zero).

A alternativa a define a produtividade marginal, não a média.

(n ú m ero d etrabalh ad ores)0 N

Produ to Total

Produ to Total ( )q

(n ú m ero d etrabalh ad ores)0 N

Produ tividade M édiad a m ão-d e-obra

PM gN

Produ tividade M arginald a m ão-d e-obra

PM eN

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A alternativa b define a produtividade média, não a marginal.

Quanto à alternativa e, a produtividade marginal é que podetornar-se negativa, após o máximo do produto total.

3. A função produção de uma firma alterar-se-á sempre que:

a) Os preços dos fatores de produção se alterem.b) A empresa empregar mais de qualquer fator de produção

variável.c) A tecnologia predominante sofrer modificações.d) A firma elevar seu nível de produção.e) A demanda elevar-se.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

A função de produção somente se altera (desloca) por fatoresexógenos, como mudança da tecnologia e da remuneração dos fatores.Mudanças endógenas, como composição da quantidade de fatoresempregada, somente causa movimento ao longo da mesma função deprodução.

4. A lei dos rendimentos decrescentes:

a) Descreve o sentido geral e a taxa de mudança na produção dafirma quando é fixada a quantidade de recursos.

b) Refere-se a produtos extras sucessivamente mais abundantes,obtidos pela adição de medidas iguais de um fator variável auma quantidade constante de um fator fixo.

c) Refere-se a produtos extras sucessivamente mais reduzidos,obtidos pela adição de medidas iguais de um fator variável auma quantidade constante de um fator fixo.

d) É constante, com a observação de que há limites à produçãoatingível, quando quantidades crescentes de um só fator sãoaplicadas a quantidades de outros.

e) Explica o formato da curva de custo médio de longo prazo.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

A lei dos rendimentos decrescentes refere-se a produtos extrassucessivamente mais reduzidos, obtidos pela adição de medidas

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ECONOMIA MICRO E MACRO

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iguais de um fator variável a uma quantidade constante de um fatorfixo.

Trata-se de um fenômeno que ocorre a curto prazo, período noqual se mantém pelo menos um fator fixo. O produto total cresceinicialmente a taxas crescentes (produtividade marginal crescente).

A partir de certo ponto (máximo da produtividade marginal)continua crescendo, mas a taxas decrescentes (produtividademarginal decrescente, mas positiva), até atingir o máximo, e passar adecrescer (produtividade marginal negativa).

Graficamente, a produção total comporta-se da seguinte forma:

A função citada é a chamada função de produção: relaciona aquantidade produzida à quantidade de mão-de-obra e de capital (quese mantém fixa a curto prazo).

5. Assinale a alternativa errada:

a) A lei dos rendimentos decrescentes prevalece quando tivermospelo menos um fator de produção fixo.

b) Temos rendimentos decrescentes de escala quando, aoaumentarmos todos os fatores de produção, a produtividademédia dos fatores se reduz.

(n ú m ero d etrabalh adores)0 N

Produ to Total

Produ to Total

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c) A lei dos rendimentos decrescentes é a mesma que a dosrendimentosdecrescentes de escala.

d) Rendimentos de escala supõem que nenhum fator de produçãose mantém fixado.

e) A lei dos rendimentos decrescentes diz que, se tivermos umfator de produção fixo, ao aumentarmos a quantidade do fatorvariável, a produção cresce inicialmente a taxas crescentes,depois decrescentes, para finalmente cair.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

A lei dos rendimentos decrescentes refere-se ao curto prazo,quando pelo menos um fator de produção permanece fixo. O conceitode rendimentos decrescentes de escala refere-se ao longo prazo,quando todos os fatores de produção variam (isto é, não há fatoresfixos), e a produção varia menos que proporcionalmente à variação naquantidade total de fatores (a produtividade média dos fatores reduz-se).

Ainda no que se refere ao conceito de rendimentos de escala:temos rendimentos crescentes de escala (ou economias de escala),quando a produção aumenta mais que proporcionalmente à variação naquantidade total de fatores de produção (a produtividade média dosfatores aumenta), e temos rendimentos constantes de escala, quando aprodução varia na mesma proporção da quantidade de fatores (aprodutividade média mantém-se constante).

As demais alternativas estão corretas.

QUESTÕES ADICIONAIS

1. A função de produção, em determinado período:

a) É a relação entre a oferta de um produto com seu preço, coeterisparibus.

b) É a relação da oferta de um produto com seu preço, com oscustos de produção e nível tecnológico.

c) É a relação entre a quantidade física produzida e os insumosutilizados na produção.

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d) É a relação de substituição entre capital e mão-de-obra.e) Todas as alternativas citadas estão erradas.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

A função de produção é a relação técnica entre a quantidadefísica produzida e os insumos utilizados na produção. É um conceitotecnológico que relaciona quantidades físicas de produto (output) edos fatores de produção (input).

A função oferta, à qual se referem as alternativas a e b,relaciona a produção a preços (não quantidades físicas) do produto edos fatores de produção. É um conceito mais “econômico’’.

2. A função de produção relaciona:

a) Custos com fatores de produção.b) Salários com lucros.c) Insumos com produção.d) Custos com produção.e) Preço com quantidade ofertada.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

A função de produção é a relação entre as quantidades físicasde produto e de fatores de produção, ou seja, qual a produção geradapor certa quantidade de insumos.

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6CUSTOS DE PRODUÇÃO

QUESTÕES PROPOSTAS

1. Se conhecemos a função produção, o que mais precisamossaber a fim de conhecer a função custos:

a) A relação entre a quantidade produzida e a quantidade defatores necessária para obtê-la.

b) O custo dos fatores, e como se pode esperar que esses custosvariem.

c) Que fatores são variáveis.d) Todas as alternativas acima.e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

A alternativa a (incorreta) é exatamente a função de produção,que não leva em consideração os custos, somente as relações físicasentre insumos e produtos. A alternativa b é a correta, visto que dada afunção de produção (isto é, as possíveis quantidades de insumos eproduto), é necessário saber quais são os custos daqueles insumosdados pela função de produção.

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2. Dividindo-se os custos totais de uma firma em fixos evariáveis e considerando-se que:

I. os primeiros estão associados ao uso invariável de um fator deprodução, logo não variam com o nível de produção;

II. os últimos variam com o volume de fatores e alteram-se com onível deprodução;

III. pode-se afirmar, então, que, quando opera a lei dosrendimentos decrescentes:

a) Os custos totais médios sempre crescem com o aumento daprodução.

b) Os custos fixos médios e os custos variáveis médios sempreaumentam com a expansão da produção.

c) Os custos fixos médios declinam com o aumento da produção eos variáveis médios primeiro declinam e depois aumentam coma expansão da produção.

d) Os custos fixos médios não se alteram com a expansão daprodução, somente os variáveis médios diminuem.

e) Os custos totais médios são sempre declinantes com o aumentoda produção.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

Na teoria dos custos de produção, a Lei dos RendimentosDecrescentes é mais apropriadamente chamada Lei dos custoscrescentes, e justifica o formato em U das curvas de custos médios emarginais. Graficamente, temos:

C u stos($ )

(quan tidad eprod u zida)

0

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Como se observa, a alternativa c é a correta, pois os custosfixos médios declinam, e os custos variáveis médios primeiro decliname depois aumentam, com o aumento da produção.

Vale observar que os custos totais médios são a soma doscustos variáveis médios e dos custos fixos médios. Como os custosfixos médios tendem a zero, os custos totais médios tendem a igualar-se aos custos variáveis médios.

3. Aponte a alternativa errada. A curva de custo marginal:

a) É o valor tangente da curva de custo total em cada ponto desta.b) Sempre cruza a curva de custo médio em seu ponto de mínimo.c) Sempre cruza a curva de custo variável médio em seu ponto de

mínimo.d) a, b e c estão corretas.e) Todas as alternativas anteriores estão erradas.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

É incorreto afirmar que todas as alternativas estão erradas,porque três delas estão certas: a, b e c. A curva de custo marginalrepresenta a variação do custo total para a produção de uma unidadeextra. Visto que as tangentes em cada ponto da curva de custo totalrepresentam exatamente essa variação, a alternativa a está correta.As alternativas b e c são semelhantes e corretas porque, sabendo queos custos fixos (inclusos no custo total) não influem no customarginal, a curva de custo marginal deve cruzar o mínimo das curvasde custo médio e custo variável médio.

4. Um aumento da produção a curto prazo sempre diminuirá:

a) O custo variável médio.b) O custo total médio.c) O custo fixo médio.d) O custo marginal.e) O número de trabalhadores empregados.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

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65

Aumento a curto prazo na produção torna operante a Lei doscustos crescentes e considera que o custo fixo não varia. Portanto, umaumento na produção dissolverá mais o custo fixo entre as unidadesproduzidas, e ele deve diminuir.

5. Se o custo fixo for nulo:

a) O custo total é igual ao custo médio.b) O custo médio será maior que o custo marginal.c) O custo marginal será maior que o custo médio.d) O custo médio variável é igual ao custo total.e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

Aparentemente, a alternativa a estaria correta, mas devemoslembrar que para economistas sempre há algum custo fixo, sejamdespesas financeiras, comerciais, administrativas, impostos etc., pormais simples que seja a atividade. Portanto, o exercício não temresposta correta.

6. Quando o custo médio está declinando:

a) O custo marginal deve estar declinando.b) O custo marginal deve estar acima do custo médio.c) O custo marginal deve estar abaixo do custo médio.d) O custo marginal deve estar crescendo.e) Alternativas a e b conjuntamente.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:Para que o custo médio diminua, somente é necessário que o

custo marginal esteja abaixo dele, forçando-o a cair, não interessandose o custo marginal está declinando ou crescendo.

7. A “Lei dos custos crescentes’ ’ refere-se ao seguinte fato:

a) Quando a população crescer, a cota per capita de A (naausência de uma mudança tecnológica) tenderá a cair.

b) Quando a produção de A crescer, o custo monetário total paraa produção também cresce.

c) Os custos totais crescem sempre a taxas crescentes.

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d) Os custos médios e marginais primeiro caem, para depoiscrescerem, quando existirem fatores fixos.

e) Mostram que os custos totais crescem a taxas decrescentes.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

A “Lei dos custos crescentes’’ refere-se ao fato de que os custosmédios e marginais primeiro caem para depois crescerem, quandoexistirem fatores fixos. Isso se deve a que a produtividade dos fatorescai com seu uso e, conseqüentemente, os custos aumentam.

8. Aponte a alternativa errada:

a) O custo marginal corta o custo médio no mínimo do customédio.

b) O custo fixo médio é constante a curto prazo.c) Com o aumento da produção, o custo total médio tende a

igualar o custo variável médio.d) A longo prazo não existem custos fixos.e) As alternativas a, c e d estão corretas.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

Observando o gráfico a seguir:

C u stos($ )

0

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notamos que a única alternativa errada é a b, pois o custo fixo médio(dado pela relação entre custo fixo total e quantidade produzida) caicom o aumento da produção. Na verdade, é o custo fixo total (não omédio) que é constante a curto prazo.

9. Ocorrem economias externas para uma firma se:

a) A expansão da indústria, à qual pertence a firma, aumenta oscustos totais dessa firma.

b) O governo impõe um imposto sobre o produto da firma.c) A expansão da indústria, à qual pertence a firma, diminui os

custos totais dessa firma.d) Penetram no mercado dessa firma outras firmas concorrentes.e) Aumenta a demanda pelo produto da firma.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

Ocorrem economias externas para uma firma se a expansão daindústria, à qual ela pertence, diminui os custos totais dessa firma.As economias externas também são chamadas de externalidadespositivas. No caso de a expansão da indústria (ou setor) levar aaumentos dos custos da firma, temos deseconomias externas ouexternalidades negativas (é o caso da alternativa a).

10. Quando uma empresa provoca deseconomias externas:

a) Os custos privados são maiores que os custos sociais.b) Os custos sociais são maiores do que os custos privados.c) Não há diferença entre custos privados e sociais.d) Está provocando externalidades positivas.e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

Deseconomias externas significam externalidades negativas,isto é, a empresa está operando e “exportando” custos para outrasempresas (custos sociais) maiores que seus próprios custos privados.

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QUESTÕES ADICIONAIS

1. O que acontece com o preço e a quantidade de equilíbrioquando aumentam os custos de produção de um bemqualquer?

a) O preço sobe e a quantidade cai.b) O preço cai e a quantidade aumenta.c) Preço e quantidade caem.d) Preço e quantidade sobem.e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

O aumento dos custos de produção de um bem causa reduçãoda oferta do bem (deslocamento da curva de oferta para cima)resultando no aumento do preço e redução da quantidade.

2. Aponte a alternativa incorreta:

a) A longo prazo, não existem custos fixos.b) Uma curva de custo médio de longo prazo constante indica a

existência de rendimentos constantes de escala.c) A isoquanta representa infinitas combinações de mão-de-obra e

de capital que representam o mesmo custo total de produção.d) Rendimentos decrescentes de escala têm o mesmo significado

de deseconomias de escala.e) Os custos de longo prazo representam horizontes de

planejamento, não os custos efetivamente incorridos.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

A isoquanta representa infinitas combinações de mão-de-obra ecapital que representam a mesma quantidade produzida. Ascombinações de mão-de-obra e de capital que levam ao mesmo custototal de produção são denominadas de isocusto.

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7ESTRUTURAS DE MERCADO

QUESTÕES PROPOSTAS

1. Se o custo marginal exceder a receita marginal, no intervaloem que o custo marginal é crescente, a firma deve:

a) Expandir a produção até que o custo marginal iguale a receitamarginal.

b) Contrair a produção até que o custo marginal iguale a receitamarginal.

c) Contrair a produção até que a receita marginal iguale o lucromarginal.

d) Contrair a produção até que o custo marginal iguale o lucromarginal.

e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

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70

O fato de o custo marginal crescente estar acima da receitamarginal significa que quanto mais a produção for aumentada, maiorserá o prejuízo da firma. Portanto, a firma deve contrair a produçãoaté que o custo marginal caia e fique igual à receita marginal (e seulucro será maximizado).

2. Não é característica da “ concorrência pura” :

a) Os preços podem subir ou baixar, sem qualquer restrição.b) O produto de cada vendedor é idêntico ao dos demais.c) Há substancial mobilidade dos recursos na economia.d) Os produtos de diferentes vendedores são diferenciados.e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

Uma das hipóteses básicas do modelo de concorrência perfeitaé a da homogeneidade, segundo a qual todas as empresas produzembens idênticos. A alternativa d caracteriza uma estrutura de mercadoem concorrência monopolística, e não pura (ou perfeita). Podetambém ser característica de alguns setores oligopolizados(automóveis etc.).

3. Em concorrência perfeita, uma firma estará em equilíbrio decurto prazo no nível de produção em que:

a) O custo médio mínimo for igual ao preço.b) O custo marginal for igual ao preço.c) A receita média for igual à receita marginal.d) O custo variável médio for igual à receita marginal.e) O custo fixo médio for igual ao preço.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

Independente da forma de mercado, uma empresa maximizalucros quando a receita marginal (RMg) iguala o custo marginal (CMg).Afinal, se:

• RMg > CMg: o lucro está crescendo (as receitas adicionaissuperam os custos adicionais);

• RMg < CMg: o lucro está caindo (as receitas adicionais sãoinferiores aos custos adicionais).

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71

Portanto, apenas quando RMg = CMg temos o lucro máximo.

Em concorrência perfeita, o preço do bem é dado para a firmaindividual (ela não tem poder de afetar o preço que é fixado pelomercado).

Assim, a receita adicional (RMg), por unidade vendida, é opróprio preço do bem, fixado pelo mercado:

p = RMg

e a condição de equilíbrio de curto prazo (ou seja, de maximização delucros) fica:

CMg = p

Custo marginal = preço

4. Em concorrência perfeita, a curto prazo, a firma não produzabaixo do ponto mínimo da curva:

a) Custo médio.b) Custo marginal.c) Custo variável médio.d) Custo fixo médio.e) Custo variável total.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

A firma só consegue operar acima de seu ponto de fechamento,em que o custo médio variável é mínimo e garante-se o pagamentopelo menos dos custos fixos, sem os quais a firma não funciona.

5. Em concorrência perfeita, a curva de oferta da firma serádada:

a) Pela curva de custo variável médio.b) Pela curva de custo marginal, acima do custo variável médio

mínimo.c) Pela curva de custo médio, acima do custo marginal.d) Pela curva de receita marginal.e) Pela curva de custo marginal, acima do custo fixo médio.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

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A curva de custo marginal representa a oferta, pois quando háum aumento de demanda (observável pelo aumento do preço), aempresa deve aumentar a quantidade produzida e terá custos paraisso (custos marginais), ou seja, os custos marginais refletem a oferta.Deve ser acima do custo variável médio mínimo, pois esse é o pontode fechamento da empresa: ela não consegue arcar com os custosfixos e torna-se impossível seu funcionamento.

6. No modelo de concorrência perfeita, indique a proposiçãofalsa:

a) A receita marginal é igual à receita média.b) A curva de demanda tem elasticidade-preço nula.c) A firma produz acima do ponto mínimo da curva de custo

variável médio.d) As firmas são tomadas de preço no mercado.e) A longo prazo, existem apenas lucros normais.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

A única alternativa incorreta é a b, pois em concorrênciaperfeita a elasticidade-preço é infinita (os consumidores têm muitasalternativas para deixar de comprar o produto de uma empresa e, porisso, não absorvem sequer aumentos infinitesimais de preço).

7. A quantidade que uma firma deverá produzir para maximizarseus lucros:

a) Pode comumente ser determinada pelo estudo de sua escala deprocura ou de receita.

b) Deve ser estabelecida procurando-se a produção que acarrete ocusto total mais baixo.

c) Deve ser estabelecida procurando-se a produção com o menorcusto marginal.

d) Depende de uma comparação dos custos fixos com os custosvariáveis.

e) Encontra-se no ponto em que a curva do custo total estará amaior distância vertical, abaixo da curva de receita total.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

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ECONOMIA MICRO E MACRO

73

Quanto maior for a distância entre a curva de receita total e decusto total quando a primeira estiver acima da segunda, maior será olucro total da firma, ou seja, ela maximizou seu lucro.

8. No longo prazo, uma firma obtém lucro máximo vendendo aquantidade de um bem ou serviço que iguala o custo marginalà receita marginal. Em concorrência perfeita, essaquantidade:

a) Promove lucro superior ao normal.b) Promove lucros extraordinários para a firma, tornando-a, a

longo prazo, monopolista.c) Não pode ser produzida, pois na concorrência perfeita não

existe lucro.d) Promove apenas lucro normal.e) Corresponde ao máximo que a firma pode produzir.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

O lucro normal representa o que o empresário obteria em outraatividade (ou seja, é o custo de oportunidade de optar por umaatividade, em vez de outra). E as curvas de custos, na teoriaeconômica, devem incluir tais custos (implícitos), além dos custosexplícitos (que envolvem desembolso financeiro).

Quando a receita total (RT) supera o custo total (CT), temoslucros extraordinários, acima dos lucros normais, embutidos noscustos totais (CT).

Em concorrência perfeita, há a presença de lucrosextraordinários a curto prazo e, dadas as hipóteses, reduzir-se-á opreço de mercado, até chegar-se a um ponto em que não existirãomais lucros extraordinários, ou seja:

LT = RT – CT = 0

Cessa, dessa forma, a entrada de novas firmas. Nesse ponto,existirão apenas lucros normais, embutidos nos custos totais. Valeobservar que tal não ocorre em monopólio ou oligopólio, onde existembarreiras à entrada de novas empresas, com o que persistirão lucrosextraordinários, mesmo a longo prazo.

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ECONOMIA MICRO E MACRO

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9. Em monopólio, a curva de oferta será dada:

a) Pela curva de custo variável médio.b) Pela curva de custo marginal, acima do custo variável médio.c) Pela curva de custo marginal, acima do custo fixo médio.d) Pela curva de receita marginal.e) Em monopólio não existe uma curva de oferta.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

Em monopólio não existe curva de oferta, pois não há umarelação definida entre preço e quantidade: a empresa pode ofertar amesma quantidade e o preço pode ser diferente, dependendo apenasda curva de demanda, formando um ponto único sobre esta curva,que será a oferta.

10. Não é característica do monopólio:

a) Barreiras à entrada de novas firmas.b) Transparência de mercado.c) Produto sem substitutos próximos.d) Lucros extraordinários a longo prazo.e) Lucros extraordinários a curto prazo.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

O monopólio não tem transparência de mercado para evitar quenovas empresas tentem entrar no mercado. Por exemplo, empresasmonopolistas não divulgam sua tecnologia, sua fonte de matéria-prima, seu processo produtivo, sua capacidade ociosa etc. paraconseguir manter seus privilégios e seus lucros extraordinários.

11. De acordo com a teoria microeconômica, a diferença básicaentre firmas que operam em concorrência perfeita e firmasque operam em monopólio (monopolista) é que:

a) O monopolista não pode cobrar um preço que lhe proporcionelucro substancial, ao passo que o concorrente perfeito semprepode ter um lucro desse tipo.

b) O concorrente perfeito pode vender quanto quiser adeterminado preço, enquanto o monopolista tem que reduzir

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ECONOMIA MICRO E MACRO

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seu preço, sempre que quiser qualquer aumento de suasvendas.

c) A elasticidade da procura diante do monopolista tem um valormaior do que a elasticidade da procura ante o concorrenteperfeito.

d) O monopolista procura maximizar lucros, enquanto oconcorrente perfeito procura igualar o preço ao custo médio.

e) O monopolista apresenta uma curva de custo médio sempredecrescente, enquanto o concorrente perfeito não apresentanenhuma curva de custos.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

De acordo com a teoria microeconômica, uma diferença básicaentre firmas que operam em concorrência perfeita e a firma que operaem monopólio (monopolista) é que o concorrente perfeito pode venderquanto quiser a determinado preço, enquanto o monopolista tem quereduzir seu preço sempre que quiser qualquer aumento de suasvendas. Isso porque, para o monopolista, a curva de demanda domercado é a própria curva de demanda do monopolista, enquantopara o produtor, no regime de mercado de concorrência perfeita, acurva de demanda é infinitamente elástica (isto é, vende tudo o quequiser ao preço dado pelo mercado).

12. “Oligopólio” significa:

a) O mesmo que concorrência imperfeita.b) Uma situação em que o número de firmas no mercado é

grande, mas os produtos não são homogêneos.c) Uma situação em que o número de firmas concorrentes é

pequeno, ou uma situação em que, mesmo com grande númerode firmas, poucas dominam o mercado.

d) A condição especial da concorrência perfeita que se achapróxima do monopólio.

e) Que as firmas são monopolistas entre si.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

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“Oligopólio” significa uma situação em que o número de firmasconcorrentes é pequeno ou uma situação em que, mesmo com grandenúmero de firmas, poucas dominam o mercado. Um exemplo doprimeiro caso é a indústria automobilística; e do segundo caso adistribuição de bebidas, em que poucas empresas respondem pelamaior fatia do faturamento do setor.

13. Aponte a alternativa incorreta:

a) A principal diferença entre um mercado em concorrênciamonopolista e um mercado em concorrência perfeita é que oprimeiro refere-se a produtos diferenciados, enquanto osegundo diz respeito a produtos homogêneos.

b) A longo prazo, os mercados monopolistas e oligopolistasapresentam lucros extraordinários.

c) Nos modelos clássicos de oligopólio, o objetivo das empresas é amaximização do mark-up.

d) Em concorrência perfeita, a demanda para a firma éinfinitamente elástica.

e) As barreiras à entrada de novas firmas em mercadosconcentrados (monopólio, oligopólio) permitem a existência delucros extraordinários a longo prazo.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

Nos modelos clássicos de oligopólio, o objetivo das empresas é amaximização de lucros.

As demais alternativas estão corretas, como o leitor podeobservar no texto.

14. Aponte a alternativa errada:

a) Em monopólio, existem barreiras à entrada de novas empresasno mercado.

b) Em concorrência perfeita, os produtos são homogêneos.c) Em oligopólio, a curva de demanda é infinitamente elástica.d) A curva de oferta em concorrência perfeita é o ramo crescente

da curva de custo marginal, acima do custo variável médio.e) Em concorrência monopolística, os produtos são diferenciados.

RESPOSTA: alternativa c.

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Solução:

Em oligopólio, a curva de demanda costuma ser relativamenteinelástica, visto que todo o mercado do bem produzido em oligopólio éatendido por poucas empresas, não dando mais alternativas para osconsumidores trocarem o produto pelo da outra empresa.

QUESTÕES ADICIONAIS

1. Aponte a alternativa falsa:

a) A longo prazo, não existem custos fixos.b) Uma empresa que não consiga cobrir seus custos fixos deve

encerrar suas atividades.c) A curva de custo variável médio é cortada no ponto de mínimo

pela curva de custo marginal.d) O conceito de economias de escala é equivalente ao de

rendimentos crescentes de escala.e) A longo prazo, o custo total é igual ao custo variável total.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

A empresa só deve parar a produção se não conseguir cobrir oscustos variáveis (como salários) e, mesmo assim, somente se aprevisão for que esta situação perdurará. A firma, conseguindo pagarpelo menos os custos variáveis, deve continuar a operar.

2. Se uma empresa, monopolista absoluta na produção do bem X,maximizadora de lucros, for constrangida a pagar ao governo,com tributo, uma quantia fixa por período de tempo,independentemente da quantidade produzida de X no período:

a) Reduzirá a produção e aumentará o preço de venda.b) Manterá inalterados a quantidade produzida de X e o preço de

venda, não transferindo o tributo ao consumidor.c) Transferirá integralmente o tributo ao consumidor, dados os

poderes de mercado que detém.d) Manterá inalterado o preço e reduzirá a produção.e) Manterá a produção inalterada e aumentará o preço de venda

na medida da divisão do tributo pelo volume da produção.

RESPOSTA: alternativa b.

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Solução:

O monopolista manterá inalterados a quantidade produzida deX e o preço de venda, não transferindo o tributo ao consumidor.Contudo, cabe destacar que a resposta é correta apenas se omonopolista não tiver prejuízo econômico. No caso de incorrer emprejuízo econômico, a empresa deverá sair do mercado no longoprazo. Isso acontece porque, pagando uma quantia fixa, o impostoafeta apenas os custos fixos do monopolista e não seus custosvariáveis. Conseqüentemente, a curva de custo marginal permaneceráinalterada e o ponto de maximização de lucro será o mesmo.

3. Assinale a afirmação falsa.

a) A curva da oferta de um bem X, se for uma reta e passar pelaorigem dos eixos de preços e quantidades, terá coeficiente deelasticidade-preço unitário.

b) A curva de oferta da indústria, no prazo e em regime deconcorrência perfeita, será a soma das quantidades oferecidaspor todas as firmas.

c) A curva de oferta indica os preços máximos capazes de induziros vendedores a colocar as várias quantidades no mercado.

d) A oferta do monopolista, no curto prazo em condições dedemanda e custos inalterados, é um único ponto que indicauma quantidade e um preço.

e) A curva de oferta de uma firma, no curto prazo e em regime deconcorrência perfeita, será a curva de custo marginal paratodas as quantidades iguais ou superiores àquela para a qual ocusto variável médio é mínimo.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

A curva de oferta indica os preços mínimos capazes de induziros vendedores a colocar as várias quantidades no mercado. As demaisalternativas estão corretas.

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Parte III – Macroeconomia

8FUNDAMENTOS DE TEORIA EPOLÍTICA MACROECONÔMICA

QUESTÕES PROPOSTAS

1. Assinale a alternativa errada:

a) A política de rendas corresponde basicamente aos controles depreços esalários.

b) A política monetária tem aplicação mais imediata que a políticafiscal.

c) A política tributária é um tipo de política fiscal.d) A política cambial, no setor externo, refere-se a alterações na

taxa de câmbio.e) Todas as alternativas anteriores estão erradas.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

A alternativa e é incorreta, porque todas as alternativasanteriores estão exatas. A política de rendas controla preços e saláriosda economia, isto é, as rendas da economia. A política monetáriaaplica-se mais rapidamente que a fiscal, pois esta depende devotações e sua aplicação é mais demorada após a decisão de efetuá-later sido tomada. Políticas tributárias e de gastos do governo são ostipos de política fiscal. A política cambial refere-se à atuação dogoverno em relação ao setor externo via taxa de câmbio.

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2. A “política fiscal’ ’ de um governo pode ser definida como suapolítica relativa à (ao)(aos):

a) Relação entre o total de suas compras de bens e serviços e ototal de seus pagamentos de pensões.

b) Regulamentação de atividades bancárias e de crédito.c) Total e aos tipos de despesas e à maneira de financiar essas

despesas (tributação, levantamento de empréstimos etc.).d) Serviços de educação, saúde e segurança nacional.e) Regulamentação de impostos.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

Deve-se falar tanto em gastos, como no financiamento de taisgastos. Assim, a política fiscal refere-se às despesas do governo e aofinanciamento dessas despesas. As alternativas a e d referem-sesomente a gastos, a alternativa e cita somente financiamento e aalternativa b refere-se à política monetária.

3. A política monetária e a política fiscal diferem,essencialmente, pelo seguinte fato:

a) A política monetária trata dos recursos totais arrecadados e dosgastos pelo governo, enquanto a política fiscal trata das taxasde juros.

b) A política fiscal procura estimular ou desestimular as despesasde investimento e de consumo, por parte das empresas e daspessoas, influenciando as taxas de juros e a disponibilidade decrédito, enquanto a política monetária funciona diretamentesobre as rendas por meio da tributação e dos gastos públicos.

c) A política monetária procura estimular ou desestimular asdespesas de consumo e de investimento, por parte dasempresas e das pessoas, influenciando as taxas de juros e adisponibilidade de crédito, enquanto a política fiscal funcionadiretamente sobre as rendas mediante a tributação e os gastospúblicos.

d) Não há, essencialmente, diferença entre as duas, uma vez queos objetivos e as técnicas de operações são os mesmos.

e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

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A política monetária e a política fiscal diferem, essencialmente,pelo seguinte fato: a política monetária procura estimular oudesestimular as despesas de consumo e de investimento, por partedas empresas e das pessoas, influenciando as taxas de juros e adisponibilidade de crédito, enquanto a política fiscal atua diretamentesobre as rendas por meio da tributação e dos gastos públicos.

A resposta poderia ser complementada com o fato de que apolítica monetária é mais imediata (bastando uma resolução dasautoridades monetárias), enquanto a política fiscal é mais lenta, pois,além de ser necessária sua votação no Congresso Nacional, só podeser implementada no exercício seguinte (princípio da anterioridade).

4. No mercado de trabalho, são determinadas quais das seguintesvariáveis macroeconômicas?

a) Nível de emprego e salário real.b) Nível de emprego e salário monetário.c) Nível geral de preços e salário real.d) Salário real e salário monetário.e) Nível de emprego e nível geral de preços.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

No mercado de trabalho, mediante o equilíbrio entre a oferta demão-de-obra por parte dos trabalhadores e da demanda de mão-de-obra por parte das empresas, determinam-se o nível de emprego e osalário monetário (nominal, corrente). A determinação do nível desalário real depende do nível geral de preços, que se forma nomercado de bens e serviços.

QUESTÕES ADICIONAIS

1. Uma medida de política fiscal pura, anti-recessiva,materializa-se por meio de:

a) Aumento de gastos do governo e/ou redução da cargatributária acompanhados de um aumento nos meios depagamento.

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b) Redução de gastos do governo e/ou aumento da cargatributária acompanhados de um aumento nos meios depagamento.

c) Aumento de gastos do governo e/ou redução da cargatributária com meios de pagamento constantes.

d) Redução dos gastos do governo e/ou aumento da cargatributária com meios de pagamentos constantes.

e) Aumento dos meios de pagamento com gastos do governo ecarga tributária constantes.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

Uma medida de política fiscal pura, anti-recessiva, materializa-se por meio de aumento do governo e/ou redução da carga tributáriacom meios de pagamento constantes.

Uma política fiscal “pura’’ é sempre financiada pelaarrecadação, e não por políticas monetárias.

2. A política monetária via “orçamento monetário’ ’ tem porobjetivos principais a perfeita coordenação das seguintesvariáveis:

a) Nível de atividade econômica; taxa de inflação; taxa de juros enível de liquidez em patamares desejados.

b) Concessão de subsídios ao setor produtivo; fazer baixar a taxade inflação; aumentar os meios de pagamentos.

c) Zerar o déficit orçamentário do governo; combater a inflação;controlar a taxa de juros.

d) Compatibilizar a arrecadação de impostos com as despesas dogoverno; gerar superávits orçamentários e aumentar a liquidezdo sistema financeiro.

e) Taxa de câmbio, taxa de juros e emprego.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

A política monetária via orçamento monetário tem por objetivosprincipais a perfeita coordenação das seguintes variáveis: nível deatividade econômica, taxa de inflação, taxa de juros e nível de liquidezem patamares desejados.

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As demais alternativas já envolvem também instrumentos depolítica fiscal (subsídios, impostos etc.).

9CONTABILIDADE SOCIAL

QUESTÕES PROPOSTAS

1. Em Economia, “ formação de capital’ ’ significaespecificamente:

a) A compra de qualquer mercadoria nova.b) Investimento líquido.c) A tomada de dinheiro emprestado.d) A venda ao público de qualquer nova emissão de ações.e) Poupança.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

Formação de capital significa investimento líquido, isto é, osinvestimentos realizados no período menos a depreciação do estoquede capital do período anterior.

2. O Produto Interno Bruto, a preço de mercado, equivale a:

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a) Produto Interno Bruto a custo de fatores + renda líquidaenviada ao exterior.

b) Produto Interno Líquido a custo de fatores + impostos indiretos+ depreciação – subsídios.

c) Produto Interno Líquido a preço de mercado + amortização deempréstimos externos.

d) Produto Nacional Líquido a preço de mercado + dívida externabruta.

e) Produto Nacional Bruto a preço de mercado + impostosindiretos – subsídios.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

O produto bruto é igual a produto líquido mais depreciação.Produto a preço de mercado é igual a produto a custo de fatores maisos impostos indiretos menos os subsídios do governo. Portanto,Produto Interno Bruto, a preço de mercado, equivale a ProdutoInterno Líquido a custo de fatores mais impostos indiretos edepreciação menos os subsídios.

3. Considerando-se os dois grandes agregados macroeconômicos:Produto Interno Bruto (a preços de mercado) e ProdutoNacional Bruto (a preços de mercado), em um sistemaeconômico aberto como, por exemplo, o brasileiro, se o paísremete mais renda para o exterior do que dele recebe,teremos:

a) PIBpm > PNBpmb) PIBpm < PNBpmc) PIBpm = PNBpmd) As transações com o exterior não afetam nem o PIB nem o PNB.e) Importações > exportações.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

Sabemos que PIB = PNB – RLFE, isto é, o produto interno(renda produzida dentro do país) é o produto nacional (renda queefetivamente pertence ao país) menos a renda líquida de fatores

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externos (remuneração dos fatores externos). Se RLFE é positiva, oPIB é maior que o PNB.

4. Suponha uma economia em que não exista governo nemtransações com o exterior. Então:

a) PIBpm > PIBcf > RNB.b) PIBpm < PIBcf < RNB.c) PIBpm = PIBcf > RNB.d) PIBpm = PIBcf < RNB.e) PIBpm = PIBcf = RNB.

sendo: PIBpm – Produto Interno Bruto a preço de mercado.

PIBcf – Produto Interno Bruto a custo de fatores.

RNB – Renda Nacional Bruta.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

Como não existe governo, não temos impostos indiretos esubsídios, o que torna o PIB a preços de mercado igual ao PIB a custode fatores, isto é:

PIBpm = PIBcf

Como não há transações com o exterior, não há diferença entrea RNB (ou PNB) e o PIB, e então temos:

PIBpm = PIBcf = RNB

5. O Produto Nacional de um país, medido a preços correntes,aumentou consideravelmente entre dois anos. Isso significaque:

a) Ocorreu um incremento real na produção.b) O investimento real entre os dois anos não se alterou.c) O país está atravessando um período inflacionário.d) O país apresenta taxas significativas de crescimento do produto

real.e) Nada se pode concluir, pois é necessário ter informações sobre

o comportamento dos preços nesses dois anos.

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RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

Considerando, por exemplo, os anos 1990 e 1991, o produtonacional a preços correntes é dado por:

PN90 = Σ p90 × q90

PN91 = Σ p91 × q91

Ou seja, ele pode ter crescido devido apenas ao aumento depreços. Para aferirmos o crescimento real da economia, precisamos doPN a preços constantes de um dado ano (o chamado PN real), que éobtido deflacionando-se o PN a preços correntes (chamado PNnominal ou monetário), por um índice de preços.

6. As Contas Nacionais do Brasil fornecem os seguintes dados(valores hipotéticos, em milhões de reais):

I. Renda Nacional Líquida a custo de fatores: 5.000II. Impostos Indiretos: 1.000III. Impostos Diretos: 500IV. Subsídios: 100V. Transferências: 200VI. Depreciação: 400VII. Renda Líquida enviada ao exterior: 0

Os índices de carga tributária bruta e líquida serão,respectivamente (desprezando-se os algarismos a partir daterceira casa decimal):

a) 30,00 e 25,24.b) 19,04 e 14,29.c) 24,00 e 19,05.d) 27,77 e 23,02.e) 23,80 e 19,04.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

Sabendo-se que a expressão “Renda Nacional’’ refere-se àRenda Nacional Líquida a custo de fatores (RNLcf ), temos:

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RNBcf = RNLcf + Depreciação = 5.000 + 400 = 5.400

PNBpm = RNBcf + Impostos indiretos – Subsídios = 5.400 + 1.000 – 100 =6.300

PIBpm = PNBpm – Renda líquida enviada ao exterior = 6.300 – 0 = 6.300

O Índice de Carga Tributária Bruta (ICTB ) é igual a:

ICTB = Ti + Td . 100 PIBpm

onde: Ti = tributos indiretos = 1.000 e

Td = tributos diretos = 500

Portanto, o Índice de Carga Tributária Bruta (ICTB) será:

ICTB = 1.000 + 500 . 100 = 23,80% 6.300

O ICTL, o Índice de Carga Tributária Líquida, será igual a:

ICTL = Ti + Td – Tr – Sub . 100PIBpm

sendo: Tr = transferências do governo ao setor privado eSub = Subsídios.

Portanto, temos que:

ICTL = 1.000 + 500 – 200 – 100 . 100 = 19,04%6.300

7. Em uma economia, a renda enviada para o exterior é maiorque a renda recebida do exterior. Então:

a) O Produto Interno Bruto é maior que o Produto Nacional Bruto.b) O Produto Interno Bruto é menor que o Produto Nacional

Bruto.c) O Produto Interno Bruto é igual ao Produto Nacional Bruto.

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d) O Produto Interno Bruto a custo de fatores é maior que oProduto Interno Bruto a preços de mercado.

e) O Produto Nacional Bruto a custo de fatores é menor que oProduto Nacional Bruto a preços de mercado.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

O Produto Interno Bruto (PIB) é igual ao Produto NacionalBruto (PNB) mais a renda enviada ao exterior (RE), menos a rendarecebida do exterior (RR), isto é:

PIB = PNB + RE – RR

Se RE > RR, segue que PIB > PNB.

8. Com os dados abaixo, para uma economia hipotética, respondaàs questões 8a e 8b.

PIB a preços de mercado 2.000Tributos indiretos 500Subsídios 250Consumo final das famílias 400

Formação bruta de capital fixo 400Variação de estoques 100Exportações de bens e serviços de não fatores 500Importações de bens e serviços de não fatores 100Depreciação 100Impostos diretos 200Transferências de assistência e previdência 150Outras receitas correntes líquidas do governo 600Juros da dívida pública interna 100Poupança corrente do governo (superávit) 100

8a. O consumo final das administrações públicas é igual a:

a) 1.100 unidades monetárias.b) 650 unidades monetárias.c) 600 unidades monetárias.d) 550 unidades monetárias.e) 700 unidades monetárias.

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RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

No Sistema de Contas Nacionais, a conta das administraçõespúblicas é apresentada da forma a seguir. Os números referem-se aosdados do exercício.

Débitos Créditos

...

250150

100100

Consumo final dasadministrações públicas:Subsídios ao setor privadoTransferência de assistência eprevidênciaJuros da dívida públicainternaSaldo: Poupança corrente dogoverno

Tributos indiretos

Tributos diretos

Outras receitas correntes dogoverno

500

200

600

... TOTAL DOS DÉBITOS CORRENTES TOTAL DAS RECEITAS

CORRENTES

...

Substituindo os valores do exercício neste razonete, o consumofinal das administrações é calculado por resíduo, já que temos todosos valores dos demais itens. O Total das Receitas e dos DébitosCorrentes é igual a 1.300, com o que chegamos a 700 unidadesmonetárias para o consumo final das administrações públicas.

8b. O total das receitas correntes do governo é:

a) 1.950 unidades monetárias.b) 1.700 unidades monetárias.c) 1.300 unidades monetárias.d) 1.150 unidades monetárias.e) 800 unidades monetárias.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

Utilizando o razonete da questão anterior e os dados da tabela,basta somar o total dos créditos (Tributos indiretos 500 + Tributos

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diretos 200 + Outras receitas correntes líquidas do governo 600), echegamos ao total das Receitas correntes do governo = 1.300.

9. Em determinada economia (valores hipotéticos), o ProdutoNacional Líquido a custo dos fatores é 200. Sabendo-se que:

Renda líquida enviada ao exterior: 50. Impostos indiretos: 80. Subsídios: 20. Depreciação: 80.

Calcule o valor do Produto Interno Bruto a preços de mercado

a) 310b) 290c) 230d) 390e) 270

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

Primeiramente, chegaremos a fórmula do PIB a preços demercado:

PIBpm = PNBpm + RLEE

PIBpm = (PNLpm + d) + RLEE

PIBpm = [(PNLcf + Ti – Sub) + d] +RLEE

Sabendo que PNLcf = 200, RLEE = 50, Ti = 80, Sub = 20 e d =80, temos:

PIBpm = [(200 + 80 – 20) + 80] + 50

PIBpm = 390

10. A diferença entre Renda Nacional Bruta e Renda Interna Brutaé que a segunda não inclui:

a) O valor das importações.b) O valor da renda líquida de fatores externos.c) O valor dos investimentos realizados no país por empresas

estrangeiras.

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d) O valor das exportações.e) O saldo da balança comercial do país.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

A Renda Nacional Bruta inclui em sua contabilidade a rendalíquida de fatores externos, enquanto a Renda Interna Bruta adesconsidera.

11. O salário mensal de determinada categoria de trabalhadoresera de $ 70.000,00 em 1990 e $ 144.000,00 em 1991. Osíndices de custo de vida correspondentes são 100 para 1990 e240 para 1991. Logo, o salário real em 1991, em valoresconstantes de 1990, é:

a) $ 70.000,00b) $ 40.000,00c) $ 60.000,00d) $ 100.000,00e) $ 144.000,00

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

Considerando que salário real91/90 é o salário real em 91 avalores constantes de 90, temos:

12. Não é considerada uma transação da economia informal:

a) Mercado paralelo do dólar.

000.60$100240

144.000realSalário

100preçosdeÍndice

nominalSaláriorealSalário

91/90

91

9191/90

=⋅=

⋅=

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ECONOMIA MICRO E MACRO

92

b) Empregado não registrado em carteira.c) Autônomos que não fornecem recibo pelo pagamento de seu

serviço.d) Aluguel estimado do caseiro de uma fazenda.e) Guardadores de automóveis não registrados.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

Todas as respostas representam desobediência civil deatividades econômicas regulares de mercado, exceto o aluguelestimado do caseiro de uma fazenda, já que consiste numa rendaimplícita do proprietário da fazenda e, embora não apareça nomercado, é computado no Produto Nacional.

13. Para fins de contabilidade social, qual das despesasgovernamentais abaixo é considerada transferência:

a) Cursos de alfabetização de adultos.b) Manutenção de aeroportos.c) Manutenção de estradas.d) Salários de funcionários aposentados.e) Vacinação em massa.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

Transferência do governo é uma transação que aparece nomercado, mas é excluída do Produto Nacional, pois não o altera.Somente é considerada a transferência direta, isto é, sem consideraros serviços prestados pelo governo. Portanto, salários de funcionáriosaposentados representam transferência governamental. Cursos dealfabetização não são uma transferência, pois são serviços do governo(bolsas de estudo seriam).

14. Se compararmos a matriz insumo-produto com o sistema decontas nacionais de um país, num mesmo período, veremosque:

a) Não há relação alguma entre a matriz e o sistema.b) Ambos incluem os fluxos financeiros da economia.c) A matriz inclui as transações intermediárias, e o sistema não.

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ECONOMIA MICRO E MACRO

93

d) A matriz é elaborada em termos de estoques, e o sistema, emtermos de fluxos.

e) A matriz permite calcular o estoque de capital nacional, e osistema, o produto nacional.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

A matriz é uma “radiografia” da estrutura da economia, poismostra toda a cadeia produtiva, ou seja, inclui transações com bens eserviços intermediários, diferentemente do sistema de contasnacionais, que inclui somente bens e serviços finais.

QUESTÕES ADICIONAIS

1. Aponte a alternativa correta:

a) O investimento em ações é um componente do investimentoagregado, no sentido da contabilidade social.

b) Não existe dupla contagem quando se agrega o valor adicionadoda indústria de pneus com o valor adicionado da indústria deautomóveis.

c) A diferença entre o PIB e o PNB é dada pelas exportações epelas importações.

d) A renda a custo de fatores é calculada a partir do produto apreços de mercado, retirado o valor dos impostos diretos esomados os subsídios governamentais.

e) A renda líquida dos fatores externos inclui o valor dasamortizações de empréstimos financeiros tomados pelo país.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

Não existe dupla contagem na medição do PIB, pelo fato deestarem sendo somados os valores adicionados, excluindo as comprasintermediárias.

2. Assinale a alternativa incorreta:

a) Economia informal é a mesma coisa que economia subterrânea.

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ECONOMIA MICRO E MACRO

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b) O produto nacional a preços de mercado é dado pela rendanacional a custo de fatores, somados os impostos indiretos eretirados os subsídios do governo.

c) O Produto Nacional Líquido é a diferença entre o ProdutoNacional Bruto e a depreciação de ativos fixos.

d) Os gastos das empresas estatais não são considerados comogastos do governo, de acordo com a contabilidade social.

e) O Índice de Desenvolvimento Humano da ONU reflete maisadequadamente o padrão de desenvolvimento humano e socialdos países.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

O conceito de economia informal refere-se à desobediência civilde atividades formais de mercado, como, por exemplo, a sonegação deimpostos, a falta de registro em carteira de empregados, enquanto oconceito de economia subterrânea inclui atividades ilegais oumarginais, como contrabando, tráfico etc.

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ECONOMIA MICRO E MACRO

95

10DETERMINAÇÃO DO NÍVEL DE

RENDA E PRODUTO NACIONAIS; OMERCADO DE BENS E SERVIÇOS

QUESTÕES PROPOSTAS

1. No modelo keynesiano básico de determinação da renda,assinale a alternativa errada:

a) Para que haja equilíbrio, a soma dos vazamentos deve ser igualà das injeções.

b) Para que haja equilíbrio, a oferta agregada deve igualar ademanda agregada.

c) Renda de equilíbrio é o mesmo que renda de pleno emprego.d) No equilíbrio da renda, numa economia fechada e sem governo,

os investimentos planejados devem igualar as poupançasplanejadas.

e) Todas as alternativas anteriores estão incorretas.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

A alternativa c é a única incorreta, já que no modelokeynesiano básico a renda de equilíbrio pode estar abaixo da renda depleno emprego, dependendo da demanda agregada da economia.

2. Supondo investimentos autônomos em relação à rendanacional, se os indivíduos desejarem poupar mais nos diversosníveis de renda planejada, no novo equilíbrio ter-se-á:

a) O nível de renda e de poupança aumentará.

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ECONOMIA MICRO E MACRO

96

b) O nível de investimento realizado excederá o da poupançarealizada.

c) O nível de investimento realizado será menor que o dapoupança realizada.

d) O nível de poupança será constante e o da renda diminuirá.e) O nível de poupança se elevará e o de consumo se reduzirá,

mas a renda permanecerá constante.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

Quando os indivíduos desejam poupar mais, para os diversosníveis de renda planejada, tem-se um deslocamento da curva depoupança de S0 para S1, como mostra o gráfico. Sendo o investimentoconstante com a renda, um aumento da poupança acaba resultandonuma diminuição da renda (de y0 para y1) e em poupança constante(esta nunca varia se o investimento for constante com a renda).

3. São fatores que contribuem para a elevação do produto real naeconomia, de acordo com o pensamento keynesiano:

a) Redução do déficit governamental, tudo o mais constante.

y

I S,

I

S0S 1

I1 = S 1

I0 = S 0

y1 y0

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97

b) Maiores exportações e menores importações de bens e serviços,menor tributação, enquanto a economia se encontrar em nívelabaixo do pleno emprego dos fatores.

c) Maiores gastos do governo, maior poupança interna e menoresníveis de tributação, por induzirem a maior demanda agregada.

d) Redução de barreiras alfandegárias às importações de bens eserviços.

e) Redução das exportações de bens e serviços, em razão deprovocar aumento na disponibilidade interna de bens eserviços.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

A alternativa b é correta. Mais exportações e menosimportações aumentam o produto real da economia, já que elevam ademanda agregada. Redução de impostos aumenta a renda disponíveldos agentes, aumentando o consumo destes e a demanda agregada.As alternativas a, d e e reduzem o produto real e a alternativa c nãogarante o aumento do produto, já que os efeitos do aumento dosgastos do governo e redução da tributação podem ser revertidos pelamaior poupança. Note que mesmo a alternativa c somente é corretaconsiderando-se que a economia não esteja no pleno emprego, tudo omais constante.

4. Em um modelo keynesiano simples de determinação da rendade equilíbrio, toda vez que o investimento autônomo sofrerum aumento, a renda nacional subirá por um múltiplo desseaumento. Essa expansão da renda variará:

a) Em relação direta com a propensão marginal a consumir.b) Em relação direta com a propensão marginal a poupar.c) De acordo com a taxa de juros de longo prazo.d) Em relação inversa com a propensão marginal a consumir.e) Em relação direta com a soma das propensões marginais a

consumir e a poupar.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

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ECONOMIA MICRO E MACRO

98

A expansão total da renda quando há aumento do investimentoé dependente do multiplicador da economia, que é diretamentedependente da propensão marginal a consumir (maior propensãomarginal a consumir causa maior variação da renda).

5. Considere duas economias, numa das quais as importações sãouma função crescente do nível de renda real, enquanto nasegunda as importações são autônomas em relação ao nível derenda. O valor do multiplicador:

a) Da primeira será maior que o da segunda.b) Da segunda será maior que o da primeira.c) Da primeira será igual ao da segunda.d) Da primeira não depende do valor da propensão marginal a

consumir.e) Da segunda é função do nível de importação.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

Os valores dos multiplicadores são:• importações induzidas por aumentos da renda real:

km’ = – 1/(1 – b + m1)

• importações autônomas, independentes da renda real:

km = – 1/(1 – b)

Como m1 > 0, segue km > km’.

Intuitivamente, as importações representam um vazamento dofluxo de renda. Dada uma elevação da demanda, se as importaçõesdependem da renda, teremos um vazamento adicional a cada etapa doefeito multiplicador.

6. Em um modelo keynesiano simples, se a propensão marginal apoupar for 20% e houver um aumento de $ 100 milhões nademanda por investimento, a expansão no produto nacional:

a) Será de $ 200 milhões.b) Será de $ 500 milhões.c) Não pode ser calculada, pois não se sabe qual a propensão

marginal a consumir.

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d) Não ocorrerá.e) Será de $ 2 milhões.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

Sendo s = propensão marginal a poupar, b = propensãomarginal a consumir, k = multiplicador da renda, ∆I = variação dademanda por investimento e ∆Y = expansão no produto nacional,temos:

7. Aponte a afirmativa falsa:

a) O mecanismo do estabilizador automático amortece o efeito dosciclos econômicos.

b) O teorema do orçamento equilibrado mostra que, seaumentarmos os gastos públicos na mesma proporção doaumento da tributação, o nível de renda aumentará no mesmomontante do aumento dos gastos e da tributação.

c) No mecanismo do estabilizador automático, a tributação ésuposta independente do nível de renda nacional.

d) Com a inclusão da tributação no modelo básico, o consumo ésuposto dependente da renda disponível.

e) No hiato deflacionário, a renda de equilíbrio está aquém darenda de pleno emprego.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

O mecanismo do estabilizador automático supõe tributaçãoprogressiva em relação à renda, de forma a atenuar grandesaumentos de renda e grandes reduções de renda.

milhões500$1005

58,01

1

1

1

8,02,011

=∆⇒⋅=∆⋅=∆

=⇒−

=−

=

=⇒−=−=

YIkY

kb

k

bsb

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100

8. Segundo Keynes, três elementos básicos estão envolvidos nasdecisões para investir:

a) Disponibilidade de capital de giro, taxa de juros e nível delucros esperados.

b) Custo do investimento, fluxo de renda líquida a ser gerado peloinvestimento e taxa de juros.

c) Taxa de juros do mercado, custo de produção dos bens decapital e taxa de salários.

d) Custos variáveis de produção, taxa de salários vigente e lucroesperado.

e) Fluxo de renda a ser gerado pelo investimento, disponibilidadede capital de giro e taxa de juros.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

Os três elementos básicos são o custo do investimento (preçode oferta), o fluxo de renda líquida (que junto com o preço de ofertaresultam em certa eficiência marginal do capital) e a taxa de juros(que deve ser menor que a eficiência marginal do capital para que oinvestimento ocorra).

9. O princípio do acelerador de investimento baseia-se na relaçãoexistente entre:

a) A taxa corrente de investimento e a taxa de juros.b) O nível corrente de investimentos e o nível de renda.c) O nível corrente de investimentos e a variação no nível de

renda.d) O nível corrente de investimento e o nível de gastos do governo.e) O nível de investimentos e o nível de poupança.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

O princípio do acelerador de investimento baseia-se na relaçãoexistente entre o nível corrente de investimento e a variação no nívelde renda. Ou seja, o nível de investimento (I) depende das variaçõesdo produto e não do nível do produto. Note que, ao contrário domultiplicador keynesiano, o princípio do acelerador supõe que a taxade investimento é que depende da renda (produto), isto é:

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101

I = f (variações da renda).

No multiplicador, temos que:

variações da renda = kI × variações no investimento,

sendo kI o multiplicador keynesiano.

10. Numa economia fechada e sem governo, são dados:

I. a função consumo, pela equação: C = 20 + 3/4y, sendo y onível de renda; e

II. o nível de investimento (autônomo) = 40.

Se o produto de pleno emprego for 300, o aumento do nívelde investimento necessário para que a economia estejaequilibrada com pleno emprego será:

a) 80b) 60c) 45d) 15e) 30

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

Nessa economia, temos que

y = C + I = 20 + 3/4y + 40

Portanto, resolvendo a equação, y* = 240

Como a renda de pleno emprego é igual a ype = 300, énecessário um aumento de renda

∆y = (yPE – y*) = 300 – 240 = 60.

Lembrando que

∆y = kI × ∆I,

e que kI= 1 . (1 – propensão marginal a consumir)

Page 103: Economia micro e m acro vasconcellos

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102

temos que kI= 1 = 4. (1 – ¾)

Como ∆y = kI× ∆I

temos 60 = 4 × ∆I

e, portanto, ∆I= 15

Ou seja, para obtermos um aumento de renda de 60, bastaelevarmos os investimentos (ou outra variável da demanda agregada)em 15, que serão multiplicados quatro vezes, criando renda.

11. Conhecidas, para uma economia fechada e sem governo (esupondo que não haja lucros retidos pelas empresas):

Função poupança: S = –10 + 0,2yd , onde yd = renda pessoal disponível.Função investimento: I = 20 + 0,1y, onde y = renda (produto) nacional.

Assinale a alternativa correta:

a) O nível de equilíbrio do produto é, aproximadamente, 14,3.b) A função consumo é C = 10 + 0,2yd.c) É impossível conhecer o produto de equilíbrio, pois não foi dada

a função renda pessoal disponível.d) O nível de equilíbrio do produto é 300.e) O multiplicador dos investimentos autônomos é 5.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

São dados:

S = –10 + 0,2yd

e

I = 20 + 0,1y

Como não há governo, a renda disponível yd é igual à rendanacional y. Analisemos cada alternativa:

• alternativa a: Renda de equilíbrio: OA = DA y = C + I

Como a função consumo C é complemento da poupança,temos:

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103

C = y – S

C = y – (– 10 + 0,2y)

C = 10 + 0,8y

Substituindo as funções C e I na condição de equilíbrio, vem:

y = C + I = 10 + 0,8y + 20 + 0,1y = 30 + 0,9y

Portanto:

y – 0,9y = 30 = 30/0,1

y = 300

diferente de 14,3, como aparece na alternativa a.• alternativa b: a função consumo é o complemento da função

poupança, igual a C = 10 + 0,8yd (e não C = 10 + 0,2yd, comoaparece na alternativa b).

• alternativa c: não é verdade. Como o enunciado diz que nãohá governo (e, portanto, não há impostos), a renda disponível(yd = y – T) é igual à renda nacional y.

• alternativa d: alternativa correta. Ver resolução naalternativa a.

• alternativa e: errada. O multiplicador do investimento, cominvestimento induzido pela renda (I= f(y)), é dado pelafórmula:

kI = 1 . (1 – b – i1)

sendo i1 a declividade da função investimento. Temos então:

kI = 1 = 1 = 10 (1 – 0,8 – 0,1) 0,1

(e não 5, como no exercício)

12. Dados, para uma economia hipotética aberta e com governo:

C = 10 + 0,8yd

I = 5 + 0,1yG = 50X = 100

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104

M = 10 + 0,14yT = 12 + 0,2y

onde:

C = consumo das famíliasyd = renda disponívelG = gastos do governoX = exportação de bens e serviçosM = importação de bens e serviçosy = produto nacionalT = tributação

um aumento de 100 unidades monetárias no gastos do governo, tudoo mais mantido constante, provocaria acréscimo do produto nacionaligual a:

a) 100 unidades monetárias.b) Menos que 100 unidades monetárias, porque a tributação

também aumentaria.c) 250 unidades monetárias.d) 500 unidades monetárias.e) 1.000 unidades monetárias.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

A questão refere-se ao efeito do multiplicador keynesiano dosgastos do governo (ou seja, qual o acréscimo do produto nacional,gerado por um aumento de 100 unidades monetárias nos gastos dogoverno), mas em sua versão ampliada, supondo investimentos,tributos e importações como funções crescentes do produto nacional.Sua fórmula é:

kG = ∆ y = 1 .∆ G 1 – b ( 1 – t1 – i1 + m1)

onde:

b = propensão marginal a consumir = 0,8;t1 = alíquota marginal da tributação = 0,2 (obtida na função T =

12 + 0,2y);

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i1 = propensão marginal a investir = 0,1 (obtida na função I = 5+ 0,1y);

m1 = propensão marginal a importar = 0,14 (obtida na função M= 10 + 0,14y).

Temos então:

kG = 1 . 1 – 0,8 (1 – 0,2) – 0,1 + 0,14

Portanto, um aumento de 100 nos gastos do governo leva a umaumento do produto de 250, tudo o mais mantido constante.

QUESTÕES ADICIONAIS

1. No modelo keynesiano de determinação de equilíbrio da rendae do produto, é certo que:

a) Um aumento nos impostos tem maior poder de diminuir oproduto de equilíbrio que igual contração nos gastos dogoverno, tudo mais constante.

b) A estabilidade do equilíbrio requer propensão marginal aconsumir maior que 1.

c) A propensão marginal a consumir é maior que a propensãomédia a consumir.

d) O produto estará em equilíbrio, quando o investimentorealizado for igual à poupança realizada.

e) A propensão média a consumir é maior que a propensãomarginal a consumir.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

No modelo keynesiano de determinação da renda:• a função consumo é dada por C = a + byd;

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onde:

C: consumo;a: consumo autônomo (que não depende da renda);b: propensão marginal a consumir; eyd: renda disponível.

• a propensão média a consumir é igual a

PMeC = C = a + byd = a + b yd yd yd

• a propensão marginal a consumir é dada por PMgC = b;

Como a é positivo, conseqüentemente, PMeC > PMgC. yd

2. A ocorrência do efeito multiplicador keynesiano de procura debens e serviços será garantida se:

a) A economia estiver operando com pleno emprego de mão-de-obra.

b) Houver equilíbrio entre a procura e a oferta globais de bens eserviços.

c) O fluxo do investimento adicional for mantido.d) Houver equilíbrio no mercado monetário.e) Houver equilíbrio no balanço de pagamentos.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

A ocorrência do efeito multiplicador keynesiano de procura debens e serviços será mantida se o fluxo do investimento adicional formantido. Assim como a renda aumentará num múltiplo do aumentoautônomo de investimentos, ela também cairá segundo um múltiplode uma eventual queda dos investimentos (ou outro elementoautônomo da demanda agregada).

3. O multiplicador keynesiano do orçamento equilibrado é:

a) Positivo e maior que um.b) Positivo e localizado entre zero e um.c) Igual a zero.d) Igual a um.e) Negativo com o valor absoluto maior que um.

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RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

O multiplicador keynesiano do orçamento equilibrado é igual aum. Significa que, dado um aumento nos gastos do governo e natributação de igual valor (por exemplo, 100), a renda nacionalaumentará nessa mesma magnitude (100). Isso ocorre porque a somados efeitos multiplicadores dos gastos

kG = 1 . 1 – b

e da tributação

kT = – b . 1 – b

(sendo b a propensão marginal a consumir) é igual a um.

Assim:

kG + kT = 1 – b = 1 – b = 1 1 – b 1 – b 1 – b

Por essa razão, o Teorema do Orçamento Equilibrado também éconhecido como Teorema do Multiplicador Unitário (ou ainda Teoremade Haavelmo, seu criador).

4. Indique a opção falsa. No modelo keynesiano de determinaçãoda renda:

a) Os acréscimos à capacidade produtiva resultantes do aumentode investimento não são computados, pois o estoque de capital,no curto prazo, é supostamente dado.

b) Um aumento no investimento resultará em um aumento narenda de equilíbrio, menor se a receita de impostos for funçãocrescente da renda do que se o imposto for fixo.

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c) Quando os gastos do governo e as receitas de um imposto fixosão aumentados no mesmo montante, a renda nacional cresceno valor do aumento dos gastos do governo.

d) Os multiplicadores dos itens de despesas consideradasautônomas – como investimentos, gastos do governo ouexportações – são todos iguais e positivos.

e) A igualdade entre investimento realizado e poupança planejadaé condição de equilíbrio.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

A condição de equilíbrio, no modelo keynesiano dedeterminação da renda, é dada pela igualdade entre investimentoplanejado (ex ante) e poupança planejada (ex ante) e não peloinvestimento realizado (ex post) e poupança planejada (ex ante). Asdemais alternativas estão corretas. As alternativas a e d são auto-explicativas. A alternativa b refere-se ao fato de o efeito multiplicadorde um aumento no investimento ser menor, quando a tributação éuma função crescente da renda, pois isso representa um vazamentode renda a cada etapa do processo. A alternativa c refere-se aomultiplicador do orçamento equilibrado (ou multiplicador unitário).

5. Um dos pontos-chaves do modelo keynesiano é que o produtonacional de equilíbrio é determinado pela demanda efetiva eque:

a) O produto nacional de equilíbrio pode situar-se abaixo do plenoemprego dos recursos produtivos.

b) A oferta agregada determina sozinha o pleno emprego.c) A demanda agregada não afeta o nível de emprego de

trabalhadores.d) O pleno emprego é sempre atingido qualquer que seja a

propensão marginal a consumir.e) O equilíbrio sempre coincide com o pleno emprego.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

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As alternativas b, c, d e e correspondem ao modelo clássico. Aalternativa correta é a a porque a economia pode estar em equilíbriotendo desemprego de recursos produtivos.

11O LADO MONETÁRIO DA ECONOMIA

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110

QUESTÕES PROPOSTAS

1. O que define a moeda é sua liquidez, ou seja, a capacidade quepossui de ser um ativo prontamente disponível e aceito paraas mais diversas transações. Além disso, três outrascaracterísticas a definem:

a) Forma metálica, papel-moeda e moeda escritural.b) Instrumento de troca, unidade de conta e reserva de valor.c) Reserva de valor, credibilidade e aceitação no exterior.d) Instrumento de troca, curso forçado e lastro-ouro.e) Forma metálica, reserva de valor e curso forçado.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

A moeda é definida por sua liquidez e tem três outrascaracterísticas (ou funções): serve como instrumento de troca,unidade de conta de toda a economia e reserva de valor dos agentes.

2. As operações entre o público e o setor bancário, conforme ocaso, podem criar meios de pagamento ou destruir meios depagamento. Dentre as operações a seguir relacionadas, qualdelas é responsável pela criação de meios de pagamento?

a) Pessoas realizam depósitos a prazo nos bancos.b) Bancos vendem ao público, mediante pagamento a vista, em

moeda, títulos de diversas espécies.c) A empresa resgata um grande empréstimo contraído no sistema

bancário.

d) Empresas levam aos bancos duplicatas para desconto,recebendo a inscrição de depósitos a vista ou moeda manual.

e) Saque de cheques nos caixas dos bancos.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

Analisaremos todas as alternativas:

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• alternativa a: há destruição de moeda, pois depósitos aprazo não são considerados meios de pagamento (M1);

• alternativa b: há destruição de moeda (bancos reduzem M1 eampliam M2, M3 ou M4, dependendo dos títulos vendidos aopúblico);

• alternativa c: há destruição de moeda, pois diminui M1 (oudiminuindo moeda com o público, ou seus depósitos), eaumenta o caixa dos bancos comerciais;

• alternativa d: há criação de moeda, pois o aumento dosdepósitos a vista ou moeda manual aumenta os meios depagamento;

• alternativa e: é apenas uma transferência de depósitos emconta corrente para moeda em poder público (não altera M1,somente sua composição).

3. O Banco Central do Brasil (Bacen) tem, entre suasresponsabilidades, a de:

a) Emitir papel-moeda, fiscalizar e controlar os intermediáriosfinanceiros,supervisionar a compensação de cheques.

b) Atuar como banco do governo federal e renegociar a dívidaexterna brasileira.

c) Aceitar depósitos, conceder empréstimos ao público e controlaros meios de pagamento do país.

d) Executar as políticas monetária e fiscal do país.e) Formular a política monetária e cambial do país.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

As funções do Bacen refletem seu objetivo de regular a moeda eo crédito em níveis compatíveis com o crescimento da produção,mantendo a liquidez do sistema. Isso ocorre por meio de emissão depapel-moeda, fiscalização e controle dos intermediários financeiros esupervisão da compensação de cheques, entre outros. Note que oBacen não é um banco comercial, portanto, não concede empréstimosao público e não aceita depósitos do público. A política fiscal e aformulação de políticas cambial e monetária são responsabilidades dogoverno.

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112

4. Entende-se por “operações de mercado aberto’ ’ ,especificamente:

a) Concessão de empréstimos, por parte dos bancos comerciais,empresas e consumidores.

b) Concessão de empréstimos, pelo Banco Central, a bancoscomerciais.

c) Venda de ações, em bolsa, pelas empresas ao público em geral.d) Atividade do Banco Central na compra ou venda de obrigações

do governo.e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

Operações de mercado aberto consistem em compras e/ouvendas, por parte do Bacen, de obrigações (títulos) governamentais nomercado de capitais.

5. A principal função da reserva compulsória sobre os depósitosbancários, como instrumento de política monetária, é:

a) Permitir ao governo controlar a demanda de moeda.b) Permitir às autoridades monetárias controlar o montante de

moeda bancária que os bancos comerciais podem criar.c) Impedir que os bancos comerciais obtenham lucros excessivos.d) Impedir as “corridas bancárias’’.e) Forçar os bancos a manter moeda ociosa no sentido de cobrir

as suas necessidades de caixa.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

A reserva compulsória é um instrumento de política monetáriaque permite às autoridades monetárias controlar o montante demoeda bancária que os bancos comerciais podem criar, isto é, permiteo controle dos meios de pagamento.

6. Constitui-se num instrumento de redução do efeitomultiplicador dos meios de pagamentos:

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113

a) Um aumento dos depósitos compulsórios dos bancoscomerciais às autoridades monetárias.

b) Uma diminuição dos depósitos compulsórios dos bancoscomerciais às autoridades monetárias.

c) Um aumento da taxa de juros no mercado de capitais.d) Uma diminuição da participação do papel-moeda em poder do

público na composição dos meios de pagamento.e) Nenhuma das alternativas anteriores.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

Um aumento nos depósitos ou reservas compulsórias dosbancos comerciais diminui a possibilidade dos bancos comerciais deemprestarem ao setor privado, reduzindo assim a multiplicação damoeda na economia. As alternativas b e d representam fatores deexpansão do efeito multiplicador dos meios de pagamento. Umaumento da taxa de juros (alternativa c) não afeta o multiplicadormonetário.

7. Numa economia em que as autoridades monetárias nãorecebem depósitos a vista do público, em que as reservastotais dos bancos comerciais constituem 30% dos depósitos avista e o público, em média, guarda papel-moeda na razão de20% dos depósitos a vista, o multiplicador da base monetáriaé igual a:

a) 2,4b) 2,5c) 3,3d) 3,4e) 5

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

A fórmula do multiplicador da base monetária (que representaum aumento dos meios de pagamento, dado um aumento na base), é:

m = 1 + c c + r

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ECONOMIA MICRO E MACRO

114

sendo: c = taxa de retenção de moeda pelo público, sobre o total dedepósitos a vista; e

r = taxa de reservas dos bancos comerciais, sobre o total dedepósitos a

vista.

No exercício com r = 0,3 e c = 0,2, temos que:

m = 2,4

8. Para reduzir o volume de meios de pagamentos, o BancoCentral deve:

a) Comprar títulos da dívida pública.b) Elevar a emissão de papel-moeda.c) Elevar a taxa de redesconto.d) Reduzir a reserva compulsória dos bancos comerciais.e) Reduzir a taxa de juros para desconto de duplicatas.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

Para reduzir o volume de meios de pagamento, o Bacen deveelevar a taxa de redesconto, estimulando os bancos comerciais areduzir os empréstimos ao setor privado, isto é, causando umaredução dos meios de pagamento. As outras alternativas levam aoaumento do volume de meios de pagamento.

9. A teoria quantitativa da moeda afirma que:

a) Uma variação na quantidade de moeda, caso sua velocidade decirculação seja estável, causará uma variação na mesmadireção no produto nacional em termos nominais.

b) A velocidade de circulação da moeda é instável.c) Uma variação na quantidade de moeda causa aumentos nos

gastos do governo.d) A quantidade de moeda em circulação não afeta nem o nível de

renda, nem o nível de preços.e) A quantidade de moeda determina o nível de taxa de juros e,

por conseguinte, a taxa corrente de investimento.

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115

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

A equação quantitativa é dada por:

MV = Py

onde:

M = saldo da quantidade de moeda ou meios de pagamentos;V = velocidade-renda (ou de circulação) da moeda (número de

giros que a moeda dá ao longo de um período);P = nível geral de preços;y = renda (produto) real;Py = renda nominal ou monetária = Y.

Reescrevendo a equação MV = Y, temos que com a velocidadeconstante (V), uma variação na quantidade de moeda M causarávariação na mesma direção no produto nacional em termos nominais(Y).

10. Na hipótese de que um país esteja produzindo com plenautilização dos fatores de produção, um aumento da ofertamonetária provocará:

a) Aumento da renda real.b) Diminuição da renda real.c) Aumento do nível geral de preços.d) Diminuição do nível geral de preços.e) Aumento de emprego de mão-de-obra.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

Voltando à equação quantitativa da moeda:

MV = Py

Se o país estiver com um nível de renda (produto) de plenoemprego (portanto, y constante), isto é, utilizando todos os fatores deprodução, um aumento da oferta monetária (M), supondo V constante,deverá provocar um aumento de preços (P).

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11. Segundo a teoria quantitativa da moeda, a velocidade-rendada moeda é:

a) Crescente com a taxa de juros.b) Decrescente com a taxa de juros.c) Crescente com o índice geral de preços.d) Decrescente com o nível geral de preços.e) Constante.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

Segundo a teoria quantitativa da moeda, a velocidade-renda damoeda é sempre constante. A velocidade-renda da moeda depende defatores institucionais, como hábitos de pagamento, grau deverticalização da estrutura produtiva etc., que só se alteram a prazosmuito longos. Outrossim, no modelo keynesiano, a velocidade-rendada moeda não é constante, pois depende da taxa de juros.

12. Uma das medidas abaixo é inconsistente com uma políticatipicamente monetarista de combate à inflação. Identifique-a:

a) Restrições às operações de crédito ao consumidor.b) Elevação das taxas de juros.c) Diminuição dos depósitos compulsórios dos bancos comerciais

no Banco Central.d) Reajustes salariais abaixo da inflação do período.e) Cortes em subsídios governamentais.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

A diminuição nos depósitos compulsórios, tudo o maisconstante, aumenta o multiplicador bancário e, conseqüentemente,provoca expansão nos meios de pagamento. Numa políticatipicamente monetarista de combate à inflação, busca-se contraçãodos meios de pagamentos, nunca expansão.

QUESTÕES ADICIONAIS

1. De acordo com o modelo estático de equilíbrio, se um excessode demanda agregada em relação à oferta agregada provocarelevação do nível geral de preços:

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a) Esse aumento de preço persistirá se o governo não permitir aexpansão dos meios de pagamento.

b) A taxa de juros aumentará e o nível de emprego cairá se ogoverno permitir a adequada expansão dos meios depagamento.

c) Adequada expansão dos meios de pagamento reduzirá o custodo dinheiro e, com isso, serão reduzidos os preços naeconomia.

d) Esse aumento de preços será eliminado em conseqüência doreequilíbrio entre demanda e oferta agregados se, tudo o maisconstante, o governo não permitir a expansão dos meios depagamento.

e) O desequilíbrio será necessariamente auto-agravante, ou seja,aumentos de preços serão repassados aos salários e estes, denovo, aos preços, e assim por diante.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

Um excesso de demanda sobre a oferta agregada pode serexpresso graficamente da seguinte forma:

R en da real

D A

O A

P1

P

y

excesso de D A

P2

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Se o governo não alterar o volume de meios de pagamentos, oexcesso de demanda agregada provocará inflação de demanda,elevando os preços de P0 para P1, quando então oferta e demandaagregada se reequilibrarão automaticamente.

2. Uma das características básicas do modelo keynesiano é que:

a) A propensão marginal a consumir é sempre igual à unidade.b) A função-poupança depende somente das taxas de juros.c) A elasticidade-renda de demanda por moeda é sempre igual a

zero.d) A renda de equilíbrio é a renda de pleno emprego.e) A velocidade de circulação da moeda depende da taxa de juros.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

No modelo keynesiano, a velocidade de circulação da moedadepende da taxa de juros. Isso ocorre pois a demanda de moeda nomodelo keynesiano depende da taxa de juros (e da renda nominal).Como a velocidade de circulação da moeda é igual à razão entredemanda de moeda e renda nominal, isto é, V = Md/Y, a variação dataxa de juros afeta a demanda de moeda e sua velocidade decirculação.

3. Em 1986, o Banco do Brasil sofreu uma alteração em seu papeldentro do Sistema Financeiro Nacional. Que alteração foiessa?

a) O Banco do Brasil perdeu sua função de autoridade monetáriaquando, por decisão do CMN, foi suprimida a ContaMovimento.

b) O Banco do Brasil deixou de ser o executor da política oficial decrédito rural e industrial.

c) O Banco do Brasil passou a ser o banco emissor.d) O Banco do Brasil passou a aprovar os orçamentos monetários

preparados pelo Banco Central.

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e) O Banco do Brasil passou a regular o funcionamento e afiscalização de todas as instituições financeiras que operam nopaís.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

Em 1986 (após o Plano Cruzado), o Banco do Brasil deixou deser Autoridade Monetária ao perder a conta “Movimento”, que lhepermitia sacar, a custo zero, volumes monetários contra o TesouroNacional, e atender, assim, às demandas de crédito do setor estatal.

4. São funções do Conselho Monetário Nacional e da Comissão deValores Mobiliários, respectivamente:

a) Executar a política monetária e realizar a compensação decheques.

b) Fortalecer o setor empresarial nacional e estimular a aplicaçãode poupança no mercado acionário.

c) Autorizar as emissões de papel-moeda e ser o Banco dosBancos.

d) Fixar diretrizes e normas da política cambial e regulamentar asoperações de redesconto de liquidez.

e) Estabelecer limites para a remuneração das operações eserviços bancários, assegurar o funcionamento eficiente eregular bolsas de valores e instituições auxiliares que atuemnesse mercado.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

Cabe ao Conselho Monetário Nacional (CMN) o estabelecimentode limites para a remuneração das operações e serviços bancários eassegurar seu funcionamento eficiente (entre outros); e à Comissão deValores Mobiliários (CVM) cabe regular as bolsas de valores einstituições auxiliares que atuem nesse mercado.

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12INTERLIGAÇÃO ENTRE O LADO REAL

E O LADO MONETÁRIO – ANÁLISEIS-LM

QUESTÕES PROPOSTAS

1. Numa economia fechada, mas com governo, a curva ISconvencional é o locus das combinações de renda e taxa dejuros que faz com que:

a) O consumo seja igual ao investimento.b) A poupança seja igual ao investimento.c) Poupança mais os impostos sejam iguais aos gastos do governo

mais os investimentos.d) A poupança mais os impostos sejam iguais aos gastos do

governo.

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e) Os impostos sejam iguais aos gastos do governo.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

A curva IS convencional é sempre o locus das combinações derenda e taxa de juros que faz com que os vazamentos sejam iguais àsinjeções da economia. Numa economia fechada e com governo, issosignifica que a poupança mais os impostos sejam iguais aos gastos dogoverno mais investimentos, respectivamente. É o equilíbrio nomercado de bens e serviços da economia.

2. A forma da curva IS depende:

a) Da procura por precaução e especulativa por dinheiro.b) Do tamanho do multiplicador e da elasticidade do investimento

em relação à taxa de juros.c) Do tamanho do multiplicador e dos requisitos de reserva

monetária.d) Da procura especulativa para transações por dinheiro.e) Da posição do ramo da curva LM conhecida como “armadilha

da liquidez’’.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

O tamanho do multiplicador keynesiano e a elasticidade dosinvestimentos em relação à taxa de juros são os dois fatores quedeterminam a forma e a inclinação da curva IS, enquanto o formatoda curva LM depende da elasticidade da demanda de moeda emrelação à taxa de juros e da velocidade-renda da moeda (inverso docoeficiente marshalliano).

3. Das medidas de política econômica abaixo, indique aquela queprovoca deslocamento para a direita da curva IS:

a) Redução da carga tributária autônoma.b) Aumento da carga tributária autônoma.c) Redução dos salários nominais.d) Aumento dos salários nominais.e) Redução dos gastos do governo.

RESPOSTA: alternativa a.

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Solução:

A redução da carga tributária autônoma provoca aumentoautônomo (isto é, independente da renda) na função consumo e napoupança. As pessoas consumirão e pouparão mais, dadas as taxasde juros. Isso representa deslocamento da curva IS para a direita.

4. No modelo IS/LM, o conhecido “ efeito multiplicador’ ’ dasdespesas governamentais, dos investimentos autônomos e dasexportações é tanto maior:

a) Quanto maior for o efeito das taxas de juros sobre o consumo eo investimento.

b) Quanto menor for a propensão marginal a consumir e ainvestir.

c) Quanto menor for o efeito das taxas de juros sobre o consumo eo investimento.

d) Quanto maior for o efeito da inflação sobre o consumo.e) Quanto menor for o efeito da inflação sobre o consumo.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

A questão refere-se ao multiplicador keynesiano para o modelocompleto. O multiplicador, coeteris paribus, será maior quanto maiorfor a propensão marginal a consumir e quanto menor for o efeito dastaxas de juros sobre o investimento.

O efeito da taxa de juros sobre o investimento é a declividadeda função demanda de investimentos, que afeta a declividade da IS.Quanto menor esse efeito (isto é, quanto mais inelástica a demandade investimentos às variações na taxa de juros), menos a políticamonetária amortece o efeito multiplicador da demanda agregada sobreo nível de renda.

Cabe destacar que o efeito da taxa de juros sobre o consumo éincorporado no efeito do investimento. E que o modelo, em sua versãotradicional, não trata do efeito da inflação sobre o consumo, poisrefere-se apenas a variáveis reais, com preços fixados.

Outrossim, devemos destacar que, quanto menor for o efeito dataxa de juros sobre a demanda de moeda, maior será o multiplicadorda política fiscal; contudo, não é o que pede o exercício.

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5. No que se refere ao equilíbrio do produto nacional e da taxa dejuros em uma economia, é correto afirmar:

a) Uma política monetária contracionista levaria a uma reduçãona produção e na taxa de juros.

b) Um aumento na tributação, tudo o mais constante, provocariaa redução na produção e aumento na taxa de juros daeconomia.

c) Uma política fiscal expansionista, de redução do superávit ouaumento do déficit do governo, provocaria aumento no produtonominal e na taxa de juros.

d) Uma política fiscal conduzida para reduzir o déficit do governo,tudo o mais constante, provocaria aumento na taxa de juros deequilíbrio e redução no produto nominal.

e) Uma política monetária expansionista levaria a um aumento dejuros e redução na produção.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

Uma política fiscal expansionista, de redução do superávit ouaumento do déficit do governo, provocaria aumento no produtonominal e na taxa de juros. Veja o quadro a seguir:

Política Taxas de juros Produto nominal

Fiscal expansionista

Fiscal contracionista

Monetáriaexpansionista

Monetáriacontracionista

aumentam

diminuem

diminuem

aumentam

aumenta

diminui

aumenta

diminui

6. Uma economia apresenta desemprego de mão-de-obra comequilíbrio ocorrendo em uma situação extrema de escassez deliquidez. Então, uma política econômica adequada paraeliminar o desemprego será:

a) Diminuir o volume dos meios de pagamentos.b) Aumentar o volume dos meios de pagamentos.c) Diminuir os gastos do governo.

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d) Aumentar os gastos do governo.e) Diminuir a carga tributária.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

Nesse caso, tendo uma situação de extrema escassez deliquidez, é um sinal de que estamos no caso clássico (isto é, de que acurva LM é vertical); portanto, a recomendação de política econômicaé de expansão nos meios de pagamentos (para deslocar a LM para a

direita). Graficamente:

Cabe destacar que, nessa situação, a política fiscal é ineficaz(isto é, um deslocamento da curva IS apenas agravaria o problema defalta de liquidez). Graficamente:

Taxa dejurosi

(Renda real)

Taxa dejurosi

(Renda real)

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7. Se os investimentos forem absolutamente inelásticos comrelação a variações na taxa de juros:

a) Aumentos no estoque de moeda, tudo o mais constante,acarretarão aumentos no produto nacional.

b) Maiores gastos do governo acarretarão redução na taxa dejuros da economia.

c) Aumentos no estoque de moeda, tudo o mais constante,provocarão aumentos na taxa de juros de equilíbrio daeconomia.

d) Aumentos de estoque de moeda, tudo o mais constante, nãoproduzirão efeito sobre o produto nacional.

e) A política fiscal será completamente ineficaz para promovermodificações no produto nacional.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

Dentro do modelo keynesiano, aumentos no estoque de moeda,tudo o mais constante, levam a uma queda na taxa de juros (dinheiroabundante no mercado). Como os investimentos dependeminversamente da taxa de juros, uma queda na taxa de juros deveriaviabilizar novos projetos de investimento, elevando a demandaagregada e, conseqüentemente, o produto nacional (supondodesemprego de recursos). Esse fenômeno é o chamado “efeito Keynes’’,relativo a uma expansão monetária sobre o lado real da economia.Entretanto, a questão supõe que os investimentos são absolutamenteinelásticos em relação à taxa de juros, o que fará com que umaexpansão monetária não consiga elevar o produto nacional(alternativa d).

8. Uma economia em que se aplica o modelo keynesianogeneralizado apresenta desemprego de mão-de-obra e posiçãode equilíbrio no trecho intermediário da curva LM. A adoçãode uma medida de política monetária pura, anti-recessiva,provocará:

a) Aumento das taxas de juros, da renda real e do emprego demão-de-obra.

b) Aumento da taxa de juros e da renda real e redução doemprego de mão-de-obra.

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c) Redução da taxa de juros e aumento da renda real e doemprego de mão-de-obra.

d) Redução da taxa de juros e da renda real e aumento doemprego de mão-de-obra.

e) Redução da taxa de juros, da renda real e do emprego da mão-de-obra.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

Graficamente, temos:

Nessa situação, uma medida de política monetária pura deslocaLM0 para LM1, provocando aumento da renda real e redução da taxade juros, além do aumento do emprego de mão-de-obra (pois oequilíbrio inicial está na situação em que não há pleno emprego dosrecursos).

9. No ramo da “armadilha de liquidez’ ’ da curva LM, umacréscimo de gastos induz um aumento da renda que é:

a) Menor do que aquele dado pelo multiplicador keynesiano.b) Maior do que aquele dado pelo multiplicador keynesiano.c) Igual ao dado pelo multiplicador keynesiano.d) Igual ao supermultiplicador.e) Nenhum dos casos acima.

RESPOSTA: alternativa c.

i

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Solução:

No ramo da “armadilha da liquidez”, o aumento dos gastos dogoverno não afeta a taxa de juros e, portanto, não reduz osinvestimentos do setor privado (não ocorre crowding-out). Assim, oefeito do aumento dos gastos do governo não sofre nenhum“desconto”, sendo completo e igual ao multiplicador keynesiano.

QUESTÕES ADICIONAIS

1. Aponte a alternativa incorreta:

a) A sensibilidade da demanda de investimentos em relação à taxade juros é um fator que determina a inclinação da curva IS.

b) A elasticidade da demanda especulativa em relação à taxa dejuros é um fator que explica o formato da curva LM.

c) Aumentos da oferta de moeda deslocam a curva LM.d) A velocidade-renda da moeda é um fator de deslocamento da

curva IS.e) Todas as respostas anteriores estão erradas.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

As alternativas de a a d estão corretas, e portanto e é incorreta.A declividade da curva IS depende do valor do multiplicadorkeynesiano de gastos e da elasticidade da demanda de investimentosem relação à taxa de juros, enquanto a declividade da curva LMdepende da velocidade-renda da moeda e da elasticidade da demandade moeda em relação à taxa de juros.

2. Trata-se de um fator que afeta o comportamento da curva IS:

a) Elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros.b) Propensão marginal a poupar.c) Velocidade-renda da moeda.d) Oferta de moeda.e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

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Alterações da propensão a poupar afetam o valor domultiplicador keynesiano e, portanto, da curva IS. As alternativas a, ce d referem-se a variáveis que afetam a curva LM.

13INFLAÇÃO

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QUESTÕES PROPOSTAS

1. Se todos os preços subirem, pode-se ter certeza que houveinflação?

a) Sim.b) Sim, contanto que a taxa de juros real não se altere.c) Sim, contanto que a renda de equilíbrio esteja abaixo da renda

de pleno emprego.d) Sim, contanto que a taxa de juros nominal não se altere.e) Sim, contanto que este aumento faça parte de alta persistente

no nível geral de preços.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

Se todos os preços subirem, o aumento de preços égeneralizado. Para que isso signifique inflação, esse aumento deve sergeneralizado e também contínuo, isto é, deve fazer parte de altapersistente no nível geral de preços.

2. Uma das conseqüências mais claras de todo processoinflacionário é:

a) Que o PIB em termos reais permanece estacionário.b) Que a classe trabalhadora e, em geral, aqueles que percebem

rendas fixas sofrem perda de poder aquisitivo.c) Que o multiplicador keynesiano tende a zero.d) Que a tecnologia da economia tende a mostrar rendimentos

crescentes de escala (ou custos unitários decrescentes).e) Que a velocidade de circulação da moeda decresce.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:A perda de poder aquisitivo da classe trabalhadora e daqueles

que recebem rendas fixas é uma das conseqüências mais claras doprocesso inflacionário. Isso acontece pois seus orçamentos ficam cadavez mais reduzidos até a chegada de um reajuste. As demaisalternativas são menos óbvias, sendo que as alternativas d e e estãototalmente incorretas.3. A “Curva de Phillips” expressa uma relação entre:

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a) A taxa de crescimento do produto real e a taxa de crescimentodos gastos do setor público.

b) O volume de desemprego e a taxa de salário nominal.c) A taxa de crescimento do nível geral de preços e a parcela do

PIB apropriada pelos trabalhadores.d) A taxa de desemprego e a taxa de crescimento dos salários

nominais.e) A taxa de crescimento do nível geral de preços e a taxa de

crescimento dos gastos do setor público.

RESPOSTA: alternativa d.Solução:A Curva de Phillips expressa uma relação (inversa) entre a taxa

de desemprego e a taxa de crescimento dos salários nominais (querepresenta a taxa de inflação).4. Considerando os dois gráficos abaixo, onde:

OA = oferta agregada;DA = demanda agregada;P = nível geral de preços;Y = nível de renda real;y* = nível de renda real com pleno emprego.

Qual das seguintes assertivas é verdadeira?

a) O gráfico I representa alta de preços atribuível a uma inflação decustos.

b) O gráfico II representa alta de preços atribuível a uma inflaçãode demanda.

G R Á FIC O I G R Á FIC O II

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c) Tanto o gráfico I como o gráfico II representam alta de preçosatribuível a uma inflação de demanda.

d) O gráfico II representa alta de preços atribuível a uma inflaçãode custos.

e) Nenhum dos gráficos está representando elevação dos preços.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

O gráfico I representa alta de preços atribuível a uma inflaçãode demanda (pois a demanda aumenta) e o gráfico II representa altade preços atribuível a uma inflação de custos (pois a oferta aumenta).Portanto, a alternativa d está correta.

5. Quando o governo possui déficit público excessivo e emitemoeda para cobri-lo, é válido esperar que:

a) Gere inflação interna.b) Gere déficit no balanço comercial do país e queda de preços

internos.c) Gere excesso de oferta de bens do setor privado.d) Não tenha nenhum impacto sobre o sistema econômico.e) Aumente a dívida externa do país e provoque deflação interna.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

A emissão de moeda, quando o governo já possui déficit públicoexcessivo, tende a provocar inflação de demanda, pois levanormalmente a um aumento da demanda, em relação à oferta de bense serviços (“muito dinheiro à cata de poucas mercadorias”).

6. A essência das análises econômicas realizadas pelos ideólogosda reforma monetária que culminou no Plano Cruzado resideno fato de que: “um determinante significativo da inflaçãocorrente é a própria inflação passada” e que “o melhorprevisor da inflação futura é a inflação passada” . A essefenômeno os analistas denominam:

a) Efeitos de preços relativos.b) Inflação inercial.c) Hiperinflação.d) Inflação de demanda.

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e) Inflação de custos ou de oferta.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

A inflação inercial é provocada fundamentalmente pelosmecanismos de indexação formal (correção de salários, aluguéis edemais contratos) e informal (preços de bens e serviços e tarifas eimpostos públicos). Por essa razão, os mentores do Plano Cruzadopropuseram o congelamento geral de preços, salários e tarifas, paraeliminar a “memória” inflacionária.

7. Das assertivas a seguir, assinale aquela que é verdadeira.

a) Qualquer pressão inflacionária pode ser eliminada desde que ospreços se tornem perfeitamente flexíveis para cima.

b) Segundo a teoria quantitativa da moeda, jamais poderá ocorrerinflação por excesso de demanda.

c) Em uma economia com desemprego de mão-de-obra não podeocorrer inflação.

d) Não é possível eliminar um processo inflacionário se os saláriosestão crescendo.

e) O fenômeno da ilusão monetária pode originar um processoinflacionário por excesso de demanda.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

A ilusão monetária refere-se ao fato de que as pessoaspercebem mais o salário nominal (monetário) do que o salário real, ouseja, não percebem claramente que os preços dos bens aumentammais que seus salários nominais. Com isso, os trabalhadoresoferecem mais seus serviços do que deveriam, pensando que o salárioé maior do que efetivamente é. Ademais, as pessoas, julgando-se maisricas, demandam mais bens e serviços. Se a economia estiver com aoferta de bens a pleno emprego, esse fenômeno pode provocar inflaçãode demanda.

8. Supondo que a economia se encontre a pleno emprego:

a) Um aumento nos gastos do governo, tudo o mais constante,provocaria aumento do produto real e redução do nível geral depreços.

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b) Uma redução nos tributos, tudo o mais constante, levaria auma redução no produto real da economia.

c) Uma expansão dos meios de pagamento, tudo o maisconstante, provocaria inflação de oferta.

d) Um aumento nos níveis de investimento, tudo o maisconstante, provocaria inflação de oferta.

e) Um aumento nos níveis de investimento, tudo o maisconstante, provocaria inflação de demanda.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

Um aumento nos níveis de investimento, tudo o maisconstante, provoca inflação de demanda, quando a economia seencontra em pleno emprego. Deve ser observado que, a curto prazo,os investimentos são tipicamente elementos da demanda agregada.Apenas a longo prazo eles são considerados como oferta agregada,quando então aumentam a capacidade produtiva da economia.

QUESTÕES ADICIONAIS

1. Aponte a alternativa incorreta:

a) A estagflação refere-se à ocorrência simultânea de inflação edesemprego.

b) Aumentos nos preços dos produtos agrícolas, por força degeadas, provocam inflação de custos.

c) Segundo a corrente estruturalista, a principal causa da inflaçãoé o desequilíbrio estrutural do setor público.

d) “Dinheiro demais à cata de poucos bens” define uma inflaçãode demanda.

e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

Segundo a corrente estruturalista, as principais causas dainflação não são em virtude do desequilíbrio do setor público, mas defatores estruturais mais relacionados ao setor privado, tais como abaixa sensibilidade da agricultura, estímulos de preços (devido àestrutura agrária), à estrutura oligopolista do mercado, que provoca

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estagflação, à estrutura do comércio internacional, que obriga ospaíses periféricos a constantes desvalorizações de sua moeda etc.

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14O SETOR EXTERNO

QUESTÕES PROPOSTAS

1. Uma política econômica de valorização da moeda nacional emrelação à moeda internacional visa:

a) Aumentar as exportações e reduzir as importações.b) Reduzir as exportações e aumentar as importações.c) Manter exportações e importações inalteradas.d) Facilitar a entrada de capitais oficiais compensatórios no país.e) Facilitar a entrada de capital estrangeiro de risco no país.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

As exportações, tudo o mais constante, aumentam quando amoeda nacional é desvalorizada e diminuem quando a moedanacional é valorizada. Por outro lado, as importações, tudo o maisconstante, aumentam quando a moeda nacional é valorizada ediminuem quando a moeda nacional é desvalorizada.

2. Qual das seguintes situações caracteriza um déficit no Balançode Pagamentos?

a) Saída líquida de capitais autônomos e transações correntesdeficitárias.

b) Aumento da dívida externa.c) Entrada líquida de capitais autônomos e transações correntes

superavitárias.d) Exportações menores do que as importações de bens e serviços.

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136

e) Entrada líquida de capitais autônomos superior ao déficit dastransações correntes.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

Saída líquida de capitais autônomos (MKA) e transaçõescorrentes (BTC) deficitárias garantem déficit no Balanço dePagamentos (BP), já que o saldo deste é igual à soma de MKA e BTC.MKA < 0 e BTC < 0 resultam em BP < 0. As alternativas c e e garantemum superávit no BP. As alternativas b e d são inconclusivas, poisreferem-se somente à Balança Comercial e à Balança de Capitais,respectivamente.

3. Um país paga juros sobre sua dívida externa para outro paíscredor. Essa transação será registrada no Balanço dePagamentos do país devedor com valor:

a) Negativo no balanço de serviços.b) Positivo no balanço de serviços.c) Negativo no balanço de capitais autônomos.d) Positivo no balanço de capitais autônomos.e) Negativo no balanço de capitais compensatórios.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

Pagamento de juros sobre a dívida externa é registrado noBalanço de Pagamentos com valor negativo no Balanço de Serviços,pois entra negativamente na conta Renda de Capitais.

4. Numa economia aberta, um déficit no Balanço de Pagamentosem conta corrente corresponde a:

a) Uma exportação de poupança doméstica, que se canaliza parainvestimento no exterior.

b) Uma saída de capitais para o exterior.c) Uma elevação do nível de reservas internacionais do país.d) Uma importação de poupança externa, que se canaliza para

investimentos domésticos.e) Um superávit no balanço de pagamentos.

RESPOSTA: alternativa d.

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Solução:

Um déficit em conta corrente (isto é, no Balanço de TransaçõesCorrentes) significa que o país recebeu mais bens e serviços do queenviou ao exterior. Nesse sentido, houve uma poupança externapositiva do país, que absorveu bens e serviços do exterior, que serãocanalizados para investimentos domésticos.

Assim, houve transferência real positiva para o país, mas umatransferência financeira negativa (a contrapartida em dólares para aentrada de recursos reais), ou seja, houve aumento do passivo externodo país com o resto do mundo.

5. Quanto ao Balanço de Pagamentos de um país, sabe-se que:

a) O saldo total do Balanço de Pagamentos é igual à soma dabalança comercial com o balanço de serviços, salvo erros eomissões.

b) O saldo de transações correntes, se positivo (superávit), implicaredução em igual medida do endividamento externo bruto, noperíodo.

c) A soma do movimento de capitais autônomos com o movimentode capitais compensatórios iguala (com o sinal trocado) o saldode transações correntes, salvo erro e omissões.

d) A soma do movimento de capitais autônomos com o de capitaiscompensatórios iguala (com o sinal trocado) o saldo total doBalanço de Pagamentos.

e) O saldo total do Balanço de Pagamentos é igual à soma dabalança comercial com o balanço de serviços e astransferências internacionais, salvo erros e omissões.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

A soma do movimento de capitais autônomos com o de capitaiscompensatórios iguala (com o sinal trocado) o saldo de transaçõescorrentes, salvo erro e omissões.

BTC = – (MKA + MKC)

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onde BTC é o saldo em transações correntes; MKA é o saldo da contade capitais autônomos; e MKC é o saldo da conta de capitaiscompensatórios.

6. Em determinada economia, o valor das exportações (FOB) é de18 bilhões de dólares e o valor das importações (CIF) é de 19bilhões de dólares, sendo que os fretes e seguros sobre asimportações correspondem a, respectivamente, 1 e 2 bilhõesde dólares. O saldo da balança comercial é:

a) Um superávit de 2 bilhões de dólares.b) Um déficit de 1 bilhão de dólares.c) Um superávit de 1 bilhão de dólares.d) Um déficit de 4 bilhões de dólares.e) Nem déficit, nem superávit.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

Como vimos na questão anterior, o saldo da balança comercialrefere-se a exportações e importações FOB. Como já temos o valor dasexportações FOB (18 bilhões), resta determinar as importações FOB,que são iguais às importações CIF (19 bilhões) menos fretes e segurossobre importações (3 bilhões), ou seja, as importações FOB são de 16bilhões (19 – 3).

Assim, o saldo da balança comercial é dado por:

Exportações FOB – Importações FOB = 18 – 16 = 2 bilhões dedólares de superávit.

7. Uma economia apresentou, em determinado ano, o seguinteregistro em suas transações com o exterior:

Exportações de mercadorias (FOB) = 100Importações de mercadorias (FOB) = 90Donativos (saldo líquido recebido) = 5Saldo do balanço de pagamentos em conta corrente (déficit) =

– 50Movimento de capitais autônomos (entrada líquida) = 10

Então, o saldo do balanço de serviços é igual a:

a) – 65 (déficit)b) – 70 (déficit)

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c) – 35 (déficit)d) +10 (superávit)e) – 15 (déficit)

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

Sendo BTC = Transações Correntes, BC = (X – M) = BalançoComercial, X = exportações, M = importações, BS = Balanço deServiços, TU = Transferências Unilaterais ou donativos e MKA =movimento de capitais autônomos, temos:

BTC = BC + BS + TU

BS = BTC – BC – TU = BTC – (X – M) – TU

BS = – 50 – (100 – 90) – 5 = – 65 (déficit)

8. Com os dados a seguir, para uma economia hipotética,responda às questões 8a e 8b:

Produto Nacional Líquido a custo de fatores 1.500Exportações de bens e serviços de não-fatores 100Importações de bens e serviços de não-fatores 200Tributos diretos 150Tributos indiretos 200Depreciação 60Saldo do governo em conta corrente 150Subsídios governamentais 80Saldo do Balanço de Pagamentos em conta corrente (déficit) 40

8a.O Produto Interno Bruto, a preços de mercado (PIBpm) é iguala:

a) 1.800b) 1.620c) 1.700d) 1.660e) 1.680

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

Para o cálculo do PIBpm, precisamos apenas das seguintesinformações do exercício:

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PNLcf = 1.500

Impostos Indiretos (Ti) = 200

depreciação (d) = 60

Subsídios (Sub) = 80

Temos então:

PNBcf = PNLcf + d = 1.500 + 60 = 1.560

PNBpm = PNBcf + Ti – Sub = 1.560 + 200 – 80 = 1.680

Para chegarmos ao PIBpm, precisamos de renda líquida defatores externos (RLFE), também chamada de serviços de fatores. Paraencontrar o valor da RLFE, é necessário conhecer a estrutura doBalanço de Pagamentos e, mais especificamente, do balanço detransações correntes.

O exercício supõe transferências unilaterais inexistentes, e asexportações e importações estão em termos de CIF (Cost Insuranceand Freight), não FOB (Free on Board). As importações e exportaçõesCIF (que são dadas) são as importações e exportações FOB acrescidasdos serviços não-fatores, e é dado o saldo do balanço de transaçõescorrentes. Com isso é possível determinar a RLFE (serviço de fatores).

O saldo em conta corrente do BP, ou Balanço de TransaçõesCorrentes (BTC), que equivale à soma da Balança Comercial (BC),Balanço de Serviços (BS) e Transferências Unilaterais (TU), podetambém ser mostrado como:

BTC = Xnf – Mnf + RLFE + TU

onde Xnf e Mnf são as exportações e serviços não-fatores.Substituindo os valores da questão, chegamos a

– 40 = 100 – 200 + RLFE + 0

e

RLFE = + 60

Voltando à fórmula do PIB e do PNB, vem:

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PNBpm = PIBpm + RLFE

1.680 = PIBpm + 60

PIBpm = 1.620

8b.Uma das alternativas abaixo é correta. Identifique-a:

a) A dívida externa cresceu 190, no período.b) O passivo externo líquido cresceu 40, no período.c) A disponibilidade interna de bens e serviços é igual a 1.820.d) A carga tributária bruta foi, aproximadamente, de 19% do PIB

a preços de mercado.e) A economia remeteu ao exterior poupança líquida igual a 40.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

O passivo externo líquido, com os dados do exercício, realmentecresce 40 como contrapartida ao déficit das transações correntes. Ouseja, as obrigações com o exterior aumentaram em 40.

Seria oportuno levantar comentários sobre as demaisalternativas:

• alternativa a: nada pode ser dito sobre a variação da dívidaexterna bruta, pois não temos informações sobre omovimento de capitais do balanço de pagamentos;

• alternativa c: a disponibilidade interna de bens e serviços éa soma do PIBpm com as transferências unilaterais. Como oPIBpm = 1.620, e as transferências inexistentes, adisponibilidade interna (ou Renda Nacional Disponível) é de1.620, e não 1.820;

• alternativa d: O Índice de Carga Tributária Bruta (ICTB ) éigual a:

ICTB = 21,6% (e não 19%, como no enunciado)

• alternativa e: O Brasil absorveu uma poupança líquida realde 40, e não remeteu 40. Deve ser lembrado que, quando hádéficit no balanço de transações correntes, isso significa queabsorvemos poupança no sentido real (absorvemos bens e

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serviços do exterior), e transferimos dólares para o exterior(transferência apenas em termos financeiros).

9. Uma das afirmações abaixo é correta. Identifique-a:

a) Define-se a taxa de câmbio como o preço, em moedaestrangeira, de uma unidade de moeda nacional.

b) A redução da taxa interna de juros é instrumento de combateao déficit do Balanço de Pagamentos.

c) Em qualquer regime de taxa de câmbio, o Banco Central éforçado a manter um volume adequado de reservas cambiaispara atender aos excessos de procura sobre oferta de moedaestrangeira.

d) Um país, no curto prazo, conseguirá sustentar a paridadecambial, em regime de taxas de câmbio fixas, reduzindo osjuros internos ou centralizando o câmbio.

e) Restrições tarifárias ou quantitativas às importações esubsídios às exportações são alternativas tecnicamenteinferiores às desvalorizações cambiais para melhorar o Balançode Pagamentos, porque podem distorcer a alocação de recursose ensejar medidas retaliatórias de outros países, que asneutralizem.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

A alternativa é auto-explicativa. Restrições tarifárias ouquantitativas às importações e subsídios às exportações sãoalternativas tecnicamente inferiores às desvalorizações cambiais paramelhorar o Balanço de Pagamentos, porque podem distorcer aalocação de recursos e ensejar medidas de retaliação de outros países,que as neutralizem.

10. O Brasil participa, ao lado de vários outros países, de váriosorganismos internacionais cujos objetivos, em síntese, são ofinanciamento a longo prazo, a realização de empréstimos, aregulamentação do fluxo de comércio exterior entre osdiversos países etc. Qual dentre esses organismosinternacionais foi criado com a finalidade de socorrer seus

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associados nos desajustes de seus balanços de pagamentos eevitar a instabilidade cambial?

a) Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird)(Banco Mundial).

b) Fundo Monetário Internacional (FMI).c) Corporação Financeira Internacional (CFI).d) Acordo Geral das Tarifas e Comércio (GATT) (General Agreement

on Tariffs and Trade).e) Organização Mundial do Comércio (OMC).

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

O FMI tem justamente a finalidade de socorrer os paísesassociados nos desajustes de seus balanços de pagamentos e evitar ainstabilidade cambial.

O Bird (Banco Mundial) é uma entidade de financiamento dodesenvolvimento econômico, enquanto o GATT (atual OMC) regula efiscaliza tarifas cobradas no comércio internacional, para evitarpráticas de dumping ou de protecionismo exacerbado.

A CFI (Corporação Financeira Internacional) é um órgão doBanco Mundial que financia projetos de melhoria de competitividade equalidade empresariais.

QUESTÕES ADICIONAIS

1. Uma “balança comercial favorável’ ’ significa:

a) Excesso de exportações de mercadorias e outros créditos emconta corrente sobre as importações de mercadorias e outrosdébitos em conta corrente.

b) Excesso de moeda estrangeira recebida por nosso país sobre amoeda de nosso país recebida por estrangeiros.

c) Excesso do total dos créditos sobre o total dos débitos nobalanço depagamentos.

d) Excesso de exportações de mercadorias sobre importações demercadorias.

e) Aumento da poupança externa.

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RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

Um balanço comercial (BC) favorável significa superávit no BC,que ocorre quando as exportações superam as importações. Note queisso significa redução da poupança externa.

2. O Balanço de Pagamentos do Brasil apresentou as seguintesestatísticas para um dado ano, em milhares de dólares:

Mercadorias e Serviços = – 312

Transferências Unilaterais = + 31

Balanço de Capitais Autônomos = + 871

Erros e Omissões = + 41

Pode-se afirmar, com base nesses dados, que o valor dastransações correntes para esse ano foi de:

a) – 281b) + 590c) + 549d) + 621e) + 902

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

Sendo BTC = saldo de Transações Correntes, BC = BalançoComercial, BS = Balanço de Serviços e TU = TransferênciasUnilaterais, temos:

BTC = BC + BS +TU = 0 + (– 312) + (+ 31) = – 281

3. Se o Balanço de Pagamentos Internacionais de uma naçãomostra que suas importações FOB representam menos do quesuas exportações FOB, a nação possui um:

a) Déficit no Balanço de Pagamentos.b) Superávit no Balanço de Pagamentos.c) Déficit na Balança Comercial.d) Superávit na Balança Comercial.

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e) A alternativa c é a correta.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:A situação em que importações FOB são menores que as

exportações FOB representa superávit na Balança Comercial, nadapodendo ser concluído sobre o Balanço de Pagamentos total.

15POLÍTICA FISCAL E DÉFICIT PÚBLICO

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QUESTÕES PROPOSTAS

1. Em matéria de tributação, o “princípio do benefício’ ’ afirmaque:

a) Os impostos devem ser distribuídos proporcionalmente ao nívelde renda dos indivíduos.

b) Os impostos devem ser distribuídos de modo que o encargosuportado seja igual para todos os indivíduos.

c) As pessoas devem ser tributadas de acordo com a vantagemque recebem das despesas governamentais.

d) Os tributos devem incidir principalmente sobre os mais ricos.e) Os impostos devem ser iguais para todos.

RESPOSTA: alternativa c.

Solução:

Em matéria de tributação, o “princípio do benefício’’ afirma queas pessoas devem ser tributadas de acordo com a vantagem querecebem das despesas governamentais. A alternativa a refere-se aooutro princípio, chamado de “princípio da capacidade de pagamento’’.

2. A carga tributária de um país é considerada progressivaquando:

a) É realizada, principalmente, por meio de impostos incidentessobre a produção industrial.

b) Onera todos os segmentos sociais na mesma proporção.c) Onera proporcionalmente mais os segmentos sociais de menor

poder aquisitivo.d) Onera proporcionalmente mais os segmentos sociais de maior

poder aquisitivo.e) É realizada, principalmente, por meio de impostos incidentes

sobre a comercialização da produção.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

A carga tributária de um país é considerada progressivaquando onera proporcionalmente mais os segmentos sociais de maiorpoder aquisitivo; e é considerada regressiva quando onera

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proporcionalmente mais os segmentos sociais de menor poderaquisitivo.

As alternativas a, c, e e referem-se a estruturas tributáriasregressivas; a alternativa b diz respeito a impostos proporcionais.

3. Nas discussões sobre tributos, faz-se distinção entre impostosprogressivos, regressivos e proporcionais. Define-se que umimposto é:

a) Progressivo, quando se retira uma proporção decrescente darenda do contribuinte à medida que a renda deste aumenta.

b) Proporcional, quando se retira uma proporção constante darenda do contribuinte, independentemente da renda que esteaufere.

c) Regressivo, quando se retira uma porção crescente da renda docontribuinte, à medida que sua renda aumenta.

d) Regressivo, quando se retira uma porção decrescente da rendado contribuinte, à medida que sua renda decresce.

e) Proporcional, quando a alíquota cresce proporcionalmente como nível de renda do contribuinte.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

Um imposto é proporcional (ou neutro) quando todos oscontribuintes pagam uma mesma proporção de imposto em relação asuas rendas. No caso de um imposto progressivo, essa proporção écrescente com a renda, e no caso de um imposto regressivo, aproporção é decrescente com a renda.

4. O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)é:

a) Um imposto progressivo porque se aplica tanto sobre artigos deluxo como sobre gêneros de primeira necessidade.

b) Um imposto regressivo, porque os ricos gastam menorporcentagem de sua renda total em mercadorias tributadas e,daí, a proporção dos pagamentos de impostos em relação àrenda é maior para as pessoas pobres.

c) Um imposto progressivo, porque os ricos gastam mais do queos pobres.

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d) Um imposto regressivo, porque há mais dinheiro arrecadado deum homem pobre do que de um rico.

RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

Analisaremos todas as alternativas:• alternativa a: a progressividade de um imposto não é

conhecida, sabendo-se somente as características dosprodutos em que se aplica o imposto;

• alternativa b: correta;• alternativa c: gastos absolutos com os impostos não revelam

a progressividade dos impostos. É preciso conhecer os gastospercentuais em relação à renda;

• alternativa d: idem.

5. Em relação às finanças públicas, uma das afirmativas a seguiré falsa. Identifique-a:

a) O conceito de déficit primário inclui os juros reais da dívidapassada.

b) O imposto sobre produtos industrializados (IPI) pode sercaracterizado como imposto indireto.

c) Em períodos de inflação, um imposto progressivo sobre a rendacontribuiria para frear a expansão da renda disponível e, emconseqüência, do consumo do setor privado.

d) Se a alíquota de um imposto sobre vendas não variar segundo oproduto vendido, esse imposto será regressivo, do ponto devista da renda do consumidor.

e) No cálculo do déficit público, segundo o conceito operacional,excluem-se as despesas com correção monetária.

RESPOSTA alternativa a.

Solução:

O conceito de déficit primário exclui os juros reais. Os jurosreais são incluídos no conceito operacional.

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QUESTÕES ADICIONAIS

1. É incorreto afirmar que:

a) Obtém-se superávit fiscal quando a arrecadação supera asdespesas do exercício, excluindo os juros da dívida.

b) O déficit operacional é a soma do déficit primário com os jurosreais da dívida pública.

c) O resultado operacional é obtido excluindo-se do resultadonominal a taxa de inflação e variação cambial.

d) Não pode ocorrer simultaneamente superávit primário e déficitoperacional.

e) O conceito de déficit público representa um fluxo, enquanto oconceito de dívida pública é um estoque.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

Pode ocorrer simultaneamente superávit primário e déficitoperacional, quando são incluídos os juros pagos pelo governo. Porexemplo, se o superávit operacional for de 4% do PIB e os juros pagos6% do PIB, ter-se-á um déficit operacional de 2% do PIB.

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16NOÇÕES DE CRESCIMENTO E

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

QUESTÕES PROPOSTAS

1. Com determinada propensão a consumir, uma redução narelação y/K (produto-capital):

a) Diminui a taxa de crescimento da economia.b) Aumenta a taxa de crescimento da economia.c) Não teria efeito sobre a taxa de crescimento da economia.d) a, b, e c estão corretas.e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

Com determinada propensão a consumir, uma redução narelação y/K (produto-capital) aumenta a taxa de crescimento daeconomia. É oportuno destacar que uma redução na relação y/Kimplica que a mesma quantidade de produto tem que ser produzidacom mais capital.

2. No modelo Harrod-Domar, se a função poupança é S = 0,2y e arelação capital-produto é 4, então, em equilíbrio, a taxa decrescimento da renda é:

a) 2%b) 5%c) 12%d) 3,2%e) 8%

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RESPOSTA: alternativa b.

Solução:

Sendo S = s . y = poupança agregada, s = propensão a poupar(ou taxa de poupança), y = renda real, v = relação produto-capital e ∆y= taxa de crescimento da renda, temos:

S = 0,2 . y = s . y ⇒ s = 0,2

v = 1 / relação capital-produto = 1/4 = 0,25

∆y = s . v = 0,2 . 0,25 = 0,05 = 5%

3. Sobre o modelo Harrod-Domar, assinale a alternativa errada:

a) Se a propensão a poupar for 0,3 e a relação produto-capital0,4, a taxa de crescimento da renda é de 12%.

b) Equilíbrio em “fio de navalha” significa que, uma vez saindo datrajetória de crescimento, não é possível mais voltar a ela.

c) A principal crítica ao modelo é a relação produto-capitalconstante.

d) O investimento é visto como elemento de oferta e de demandaagregada.

e) Todas as respostas anteriores estão erradas.

RESPOSTA: alternativa e.

Solução:

A alternativa e está errada, pois todas as alternativasanteriores são corretas. Note que as alternativas b e c estãointimamente ligadas. Resolveremos a alternativa a, que necessita decálculos:

∆y = s . v = 0,3 . 0,4 = 0,12 = 12%

4. Um aumento da taxa de crescimento econômico é possívelquando ocorrer:

a) Aumento da taxa de investimento.b) Deslocamento dos investimentos para os setores em que a

relação K/y (capital-produto) seja a mais elevada.c) Aumento da quantidade de K por unidade de produto.

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d) Todas as alternativas acima.e) N.r.a.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

As alternativas b e c (e, portanto, d e e) estão incorretas, poislevam à redução da relação produto-capital e, desse modo, da taxa decrescimento econômico. A alternativa correta é a a.

(Nota: No gabarito do livro-texto, está indicado erroneamente aalternativa d como sendo a certa. A correção será feita na próximaedição.)

5. Na análise de crescimento econômico segundo Harrod eDomar, uma das hipóteses básicas é que a função de produçãoagregada possui:

a) Coeficientes fixos.b) Coeficientes variáveis.c) Coeficientes fixos e uma relação capital-produto maior do que

um.d) Coeficientes variáveis e uma relação capital-produto menor do

que um.e) Coeficientes fixos e uma relação capital-produto menor do que

um.

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

Os coeficientes da função de produção são fixos porque arelação produto-capital é tomada como constante. Note que a relaçãocapital-produto é menor que um.

6. Uma economia com taxa interna de poupança de 20%, comuma relação y/K de 0,4 e com uma poupança externa de 5%do Produto Nacional terá uma taxa potencial de crescimentoda economia de:

a) 8,00%b) 6,00%c) 10,00%d) 6,25%e) entre 6,00% e 9,00%

RESPOSTA: alternativa c.

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Solução:

Lembrando que y = s . v, onde s é a soma da poupança internamais a poupança externa e v é relação marginal produto-capital (quesupomos igual à relação média produto-capital), temos então:

y = (0,2 + 0,05) . 0,4 = 0,10 ou

y = 10%

7. Numa economia em desenvolvimento, a relação incrementalcapital-produto é igual a 3; a propensão interna a poupar é de17% do PIB; a depreciação do capital fixo equivale a 5% do PIBe a taxa de crescimento populacional é de 2,8% a.a. Ogoverno, para manter elevado o nível de emprego, decide fazercrescer a economia à taxa de 3,2% a.a. em termos per capita.Nessas condições, a poupança a ser obtida no exterior (déficitdo Balanço de Pagamentos em conta corrente) deverá ser,como proporção do PIB, de:

a) 6,0%b) 12,0%c) 14,2%d) 3,2%e) 3,5%

RESPOSTA: alternativa a.

Solução:

Trata-se do modelo Harrod-Domar mais ampliado. A fórmulausual é:

y = s . v (1)

onde:

y é a taxa de crescimento do produto;s é a propensão (média e marginal) a poupar;v é a relação marginal (incremental) produto-capital.

Chamando sI à poupança interna e sE à poupança externa, afórmula usual do modelo (1) se transforma em:

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y = (sI + sE) . v (2)

Deve-se ainda retirar a poupança para a provisão paradepreciação (ou investimentos necessários para reposição deequipamentos) d. Assim, a fórmula (2) fica:

y = (sI+ sE – d) . v (3)

Antes de substituir os dados do exercício, temos que ver qual éa taxa de crescimento do produto desejado y. Como a taxa decrescimento do produto per capita yc é de 3,2% a.a. e a populaçãocresce à taxa de 2,8% a.a., temos que:

y = n + yc

isto é, a taxa de crescimento do produto é igual à taxa de crescimentoda população mais a taxa de crescimento do produto per capita.Substituindo os valores, temos:

y = 2,8% + 3,2% = 6%

Portanto, substituindo os valores em (3), temos:

6% = (17% + sE – 5%) . 1/3

Resolvendo para sE, temos:

sE = 6%

que é a poupança a ser obtida no exterior.

QUESTÕES ADICIONAIS

1. Aponte a alternativa incorreta:

a) Se a taxa efetiva for maior que a taxa garantida de crescimento,tem-se escassez de capital.

b) Se a taxa garantida for maior que a taxa efetiva de crescimento,tem-se excesso de capacidade instalada.

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c) A taxa garantida de crescimento é obtida quando tem-se oequilíbrio entre oferta e demanda agregada de bens e serviços,com o estoque de capital plenamente empregado.

d) Se a taxa natural for superior à taxa garantida de crescimento,tem-se escassez de mão-de-obra.

e) A taxa efetiva de crescimento ocorre quando a oferta agregadaiguala a demanda agregada de bens e serviços.

RESPOSTA: alternativa d.

Solução:

Se a taxa natural de crescimento, que é a taxa de crescimentoda mão-de-obra, for superior à taxa garantida de crescimento,significa a ocorrência de desemprego de mão-de-obra, que estarácrescendo mais do que o requerido para o crescimento da produçãodo país.