09 set 2011

8
09/09/2011 167 XIX 2ª Edição * Ambiente mais protegido - p. 01 * Body Scan põe fim à revista ínma na Nelson Hungria - p. 03

Upload: clipping-ministerio-publico-de-minas-gerais

Post on 14-Mar-2016

230 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Clipping 2ª Edição Digital

TRANSCRIPT

Page 1: 09 Set 2011

09/09/2011167XIX

2ª Edição

* Ambiente mais protegido - p. 01

* Body Scan põe fim à revista íntima na Nelson Hungria - p. 03

Page 2: 09 Set 2011

REVISTA INNOVARE - p. 26 E 27 - EDIÇÃO ESpECIAL/2011

01

Page 3: 09 Set 2011

CONT... REVISTA INNOVARE - p. 26 E 27 - EDIÇÃO ESpECIAL/2011

02

Page 4: 09 Set 2011

DA REDAÇÃO

A Justiça anulou o concurso pú-blico da Prefeitura de Juruaia, no Sul de Minas, depois de o Minis-tério Público Estadual (MPE), em Muzambinho, encontrar indícios de irregularidades na etapa de licitação e aplicação de provas. O concurso foi feito no último dia 7 de maio, e 196 candidatos tinham sido aprova-dos.

Segundo o MPE, quem não foi chamado para assumir o cargo per-deu o direito de assumir a vaga. Os servidores que já foram empossados também podem perder a vaga.

A promotora Gisele Martins dis-se que algumas contratações foram realizadas sem licitação e a prefei-tura assinou contrato com pessoa fí-sica que tinha problemas judiciais.

“Constatamos que esse can-didato havia sido condenado por sentença transitado em julgado na comarca de Montes Claros, com a sanção da impossibilidade de con-tratar com o poder publico. Então, dessa forma, o contrato celebrado é nulo”, afirmou.

Ela ainda disse que há indícios de favorecimento nas contratações.

O MPE também informou que

é possível que seja firmado acordo com a prefeitura para que os servi-dores sigam trabalhando até a reali-zação de outro exame.

O TEMpO - p. 28 - 09.09.2011

DA REDAÇÃOA partir do próximo fim de semana, o Complexo

Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na Re-gião Metropolitana de Belo Horizonte, passará a utili-zar um aparelho de varredura corporal nos visitantes. O Body Scan tem capacidade de detecção de armas, drogas e celulares. O novo procedimento extingue a re-vista íntima na unidade.

A pessoa entra em uma cabine de aspecto futurista onde é “revistada” durante 40 segundos, tempo neces-sário para que, em uma sala anexa, um agente possa enxergar a imagem gerada pelo equipamento - como a radiografia dos ossos, órgãos, objetos e o contorno do corpo. Funcionários também serão submetidos ao apa-relho, que foi alugado pelo governo de Minas por três anos, a um custo de R$ 19 mil mensais.

De acordo com o secretário de Estado de Defesa Social, Lafayette Andrada, a vantagem da locação é a possibilidade de eventuais substituições por novas tec-nologias, evitando que o equipamento se torne obsole-to.

A Penitenciária Nelson Hungria já utiliza scanner de alimentos, pórtico detector de metal, banquetas e de-tectores de metais manuais.

Trâmites. Antes de entrar no Body Scan, a pessoa passa pelos trâmites normais de identificação biométri-ca e revista de alimentos, que é realizada pelos agentes, e, em seguida, é conduzida à cabine.

A regra só não vale para as pessoas que estão em tratamento por radioterapia, grávidas ou portadoras de marca-passo. Nesses casos, será realizada a revista tra-dicional, sendo que mulheres são acompanhadas por agentes do sexo feminino.

Espera-se que a utilização da nova tecnologia re-duza os constrangimentos da revista e torne a entrada mais ágil, diminuindo o tempo de espera nas filas e au-mentando a segurança da unidade no que se refere à entrada de objetos proibidos.

Segundo a Subsecretaria de Administração Prisio-nal (Suapi), a implantação de novas tecnologias faz par-te da estratégia de política de humanização do sistema.

Tecnologia.Aparelho que permite visualização de armas e até dos ossos começa a funcionar no fim de semana

Body Scan põe fim à revista íntima na Nelson Hungria

O TEMpO - p. 26 - 09.09.2011

Irregular

Concurso público é cancelado em Juruaia

03

Page 5: 09 Set 2011

Rio de Janeiro. Em resposta ao assassinato da juíza Patrícia Acioli, no dia 11 de agosto, o Ministério Público do Rio (MP-RJ) pediu, na manhã de ontem, o afastamento de 34 policiais militares que respondem a processos na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, que era comandada pela magistrada.

A maior parte dos agentes é acusada de forjar autos de resis-tência (mortes em confronto com a polícia) para encobrir assassi-natos praticados por grupos de extermínio ou milícias.

A promotoria também solicitou a prisão de 28 desses poli-ciais. São agentes que já haviam tido a prisão requerida pelo MP no passado, mas que ainda não tiveram o pedido analisado ou que permanecem soltos por habeas-corpus. Os requerimentos ainda se-rão avaliados pelos juízes que atuam na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, que atualmente é comandada pelo juiz Fábio Uchôa.

Se os pedidos de afastamento forem aceitos pela Justiça, os policiais deverão entregar suas armas e identidades funcionais, mas cumprirão a punição dentro dos quartéis - ficando fora das ruas.

Justificativas Após o assassinato de Acioli, a PM decidiu que iria transferir

do 7º Batalhão da PM (São Gonçalo) todos os 91 PMs réus em pro-cessos conduzidos por ela. Mas, de acordo com o promotor Paulo Roberto Mello Cunha Junior, “o simples afastamento operacional, das ruas, não é suficiente”. “Antes tinha-se a ideia de transferir esse policiais para outro batalhão. Mas eles continuariam causan-do problema em outras cidades”, disse Mello Cunha Jr.

Segundo o procurador geral de Justiça do Rio, Cláudio Lo-pes, o pedido de afastamento tem o objetivo de desarticular parte das milícias e grupos de extermínio da região, pois os policiais “se valiam de função pública para cometer crimes”.

“Resolvemos dar uma resposta à sociedade brasileira. Se al-guém pensou que esse assassinato iria intimidar a Justiça, deve-mos dar uma resposta efetiva no sentido contrário”, disse Lopes.

Os 34 pedidos foram feitos após análise de cerca de 60% dos processos envolvendo policiais na 4ª Vara Criminal de São Gonça-lo. Os demais ainda serão examinados.

“Também será pedido à Polícia Militar que, enquanto es-tiverem afastados de suas funções, esses agentes cumpram essa medida nas unidades da corporação a fim de que não fiquem sem muito o que fazer nesse período”, disse o procurador geral, Claú-dio Lopes.

De olho CongressoDeputados da Comissão de Segurança Pública e Combate ao

Crime Organizado da Câmara acompanham as investigações sobre a morte da juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (RJ), executada a tiros quando chegava em casa na madrugada do dia 12 de agosto deste anoem Niterói.

Segurança

CNJ apura possível negligência de tribunal

Brasília. A corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, decidiu abrir investigação para saber se houve “negligência” por parte do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) em garantir a segurança da juíza Patrícia Acioli, assassinada a tiros no início de agosto, quando chegava em casa já de madrugada.

Essa é uma fase inicial para colher informações sobre o caso. Se forem encontrados indícios de que o TJ-RJ não deu a devida atenção para a magistrada, o plenário do CNJ poderá abrir proces-so contra os possíveis responsáveis pelas falhas.

A intenção de Calmon é ouvir diversos desembargadores do tribunal carioca, entre eles o atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e ex-presidente do TJ, Luiz Zveiter. No dia seguin-te ao assassinato de Patrícia, ele declarou à imprensa que a escolta da juíza foi retirada em 2007, a pedido da própria magistrada.

Um processo administrativo, porém, revelou que o tribunal do Rio negou, em 2009, escolta para a magistrada. A recusa acon-teceu em fevereiro daquele ano e está documentada em despacho da magistrada Sandra Kayat, no qual ela determina o arquivamen-to do pedido de escolta “por não vislumbrar a necessidade de ado-ção de qualquer medida extraordinária de segurança”.

O TEMpO - p. 15 - 09.09.2011

KARINA ALVESUma investigação sobre uma série de assaltos a joalherias re-

velou à polícia um esquema de tráfico internacional em que um detento da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana, com a ajuda de uma advogada, controlava a compra e distribuição de drogas do Paraguai em Minas. A ousadia dos tra-ficantes impressionou os policiais.

Segundo o chefe da Divisão de Operações Especiais (Deo-esp), delegado Islande Batista, a ponte da amizade que liga a cidade de Foz do Iguaçu (PR) ao Paraguai, foi usada como rota no trans-porte de 100 kg de maconha que chegaram ao Brasil embaladas em caixas de papelão no banco traseiro de um carro. A droga foi encontrada em uma casa de Ribeirão das Neves, também na região metropolitana.Além da advogada Marilene Luzia das Dores de Souza, 33, dois homens estão presos acusados de envolvimento no esquema. De acordo com a polícia, cabia a Jeremias da Silva Braz,

28, a tarefa de negociar com traficantes paraguaios a compra do material. Ele foi preso no último dia 31, numa praça no bairro Nova Suíça, na região Oeste da capital, quando negociava com Djalma Fernandes dos Santos, 28, a entrega do carregamento.

A polícia calcula que a droga adquirida por R$ 8.000 renderia até R$ 3 milhões aos traficantes. Ainda de acordo com o delegado, era Djalma Fernandes quem avaliava a qualidade da droga e infor-mava ao detento Geraldo Magela da Silva, 45, as características do entorpecente. As negociações, segundo o policial, eram feitas sob intermédio da advogada.

Grávida de três meses, Marilene Luzia foi presa em casa na última segunda-feira. Além da droga, a polícia apreendeu o Astra usado no transporte do material do Paraguai até Neves. Os três homens devem responder pelos crimes de formação de quadrilha, tráfico internacional e associação para o tráfico. A advogada res-ponderá por associação ao tráfico.

O TEMpO - p. 28 - 09.09.2011

Juíza executada.Promotoria solicitou ainda a prisão de 28 desses policiais; 4ª Vara Criminal avalia pedido

MP pede o afastamento de 34 PMs do Rio alvos de processos Medida objetiva desarticular milícias e grupos de extermínio da região

Maconha.Comparsa de detento viajou do Paraguai a Ribeirão das Neves com 100 kg de droga no banco de carro

Advogada e preso envolvidos em tráfico internacional

04

Page 6: 09 Set 2011

DIáRIO DO COMéRCIO - p. 27 - 09.09.2011

05

Page 7: 09 Set 2011

DANIEL LEITE

O deputado estadual Pedro Ivo Ferreira Caminhas (PP), mais conhecido como Pinduca, tomou posse, on-tem, na Assembleia Legislativa de Minas.

]Conhecido como “deputado das ambulâncias”, ele disse que vai continuar “ajudando o povo”, refe-rindo-se ao fato de sua candidatura ter sido indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), nas eleições de 2010, por abuso de poder econômico e político. Ele

foi acusado de oferecer transporte em ambulâncias para conseguir votos para seu filho, Léo Pinduca, vereador em Betim.

O Ministério Público Eleitoral entrou com repre-sentação e o TRE entendeu que o caso encaixava-se na lei da Ficha Limpa.

Entretanto, o Supremo Tribunal Federal entendeu que a lei não poderia ser aplicada no último pleito. Pin-duca teve 61,3 mil votos.

O TEMpO - p. 6 - 09.09.2011

Brasília

O Supremo Tribunal Fe-deral (STF) condenou ontem o deputado federal Asdrúbal Mendes Bentes (PMDB-PA).

Ele foi acusado de trocar votos por operações de este-rilização de eleitores. Ao fim, os ministros decidiram, por maioria de votos, que Bentes deve ser condenado a três anos e um mês de reclusão, em re-gime aberto, por crime de es-terilização.

Durante o julgamento, houve um grande debate se o STF deveria determinar a per-da de mandato de Bentes.

Os ministros discutiram se a decisão seria auto-aplicável de modo a fixar a perda ime-diata do mandato ou se essa perda deveria ser discutida pela Câmara dos Deputados.

Após intensa discussão, eles definiram que é a Câmara que deve decidir se o parla-mentar condenado criminal-mente deve perder o mandato

ou não.

“Parece-me que devemos comunicar a Câmara dos De-putados para que ela faça o que achar melhor”, disse o presidente do STF, ministro Cezar Peluso. “Se quiser abrir processo para perda de man-dato, pode fazê-lo”, concluiu.

Impeachment. Os minis-tros adiaram a votação do pe-dido de impeachment de Gil-mar Mendes feito pelo advo-gado Alberto Piovesan.

Piovesan, que em seu pedi-do coloca em dúvida a isenção do ministro, recorreu ao STF contra uma decisão do Sena-do, que em junho arquivou o pedido de impeachment.

O advogado, então, in-gressou com um mandado de segurança no STF, cujo se-guimento foi negado pelo re-lator, Ricardo Lewandowski. Mas um agravo questionando a decisão levou o recurso ao plenário. No dia 17 o ministro Marco Aurélio Mello pediu vista do processo

O TEMpO - p. 5 - 09.09.2011

Ficha Limpa

Com decisão do STF, Pinduca toma posse

Justiça.Ministros do Supremo decidem, porém, adiar a análise do pedido de impeachment de Gilmar Mendes

Deputado é condenado por esterilização de eleitoras

06

Page 8: 09 Set 2011

A irritação das diferentes instâncias e braços especializados do Poder Judiciário com o não atendimento de suas pretensões sala-riais, por parte dos governos estaduais e da União, pode levar alguns setores da magistratura a substituir a isenção pelo viés corporativo, nas sentenças e acórdãos das ações judiciais em que o Executivo é parte.

Divulgada pelo site Consultor Jurídico, a amostra mais recente dessa tendência ocorreu na 3.ª Câmara do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que condenou a Fazenda Estadual a indenizar em R$ 10 mil - a título de ressarcimento de danos materiais e morais - um advogado paulista, por causa da greve promovida em 2004 pelos serventuários judiciais. Alegando que a suspensão das atividades da Justiça estadual o impediu de auferir rendimentos da prática da advocacia, ele acusou o governo paulista de ter-se omitido, não re-munerando adequadamente os serventuários judiciais, não tomando medidas para atender às demandas dos grevistas e não fornecendo apoio logístico aos advogados. A pretensão é absurda, uma vez que a greve dos servidores judiciais foi deflagrada contra o Judiciário, e não contra o Executivo. A responsabilidade pela política de remune-ração dos serventuários é da cúpula da Justiça, e deve ter como base suas verbas orçamentárias. Ao Executivo cabe preparar o orçamento, com base nas estimativas de arrecadação e no princípio de equilíbrio entre receita e despesa, sendo a avaliação e a aprovação da proposta orçamentária matéria de competência do Legislativo.

Mesmo assim, a 3.ª Câmara do TJSP acolheu a pretensão absur-da, por 2 votos contra 1, sob a alegação de que o Executivo paulista teria desrespeitado o mandamento constitucional que determina re-visão geral anual da remuneração dos servidores públicos. “Bastas-se o Poder Executivo Estadual repassar a verba atinente ao reajuste dos servidores para que a greve não fosse deflagrada”, afirmou o relator do processo, desembargador Barreto Fonseca. Além de acu-sar de omissão o governador à época, o desembargador apresentou

outro argumento polêmico. Segundo Fonseca, os responsáveis pelo Executivo estadual deveriam ver “que lhes sai mais barato cumprir a Constituição da República e dar reajustes dignos, do que pretender entesourar às custas dos servidores”.

A origem desse argumento, que vem sendo utilizado de forma cada vez mais recorrente pela magistratura, está na leitura equivo-cada da Constituição de 88. Ao contrário do que dizem os juízes, o inciso X do artigo 37 da Carta Magna não determina o reajuste anual obrigatório de salários do funcionalismo público. Prevê apenas uma “revisão geral anual” dos vencimentos do funcionalismo - o que, ob-viamente, depende das disponibilidades do Tesouro. Revisão, como está nos dicionários, é sinônimo de “nova leitura” ou “novo exame” - e não de obrigação. A decisão da 3.ª Câmara do TJSP não se baseou em fundamentos jurídicos para condenar a Fazenda paulista a pagar uma indenização por danos materiais e morais a um advogado e, sim, nos argumentos que têm sido invocados pela cúpula do Judi-ciário e pelas entidades da magistratura para pedir aumento salarial e criticar os cortes orçamentários promovidos pelo Executivo para assegurar o equilíbrio das finanças públicas. Em suas reivindicações corporativas, a magistratura costuma lembrar que o Judiciário é um poder independente e autônomo - a exemplo do Executivo e do Le-gislativo. De fato, os Poderes são autônomos, em termos funcionais, e independentes, em termos políticos. No entanto, os juízes se esque-cem de que o orçamento é único, o cofre é um só e a responsabili-dade pela alocação orçamentária de todos os recursos que saem e de todo o dinheiro que entra é exclusiva do Executivo.

Esse é um dado elementar nos Estados que consagram o prin-cípio da tripartição dos Poderes. E essa é a lição que a Justiça - cuja média salarial sempre foi maior do que a do Executivo e a do Le-gislativo - deveria aprender, neste momento em que a União e os Estados vêm sendo obrigados a reajustar suas previsões de gastos e receitas.

ESTADO DE Sp - p. A3 - 09.09.2011

Precedente perigoso

DIáRIO DO COMéRCIO - p. 2 - 09.09.2011

07