10 a 12d set 2011

22
10 a 12/09/2011 168 XIX * MP vai apurar gastos com lanche - p. 01 * MPE nofica 20 vereadores de BH - p.04 * “O Judiciário de Minas não é uma ilha da fantasia”- p. 15

Upload: clipping-ministerio-publico-de-minas-gerais

Post on 06-Mar-2016

220 views

Category:

Documents


4 download

DESCRIPTION

clipping Digital

TRANSCRIPT

Page 1: 10 a 12d Set 2011

10 a 12/09/2011168XIX

* MP vai apurar gastos com lanche - p. 01

* MPE notifica 20 vereadores de BH - p.04

* “O Judiciário de Minas não é uma ilha da fantasia”- p. 15

Page 2: 10 a 12d Set 2011

O TEMPO - 1ª P. E P. 5 - 10.09.2011

MP vai apurar desperdício com lanche

Ministério Público vai investigar se há irregularidades na compra de lanches por preços fora do mercado para servi-dores da Câmara de BH. PÁGINA 5

Outro lado

Presidente da Casa evita falar sobre as licitações

01

Page 3: 10 a 12d Set 2011

Para Eduardo Nepomuceno, fato deve ser esclarecido pela Câmara

cOnT... O TEMPO -P. 5 - 10.09.2011

FOTO: PEDRO SILVEIRA - 4.7.2009

02

Page 4: 10 a 12d Set 2011

HOJE EM DIA - 1ª P. - 10.09.2011

HOJE EM DIA - P. 13- 10.09.2011

03

Page 5: 10 a 12d Set 2011

HOJE EM DIA - P. 3- 10.09.2011

04

Page 6: 10 a 12d Set 2011

HOJE EM DIA - P. 3 - 11.09.2011

05

Page 7: 10 a 12d Set 2011

cOnT... HOJE EM DIA - P. 3 - 11.09.2011

06

Page 8: 10 a 12d Set 2011

cOnT... HOJE EM DIA - P. 3 - 11.09.2011

07

VERIDIANE MARCONDESA 4ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte condenou à pena de

reclusão Marcos Valério Fernandes de Souza e Cristiano de Mello Paz, sócios da empresa SMP&B Comunicações Ltda - acusada de envolvimen-to no mensalão - acusados de prestarem falsas informações financeiras e induzirem ao erro o Banco Central do Brasil. Os acusados foram enqua-drados na Lei número 7.492.

Segundo a denúncia, feita pelo Ministério Público Federal, os réus induziram em erro o Bacen, prestando falsas informações requisitadas pela autarquia federal quando eram sócios da empresa SMP&B. Na deci-são judicial, consta que os acusados poderiam ter se omitido e não presta-do quaisquer informações, mas, ao apresentarem documentos sabidamen-te falsos relativamente à operação financeira, induziram em erro o Bacen e comprometeram o Sistema Financeiro Nacional como um todo.

O juiz federal Leonardo Augusto de Almeida Aguiar entendeu que estavam comprovadas a materialidade e a autoria do delito.

Cristiano Mello Paz e Marcos Valério foram condenados, respecti-vamente, a quatro anos e oito meses de reclusão e 210 dias-multa; e seis anos, dois meses e 20 dias de reclusão e 280 dias-multa. Os réus poderão recorrer em liberdade.

O advogado dos acusados, Marcelo Leonardo, nega que os réus te-nham praticado qualquer tipo de irregularidade. A defesa entrou com re-curso de apelação junto ao Tribunal Regional Federal de Brasília, pedindo

a reforma da sentençaDefesa. O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, em alegações fi-

nais ao Supremo Tribunal Federal no processo do mensalão, rechaçou as acusações.

Segundo os advogados José Luís Oliveira Lima e Rodrigo Dall’Acqua, o ex-ministro não controlava as ações do PT. De acordo com eles, “não há qualquer elemento no processo que possa sequer sugerir que Dirceu tinha conhecimento de questões relacionadas à administração ou finanças do PT no período que esteve na Casa Civil”. Eles afirmam que a Procuradoria Geral da República “não consegue estabelecer qualquer relação entre saques e votações, pressuposto indispensável para as acusa-ções de corrupção”.

Acusados negam “mensalão”Brasília. O ex-deputado José Genoino (PT) chamou de “pai da

mentira” e “verdadeiro bufão” o delator do mensalão, Roberto Jefferson (PTB). Em alegações finais perante o Supremo Tribunal Federal (STF), nos autos da ação penal 470, a defesa de Genoino aponta “inépcia total da acusação do Ministério Público Federal” e clama por sua absolvição.

Já o ex-tesoureiro Delúbio Soares diz que nunca negou que o PT, por meio de empréstimos realizados pelas empresas de Marcos Valério nos bancos Rural e BMG tivesse auxiliado financeiramente os partidos políticos a que se aliara, mas “em nenhum momento ofereceu propina aos deputados em contraprestação a apoio político ao governo”.

O TEMPO – P. 06 - 10.09.2011Mensalão.Empresário prestou informações falsas ao Banco Central

Marcos Valério é condenado a seis anos de reclusão

Page 9: 10 a 12d Set 2011

ESTADO DE MInAS - P. 8 - 11.09.2011

08

Page 10: 10 a 12d Set 2011

cOnT... ESTADO DE MInAS - P. 8 - 11.09.2011

09

Page 11: 10 a 12d Set 2011

ESTADO DE MInAS - P.25 A 28 - 11.09.2011

10

Page 12: 10 a 12d Set 2011

cOnT... ESTADO DE MInAS - P.25 A 28 - 11.09.2011

11

Page 13: 10 a 12d Set 2011

cOnT... ESTADO DE MInAS - P.25 A 28 - 11.09.2011

12

Page 14: 10 a 12d Set 2011

O líder do Bando da Degola, Frederico Flores, vai a júri popular. Ele foi pronuncia-do nesta sexta-feira, pelo juiz sumariante do II Tribunal do Júri de Belo Horizonte, por homi-cídio qualificado, sequestro e cárcere privado, extorsão, ocultação de cadáver e formação de quadrilha. Flores é acusado de torturar, as-sassinar e decapitar os empresários Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, e Rayder Santos Rodrigues, de 39, em abril de 2010 num apar-tamento no Bairro Sion, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O julgamento ainda não tem data marcada.

Outros réus do processo já haviam sido pronunciados pela Justiça. O norte-americano Adrian Grigorcea, os ex-policiais André Bar-tolomeu e Renato Mozer, o advogado Arlin-do Lobo, a médica Gabriela Costa e o pastor Sidney Beijamin vão responder por homicídio qualificado, cárcere privado, extorsão, destrui-ção e ocultação de cadáver e formação de qua-drilha.

Já o advogado Luiz Astolfo foi absolvido pelos homicídios, mas responderá pelos outros crimes. O advogado, a médica e o pastor vão responder em liberdade. Os outros réus se-guem presos.

Sanidade mentalEm março deste ano, Frederico Flores pas-

sou por exames de sanidade mental no Institu-to Médico Legal (IML). Os médicos diagnos-ticaram Frederico como um agente semi-im-putável, o que significa que o réu, acusado de ser o mentor da trama e dos assassinatos, não é inteiramente capaz de compreender o caráter ilícito e a gravidade dos crimes. O laudo tam-bém mostrou que o líder do bando da Degola, usou maconha no dia do exame quando já es-tava na Penitenciária Nelson Hungria EnTEnDA O cASO

7 de abril de 2010O garçom norte-americano Adrian Gabriel

Grigorcea leva o genro Rayder Rodrigues até o apartamento de Frederico Costa Flores Car-valho, no Bairro Sion. Lá, o dono do imóvel em companhia de dois supostos policiais, ar-mados, teriam amarrado, ameaçado e tortura-do Rayder para conseguir informações sobre

contas bancárias de suas lojas, a fim de conse-guir dinheiro da vítima

8 de abrilNo segundo dia, além de um dos policiais

e de Frederico, um advogado e uma médica também estavam no apartamento e, à frente do computador, Rayder era obrigado a conseguir mais dinheiro com o sócio, Fabiano Ferreira Moura, por meio de um programa de mensa-gens e de um contato chamado Márcio Henri-que Macedo de Paula.

9 de abrilRayder foi obrigado a sacar R$ 6 mil num

banco e R$ 22 mil em outro, entregues a Fre-derico. No mesmo dia, seu sócio Fabiano foi levado ao apartamento e obrigado a levar a documentação de um automóvel, o que não foi feito. Os dois policiais então o teriam leva-do a um quarto, apagado a luz e o enforcado. Rayder teria sido drogado e Frederico o teria esfaqueado várias. Os dois tiveram seus dedos e cabeças cortados e enrolados em lonas

10 de abrilOs corpos foram jogados numa estrada

que liga a BR-040 à Fazenda Rio de Peixe, em Nova Lima, na Grande BH. Os autores teriam lavado os carros e o apartamento, onde foi fei-to um churrasco. À tarde, seguranças de uma mineradora encontraram os corpos carboniza-dos.

12 de abrilPela manhã, ao chegar no apartamento de

Frederico, Adrian foi obrigado sacar todo o di-nheiro que tinha sido transferido para sua con-ta dias antes, o que totalizaria cerca de R$ 150 mil. Mas, na agência, conseguiu retirar apenas R$ 6,5 mil e fez programação para sacar R$ 70 mil no dia seguinte. Ao sair, teria sido obriga-do por Frederico a avisar onde estava de hora em hora.

13 de abrilDe madrugada, Márcio Henrique Mace-

do de Paula e Christian Ribeiro de Oliveira se encontraram com Adrian, que confessou par-ticipação nos crimes e decidiu fazer denúncia com medo de ser também morto. Pela manhã, a PM montou um operação para prisão, em fla-grante, de quatro suspeitos.

ESTADO DE MInAS – On lInE - 10.09.2011

Líder do Bando da Degola vai a júri popular Frederico Flores foi pronunciado por homicídio qualificado, sequestro e cárcere privado, extorsão, ocultação de cadáver e formação de quadrilha

13

Page 15: 10 a 12d Set 2011

Daniel Silveira

A prisão de três pessoas com dezenas de documentos falsos em Barbacena, no Campo das Vertentes, pode levar a Polícia Civil a desbaratar uma extensa quadrilha especiali-zada no fornecimento de certificados de conclusão de cursos falsificados. Há suspeita de que o grupo atua em várias regi-ões do Brasil. O trio foi flagrado na cidade mineira depois de três meses de investigações.

De acordo com o delegado Wanderley José Miranda, coordenador da 118ª Área Integrada de Segurança Pública, as investigações tiveram início após a denúncia de uma ins-tituição de ensino de Barbacena. “Ela nos procurou infor-mando suspeitar de que seus certificados estavam sendo fal-sificados. Com o auxílio da instituição conseguimos chegar até o suspeito”, conta.

Nessa quinta-feira, com posse de um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça, a equipe comandada pelo delegado Wanderley foi até a casa do suspeito, localizada no Bairro Santa Teresa, em Barbacena. “Lá encontramos diversos certificados de conclusão do Ensino Médio pelo EJA (Educação de Jovens e Adultos) prontos e inúmeros em branco, carimbos de diversas instituições de ensino, inclu-sive de algumas que nem existem mais, e cópias de docu-mentos pessoais de pessoas de toda a parte do país”, revela o delegado. Ele acredita que diplomas de graduação também estariam sendo falsificados.

O suspeito, que é estudante de direito, apresentou aos policias um documento de identidade falso em nome de Ma-rine da Mota Pacheco. Ele é travesti, segundo o delegado, e

seu nome verdadeiro é Eduardo de Ávila Silva, de 28 anos. “Ele já responde inquérito policial por exercício ilegal de profissão, possivelmente de medicina ou farmácia”, destaca o investigador.

Duas mulheres, identificadas como Mirian Pereira do Nascimento, de 24 anos, e Priscila Iáscara do Nascimento, 28, também foram flagradas na casa do suspeito.

Elas são primas e, segundo Wanderley, Mirian era usada por Eduardo como “laranja”, já que duas empresas foram abertas por ele em nome dela. “Estamos checando a idoneidade das empresas, sendo uma escola e uma fábrica”, ressalta.

Em depoimento formal, Eduardo confessou ao delega-do que foi contratado por um casal do Rio de Janeiro para falsificar os certificados. “Ele recebia correspondências de diversos estados do Brasil com as cópias dos documentos dos clientes. Ele então fazia o lançamento dos dados nos formulários e os remetia de volta”, conta o policial.

Mirian e Priscila auxiliavam Eduardo nas fraudes, se-gundo o delegado Wanderley. “Uma delas revelou que di-gitava, em média, 300 certificados por mês”, ressalta. Para o investigador, a quadrilha a qual o trio pertence deve ter, pelo menos, dez integrantes espalhados em vários estados do país. “Nosso próximo passo é chegar até essas pessoas”.

O trio foi autuado em flagrante e levado para o Presí-dio de Barbacena. Eduardo responderá pelos crimes de for-mação de quadrilha, falsificação de documentos públicos e falsidade ideológicas. Mirian e Priscila só não responderão pelo crime de falsificação de documentos públicos. Os cri-mes são inafiançáveis

Trio preso por falsificação de diplomas pode integrar quadrilha que atua em todo o país

Travesti e duas mulheres foram presos em flagrante em Barbacena e admitiram falsificar certificados de conclusão de cursos

ESTADO DE MInAS - On lInE 10.09.2011

14

TÂMARA TEIXEIRA

O publicitário Frederico Flores irá a júri popular pela morte dos empresários Rayder Rodrigues, 38, e Fabiano Moura,32. Flores também irá responder por sequestro e cárcere privado, extorsão, ocultação de ca-dáver e formação de quadrilha. Os crimes ocorreram em abril de 2010, no bairro Sion, na capital..

Entre os oito acusados de participação no crime, Flores era o único que ainda não havia sido pronuncia-do. De acordo com a acusação do promotor Francisco Santiago, Flores recebeu informações privilegiadas do envolvimento das vítimas em estelionato e contrabando e, a partir de então, passou a chantageá-las.

No dia 9 de abril, o acusado teria levado Rayder

e Fabiano para o apartamento no Sion, onde os teria torturado e obrigado a fazer transferências de dinheiro para ele.

Segundo denúncia do Ministério Público, os cor-pos foram mutilados e jogados em uma mata na BR-040, em Nova Lima, na região metropolitana.

A decisão de pronúncia será publicada na próxima terça-feira, e a defesa pode recorrer. Flores é acusado de ser o chefe de uma quadrilha que contava com a par-ticipação até de uma médica.

No processo, a defesa de Flores tentou alegar que ele é inimputável. No entanto, uma perícia médica com-provou que, na época do crime, o réu não tinha nenhum transtorno mental

O TEMPO - P. 27 - 10.09.2011 caso Sion

Flores também irá a júri popular Acusado responde por sequestro, cárcere e formação de quadrilha

Page 16: 10 a 12d Set 2011

Entrevista: desembargador luiz Audebert Delage

“O Judiciário de Minas não é uma ilha da fantasia”

HOJE EM DIA - P. 6 - 11.09.2011

15

Page 17: 10 a 12d Set 2011

O ESTADO DE SP - P. A10 - 10.09.2011

16

Page 18: 10 a 12d Set 2011

O ESTADO DE SP - P. A11 - 10.09.2011

17

Page 19: 10 a 12d Set 2011

O ESTADO DE SP - P. A4 - 10.09.2011

18

Page 20: 10 a 12d Set 2011

O glObO - P. 13 - 11.09.2011

19

Page 21: 10 a 12d Set 2011

O processo mais antigo à espera de uma decisão do Su-premo Tribunal Federal (STF) já completou 52 anos de tra-mitação, há cerca de dois me-ses.

Quando foi protocolado, em junho de 1959, o endereço da Corte não era a Praça dos Três Poderes, em Brasília, mas a Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro. O atual presidente do Supremo e relator da ação, ministro Cezar Peluso, tinha 16 anos de idade. O ministro mais moço, José Antonio Dias Toffoli, nem sequer havia nas-cido. Até o nome do País era outro: República dos Estados Unidos do Brasil.

Com 12 volumes e 3 apensos, o processo tem 2.449 páginas - todas amareladas e muitas em processo de de-sintegração. Várias estão im-provisadamente protegidas por sacos plásticos, para não virarem pó. Pelas estimativas dos servidores da Casa, essa é, seguramente, a ação em tra-mitação no Supremo Tribunal Federal com maior número de ácaros por página.

A ação foi proposta pelo então procurador-geral da Re-pública, Carlos Medeiros da Silva, contra o governo do Es-tado de Mato Grosso, que, na-quele tempo, ainda não havia sido dividido. Para colonizar a região, o governo estadual havia doado a seis empresas lotes de terras públicas - hoje localizados em Mato Grosso do Sul -, com áreas superiores a dez mil hectares. O proble-ma é que, pela Constituição de 1946, então em vigor, a do-ação não poderia ser feita sem

prévia autorização do Senado. Como isso não ocorreu, o pro-curador-geral pediu a nulidade dos contratos. Em sua defesa, o governo mato-grossense alegou que não houve cessão das terras e que as seis em-presas, em troca do benefício recebido, se comprometeram a promover assentamentos de famílias de agricultores e pe-cuaristas e construir estradas, escolas, hospitais, olarias, ser-rarias e campos de aviação.

Como mostra a excelente reportagem do jornal O Glo-bo que inspirou este edito-rial, desde sua proposição, o processo já teve nove relato-res. O primeiro foi o ministro Cândido Motta Filho, que se aposentou em 1967. O atual relator, ministro Cezar Peluso, assumiu o caso em junho de 2003 e, finalmente, concluiu seu voto e pretende incluí-lo numa das pautas de julgamen-to deste mês.

A arrastada tramitação do processo se deve aos pedidos de diligências feitos pelos relatores que antecederam Peluso, para que fossem co-lhidos depoimentos de todas as pessoas que tinham com-prado terras na região depois da doação. “Como achar esse povo?”, indaga Peluso.

Qualquer que seja a deci-são que o Supremo vier a dar a este processo, ela não deve-rá ter maiores efeitos práticos - e esse é o aspecto mais sur-realista do caso. Desde que as seis empresas beneficiadas pelo governo mato-grossen-se promoveram os primeiros assentamentos de pecuaristas e agricultores na região, há

mais de cinco décadas, já fo-ram registradas várias reven-das de terrenos por ocupantes de boa-fé - e, mais importante ainda, foram erguidas cidades nas glebas doadas.

Por isso, o resultado do julgamento será inócuo, uma vez que não se pode erradicar do mapa municípios de peque-no e médio portes nascidos de assentamentos irregulares. Como não podem tomar deci-sões contrárias ao que a Cons-tituição de 46 determinava, os 11 ministros do Supremo se-rão formalmente obrigados a considerar inconstitucional a doação dos terrenos, feita em meados do século passado. Mas eles sabem que, objetiva-mente, não há como obrigar a União a despejar os ocupantes daqueles terrenos ocupados indevidamente e indenizar os atuais moradores das áreas que se encontram sub judice.

Além dessa ação, o Su-premo terá de julgar várias outras que também tramitam há décadas. Na lista dos pro-cessos mais antigos, que fo-ram protocolados entre 1969 e 1981, quatro estavam sob responsabilidade da ministra Ellen Gracie. Como ela se aposentou sem apresentar seu parecer, essas ações serão en-viadas a um novo relator. De-pendendo do ritmo e da carga de trabalho do STF, esses pro-cessos podem bater o recorde de longevidade hoje detido pela ação proposta pelo pro-curador-geral da República há 52 anos. Esse é um retrato - que não se pode chamar de instantâneo - da Justiça brasi-leira.

O ESTADO DE SP – P. A3 – 11.09.2011

A ação mais antiga do Supremo

20

Page 22: 10 a 12d Set 2011

O ESTADO DE SP - P. A3 - 10.09.2011

21