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N o 135 Ano 13 Abril/2008 JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO PRODERJ – ASCPDERJ http://ascpderj.sites.uol.com.br Avançar nas negociações Mobilização dos trabalhadores é vital para as conquistas Transferência Falta de planejamento aumenta Falta de planejamento aumenta Falta de planejamento aumenta Falta de planejamento aumenta Falta de planejamento aumenta gastos - Pág. 3 gastos - Pág. 3 gastos - Pág. 3 gastos - Pág. 3 gastos - Pág. 3 Campanha salarial dá início com a realização da primeira reunião entre a representação dos trabalhadores e a direção do PRODERJ (foto). Para que nossa campanha seja vitoriosa é necessário a unidade e a participação dos servidores da Autarquia, atuando nas assembléias e mobilizações. Págs. 4 e 5. Servidores Federais Manifestações garantem Manifestações garantem Manifestações garantem Manifestações garantem Manifestações garantem negociações com o governo - Pág. 7 negociações com o governo - Pág. 7 negociações com o governo - Pág. 7 negociações com o governo - Pág. 7 negociações com o governo - Pág. 7 FOTO: NANDO NEVES

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No 135 Ano 13 Abril/2008JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO PRODERJ – ASCPDERJhttp://ascpderj.sites.uol.com.br

Avançar nas negociaçõesMobilização dos trabalhadores é vital para as conquistas

Transferência

Falta de planejamento aumentaFalta de planejamento aumentaFalta de planejamento aumentaFalta de planejamento aumentaFalta de planejamento aumentagastos - Pág. 3gastos - Pág. 3gastos - Pág. 3gastos - Pág. 3gastos - Pág. 3

Campanha salarial dá início com a

realização da primeira reunião entre

a representação dos trabalhadores

e a direção do PRODERJ (foto). Para

que nossa campanha seja vitoriosa

é necessário a unidade e a

participação dos servidores da

Autarquia, atuando nas

assembléias e mobilizações.

Págs. 4 e 5.

Servidores Federais

Manifestações garantemManifestações garantemManifestações garantemManifestações garantemManifestações garantemnegociações com o governo - Pág. 7negociações com o governo - Pág. 7negociações com o governo - Pág. 7negociações com o governo - Pág. 7negociações com o governo - Pág. 7

FOTO : NANDO NEVES

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2 ••••• Abril/2008 ••••• J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J

A difícil convivência democráticaJornal da ASCPDERJ

Associação dos Servidoresdo Centro de Processamento

de Dados do Estado doRio de Janeiro

R. São Francisco Xavier, 524/ 2ºand. Maracanã – CEP 20.550-013Tel: 2569-5480/2568-0341

[email protected]

[email protected]

Presidente:

LEILA DOS SANTOS

1º Vice-presidente:

JOSÉ JOAQUIM P. DE C. A. NETO

2º Vice-presidente:

JÚLIO CÉSAR FAUSTINO

1º Secretário:

ELIZABETH SILVA MARTINS

2º Secretário:

ULYSSES DE MELLO FILHO

1º Tesoureiro:

MARCOS VILLELA DE CASTRO

2º Tesoureiro:

JORGE LUÍS B. DE OLIVEIRA

Responsável pela Sede Praiana(Saquarema):

JOSÉ JOAQUIM PIRES NETO (KIKO)

Redação e Edição:

FERNANDO ALVES

DENISE MAIA

Diagramação

ESTOPIM COMUNICAÇÃO E EVENTOS

2518-7715

Ilustração:

LATUFF

Fotolitos & Impressão:

GRAFNEWS

3852-7166

Na Internet

http://ascpderj.sites.uol.com.br/

ENTIDADE DE UTILIDADE

PÚBLICA ESTADUAL

Edição fechada em:09/05/2008

Editorial

Expediente

A ditadura militar começou a ruir ainda no apagar das lu-zes dos anos de 1970, que teve como símbolo o Movimen-to pela Anistia e a volta dos exilados, em 1979. Mas aindademoraria um tempo até que a democracia prevaleceria nocenário político brasileiro. Até a queda daquele regime deexceção, aconteceram fatos marcantes, como as eleiçõesde 1982, em que a oposição venceu as eleições nos princi-pais estados da federação, a campanha pela eleição deTancredo Neves no Colégio Eleitoral, a frustração pela mor-te do presidente eleito, o Plano Cruzado, com os fiscais doSarney, a disputa eleitoral de 1989, com Lula e FernandoCollor de Melo, o Impeachmentde Collor e o inicio do eraneoliberal com Itamar Franco,FHC, a eleição de Lula, até osdias de hoje.Na reunião entre a direção do

Proderj e a ASCPDERJ ocorridapara negociar a pauta dos servi-dores, o presidente dedicou 50minutos para tratar das opiniõesemitidas pela diretoria da Asso-ciação, através dos panfletos e,principalmente, nas páginas dojornal Divulgando. Reclamandosobre os questionamentos levan-tados pelos trabalhadores a res-peito do processo de transferên-cia do computador central doProderj para as dependências doSerpro.Consideramos que temos o direito legitimo de questionar

qualquer política de governo que nos envolva direta ou indire-tamente.Nesse sentido, não vamos deixar de expressar a nossa

opinião sobre assuntos relevantes a nossa vida profissional.Por outro lado, como servidores públicos, é nosso dever exer-cer de forma transparente nossas funções de servir bem apopulação do Estado do Rio de Janeiro. Por esse motivo,podemos cobrar das autoridades que tratem responsavel-mente os recursos públicos.As reclamações do presidente do Proderj não são proce-

dentes. Incrível como o mesmo não fez quaisquer observa-

ções a respeito da publicação, na integra, de sua entrevista,concedida ao mesmo jornal criticado por ele. Na verdade,fizemos aquela entrevista para que fossem expostos peladireção seus planos a frente da autarquia.A ASCPDERJ aprendeu durante seus 35 anos de existência,

que não devemos ser uma associação “chapa branca”, ali-nhada com os interesses da direção da autarquia a todo cus-to. Parece que os governos e todos os que ocupam cargospúblicos precisam que a imprensa dos trabalhadores lhesseja condescendente, fiel e que abaixe a cabeça diante dosgraves problemas.

Infelizmente, a experiência quetemos tido são amargas. Bastalembrar, que a ex-presidente Te-reza Porto, mantêm na Justiçaum processo contra diretoria daASCPDERJ, que sequer foi arqui-vado com a saída da mesma.Isso mostra como a convivênciacom a democracia acontece mui-tas vezes pelos caminhos tortu-osos e que para exercer a liber-dade de imprensa com isençãoe autonomia ainda encontramosresistência dos governantes.Como legitima representante

dos trabalhadores do Proderj, aASCPDERJ não vai abandonaraqueles a qual representa. Man-ter os servidores informados éum dever do qual não vamos

abrir mão. Estamos cumprindo nosso papel, ou seja, deve-mos e temos o direito de cobrar de todos aqueles que ocu-pem seus postos na direção do Proderj. Acreditamos que oatual presidente vem fazendo esforços no sentido do diálo-go, uma postura muito diferente do que vimos nos últimosanos, caracterizada pela arrogância.A Ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, nos deu um gran-

de exemplo para todo o país ao responder sem vacilação asinsinuações do senador Agripino Maia sobre o significado desuas palavras numa entrevista.Não vamos mais permitir que os fantasmas do autoritarismo

e da censura continuem rondando o Proderj.

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J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J ••••• Abril/2008 • • • • • 3

PRODERJ

Transferência está consumada

A pesar da discordância dos trabalhadores doProderj (Centro de Tecnologia da formação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro), especi-

almente, dos profissionais da área de Produção daAutarquia, a transferência do computador de grandeporte, o Mainframe, será levado de suas atuais insta-lações na Universidade do Estado do Rio de Janeiro(UERJ) para uma sala-cofre na Unidade do Horto Flo-restal do Serpro (Serviço Federal de Processamentode Dados), localizada no Jardim Botânico.A medida foi anunciada após o incêndio em cinco

andares do Bloco F da Universidade, ocorrido em se-tembro do ano passado e que atingiu várias depen-dências da Universidade, inclusive a Reitoria, e parteda área de Produção do Proderj.Desde aquele momento, no entanto, os trabalhadores

do Proderj cobraram da então Presidente do Proderj Tere-za Porto, que atualmente ocupa o cargo de Secretária deEducação do Estado, o projeto sobre a anunciada trans-ferência, que deveria incluir todas as garantias de segu-rança e o acordo entre o Proderj e o Serpro, que nuncafoi apresentado pela direção aos trabalhadores.A falta de transparência e de informações adequa-

das e seguras foi a tônica desse processo. Por essemotivo, os questionamentos do corpo funcional foramgrandes durante esse período. Sendo apresentadavárias versões sobre a questão, como, por exemplo:que se tratava de uma exigência da Reitoria da UERJ;que era uma decisão de Governo e não podia ser ques-tionada; e por fim, foi recentemente apresentado peloatual Presidente Paulo Coelho, como a maneira doProderj se tornar uma empresa certificadora (Certifi-cado Digital), além de parcerias com o Serpro, especi-almente, do que trata da implantação dos sistemasde TV Digital no Brasil.Embora este seja um motivo plausível para justificar

a transferência, as perguntas continuam no ar. Comoexplicar o elevado gasto ocorrido na reforma do espa-ço atingido pelo incêndio, que inclui materiais especi-almente voltados para abrigar os equipamentos e asmaquinas do Proderj. Uma soma que ultrapassa emmais de R$ 1 milhão. Além disso, é necessário a rea-lização de obras para receber parte da área de Produ-ção que inexplicavelmente ficou excluída desta primeirafase da transferência ao Serpro devido aos custos deobras necessárias para abrigar o Parque de Impres-são e que vai ter que ser transferida para o Banerjão,em espaço ainda não definido.

Mazoni visita ProderjEm recente visita ao Proderj, o presidente do Serpro,

Marcos Mazoni, apresentou o trabalho desenvolvidopelo órgão Federal, qualificando a iniciativa de coope-ração técnica entre o Proderj e o Serpro na área deTecnologia de Informação (TI), que são importantes.Nesse encontro foi assinado um termo de cooperação

entre o Proderj e o Serpro, que estabelece um intercâm-bio de soluções de rede e de experiências tecnológicasem que cada parte compartilhará os sistemas produzi-

dos trabalhando para colocá-los em prática.A visita foi bastante frutífera e recheada de informa-

ções a respeito dos objetivos da política na área de TIdo Governo Federal e das possibilidades para atenderas demandas do Estado, envolvidas pelo Programade Aceleração e Crescimento (PAC), do Governo Lula.A oportunidade também serviu para fazer a apresen-

tação de TV Digital implementada pela Autarquia, emparceria com a PUC/RJ.Essa visita poderia ter sido mais esclarecedora, caso

a direção do Proderj colocasse empratos limpos as dúvidas levan-tadas através de um grande de-bate envolvendo os servidores.De acordo com o apresentado

pelo presidente do Serpro, asperspectivas que poderão se cri-ar poderão ser boas se algunspré-requisitos forem levados emconsideração. Entre eles, enten-der que o Proderj deve mesmocolocar-se em condições de inte-grar os espaços mais avançadosem termos de tecnologia, mas,deve preservar acima de tudo oseu capital humano, com experiência adquirida ao longode quase 40 anos, e manter seus principais siste-mas para beneficiar a população do Rio de Janeiro edesenvolver serviços que solidifique a integração doEstado com a população e vice versa.Infelizmente, a transferência que ora se pratica, e

que começou a ser feita sem projeto e transparên-cia, às pressas e desconsiderando a opinião das

áreas envolvidas da Autarquia, mostra que há umaenorme contradição entre os objetivos e as metasapresentadas e a relação destas com a existênciado Proderj, como órgão gestor de TI no Rio de Janei-ro. Prova disso, é, mais uma vez, a data de transfe-rência, anunciada para acontecer no próximo dia 18de maio foi novamente alterada pra o dia 30. Issoimplica mais custos, pois em junho termina a reno-vação do contrato com a Empresa BigBlue, de R$720 mil. De boas intenções o inferno está cheio!

Faltam investimentos sérios noProderj, como, por exemplo, a ho-mologação do concurso de 2002,qualificação dos servidores e for-talecimento da área de desenvol-vimento de sistemas, para que asnovas demandas tecnológicasnão fiquem comprometidas.Todas essas garantias poderiam

ser afirmadas sem precisar retiraro computador de grande porte edividir a área de produção. Aindahá aspectos nesse jogo que nãose encaixam. A verdade é que sai-rá computador de grande porte, e

irão somente alguns técnicos, o Parque de Impressãoficará na UERJ. Até quando?Não podemos esquecer da idéia que surgiu em 2007,

após incêndio na UERJ, de juntar os dois órgãos,PRODERJ e DETRAN num mesmo prédio. Com quefinalidade?O controle das informações estratégicas corre sério

risco de se perder fora do Proderj. É pagar pra ver!

Com a saída do Mainframe PRODERJ ficará dividido em três partes

Durante assembléia dos servidores informou-se sobre a transferência do Mainframe do PRODERJ para o Serpro.

Para a área de TIC oDETRAN vai realizar umConcurso Público paracontratar 38 técnicoscom salário inicial de

R$ 1.750,00, maior queo do PRODERJ.

FOTO: VANOR CORREIA

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J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D OCAMPANHA SALARIAL 2008

A intensa campanha pelodesmonte dos serviços

públicos levados a frenteatravés da política

neoliberal, tem seu maiorataque aos direitos dos

trabalhadores. Os servidorespúblicos vem sendo tratadoscomo os principais vilões em

todas as esferasgovernamentais. Tanto à

nível federal, como estadualou municipal, são esses

trabalhadores que mais temsido atingidos em seus

direitos fundamentais a umsalário digno e justo.

No caso do Proderj, além dodesmonte patrocinado pelogoverno contra a autarquia,outro aspecto contribui paraenfraquecer e desmotivar o

corpo funcional:a desvalorização doenorme potencial dos técnicos e profis-sionais, que amargam uma drástica re-dução de seu poder salarial, que atual-mente se encontram abaixo do valor de

Na recente entrevista concedida peloatual presidente do Proderj, Paulo Coe-lho afirmou que valorizará a “prata dacasa” e que, também, sua prioridadeserá atender as demandas dos traba-lhadores. Para isso, criou uma comis-são com o objetivo de dar agilidade nasnegociações entre a direção e os traba-lhadores, mas não quer levar a repre-sentação dos servidores (ASCPDERJ)para este encontro com o SecretárioRégis Fitcher quando for entregar a pautade reivindicações.A representação dos trabalhadores

têm buscado esse entendimento, dia-logando com a comissão e cobrando dadireção agilidade no atendimento dasreivindicações.Foi a partir de uma das investidas da

ASCPDERJ que a direção acertou em falarao conjunto dos trabalhadores a respeitodos projetos e da política de TI que deveráser realizada nos próximos meses.

Projetos: avanços que não sãoreconhecidos!

Vários projetos vêm sendo desenvol-vidos pelos técnicos do Proderj, quebuscam, fundamentalmente, qualificaros serviços executados pela Autarquiae melhorar o atendimento de serviçospara a população e para a administra-ção pública.Em reunião da direção, que reuniu o

corpo gerencial da autarquia e os tra-

É preciso valorizar

balhadores, o Presidente Paulo Coelhoapresentou as metas estratégicas parao ano de 2008. Entre os projetos, es-tão o Portal Intragov.RJ, que tem comoobjetivo integrar e concentrar os prin-cipais bancos de dados do Estado, bus-cando combinar essas informaçõesnas diferentes áreas do governo, utili-zando o Business Intelligent (BI), quereúne a combinação e a análise de da-dos estatísticos. Paulo Coelho asse-verou que este é um dos projetosprioritários a ser implementado peloProderj esse ano. Outros investimen-tos estão em pauta, como, por exem-plo, o “M-Gov” e o “T-Gov”, quedisponibilizam serviços de governo ele-trônico através de dispositivos móveise da TV Digital (ver quadro em desta-que). Este último, um projeto inovador,em parceria com o Serpro e a PUC/RJ.Além disso, existem inúmeros outros

projetos já em execução pelo Proderj,em todas as áreas do Estado (veja qua-dro na página ao lado).

Valorização profissional ésalário digno!

Apesar das possibilidades que seabre para o Proderj reocupar seu es-paço como órgão vital de TIC no Esta-do do Rio de Janeiro. Seus trabalha-dores não vêem o retorno desse tra-balho, sendo constantemente desva-lorizados pela direção e pelo governo.

É preciso valorizarEnquanto apenas alguns se bene

mercado. O DETRAN criou Cargos naárea de TI em seu Plano de Cargos eagora fará um Concurso Público comvagas para Analistas de Sistemas. ora,qual a tividade fim do Departamento deTrânsito? Está claro nesta iniciativa doórgão estadual que o Proderj está per-dendo espaço para área de TIC (Tecno-logia da Informação e Comunicação),quando deveria ser o oposto.

Assembléia ocorrida no dia 05 de maio.

Primeira mesa de negociação da pauta de reivindicações entre a ASCFOTO: VANOR CORREIA

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Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J • • • • • Abril/2008

orizar o trabalho dos servidores

Realizam uma das atividades maisimportantes na máquina administrati-va e, no entanto, nada recebem poresse trabalho de excelência.Uma das principais reivindicações dos

trabalhadores do Proderj é a aplicaçãointegral do Plano de Cargos. Porém,aprovado em 2002 pela Alerj e que nãofoi efetivado com integralidade.Este fato vem se tornando uma das

principais pedras no estimulo do corpofuncional, que se vê desmotivado edesprestigiado dentro da própriaautarquia.Levantamento do DIEESE sobre o Ín-

dice do Custo de Vida (ICV), nos últi-mos cinco anos, mostra a diminuiçãoda capacidade de compra dos traba-lhadores. Segundo os dados apresen-tados na pesquisa, a cada ano o au-mento médio é de 6,61% em Alimen-tação, 12,16% em Transpor te e13,15% em Saúde.Apesar de a todo momento afirmarem

que a inflação é baixa, todos os quevão frequentemente ao supermercado,às feiras, à farmácia, e aqueles que de-pendem das operadoras de Plano de

Principais Projetosdesenvolvidos pelosservidores do Proderj

Infra-estrutura Tecnológica

• Rede Governo• Infovia• Software Livre

Inclusão digital

• Liberdade Digital• Internet Comunitária• Município Digital

Modernização da Gestão Pública

• Portal Intragov.RJ• Sistemas corporativos• Folha de Pagamento dos

Servidores Públicos• Controle do Patromônio

Estadual (CPE)• Gestão de Contratos• Controle e Tramitação de

Processos (UPO)• Controle de Materiais

de Consumo• Roubos e Furtos de Veículos

Sistemas Específicos

• Sistema de Cobrança da taxade Incêndio

• Sistema de matriculaInformatizada

• Sistema de administração (UAH)e de Estatística Hospitalar (UEH)

• S.O.S. Criança Desaparecidas

Índices acumulados durante osúltimos cinco anos

• Alimentação 33,07%

• Transporte Coletivo 60,83%

• Seguros e Convênios 65,76%

orizar o trabalho dos servidoresalguns se beneficiam, os funcionários do Proderj carregam o piano

PPPPPauta de Rauta de Rauta de Rauta de Rauta de Reivindicações apresentadaeivindicações apresentadaeivindicações apresentadaeivindicações apresentadaeivindicações apresentadae discutida na 1ª reunião de negociaçãoe discutida na 1ª reunião de negociaçãoe discutida na 1ª reunião de negociaçãoe discutida na 1ª reunião de negociaçãoe discutida na 1ª reunião de negociação

com a Direção do Proderj:com a Direção do Proderj:com a Direção do Proderj:com a Direção do Proderj:com a Direção do Proderj:

A Direção do Proderj encaminhará as propostas.

1 - Reposição salarial linear de 32,59% de acordo com o acumulado de2003 a 2007: foi entregue um documento fundamentado na análise do DIEESEsobre o ICV - Índice do Custo de Vida e a perda salarial dos trabalhadores.

2 - Imediata homologação do concurso público realizado em novembro de2002 e nomeação dos aprovados: será anexado um levantamento da situa-ção de Recursos Humanos da Autarquia,através de um mapeamento de to-das as áreas do Proderj para apresentar ao Governo a urgência e necessida-de deste pleito;

3 - Pagamento dos atrasados dos Adicionais de Titularidade e Conhecimen-to referente ao período de 2003 a 2006. Será solicitado a Seplag o cálculodeste passivo para se discutir o parcelamento dos valores devidos. Ressal-tamos que o benefício não foi extendido aos aposentados e aos pensionis-tas. Aguardamos o agendamento de reunião da Direção do Proderj com aComissão de Aposentados constituída para discutir a negativa da PGE sobreeste direito.

4 - Progressão na Tabela de Vencimentos aos servidores que ainda nãoatingiram o teto de suas categorias: Devido as ações impetradas na justiçapor alguns servidores, há necessidade de se discutir o Plano de Cargos, poiso TJRJ e a PGE entenderam que há inconstitucionalidade no artigo do PCCS.Estas ações não foram motivadas pela ASCPDERJ;

5 - Reajuste do valor do auxílio refeição, para R$ 315,00 (valor de face R$15,00):foi esclarecido pela Direção que os valores estão congelados através do Decretodo Governador. Propomos uma medida que precisa ser aprofundada.

6 - Pagamento dos 2 (dois) dias de paralisação de 2005: os dias já foramabonados pelo Governador em 2007 e falta apenas o pagamento. Será trata-do com o Secretario da Casa Civil que junto com o Dep. Picciani tratou desteassunto, no primeiro semestre do ano passado.

Saúde para atendimento, sabem que ospreços estão cada dia mais elevados.A tão propalada inflação zero só surteefeito para os ricos. Os trabalhadoresque se ajeitem como puderem. O cená-rio que se apresenta é de tendênciapara elevação dos preços.Para os servidores do Proderj, o úni-

co caminho é a mobilização para ga-rantir a reposição salarial e as perdasdos últimos anos. A luta pela valoriza-ção profissional tem sido uma das mar-cas dos trabalhadores do Proderj. Overdadeiro avanço tecnológico sóacontece quando os principais respon-sáveis pelas produção das riquezastenham o direito de ver o fruto de seutrabalho reconhecido.

a pauta de reivindicações entre a ASCPDERJ e o PRODERJ.

FOTO: VANOR CORREIAFOTO : NANDO NEVES

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6 ••••• Abril/2008 ••••• J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J

GeralColuna do Aposentado

Reposição Salarial éprioridade!

Os trabalhadores aposentados esperavam sermais respeitados com a eleição de Sérgio CabralFilho para governador do Estado do Rio de Ja-neiro.Durante suas campanhas, sempre enfatizava

essa "qualidade" que o destacava como defen-sor dos direitos do pessoal da Terceira Idade.Como já foi publicado em edições anteriores

do jornal Divulgando, infelizmnete, os direitos dosaposentados continuarão a ser desrespeitados.Agora, já fala sobre uma possível medida (umDecreto ou uma Projeto de Lei) que deverá serencaminhada pelo chefe do Executivo estadualpara ser apreciada na Alerj, com o intuito de reti-rar dos aposentados dos futros aposentados,seus direitos adquiridos, com base numa segun-da reforma na Previdência.A ASCPDERJ reitera seu compromisso de lutar

contra qualquer atentado contra os direots dostrabalhadores, sejam, da ativa ou aposentados.Para finalizar, a ASCPDERJ está se empenhan-

do, além da Homologação do Concurso de 2002,na Reposição Salarial, este último item exata-mente para atender aos direitos dos trabalhado-res aposentados.

Informe Jurídico IInforme Jurídico IInforme Jurídico IInforme Jurídico IInforme Jurídico I

DisponibilidadeNo dia 8 de abril foi realizada uma reunião sobre o

processo da disponibilidade (1996.0004.00048).Estiveram presentes servidores e pensionistas e con-tou com a presença do Dr. Marcellino Picanço, advo-gado responsável pelo processo. Nesta reunião o ad-vogado orientou aos presentes sobre os procedimen-tos para ultimar este processo. Para os servidoresou beneficiários que receberão até 40 salários-míni-mos pela referência nacional de R$ 415,00 (R$16.600,00) os pagamentos serão feitos através daREQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR, levando, em mé-dia, 90 dias para o pagamento, a partir do retornodo processo para o Tribunal de Justiça.Para aqueles que receberão aci-

ma desses 40 salários mí-nimos, o pagamento seráem precatórios. Nestesegundo caso, o Dr.Marcellino observouque o pagamento dosprecatórios va-lem para a dívidado Estado acumuladaaté a data do julga-mento. Eventuais dívidaspós-julgamento poderão ser pagasem folha suplementar, a ser requerida no processo,o que exige o levantamento mês a mês.Uma outra opção para evitar os precatórios é a re-

núncia da diferença entre os 40 salários-mínimos e oreal valor a ser recebido. Os documentos no caso deservidores falecidos são: Certidão de Óbito, Prova deCasamento ou Filiação, Identidade, CPF e o Termo deInventariante, se houver.Os pensionistas deverão apresentar declaração do

Rioprevidência. Os honorários serão pagos através daASCPDERJ. O departamento jurídico da ASCPDERJmanterá sua atuação firme para garantir os direitosdos servidores.

A Ascpderj entrou com três representações junto aoMPT – Ministério Público do Trabalho, em abril de2007, denunciando uma situação que contraria todaa legislação existente. Esclarecemos abaixo a posi-ção de cada item exposto:

1 – Representação 1389/07 – Extra-quadro: estáem fase de conclusão pela Promotora Drª Isabella G.Tezi. Cabe ressaltar que uma das primeiras medidasdo Presidente Paulo Coelho ao assumir, foi providen-ciar o cumprimento da legislação cortando o exceden-te de extra-quadro nomeando servidores do quadrodo Proderj. Parabéns pela iniciativa!

2 – Ocupação de cargos públicos por estagiários: adenúncia se tornou um ICP – Inquérito Civil Público(ICP 2078/07), e já foi peticionado ao MPT odescumprimento pelo Proderj do pedido do MPT darelação de nome e endereço dos referidos estagiári-os. Esta representação visa pressionar a Homologa-ção do concurso público do Proderj de 2002.

3 – Representação do descumprimento do artigo doPlano de Cargos que trata da negociação de saláriosdos servidores do Proderj: foi remetido ao MPE paraapuração desta denúncia, pois o MPT julgou não serda sua competência resolver questões relacionadas di-retamente a servidores públicos estaduais. Agora oMinistério Público Estadual aguarda resposta do Proderjsobre a notificação encaminhada por aquele órgão.

Informe Jurídico IIInforme Jurídico IIInforme Jurídico IIInforme Jurídico IIInforme Jurídico II

Perdeu...O associado aposentado Sérgio Costa e seu alter-

ego “O sombra” perderam mais uma. A primeiraderrota foi não obter a antecipação de tutela paramontar chapa para as eleições da Ascpderj for-

mada por aposentados e a segunda, a juizada IX Vara Especial Cívil, não julgou o méri-to e mandou arquivar o processo. O opor-tunismo não tem vez.

Informe Jurídico IIIInforme Jurídico IIIInforme Jurídico IIIInforme Jurídico IIIInforme Jurídico III

Reunião para discutir processos em fase de execução.

Em meio a grave crise econômica vivida pelosEstados Unidos o presidente George W. Bush en-viou pedido ao congresso norte americano a libe-ração de US$ 70 bilhões para dar continuidade àsguerras contra o Iraque e o Afeganistão.No mês de março passado completaram cinco anos

dos ataques das potências bélicas contra o povoiraquiano. Nesse período o um verdadiro genocídiofoi praticado contra a popupação daquele país.Como se vê o que interessa ao governo Bush é

continuar atacando os povos no mundo, em detri-mento de melhorias na vida dos cidadãos do EUA.

Mais dinheiro para financiara indústria da guerra

UNIMED LESTE FLUMINENSETodos devem ajudar na campanha de adesão

ao Plano de Saúde.Devido a sinistralidade ainda alta no mês de

maio, ficou para depois a possibilidade de migra-ção dos 98 pais dos associados para a Tabelade Dependentes. A Diretoria da Ascpderj conti-nua a se empenhar em buscar mais adesões desócios até 43 anos para o equilíbrio financeiro docontrato. Na próxima semana, a Ascpderj irá di-vulgar e distribuir material para os estagiários doProderj, em reunião que ocorrerá no auditório doBanerjão. Terão oportunidade de se associareme adquirir o Plano de Saúde com direito a trata-mento odontológico com a Uniodonto.

FOTO: VANOR CORREIA

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J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J ••••• Abril/2008 • • • • • 7

Especial

Como resultado da luta desencadeada pelo Movi-mento Luta de Classes, pelo Sintrasef e o conjun-to dos servidores da casa, o Abrigo do Cristo Re-dentor será transformado em um Centro de Refe-rência no Tratamento de Idosos conforme compro-metimento do Governo do Estado do Rio de Janei-ro, que assumiu a administração do Abrigo no dia16 de abril. O comprometimento foi cobrado peladiretoria do Sintrasef a Secretária Estadual de As-sistência Social, Benedita da Silva, que, um diadepois de assumir, conversou com os servidorese vistoriou as condições estruturais da instituição.O Centro de Referência é uma vitória histórica dosservidores do ACR que lutam pela transformaçãodo Abrigo e um centro capaz de produzir políticaspara os idosos em nível nacional.Unidos contra a gestão do Prefeito César Maia

que junto com Secretário Municipal do Desenvolvi-mento Social, Marcelo Garcia, queria fechar o ACRaté o dia 1º de junho, os servidores públicos fede-rais iniciaram um processo de luta que começoucom um protesto às portas da instituição em 17de janeiro. O protesto denunciou o programa “fa-mília acolhedora” que leiloava idosos a R$ 550,00e R$ 928,00 e firmou a posição dos servidores

Abrigo de cara nova

AAAAA reunião teve como tema central a busca de soluções que ponham fim à greve no serviço público.

Dirigentes da Confederação dos Trabalhadores noServiço Público Federal aguardam o resultado de umareunião com representantes da Casa Civil que aconte-ceu na última terça-feira (02).A reunião teve como temacentral a busca de soluções que ponham fim à greveno serviço público.A greve que iniciou em março foiocasionada devido as tentativas de fechamento deacordos no Ministério do Planejamento que satisfa-çam os mais de 770 mil servidores de sua base, en-tre ativos e aposentados. Uma greve em 2005 haviaconseguido uma série de compromissos. Em marçodesse ano, no entanto, o governo voltou atrás em al-gumas de suas decisões desapontando milhares deservidores. A categorias regidas pelo Plano de Classi-ficação de Cargos (PCC) foi a que se sentiu mais lesa-das com o reajuste anunciado e entraram em um pro-cesso de greve. O movimento chegou a alcançar aFunasa e continua firme principalmente no Ministérioda Agricultura, Comércio Exterior (MDIC), no próprioPlanejamento e na Fundação Nacional do Índio (Funai).Na última sexta-feira, servidores do Incra e Ibama tam-bém anunciaram o início de uma greve a partir do dia4 de maio.Preocupados com a onda de greves, osparlamentares vêm tentando convencer o governo aceder em alguns pontos de propostas feitas àCONDSEF, principalmente para 290 mil servidores doPCC. A categoria rejeitou por duas vezes a propostado governo que oferece reajuste por meio de uma gra-tificação produtivista (variando de 30 a 100 pontos) ecom quebra de paridade (30 pontos fixos para apo-sentados). Esses são, hoje, os servidores mais malremunerados do Executivo Federal que acumulam maisde onze anos de salários praticamente congelados.Nodia 10 de maio a CONDSEF coordena duas grandesplenárias com servidores do PCC e também de suabase na Seguridade Social. O objetivo é buscar res-postas necessárias para construir novos rumos e es-tratégias para que a categoria consiga obter uma vitó-ria junto ao governo. A greve dos servidores do PCCfoi iniciada no dia 15 de março e completa amanhã48 dias. Fonte: CONDSEF

Servidores aguardam resposta

como contrária ao fechamento da instituição.Um mês depois, no dia 17 de fevereiro, a Paró-

quia Santa Bernadete e o Padre Gegê atendemao chamado dos servidores e entram na luta peloAbrigo, as comunidades de Bonsucesso eHigeanópolis vão para a rua e cerca de 500 pes-soas marcham contra o fechamento da institui-ção. A Marcha Pela Vida mostrou ao Prefeito quea população não só reconhecia o Abrigo comopar te da comunidade e não abria mão de mantê-lo funcionando.Paralelamente, o Sintrasef buscou aliados em to-

dos os fóruns que discutem a questão do idosocobrando do Ministério da Ação Social e realizandoduas audiências públicas, uma na Camara dos Ve-readores do Rio e outra na Assembléia Legislativado Estado, com a finalidade de apurar os maustratos aos idosos.Como resultado, a Prefeitura cede as pressões

do forte movimento que se avolumava e ganhavacada vez mais aliados, dentre eles, vale destacar,a Comissão Estadual de Defesa do Direito do Ido-so, abre mão da administração da instituição e en-trega o Abrigo ao Governo do Estado.

Bruno Cruz, jornalista do SINTRASEF.

Expectativa de unificaçãoExpectativa de unificaçãoExpectativa de unificaçãoExpectativa de unificaçãoExpectativa de unificaçãoHá uma movimentação entre as categorias dos ser-

vidores públicos federais com a de servidores públi-cos do Estado para realizar uma mobilização conjuntaentre as categorias. Não há nada de concreto ainda,mas a idéia pode criar a possibilidade de mobiliza-ções unificadas.Victor Madeira, diretor do Sintrasef (Sindicato dos

Servidores Públicos Federais do Rio de Janeiro) e doMovimento Luta de Classes (MLC), afirmou: “a uni-dade de ação dos trabalhadores e fundamental paraque as conquistas sejam obtidas. É uma poderosaarma que poderá resultar em resultados importan-tes. Além de afirmar o espírito de classe dos traba-lhadores”.

Expectativa é grande para retorno de negociações com a Casa Civil

Victor Madeira, do SINTRASEF e do Movimento Luta de Classes, fala durante manifestação de servidores federais.

FOTO: ARQUIVO S INTRASEF

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8 ••••• Abril/2008 ••••• J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J

IMPRESSO

Cultura

Há 70 anos morria Lampião,Maria Bonita e mais novecangaceiros na Grota deAngicos. Durante esse tempo uma fabulosa e rica quan-

tidade de trabalhos nos mais diversoscampos das artes (livros, literatura decordel, esculturas, pinturas, teatro, fil-mes) se espalharam da vastidão dacaatinga até os grandes palácios. Pararememorar a data, o CCBB apresentauma grande retrospectiva sobre o tema,apresentando um calendário que incluias obras cinematográficas, que incluidesde “O cangaceiro”, de Lima Barreto,premiado com a Palma de Ouro, no fes-tival de Cinema de Cannes, na França,em 1953, até o documentário belga“Lampião, Sonhos de Bandido”. Para-lelo a isso, o CCBB apresenta com exi-bição do reaquecimento do cinema noNordeste, especialmente, nos estadosdo Ceará e de Pernambuco.São duas mostras que trazem até o

expectador, o cotidiano dos brasileirosque vivem numa região castigada pelaseca, mas que possui belas praias, umdiversidade cultural impressionante,uma religiosidade comovente, uma po-lítica marcada pelos coronelismo, que

vai de pequenos e quase inabitáveisvilarejos à grandes metrópoles, e en-fim, a transcendência do Rio São Fran-cisco na vida do homem nordestino,suas histórias, suas embarcações esuas carrancas, que leva e traz as po-pulações ribeirinhas e gente de todosos lugares dessa região brasileira.Com as duas retrospectivas, temos

uma idéia sobre a vastidão da produ-ção cultural, que teve como um de seusmarcos, obras de Glauber Rocha, “Deuse o Diabo na Terra do Sol”, de Rosem-berg Cariri, com “Corisco e Dada”, dePaulo Caldas e Lírio Ferreira, “Baile Per-fumado”, do premiado Lima Barreto,com “Cangaceiro”.A respeito da retomada do cinema bra-

sileiro, o cineasta e curador da mostraCeará: Cinema e Luz, Rosemberg Cariry,dá seu depoimento:“O Ceará, a partir da década de 1980,

viveu um processo intenso de criaçãoe de produção cinematográfica que ocolocou como importante centro de pro-dução audiovisual do País. O Ceará dei-xava de ser apenas cenário para cine-astas exógenos, e os seus realizado-res passavam a ser protagonistas dassuas próprias histórias e imagens.Esse novo cinema teve uma ampla re-percussão nacional e internacional, ocu-pando lugar de destaque no chamadoRenascimento do Cinema Brasileiro.

No início do sé-culo XXI, surgiriaa nova onda do cinema contemporâ-neo, realizado por jovens cineastas queexperimentam novas estéticas e tra-zem um outro sopro de renovação. AMostra Ceará: Cinema & Luz, se nãoabrange toda a produção histórica docinema cearense, traça um painel sig-nificativo da produção recente e, pelaprimeira vez, possibilita um olhar deconjunto sobre a sua pluralidade cultu-ral e estética.”A possibilidade do contato com essas

obras nas duas retrospectivas, ajuda aentender não apenas o dia a dia dosertanejo ou mesmo a vida das cida-des. Essa é outra condição oferecidapela retrospectiva.Vale a pena conferir!

Mostras de Cinema e Video no CCBB

Ceará: Cinema e luz: de 15 à 25/05Nordeste, Cangaço e Cinema: Até 25/05Centro Cultural Banco do BrasilRio de JaneiroRua Primeiro de Março, 66, CentroDe terça-feira a domingo das 10h às 21h.

Informações: (21) 3808-2020

Cartaz de divulgação do filme “Deus e o Diabo na Terra do Sol” de Glauber Rocha.

Nordeste, Cangaço e CinemaNordeste, Cangaço e CinemaFOTOS : D I VULGAÇÃO

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