08 aula_ convulsões e choque
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Convulsões e choques cardiogênico, anafilático...TRANSCRIPT
ESCOLA TÉCNICA DE ENFERMAGEM RAIMUNDA NONATA
Convulsão e Choque
Prof: Enf. Gabriel Jefferson
Caicó, 2014.
Epilepsia• Epilepsia: distúrbio neurológico crônico caracterizado por crises
convulsivas recorrentes
• Convulsões: episódios limitados de disfunção cerebral em decorrência da descarga anormal de neurônios cerebrais
• Cerca de 1% da população mundial sofre de epilepsia
• A herança genética parece ter papel importante na epilepsia
“Nem toda convulsão é uma crise epiléptica, mas toda crise epiléptica é uma convulsão.”
Convulsão: pode vir associado ou não a contrações musculares descoordenadas e involuntárias
A ocorrência de duas ou mais crises não-provocadas chama-se epilepsia
Crise epiléptica Convulsão
Causas
• Causas neurológicas:Infecções do SNC (meningoencefalite, abscesso)Encefalopatia hipertensivaTraumatismo cranioencefálicoAVC (isquêmico ou hemorrágico)Neoplasias do SNC
• Causas não-neurológicas (fatores precipitantes):Distúrbios metabólicos (eletrólitos, hiper ou hipoglicemia,
hipóxia, insuficiência renal)Hipertermia/febre*Toxinas/drogas (cocaína, aminofilina/teofilina,
antidepressivos)
Causas de crises convulsivas agudas
*Convulsão febril
• Distúrbio convulsivo mais comum na infância
• Cerca de 2 a 5% das crianças até cinco anos de idade sofrem pelo menos uma convulsão febril;
• Normalmente não deixa sequelas
• Generalizada e ocorre durante a rápida elevação da febre.
sem evidência de doença neurológica aguda (tumor) ou infecção intracraniana (meningite)
Fisiopatologia das crises convulsivas
Crise convulsiva ocorre devido a excitação excessiva de neurônios.
Liberação de neurotransmissores predominantemente excitatórios
O glutamato é o principal neurotransmissor excitatório liberado em uma crise epiléptica – causa excitotoxicidade e lesão neuronal
“A crise convulsiva ou crise epiléptica deve-se a um desequilíbrio entre os mecanismos de inibição e de
excitação sináptica que atuam em uma dada população neuronal susceptível, levando a um estado de
hiperexcitabilidade e hipersincronia”
ClassificaçãoCrises parciais:i) crises parciais simples (local, focal)ii) crises parciais evoluindo para generalizadas (com perda de
consciência)
Crises generalizadas (com perda de consciência):iii) Tônico-clônicas (grande mal)iv) Ausência (pequeno mal)v) Tônicasvi) Clônicas e Mioclônicasvii) Outras: atônicas, espasmos infantis
Fase tônica: rigidez generalizada da musculatura
Fase clônica: contraçãogeneralizada e brusca dos membros
Atendimento/socorro à vítima
• Atendimento de pronto-socorro ocorre com maior frequência:
- crises convulsivas generalizadas- estado de mal-epiléptico
• Medidas protetoras;• Deitar a pessoa;• Remover objetos (tanto da pessoa quanto do chão);• Afrouxar roupas apertadas;• Proteger a cabeça da pessoa com a mão, roupa, travesseiro;• Lateralizar a cabeça para que a saliva escorra (broncoaspiração);• Limpar as secreções salivares, com um pano ou papel;• Observar se a pessoa consegue respirar;• Afastar os curiosos, dando espaço para a pessoa;• Reduzir estimulação sensorial (diminuir luz, evitar barulho);• Permitir que a pessoa descanse ou até mesmo durma após a
crise;• Procurar assistência médica.
Atendimento/socorro à vítima
• Informações importantes:• Início da crise;• Duração da crise;• Eventos significativos anteriores à crise;• Se há incontinência urinária ou fecal (eliminação de fezes ou
urina nas roupas);• Como são as contrações musculares;• Forma de término da crise;• Nível de consciência após a crise.
Atendimento/socorro à vítima
No pronto socorro• MOV (Monitorização, Oxigênio, Veia)
• Vias Aéreas pérvias
• Dextro
• Drogas
Fármacos
• Fenobarbital (Gardenal®)• é o mais antigo dos fármacos anticonvulsivantes
atualmente disponível
• Indicações: crises parciais e tônico-clônicas generalizadas de difícil controle
• fármaco de escolha no tratamento de crises convulsivas em lactentes
• Produz ação sedativa
• BenzodiazepínicosDiazepam (Diazepam)• Atendimento de emergência• Crise de tônico-clônico generalizada e estado de mal-epiléptico• Via EV e retal
Clonazepam (Rivotril)• Crises mioclônicas e espasmos infantis• Causa sedação intensa
Clobazam (Frisium; Urbanil):• Vários tipos de crises• Menos efeito sedativo comparado aos outros BDZ
Fármacos
Fatores limitantes dos BDZ
• sedação intensa• crianças apresentam hiperatividade paradoxal• tolerância do efeito anticonvulsivante (aparece em
poucos meses)
Alguma pergunt
a?
Choque
• Do frances choc = parada
• Condição grave que ocorre quando o fluxo de sangue é insuficiente no organismo.
• Caracteriza-se por um estado de baixa perfusão tecidual, porém com adequado volume sanguíneo intravascular, devido à dificuldade na contração do músculo cardíaco
Causas• Falha no mecanismo que bombeia o sangue (coração);
• Problemas nos vasos sanguíneos (alteração na resistência da parede vascular);
• Baixo nível de fluido no corpo (sangue ou líquidos corporais).
Classificação• CHOQUE HIPOVOLÊMICO: perda de sangue, plasma ou
líquidos extracelulares;
• CHOQUE CARDIOGÊNICO: insuficiência miocárdica;
• CHOQUE DISTRIBUTIVO: diminuição do tônus vascular. Dividido em:• Choque Neurogênico;• Choque Anafilático;• Choque Séptico.
• CHOQUE OBSTRUTIVO: obstrução mecânica do fluxo sanguíneo
Sintomas antes do choque• Inquietude, às vezes ansiedade e temor;
• Náuseas, lipotímias;
• Astenia e sede intensa.
Sintomas gerais
• hipotensão• taquicardia• pulso fino e taquicárdico• pele fria e pegajosa• sudorese abundante• Mucosas descoradas e secas• palidez• cianose
• resfriamento das extremidades
• hipotermia• respiração superficial,
rápida e irregular• sede• náuseas e vômitos• alterações
neurossensoriais.
Choque Hipovolêmico• É o tipo mais comum
• Causas• perda sanguínea secundária hemorragia (interna ou externa) e• perda de líquidos e eletrólitos
• Fisiopatologia:• sistemas hematológico; • sistema cardiovascular;• sistema renal e • sistema neuroendócrino.
Choque Hipovolêmico
Choque Hipovolêmico
Choque Hipovolêmico
Tratamento
Tratamento
Interv de enfermagem
Volume sangüíneo diminuído
Volume sangüíneo diminuído
Retorno venoso diminuído
Retorno venoso diminuído
Volume sistólico diminuído
Volume sistólico diminuído
Débito cardíaco diminuído
Débito cardíaco diminuído
Perfusão tecidual diminuído
Perfusão tecidual diminuído
Choque Hipovolêmico
CALÇAS MILITARES ANTI-CHOQUE
• Usadas em situação de extrema emergência, quando o sangramento não pode ser controlado
• Definição:
• Etiologia:• * infarto do miocárdio;• * falência miocárdica
aguda;• * arritmias;• * eletrocussão;• * miocardites;• * hipóxia;
• * depressão dos centros nervosos;
• * acidose;• * distúrbios
eletrolíticos;• * intoxicações ou
envenenamento.
Choque Cardiogênico
• Fisiopatologia:
Choque Cardiogênico
• Manifestações clínicas:• * hipotensão arterial;• * queda rápida e acentuada do índice cardíaco;• * oligúria;• * sinais de estimulação simpatomimética;• * taquisfigmia;• * hiperpnéia;• * alteração no nível de consciência;• * dor anginosa e arritmias.
Choque Cardiogênico
Sinais e sintomas
• Tratamento: vai depender do agente etiológico.• * deficiência aguda do enchimento e esvaziamento cardíaco, por
obstrução mecânica: cirúrgico;
• * comprometimento miocárdico: monitorização hemodinâmica e uso de drogas.
Choque Cardiogênico
Tratamento
Tratamento
Ttt medicamentoso
• Utiliza-se ainda:• Sedação;• Oxigênio;• Reposição de volume;• Correção das alterações hemodinâmicas, através do uso de:
dopamina, dobutamina, associação de drogas inotrópicas e vasodilatadoras, agentes fibrinolíticos,bicarbonato de sódio, heparina, isoproterenol, adrenalina, amrinona;
• Balão intra-aórtico.
Choque Cardiogênico
Interv Enfermagem
Choque Distributivo
• Subdivide-se em:
Choque Distributivo
VasodilataçãoVasodilatação
Má distribuição do volume sangüíneo
Má distribuição do volume sangüíneo
Retorno venoso diminuído
Retorno venoso diminuído
Volume sistólico diminuído
Volume sistólico diminuído
Débito cardíaco diminuído
Débito cardíaco diminuído
Perfusão tecidual diminuído
Perfusão tecidual diminuído
• Definição: é uma reação alérgica, de hipersensibilidade imediata e severa, que afeta o corpo todo
• Causas:• * alimentos e aditivos alimentares;• * picadas e mordidas de insetos;• * agentes usados na imunoterapia;• * drogas como a penicilina;• * drogas usadas como anestésicos locais (benzocaína e lidocaína);• * vacinas como o soro antitetânico;• * poeiras e substâncias presentes no ar (casos raros).
Choque Anafilático
Choque Anafilático
• Fisiopatologia:
• Manifestações clínicas: • sensação de desmaio;• pulso rápido;• dificuldade respiratória;• náuseas e vômito;• dor de estômago;
Choque Anafilático
• Manifestações clínicas: • inchaço nos lábios, língua ou garganta (edema de glote);• urticária;• pele pálida, fria e úmida;• tonteira, confusão mental e perda da consciência;• pode haver parada cardíaca.
Choque Anafilático
• Tratamento: emergencial• * Adrenalina;• * Anti-histamínico;• * Corticóide
Em casos de paradas cardíaca e respiratória : RCPCaso necessário: intubação endotraquealGarantir acesso venoso
Choque Anafilático
Para pesquisar...• Choque séptico • Choque obstrutivo
• Choque neurogênico
Porque melhor é a sabedoria do que os rubis; e tudo o que
mais se deseja não se pode comparar com ela.
Provérbios 8:11