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---á -+ f X ,.-&¦¦ t H Publica-se ás Terças e Sextos-feiras nn lypogmphia de J. J. Lopes, onde so recebem assignaturas por 1 onno, c 6 mezes, pagas adiantado. Os annuncios propriamente dos Srs. assignanles pa- gao hQ reis por linha, quuesquer ou- ras publicações scròõ feitas por ajuste. (Jç)ueclot-Tcuc °jf. oCopoo Jiuiun. —*0 ô -©¦©-''— REDACTORES -DIVERSOS. Anuo IX Eíestcrro fferça-fclrft »JI ilcJUrtloile l*?i. PREÇOS DA ASSIONATURA. Por um anno10$0OO » semestre6$00ü COM PORTE PELO CORREIO. Por um annoll^OOQ » semestreC$500 FOLHA AVULSA 3ftl UÉ1S. 0 DESPERTADOR. DRSTBRKO, 2.'1 DR MAIO. A gente devotada ao Sr. Larnego, essa que não é dissidente, com preterições de —genuína conservadora—da provincia, esta tao vaidosa da posição que assumio pela no- va administração da provincia, que desço- nhece absolutamente os serviços prestados pelos alcunhados dissidentes em todas as eleições em que era o Sr. Larnego apresen- tado candidato, e ultimamente elle com o Sr GalvRo, conseguindo ambos que dissi- dtntes e yenuinos fizessem guerra de exter- miiiio a candidatura d'um filho da provin- Cia —o Sr. José Maria do Valle; essa gen- te, dizemos: apossou-se de uma prerogativa <pie nao lhe cabe, nem a maioria sensata e esclarecida da provincia pode conceder-lhe sem quebra da dignidade do partido conser- vador em geral. Se o ser íuineguista-galoãnisla constitue o partido conservador, então, digamos sem rebuço: em Santa Cathariua mio ha partidos políticos, como nunca houve; ha e. única- mente affeieOes pessoaes para cujas persona- gens trabalhao certos grupos, com a mira nos favores que esperilo receber dellas. Cumpre, portanto, declarar sòlernnemen- te o seguinte, visto estarem cotnprehendi- dis no numero dos dissidentes o proprieta- rio, directore redactores deste jornal, mo- tiyò único que deu lugar a imbecil ad- miuistraçilo fazer cessar a publicação dos seus actose expediente da secretaria. Nilo uos separámos do partido por termos mudado de opinião política, separamo-nos, sim, e talvez para sempre, de um indivíduo <jue se suppõe o nec plus ultra em todas as reuniões ou associações, políticas, religiosas ou sociaes, homem vário, inconstante e en- redador eminente. elle e mais ninguém, está habilitado para dirigir os negócios e impor o seu que- ro o ordeno ! Se, por desgraça da provincia, ha quem se curve aos seus dictames, ha também quem o.s repilla com dignidade. A' estes é que ai- cunhAo dissidentes ou retalhos. Provaremos com factos nao remotos pra- ticados por esse indivíduo á quem nos refe- rimos, e dos quaes muitos dos nossos leito- res se recordarão. 1.' —Foi M. J. de Oliveira eleito direetor da sociedade dramática particular S. Pedro de Alcântara (ha muito extineta). Na pri- meira reuniilo tratou se da admissão de ai- gumas famílias como soecias; entre estas ha- via uma que nilò merecia a approvaçflo do direetor. Abrio-se larga e calorosa discussilo, finda a qual, passou-se a votar e a maioria da meza decidio pela admissão da familia impugnada ! por isso o direetor despediu-se ! ! 2.*—Foi eleito secretario da Meza da ir- mandade do Senhor/los Passos e Provedor o Sr. Wanzeller. Tentou por vezes dominar o provedor, este poróm resistia, até que, tendo de sahir da Provincia, nomeou ura iruiílo para o substi- tu ir. Este irmão foi José Gonçalves dos San- tos Silva, fallecido, homem illustrado e dicidido, conhecedor do gênio trèfego do se- cretario; sem pão nem pedra o fez conter na orbita das suas attribuições. Vendo que nenhum partido tirava, reti- rou-se e ntl.o pòz mais os pés. 3.*—No quatriennio de 186Õ á 68 (se nfto nos falta a memória) foi elle convidado pela câmara municipal, na qualidade de supplen- te de vereador, pura tomar assento. se apresentou, embora os vereadores pertences- sem ao partido progressista, então doininan- le; e sem reconhecer a sua falsa posiçilo, porque certo fiscal mio o tratou com a revê- rencia á que elle so suppuuha com direito, exigio logo a demissão do fiscal (que pro- pençilo diabólica tem o homem para demis- FOLHETIM. SEGREDOS DE UM CEMITÉRIO soes!). A câmara recusou satisfazer a exi- geucia impertinente do seu membro. Isto bastou para fazer guestáo de gabinete, dizendo: ou eu ou elle !— A câmara sustentou a decisão da maioria. Eis o homem despedido ! e passou muito tempo que nilo compareceo ás sessões. Km conseqüência a câmara chamou stipplente para preencher a sua falta. Durante quasi um armo pôde Oliveira des- cobrir o meio de rehabilitar-se no seu banco municipal—a chicana desemvolvida sobre as phrasis empregadas no seu ofticio de despe- dida—. Neste sentido requereo a câmara para ser reempossado. A câmara, porém, á nada attendeo; sus- tentou a deliberação da maioria dos seus membros considerando-o despedido. Apezar de ser o presidente da provincia liberal, o pretendente, homem que nao esco- lhe meios para conseguir os fins que busca, recorreo da decisão da câmara para o presi. dente, que então era o Sr. Adolfo de Bar ros. Nada mais fácil achou o presidente do que dar provimento ao seu recurso, depois de ter tido uma conferência com alguns ve- readores da sua amizade, ponderando-lhes que convinha ser generoso para cora um in- dividuo do partido opposto, e que sendo a maioria da câmara do partido dominante, pouco ou nada influiria o recorrente. Annuinlo, e o presidente mandou dar novo ingresso á esse pcrsonnagem que suppunha- se necessário. 4,"_-Nas eleições para vereadores e juizes de paz, conseguio galgar o lugar de presi- dente da câmara, uma vez apossado, consi- derou-seo fac totum da municipalidade, sem dar satisfações aos seus companheiros, jovens intelligentes bem educados, quasi todos com- merciantes, emfim, pessoas dignas de consi- deraçilo, ia pondo e dispondo dos cofres mu- nicipaes á bel prazer. Nao se curvarão aos desmandos de seme- lhante tagarella, e exigirão a fiel execução da lei regulamentar das câmaras. esbravejou, insultou a todos e safou-se ! Longe iríamos, se quizessemos citar mais exemplos; estes que ahi ficHo apontados, sao bastantes: o publico Imparcial os aprecie, e decida se os conservadores considerados dis- sidentes e taxados de retalhos pelo Sr. con- seílieiro Larnego (depois de. utilisar-se dos seus serviços para sua reeleição de deputa- do geral) se estão ou mio no seu direito de repudiar semelhante ente enfatuado com pretenções de sabichilo. O Despertador é tanto orgao de partido actualmente,como era, quand-) o Sr. Galvao quiz fundar na oflicina desta folha o seu jor~ nal 0 Consticional. S. S. é a melhor tes- temunha qne podemos exhibir para provar esta asserção. Dera forcejou para que o Des- pertador assumisse o caracter de orgao do partido, mas convenceo-se a final que era malhar em ferro frio. Creou o seu jornalsinho para fazer oppo- sic.ao a situação passada o assim se conser- vou atésuecumbir; com a única differença de ter crescido um pouco, antes de exhalar o ultimo suspiro. O Despertador que existe ha 9 annos, nun- ca se persuadio viesse um dia em que lho coubesse a distineta honra de dar publicida- de aos actos e.expediente da presidência da provincia; porem causas imprevistas deter- minarão a concessão de tao magna distinc- çao. Todos sabem que o ex Mercantil tinha-so incumbido dessa tarefa, e desde que o po- der saldo das mãos do partido liberal e pas- sou para as dos conservadores (16 de Julho de 68), o Mercantil declarou-se era opposição. Estava na presidência interinamentente o Sr.Cerqueira Pinto, o qual mandou pelo se- cretario da provincia consultar ao proprieta- rio desta folha se queria aceitar a publicação que então fazia o Mercantil, mediante a re- tribuiçao de 400$ rs. annuaes, enviando 30 exemplares de cada impressão, ou mais ain- POR LÉON GOZLAN. Traduzido cm vulgar por ***.. (*) VOLUME I. XIV. DIA AZIAGO PARA O CAVALLKIItO TANCHEOO. -i"Que farieis? perguntou Tancredo, agás- tado cora tal desejo. ²O qne faria ? Nada mais do que tendes feito, meu caro Taucredo; porém faria outra cousa. ²Entilo o que? ²Será segredo em quanto me nao entre- garem o commando. ° Tomae-o, totnae-o, bradou Tancredo fora de si; e veremos essa raridade, essa ina- ravilha que tendes reservada para nós. ²Ides ver. Toda a gente se interessou por esse desa- fio, vottando-se as attenções para Tancredo e sir Caskil, ordenando este aos homens do fogo para que aquecessem mais a maebina, e tomando conta do leme. Lady Glenmour, fixava também a sua attenção sobre o novo piloto. ,•) \'i;lco DESPERTADOR Ü. 307. Em virtude das ordens dadas por este., o yacht corria com maior velocidade, dando a volta do canal etn um terço do tempo até alli gasto, e fazendo com a espuma, que le- vanlava, engrossar as águas pelas margens. Tudo tremia dentro do yacht, orno suecede em alto mar u'um navio, quando vento fres- co o leva á bolina com as velas inchadas. Rugia om a velocidade debaixo dos pés dos passageiros, os quaes e com especialidade la- dy Glenmour,pareciam recrear-se nesse con- tinuo abalo. O ar assim mais fino, as águas mais agitadas, e a terra a passar mais rapi- damente, animavam a formosa dama, como anima, aquém delle gosta, o vinho gênero- so, Helampejavain seus olhos, os lábios fran- ziam-se-lhe como os de ufana nayade, em na sua concha marítima; Tancredo se mostrava cuidadoso, movendo para todos os lados olhos inquietos, olhando ao mesmo tempo para sir Caskil, e lady Glenmour, a praia e o yacht. Por fim, com voz alterada, ousou dizer: ²Sir Caskil, vamos cora ligeireza de mais.... ²Sois homem prudente ! foi apenas o que este respondeu. ²Repito-vos, sir Caskil, vamos com li- geireza de mais.... ²Estaes por isso, minhas senhoras? per- guntou o su oposto sir Caskil. ²Nao ! certo que não ! responderam as senhoras. ²Como vamos bem ! continuemos assim mesmo.' Tancredo, que nao queria mostrar-se mais tiniorato do que as senhoras^calou-se. Nesse caso, retorquio sir Caskil, ande- mos melhor ! andemos com mais força ! E mandou qne o machinista augmentasse . mais alguns graus. ImraediatF.inenteoyacht, como se sentisse cravarem-lhe nos francos acudas esporas, deu um salto e correu impe- tuosamente, passando como om peixe pelos pequenos estreitos, formados pelas três gran- des bacias do lago, levando de rojo os ver- des sargaços, rompendo os baixios, e trazen- do á tonad^gua nu véus de areia, ceifando os juncos e as hervas elevadas, que embar- gavam a sua impetuosa corrente. Tancredo ia perdendo cada vez mais o seu sangue frio; tornava-se pallido de cólera; o seu silencio era tempestuoso e medonho; a ca- da instante se aproximava de lady Glenmour, a qual, encantada daquella veiocidade,linha tocado o ultimo gráo de emoção, de er.thu- siasmoe deexcitaçao. O vento levou pelos ares o seu chapéu, pondo-lhe em desalinho os compridos cabellos. ²Ilurra ! burra ! bradava o conde de Ma- doe ou o siipposto sir Caskil. Engolimos.... devoramos a extensão do lago ! Burro ! hnr- ra ! ²Por dever, cumpre que eu vos advirta ainda, disse pela segunda vez Tancredo com voz abafada, de que ha perigo, e muito gran- de, em correrdes assim como estaes fazendo. Este yacht nao é barco de guerra; a machi- na, que mandastes aquecer tao desmedida- mente, mio sahio dos arsenaes do estado; de uai momento para.outro pode rebentar.... ²Nao creaes nisso, respondeu sir Caskil. ²Seuhor, sou marítimo ! e vós sois ape- nas um negeeiante do Cabo da Doa Esperan- ça _Vós marítimo! Sois sim, como vos disse, um homom prudente, muito pruden- te! ²Um poltrSo, nao é assim ! Pois bem, eu vos mostro.... Olá do fogo ! bradou Tan- credo, enchei a fornalha de carvão, abrazae a machina ! Machinista, toda a força.... sou eu que maodo, Mal acabara Tancredo de dar aquella ordem mortífera, o yacht tocou no fundo e pendeu subtitamente para a direita. Ouvio-se ura clamor geral. ²Vedes, senhor! disse Tancredo. Porém, mettendo muito pouca água, o yacht endireitou-se e continuou sua viagem. Para melhor apreciar aquelle golpe de vista, lady Glenmour tinha ido para a proa, e arrebatava-se de contentamento, obser- tando a espantosa e rápida corrida com que passavam por junto delia arvores, sarças, prados, vimeiros, monticulos, ilhotas, sebes e choupanns; cantando, e rindo-se (1'ale- gria... De repente ouvio-se um estalo wvco, e o vacht parou, abateu-se: inclina-se é mette" uma das bordas tnigua; vio-se eonlo sahir, com rubros e sinistros silvos, liran densa e abafada nuvem de fumo. Ao tombar do vacht, abrio-se, abalroando*cmii uma estaca fincada no canal, e lançou^ena metade dos passageiros. Naquella desor gritavam, choravam, pediam soecorro bus- càndo ganhar a margem. Antes qne Tau- mi.jiiii'wwwin

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Page 1: 0 DESPERTADOR. - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/709581/per709581_1871_00868.pdfle; e sem reconhecer a sua falsa posiçilo, só porque certo fiscal mio o tratou com a revê-rencia á

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Publica-se ás Terças e Sextos-feiras nn

lypogmphia de J. J. Lopes, onde so

recebem assignaturas por 1 onno, c 6

mezes, pagas adiantado. Os annuncios

propriamente dos Srs. assignanles pa-

gao hQ reis por linha, quuesquer ou-

ras publicações scròõ feitas por ajuste.

(Jç)ueclot-Tcuc °jf.

oCopoo Jiuiun.

—*0 ô -©¦©-''—

REDACTORES -DIVERSOS.

Anuo IX Eíestcrro — fferça-fclrft »JI ilcJUrtloile l*?i.

PREÇOS DA ASSIONATURA.

Por um anno 10$0OO» semestre 6$00ü

COM PORTE PELO CORREIO.

Por um anno ll^OOQ» semestre C$500

FOLHA AVULSA 3ftl UÉ1S.

0 DESPERTADOR.

DRSTBRKO, 2.'1 DR MAIO.

A gente devotada ao Sr. Larnego, essa

que não é dissidente, com preterições de—genuína conservadora—da provincia, esta

tao vaidosa da posição que assumio pela no-

va administração da provincia, que desço-

nhece absolutamente os serviços prestadospelos alcunhados dissidentes em todas as

eleições em que era o Sr. Larnego apresen-tado candidato, e ultimamente elle com o

Sr GalvRo, conseguindo ambos que dissi-

dtntes e yenuinos fizessem guerra de exter-

miiiio a candidatura d'um filho da provin-Cia —o Sr. José Maria do Valle; essa gen-te, dizemos: apossou-se de uma prerogativa<pie nao lhe cabe, nem a maioria sensata e

esclarecida da provincia pode conceder-lhesem quebra da dignidade do partido conser-vador em geral.

Se o ser íuineguista-galoãnisla constitueo partido conservador, então, digamos semrebuço: em Santa Cathariua mio ha partidospolíticos, como nunca houve; ha só e. única-mente affeieOes pessoaes para cujas persona-gens trabalhao certos grupos, com a miranos favores que esperilo receber dellas.

Cumpre, portanto, declarar sòlernnemen-te o seguinte, visto estarem cotnprehendi-dis no numero dos dissidentes o proprieta-rio, directore redactores deste jornal, mo-

tiyò único que deu lugar a imbecil ad-miuistraçilo fazer cessar a publicação dosseus actose expediente da secretaria.

Nilo uos separámos do partido por termosmudado de opinião política, separamo-nos,sim, e talvez para sempre, de um indivíduo<jue se suppõe o nec plus ultra em todas asreuniões ou associações, políticas, religiosasou sociaes, homem vário, inconstante e en-redador eminente.

Só elle e mais ninguém, está habilitado

para dirigir os negócios e impor o seu que-ro o ordeno !

Se, por desgraça da provincia, ha quemse curve aos seus dictames, ha também quemo.s repilla com dignidade. A' estes é que ai-cunhAo dissidentes ou retalhos.

Provaremos com factos nao remotos pra-ticados por esse indivíduo á quem nos refe-rimos, e dos quaes muitos dos nossos leito-res se recordarão.

1.' —Foi M. J. de Oliveira eleito direetorda sociedade dramática particular S. Pedrode Alcântara (ha muito extineta). Na pri-meira reuniilo tratou se da admissão de ai-

gumas famílias como soecias; entre estas ha-via uma que nilò merecia a approvaçflo dodireetor. Abrio-se larga e calorosa discussilo,finda a qual, passou-se a votar e a maioriada meza decidio pela admissão da familiaimpugnada !

Só por isso o direetor despediu-se ! !2.*—Foi eleito secretario da Meza da ir-

mandade do Senhor/los Passos e Provedoro Sr. Wanzeller.

Tentou por vezes dominar o provedor, este

poróm resistia, até que, tendo de sahir daProvincia, nomeou ura iruiílo para o substi-tu ir. Este irmão foi José Gonçalves dos San-tos Silva, já fallecido, homem illustrado edicidido, conhecedor do gênio trèfego do se-cretario; sem pão nem pedra o fez conter naorbita das suas attribuições.

Vendo que nenhum partido tirava, reti-rou-se e lá ntl.o pòz mais os pés.

3.*—No quatriennio de 186Õ á 68 (se nftonos falta a memória) foi elle convidado pelacâmara municipal, na qualidade de supplen-te de vereador, pura tomar assento. Lá seapresentou, embora os vereadores pertences-sem ao partido progressista, então doininan-le; e sem reconhecer a sua falsa posiçilo, só

porque certo fiscal mio o tratou com a revê-rencia á que elle so suppuuha com direito,exigio logo a demissão do fiscal (que pro-pençilo diabólica tem o homem para demis-

FOLHETIM.

SEGREDOS DE UM CEMITÉRIO

soes!). A câmara recusou satisfazer a exi-

geucia impertinente do seu membro.Isto bastou para fazer guestáo de gabinete,

dizendo: — ou eu ou elle !—A câmara sustentou a decisão da maioria.Eis o homem despedido ! e passou muito

tempo que nilo compareceo ás sessões. Kmconseqüência a câmara chamou stipplente

para preencher a sua falta.Durante quasi um armo pôde Oliveira des-

cobrir o meio de rehabilitar-se no seu bancomunicipal—a chicana desemvolvida sobre as

phrasis empregadas no seu ofticio de despe-dida—. Neste sentido requereo a câmara

para ser reempossado.A câmara, porém, á nada attendeo; sus-

tentou a deliberação da maioria dos seusmembros considerando-o despedido.

Apezar de ser o presidente da provincialiberal, o pretendente, homem que nao esco-lhe meios para conseguir os fins que busca,recorreo da decisão da câmara para o presi.dente, que então era o Sr. Adolfo de Barros.

Nada mais fácil achou o presidente do

que dar provimento ao seu recurso, depoisde ter tido uma conferência com alguns ve-readores da sua amizade, ponderando-lhesque convinha ser generoso para cora um in-dividuo do partido opposto, e que sendo amaioria da câmara do partido dominante,

pouco ou nada influiria o recorrente.Annuinlo, e o presidente mandou dar novo

ingresso á esse pcrsonnagem que suppunha-se necessário.

4,"_-Nas eleições para vereadores e juizesde paz, conseguio galgar o lugar de presi-dente da câmara, uma vez apossado, consi-derou-seo fac totum da municipalidade, semdar satisfações aos seus companheiros, jovensintelligentes bem educados, quasi todos com-merciantes, emfim, pessoas dignas de consi-deraçilo, ia pondo e dispondo dos cofres mu-nicipaes á bel prazer.

Nao se curvarão aos desmandos de seme-

lhante tagarella, e exigirão a fiel execuçãoda lei regulamentar das câmaras.

esbravejou, insultou a todos e safou-se !Longe iríamos, se quizessemos citar mais

exemplos; estes que ahi ficHo apontados, saobastantes: o publico Imparcial os aprecie, edecida se os conservadores considerados dis-sidentes e taxados de retalhos pelo Sr. con-seílieiro Larnego (depois de. utilisar-se dosseus serviços para sua reeleição de deputa-do geral) se estão ou mio no seu direito derepudiar semelhante ente enfatuado com

pretenções de sabichilo.O Despertador é tanto orgao de partido

actualmente,como era, quand-) o Sr. Galvao

quiz fundar na oflicina desta folha o seu jor~nal — 0 Consticional. S. S. é a melhor tes-temunha qne podemos exhibir para provaresta asserção. Dera forcejou para que o Des-

pertador assumisse o caracter de orgao do

partido, mas convenceo-se a final que eramalhar em ferro frio.

Creou o seu jornalsinho para fazer oppo-sic.ao a situação passada o assim se conser-vou atésuecumbir; com a única differençade ter crescido um pouco, antes de exhalar oultimo suspiro.

O Despertador que existe ha 9 annos, nun-ca se persuadio viesse um dia em que lhocoubesse a distineta honra de dar publicida-de aos actos e.expediente da presidência da

provincia; porem causas imprevistas deter-minarão a concessão de tao magna distinc-

çao.Todos sabem que o ex Mercantil tinha-so

incumbido dessa tarefa, e desde que o po-der saldo das mãos do partido liberal e pas-sou para as dos conservadores (16 de Julhode 68), o Mercantil declarou-se era opposição.

Estava na presidência interinamentente oSr.Cerqueira Pinto, o qual mandou pelo se-cretario da provincia consultar ao proprieta-rio desta folha se queria aceitar a publicaçãoque então fazia o Mercantil, mediante a re-tribuiçao de 400$ rs. annuaes, enviando 30exemplares de cada impressão, ou mais ain-

POR

LÉON GOZLAN.

Traduzido cm vulgar por ***.. (*)

VOLUME I.

XIV.DIA AZIAGO PARA O CAVALLKIItO TANCHEOO.

-i"Que farieis? perguntou Tancredo, agás-tado cora tal desejo.

O qne faria ? Nada mais do que tendesfeito, meu caro Taucredo; porém faria outracousa.

Entilo o que?Será segredo em quanto me nao entre-

garem o commando.° — Tomae-o, totnae-o, bradou Tancredofora de si; e veremos essa raridade, essa ina-ravilha que tendes reservada para nós.

Ides ver.Toda a gente se interessou por esse desa-

fio, vottando-se as attenções para Tancredoe sir Caskil, ordenando este aos homens dofogo para que aquecessem mais a maebina,e tomando conta do leme. Lady Glenmour,fixava também a sua attenção sobre o novo

piloto.,•) \'i;lco DESPERTADOR Ü. 307.

Em virtude das ordens dadas por este., oyacht corria com maior velocidade, dandoa volta do canal etn um terço do tempo atéalli gasto, e fazendo com a espuma, que le-vanlava, engrossar as águas pelas margens.Tudo tremia dentro do yacht, orno suecedeem alto mar u'um navio, quando vento fres-co o leva á bolina com as velas inchadas.Rugia om a velocidade debaixo dos pés dospassageiros, os quaes e com especialidade la-dy Glenmour,pareciam recrear-se nesse con-tinuo abalo. O ar assim mais fino, as águasmais agitadas, e a terra a passar mais rapi-damente, animavam a formosa dama, comoanima, aquém delle gosta, o vinho gênero-so, Helampejavain seus olhos, os lábios fran-ziam-se-lhe como os de ufana nayade, empé na sua concha marítima; só Tancredo semostrava cuidadoso, movendo para todos oslados olhos inquietos, olhando ao mesmotempo para sir Caskil, e lady Glenmour, apraia e o yacht. Por fim, com voz alterada,ousou dizer:

Sir Caskil, vamos cora ligeireza demais....

Sois homem prudente ! foi apenas oque este respondeu.

Repito-vos, sir Caskil, vamos com li-geireza de mais....

Estaes por isso, minhas senhoras? per-guntou o su oposto sir Caskil.

Nao ! certo que não ! responderam assenhoras.

Como vamos bem ! continuemos assimmesmo.'

Tancredo, que nao queria mostrar-se maistiniorato do que as senhoras^calou-se.

— Nesse caso, retorquio sir Caskil, ande-mos melhor ! andemos com mais força !

E mandou qne o machinista augmentasse. mais alguns graus. ImraediatF.inenteoyacht,

como se sentisse cravarem-lhe nos francosacudas esporas, deu um salto e correu impe-tuosamente, passando como om peixe pelospequenos estreitos, formados pelas três gran-des bacias do lago, levando de rojo os ver-des sargaços, rompendo os baixios, e trazen-do á tonad^gua nu véus de areia, ceifandoos juncos e as hervas elevadas, que embar-gavam a sua impetuosa corrente.

Tancredo ia perdendo cada vez mais o seusangue frio; tornava-se pallido de cólera; oseu silencio era tempestuoso e medonho; a ca-da instante se aproximava de lady Glenmour,a qual, encantada daquella veiocidade,linhatocado o ultimo gráo de emoção, de er.thu-siasmoe deexcitaçao. O vento levou pelosares o seu chapéu, pondo-lhe em desalinhoos compridos cabellos.

Ilurra ! burra ! bradava o conde de Ma-doe ou o siipposto sir Caskil. Engolimos....devoramos a extensão do lago ! Burro ! hnr-ra !

Por dever, cumpre que eu vos advirtaainda, disse pela segunda vez Tancredo comvoz abafada, de que ha perigo, e muito gran-de, em correrdes assim como estaes fazendo.Este yacht nao é barco de guerra; a machi-na, que mandastes aquecer tao desmedida-mente, mio sahio dos arsenaes do estado; deuai momento para.outro pode rebentar....

Nao creaes nisso, respondeu sir Caskil.Seuhor, sou marítimo ! e vós sois ape-

nas um negeeiante do Cabo da Doa Esperan-ça_Vós marítimo! Sois sim, como já vosdisse, um homom prudente, muito pruden-te!

Um poltrSo, nao é assim ! Pois bem,eu vos mostro.... Olá do fogo ! bradou Tan-credo, enchei a fornalha de carvão, abrazaea machina ! Machinista, toda a força.... soueu que maodo,

Mal acabara Tancredo de dar aquellaordem mortífera, o yacht tocou no fundo ependeu subtitamente para a direita.

Ouvio-se ura clamor geral.Vedes, senhor! disse Tancredo.

Porém, mettendo muito pouca água, oyacht endireitou-se e continuou sua viagem.

Para melhor apreciar aquelle golpe devista, lady Glenmour tinha ido para a proa,e arrebatava-se de contentamento, obser-tando a espantosa e rápida corrida com quepassavam por junto delia arvores, sarças,prados, vimeiros, monticulos, ilhotas, sebese choupanns; cantando, e rindo-se (1'ale-gria... De repente ouvio-se um estalo wvco,e o vacht parou, abateu-se: inclina-se émette" uma das bordas tnigua; vio-se eonlosahir, com rubros e sinistros silvos, lirandensa e abafada nuvem de fumo. Ao tombardo vacht, abrio-se, abalroando*cmii umaestaca fincada no canal, e lançou^enametade dos passageiros. Naquella desorgritavam, choravam, pediam soecorro bus-càndo ganhar a margem. Antes qne Tau-

mi.jiiii'wwwin

Page 2: 0 DESPERTADOR. - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/709581/per709581_1871_00868.pdfle; e sem reconhecer a sua falsa posiçilo, só porque certo fiscal mio o tratou com a revê-rencia á

iO DESPERTADOR.

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da .se fossem precisos para destribuir pelasrepartições.

Flesitou aquelle era aceitar por ser a quan-tia insignificante, mas instado pelo presi-dente, .•miuiio.

Passado o primeiro anno, estando na pre-sidencia o Sr. Ferreira Corrêa, forao exigi-dos 50 exemplares de cada impressão.

Recusou-se á isso o proprietário, e decla-roo que rescindiria o contractó, salvo sefosse elevada á GOuS rs. a subvenção. O pre-si d e ti te anuuio, e continuou a ser publicadono Despertador o expediente.

E note o leitor, que o proprietário da im-

prensa sufTria em os seus interesses, por queno contractó havia a cláusula de não se fa-zer censuras aos actos dn presidência, nemem artigo de fundo e nem nos á pedido.

Vivíamos em um estreito circulo de ferrodo qual míô pudemos saliir, durante o tem-po dos antecessores do actual presidente.

Chegou este, e conservando-se por algumtempo quieto e pacifico, dando abraços e fa-zeuaa me/.uras; entendeo o proprietário daimprensa, que não devia dar por findo o seucontractó, embora mio houvesse temjw fixa-do, visto nào haver até então, folha á dispo-siçilo do presidente.

Eis, porérn, que de improviso ella appa-rece, qual meteoro luminoso derramandopor dentro e por tora d<; palácio luz deslum-bruhte e o seu director tudo occupadu nahónrosii tarefa de eivlcosar o boinem a

quem ô grato pelos favores que lhe tem dis-

poiiÍMtdo'.O interesse que d'abi provinha ao estabe-

I iciuiento era tão mesquinho que nao podereduiithirem grave dánino. 0 jornal ha desustentar-se do mesmo modo que se susten-tou, desde a presidência du Sr. Leitão daCunha até a do Sr. Adolfo de Bairros.

Estamos em nosso direito, censurando osactos inconsiderados, inconvenientes e des-ordenados do actual presidente da província,sem fazermos cabedal dos seus bajuladores.

Su o Sr. Galvão pôde fundar um jornalparu fazer opposição systematica ao ex-jire-sideuto Dr. Ferreira Corrêa, e este mesmo

jornal servir boje para oiTereeer iinmundasoblnçCes ao presidente á quem serve, nin-

guem pôde censurar o Despertador por exer-cer o mesmo direito, desde que deixou de serfolha semi-oflicial.

O Despertador, repetimos, nao tem com-

protnissos [até o presente), corn partido ai-

guio; suas columiias estão abertas paraquem dei Ias precisar.

DIVEIISASOCCLIUIK.NCIAS."Do sul.— 0 Âririós chegou no dia 18

dos portos do sul. Não nos consta que Iruu-xesse noticias de interesse geral.

Corria em Montevidéu quo linhão diminui-

credo, que nunca tinha jierdido de vistalady Glenmour, podéssu correra salval-a,sir Caskil a tinha segurado, enlaçado comos braços e unido a si. Tinha-se atirado dapopa ápròa, apezar da grande inclinação doyaeht. A distancia de alguns pés separavaa terra da proa, o de um salto a venceu, de-pqsítando sobre a relva lady Glenmour des-íailecida.

Passado um quarto de hora de terror odesordem, cada qual veio a si da horrívelcatastrophe; aquelles (pie tinham ficado abordo, nenhum mal haviam sohaido; e osque tinham cabido n'agun, alcançaram terraseiu perigo. Só Taiicredo, com a precipita-çâo de soecorrer lady Glenmour, tinha-seenterrado n'um charco de lodo o sebas, doqual sahio n'uni estado mais digno de risodo que de lastima. Para coroar-lhe a desdi-ta, o supposto sir Arcbibald Caskil, bradou-lhe, vendo-o assim em trajes de Tristão:

— Tiuheis razão, caro Taucredo, em ser-des prudente...

Depois, sir Caskil cortejou-o e assentou-se sobre a relva, como um pastor de Virgi-lio, aos pés da formosa lady Glenmour, a(piai, depois de tornar a si de uma ligeirasyncope, ria-se com a maior vontade, lem-

. brando-se do perigo porque liuha passado,e mostrando-se satisfeita, por ter sentidopulsar-lhe o coração com mais vehemenciae energia. Agradecia com o mais terno re-conhecimento a sir Caskil, pelo serviço quelhe tinha prestado, salvando-a dãqiíelladesastre do (piai eternamente se lembraria,porque, dizia ella, havia sentido um medo

do coiisideravelmcnle, cm Itocnos-Ayrcs, asvie li mas da peste.

Impron.sa.- Reappárcccu a Im-.prensa Acadêmica cscripla por talentosos ju-vens da Academia de 5. Paulo.

Hecobomos, pelo vapor S. Francisco, quoaqui chegou na tardo do 20 do corrente, osns. 1 e 1 dessa interessante gazela.

Agradecendo a ohsòquiosa remessa, diri-gímos lhe eordiacs felicitações e desejamosrjue lenha longa vida.

Bollozas ísraminatloaoscio nosso Dr, 1 *j?esiçloiite.

o. D. C.Aos Srs. Professores de primeiras letras —

para servirem de norma na construcçãoda Sintaxe.

Kelatorio lido á salinha na sessão magnade 26 de Março da íWf.

SEGURANÇA INDIVIDUAL E OH PROPRIEDADU.

" Julgo que SQ?" se (condicional a policia" tivesse (p. imp. do c.) força siifficienté, e" dispozesse de meios convenientes para a"

prevenção dos delidos (! prompta repres-" são delles, estes crimes «3^ desapparece-" rdô ou pelo menos diminuirão (l)" Futuroabsoluto.

Consta-nos que um discípulo do Sr. Bal-d nino, logo que lêo este período, exclamou:—Erro crasso! deverião os últimos verbos es-tar no condicional —desapparecerião ou....ditnintiiriãò, para hannònisaro sentido dapropo.sição'qiie. começa jiela conjunção con-dici.mal — sè.

Quando vimos esta magnífica construcção,recordáino-noá de um certo general, (pie sen-«Io ministro de estado dos negócios da ma-riu lia. (ha muito que jaz na eternidade), fezexpedir uma ordem na qual se lião estas pa-lavras:— latas hermetieamente fechadas degallinhas —. As folhas diárias da curte de-bicarão no ministro, porque não quizterocuidado de rever o papel que assignãra.Não era formado, como é o auetor do rela-toriõ, era apenas soldado.

N'aqiielle tempo a imprensa não se qccu-pava tanto de política, como se oecupaactualmente, por isso aproveilavão essas equi taes misérias dos altos fuiíccionarios pa-ra fazer sobresahir a sua ignorância nascousas mais triviaes; hoje essas trivialida-des pertencem aos homens, salvas honrosasexeepcOes, que alisarão os bancos das aca-deinias e têm em bom recado um bèllò per-gaminho.

Usstiti!»laa ffjcgislativa Pro-víncial.

LEI N. 6Í9 DE 6 DE MAIO DE 1871.

Aulorisa o piesidcnte da província a contra-dar com quem melhores comições offere-cer, a cnnslrncção e conservarão das es-truilnsquc vão á Lages, mediante o prndu-elo das barreiras que ncllus serão estabe-tecidas.Joaquim Bandeira de Gouvôa, presidem-

toda piovincia de Santa Galliiiriittr;Faço saber a todos os seus habilnnlcsqjie

a assetiiblóa legislativa provincial decretoue eu sauecionei a resolução seguinte:

extraordinário; e insistia na profunda im-pressão cVaquelle susto, como faria qualqueracerca de tuna sensação de prazer.

Trancredo, apezar do grande desejo quetinha de ir oceultar as suas misérias entreas paredes do seu quarto, voltou-se paratrás. achando-se ainda a poucos passos dologar'on;le tinha visto sir Caskil e lady Glen-mour. Foi o seu máo gênio quem lhe aeuiise-lbou tal movimento; deu com um painelmuito natural, mas que lhe au guie ti tou asua perturbação: os cauellos de lady Giea-mour tinha-se enroscado, na oceasiáo de sertirada do navio, nos botões d'aço da casacade sir Caskil, e ambos se occupavatn em des-prendel-os. Trabalho delicado e um tantodolbro.sê, que obrigava lady Glenmour a pôro pescoço e a cabeça em atiitudes penosas,e pouco agradáveis, mas que ella tornavaencantadoras, porque a todas as cousas davagraça. A mágoa, levou Taucredo a nuiar fa-milhridade naqueile tão simples suecesso.Teria desejado morrer da explosão do yacht..com ella talvez... Como se é generoso quan-do se ama!

1'osio que se não tivessem molhado as rou-pas de lady Glenmour, tinham ficado emdesarranjo; porém, pela primeira vez em suavida, a formosa dama cuidava Unto em com-pol-as, como teria feito se fura filha dalgumdos tristes camponios do castello.

Logo que se acharam inteiramente resta-belecidos do choque, cuidaram em voltar pá-ra o casi.ello, acompanhados dos eampoue-zes, criados, jardineiros e lacaios, que ti-nham acudido ao alarido do naufrágio. Lady

Arligo l,'0 presidente da proviucia liraaulüiisãdo a cohlrnclar, cum quem nicllio-res condições uflereoor, a construcção o con-servação das es lia d as que vão á Lages,mediante o produclo das barreiras que nel-Ias serão estabelecidas.

Atligo2.* O prazo da arrematarão po-dera |)i'ürogar-se alé 10 annos.

Arligo 3." A falia de cumprimento dascláusulas «Ia conlraclo sugcilará, conformea natureza dellas, o aircmalanle, á mui-Ias, e mesmo á rescisão.

Arligo í." A arrcmalnção poderá ser foi-la por lütla a extensão da estrada ou purseccóes.

Artigo r».° No conlraclo so estabelecera

qaelica salvo á piuvincia o direito de res-cindií-o, mediante indemnisação ao une-malaiili'.

Artigo G.' Sc nâo houver arrematante,uu se o presidente entender (jue é maisconvenieiile aos inleressesda província', po-d o rá fazer qualquer operação de credito,como emissão de apólices, ou empréstimode o()<):00()$U00 rs. paia construil-as.

Arligo. 7.° 0 produclo das barreiros se-rá neste caso destinado á conservação dei-Ias.

Artigo 8 ° 0 que restar do produclo dasbarreiras, depois de deduzidas asdosjiezasda conservação, bem como metade das ren-das du miinicipm de Lages, ficâo liypotbe-cadas ao pagamento do capital e juros.

Arligo 0.° u presidente da província,'desde já, mandará, pela verba-—Obras Pu-blicas— levantar plano e orçamento dasreferidas estradas.

Anigo 10." Itevogão-seas disposições emcon ira rio.

Mando, porlanlo, a todas as autoridades,a quem o rohheciineiUo e execução da refe-rida resolução pertencer, (jue acúmpiãoofacão cumprir luu iiileiraniunte como neliase contém.

0 secretario desla província a faça im-primir, publicar e correr.

Dada no jialacio do governo da proviuciade Santa Calharina, aos seis dias do mez doMaio de uri oiloccnlos e setenta c um, quin-qtiagesimo da Inde|)endencia e do Império.

(L. do S.) Joaquim Bandeira de Gourêa.

LBl N. ()')0 l)U G DE MAIO DE 1871.

Dando direito aos empregados provinciaes,cuja. nomeação tiver sido anterior á publi-cação da lei n. 645 de 2Í> de Março de18.'58. tt aposentadoria com o ordenadoinieqnd, se tiverem 2o annos de serviço.Joaquim Bandeira de (iótivòa, presidente

da proviucia de Santa Galharina,Faço saber a Iodos os seus habitantes qnc

a assembléi legislativa provincial decretoue eu sauecionei a resolução seguinte:

Arligo 1.° lodosos empregados provin-ciacs cuja nomeação tiver sido anterior ápublicação da lei n. Gí;> de 2(1 de Marçode 1S">8, o que se impossibilitarem. |iormoléstia, de continuar a servir, lem direitoá aposentadoria com o ordenado animal-incute, se não li verem aquelle lempo; re-

Glenmour, ainda pállidu. abalada, extenua-da de fi.rças, porém satisfeita por estar livredo perigo, abria a marcha encostada ao bra-ço de sir Caskil. Como já éra tarde e a dis-lancia do lago até casa, passando-se pela ta-

(pada, não éra pequena, o doutor Patricktomou o braço de Paquerrete, não tanto pa-ra que ella o conduzisse, mas para ter ocea-sião de recommendar ájoven criada, cujadiscriçfló lhe não era estranha, que o acõtn-panhasse ao seu quarto assim que chegas-sem ao castello. Não querendo recorrer aTaucredo, cujo máo humor se patenteava,dirigio-se a ella, corno muitas vezes suece-dia. para que o substituísse na quallidade desecretario. Já acostumada com aquella con-fiança, que bem merecia pela sua não des-menáda discrição, aquiesceu ao que deseja-va o doutor Patrick. Este sentia em suaconsciência a necessidade de communicar alord Glenmour, o mais breve possível, a im-presslo que lhe causaram os suecessos dodia, e mais algumas particularidades ante-riores. Estava tomada a sua resolução a talrespeito. Voltou depois a attenção para Pa-querreje, a quem disse:

Pelo som da tua voz, aposto, minhafilha, que não estaes de perfeita saade. Eutinha ordenado quo vos deitasseis cedo;cumpristes ?

Não, doutor; porémRecommcndei-vos também, que tomas-seis algumas colheres de digital, para aba-ter a pai pi taçao.

E' verdade, senhor Patrick, e reconhe-ço o cuidado que de mim tendes.

gulaiiclu-se, quanto ao vencimento quede-va ser contado na aposentadoria, pela íe-gislações anterior á dila Ici, cujo arligo o.°ficará assim entendido.

Artigo 2.° Aos empregados, de que traiao arligo antecedente, fica extensivo o dis-posto nos artigos 4.° e o.0 da cilada lei deI8()T), co rligo único da deu. i8.'j de 5 doMaio de 181)0.

Arligo 3." Hevogão-se as disposições emcontrario.

Mando portanto, a todas as autoridadesa quem o conhecimento e execução da refe-rida resolução pertencer quo a cumprão ofacão cumprir tão inteiramente como neliase contém.

0 secretario desla província a faça im-primir, publicai' e correr.

Dada no palácio do governo da provínciade Santa Calharina, aos seis dias do mez doMaio de mil oiloeentos c setenta e um, quin-qtiagesimo da liido|)eu(leiK'ia e do Imprio.

(L. du S.) Joaquim Bandeira de.Gouvêa.

Serrei ária <5a Província.

EXPEDIENTE 1)0 DIA ii DE MAIO DE 1871.

Acro.—O presidente da província, doconformidade com a |iroposla do dr. chefede judicia em ollicio datado de 2 do correu-le, resuhc nomear paia os lugares vagos dostipjil.énigs do delegado de policia do termoda capilal. os seguintes cidadãos: para 2.*siipplehle.Jacinlho Pinto da Luz';3.° o actualU." sup|)leiilo Kslanislán Valei io da Con-ceiçào; i" Francisco Paulino da Cosia oAlbuquerque; i>." Manoel Vieira Fernandes,o paia 6."Joaquim FernandesCapell.a.

Comniiinicou-se ao dr. c.iefe de po-liei a sob n. 75,

PoRTAim.—ü presidente da província,allondeiido ao que lhe requeieti o professorpublico do segundo gráo desla capilal, Josóliamos da Silva Júnior, Cunrode-lhè tín)mez (le licença para tratar de sua saúde,deixando o supplicanle como seu substitutoo cidadão Francisco Telles Coitcz como pon-derou em seu requerimento^.

Communifou-se á fazenda provin-ciai e ;i inslrucção publica. >,

A' llicsouraria, n. 207.— ('omniunico áv. s.. para sua sciencia e fins cdrnptítêhlés,qua o major do engenheiros Sebastião doSouza e Mello tomou assento na asseinbléalegislativa desta piovincia, como um dose-us menibios, oplando pelos vencinieii os co-,mo engenheiro.

A' mesma, n. 208.—Mande v. s. pagar,por conta do ministério da guerra, se nãohouver inconveniente, a Manoel M adiado doSouza, a quantia de 8S-T20 rs. imporlanciada conta inclusa em duplicata de 2G dias dosustento poi' elle fornecido ao italiano Lou-ronco Piinceville que se achava |)reso noxadrez da polícia á icqiiisição do ajudantegeneral do exercito.

Ao capitão do poi Io, n. 47. —Accuso arecepção do seu (iííicio, dalado de honletn,sob n. 71), participando que na mesma dalafazia seguir para a curle a bordo do li ans-

¦«:.! i

Não se trata disso. Tomastes o xnro-pe

'!.... Ora, já vejo que não. Minha filha, omal é grave acha-se no coração.

Sim, doutor, acha-se no coração, comodizeis.

Então não quereis sarar?Posso sarar 1Essa é boa ! -Sara a gente de qualquer

moléstia quando é tratada em tempo, res-pondeu o doutor Patrick, cheio de confiançana sua arte, assim como suecede, para fai-larmos a verdade, com a maior parte dosmédicos.

Vamos, não vos «gasteis desse modo,doutor; d'ora em diante hei-de seguir pon-tualmente as vossas prescripcOes.

E fareis bem, Paquerrete.O doutor pronunciou aquellas palavras

com um accento de voz, que só empregavaem casos graves, e quando já não era licitobrincar dos seus receiaiarios.

Porém em breve toda a companhia denáufragos chegou ao castello, onde se tra-tou logo de arranjar cozimento de tilia, chá,e vinho quente; mudando-se as roupas aosque as tinham molhadas, e calçado aquellesque o tinham perdido.

Tancredo, vexado com muita razão porcausa do desastrado dia, foi jiara o seu quar-to, desanimado e triste como um official demarinha que tem de responder a conselhode guerra, pela perda do seu navio. O mo-tivo do seu desgosto tinha outra cousa mais,com a qual não é difíicil atinar.

[Continua.)

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Page 3: 0 DESPERTADOR. - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/709581/per709581_1871_00868.pdfle; e sem reconhecer a sua falsa posiçilo, só porque certo fiscal mio o tratou com a revê-rencia á

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O DESPElíTADOU

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porte Leopnldina ;vs tlesoilo praças da com-

panhia de aprendizes marinheiros, que vãoreunir-seáü corpo do imperiaos n.atinhei-ros.

A' camaru municipal de Lages.—Uemel-lendo a essa câmara copia da h'i provincialn. 645 de 2 do con ente mez, que desinem-brou o districto da Costa da Seira da fie-

giiezin da cidade i e Lages para formar umacom a denominarão de S. Joaquim (Ia Costada Seira, recommendo ávinc. que pre>-tem os csclareciinen os que se Im nao indis-

ponsaveis paia que esta presidência possamarcu* us limites d,\ nova freguezia, comodetermina a referida lei.

05DESPAÇnOS liJl aKQÜliUI.MBsNTOS DO DIA -1 DE

ABRIL DE IS7 I .

Jeronymi) Fernandes Martins. — Informeosr. iiisporlor da thesouraria.

1). Ftigenio Frederico de Lossio Scilbilz.—Idem a câmara municipal da Laguna.

Pedro Fernandes Martins.— Idem.Domi nos José Tavares.--Uecjucira ao

çowtiio imperial.Antohio Tclles de Aguiar.—Procedidas

as docências de medição.' demarcação e

imposição do respectivo foro,, como requer,Pedro Palm. —Pagnso* respectivos direi-

lose forqs vencidos, ivnio requer.Francisco da Costa P,ei*eiia.-lde.m.

Dia 28.Malhilde Muiler li.unes.-Devolvido ao

sr. diiodor gera! da fazenda provincial pa-ia. á vista de sua inf rtnacão em «dlirio o.

108, (talado de 2 ti do co rente, mandar pa-

gaí' ;i supplicanto pela colledoriii de S.

Francisco os seus ordenados vencidos e os

que se furem vencendo, uma vez que «pre-

sente os respectivos allestadus de frequen-cia c o talão do pagamento das pi estações ¦

dos novos o velhos direitos.Anaclelo Josó Valente. -Informe o sr.

inspector da llicsr uraiu.João Antunes Tio. —\o sr. direclor ge-

ral da fazenda provincial para, á visla de

«tia iuUinaçlo. datada de 211 do corrente,mandar inscrever a divida do supplicauto.

Dia 21).

João Nepomticeno Sabino. — Informe osr'.'capitão do porlo.

Aíitüíiiõ Custódio da Costa. —Nesta data

se manda entregar ao supplicanlc a quantia<le cem mil reis.

J. ào Caetano «Ia Silva.-Como requer.Josó JVliciaiio Alves de Ilibo.-Informe

osr. hispoctor da ihcsouraria.Luiz (iomes da'Sila liiigado.-Como

íejiueí' de conformidade com a infurmaçàu<fa fazenda provincial datada dc hontem.

José Bernardo «rOliveit a. -Como requer.

lha 1.'de Maio.Salumé Francisco da Custa e Crysr.nlo

Woy de Medeiros.—Kequcirão os suppti-f.anles a assembléa legislativa provincial.

Padre Dernardu Anlonio da Silva Penedo.— Pas<e. .¦ ; .

Emilio Caelaun Marques Alcixo.-Infor-meosr. direclor geral da fazenda provin-•cia 1. ,; ;i

Dia 2.Domingos Jò«é da Costa Sobrinho —De-

volvido ao sr. direcloi geral da f.izeinla pio-viueiül para á visla da sua hifuruíaçãu em<.11Hon. 118. datado de 28 de Al) d lindo.

mandar re.»liiuu ao supplieautu os direitosrequeridos, deduzindo poiem a potceula-géiíi devida.

Manuel Machado de Souza. —Informe osr. direclor geral da fazenda provincial. [

Jeronymo Fciiaivles Martins,— licamaic,idu"ao sti|iplicatite o praso de quatromezes para medir e demarcar as 300,001)braços quadradas deleitas que falião paracomplet.íi* a ária aiTemaiada, depois do qiicso lhe passnráfo titulo de.tudo o terreno, de-\ciido enlrar já em depo-ilo para os cofresdá thesouraria de'fazenda com a iuipoilan-cia das 61)8,000 braças quadradas que anoinalou.

Jiião Nepomiiceno Sabino.—C»mo ic-

quer, cm vista da informação do si*, capitão<io porto.

Dia 3.Emílio Caetano Marques Aleixo e Thomaz

Cardoso da Costa. - lleq icirao á assembléalegislativa provincial.

Francisco José Câmara.-Como requer.

Sevei-illO Alves dc Carvalho.—Idem.

vás; porem, o que fazer'? — Hoje, é Iraha-||)ar |,0r dar einil-i da mão e continuar a des-crever eslas gratas paragens.

Como devem saber os habitantes do Sul, noPará chove pode-se dizer - que dia e noute.

Temes lido na capilal, uma serie dc espe-

laculos da crrmpanliia êqúcslre, como ja tuver. Continua o seu director o dislhíüln artis-la brasileiro Anlonio Carlos do Carmo a mos-

lrar ao publico desta capital o ponlo a quelem levado .. aperfeicoamenlo do sua arlo.

Como as minhas cartas Iralüo do ludo c detodos, passo, a fazer conhecer alguma cousauo sentido que von li o de fatiar.

A compasíiia, não 6 arando, p« i;onl'ios arlislas Alborlo Freire, João

'lorluhano,

llvpolilo Freire, José Teixeira. Anlonio Lai-tos o niadama Freire*, está fora ojovçii Muno-elito Iratando se.

O pessoal é pequeno, porém bom, cm to-dos os sentidos.

Começo fazendo uma pequena dcscripyüoacerca deites 0 delta.

Antônio Carlos do Caumo.E' paulista, porém não dos desconfiados,

é director i) artista da companhia cqiieslre.Tem as qualidades precisas para o homem li-

gar se a soeiodade que o distingue.Tem sabido grangoãV a sympalliia do povo

paraense put* suas dislinclas (|iialirlades: dizer„ quo é oslü artista celebre no cavallo em pel-Io, será repelir o que as quatro parles do num-do por ello conhecidas — o faz.

Dizendo o que acabo de narrar — não façomais do que a obrigação do brasileiro nao ego-islã. Estou cerlo do que se eu estivesse Ira-laudo de algum vendedor de, folhas de Fhill-dre melhor daria no golo de alguns, mas pre-cisamos elevar os nossos quando estudamosaos estranhos;

Anlonio Carlos do Carmo está acima comohomem o como artista de ludo quanto se pododizer.

Passemos a outro paulista:Josú Teixeira

assim chama-se o liomem borracha da com-

panhia: o dcslocador por exeollencia iVesle

gênero é o primeiro do Império* dispõe de-uma forca extraordinária, e sabe mantor-sonos equilihrios, Irapezios c saltos tnorlaos co-mo nunca vio-se por artista algum.

Honra a provincia cm que nasceu c a orloa que pertence.

Ainda um paulista:Hypouto Freire;

Conta deseseis annos apenas. Esle joven ccelebre nos trabalhos aéreos, nos jogos jnpo-nezos e equilibrios americanos. Tem sido tes-lojildò como nao se pode descrever, nem con-ceber de que mais possa-se vicloriar a um ar-lista.

Vamos ao hércules:João Tr.iTruLiANo.

E' filho de Pernambuco. Não só alguninsprovíncias do Império, mas lambem algunsoutros Estados já lem a gloria de conhecer oprimeiros hércules eqüestre brazileiro. A d mi-nível em tudo, celebre no vôo de uma a ou-Ira extremidade do circo, vencendo a dillictil-dade de receber ao companheiro José Teixei-ra em um segundo vôo nada deixa a desejar.

Quem a JoãoTerlidiaiio vê trabalhar na es-cada perigesa,escadaduppla, Irapezios fal.-ais,barra lixa, a cavallo c em jogos malabares na-da tem a exigir.

Madam.v Freire.Senhora já dc alguma idade, mas artista

ainda digna de todos os elogios.A cavallo o lia corda lèza náo so p>de Ira-

hulhar melhor. E" senhora de si, como o podeser na arte, aquelle ou aquella que muilo cs-Ilida para dislinguir-so onde exista um publi-co illuslrado.

Passemos agora a conhecer o pequenoMa.noki, Alves.

E" filho da cidade da Eslancia na previociade Sergipe. Teve a infelicidade do cahir nanoilt! do II do corrente,-da barrica—que esla-va mal equilibrada, o machucar-se bastante.Foi uma cataslroplie que alé linju lamenta-semas, honra seja feita ao publico paraense. —(Itie um só dia, não deixa de fazer apparecora alguém de si em casa do honesto e carilali-vo doutor Quadios, nolabilidado na seietieia enas lellras.

Seja-mc pcrmtllido mais duas palavras:O doutor Quadros:— E' a elle que, deve a

sociedade mais á aquclle homem, O jovenque desde as nove turras da noulu até as duasda madrugada esteve desfazendo-se em san-

gue (hiiuveráo oito hemorrliagias) nâo teriarecobrado um instante do vida se não tivesseencontrado ao pai o amigo, ao prestavol dou-lor Quadros, que levou-o para sua casa dusin-teressadamento, o alli tem ao joven ministra-do os soceorros que as muilas opcraçòcs lem

VARIEDADE.

Carla do IMaTiOol Josó áseu amigo J ozuiiioi

Povoaeao dos desterrados, Maio de 71.Prezado amigo e nobre Sr.

Os muitos e craves àssuraptos de que meencarreguei, tèm-mé atarefado por tal modo,qae não me deixfio tempo para repousar, re-sultando d'ahi a falta que tenho commettidode dar-lhe ba mais tempo minuciosa infor-inação das occuri-encia.s (|iie se tem dado de-puis da reunião do nosso incomparavel e dc-d içado grupo.

Não obstante, aproveito esta oceasiílo pa-ra. servindo-me da arma da pluma, cumpriro grato dever de traçar estas linhas.

Este partido conservador, nobre Senhor,de ipie me orgulho ser chefe permanente,quasi me tem enlouquecido; e a nao ser arara habilidade que jioss)io, nada teria con-seguido; mas (em bòa hora o diga) estão sa-tisteitos, em grande parte, os meus ahhétos.

Tive a fortuna de me reraetterdes umlionioni (pie me tem agradado em tudoe portudo ! Qaa criatura tão amável, condes-cendenle e dócil ! Ka/. gosto vçl-o nos seusmovimentos mímicos, quando me recebe noseu gabinete, ou mesmo na roa, se accasonos encontramos! parece que a sua maior sa-tisfaceão é ter occasião para servir-me emqualquer cousa que eu itente |

Iloinens desta tempera é que deverião en-carregar-se dos negócios da nossa terra paraprosperidade, fortuna e gloria do ffiipMiossotrovo I

Devo aqui terminar, porque esta missivajá vai longa e o tempo nao me sobra.

Sou com toda a consideração e sympathiaAmigo do peito

Manoel José.

Cartas americanas.V.

Árdua é esla minha tarefa. Não julguei lãndlfliciilíüsa, quando comeci as minhas missi-

exigido.Pará, Ma*To dc 1871.

Meslrinlio.

A vós, incansável e dedicado amigo, équeo parlido deve tão grande ventura. Km seunome en rendo, á sua nobre pessoa, infinitasgraças e faço fervorosos votos pela conserva-ção dos seus dias

Fiz dimittir dos empregos a diversos dissi-dentes, que persistem em desobedecer-mecomo seu chefe, e fazer reintegrar e accotuo-dar os meus protegidos, restando poucos,que em breve seraü destitniilosdos cargosque oecupão. Tenho mostrado e continuo amostrar tanto á liberaes como á dissidentes,para quanto presto. Andao murebos, cabis-baixo, como nunca os vi.

Entretanto eu passeio por toda a parte decabeça erguida, teso como uma botija; pisoforte! a ponto de sentir abbatter-se a terradebaixo dos meus pós; finalmente, comparoa minha actual posiçãoá de um opulento fa-zendeiro de S. Paulo ou Minas, no meio dossens fâmulos e escravos, assistindo as co-lheitas do'café e algodão ! [bealus venlcr. .)

Faltava-me possuir uma imprensa paradefender o nosso Homem e debelar osadversários; boje, estou possuidor dessa ar-ma invencível que se presta vantajosamenteas minhas largas aspirações. Tive a habili-dade de persuadir h certos —pascacios—

que devião contribuir para essa magna em-preza, e elles, coitadinhos, cahirão com oscobres ! e que remédio tiuhão ! se nao.... senao, ai deites !

O nosso homem—bonachão—concorre po-derosamente para auxiliar-me, removendoas publicações do expediente e outros traba-lhos para'o meu novo estabelecimento deonde sabe, duas vezes por semana o nossocolossal jornal -A PROVÍNCIA!

A respeito da nossa salinha... (entre pa-renthesis: a salinha é o aprisco onde me ren-no com as minhas ovelhas), tem ella obede-cido às minhas ordens: niiiguenv boqueja,quando eu empunho a voz, é um silencio se-

pulchral; todos os meus manequins estiiò bo-

qneaberta, e só esperão pelo sigual cotiven-ciõnado para se declararem pro ou contra,segundo as conveniências.

E' assim que en sei me haver na sustou-taçâo do partido; o contrario disto, atiromeia dúzia de eouces em tudo, e as canga-lhas não üeílo sobre o lombo.

Esta quasi a concluir a minha fadigosatarefa, poucos dias restão para o fechamen-to da minha salinha. Tudo quanto pude íi/.e;n proveito dos amigos.

Agora cumpre-me esforçar por conseguira minha reeleição e da gente quo me obede-ce, o que esiie.ro conseguir por tralliaSou por m ai li as.

Estou convencido da proficuidade dns mi_nhas artimanhas etn taes assumptos; sei

perfeitamente aproveitar os ensejos, e istobasta para levar água ao meu moinho.

Devo communiear-lhe que, considerandobastante arriscada a situação em queóra meacho, resolvi não sahir de noite, senão pormuita urgência, e tenho tido a cautelade fazei-o á cavallo trazendo commigo umrewolver, e acompanhado do meu capangatambém armado; tenho uma legião de ini-migos e nâo estou livre de uma lunda, porconseguinte —cautela e caidu de gallinhanunca'fez mal adoente, diz o provérbio.

Penso que estas noticias devem satisfaze-Io; posso assegurar-lhe que todo o meu em-

ponho é cumprir fielmoute as suas reitera-das recommeiidações.

Agradecimento.

Summamenlc penhorado pelos serviços queme prestaram os Srs. Dr. Duarte PaninhosSchulei, José Theodoro da Cosia, Ernesto daSilva Paninhos o Jorge do Souza Conceição,que desta capital voaram em meu soecorro,logo que tiveram noticia do sinistro de que iasendo viclima na praia do Laranjal, venhohoje, quo mo acho quasi restabelecido de me-us encommodos, agradecer í) estes amigosque,—depois de Deus, mo restiluiram ã vi-da, e darl-lies um publico o solcmnc testomu-nho do meu eterno reconhecimento.

Favores como tis que recebi nâo podem serretribuídos, e nem mesmo sei como faça, oucomo diga, para demonstrará tão generososamigos a gratidão que leiiho no coração equolhes devo.

Os sentimentos de minha alma são por de-mais vivos para encontrarem expressões quoos Iraduzào; nesta contingência só mo consolaa certeza dc que amigos laes me comprehen-derão.

Não deixarei no esqueci monto ris obséquiosc allenções recebidas dos moradores do La-ranjal e da Laguna, especialmente os Srs.Joaquim .José Pinto (PUlysséa, Manoel LuizMartins e João Custodio Dias Formiga, aosquaes agradeço de coração.

As provas de synipalhia quo lenho r.onslan-lemeiiie recebido dos amigos da capilal e ointeresse que elles lem tomado pelo meu res-labeli'ciiiienlo,sãd-mo por demais sensíveis, enão lenho como nioslhir-llids meu reconheci-mento.

Aeccilem pois eslas pessoas, que me hon-rarain com sua amisade, os meus mais cor-diaos agradecimentos.

Desterro, 17 de Maio de 1871.Manoel Moreira da Silva.

EP1TAES.Achão-se ftiiicrionanilo desde 1fi do cor-

rente mez na casa ti. 1 (la rua da Pedragrande a escola publica de 1." letras dosexo masculino da freguezia de S. Sebastião,e desde hoje na casa u. 58 da rua da Conslil,lição a 1.'escola publica do sexo femini—no desta capilal, sendo esla regida pela pro-fessora D. IgnezdcCastro eStlva Sá Lobão,e aquella pelo professor Silvio Pellico deFreitas Noronha.

Fxorto aos Srs. Paes de família para qnofacão fiequeiilarassidnamenlc por sens íi-Ihós e protegidos os referidos estabelecimen-tos.

Cidade do Desterro, 19 de Maiodc 1871.Franc de Paulicèa Marques de Carvalhos,

Inspector das escolas da capilal.

Pela adminislração da meza dc rendas dacapital se faz publico, que do primeiro doJunho próximo futuioem diante, durante opraso de ti inla dias uleis, lera lugar á bocado cofre a cobrança dosegundo semeslrcdoimposto sobre prédios urbanos em Iodos psrt*foi idos dias, das nove horas da manha ásduas da tarde, devendo os contribuintessatisfazerem o referido inipoidu dentro dosobredilu praso, sob pena do não o fazendoserem onerados com a inulla de cinco porcentoe execução.

Meza de rendas provinciaes da cllado doDesletro, 3Qdo Abiihle 1S71.

O administradorCypriano Francisco dc Souza.

AX%ITOI1€I@S.

MEZ iW.IAi-10Os encarregados de Mez de Mai ia allen-

dendo ao que alguns devotos d'aqnelle San-Io Exercício llies pedirão, vòm por meio des-le parliriparquo liouverão.por b.qin Iransferir aquellas novenas da igreja onde alé en-lão lem se celchrado, para a da VeneravclUrdem 3;;." de S. Francisco da Penitencia,

pela razão de haver nesta maiores commo-did.iles; devendo ter lugar a dita Iransfe-ienchi amanhã 23 do corrente.

Pelo que esperão quo a freqüência áqucl-les aclos sejão como o lendo sido.

Desterro, 22 dc Maio de 1871.

WíÇ;-

Page 4: 0 DESPERTADOR. - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/709581/per709581_1871_00868.pdfle; e sem reconhecer a sua falsa posiçilo, só porque certo fiscal mio o tratou com a revê-rencia á

'1

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o despertador:^

ATTENÇAO.Participo aos meus respeitáveis fregue-

zes que, lendo eu de fazer uma viagem áEuropa, deixo para Gerente de minha casade negocio o Sr- Carlos lloeprke, c no impe-dimenlo d'esle o Sr. Paulo Hoepckc. ambosmunidos dc procurações á esle respeilo.

Desterro, em 20 de .Maio de 1871.Fernando llackradl.

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Aí TTP k Çf umP''1110k°m'ci}ürcom"ALUtfA"aJ__J modo preço, na rua doLivramento n. <'ll

n

cr -J -

VENDE-SEa casa c chácara do Dr. José do Rego Ra-pozo, situada á Praia de Fora. com fundos árua de SanVÁnna; quem a pretender fallecom o abaixo assignado.

Cypriano Francisco de Souza.

h:

ao mm IUIUTILII0OU ECONOMIA DAS FAMÍLIAS.

NOVO SORTIMENTOCobertores brancos a 2$ e 2S:>00 (fazenda que Vale 48000) encarnados a 3$_00, GS c

8S000.Dilos francezes ricos a 22S000.Colxasadamascadas muilo lipnilo,. a JiSOOOGSOOO e 108000Baela encarnada a ütiO—azul a ;i00ltaelilha branca a 640—baeta solfcrina para forro de ponches a 900Fhinella. de lã bdiiilòs padrões a 640

» muilo larga — tecido de mcriiiú, a 1S000 covadoPanno azul muilo bom a 1S60Ü. 2S. 38500 e .$000 covado

» » marinha fino a 1$ eSgOOU» prelo fino » 48000

Palelols forrados do lã a 88Camisolas dc marinheiro a 2$800Panno piloto a .'IS500Casemiras encorpadas para calças a 78000 corlo

» francezas a 108 corte» elástico tine superior 88• enfestadas a 38000 p 38500 covado

Merinó pi elo de cordão a 800 covadoDito enfestado superior, casuinelas pretas, etc.Lansinhasa 320 e 480 covado(jotgoràode lã a 720 e 80O idemSaias de lã enfeitadas, moderna*Pelúcia branca para saias a 640 covadoGorles de çhalys bonitos a 4SO00 e 48^00Meias dc lã, e luvasCasimira preta senlim a 28300 covadoChita em cassa fixa a 280 covado—cambrainha a 320 e 360Cassas brancas modernas, imperiaes, a 480 varaCassas dc xadrez mui largas a 640Cassas adamascadas a 400 varaCassas bordadas a 800 idemEácossias marca —Bispo— a 38, ü$ e 108 peçaMorins largos a 48oOO, 68 o 88 idemDitos francezes —Calicol- a 118 e 138 idemMorim imperial com 4 '/• palmos de laigura a 88 idemChitas largas fixas 240 e 260 covadoDitas percales a 400 idemDilas em cassa pretas para luto, largas, a 200 idem.Ditas pretas cm ftistâo, ditas decores, bonitos padrões, a 480 idemBramantedelinho para toalhas do crivo a 18 varaBretanha dc linho muito finaLinho para toalhas, adamascado, aloalhadodo algodão lavradoToalhas de favos a 500 e 640 umaFustão branco com o avesso felpudoChalés de inverno bordados, modernosDilos do burra a 28. dilos d'algodâo a 18Ditos atapelados a 28500Cortes de vestido de percalesLanzinhas listradas de seda muilo modernasDilas —poil de chevre- o que ha de mais moderno a 18400 covadoMerinó azul enfestado a 18 idemCortes de calças de meia casimira. fazenda Ioda do là 28560 corteDilos de dita a llocambole a 28800 idemCapas de panno prelo, modernasAlgodão trançado próprio para toalhas a 480 varaDilo enfesladoDito moii ii, largo a 300 varaDilo em peça de 12 jardas a 28 peçaDito morim'em dita muito Qno a 38 idemDito alvejado a 38 idemLenços de linho abainhados. em caixinhas, próprios para presenteDilos brancos rendados a 240Crolone para lençóes a 1$)280 varaHiscadoazul a 2Ò0 covadoChapeos de sol sarjados a 7-^, ditos com bonitos cabosDilos de panninbo a 225.00Seroulas de linho e de creloneCamisas para trabalhadores, fazenda do linho a 1$500Ditas com peitos e punhos de linho a 44$ dúziaDitas de flancllas, de cores a 4$Roupa para escravosLinha em carreleis a 360 dúziaDita em novelos a 1$400 libraAgulhas marca — Águia— mui boasÁgua florida legitima -medicinal— a l$500 garrafaTrancelime trança de cores, eslojos dc costura; oleado de côrcs-bonels dc panno a

_$500-gravalas pretas de dÍTersos gostos; bolces de osso a 320 grosaPós cliinezes—escovas, pentes, e pomadas — óleo hygienico.

e^NALOJA DE ALVES DE BRITO E COMP.-ê* •

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LIQUIDAÇÃOWellmann& Bailo rogâo a seusdovodo-

res, cuos débitos se achào em atraso, a vi-rem saldar suas contas o mais breve possi-vel, para o que procurarão os procurado-res Gustavo Kirback oTheodoro Tudeschinina rua do Príncipe n. 13.

Desterro cm 13 de Maio do 1871.9-3

Cimento romanoEm barricas o meias dilas; supeiioro

barato, vende-se ua rua du Príncipe n. 2í.6-2

PEDRO STAEHLICirurgião dentista

FORMADO PELA FACULDADE DUMEDICINA DO RIO DE JANEIRO.

Encarrega-se de fazer todos ostnibalbos mecânicos da arte den-taria conforme os rnelhoramen-tos modernos, como também to-das as operações cirúrgicas daespecialidade. Pode ser procura-do na sua residência, rua de Li-vramento ii. 14. 10—3

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DECLAPtACÃO.Antônio Joaquim ila Si|\a Júnior parli-

cipa a Iodes os seus devedores quo se retirapor algum lempo pura a cidade de Lages oque deixa como seu procurador nf.la rida—do o Sr. Ignacio Josó dWbrcu, com quemse eirendeiiio para pagar suas contas. Des-tetro 0 dc Maio de 1871.

PÀDÀR1À E CONFEITARIADE

MARIANO JOSÉ DÁ COSTAI Um IE PALÁCIO 9

Nesta casa encontra-se diariamente díver-sas massas fiescas, lauto brasileiras romofrancezas, folhados, pastéis do nata, de cro-mo, etc. etc.

Grande e variado sorlimcnlo de excedeu-lés doces seccos pai a chá, como sejão — pãode \ó torrado, dito coberto com assucar, la-recos, crupiinhylas, sequílhos, croquete»soprados, dilos d'amondoasijiglezes; biscou-lossorlidos, francez.s, brazileiros, porlu-guezes e paraguayos; bolinhos dVrarula fi-nos, ele. etc, á preço de 8ü0 rs. a libra.

Craekncíles e biscoulos americanos a 640rs., libra. JBol.ichililias d'araruia a .80 rs.,libra., dila americana a 400 rs., libra.

Prahnas, confeilos de auiz o amêndoascobertas a 1^)280 rs., libra.

Barricas de farinha do trigo de diversasmascas — grande quantidade de bolacha,roscas á Barão, para qualquer encommen-da que se faça.

Aproniplâo-so empadas com camarões,•gallinh.i, etc. ele; bandejas de doces parabailes, e ludo mais que for concernente aoestabelecimento.

Única casa nesta praça onde se faz o ver-dadeiro e evcellenie pão Irancez, e muitasoutras qualidades, mais ou menos cosidos,a gosto dos fregnezes.«— Sendo encommen-da dc m.iisde uma arroba so fará rcducçàonos preços.

Pede e espera portanto a concorrênciapublica, o especialmente de seus fieguezeso amigos, certos de que serão servidos comesmero e promplidâo.

míiIaImIõstíãNào ha quasi romo nenhum dc industria

que progrida com lanla rapidez como a ma-nüfaclúra e venda dc ma liinas de costura.

Por exemplo, no anno de 18(16 a compa-nhia de macliinas de coslura de Weed ínau-guiou a manufaclura da sua nova machi-na. cuja venda no piimeii;o anno excedeude 8,000 machinas, em 18(17, segundo an-no, a procura linha anginenlaihi lanlo quefurão feitas c vendidas l!),68ü machinas»no anno dc 1868 subiu o algarismo alé38,961, no anno de 1860 a companhiaachou que era necessário aiigmeiilar as fa-cilidades da sua fabrica.

O resultado f.i que durante aquelle annoas rendas duplicarão e no anno de 1870 oaiigmenio fui na mesma proporção dos an->nos anteriores assim prefazendo quasi1.10,00(1 machinas feilas e vendidas atóDezembro de 1870.

Com tal augmenlo ó natural supporqnodaqui a cinco annos o numero preciso parasatisfazer a procura seja fabtiluso.

ESTAS MACHINASaeliuo-KC á venda na casa do

FRANCISCO BERENHÃÜSER23 Rua do IPrincip© 23

POR PREÇOS MUITO COMMODOS.

O annunciante propõe-se a ensinar aomesmo lempo tudo quanto ó necessário sa-ber para o trabalho da machina.

Francisco Berenhüuser.

y'y/>. deJ.J. Lopes, rua da Trindade n.2.

4.

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