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>' L ¦ v \: ; \~. ¦* * s Y .< / ¦>„¦ Publica-se ás Terças e Sextas-feiras na lypographia de J. J. Lopes, onde se recebem assignaluras por 1 anno, e 6 mezes, pagas adiantado. Osannuncios propriamenlo dos Srs. assignantes pa- gôo AO reis por linha, quaesquer ou- trás publicações seràõ feitas por ajuste. 0e)l/t€/CtO-— lOóé V aLopeò íllULOfc. -«?¦©•tS^- REDACTORES— DIVERSOS. PREÇOS DA ASSIGNATURA» Por anno10&000 » sem«stre ? .,...... 6_5000 COM PORTE PELO CORREIO. Por annoH^OOO » semestre62DB00 FOl.llA AVULSA 240 ItÉIS. Anuo XIV llcaterro—Sexta-feira 94 de Novembro de I**J«. NOTAS DE K000 RS. O troei» <le*tni§ nota» do the- souto. •!.* eistnmpa, earimlio a- ,zul? como o iiiihlieo «alie, pelon repetido* aiiiiuiicios da t!ie§ou- rarla de taxenda, linda-Me a 31 de Dezembro próximo vindou- ro. 0 DESMITAMI. , OKSTKUIIO, 21 DB N0VEMDU0. DIVERSAS OCCUHHKtNGlAS. Estrada cio Oubatão. Na terça-feira partio o engenheiro Sr. Ur. Fio- rencio Pereira do Lago, afim de lazer o orça- mento cora a despe/.» dos concertos na es- trada da Palhoça as ex-colonias Theresopo- lis e Santa Izabel, conforme determina o aviso do ministério da agricultura. S. S. leva a incumbência de orçar tatn- bem a despeza, nflo da construcçâo de uma ponte no rio dos Porcos, que dará boa communicação com o valle do Capivary, c,omo também da erecção da igreja catholica de Santa Izabel. J^allocimonto.—O Sr. Jacin- tho José Ferreira falleceu repentinamente, na noite de 22 fiara 23, em sua residência na freguezia da SS. Trindade. Dizem qne de um ataque cerebral. O linado exercia o cargo de subdelegado de policia daquella freguezia, e na ultima eleição obteve votos para l.° juiz de paz, prova irrecusável de apreço dos seus com- parochianos. A terra lhe seja leve. Sentidos pezaraes dirigimos aos seus iu- consolaveis filhos. (17) FOLHETIM 1)0 DESPERTADOR EllMlIIIâ roa Sylvlo IBlnarle CAPITULO XVI. O IíMPALAMAOO. Assim no arligo oppüação ou hypoemia interlropical havia rjyrino escripto ao lado: E' o quese chama no serlilo moléstia de em- palamado. E uo fim fizera uma grande cha- ve para encerrar esta ousada e peremptória sentença: "Todos estes remédios não ser- vem. Sei de um muito violento, mas que é seguro. Foi-me eusinado por Mathias Pe- droso, curandeiro da villa du Prata no sertão da Farinha Podre, velho de muita pratica e que conhecia todas as raizes do mato e her- vasdo campo." ²Pois bem, disse Coelho por fim e de- pois de grandes hesitações, o negocio está fechado. Mas, olhe que entra no paga me n- to o preço das raéziuhas, e as visitas hão de ser feitas em minha casa... ²Não haja duvida, concordou Cyrino; irei âsná fazenda todos os dias... Não é lon- ge daqui? ²Nhôr não... Duas léguas pequenas, iu- do, pela estrada. ²Bem. O Sr., em voltando ácasa, inet- ta-se logo na cama. Coelho fezsiguai que obedeceria. ²Depois, continuou o moço, ha de se purgar com estes pós que lhe eslou mostran- do. Tome isto em duas porções; ha dc fa- IV. f,i:i«. Acontecimento tlesagra- davcl. No Conservador publicado ul- timàraente lê-se a seguinte noticia: " FELIZ BELÉM. E' este o nome de um li iate que bojo (22) ao intuo dia foi lançado ao mar, de um estaleiro sito á rua da Figueira. '* Depois do lunèli que teve lugar, fez-se de vela o Feliz Belém, conduzindo a seu bor- do mais de 20 pessoas que se apraziam em vèl-o galhardamente cortar as águas da ba- li ia em frente a esta cidade. '• Serião 3 horas da tarde quando, cora unia refrega mais forte de vento NE., vi- roti-se o infeliz navio, causando grande sus- to aos tripulantes, que foram a tempo aceu- didos pela lancha a vapor da alfândega, que se achava tomando carvão na Ilha, e outros tintes dij.navios mercantes que itnmediata- mente correrão á soccorrel-os. " Nao houve, felizmente, morte alguma a lamentar-se. " KXTIUCTOS DL JORNAES. Dosiiiíocçao cia febre ama rol Ia em Now-Or- lean.s.— No Scientifie American, de 4 de Março de 1876, lè-se o seguinte: " Quando se um caso de febre amarei- Ia em New-Orleans, manda-se logo irrigar as ruas, qne limitao o quarteirão respectivo, com ácido carbônico (phenico) n. 5 de Cal- ver, diluído em 50 partes d'agua. " As calçadas das ruas são bonifadas, por meio de um irrigador, montado sobre rodas; os lagêdos silo irrigados á mão. "O mesmo processo se.estende aos quiu- taes das casas visiuhas: as adégas e os com- partitnentos subterrâneos silo desinfectados com chlorureto de ferro e. zinco. " Quando o caso de .febre amarella termi- na por morte, 011 mesmo pela remoção do doente para outro lugar, os seus aposentos são fumegados com ácido sulforoso ou com chloro. " A superfície da zona, á qual é applica- do esse processo de desinfecçflo, é calculada attendendo-se á maior ou menor demora na localidade do dheute de febre amarella. '* Orça-se que a iufecção se estende de 40 zer muito effeito: depois descance dous dias 011 tres.se se sentir muito fraco: em segui- da... E, [tarando de repente, encarou Coelho alguns instantes. O Sr. mesmo quer curar-se "? -01. se quero ²F tem confiança em mim '? ²Abaixo de Deus, mecé* me pôde sal- var. ²Entflo tomará ás cegas o que eu lhe mandar? ²Até ferro em braza. ²Olhe bem uo que diz... Não gosto de começar a tratar para depois parar... ²Não tenha esse medo coraraigo... Vi- ver como vivo, antes morrer... ²Então, acabados os dias de socego, o Sr. ha de tomar uma boa dala de leite do iaracatiá. ²Jaracatiá !? exclamaram com assombro o doente e Pereira. ²Jarracatid ? I bradou por seu turno Meyer arregalando os olhos, que èjarraca- tid ? ²Mas isto vai queimar as tripas do ho- mera, observou o niiueiro. Cyrino replicou um tauto offeodido: ²Não sou nenhuma criauça, Sr. Perei- ra. Sei bem o que estou dizendo. Este re- médio é segredo meu, muito forte, muito daninho, raas uão é uma, uem duas vezes o quanto tenho com elle curado cmpalama- dos. A cousa está toda no modo de dar o leite e na quantidade: por isso é que não faço mysterio da receita; entretanto uma porçãosiuha mais do que o preciso, e o duen- te está na cova... a 50 pés (13 a 17 metros) por dia; por este motivo basta que o doente de febre amarei- Ia se tenha demorado por alguns dias, em uma casa, para que todo o quarteirão cor- respoudentee os quiutaes nelle comprehen- didos sejão irrigados e fumegados com os desinfectantes acima meucioiiados." Combustão espontânea. Couta oPetü Journal, de Pariz, um no- vo Caso de combustão espontânea, nos ter- mos seguintes: . " Um lavrador de Fonlanay sous Bors te- Ve a desgraça, ha 18 mezes, de perder sua mulher. " Os filhos estavão casados: ficando só, nflo pôde dominar o seu pezar, e para o ex- pulsar entregou-se ás bebidas. " Dentro em pouco nilo lhe bastou o exci- tante fictício do vinho, tomado em grande quantidade, e accrescentou-lhe aguardente; como a garganta se acostuma facilmente, usava de aguardente de marca que elle mes- rao fabricava. Chegou finalmente a ser a sua única bebida e quasi que unico ali- mento. " Chegava a b':ber um litro desta aguar- dente todos os dias e meio litro deaniz. "OtioM.... tinha vergonha do seu vi- cio.de que cotnprehendia o horror iustineti- vãmente. Nilo recebia pessoa alguma e fe- chava-se em casa, para que o seu embru- tecitnento progressivo não tivesse testemu- nhas. Escondia-se dos filhos e queria-os longe de si. ." Declararão-se ceiHos accirlentes patholo- gicos, deliriam tremens, e até accessos de loucura furiosa. " 0 medico que o tnr.ava, para assim di- zer, por sorpresa e por astucia, cathechisa- va-o; o bom do homem nflo respondia pala- vra e não abandonava o vicio. Por ultimo foi atacado da invencível necessidade de dar cabo de si, que a sciencia medica chama uostalgia dos alcoólicos. No dia de Paschoa comprou carvão, fechou-se em casa e nin- guein raais o vio sahir. "Os costumes excêntricos daquello ho- mem erão de tal modo conhecidos, que os vi- sinhos nilo se iuíportayão com as suas ausen- cias. Nu entanto na segunda-feira avisarão a familia e os filhos comparecerão. " A porta da entrada da casa uão estava fechada á chave. Os filhos recuarão horro- ²Salta ! atalhou Pereira, tal mézinha não quero eu... antes ficar empalamado... ²Que è jarracatid ? tornou a perguntar Meyer. Coelho abaixara a cabeça e parecia estar meditando. Depois com voz melancólica: ²O dito, dito, declarou elle, aceito o que vosmecè me der. Tudo quanto fizer, está bem feito... Como é que tomarei o jaraca- tiá. . ²Em tempo lhe direi, replicou Cyrino. Fazem-se três cortes 110 da arvore e dei- xa-se correr o primeiro leite: eu mesmo hei de recolher o que fòr bom. Tenho toda a confiança que o Sr. ficará são perfeito... Bem sabe, ninguém em negocio de moles- tia, mais do que em outro qualquer, pó- de nunca dizer: isto ha de ser assim ou assado... Todos estilo nas mãos de Deus. Elle é quem manda que a moléstia saiu do corpo ou que atire a gente na sepultura. Todo bom christão conhece isto e deve con- formar-se com a vontade divina... O que o medico faz é ajudar a natureza e dar a mão ao corpo que pôde e quer aindu. so levau- tar... ²Justo, justo ! apoiou Meyer, que esta- va picando um formoso Coleoptero. ²Assim também euteudo, disse o mi- neiro. ²Mas que é jarracatid, Sr. Pereira ? iu- sistiu oallemão. Pereira voltou-se para elle com arrebata- mento: ²E' uma arvore, Sr. Meyer, arvore grande de folhas cortadas qne umas es- pecies de mamôesiuhos, que tem muito lei- te... e queimam os beiços, quaudo a gente risados; apenas empurrarão a porta, suffo- cou-os um cheiro desagradável a queimado. Foi chamado um medico que, com a intre- pidez que caracterisa a profissão, se iutro- duzio 110 aposento donde sahiflo as emana- ções. O aposento estava cheio de gazes de- leterios; o medico tevt? de abrir a janella para respirará vontade o ar livre. " No meio do quarto havia um fogareiro em que o carvão se tinha consumido. E em um leito de ferro estava estendido o velho. Nflo havia vestígios de incêndio. Donde procedia portanto aquelle chei- ro á carne queimada ? O medico conheceu-o logo: tinha diante de si um caso de eoinbus- tão espontânea. " O corpo saturado de vapores alcoólicos iuÜamara-se ininia atmosphera aquecida de mais e ardera, produzindo sem duvida umas chamuias azuladas, semelhantes ás du ptiticli. " A prova de qne foi uma combustão es- pontanea, 6 que as carnes eiitreti verão o incêndio. " Eis em que estado se achou o cadáver: " A combustão começada pelos pés e per- nas reduzira á cinzas as duas peruas alé a parte superior. "Reduzira á cinzas, dissemos; effectiva- mente as carnes, os ossos mesmos tinhão si- do consumidos, desfeitos em impalpavel, sem um bocado resistente. '' O braço esquerdo estava no mesmo es- tado. Quanto ao braço direito, que ficara fó- ra da cama, estava iutactoda mesma fôrma que o tronco e cabeça. " A combustão parará no baixo ventre, qne estava carbouisado. Terminara evideti- temente quando, absorvido todo o oxygeuio do quarto, o ar não podia alimentala. " As exhalações fétidas do corpo havião adherido aos vidros e às paredes em forma de tintura betumiuosa." Os consumidoros do ai-- Sônico. Ha de se acreditar que os camponezes dos paizes montanhosos da Aus- tria comem arsênico e dflo-se muito bem com este regimeu '? O Dr. Carlos Boillet dá- nos a este respeito esclarecimentos exactos e precisos que silo bastante curiosos. Os camponezes que fazem uso do arseuico, Toxicophayos (que comem veneno) mastigeo- n*o e chupão-u'0 como uma pastilha. E' os come sem cuidado. E' uraa arvore, ou- vio "?... Uma arvore ! (1) ²Ali ! exclamou o allcmão coucertando a gargauta. Neste tempo sacou Cyrino da canastra outros remédios e passou-os a Coelho, dau- do-lhe minuciosas informações do modo por que havia de usar delles. ²Tem muito enjôo quaudo come ? per- guntou o manceho. ²Muito, Sr. doutor. ²Assim é, mas deixe estar: depois do leite de juracatiú volta-lhe a appetencia. Nos primeiros tempos o Sr. ha de beber claras do ovo bety batidas. Depois irá pouco e pouco toii.undo mais alimento. ²Deus o ouça... Pereira levantára-se e, chegando-se á por- ta, aununcioii: ²Ahi vem geute... Estou ouvindo passos de animal montado... Sem duvida é algum pobre engorooinhado de doença. Isto de mo- lestins, não faltam no mundo. Também ha tanta maldade, que não podéraserpor menos. Depois de ligeira pausa, elle acresceutou com tom de sorpresa: ²Hi ! meu Deus !... Nossa Senhora nos soecorra... Sabem quera vem chegando ?... E' o Garcia que eslá com o mal (2) ha mais de um anno e não quer crer na desgraça... (1)A receita do leite dn jaracallá para cura (Ir hy- poemia c* verídica e causou-aos grande admiração, quando a ouvimos aconselhada por um medico do serião. 1'areceu-no.s ião absurda que dissuadimos a pessoa que devia, conforme sua resolução, execulal-a dahi a dias. Entretanto uni medico aba Usado a quem coniá- mos o caso, declarou-nos que*talvez fora de proveito- sa applicação. [2)Maldc S. Lázaro,

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Publica-se ás Terças e Sextas-feirasna lypographia de J. J. Lopes, onde se

recebem assignaluras por 1 anno, e 6

mezes, pagas adiantado. Osannuncios

propriamenlo dos Srs. assignantes pa-gôo AO reis por linha, quaesquer ou-

trás publicações seràõ feitas por ajuste.

0e)l/t€/CtO-— lOóé V aLopeò íllULOfc.

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REDACTORES— DIVERSOS.

PREÇOS DA ASSIGNATURA»

Por anno 10&000» sem«stre ? .,...... 6_5000

COM PORTE PELO CORREIO.

Por anno H^OOO» semestre 62DB00

FOl.llA AVULSA 240 ItÉIS.

Anuo XIV llcaterro—Sexta-feira 94 de Novembro de I**J«.

NOTAS DE K000 RS.O troei» <le*tni§ nota» do the-

souto. •!.* eistnmpa, earimlio a-,zul? como o iiiihlieo «alie, pelonrepetido* aiiiiuiicios da t!ie§ou-rarla de taxenda, linda-Me a 31de Dezembro próximo vindou-ro.

0 DESMITAMI.,

OKSTKUIIO, 21 DB N0VEMDU0.

DIVERSAS OCCUHHKtNGlAS.

Estrada cio Oubatão. — Naterça-feira partio o engenheiro Sr. Ur. Fio-rencio Pereira do Lago, afim de lazer o orça-mento cora a despe/.» dos concertos na es-trada da Palhoça as ex-colonias Theresopo-lis e Santa Izabel, conforme determina oaviso do ministério da agricultura.

S. S. leva a incumbência de orçar tatn-bem a despeza, nflo só da construcçâo deuma ponte no rio dos Porcos, que dará boacommunicação com o valle do Capivary,c,omo também da erecção da igreja catholicade Santa Izabel.

J^allocimonto.—O Sr. Jacin-tho José Ferreira falleceu repentinamente,na noite de 22 fiara 23, em sua residência nafreguezia da SS. Trindade. Dizem qne deum ataque cerebral.

O linado exercia o cargo de subdelegadode policia daquella freguezia, e na ultimaeleição obteve votos para l.° juiz de paz,prova irrecusável de apreço dos seus com-parochianos.

A terra lhe seja leve.Sentidos pezaraes dirigimos aos seus iu-

consolaveis filhos.

(17) FOLHETIM 1)0 DESPERTADOR

EllMlIIIâroa

Sylvlo IBlnarle

CAPITULO XVI.O IíMPALAMAOO.

Assim no arligo oppüação ou hypoemiainterlropical havia rjyrino escripto ao lado:E' o quese chama no serlilo moléstia de em-palamado. E uo fim fizera uma grande cha-ve para encerrar esta ousada e peremptóriasentença: "Todos estes remédios não ser-vem. Sei de um muito violento, mas que éseguro. Foi-me eusinado por Mathias Pe-droso, curandeiro da villa du Prata no sertãoda Farinha Podre, velho de muita pratica eque conhecia todas as raizes do mato e her-vasdo campo."

Pois bem, disse Coelho por fim e de-pois de grandes hesitações, o negocio estáfechado. Mas, olhe que entra no paga me n-to o preço das raéziuhas, e as visitas hão deser feitas em minha casa...

Não haja duvida, concordou Cyrino;irei âsná fazenda todos os dias... Não é lon-ge daqui?

Nhôr não... Duas léguas pequenas, iu-do, pela estrada.

Bem. O Sr., em voltando ácasa, inet-ta-se logo na cama.

Coelho fezsiguai que obedeceria.Depois, continuou o moço, ha de se

purgar com estes pós que lhe eslou mostran-do. Tome isto em duas porções; ha dc fa-

IV. f,i:i«.

Acontecimento tlesagra-davcl. — No Conservador publicado ul-timàraente lê-se a seguinte noticia:

" FELIZ BELÉM. — E' este o nome de umli iate que bojo (22) ao intuo dia foi lançado aomar, de um estaleiro sito á rua da Figueira.

'* Depois do lunèli que teve lugar, fez-sede vela o Feliz Belém, conduzindo a seu bor-do mais de 20 pessoas que se apraziam emvèl-o galhardamente cortar as águas da ba-li ia em frente a esta cidade.

'• Serião 3 horas da tarde quando, coraunia refrega mais forte de vento NE., vi-roti-se o infeliz navio, causando grande sus-to aos tripulantes, que foram a tempo aceu-didos pela lancha a vapor da alfândega, quese achava tomando carvão na Ilha, e outrostintes dij.navios mercantes que itnmediata-mente correrão á soccorrel-os.

" Nao houve, felizmente, morte alguma alamentar-se. "

KXTIUCTOS DL JORNAES.

Dosiiiíocçao cia febreama rol Ia em Now-Or-lean.s.— No Scientifie American, de 4de Março de 1876, lè-se o seguinte:

" Quando se dá um caso de febre amarei-Ia em New-Orleans, manda-se logo irrigaras ruas, qne limitao o quarteirão respectivo,com ácido carbônico (phenico) n. 5 de Cal-ver, diluído em 50 partes d'agua.

" As calçadas das ruas são bonifadas, pormeio de um irrigador, montado sobre rodas;os lagêdos silo irrigados á mão."O mesmo processo se.estende aos quiu-taes das casas visiuhas: as adégas e os com-partitnentos subterrâneos silo desinfectadoscom chlorureto de ferro e. zinco.

" Quando o caso de .febre amarella termi-na por morte, 011 mesmo pela remoção dodoente para outro lugar, os seus aposentossão fumegados com ácido sulforoso ou comchloro.

" A superfície da zona, á qual é applica-do esse processo de desinfecçflo, é calculadaattendendo-se á maior ou menor demora nalocalidade do dheute de febre amarella.

'* Orça-se que a iufecção se estende de 40

zer muito effeito: depois descance dous dias011 tres.se se sentir muito fraco: em segui-da...

E, [tarando de repente, encarou Coelhoalguns instantes.

— O Sr. mesmo quer curar-se "?-01. se queroF tem confiança em mim '?

Abaixo de Deus, só mecé* me pôde sal-var.

Entflo tomará ás cegas o que eu lhemandar?

Até ferro em braza.Olhe bem uo que diz... Não gosto

de começar a tratar para depois parar...Não tenha esse medo coraraigo... Vi-

ver como vivo, antes morrer...Então, acabados os dias de socego, o

Sr. ha de tomar uma boa dala de leite doiaracatiá.

Jaracatiá !? exclamaram com assombroo doente e Pereira.

Jarracatid ? I bradou por seu turnoMeyer arregalando os olhos, que èjarraca-tid ?

Mas isto vai queimar as tripas do ho-mera, observou o niiueiro.

Cyrino replicou um tauto offeodido:Não sou nenhuma criauça, Sr. Perei-

ra. Sei bem o que estou dizendo. Este re-médio é segredo meu, muito forte, muitodaninho, raas uão é uma, uem duas vezes oquanto tenho com elle curado cmpalama-dos. A cousa está toda no modo de dar oleite e na quantidade: por isso é que nãofaço mysterio da receita; entretanto umaporçãosiuha mais do que o preciso, e o duen-te está na cova...

a 50 pés (13 a 17 metros) por dia; por estemotivo basta que o doente de febre amarei-Ia se tenha demorado por alguns dias, emuma casa, para que todo o quarteirão cor-respoudentee os quiutaes nelle comprehen-didos sejão irrigados e fumegados com osdesinfectantes acima meucioiiados."

Combustão espontânea.— Couta oPetü Journal, de Pariz, um no-vo Caso de combustão espontânea, nos ter-mos seguintes:

. " Um lavrador de Fonlanay sous Bors te-Ve a desgraça, ha 18 mezes, de perder suamulher.

" Os filhos estavão casados: ficando só,nflo pôde dominar o seu pezar, e para o ex-pulsar entregou-se ás bebidas." Dentro em pouco nilo lhe bastou o exci-tante fictício do vinho, tomado em grandequantidade, e accrescentou-lhe aguardente;como a garganta se acostuma facilmente,usava de aguardente de marca que elle mes-rao fabricava. Chegou finalmente a ser asua única bebida e quasi que unico ali-mento.

" Chegava a b':ber um litro desta aguar-dente todos os dias e meio litro deaniz."OtioM.... tinha vergonha do seu vi-cio.de que cotnprehendia o horror iustineti-vãmente. Nilo recebia pessoa alguma e fe-chava-se em casa, para que o seu embru-tecitnento progressivo não tivesse testemu-nhas. Escondia-se dos filhos e queria-oslonge de si.

." Declararão-se ceiHos accirlentes patholo-gicos, deliriam tremens, e até accessos deloucura furiosa.

" 0 medico que o tnr.ava, para assim di-zer, por sorpresa e por astucia, cathechisa-va-o; o bom do homem nflo respondia pala-vra e não abandonava o vicio. Por ultimofoi atacado da invencível necessidade de darcabo de si, que a sciencia medica chamauostalgia dos alcoólicos. No dia de Paschoacomprou carvão, fechou-se em casa e nin-guein raais o vio sahir.

"Os costumes excêntricos daquello ho-mem erão de tal modo conhecidos, que os vi-sinhos nilo se iuíportayão com as suas ausen-cias. Nu entanto na segunda-feira avisarãoa familia e os filhos comparecerão.

" A porta da entrada da casa uão estavafechada á chave. Os filhos recuarão horro-

Salta ! atalhou Pereira, tal mézinhanão quero eu... antes ficar empalamado...

Que è jarracatid ? tornou a perguntarMeyer.

Coelho abaixara a cabeça e parecia estarmeditando.

Depois com voz melancólica:O dito, dito, declarou elle, aceito o que

vosmecè me der. Tudo quanto fizer, estábem feito... Como é que tomarei o jaraca-tiá. .

Em tempo lhe direi, replicou Cyrino.Fazem-se três cortes 110 pé da arvore e dei-xa-se correr o primeiro leite: eu mesmo heide recolher o que fòr bom. Tenho toda aconfiança que o Sr. ficará são perfeito...Bem sabe, ninguém em negocio de moles-tia, mais do que em outro qualquer, pó-de nunca dizer: isto ha de ser assim ouassado... Todos estilo nas mãos de Deus.Elle é quem manda que a moléstia saiu docorpo ou que atire a gente na sepultura.Todo bom christão conhece isto e deve con-formar-se com a vontade divina... O que omedico faz é ajudar a natureza e dar a mãoao corpo que pôde e quer aindu. so levau-tar...

Justo, justo ! apoiou Meyer, que esta-va picando um formoso Coleoptero.

Assim também euteudo, disse o mi-neiro.

Mas que é jarracatid, Sr. Pereira ? iu-sistiu oallemão.

Pereira voltou-se para elle com arrebata-mento:

E' uma arvore, Sr. Meyer, arvoregrande de folhas cortadas qne dá umas es-pecies de mamôesiuhos, que tem muito lei-te... e queimam os beiços, quaudo a gente

risados; apenas empurrarão a porta, suffo-cou-os um cheiro desagradável a queimado.Foi chamado um medico que, com a intre-pidez que caracterisa a profissão, se iutro-duzio 110 aposento donde sahiflo as emana-ções. O aposento estava cheio de gazes de-leterios; o medico tevt? de abrir a janellapara respirará vontade o ar livre.

" No meio do quarto havia um fogareiroem que o carvão se tinha consumido. E emum leito de ferro estava estendido o velho.Nflo havia vestígios de incêndio.

Donde procedia portanto aquelle chei-ro á carne queimada ? O medico conheceu-ologo: tinha diante de si um caso de eoinbus-tão espontânea.

" O corpo saturado de vapores alcoólicosiuÜamara-se ininia atmosphera aquecida demais e ardera, produzindo sem duvidaumas chamuias azuladas, semelhantes ás duptiticli." A prova de qne foi uma combustão es-pontanea, 6 que só as carnes eiitreti verão oincêndio.

" Eis em que estado se achou o cadáver:" A combustão começada pelos pés e per-

nas reduzira á cinzas as duas peruas alé aparte superior.

"Reduzira á cinzas, dissemos; effectiva-mente as carnes, os ossos mesmos tinhão si-do consumidos, desfeitos em pó impalpavel,sem um bocado resistente.

'' O braço esquerdo estava no mesmo es-tado. Quanto ao braço direito, que ficara fó-ra da cama, estava iutactoda mesma fôrmaque o tronco e cabeça.

" A combustão parará no baixo ventre,qne estava carbouisado. Terminara evideti-temente quando, absorvido todo o oxygeuiodo quarto, o ar já não podia alimentala.

" As exhalações fétidas do corpo haviãoadherido aos vidros e às paredes em formade tintura betumiuosa."

Os consumidoros do ai--Sônico. — Ha de se acreditar que oscamponezes dos paizes montanhosos da Aus-tria comem arsênico e dflo-se muito bemcom este regimeu '? O Dr. Carlos Boillet dá-nos a este respeito esclarecimentos exactose precisos que silo bastante curiosos.

Os camponezes que fazem uso do arseuico,Toxicophayos (que comem veneno) mastigeo-n*o e chupão-u'0 como uma pastilha. E'

os come sem cuidado. E' uraa arvore, ou-vio "?... Uma arvore ! (1)

Ali ! exclamou o allcmão coucertandoa gargauta.

Neste tempo sacou Cyrino da canastraoutros remédios e passou-os a Coelho, dau-do-lhe minuciosas informações do modo porque havia de usar delles.

Tem muito enjôo quaudo come ? per-guntou o manceho.

Muito, Sr. doutor.Assim é, mas deixe estar: depois do

leite de juracatiú volta-lhe a appetencia. Nosprimeiros tempos o Sr. ha de só beber clarasdo ovo bety batidas. Depois irá pouco epouco toii.undo mais alimento.

Deus o ouça...Pereira levantára-se e, chegando-se á por-

ta, aununcioii:Ahi vem geute... Estou ouvindo passos

de animal montado... Sem duvida é algum

pobre engorooinhado de doença. Isto de mo-lestins, não faltam no mundo. Também hatanta maldade, que não podéraserpor menos.

Depois de ligeira pausa, elle acresceutoucom tom de sorpresa:

Hi ! meu Deus !... Nossa Senhora nossoecorra... Sabem quera vem chegando ?...E' o Garcia que eslá com o mal (2) ha maisde um anno e não quer crer na desgraça...

(1) A receita do leite dn jaracallá para cura (Ir hy-

poemia c* verídica e causou-aos grande admiração,quando a ouvimos aconselhada por um medico doserião.

1'areceu-no.s ião absurda que dissuadimos a pessoaque devia, conforme sua resolução, execulal-a dahi adias. Entretanto uni medico aba Usado a quem coniá-mos o caso, declarou-nos que*talvez fora de proveito-sa applicação.

[2) Maldc S. Lázaro,

fi) O DESPERTADOR.

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deste modo que, por g-arrídice, os mancebosdaquelle paiz cheg&o, dapoisd'**») certo teru-j)o de fazerem USO deste veneno, a ura grãosensível 'de

gordura o de animação de cores;os trabalhadores tom Ho duas ou três vezespjr semiimi mu pedacinho de ur>euicu queos torna umis vivos e ágeis e lhes da umfôlego qun lhes permitiu fazerem sem grau-de caiiceini longas e penosas iiscençOes. Oscavallo-; d"q<ieiles paizes e muitos outrosanimaes dujuest.rpo| também se accoramodfioperfeitamente com este agente.

Diz-se n-ue os Gossncos deilfio algumas pi-tadus de pólvora na aveia que dão aos seuscorseis ou eniíto collocfío-n'a uo freio, afimde que se desagregue lentamente ua salivado animal.

Comtudo, os consumidores de arsênico nflofazem delle um uso diário; tomuo-n'o comintervallos de 10 dias e previnem deste mo-do a Hccümíilaçflo das doses, dando tempo áeconomia pana gastar as doses que se elevaoaté 14 <,rramiiias. Os toxicophagos começiiopor meio grão e progressivamente acabaopor tomar impunemente doses fortíssimas.

O arsênico çommüoica aos animaes ardor,vivacidnde nas pernas, fôlego, e conseguemesmo dar a cavallos velhos um aspecto delustro e de novidade. A economia domesti-ca aproveita o arsênico para engordar o ga-do. Ü augmetito do appetite uos homens enos auiinaes silbmetlidos ao uso do arsênicoparece estreitamente ligado á excitaçítu queexerce sobre a inpcusa gástrica.

A vitalidade do estômago é augmentada.Ü arsênico nao pôde pois ser classificado

entre os agentes que deprecia» a energiavital. E' um tônico excitante, muito maisapto para precipitar du que moderar as fuuc-çOes, como indica siifficientamente a impres-sao qne se experimenta á primeira vez quese toma; cotnpletatneiiie comparável a docafé.

Ü Dr. lvnapp cita um caçador de cabritosuioutezes, com <X| annos de idade e que. des-¦de longa data, fazia uso do arsênico e goza-va d'uma saúde excelleoto. Um carvoeiro de70 annos, vigoroso e ágil, tomava-o rego-larmente havia quarenta annos.

A. jjjuciTa o a questão r*c-ligiossix.— Escreveo, uno ha muito, uuiafolha franceza:

" A guerra que acaba de rebentar naTurquia ó uma guerra religiosa. E' por issoque assume, tilo depressa, proporções consi-deraveis. N&o é uin simples conlhcto eutreuma potência soberana e uma provincia vas-salla, é a luta secular entre a cruz e o crês-ceute. E' o mu nova cruzada; como ha G00annos, os padres benzem as bandeiras e cudasoldado está prouipto a íüv raartyr.

"Ussérvios, os roumanios, os búlgaros,os montenegrinos. as gregos audílo divididospor muitas causas de ciúmes e rivalidades, emuito difficilmente se entenderifio sobre oterreno político. Mas ha outro sobre o qualé espontâneo o accordo, éo terreno religioso.

" E' igualmente a religião, motor princi-pai da política russa, que crêa entre os sub-ditos do czar e os sslavos da Turquia, seusCorreligionários, laços que os acotltecimeu-tos só poderão estreitar.

" Faremos n este propósito uma reflexãoque nos parece curiós»;: é a extrema impor-

taucia que, por toda a parte, tem a questãoreligiosa em um seeulo que se diz ser tempodo septicismo e do trinmplio dos livres peu-sadores. Se lançarmos uma vista de olhospela Europa, o que vemos em todos os pai-zes?—A questão religiosa-.

" Na Hespanha é ella (jue apaixona, maisdo que tudo, as discussões das cortes. NaBélgica é ella que classifica os dons partidosrivaes: liberaes o catholicos. Em França, oprincipal assumpto das discussões no senadoe na câmara será o conllicto entre o eusinosecular e o ensino religioso.

*' Na Alleinaniia, a questão religiosa é aque mais preoceo-pa o principe de Bismark ea que domina todos os outros negócios inte-riores do novo império.

•* Na Itália, o Papa, posto que encerradono Vaticano, exerce ainda uma influencia,cujas ramificações se estendem pelo mundointeiro.

" F eis nhi que a questão religiosa se apre-senta agora no Oriente, e é o signal de umaluta cujas conseqüências são incalculáveis.E' esse caracter religioso do conflicto turco-servio que dá aos acontecimentos actuans umqun tão dramático, tão ardente e apaixona-do, e torna tão árdua a tarefa da diplomacia.

" Embalde os séculos se suecedem uus aosoutros; o gênero humano fica sendo sempreo mesmo, pouco mais ou menos, e os homensque ingenuamente tinhão fé na transforma-ção do mundo, admirão-so de encontrar osmesmos interesses e sobretudo as mesmas'paixões que uus eras precedentes 1 "

EXTERIOR,

[Diário do Rio do 1C do corrente.)

Ciulíi dia parecia mais imininonle a catas-Iropliequo ameaçava a Emopa; apezar dosesforços da diplomacia, indo fazia prever quoa questão do Oriente nào so resolveria scnàopela força ti as armas; as folhas (jue hontemrecebemos pelo Mondecjo, sahido do Lisboaa 28 do passado apresentam-nos, com effei-to, a situação da Europa como em vésperasdo terrível condido, para o qual, uào só asgrandes polencias, como todos os pequenosestados vizinhos da Turquia se preparavam,pondo em campo todos os recursos militaresde que podiam dispor para tomar parte uacontenda.

E' verdade também que muitas eram asversões, mais uu monos baseadas, que aindacirculavam para alimentar as esperançasdaquelle-* que confiavam na sinceridade dosinteresses hunianitaiios das chatícellariaseuropeas, e nos esforços que ellas faziampura salvar a Europa de um iiovocáíaclisma;mas, para quem coinprcliendia qual o inte-ressi) (jue as guiava, fraca era a esperançade que n questão so resolvesse por modoconciliador.

Por nossa parte, sem a ventar previsões

Coitado, elle sem duvida vem comprar odesengano... Tenho muita pena dessa ^reu-te... mas, deveras, não a quero em minhacasa... Vamos, Sr. doutor, despache o (lar-cia depressa. Com lázaros não se brinca.A Senhora Sant'Auna de tal nos livre. Nemolhar ó bom.

E, Pereira, voltando-se para dentro, pe-dio apressadamente:

— Não deixe o homem desapear, doutor:depois ficava eu com o desgosto de ter quefazer alguma desfeita. Pelo amor de Deus,vá lá fora... Veja o que elle quer... e dê-lheboas tardes de nossa parle... Olhe, estádia-mando... Saia ! saia *

Com effei to ouvio-se uma voz perguntarse estava em casa o Sr Pereira.

Este, vendo qne Cyrino não se apressavaconforme os seus desejos, ou temendo que orecém-chegado entrasse na sala, appareceuimmediatamente á .soleira da porta e comseceura respondeu ao cumprimento de eha-péo que lhe faziam e á saudação que lhe di-rigiam.

CAPITULO XVII.O MÓRPHETICO.O leproso.—Interesse?! Ali! nunca

inspirei senão compaixão. .O militar.—Quão feliz fora eu, se

pudesse dar-vos algum consolo 1...JUvien de Maistre. —O leproso

de Aosla.Não devo ler sociedade senão com-

mino mesmo; nenhum amigo, senãoDeus !— Generoso emrangeíro, adeus,sede feliz —Adeus para sempre !...

Idem.Nilo se adiantou ao encontro do dono da

casa, a pessoa que chegara, bem que hou-vesse desça valgado. Pelo contrario como

o apreciando os fados mais polo alrancc dassuas conseqüências do qne pela leitura dejornaes. diremos que era ainda possível aconciliação, mas a guerra parecia mais pro-vavel.

Como noticia que adianto o marcha dasnegociações que se achavam enlaboladas,nenhuma encontramos que lenha importai)-cia; os oulros despachos e versões parecemfazer acreditar que a Turquia eslava dispôs-ta a aceilar as imposições da Hussia e a es-perar a decisão de um congresso para sa-ber qual a verdadeira natureza dos sacrifi-cios que delia se exigiam; mas a Poita con-lintiava cornos seus aimaincnlos e o mes-mo fazia, a Hussia onde o governo achavadidiciildade para conter o ciitliiisiasino da po-pulaçüO, qne se eslava agora manifestandode modo ameaçador, pela guerra a lodo otranse contra os turcos. Em Tiflis, fora as-sassinado o coiisul.otlomano e em Moscowproiiunciara-so uma parle da população con-Ira os partidários da paz.

Em siimma, tudo se preparava para aguerra, em que us principaes combatentesdeviam ser a Ktissia c a Turquia; o que, po-rém, se ignorava ainda era qual a altitudeque tomariam as outras polencias, quaes asque apoiariam a Poita, quaos das que seçollocariam ao lado do seu formidável ini-inigo.

Nem mesmo se sabe quaes as vordadei-ras intenções da Hussia, depois do regressoa Constanlinopla do seu embaixador, o ge-neral IgiialieíT; apresentara esle as creden-ciacs ao novo sultão e por elle fôia recebi-do em audiência particular.

Antes disso o embaixador rucso tinhacoiiferenciado com os representantes dasgrandes polencias. aos quaes declarara queo czar exigia da Turquia tini armistício un-mediiito.de Seis semanas, a autonomia daBosnia, Herzegovina e Bulgária e garantiasque assegurem o cumprimento dos tratados.

Por outro lado, sabia-se que a Hussiaqueria para si uma rectificação de frontei-ras, voltando para o seu domínio a parte daBessnrabia, que lhe foi tirada pelo Iraladode Paris de 18"íG e a independência absolutapara a Servia e para o Monlehegrò, quenunca mais leconlieceriam qualquer laço devássalagem para com a Porta. Além detudo, a navegação do Bjsphoro seria com-pleiamenle livre.

Eram estas, ao que parece, as pretençõesacltiaos da Hussia. E dizemos acluaes. porque uingnem pôde conjecturar qual o planopolítico da chancèllariã russa: se caminhapara a paz ou se leva em mira obrigar aTurquia a preferir a guerra om presença dosuicídio.

Se foi esla a sua intenção decidida, é doreceiar que a Turquia não encontre prole-dores; Iodos os pequenos listados (jue searmam para lomar parle no banquete miramos seusdespojos; ea Áustria e a Allomanhanão parecem dispostas a defender a suacausa. A própria Inglaterra mostra-se in-

clinada a abandonai- o seu protegido, con-fiando que elle opere, a sua própria salvaçãosahindo viclorioso na guerra contra a Rússia.E' islo, pelo menos, o qne se deve concluirda maneira pur que se pronuncia o Times:

« Nós vimos, diz elle, o que as polenciasforam capazes de fazer a favor da Turquia.Nada....

Vejamos agora o que a Turquia ó capazde fazer a favor de si mesma.

Se a potência oltumana vier a desabar,será uma prova de (jue não valia a pena sus-tcntal-a; se, pelo cÒiiiVarjo, lizor unia resis-lencia heróica, muito lhe será perdoado e aspotências europeus ficarão mais dispostas amanter um organismo, que mostra tantavitalidade. »

Duvidava-se ainda da alliança da Aus-ti ia e da Hussia. mas os interesses daquellapotência não lhe podem dieta," oiilio proce-dimento, (jiiando mesmo lenha de reagircontra a upiiiià > geral do paiz, que se mos-trava favorável á Turquia.

Dissemos que a guerra parece inevitávele, com eíTeito, não só a maneira por que So '

pronunciava a opinião publica na Hussiacomo o.s formidáveis armamenios a que ellaprocedia, são pi enuncio muito evidente doquo a paz lem muito poucas probabilidades.

O plano militar dejta potência parociaestar perfeitamente cãractcrisadò, segundo adisposição dada aos dilícientes empos doexercilo concentrados na fronteira. Os mon-leiiegrinos, os séivios e os insurgentes liallerzegoviiiii o da II.snia formam o Ihncodireito do exercilo russo, que invadirá aTurquia atravessando a Hotimania, mar-chaiido sobre Constanlinopla pela estradado iMilrovjlza.

Os (leslacaiiienlos russos, que incessan-leniente chegam á Servia, são apenas aguarda avançada do grande exercito destina-do a operai'na Europa. Pelo que diz res-peito á Tuiquia Asiática, um exercito do1GÜ a 180,000 homens, com .'100 bocasdo fogo, eslava concentrado no Caucaso.Este exerciloódestinado a invadira ÁsiaMenor.

No entanto os jornaes continuavam a as-segurar que a visita que o czarvvilz (en-cfoniiva fazer a Berlim. Yienna. Paris e Lon-dres, tinha por fim lenlar os uliimos csíor-ços em favor da paz.

Emquanlo a diplomacia tentava ainda osúltimos esforços a favor da paz.coiilinnavamos exércitos belligerantes no theatro daguerra as suas operações. Nos dias '20 e 21do passado tinham os turcos atacado as po-siçóes sérvias cin toda a linha da margemesquerda do Morava. Parece fora de duvi-da que ainda desla vez a sorte das armasfora desfavorável aos scrvios.

Os próprios lelegrammas do Belgado cuu-liriiiain esle desastre.

Próximo de Krevei fora a lula terrível omais demorada a batalha.

Os turcos puzeram em debandada o corpode exercilo de llurvalovicli, reconquistando

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que recuou, conservando-se depois immo-vel, eucostado ao seu burriuho, cujas rédeassegurava.

Pereira, do seu lug-ar, perguntou-lhe comtom nfio muito prazenteiro:

Entflo, como vai, .Sr. Garcia VComo hei de ir V respondeu o interpel-

lado. Mal... ou melhor, como sempre.Pois esteja certo que muito sinto o que

rae diz.O cirurgião está aqui ? indagou (lar-

cia.Elle nao tarda a vir vèl-o cá fora...

Olhe, é um instante...Palavras tilo cruéis u8o pareceram fa-

zer mossa no desgraçado.Com toda a paciência o esperarei, re-

plicou elle melaiicolicamente.Já sei que volta hoje para sua casa,

disse Pereira.Volto. Se a noite me pegar em carai-

nho, ficarei no pouso das Perdizes.E" verdade: ha lá uma tapera. Mas o

Sr. nfio tem medo de almas do outro mun-do '? Dizem que aquelle rancho velho é malassombrado.

Eu?! exclamou o infeliz. Só tenho me-do de mim mesmo, Cmizesse um defnnto virgracejar um pouco commigo, e eu de agra-decido lhe beijava os dedos roidos dos bi-chos. Olhe, Sr. Pereira, continuou elle comvoz um pouco alta e agoniada, nilo levo amal o Sr. nao me convidar para entrar nasua casa; porque eu, no seu caso havia defazer o mesmo.

Oh! Sr. Garcia ! quiz protestar Pe-reira. i

Nilo.... lhe digo isto de coração... Naminha família sempre tivemos nojo de la-

zaros... Eu sou o primeiro... O Sr. não iraa-giua... Vivi muitos annos com desçonfian-ca... A ninguém contei o caso... De repen-te appareceu o mal fora... Já não era maispossível enganar, nem a um cego... Ah !meu Deus, quanto tenho soffrido !...

Permitta Elle, interrompeu Pereira comtom compassivo, que esto doutor tenha al-o-uin remédio... Bem vê... ás vezes...

Curai' morphéa V. replicou Garcia comriso pungente de sarcasmo. Nilo ha essepintado... que pense em tanto. .

Entüo para que quer vêr o medico '?

replicou o mineiro.Para uma só cousa... Saber pelos li-

vros que elle tem lido e pelo conhecimentodas moléstias, se isto pega... E' só o que euquero.., Porque entno fujo de minha casa...Desappareço desta terra... e vou-ine arras-tando ató cahir em algum canto... Uns di-zem que pega... outros que nilo... que é sódo sangue... Eu não sei...

E abanando tristemente a cabeça, apoiou-se ao tosco sellim.

Depois, ergueudo os olhos para os céos,exclamou:

Cumpra-se tudo quanto Deus NossoSenhor Jesus Christo tiver determinado !...Se o medico me desengauar, não quero queminha gente fique toda... marcada... Ireipara S. Paulo.

Pereira cortou este doloroso dialogo.Está bem, Sr. Garcia, disse elle, vou

lhe mandar o homem.E entrando para dentro reiterou o pedido

a Cyrino, que se demorara a receitar a Coe-lho umas beberagens de velame c pês de per-diz, plantas muito abundantes naqúellas lo-calidades e que deveriam ser empregadas

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um mez depois da applicaçt)o do leite de ja-racatia.

— Ande, doutor, avisou Pereira, vá láfora vêr o coitado do outro e despache raeelle, qne estou enfemizado de vel-o no ter-reiro.

Cyrino sahio entflo e, caminhando comlentidão, parou a alguns passos do malaven-tnrado Garcia.

O ro3todestecontrahio-.se repentinamen-te, ao passo que elle descobria-se com hu-unidade e receio.

Vinha entflo a tarde descendo, e a luz docrepúsculo irradiava por toda a parte, tilomelancólica e suave que, sem saber peloque, confrangeu-se dolorosamente a alma deCyrino.

Com assombro o lázaro o encarava. Piau-te delle ergnêra-se quem lhe ia apontar tal-vez o caminho da eterna proscripçüo. Da-quelles lábios ia cahir a sentença ultima, ir-remediavel, fatal t

Oh ! quanta angustia no olhar daquelamísero ! Quantos pensamentos tetricos ?! Quodôr tilo funda !

Também ficava elle attonito, boqui-aber-to, á espera que a palavra de Cyrino lhe

quebrasse o horroroso enleio.Então, disse este depois de breve pau-

sa, qne quer o Sr.?Doutor, balbuciou Garcia, eu... pri-

meiro... quero lhe... pagar... trouxe al-gum... dinheiro... mas, talvez.... seja*...pouco.

Cyrino interrompeu-o.—-Nfio recebo dinheiro para tratar... de

sua moléstia. •

Continua.)

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n DESPERTADOR.

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as posições qne haviam perdido no ataquede 28 ile Setembro.

Os reforços enviados pelo general emchefo chegaram muilo tarde e já não podo-ram evitar a derrota.

Próximo de ZaKscl.ar obtiveram os ser-vios uma pequena vicioria. mas que nãocompensa o desastre de KreveU

Pelo lado do Mònlènegro, a sorte das ar-mas continuava a ser favorável aos monte-negrinos. Os íurcos Unham soffifdo perdassensíveis. Aquellesinunlanhezcsindomáveistinham levado de vencida tropas muito su-

periores em numero e armamento. Além dacapitularão de Medun, Dervích Pacha vira-se foiçado a abandonar os mouteuegrinosVisociza o Maljal.

Na Rouinania e na Grécia continuavamos armamentos; o priineiio destes listadostinha já o seu exercito em pé de guerra, eo segundo, condado nas disposições popu-lares, dirigira já á Turquia uma missiva.

protestando euiilía as con;inuas remessasdus colonos ciicassianos para a Macodonia

. e a Thessalta, declarando que não aceitava

qualquer solução da qticslão do Oriente nosentido exclusivamente slavo.

Uma carta do Alhcnas, com data de 15de Outubro, c publicada pela Correspondeu-cia polilica de Vieuna, diz que na Grécia

procediam em larga escala a subscripções

publicas para o armamento da nação O-

ne0ociaiites gregos de Odessu resolveramapplicar a declina parle dos seus redimen-tos ao armamenlo do reino holjeiiicu. DeAlexandiia foram enviadas 80.00(1 dia-climas para u mesmo lim. A colônia gingado Marselha mandara uma bateria de ai li-Iharia, com Iodos os seus peirechos e muni-

ções. A colônia de Manchesler mandara ou-tra bateria completa. Como se vô, na Gréciareinava uma effervescençia, quo nâo é demuito bom agouro para a Turquia. Todosos inimigos do Silamso preparavam para cs-ta lula decisiva, o todos queriam engrande-cor-sc com um pedaço do arruinado impériodos.Osmalis.

Na Turquia empenhava so a populaçãoinusulmaiia em tmiuir ua decisão do gover-no, contra a proposta da Rnssia. por meiodo um levantamento popular; mui.as pessoastinham sido presas, mas, apezar da.vigi-lancia das autoridades, o govci no receiava

que o movimento lotnasse maiores propor-cões e por isso mandara suspender a mar-cha de alguns leginienlos que deviam se-

guir paia o ibealro da guerraNa Sérvia resolveu o governo adiar a

proclamarão do principe Milan. como rei

daquelle eslado. a conselho da Rnssia. Nodia TI do passado fora baptisatlo em llelgra-do o lilho do príncipe Milan. Ü cônsul daRússia representou na ceremonia o czarco-como padrinho. O novo príncipe recebeuo nome de Mílusch. Os cônsules eslrangei-ros assistiram á ceremonia do bapiisado, massó o cônsul da Rússia fora convidado parajantar.

Na Áustria reinava grande agitação, pro-movida pela altitude dos pai tidos democra-Ias, que pediam a paz. fazendo pressão no

governo para esle limNa Àllemanha a linguagem da imprensa

era favorável á paz, mas a* folhas de Rei-lim, ainda que exprimindo-se no mesmo loin,

procuravam justificar a altitude da Rússia,dizendo quo esta poleiicia só faria a gueirase a Turquia se mostrasse smda aos seusconselhos.

Em toda a Prússia se agitavam os pai ti-dos para a próxima campanha eleitoral; aseleições geraes do lamNiag e do rcichslag

pareciam dever ser muito tempestuosas.« Estavam em movimento iodos os parli-

dos, diz uma folha, eo conservador, factoraro e não menos significa li vo, ugila-semuilo, contra o seu costume.4»

« O partido que se chama dos a;/r.in'ose que uáo ó o (jue se chama em França osruraes, accrescenla uni correspondente, faz

,h acliva propaganda. Aquclle parlido querareforma dos imposlos. a igualdade dos but-

guezes, dos operários, dos camponozes emmaioria econômica; nada de privilégios e en-cargos desiguaes sobie o trabalho; e sobre-

ludo a livre troca.

Mas os eleitores não são lão simples queacreditem na sinceridade desle prograininamais complexo que realizável, e desconfi-

am. Todavia isto não impede quo os agra-

rios prosigain na sua propaganda.Aquclle piogramma teve como resultado

immediato a scisâu entre os agrários o os

conservadores allemãos, do mesmo modo

quo cila sc operou uo seio do pai lido dito

dos velhos ealliolicos. F.sle eslá actualmeu-le dividido em dous campos: um quer que o

governo se separe completamente da poliu-ca nacional, tanto no interior como no exte-rior; o ouuó, que lem por leader o Sr. Na-lltusin Lriidon, eslá em completa opposiçãocom a polilicú daminalite.

O príncipe do Bismarck aproveita com es-tas scisões, era escusado dizei o. »

Da França e da Itália não lemos noticiade importância.

Na Ilespanha continuava o governo abraços pain o movimento revolucionário,conseqüência do sua intolerante adminis-tração. A julgar pelas medidas de rigortomadas pelas ãulüi idades; tinha grandesproporções o movimento republicano queestivera para declarar-se e que o acaso per-iniltiia ao governo descobrir. Muitos che-fes importantes do exercito so achavamcomprumellidos, sendo grande o numerode prisões que se tinha n feito; só em Ma-llrid o numero das pessoas delidas, e todasidlas inipuitaiiles, passava de vinte. Cincogeneraes, entro elles Gònçales, Iscar, Orei-roo Acosta, tinham sido recolhidos ás pri-soes militares; outros chefes uão haviamobedecido ás oulens do governo, para seapresentarem cm Madrid.

O governo dora ordem para quo os tri-hnnãos competentes começassem a devassasobro ns suecessosque tinham aconselhadolautas prisões preventivas.

Como se vô, a situação da Ilespanha tor-nava a apresentar-se ameaçadora para ogoverno da monarchia e o actual gabinete\ta pesar sobre elle a responsabilidade dehaver concorrido paracomproiuellera trau-quillidade do paiz.

Na Inglaterra diminuíra o clíorvescenlecnlhusiasmo da população a favor doschrisiãos da Turquia; pelo contrario, eraagora a imprensa que aconselhava o gover-no a tomar uma altitude enérgica contra asdemasiadas exigências da Rússia.

Reunira-se em Londres o conselho de mi-nislios para discutira marcha da questãodo Oriente. Segundo o Times,-fòi anel le.re-solvido que não se convocasse exlraoidina-riamente o parlamento.

Foi também reconhecido santo e martyr,fazendo-se a sua commetuoração a 'JO deAgosto.

1(5. S. Caltxtol (219 a 222). - Constaqne soüVeti o martyrio pela fé ohristã sob oreiuado do Imperador Alexandre Severo; ea igreja romana o invoca no dia 14 de Üutti-bro.

os martyres. solemnisaudo sua sautidade a.'30 de Maio.

17. S. Urbnno I (223 a 230).- Indo adi-ante de S. Zeferino, ordenou que os cálicessagrados fossem de prata e nao de vidro.Foi também victima do furor dos pagãos, eestá incluído no Martyroíogio, com invoca-cão no dia 2.") de Maio.

18. S. Ponciano (230 a 235).— O impe-rador Mnximino inimigo dos christãos so*bindo ao throno decretou uma violenta per-seguição contra elles, sendo nessa occaMãouma das primeiras vir-timus o bispo Poncia-uo, pelo que a Cúria Romana concedeu-lheno dia 19 de Novembro, um lugar no seucalendário.

27. S. Eutychio [275 a 283). - Ordenouque fossem abençoadas as novas colheitas efruetos; assim como determinou que não fos-sem admittidos k communbno os bêbados,senão depois de haverem provado terem per-dido o vicio.

Padeceu sob o reinado do imperador Ca-rino; foi cationisado e iuscripta a sua festano dia 15 de Abril.

28. S. Caio (283 a 290). — Era sobrinhodo imperador Deocleciano e íi excepção deseu tio, todos os seus parentes eram cliris-tílos e virtuosos, e por isso foram todos sup-pliciados e considerados Santos. S. Caio éinvocado juntamente com seu antecessorSotero a 22 de Abril.

Nos Estados-UniduS continuava a lutaentre prelos e brancos a assumir as propor-ções que quasi sempre celebram estes con •

flictos om vésperas de eleições.Na Carolina do Sul, diz uma folha, a pe-

quena cidade de Aikeli o os arredores acha-vam-seem um eslado dt; fermentação ox-Iriiordinaria Prelos o brancos ostavam ar-mados e havia combates qnasi quotidiana*-mctiie.

Esles condidos eram acompanhados dedestruição ile linhas lelegraphicas, de ata-ques aos comboyos no caminho de ferro e deincêndios.

Nos arredores de Aiken e de Allentonos brancos não podiam sahir ao campo semso arriscarem a receber descargas atira-das por inimigos escondidos nos malta-gaes. A ponte conhecida polo nome doRonse Bridgd foi theatro de um comba-le, no qual houve numerosos mortos o fe-ridos.

Nos dias _9 o 30 de Setembro a cida-de do Eiíèntown estivera em transes porcausa das ameaças ile incêndio proferi-das pelos pi elos. A fabrica e a habita-cão do ílullcy, candidato democrata aocargo de sherifem Coltimbia, foram des-

[i uidas por um incêndio lançado pelos pre-tos.

Os ofliciaes e as tropas federaes esfor-

çavain-so debalde para restabelecera or-Oem, de accordo com os brancos, e re-coiavam-se desordens de maior grávida-do.

19. S. Antero (235). — Eleito bispo peloclero e povo como era então costume, o con-tinuando o furor dos agentes do feroz Maxi-mino, foi S. Antero suppliciado, tendo ape-nas um mez do episcopado. E' festejado nodia 3 de Janeiro.

20. S. Fabiano (230 a 250). - Refere atradição que, estando reunido os eleitores, ehavendo dificuldade na aceitação do cargo,entrara uma pomba, que depois de percorrero espaço oecupado pela iissembléu, foi pou-sar sobre a cabeça de Fabiano, o qual sendoentHo eleito unanimemente, tomou conta dobispado. Serenados um pouco os tempos,cheo-ou a governar ld annos, mas rebentan-do depois a 7.ü perseguição, ordeuada peloimperador Descio, foi elle sacrificado, comgeral sentimento dos christãos.

Fui cationisado e designado o dia 20 doJaneiro para a soa festa.

21. S. Cornelio (251 a 252). — Depois deFabiano esteve a sé vaga durante 10 mezes,não só pela fúria sempre crescente da per-seguição, como pelas intrigas do Novacia-no, que tendo conseguido apenas 2 votos

queria oecupar o bispado. Reunidos, porém,dons concilio**, foi em ambos eleito Cornelio,que excommungoii o onti-papa Novaciano.Decorridos apenas quinze mezes foi Cornelioexpellido de Roma, fallecendo pouco depois.

Está classificado entre os Santos Martyrese invocado a 10 de Setembro.

29. S. Marcellino (290 a 301).— Duranteo seu episcopado teve lugar a cruel perse-guição contra o.s christãos por ordem deDeocleciano, na qual pereceu, segundo uns,o bispo Marcellino hoje santo da igreja, ve-nerado a 20 de Abril. Outros uffirmairi quelonge de soffrer o martyrio, Marcellino fra-queira perante os instrumentos de tortura oadorara os deoseá, e que depuis arrependidoreunira um concilio para o absolver de seudelicto. Mas a primeira versão é a geral-mente udoptnda, attribuindo-se a oulra aosinimigos da igreja,

30. S. Marcello (308 a 309).—Depois deuma vacatura de 1 annos em cousequenc.iado furor sem tréguas de Deocleciano, foieleito Marcello. Preso por ordem de Maxen-cio qnizeram obrigal-o a of.er.cer incensoaos dèoses do paganismo; mas recusando-seelle com energia, foi condeninado a traba-lhar como escravo nas cavalhariças impo-riaes, onde morreu pouco depois. Está tam-bem inscripto no Martyroíogio Romano emarcado o seu culto para 10 de Janeiro.

31. S. Euzebio (310 a 311).—Com diíli-culdade pôde tomar conta da sede, e oceu-pott-a somente durante 4 mezes, sendo ba-nido por Muxeucio o morreu no exílio. ACúria Romana conferio-lhe a coroados mar-tyres e o invoca a 15 de Dezembro.

22. S. Lúcio I (252 a 253).—Conservouo o-overuo da Igreja somente cinco mezes,sendo martyiisado por occasião de executar-se a 8.' perseguição, ordenada pelo impera-dor Valeriano. Üs cathoiicos romanos lherendem culto a 4 de Março.

TRANSCRIPÇÃO.

Os inf alli vois de rtoma.

(Conliauação.)

15. S. Zeferino (202 a 219).—Em os 17anuos de seu exercício teve de se oppôr ápropagação de certas doutrinas declaradasheréticas; coudemuou seus chefes e entreelles Terii.liano, que fora antes um brilhan-te defensor dos bispos de Roma.

Este bispo determinou que os cálices usa-dos na sagrada coiumunhão fossem de vidroe não de madeira,

23. S. Estevão (253 a 257).— Assumindoo episcopado sustentou uma viva polemicacom Cypriano, bispo de Cartbago e um dosmaiores escriptores da igreja, a respeito dobaptismo conferido pelos heréticos o dis-sidentes, querendo esto que fosse uullo eaquelle que fosse válido, uma vez que fos-sem observadas as ceremonias ecclesiasti-cas. Esta questão que, só foi resolvida 70anuos mais tarde, foi causa de que o bispolançasse a exconimunliuo contra o seu colle-ga ile Cartbago, o que não impediu que am-bos fossem depois canonisados e incluídos noCalendário Christflo.

'Cypriano a 16 de Se-

tembro e Estevão a 2 de Agosto. Deste san-to haviam, uflo hu muitos annos, 73 braçoscompletos do Reino das Duas Cicilias.se-o-undo declarou em seu relatório a junta no-meada para fazer inventario das relíquiasexistentes uos conventos dessa parte da Ita-

24. S. Sixto II (257 a 259). - Sendo do-tudo de muita prudência e querendo atalhara desunião com as outras igrejas, ordenouque, sobre a quesiflo do baptismo cada qualseguisse o sen uso, até que em melhorestempos fosse tratada com mais calma. Re-cebeu a palma do martyrio por ordem doimperador Valeriano, e sua memória é hojeinvocada no dia 6 de Agosto.

25. S. Dyonizio (25. a 269).— Esto bispoque alguus confundem com S. Dyonizio bis-po de Alexandria, ou com S. Dyouizio bispode Pariz, seus contemporâneos, dividio a suadiocese em parochias e governou dez nnnose meio. Foi cationisado e designado o dia 19de Janeiro para a sua festividade.

20. S. Felix I (209 a 274). - O sen pon-tificado foi perturbado pelas heresias de Sa-belliuse Paulo deSamosate (que não admit-tiam a distiucção de três pessoas na Divin-dade), assim como pela perseguição promo-vida por Auroliauo. Encarcerado por ordemdeste imperador, falleceu na prisão; por eu-ja causa a Igreja Romana classifica-o entre

32. S. Melquiades (311 a 314).—Maisafortunado que seus 30 predecessores viodespontar com fulgor a aurora da grandezada Sé Romana. O imperador Constantinotendo ganhado sobre Maxencio uma bata-lha decisiva, depois da celebre invocaçãoao Deus dos chrisiãos, fez cessar toda a perse-guição contra estes, abraçou o christianis-mo, e, como prelúdio de seus favores, fezpresente a Melquiades do palácio de S. .loflode Latrão.

Apezar de ter merecido de Santo Agnsti-nho o titulo do verdadeiro pai do povo chris-tão, Melquiades era cioso na sustentação dasidéas ambiciosas de Roma, e por isso con-dem nou e declarou hereges os donatistns(que regeitavam firmemente a doutrina dainfallibilidade dos bispos romanos.)

Canonisado e festejado a 10 de Dezembro,é sem fundamento algum que é apresentadocomo martyr. Attribuem-lhe a ordem deusar-se de cruz e castiçaes com velas acesasuos altares durante os oílicios.

33. 8. Silvestre 314 a 330). — Seu go-veruo foi um dos mais longose mais prospe-ros para a Igreja de Roma. Gozando dos fa-vores do imperador Constantino e de Ilele-na sua mãi, recebeu delies (dizem os romã-uiâtas) algumas terras para formarem o pa-trimonio de S. Pedro.

Silvestre reuniu em Nicéa, no anuo 325, ofamoso Concilio que compuz o Credo, comoopposição á doutrina herética de Arius, quenpgava a divindade de Jesus-Christo; e alémdií,so confirmou tudo o que fora resolvido

por Victor e Estevão, acerca das citadas

questões da Páscoa e do baptismo.Foi este bispo quem ordenou que os dias

da semana fossem designados por férias (oufeiras) â excepçflo do l ° e 7.' que se chama-riam domingo e sabbado.

Dizem que também foi elle quem deter-minou que os altares fossem fixos e de pe-dra, prohibindo os de madeira e moveis.

Teudo concorrido tauto para estabelecer o

poder temporal de Roma, era impossível queesta não o introduzisse :m corte celestial; eassim o fez, encarregando-o de encerrar oanuo, a 31 de Dezembro.

34, S. Marcos (336 a 337). — Fizera-seconhecido no tempo de seu antecessor, pelofervor com que defendia as doutrinas daigreja e por isso (dizem) merecera o cargod°e cardeal, creado então pela l.'vez. Fal-leceu no fim de oito mezes de exercício.Acha-se também entre os Santos e é invoca-do a 7 de Outubro.

35. S. Júlio 1 '337 a 352). — Eleito ai-<nins mezes depois da morte de S. Marcos,

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i. O DESPERTADOR.

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ocoupou-j-je durante 15 ano os com as di^sen-BGps eiltrü is. Atliana.sio e os partidistas deArius.

D»te«ninou que no dia 25 de Dezembrosc coiniiieinorawe o nascimento de Jesus-•Cliristu.

Foi caiioiiisado, e como medianeiro entreDeo.s e os lintnens é festejado a 12 üh Abril.

36. >S. Liberio 352 a 366).—Este iufalli-vel deu muito triste exemplo de firmesa emmatéria de refigí&o. Assim qoe foi elevado

*ao solio, reuniu um Concilio para decidiraiucandesfiMite queslilu enlre S. Athanasio eOá sectários de Arius. Havendo tomado opartido (laquelle, foi desterrado pelo impera-dor Constaucio, defensor do uriauisrao. Pas-eados três anuos, teudo saudades do poder,desmeutio-se de suas opiniões anteriores,cousenlio ua cotidemnação de S. Atliana.sioe favoreceu os arianos (que riega vara adivin-dade de Christo e a Santíssima Trindade)! !Depois da uMrie de Constaucio, desdisse-.senovamente e tornou á fé catholica Roniaoa.

Esta grande versatilidade, que para oshumanos seria uma vergonha., para o pou-titice Liberio valeu-lhe duas assignaladashonras: 1 J Haver-llie apparecido a VirgemMaria (afunilamos papisias), a qual lhe or-danou que fizesse ediíicar a ba/.iltca de San-la Maria-Maior, para guardar ura pedaçodo presépio que os anjos haviam conduzidode Belém para Roma (!). 2.' Ser canonisadopela cúria romana, que designou o dia 24 deSetembro para ser nelle canonisado líto or-tliodoxo pontífice.

37. S. Felix II (335 a 358).-Durante oexilio de S. Liberio tomou posse do bispadoFelix II, segundo uns por ordem do impe-dor Constaucio, segundo outros pur nomea-çflo do mesmo Liberio; o que e certo é que,tendo este reassumido a mitra. Felix II foidesterrado. Alguns escriptores chamando-ointruso, nilo o contam no numero dos pa-pas; entretanto a cúria romana conferiu-lhea santidade, determinando qne fosse invo-cado a 29 de Julho.

38. S Damaso (366 a 384).—E'umaglo-ria de Portugal, pois nasceu em Uuiuiariles,e gozava de grande prestigio entre os dousprecedentes bispos, por sua sciençia e fir-meza. Confirmou as decisões do Conciliode Nicéa; annulloii us do concilio de llimi-ni que eram favoráveis ao arianisrao; e rou-uio outro concilio em Coiislantiuopla paracondemnar esta seita. Como, porém, se defclarasse nesta assembléa que, depois do bis-po de Roma, o de Constautinopla tivesse aprimazia sobre os outros, üaraasoapressou-se em aunnllar tal artigo qne, para o futuropodia causar embaraços (diz um historiadorromano); o que aboua muito a sua perspica-cia.

Tendo aiirahido o sábio S. Jeronyrao aRoma, inciimbio-o de traduzir em latim avers&o dos Seteuta.

Damas-* foi inscripto entre os Santos e óvenerado a 11 de Dezembro.

39. S. Siricio (384 a 398;. — Occtipa umlugar distincto entre os infalliveis, pela suaousadia e arrojo. Foi o primeiro qne deu-seo nome du Papa e tenente de Deos; e orde-non que todos os qne úRi» prestassem cegaobediência ás determinações da igreja deRoma seriam depostos immediatameute eexpelidos da cominunhilo dos fieis. Orgu-lhoso até para com S. Jeroiivrao, -que, tantomerecera do seu antecessor, tratou-o comdespreso, obriganio-o a retirar-se para a Pa-lestina. Mandou qne a língua latira fosse nde uso geral da igreja; prohibio a concessãode ordens er.clesiasticas aos indivíduos casados com viuvas; tornou-se perseguidor detodos os padres casados; determinou que sepudesse conferir ordens sacerdotnes aos mon-ges; o condemnou a doutrina dos Manicheos(que negavam a humanidade de Christo ecriam na trausinigraçüo das almas).

Alguns escriptores atacam a santidade deSyricio, quer pela sua soberba, quer pela ti-bieza da verdadeira fé christíl; mas á vistados esforços que fez a favor do poder tempo-ral de Roma, podia a curia negar passaportepara o céo a um tenente de Deos que lançouuma pedra nos alicerces da omnipotenciapapal V Seria isso o requinte da iügratidílo,e para livrar-se desta pecha, nHo só o cano-nisou, como ainda lhe conferio a palma domartyrio (?).

(Continua.',

VARIEDADE.

Historia verdadeira.

Calharina II, Imperatriz da Rússia, linhaum galaiilecãosinlin iiiglcx. quo ella muiloestimava. Ilaua-lhe, posto o nome do Su-

derlaud, nome do ingiez que lh'o havia da-do.

Ksle cíiosiiiho morreu, como acouleco aledos os cães; grande pesar para sua augus-la senhora, lim sua ternuta e em sua dor,quiz ler ao menos debiixo do seus olhos, emsua câmara, seu caro Suderland empalhado,pois que, jamais o podei ia possuir viso !...

Ü chefe do poliria de Pelersburgo se cha-niava IlelieAv, e Calliiiina depositava nellecoiitiança; oia umlioinem mslruido, alia-vel e resoluto, e era intimo amigo de um ri-co banqueiro chamado Suderland (como onào da Imperatriz), que gosa va janto de Ca«lliariiia de uma corta influencia.

Um dia se annunna a M. Suderland. quesua casa eslava ceicada do guardas, e queReliew, o chefe de policia, exigia fallar-|he.

Introduzido logo, entra esle com ar cons-leruailo.

Mou caro Suderland, disse elle comemoção, nào sei como te explicar O motivoque aqui mo traz; recebi de S. M. a Impe-ralriz uma urdem hem severa, bem lerrivcjpara v-óáe para mim !... Quo fizeste paraexcilar a lal ponto a cólera deS. M. ?

Eu ? 1... exclama o banqueiro espan-talo; sei tanto como vós. O que é, que or-de.m é essa ?

Ai de mim 1 Ousarei contar-vos ? Nãotenho coragem. E' horroroso.

Que! Teria eu perdido a confiançada Imperatriz ? Quererá ella fechar minhacasa de banco ?

Se fosse isso... A confiança podo serreslituida e vós reintegrado cm vosso lu-gar...

Qcererá me desterrar de Pelersburgo,meexili r ?

Con. vossas riquezas se eslá bem emtoda parle.

Ah ! meu Deus ! exclama Suderland.Faz-se questão do me enviar á Sibéria ?

Ai do mim! Aiuda de lá se volta.De me lançar om prisão ?Ainda sahe-se delia.

11 ndade Divina! Quererá me mandarexecutar ?I

Horroroso supplicio, porem elle nãodurará sempre. .

Que ! a Imperatriz quer a minha vi-da?... Que horror ? porem, falia! falia ! De

que me exprobra ella, que quer ella fazerde mim ?

Sim. meu caro amigo, disse o officialabaixando os olhos e sacudindo a cabeça,minha graciosa soberana me ordenou de...vos fazer empalfiar.

Empalhar /exclamou Suderland ob-servando fixamenle o chefe de policia. Em-palhar, eu empalhar!... Purem, perdesle acabeça. Heliew.ou então a Imperatriz per-deu o juizo.

Empalhar ! repeliu o chefe de policiacom voz lameulosa.

E nâo representaste á S. M. a barba-ria ?...

Oh I meu pobre amigo, fiz o que pu-de; mostrei-lhe minha sorpresa, minha dor...Ia f.izer-lhe humildes considerações, mas aImperatriz, com um lon» irritado, e expio-brando a minha hesitação, me ordenou asahir e de ir incontinenli executar u oi-dem que me havia dado; «Ide, me disseella, c nào me esqueça cs de que vosso de-ver é cumprir, sem relrucar, as comniis-soes, sejão ellas quaes forem, quo eu medigne de vos encarregar.»

Impossível foi de pintar o espanto, a co-lera. o tremor, o desespero do desgraçadobanqueiro. Uma hora lhe foi dada paru pôrcm ordem seus negócios, e não foi sem difli-cuidado que o oilieial executor lhe petmiltioescrever um bilhete que enviou em seguida

ao embaixador da França, seu amigo e seupróximo parente.

Esle lendo, julgou que o chefe de policiaenloqueçera, o correu junto da Imperatriz.Introduzido logo, expoz á Cathatina o fadoo lhe mostrou o bilhete de Sudciland.

Que '.significa isto? exclama a Impe-ra triz. escutando essa estranha narração. íConde, parti,'cortei e ordenaea Reliew depôr já em liberdade meu pubre hãnqueiro.Sua vida mo responde pela delle. Perdeu acabeça !...

O conde sahio a executar a ordem e erajá conduzido o desgraçado Suderland, maismorto dotque vivo, á academia de mediei-na... O embaixador tornou ao palácio im-perial, e com grande sorpresa achou Calha-tina liiulo-se a morrer.

Sei, disse ella quando pôde fallar, acausa desta inconcebível e burlesca aven-lura. Ordenei a ftclicw de fazer empalharSuderland, meu câosinho ingiez, Suder.land que morreu honlem, e elle tomou obanqueiro pelo cão. Ah !... ali!... E comoelle hesitava, o que era bem natural, eumé impacientei contra elle. pensando quepor uma ftilil vaidade julgava uma tal com-missão abaixo de sua dignidade. Pobre Su-derland, escapaslede boa. — W.

[Extr.)

à BgBfí I «IL*)

1'

EDITAES.1 amara municipal

A câmara municipal desta capilal fazpublico que, em virtude do arligo 118§ 2."das insírucçôos appiovadas pelo decreto11.6097 de 12 de Janeiro do correnle an-no, procederá no dia 1."de Dezembro pro-ximo futuro, pelas dez horas da manhã, nasala do suas sessões a apuração geral dosvotos para deputados á assembléa geral le-gislalivii, da 16 * legislatura, segundo asuulheulicas recebidas dos diversos colle-gios eleitoraes da provincia. E para quechegue ao conhecimento de todos, mandapublicar o presente edital.

Secretariada câmara municipal da cida-do do Deslerro, 21 de Novembro de 1876.

O presiilenleJúlio M. de Trompoicsky.

O secreta noDomingos G. da S. Peixoto.

Consulado Provincial.

Décima urbana.

Pelo Consulado Provincial se faz publicoque no dia Io do próximo mez de Dezembro,principiar se-ha a Cobrança do imposíbso-bre prédios urbanos com o respectivo im-posto addicionul.

Os colleclados que o não satisfizerem noprazo de trinta di.s uleis. serão oneradoscom a multa de cinco por cenlo.

Consulado Proviucial da Cidado do Des-lerro, em 2 <le Novembro do 1876.

Antônio Luiz do Livramento.

ANNUNCIOS,

DECLARAÇÃO.José Manoel da Silva, estabelecido com

loja de sellaria á rua da Constituição destacidade, da qual era mestre e caixeiro o Sr.João Firmino Beiráo, o qual eslava aulori-sado a fazer qualquer transacção sob minhafirma, cuja autoiisaçâocessa,desta data emdi.inte, por ler vendido ao mesmo Sr. JJeiràoa referida loja de sellaria.

Cidade do Deslerro, 14 de Novembro de1876.

José Manoel da Silva.

VAPOR

iwniò

Sahirá para Laguna no dia 3 de Dezem-bio. se houver numero de passageitos quepossa convir. Largará á< 6 horas da tardee demorar-se ha Ires dias. Para resoluçãoda viagem, de-eja-se saber o numero depassageiros alé ás 10 horas do referido dia,na loja de WEiNüllAUSEN. BAINHA & C.

Passagens a réIda e volia 20$000 — a ficar 128000

Passagens a proaIdae \olla 12S000 — a ficar 7S000

li •/. do abatimento a quem levar família.

Carga por módico frete.

O ADVOGADO

IMI. I. li. M\I!((lIN111IItem seus escriptorios na villado Tubarão nn rua do Com-mercio, e na cidade da La-guna na Praça; aonde pôdeser procurado para todos o.snegócios de sua prol

i \tnfmnmf- ¦ .i/Tfti r ', lilfcitifc^r

0 Peitoral de Cereja de Ayer.O remédio mais seguro que

se conhece paraTos86B, Oonsti-

pacões e Defluxos,que assentam nospeito e na çar-fanta,

Bronchttis,'osso coqueluche,Angina, Eou-quiaâo,&o.,eparaos Tuberoulo8Pulmonares.

E' preparado o PeitornI de Cereja, o tí offereeidoao publico ti ú medicina, afim de supprlr a neces-mdade urgente que hu dn um remédio seguro eroalinente efflcaz paraíls moléstias acima.

A experiência claramente tom manifestado que ccom effeito uni medicamento certo e valioso queinspira confiança ii todos (pie o empregam e (pioofferece aS mais seguras garantias aos doentes.

Nas Tosses, especialmente o nos Delluxos doPeito, o "Peitoral de Cereja" tem curado com-unia promptidão e certeza (pio são liem admiráveis.Pode ser ministrado tis crianças, segundo as dirce-cões, com a mais fundada esperança do alcançar omelhor resultado.

Ilroncliitis e Catarrho Pulmonar. — Temosconhecimento de muitas casos (pie cederamfacilmente ao emprego cVeste remédio, depois doterem baldado outros recursos da medicina.

O Peitoral de Cereja, deve immediatameute serempregado em todas as doenças que resultam deconstipações, dcíluxos e resinado» que se assentamno noito on na garganta.

E'comtudo nos terríveis Tuberculos Pulmonaresque so tom observado a grande etlicacia e o poder doPeitoral de Cereja para alliviar as Tosses socorreraos graves symptomas e debellar a moléstia.

Nestas enfermidades graves sempre devo serexperimentado mesmo quando o caso parecedesesperado, o nenhuma familia, pode passar semter á mão nm fnwco para acudir as doenças acimaquo iuvadoui todos as lares.

PUErAitADO PELO

Dr. J. C. Ayer & Co.,Chimicoa médicos de Lowell, Est. Un.

em todas as boticas e lojas de drogas.

Agentes par.au Império do Brazil

w, i. mmn & c :RIO 1)12 J AN E1RO

Nola. -- Todo o remédio que não li ver afirma dos agentes aríma eos rótulos do en«volloiio em poiluguez, deve-se considerarcumo fiilsificado.

DEPOSITÁRIO

LUIZ E. O, HORNSANTA CATIIAIUNA.

IÍÍ-.

1

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Tgp. de J.J. Lopct. rua d% Trindade n. 2.