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I Publica-se ás Terças e Sextas-feiras na typographia do J. J. Lopes, ondo so recebem assignaturas por 1 anno, e 6 mezes, pagas adiantado. Os annuncios propriamente dos Srs. assignantes pa- gão -0 reis por linha, quaesquer ou- trás publicações soràõ feilas por ajuste. (Wi/teciot— lobz %. cLopeó itiuioi. -o^ .*&- REDACTORES-*DIVERSOS. PREÇOS DA ASSIGNATURA. Por anno10&000 » semestre6&000 COM PORTE PELO CORREIO. Poranno11&000 B semestre6_2>500 FOLHA AVULSA 2.0 RÉIS. Anuo XII _ les .erro Terça-feira 7 ile Jullio «lc __4. w. «.tso. 0 DESPERTADOR. místeruo, 7 dis JUi.no. DIVERSAS OCCÜRRENClàS. Systema métrico. Fomos gra- ciosamente obsequiados pelo illuslre Sr, Eduardo Nunes Pires com um fulhelo que tem por lilulo noções no svstema métrico decimal —.impresso na typographia da Rc- generaç.ão e ediclado pelo Sr. João Ribeiro Marques. O Irabalho do Si. Eduardo, embora nos reconheçamos incompetentes para ctnilli. opinião segura, parece-nos ser bastante- mente proveitoso aos professores de instruo- ç3o primaria, pelo modo claro e explicito com que o seu talentoso auetor soube de- monslrar os diffcreir.es problemas ou propo- sições comparativos das medidas lineares, dos pesos o medidas do anligo syslema com o queaclualmonlc eslá cm pratica denominado syslema melrico. Crômos que o trabdho do Sr. Eduardo ó digno de apreço. Agradecemos cordialmente a apreciada oíTerla do nosso talentoso conterrâneo. Club Euterpe. Teve lugar, na noite de 5 do correnle, como fora annuncia- do, o concerlo vocal e inslruineulal do Club Eulerpe Quatro de Março, cuja execução do programma, que em seguida publicamos, foi (como sempre) salisfucloria e geralmente applaudida. A reunião esteve brilhante. PROGRAMMA. ntlMKIR- PAUTE. 1 hei.uni: Ouvertnra dn, Opern Norma, pa- ra 2 pianos á 8 mãos, pelas Exmas, Sras. (2Í) FOLHETIM DO DESPERTADOR mwm n w&wm pon GONTRAN BORYS. YEIISÃO DO FRANCEZ. TOMO I. A AMANTE IMPREVISTA XX. ²Um amigo da infância é quasi um ir- m&o. Infelizmente, uo dia em qoe prometti que te vinha buscar... tive de fazer uma viagem distatite... -Ahi ²Sim, negocio importante me chama- va... ao Egypto. ²Ao isthmo de Suez, talvez ? ²Justamente. Bem sabes... Sei. Deixa-te de desculpas, meu charo Amaury 1 E eu que te aceusava ! Queres que te diga ? Estava bem pesaroso. juo-rato !... Quando a minha primeira idéa, quando cheguei a Paris, foi do te pro- curar!... A propósito, dize-me: a tua portei- ra tem o costume de despedir todas as pes- soas que te procuram, como quiz despedir a mira? ²A sra. Imbert? Ella nao te recebeu bem? ²Logo que lhe fallei em teu nome vol- tou-rae as costas. Depois disse-me que nao estavas em casa. Aqui entre nós, parece que essa mulher nilo gosta muito de ti. •—Sim, disse Duelos tristemente, mas eu D. Maria Rufina da Silveira e D. Mercês da Gloria Izetto, Srs. Kirbaeh e Hautz. Niedebmeyer: // lago, Meditação para Soprano, pela Exma. Sr. D. Maria Ru- fina da Silveira. Ascnrcit: Concordantia Andante eAllegro marzialc, para 2 pianos a 8 mãos, pelas Exmas. Sras. D. Helena Kirbaeh c D. Fannv Bac*thgen, Srs. Kirback c Haütz'. B .iccialdi: Fantasia para flauta c piano sobro motivos da Opera Traviata, pelo Sr. Francisco dose da Costa. Dont/i.tti: Ária para Soprano da Opera Graça dc Deos, pela Exma. Sra. D. Fran- cisca A. de Souza e Mello. G Thalber»: Duo de Concerto para 2 pianos á 4 mãos, sobre motivos da Opera Norma, pelas Exmas. Sras. D. Maria Rufina da Silveira e D. Maria J. de Magalhães Bas- tos. SEGUNDA PAUTE. Rossi Ni: Ouvertnra da Opera Othcllo, pa- ra 2 pianos á 8 mãos, pelas Exmas. Sras. D. Maria Josó Alve.s de Brito e I). Fanny Baethgen, Srs. Kirbaeh e Hautz. Verdi: Bòlpro oara Soprano da Opera 1 Vcspri Siciliani. pela E.vina. Sra. D. Maria Rufina da Silveira. Liszt: Marcha de Rakoczy, pnra 2 pia- nos á 8 mãos, p.las Exmas. Sras. D. Ma- ria Rufina da Silveira e D. Helena Kir- bâch, Srs. Kirbaeh e Hautz. Popp: Fantasia brilhante para flauta e piano sobre motivos da Opera Trovalore, polo Sr. Francisco José da Costa. Verdi: Ária para Soprano da Opera II fmlo Slanislao, pela Exma. Sra. D, Fran- cisca A. de Souza e Mello. Donizetti: Ouvertnra da Opera Gemmi di Vergi, para 2 pianos á 8 mãos, pelas Exmas. Sras. D. Helena Kirbaeh e D. Fanny Bacthgen, Srs. Kirbaeh e Hautz. Goria: Duo de Concerto para 2 pianos sobre motivos ds Opera Bclizario, pelas Exmas. Sras. D. Maria J. de Magalhães Bastos e D. Maria Rufina da Silveira. Cervantes. E*lo novo vapor da companhia dc paquetes da linha do sul, che- £ou do Rio-Grande na manha' ile 3 do corren" le, Irazütido jornaes da cidade do Rio-Gran- não sei porque. Talvez que lhe fizesse algu- ma cousa sem querer. ²Tu, offenderes a ninguém ! ²Sou tão desasado, ás vezes estou tao distrahido. Coitada da sra. Imbert! Estou certo de que a culpa é minha, porque ella é uma excellente mulher; esiimu-a e eonside- ro-a... e no emtanto incorri uo seu des- agrado ! Lagardiole, de boca aberta, olhou para Silvano para verificar si não estava gruCe- jando, mas Silvano fallava sério. Era sempre o mesmo rapaz, simples, a ponto de ser ingênuo, crédulo até á fraque- za. o seu physico tinha mudado. Amaury não se divertiu em discutir as qualidades da sra. Imbert. Pensava no co- cheiro; dizia comsigo:—As horas passam l E depois, apertando a mão do amigo: ²Era que estará elle ? Pedirei cem francos ou cem soldos? ²Agora, conversemos a respeito de ti. Então o que fazes? Como vives! E's feliz ? ²Meu Deus, tu bem sabes... ganho a mi- nha vida. Copio musica, dou liçOes de pia- no e flauta. De noute toco em um dos thea- trinhos. Emfim, faço a deligencia. _ —- A vida que teus deve ser muito mas- saute. ²De certo, nao tenho um iustante a -per- der. Hoje faço extraordinária excepção. Dous dos meus discípulos furam para o ca.mpo, e por isso tenho duas horas de descanso. ²E tu as aproveitas para encantares os echos destas solidões. ²Ah ! Ouviste ? ²Com grande prazer. Be quem é a phan- tasia que estavas executando V Duelos enrubeceu o balhu.<jiou: dc e da capital da provincia, datados alguns alé 1 deste mez. Dos que temos á vista, inteiráino-nosdos deploráveis acontecimentos que ullimameu- le sc dóram na cidade de S. Leopoldo e pon- tos do municipio, mu\idos por um celebre impostor chamado Maurcr, que pretende planlar ali uma nova seita religiosa; e tâo perseverante tem sido no seu intento, quo, apezar de providencias atilcriormenle ado- piadas pela autoridade policial, o numero dos seus adeptos elevou-se á mais de 400 indivíduos ! A perversidade de taes fanáticos lem-os feito praticar actos vandalicos. A respeito desses conflicti/S dizem as fo- lhas á que acima nos re/erimos o seguinte: « Os tristes suecessos dc S. Leopoldo de- rão lugar a que as autoridades superiores da provincia e Iodos os sous agentes se mos- trassem mais uma vez na altura de sua mis- são. OSr. Dr. chefe de policia tem dado em S. Leopoldo as mais irrefragaveis provas dc energia, inlelligeiicia o dodicaçâo á causa publica. Oceasiões houverão cm qne o Sr. Dr. Abi- lio sc via quasi abandonado em meio dc uma população atlcrrada e directatneiilo amea- cada, sem que desmentisse por um mo- monto o seu honroso renome do magistrado enérgico e proveclo. Cumpre aqui declarar que o Sr. chefe do policia encontrou o mais dedicado auxilio por parle dos Srs. major João Schmilt c ca- pilão Francis co Coelho de Souza a par do mais alguns oulros cidadãos quo se prestarão no limite de suas forças. O Exm, Sr. Dr. presidente da província, ao receber noticia dos últimos excessos dos fanáticos do Ferra braz, conferenciou como Exm. Sr. barão deS. Borja c parlio pesso- almenlo para S. Leopoldo, levando comsigo Ioda a li opa disponível. ²E' minha, men amigo. ²Tu compões ? ²Isto é... improviso... mal ou hera. ²Porém essa peça era realmente adiiii- ravel. ²Oh ! admirável... Bem se que não entendes disto... Eutrotanto, ha dias ern quo creio sentir em mim... como hei de dizer? um átomo, uma faisca do foco creador. ²Deves cultivá-la. ²E' o que me diz muitas ve?,es o meu il- lustre mestre. Porque sabe qu.e dou liçOes, mas tomo-as tambem... de ur.n professor do conservatório. Sim, tenho necessidade de me aperfeiçoar. Julga tu da minha felici- dade. Esse mesmo prof!.esssor, que é dis- tineto compositor, inte ressou-se por mim. Não me prodigalisa o ensino e conselhos, como tambem recos?, receber a menor re- compensa.—Quando fôr distincto rabequis- ta, e isto uão esto longe, então me pagará, me diz edle sempre. ²"Então o que faz? —¦ Bem o quizera, mas não posso; sabes muito bem que cumpre viver, que é preciso esperar a tuspiração e trabalhar nessas ho- ras, ter a vida material bem assente, não estar consumido pela idéa do aluguel, do alimeoto e do vestir. E' preciso ter o pão pronipto era cima da meza. ²Porque não te dirigiste a mim quando principiaste ? disse Araaury afoutamente. Bem sabes que a minha bolsa está ás tuas ordens. ²Obrigado, meu amigo. Sei quanto vale o teu coração. Quanto a pedir dinheiro em- prestado, ainda mesmo a ti, que és o meu maior amigo, quando não sei em que tempo poderei rostitui-lo... oh ! uão, isso não farei. Cotn a chegada do S. Ex. e das forças, reaniniárào-se os espiritos abatidos e S. Leo- poldo i'eadquirio osocego quo havia perdido. O distincto commandanle c a officialidade do 12 são por sua vez dignos do louvores pela rapidez com que prepararão a tropa para a marcha, apresentando a cm. poucas horas ao embarque, cabendo além disso ao iliustre veterano coronel ücuuino o com- mando d,is forças em diligencia n'um lerre- no extraordinariamente diílicil e accidenta- do, defendido por homens fanalisados e ca- pazes do Iodos os crimes. Iguaes o justíssimos louvores cabom ao activo c zelozo Sr. director do arsenal de guerra o mais empregados do mesmo, quo prestarão relovaiilissima coadjuvação ás autoridades superiores, apromplandoas pe- ças de artilharia, rauuições, ele. E cumpre notar que se não fusse o auxilio do arsenal de guerra, teria sido impossível mover-so a força necessária para garantir a cidado de S. Leopoldo de um projoclado ataque, porquo forão menores e artífices do arsenal, que, perfeitamente organisados como eslão, renderão a tropa do linha nas guardas da cadôa, Ihesouraria, palácio, ele. Cumprimos pois uni dever, consignando quo Iodas as autoridades da provincia derão em lão diílicil emergoncia prova de liuoe aclividade, devendo-se ás pro mptas o cnor- gicas medidas tomadas, evitar-se o mal mai- or. A tropa de linha oecupou immediataraen- le todos os passos que conduzem á cidade o hoje deve effecluar-se a marcha coulra os fanáticos adeptos de Maurer. Deus permitia que se consiga prender ou extermioal-os, sem que haja a perda de pre- ciosas vidas a lamenlar.» « Consta-nos que S. Ex. o Sr. presidente da provincia mandou destacar alguma ca- vallaria da guarda nacional do municipio, para -auxiliar a acção da infanteria na dili - gencia contra Maurer o seus adeptos. Ií? uma medida de rigorosa necessidade o cruinos (pie os briosos guardas de nossos corpos do cavallaria civica, prestaráõ com ²Pobre tolo ! pensava Lagardiole. E de facto, este vil trapasseiro julgava-se mil vezes superior em intelligencia ao ho- mera honrado cujos escrúpulos elle despre- sava. ²Então, tornou elle, renunciaste á idéa de conquistar a modesta independência que te era necessária? ²Oh ! não. A' força de ajuntar viutem por vintém, eu... ²Que tempo não levaràs ! ²Não tanto como suppões. tenho no cofre um bom pecúlio. -Sim? ²Era primeiro logar, tenho os tres mil francos que trouxe da rainha terra. ²Hein ! Pois ainda os conservas ? ²Nem siquer toquei nelles. O visconde estremeceu. Pareceu-lhe que asaguas-furtadas de Sil- vano se illuminarara. ²Guardar dinheiro no fundo de uma ga- veta ! disse subtilmente. Que absurdo ! em vez de dá-los a bonsjuros. ²E' bom. Pensas então que eu enten- do dessas operações? ²Tolo ! Bastava que tu rae confiasses os teos escudos... verias a ninhada que salda delles. ²Desculpa-me. Eu bem quizera. Tu rae affirmaste porém que nada se poderia fazer com essa bagatella. ²Nada... nada... Era um modo de fal- lar. Nós, indu8triosos de alto trato, chama- mos—nada—toda a somma áquem de cera mil francos. ²Apre ! Que boa cousa uão ó a industria ! Creio que a tal senhora engole bilhetes do

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I

Publica-se ás Terças e Sextas-feiras natypographia do J. J. Lopes, ondo sorecebem assignaturas por 1 anno, e 6mezes, pagas adiantado. Os annuncios

propriamente dos Srs. assignantes pa-gão -0 reis por linha, quaesquer ou-trás publicações soràõ feilas por ajuste.

(Wi/teciot— lobz %. cLopeó itiuioi.

-o^ .*&-

REDACTORES-*DIVERSOS.

PREÇOS DA ASSIGNATURA.

Por anno 10&000» semestre 6&000

COM PORTE PELO CORREIO.Poranno 11&000

B semestre 6_2>500FOLHA AVULSA 2.0 RÉIS.

Anuo XII _ les .erro — Terça-feira 7 ile Jullio «lc l§ __4. w. «.tso.

0 DESPERTADOR.

místeruo, 7 dis JUi.no.

DIVERSAS OCCÜRRENClàS.

Systema métrico. — Fomos gra-ciosamente obsequiados pelo illuslre Sr,

Eduardo Nunes Pires com um fulhelo quetem por lilulo — noções no svstema métrico

decimal —.impresso na typographia da Rc-

generaç.ão e ediclado pelo Sr. João Ribeiro

Marques.O Irabalho do Si. Eduardo, embora nos

reconheçamos incompetentes para ctnilli.

opinião segura, parece-nos ser bastante-

mente proveitoso aos professores de instruo-

ç3o primaria, pelo modo claro e explicito

com que o seu talentoso auetor soube de-

monslrar os diffcreir.es problemas ou propo-sições comparativos das medidas lineares,

dos pesos o medidas do anligo syslema com o

queaclualmonlc eslá cm pratica denominado

syslema melrico. Crômos que o trabdho

do Sr. Eduardo ó digno de apreço.Agradecemos cordialmente a apreciada

oíTerla do nosso talentoso conterrâneo.

Club Euterpe. — Teve lugar, na

noite de 5 do correnle, como fora annuncia-

do, o concerlo vocal e inslruineulal do Club

Eulerpe Quatro de Março, cuja execução do

programma, que em seguida publicamos,foi (como sempre) salisfucloria e geralmenteapplaudida. A reunião esteve brilhante.

PROGRAMMA.ntlMKIR- PAUTE.

1 hei.uni: Ouvertnra dn, Opern Norma, pa-ra 2 pianos á 8 mãos, pelas Exmas, Sras.

(2Í) FOLHETIM DO DESPERTADOR

mwm n w&wmpon

GONTRAN BORYS.YEIISÃO DO FRANCEZ.

TOMO I.

A AMANTE IMPREVISTA

XX.

Um amigo da infância é quasi um ir-m&o. Infelizmente, uo dia em qoe promettique te vinha buscar... tive de fazer umaviagem distatite...

-AhiSim, negocio importante me chama-

va... ao Egypto.Ao isthmo de Suez, talvez ?Justamente. Bem sabes...

Sei. Deixa-te de desculpas, meu charoAmaury 1 E eu que te aceusava ! Queresque te diga ? Estava bem pesaroso.

juo-rato !... Quando a minha primeiraidéa, quando cheguei a Paris, foi do te pro-curar!... A propósito, dize-me: a tua portei-ra tem o costume de despedir todas as pes-soas que te procuram, como quiz despedir amira?

A sra. Imbert? Ella nao te recebeubem?

Logo que lhe fallei em teu nome vol-tou-rae as costas. Depois disse-me que naoestavas em casa. Aqui entre nós, pareceque essa mulher nilo gosta muito de ti.

•—Sim, disse Duelos tristemente, mas eu

D. Maria Rufina da Silveira e D. Mercêsda Gloria Izetto, Srs. Kirbaeh e Hautz.Niedebmeyer: // lago, Meditação paraSoprano, pela Exma. Sr. D. Maria Ru-fina da Silveira.Ascnrcit: Concordantia Andante eAllegromarzialc, para 2 pianos a 8 mãos, pelasExmas. Sras. D. Helena Kirbaeh c D.Fannv Bac*thgen, Srs. Kirback c Haütz'.B .iccialdi: Fantasia para flauta c pianosobro motivos da Opera Traviata, peloSr. Francisco dose da Costa.Dont/i.tti: Ária para Soprano da Opera

Graça dc Deos, pela Exma. Sra. D. Fran-cisca A. de Souza e Mello.

G Thalber»: Duo de Concerto para 2 pianosá 4 mãos, sobre motivos da Opera Norma,pelas Exmas. Sras. D. Maria Rufina daSilveira e D. Maria J. de Magalhães Bas-tos.

SEGUNDA PAUTE.

Rossi Ni: Ouvertnra da Opera Othcllo, pa-ra 2 pianos á 8 mãos, pelas Exmas. Sras.D. Maria Josó Alve.s de Brito e I). FannyBaethgen, Srs. Kirbaeh e Hautz.Verdi: Bòlpro oara Soprano da Opera

1 Vcspri Siciliani. pela E.vina. Sra. D.Maria Rufina da Silveira.Liszt: Marcha de Rakoczy, pnra 2 pia-nos á 8 mãos, p.las Exmas. Sras. D. Ma-ria Rufina da Silveira e D. Helena Kir-bâch, Srs. Kirbaeh e Hautz.Popp: Fantasia brilhante para flauta epiano sobre motivos da Opera Trovalore,polo Sr. Francisco José da Costa.Verdi: Ária para Soprano da Opera IIfmlo Slanislao, pela Exma. Sra. D, Fran-cisca A. de Souza e Mello.Donizetti: Ouvertnra da Opera Gemmi

di Vergi, para 2 pianos á 8 mãos, pelasExmas. Sras. D. Helena Kirbaeh e D.Fanny Bacthgen, Srs. Kirbaeh e Hautz.Goria: Duo de Concerto para 2 pianossobre motivos ds Opera Bclizario, pelasExmas. Sras. D. Maria J. de MagalhãesBastos e D. Maria Rufina da Silveira.

Cervantes. — E*lo novo vapor dacompanhia dc paquetes da linha do sul, che-

£ou do Rio-Grande na manha' ile 3 do corren"le, Irazütido jornaes da cidade do Rio-Gran-

não sei porque. Talvez que lhe fizesse algu-ma cousa sem querer.

Tu, offenderes a ninguém !Sou tão desasado, ás vezes estou tao

distrahido. Coitada da sra. Imbert! Estoucerto de que a culpa é minha, porque ella éuma excellente mulher; esiimu-a e eonside-ro-a... e no emtanto incorri uo seu des-agrado !

Lagardiole, de boca aberta, olhou paraSilvano para verificar si não estava gruCe-jando, mas Silvano fallava sério.

Era sempre o mesmo rapaz, simples, aponto de ser ingênuo, crédulo até á fraque-za. Só o seu physico tinha mudado.

Amaury não se divertiu em discutir asqualidades da sra. Imbert. Pensava no co-cheiro; dizia comsigo:—As horas passam lE depois, apertando a mão do amigo:

Era que pé estará elle ? Pedirei cemfrancos ou cem soldos?

Agora, conversemos a respeito de ti.Então o que fazes? Como vives! E's feliz ?

Meu Deus, tu bem sabes... ganho a mi-nha vida. Copio musica, dou liçOes de pia-no e flauta. De noute toco em um dos thea-trinhos. Emfim, faço a deligencia. _—- A vida que teus deve ser muito mas-saute.

De certo, nao tenho um iustante a -per-der. Hoje faço extraordinária excepção. Dousdos meus discípulos furam para o ca.mpo, epor isso tenho duas horas de descanso.

E tu as aproveitas para encantares osechos destas solidões.

Ah ! Ouviste ?Com grande prazer. Be quem é a phan-

tasia que estavas executando VDuelos enrubeceu o balhu.<jiou:

dc e da capital da provincia, datados algunsalé 1 deste mez.

Dos que temos á vista, inteiráino-nosdosdeploráveis acontecimentos que ullimameu-le sc dóram na cidade de S. Leopoldo e pon-tos do municipio, mu\idos por um celebreimpostor chamado Maurcr, que pretendeplanlar ali uma nova seita religiosa; e tâoperseverante tem sido no seu intento, quo,apezar de providencias atilcriormenle ado-piadas pela autoridade policial, o numerodos seus adeptos elevou-se á mais de 400indivíduos !

A perversidade de taes fanáticos lem-osfeito praticar actos vandalicos.

A respeito desses conflicti/S dizem as fo-lhas á que acima nos re/erimos o seguinte:

« Os tristes suecessos dc S. Leopoldo de-rão lugar a que as autoridades superioresda provincia e Iodos os sous agentes se mos-trassem mais uma vez na altura de sua mis-são.

OSr. Dr. chefe de policia tem dado emS. Leopoldo as mais irrefragaveis provas dcenergia, inlelligeiicia o dodicaçâo á causapublica.

Oceasiões houverão cm qne o Sr. Dr. Abi-lio sc via quasi abandonado em meio dc umapopulação atlcrrada e directatneiilo amea-cada, sem que desmentisse por um só mo-monto o seu honroso renome do magistradoenérgico e proveclo.

Cumpre aqui declarar que o Sr. chefe dopolicia encontrou o mais dedicado auxiliopor parle dos Srs. major João Schmilt c ca-pilão Francis co Coelho de Souza a par domais alguns oulros cidadãos quo se prestarãono limite de suas forças.

O Exm, Sr. Dr. presidente da província,ao receber noticia dos últimos excessos dosfanáticos do Ferra braz, conferenciou comoExm. Sr. barão deS. Borja c parlio pesso-almenlo para S. Leopoldo, levando comsigoIoda a li opa disponível.

E' minha, men amigo.Tu compões ?Isto é... improviso... mal ou hera.Porém essa peça era realmente adiiii-

ravel.Oh ! admirável... Bem se vô que não

entendes disto... Eutrotanto, ha dias ern quocreio sentir em mim... como hei de dizer?um átomo, uma faisca do foco creador.

Deves cultivá-la.E' o que me diz muitas ve?,es o meu il-

lustre mestre. Porque sabe qu.e dou liçOes,mas tomo-as tambem... de ur.n professor doconservatório. Sim, tenho necessidade deme aperfeiçoar. Julga tu da minha felici-dade. Esse mesmo prof!.esssor, que é dis-tineto compositor, inte ressou-se por mim.Não só me prodigalisa o ensino e conselhos,como tambem recos?, receber a menor re-compensa.—Quando fôr distincto rabequis-ta, e isto uão esto longe, então me pagará,me diz edle sempre.

"Então o que faz?—¦ Bem o quizera, mas não posso; sabes

muito bem que cumpre viver, que é precisoesperar a tuspiração e trabalhar nessas ho-ras, ter a vida material bem assente, nãoestar consumido pela idéa do aluguel, doalimeoto e do vestir. E' preciso ter o pãopronipto era cima da meza.

Porque não te dirigiste a mim quandoprincipiaste ? disse Araaury afoutamente.Bem sabes que a minha bolsa está ás tuasordens.

Obrigado, meu amigo. Sei quanto valeo teu coração. Quanto a pedir dinheiro em-prestado, ainda mesmo a ti, que és o meumaior amigo, quando não sei em que tempopoderei rostitui-lo... oh ! uão, isso não farei.

Cotn a chegada do S. Ex. e das forças,reaniniárào-se os espiritos abatidos e S. Leo-poldo i'eadquirio osocego quo havia perdido.

O distincto commandanle c a officialidadedo 12 são por sua vez dignos do louvorespela rapidez com que prepararão a tropapara a marcha, apresentando a cm. poucashoras ao embarque, cabendo além disso aoiliustre veterano coronel ücuuino o com-mando d,is forças em diligencia n'um lerre-no extraordinariamente diílicil e accidenta-do, defendido por homens fanalisados e ca-pazes do Iodos os crimes.

Iguaes o justíssimos louvores cabom aoactivo c zelozo Sr. director do arsenal deguerra o mais empregados do mesmo, quoprestarão relovaiilissima coadjuvação ásautoridades superiores, apromplandoas pe-ças de artilharia, rauuições, ele.

E cumpre notar que se não fusse o auxiliodo arsenal de guerra, teria sido impossívelmover-so a força necessária para garantir acidado de S. Leopoldo de um projocladoataque, porquo forão oá menores e artíficesdo arsenal, que, perfeitamente organisadoscomo eslão, renderão a tropa do linha nasguardas da cadôa, Ihesouraria, palácio, ele.

Cumprimos pois uni dever, consignandoquo Iodas as autoridades da provincia derãoem lão diílicil emergoncia prova de liuoeaclividade, devendo-se ás pro mptas o cnor-gicas medidas tomadas, evitar-se o mal mai-or.

A tropa de linha oecupou immediataraen-le todos os passos que conduzem á cidade ohoje deve effecluar-se a marcha coulra osfanáticos adeptos de Maurer.

Deus permitia que se consiga prender ouextermioal-os, sem que haja a perda de pre-ciosas vidas a lamenlar.»

« Consta-nos que S. Ex. o Sr. presidenteda provincia mandou destacar alguma ca-vallaria da guarda nacional do municipio,para -auxiliar a acção da infanteria na dili -gencia contra Maurer o seus adeptos.

Ií? uma medida de rigorosa necessidade ocruinos (pie os briosos guardas de nossoscorpos do cavallaria civica, prestaráõ com

Pobre tolo ! pensava Lagardiole.E de facto, este vil trapasseiro julgava-se

mil vezes superior em intelligencia ao ho-mera honrado cujos escrúpulos elle despre-sava.

Então, tornou elle, renunciaste á idéade conquistar a modesta independência quete era necessária?

Oh ! não. A' força de ajuntar viutempor vintém, eu...

Que tempo não levaràs !Não tanto como suppões. Já tenho no

cofre um bom pecúlio.-Sim?Era primeiro logar, tenho os tres mil

francos que trouxe da rainha terra.Hein ! Pois ainda os conservas ?Nem siquer toquei nelles.

O visconde estremeceu.Pareceu-lhe que asaguas-furtadas de Sil-

vano se illuminarara.Guardar dinheiro no fundo de uma ga-

veta ! disse subtilmente. Que absurdo ! emvez de dá-los a bonsjuros.

E' bom. Pensas então que eu cá enten-do dessas operações?

Tolo ! Bastava que tu rae confiasses osteos escudos... verias a ninhada que saldadelles.

Desculpa-me. Eu bem quizera. Tu raeaffirmaste porém que nada se poderia fazercom essa bagatella.

Nada... nada... Era um modo de fal-lar. Nós, indu8triosos de alto trato, chama-mos—nada—toda a somma áquem de ceramil francos.

Apre ! Que boa cousa uão ó a industria !Creio que a tal senhora engole bilhetes do

Page 2: 0 DESPERTADOR.memoria.bn.br/pdf/709581/per709581_1873_01189.pdf · monslrar os diffcreir.es problemas ou propo-sições comparativos das medidas lineares, dos pesos o medidas do anligo

*) O DESPERTADOR.

prazer 6s seus sei viços conlra essa horda devanthih.squo em pleno século XIX quer fa-zer reviver as horríveis scenas das guerrasreligiosas da media idade »

«carnificina da noite oe 23.— Escre-ve-nos um amigo de S. Leopoldo:

«S, Leopoldo, 2G de Junho de 1871, álarde.

Sr. redaclor.— Pelo telegrapho soube V.

que as ameaças das hordas de Maurer, dedestruírem as colônias, hoje so vào toruan-do om realidade, pois na noite de homemforão entregues ás chainmas 13 casas, noSapyranga e na margem esquerda do rio.

A' nossa pacifica cidade ameaça igual sor-lo, e se não houverem piecatições, f.ieil é

que estejamos perdidos, pois consla-nos

qne essa malta de assassinos conla 400 ho-:mens.

Alraz de todas as casas ouve-se constan-tcmenle tiros; todos us habitaires deS. Le-opoldo procurão armar-se para wpellir

qualquer aggressão por parle desses mal-vados.

Ató á Feitoria Velha vão ser guarnecidosluilos os passos.

A Iodos os momentos chegão a esla cida-de fugitivos de llamburger-Berg e da* im-mediações.

Oqiie so sabe ao certo da hoiripilunlonoite passada ó o seguinle:

Já ás 7 »/• hüTfitè 'Ia Iluilt)< no Campo Bom,foi atacada e assassinada a velha mulherdo HoíTineisler, por Pedro Bailh e outros,não obstante implorar pela sua vida.

A nora dc.ssa velha, a joven esposa deChrislmanu, que trazia nos braços duas cri-ancas, ao passo que enlre lagrimas pedia

que Iho poupassem a vida o a do seus filhos,um dos monstros, o mesmo Pedro Ba-th, ao

principio brincando cum a pistola o depoisdescrevendo com ella um circulo, dispa-rou-a. indo a bala varara infeliz I -

Não satisfeito com isso, o cruel assassinodispara ainda dous tiros, quo forão ferir as

pobres crianças, uma no peito e outra nobraço esquerdo !

Um pouco mais no interior do CampoBom, e pela mesma hora; foi atacado poruma malta desses malfeitores o capilãoDreyer (bem conhecidoiielná serviços queprestou na guerra contra o Paraguay), quo,refu"iando-se para traz de uma grossa ar-vore%nde se resguardou^uMongo lempodosaUquesdescus aggrBssores, logrou fi-nalinenle escapar-se, recebendo aponas umbago de chumbo ná testa;

Dreyer declarou que couhccc Iodos os in-dividtios de que se compunha a mati de so-us perseguidores.

Mais além, no Sapyranga, e ainda à mes-ma hora, incendiarão (consta quò com fo-

guetes a congróve quo conduzem comsigo)a casa do negociante Jacob Sçhmill; este,uo momeiilo(pie abria a porta, recebeu trestiros mortaes 1

A mulher o tres filhos pequenos de

Schmitt fugirão d'enlre as chammas por umcapão e conseguirão salvar-so em casadaHenrique Schmitt, irmão da viclima.

lluje pela mauíiã encoulrou se o infelizJacob Scbmill, ainda com alguns signaes devida, estendido sobro a soleira de sua casa.

Poucos momentos depois falleceu elleem uma casa próxima« para onde fôra con-duzido.

Lm pouco mais adiante do tlieatro destaultima scena de sanguo, e ainda pela mesmahora, foi incendiada a casa de negocio deFelippe Ivleg; poucos iuslaiües depois eraella apenas um montão de cinzas.

E. Kleg e sua familia, que se salvarãofugindo para o inallo, chegarão esla ma-nhã a S. Leopoldo, o relatarão-nos esta íris-to occorrència.

A c.isa do Henrique Schmitt, que exislenessas proximidades, fui Ires vezes assalta-da pelos assassinos, que nada conseguirão,vislo lorem sido todas as vezes rechas<aduspor 18 homeus bem armados que n'ella seachão.

Os boatos que sobre esla casa circulàosào falsos, graças a Deus.

Distante uma légua da casa do Scbmill,á fralda dus morros, e bem junto ao covildesles monstros, achão-se duas cas.:S, dcii maus do Maurer, que nào o apoiào em suasangrenta senda, sendo muilo provável quelambem fos>em incendiadas.

Sobre a sorio destas duas familias nadase sabe por ora.

Além de todas essas atrocidades de qneacima falíamos, devem os malvados seda-rios de Mam er ler perpetrado muitos ouiros,pois conla-so 13 casas que forão entreguesãs chammas.

Crò-se, e isso quasi com certeza, que acasa de Goelzer, situada junto ao MorroPellado, lambem deve eslar reduzida a cin-zas.

Em todas as picadas os sinos tocão cons-tantemenle rebate e 4,000 homens dasco-lonias estão dispostos a defender-se.

Pela voz publica ó aponlado como prin-cipal aulor de todas essas barbaridades oex-pastor Klein, que ahi já so acha pitjso.»

(Do «/orno! do Commercio de Porto-Alegre.)

Lô-so mais no Commcrcialúo Rio-Grande:« noticias i)E maurer.— Seguio no sab-

bado mais torça de linha com deslino a S.Leopoldo.

Os malvados sectários de Maurer parecemresolvidos á resislencia o corre que se en-trincheirarãono Ferrabraz, levanlaudo bar-ricadas nas difleienlcs picadas.

O Judas (Carlos Finsfeld), que delles pa-roce o mais arrojado, linha ido a S. Leopol-do, afim do indagar das intenções com quefôra a essa cidade o Sr. chefe de policia.

Desla vez poróm fui menos feliz em suasindagações, do que na occasiào em que pre-parou a morle do infeliz menino Jorge Llati—beri, porque, descoberto foi inimedialamenle

preso e veio rcmeltido no trem da tarde dedomingo 21 do correnle.

Acha-se recolhido ao quartel do corpopolicial, aguardando o seu deslino.

a propósito db MAURER.— Ainda antesdo ultimo e horrível feilo dos adeptos deMatuer, escrevia-nos do Padre Eterno pes-soa de inteiro conceito o seguinte quo bem

prova que os últimos irisles successos nàosurprehenderào os habitanícs do lugar:

«Todos adeplos da horrenda —Jacobi-na— assiguarào lermo de bem viver, o nãoobstanle continuao elles a fazer reuniões.

Ameaças verbaes e escriptas são por ellesdirigidas em grande numero aos seus dosa-feicoados c aló.já publicaiãu uma espécie delista de proscripçào.

Todos os adeptos de Jacobina andào ar-mados ató os dentes e o horror ante esla su-cia tornou se epidêmico na colônia.

A conseqüência de tudo islo ó que todosos colonos pacíficos se vêm obrigados a an-dar armados, só armados sabem á rua e pa-ia o trabalho, só com armas nas mãos dei-tão-se na cama.

Depois de escurecer ó perigosa a appro-ximacào á casa do vizinho.

Quanlo lempo ainda durará esla situaçãoinsupporlavcl ?

Em visla desles faclos perguntamos: Ató

que poulo chegará esla horda de malfeito-res ? »

mil fraucos assim como eu bebo copos deagua.

Lô-so no mesmo jornal:« de jaguarão.-Chegou honlem o vapor

Guarany, com dalas ató 23 do corrente, asnolicias carecem de interesse:

A Alalaya do Sul, tratando da segurançaindividual d'iiquello lermo diz o seguinto,sob a rubrica— Policia:

lYcstes últimos dois ou Ires mezes, a cam-

panha desle lermo policial lem tomado umaspecto assustador. Os crimes repelem-secom uma freqüência lal, que faz temer oestado anarchico das epochas em que as

quadrilhas de salleadores iufeslavão parleda nossa campanha.

No Arroio Grande exisle uma quadrilhade ladrões organisada, e ostenta tanta ousa-dia quejá se atreveu a arrombar uma casade commercio, dentro da própria villa e sa-

queal-a.No districlo do Herval, já sahem ao ca-

minho aos viandantes para arrancar-lhes abolça ou a vida.

No 2.° districlo d'esta cidade, em um dosúltimos dias, na casa de negocio dos senho-res Yelasques, no Bolle, o orieutal AgapiloFernandes assassinou barbaramenlo comuma facada a Joãu Onofre Ferreira em umamesa de jogo.

A estes crimes, por toda a parlo do ter-mo juiilào-sc os continuados c quasi diárioscrimes de furto de gado, que oin alguns

pontos, como na campanha do 2.° districlotfesla cidade, lem lomado proporções aler-radoras. Os ladrões de vaccas vão aos

campos enquadrilhados e armados e dispôs-tos'nào só a matar vaccas, como aos seusdonos.se atreverem-se a defender a suapropriedade.

E' de absoluta necessidade que o Sr. de-legado de policia concentre os recursos po-liciacs deque pode dispor n'este termo, pa-ra tomar medidas que façâo cessar esle esta-do deplorável de cousas. Mande vir á suapresença Iodos os subdelegados de policiado lermo, c com elles combine os meios dodebellar esle eslado desgraçado do nossomunicipio.»

Uo Ilio.—O transporto Vassimon cho-

gou no dia 4 do corrente, á noile. Recebemosfolhas da Côrlo, cujas datas chegão ató 1.

A nolieia que mais avulia é o fálleçimentodo Revd. arcebispo da Bahia. A's 10»/i horasda noilo dc 23 do mez próximo passado sue-cumbio, a uma enfermidade que já padecia.

Naquelle mesmo dia 23 chegara á ca-

pilai da província o Sr. Dr. Venancio J. doOliveira Lisboa, presidenle nomeado ulli-mamente, o qual entrou logo no exercicio docargo.

Por decrelo dc 25 do mez p. passado,do ministério do Império, fez so mereô aobarão de Mauá do titulo do visconde com ashonras de grandeza, em allcnção aos reio-vanlcs serviços que tem prestado ao Estado,c ultimamente por oceasião do assentamentodo cabo submarino, que liga o Brasil á Eu-ropa.

Telegranimas. — O Diário do Riodc Janeiro em o seu n. 175 do 26 de Junhofindo, estampou os seguintes telegrammas devários soberanos e presidentes de diversas

nações da Europa o dos Estados-Unidos da

America, cm resposta ás felicitações que lhes

foram dirigidas por Sua Magestade o Impe-rador, por occasiào de inaugurar-se o ser-viço do cabo submarino trausallanlico.

Eis as respostas:De Sua Santidade o papa Pio IX.

Roma, 25 de Junho de 1874.A Sua Magestade o Senhor D. Pedro II,

Imperador do Brasil. Rio de Janeiro.O Santo padre deu-me a honrosa incum-

bencia de retribuir a Vossa Magestade oscomprimentos que lhe dirigiu por meio dotelegrapho elecirico, inaugurado entre o Bra-sil e a Europa, e de participar que de cora-çao lança a benção apostólica a Vossa Ma-gestade, á Imperatriz e á sua augusta fami-liu.—O cardeal G. Antonelli.

Do marechal presidenta da Republica Fran-ceza.

'_ Nao vamos tambem agora a exagerar.

Nao deixo da ter taeto, experieucia, estudo.Sei adivinhar as trausacções, nas quaes em-prego os meus fundos, isso là 6 verdade.Ainda hoje tive uma feliz inspiração, de mo-do que tenho quasi a certeza de triplicaraminha fortuna.

A agua corre para o mar, n5o é assim,Amaury

O qne queres dizer ?Si me mettesses nas tuas combinações?Hum I... A cousa não é là muito fácil.

Entretanto, rigorosamente...Mas, no teu modo de pensar, no mini-

mo, que juros me podem produzir esses des-gracados tres mil francos?

Sabes, nao te quero illudir. Quandomuito podes dobrar o teu capital.

Em um anuo?Em um mez.

Silvano deu um salto.Como I Em ura mez serei possuidor de

seis mil francos ?Pois que duvida !Seis mil francos ! Isto é socegode es-

pirito para tres annos. E' o que preciso pa-ra cavar a sepultura. Mas o que dizes ésério ?

Muito sério.E... uao ha perigo de perder o meu di-

nheiro ?Neuhum.

Nesse caso, faze o favor de levá-lo.Si assim queres.Olá si quero ! exclamou Duelos, que

atirou-so ao cofre e delle sacou tres rolos decincoenta luizes cada um.

Versailles.A Sua Magestade o Imperador do Brasil.

Rio de Janeiro.

Lagardiole metteu-os indiferentemente naalgibeira.

Um estremecimento de emoção percorreu-Iho toda a epiderme.

Dá cíi uma penna, disse, quero-te pas-sar um recibo.

Estás gracejando. Um recibo de ti!Ora, vae passear !

Deixa-mo ao menos to explicar o fimda empreza. Trata-se do uma descobertaque temos de explorar. A cpiüpanliia é for-mada com o capital de...

p0r quem és, n&o quem saber de expli-cações. A rainha cabeça nao comporta tan-tos" cálculos. Nao sei o que seja industria,mas confesso qne tenho raèdo dessa senhora.Figura-se-me qne ha de ser um amontoadode°fornos e de geometria, de petróleo e al-n-ebra, de locomotivas e planos inclinados;creio qne estou vendo dansar tudo isso, eandar-me em roda a ponto de me fazer per-der a cabeça. Por quem és, poupa-me.

Pois bem, disse o visconde. Agoravamos a outra cousa. Quero pedir-te umfavor. •

A mim ! favor!... exclamou Duelos ba-tendo palmas. Juraste a teu Deus fazer-me'morrer

de gosto ? Ora, dize là o que é, de-

pressa. . .Espera. Responde-me primeiro a isto.

Tens tu por aqui alguém que tenha o máucostume ou direito de andar bisbilhotandonas tuas gavetas ou nos teus papeis ?

Que pergunta! Certamente que naoteuho. .

Nem amigos buliçosos e indiscretos?Nem caseira pouco escrupulosa?

Só tu és meu amigo, eeu sou quemarranja isto por anui.

Nem moça curiosa ?OUI Amaury 1Bora. Nao escondas a cara por isso.

Pergunto-te porque ha pouco vi lá era bai-xo certa carinha rosada que pareceu-me es-tar comtigo nas melhores relações.

Silvano, córando até á menina dos olhos,deu ura grito de indignação.

A rapariga que viste lá era baixo !...Rosiuhal Oh! meu amigo, que iujuriosasuspeita!... Ella, que éa iuuoceucia em

pessoa! . . .Bera, bom, disse Lagardiole sera besi-

tar, posto qne acreditasse tanto na iuno-cencia de Rosiuha quauto na honradez desua respeitável mae.

Depois, tirando o famoso envoltório dacarteira, entregou-o a Silvano.

Fecha-me isto na tua gaveta de maiorsegredo, e proraette que ninguém saberáque te confiei este deposito. ;

Eu t'o juro, balbuciou Duelos admi-rado.

Nao o percas de vista, sob nenhumpretexto, ainda mesmo que te tragara umacarta assignada por mim, que reclame esse

papel, nao o entregues, porque é talsa.Descansa, raas...Agora, escuta: si souberes que morri

de morte violenta...Oh ! meu Deus!Cala-te. E' bom prevenir tudo. Si sou-

beres que subitamente desappareci, ou quefui assassinado, abre o envoltório e lá acha-rás as instrucções que terás de cumprir,Tens entendido !

Perfeitamente, mas...Entretanto, haja o que houver, o teu

dinheiro fica seguro. Eu disporei as cousasneste sentido. .

Nao se trata agora do meu dinheiro !..Amaury, imprudente, em que diabo de ca-misa de onze varas te metteste...

Nem mais uma palavra. Ha em tudoisto utn segredo do qual nflo posso dispor.

Silvano encolheu-se todo na cadeira era

que estava assentado. As pernas so lhe do-bravura.

De modo, gaguejou Silvano, que essomaldito papel...

Foi a causa de eu quasi perder a vida.Para m'o roubarem, comraetteram um cri-me; aqui teus porque quero vôr-me livredelle. ..

Mas, dize: esta precaução te livrara aomenos do perigo . .

E' bem provável. Quando os meus im-migos estiverem convencidos de que nao te-nho este documento nem em casa nem co-migo, poupar-se-hao ao incommodo de moatacarem antes de saberem aonde o escondi.O que póde acontecer é que estarei rodeadode espiões, e posto que eu niio venha a tuacasa, bem depressa saberão que és o deposi-tario. Ora, daudo-se o caso que te procu-rera arrancar o sobredito papel quer pelaforca quer por qualquer estratagema, des-de'hoje evitamos o mais possível encon-trar-nos. . ,T

Ah ! Excelentemente ! Bonito, mofaltava mais nada !

Pelo menos, cumpre que assim seja,

por algum tempo. E' provável que, daqui atres semanas, eu tenha triumphado dos meusinimigos...

[Continua.)

y

Page 3: 0 DESPERTADOR.memoria.bn.br/pdf/709581/per709581_1873_01189.pdf · monslrar os diffcreir.es problemas ou propo-sições comparativos das medidas lineares, dos pesos o medidas do anligo

O DESPERTADOR.

>

^

Estou muito reconhecido aos sentimentosmanifestados por Vossa Magestade. Estavia mais rápida de communiciiç&o nilo pódedeixar du contribuir para estreitar os laçosde amizade que existem entre nossos douspaizes.—O marechal presidente da RepublicaFranceza, Mac-Mahon.

De Sua Magestade a Rainha de Inglaterra.Palácio de Windsor.A Sua Magestade o Imperador do Brasil.Recebi a vossa mensagem em meu regres-

so da Escossia.Soube com a maior satisfação que se tinha

estabelecido a communicação telegraphicaentre os nossos dous paizes, a qual. esperocimeutará ainda raais as relações amigáveisque os ligara.

Fiz a devida communicação da vossa men-sagem á minha familia aqui e na Allemanha.A que está era Inglaterra junta os seus aosmeus agradecimentos pelas vossas congratu-lações, que cordialmente retribua.—RainhaVictoria.

Do presidente dos Estados-Unidos.Washington, 25 de Junho de 1874.A Sua Magestade o Imperador do Brasil,

llio de Janeiro.Congratulo-vos pela communicação tele-

graphica que so acaba de estabelecer entreo Brasil e os Estados-Uuidos.

Venha ella estreitar não só as relaçõescomo também a amizade entre as duas na-cões.—//. S. Grant.

Dc Sua Magestade o Imperador da Allemanha.23 de Junho de 1874.A Sua Magestade o Imperador do Brasil.Agradeço a Vossa Mageslade o seu tele-

gramma de hoje, que annuncia mui gracio-samento achar-se realisada a rápida commu-nicação telegraphica eutre a Europa e oBrasil, effeito do progresso que a civilisaçãode nossos dias offerece aos paizes mais lon-ginquos. — Guilherme, imperador -rei.

De Sua Magestade o Rei da Itália.27 de Junho de 1874.A Sua Magestade o Imperador do Brasil.Agradeço a Vossa Magestade esta prova

•do seu gentil comprimento por meio do tele-grapho electrico; e uesta fausta oceasiãonssocio-rae plenamente aos votos de VossaMagestade pelo progresso da civilisação, eme congratulo deveras cora Vossa Magesta-de, rogando-lhe que aceite a expressão deminha siucera e constante amizade.— VictorManoel.

¦De:Sua Magestade o Rei dos Belgas.26 de Junho de 1874.A Sua Magestade o Imperador do Brasil.Agradeço a Vossa Magestade a noticia

que me dá do estabelecimento do telegrapho,e delle me aproveito para retribuir-lhe osmeus amigáveis sentimentos.—Leopoldo.

De Sua Alteza o Vice-Rei do Egypto. ¦

Alexandria.A Sua Magestade o Imperador.—Rio de

Janeiro. Brasil.Fiquei muito penhorado cora o despacho

que Vossa Magestade dignou-se dirigir-raepara auuuuciar-iue a abertura da linha te-legraphica entre o Brasil e a Europa, quepermitte a correspondência directa entre oegypto e o Brasil. Estou convencido deque esta linha telegraphica será muito útilao desenvolvimento da civilisação e das re-lacões entre os differentes paizes; e muitomé alegro por poder servir-me desta nova li-nha para dirigir a Vossa Magestade miuhasrespeitosas homenagens.—Ismail.

De Sua Alleza o duque dc Coburgo.Hameberg, 26 de Junho de 1874.A Sua Magestade o Imperador do Brasil.Minhas sinceras felicitações pelo feliz êxito

da coramunicação telegraphica eutre a Eu-ropa b o Brasil.—Duque de Coburgo.

De Sua Mageslade o Rei da Suécia.Participo inteiramente da .satisfaçao*que

experimenta Vossa Magestade por motivo doestabelecimento da nova linha telegraphica,e agradeço cordialmente a communicação deVossa Magestade.—Oscar.

Da academia real das sciencias.Lisboa, 26 de Junho de 1874.A Sua Magestade o Imperador do Brazil.A.academia agradece respeitosamente a

Vossa Magestade as felicitações com que ahonrou. Digne-se Vossa Magestade de aco-lher nossas congratulações e as homenagensdo nosso profundo reconhecimento.—Mar-quez de Ávila e Bolama.

Bfcs&uiulaa. — Dizem os correspon-- denles das folhas acima indicadas que ulti-

mamenteíoi ferida uma renhid.i biialhaen-tre as forças cai listas e republicanas, sendoderrotadas eslas, perdendo o sou comman-dante em chefe general Concha, morlo uarefiega.

Uni homem precioso. — Lè se

na gazetilha da Revisia Gabriclcnse, jornalda campanha du Kio-Grandc do Sul, o se-

guinle:a (J homem que, em lodo o mundo, paga

mais dinheiro por annuncios ó o Sr. Bar-num, de New-York, quo no anno passadodespendeo em annuncios 700,000 dollars,ou mile quatrocentos contos de reis.

Com taes freguezes como admirar os pro-gressos espantosos da imprensa Americana !Se cila tivesse os freguezes brazileiros quoquerem publicar annuncios grátis, e queaiuda se lhes tique na obrigação ! Oh, cn-tão ella estaria como eslá a imprensa doBrasil, explorando o escândalo, ou vivendodtfssubsidies dos partidos com obrigação dedeixar cm baixo da escada a consciência eás vezes mais alguma cousa. »

Meteorologia.— Observações feitasna estação telegraphica da capital.

Dia 1 de Julho.Horas. Barom. Th. Cent. Psych. Th.

min. max. sec. hum.10 ra. 0,760,8 10,6 17,1 17,04t. 0,75(5,5 17,8 17,4 17,5

Ceu em stractus curaulus, cirrus no hori-sonto, N.E. durante o dia.

Dia 2.Horas Barom. Th. Cent. Psych. Th.

min. max. sec. hum.10 m. 0.757,0 10,8 17,0 17,04t. 0,759,2 17,7 17,8 17,8

Ceu encoberto, calma, pela manhã. Ceuencoberto, S., á tarde.

Dia 3.Horas Barom. Th. Cent. Psych. Th.

mia. max. sec. hum,10 ra. 0,762,5 15,ü 15,3 15,24t. 0,761,5 16,2 16,1 16,0

Ceu em nirabus, pela manhã. Ceu eranimbiis, horisonte eiicinerado,^á tarde. Cal-ma durante o dia. Choveo 3"á noite passada.

Dia 4.Horas Barom. Th. Cent. Psych. Th.

min. max. sec. hum.10 ra. 0,761,5 17,5 17,5 18,04t. 0,760,0 18,0 17,6 17,8

Ceu encoberto, montes nublados, pela ma-nhã. Ceu encoberto, á tarde. Calma durauteo dia.

Dia 5.Horas Barom. Th. Cent. Psych. Th.

min. max. sec. hum-10 ra. 0,759,0 16,7 17,6 17,84t. 0,757,5 v 17,4 18,0 18,0

Ceu em cnmulus e nimbns, pela manhã,calma. Ceu encoberto, N.E. á tarde.

A. actual situação politica.

Este artigo é o XIV da Nação que iuteres-sa a todos os brazileiros.

Era assim (diz o seu autor) redigido o 3."item do programma liberal:

—'* AltOUÇÃO DO RECRUTAMENTO. — O CXCr-cito e armada serão suppridos pelos engaja-menlos voluntários."

E' este sem duvida tira assumpto de gra-vidade. Oecupa o Brazil no globo quasi igualespaço ao da Europa. Sabemos que nflo sãoda mesma natureza e extensão os interessesexternos e internos que a sociedade póde serchamada a defender nas duas regiões; ma.s aexperiência tem mostrado que, por mais pa-cirico e inoffensivo que o Império seja, podethinopinádamèufe obrigal-o a usar da força.Mal iria ao paiz, si a não achasse á sua dis-posição na hora dada, o que nem sempre pó-de ser prevista. Si, para estes fins, a Enro-pa se previne con muitos milhões de espiu-gardas e com os mais colossaes recursos bel-iicos, o Brasil tem de contentar-se com 16mil soldados ern circumstancias ordinárias;todavia, sempre tem precisão de um exercitoe de uma armada, o que demanda urn pesso-al uurueroso, que nuuca se poderá renovar emanter exclusivamente por engajamentos vo-luntarios, eiu terra onde toda a outra espéciede trabalho do homem válido e apto para asarmas, é muito melhor recompensada do quepor ellas.

Eis aqui, portanto, dous principios iucon-cussos: 1." E' indispensável ura exercito euma armada, com o respectivo pessoal, sue-cessivamente adquirido; 2.* E' indispensa-vei que o Estado estabeleça meios de couse-guir braços quando estes se não apresenta-rem expontauearaente.

Por isso a constituição proclamou a neces-sidade do recrutamento, e tão excepcionalimportância deu a essa contribuição de san-gue, tanto como á contribuição dos haveres,que no seu art. 36 torua privativa da câmaratemporária a iniciativa era taes matérias.

Por isso também uma das principaes leisanimas que o governo submette ao parla-mento com urgência, é a que lixa as turcasde terra, as.dm como ó outra a das forças demar; e nessas o governo colloca sempre oalistamento voluiitario era primeiro lugar,não recorrendo ao recrutamento sinão quan-do aquelle meio é kisufliciente, como sempreacontece.

Conseguinteraente, ou seja o recrutamen-to. ou seja outro qualquer expediente, quealimente e engrosse as iileiras, ó inevitávelter prompto sempre um exercito para defezada pátria. Quando se observa que uma fron-teira tão exposta, por exemplo, como a deMatto Grosso, e de tão enorme extensão,que pouco lhe falta para 400 léguas, tem dogiurniçTio, toda ella, menos de duas milpraças, reconhece-se que não póde ser leva-da mais longe a economia (sinão avareza)de braços.

E' certo qne liberaes o conservadores setem queixado de que a legislação,- pela qualrego Íamos o tributo de sangue, é defeituo-sa. Não ba duvida: a fôrma de caçada hu-mana, dada á acquisição de braço-; o syste-ma de considerar as fileiras como o despejodos homens do má índole, abastardando as-sim a mais nobre das instituições; o meiocorreccional da policia da.s povoações: o mo-do como se alcança um contingente ineptopara os casos extraordinários; a facilidadecom que os mandões de campanário apro-veitam o recrutamento para pagar serviçose saciar vinganças; o terror cora que por ellese adultera a expressão da urna, nas nua-dras eleitoraes; finalmente a desigualdadecom que esse ônus pesa sobre os cidadãos;tudo isso explica o ata:i com que os nossoshomens dií estado, de todos os matizes, tempedido a reforma do systema de recrutamen-to, tal como o consagravam as instrucçõesde 1822, assumpto de que o parlamento e ogoverno actualmente se tem oecupado eoc-empam, e que esperamos seja proximaraentelevado ao cabo.

Tetnosa substituição do recrutado por uraaquantia, aliás insti ífieiente para se obter urasubstituto; se se não fizesse raais do que mudaristo pela ex;gencia feita ao recrutado de darhomem por si, muito se nggravaria a posi-ção do pobre, que ficaria realmente inhabi-litado de eximir-se ao pesado encargo: ac-crescendo que esta fôrma de resgate nadaapprcveita á naçilo, quo só vô deslocarem-se, não angmentarein seus defensores. Na-ções adiantadissimas tera largo tempo per-severado neste systema; e, nas condiçõestopograpbicas do Brasil, não é fácil dar umsalto para nos aproximarmos da perfeição,ou sacrificarmos as praticas ás theorias, pormais esplendidas, por raais justas que sejam.

Em todo o caso, já este assumpto mereceudesvelada attenção, e, estudado cuidadosa-mente, parece, que cedo acabarão todas asqueixas que os actuaes abusos suscitara.Para esclarecimento e coadjuvação dos tra-balhos parlamentares, nomeou o governouma commissão de profissiotiaes, presididapelo Sr. marechal do exercito conde d'Eu, aqual apresentou uma meditada proposta, eraque teve. grande parte o chefe do actual ga-binete, visconde do Rio-Branco. Uma com-missão da câmara dos deputados, compostado actual ministro da guerra e dos Srs. Pe-reira da Silva e Pederneira, deu, em sessãode 21 de junho de 1869 parecer sobre o pro-jecto, já então approvado em 1." discussão,acerca da organisação do exercito e do recru-tainento, fazendo um substitutivo total, com-prebendendo o que achou preferível no pro-jecto da câmara, e as idéas e disposições maispraticas e profícuas que o outro òfferecia,deixando de parte o que ambos apresentavam

é também levado em conta para aposentado-rias e reformas, contando-se até 10 annos nocivil o tempo do serviço militar, e sendo decampanha o dobro para aposentadoria. Con-tribue-se para a educação dos filhos das pra-ças de pret. Abolidos os castigos corporaes.As praças de pret, voluntárias substitutas edesignadas, não refractarias, com baixa, pre-feridas nas obras o ollicinas publicas o uasestradas de ferro, etc, etc.

Tal o projecto, que, após uma lúcida dis-cussão, foi approvado pela câmara dos de-putados na sessão de 27 de agosto de 1869,tendo nelle cabido parte conspicua a váriosoradores, entre ós quaes o illustrado Sr. ba-rão de Muritiba, ontão ministro da guerra.

Nestas circunstancias subio ao senado,cujas luzes oapprovarãoou melhorarão, coma sabedoria que aquelle altíssimo corpo doestado costuma imprimir a todos os seusactos; sendo mais (pie provável quo estamesma sessão veja satisfeito um tão geraldesiderandum.

Será, portanto, em praso breve, abolido orecrutamento. Elevar-se-ha o nivel moraldo exercito e da armada. Dispensar-se-hãotodos os rigores, que não forem indispensa-veis para o decoro militar e para a manuten-cão da disciplina. Tornar-se-hão de factoiguaes, perante a lei, todos os cidadãos,qualquer que aliás sejam a sua cathegoriaoe os sens haveres. Substiinir-so-hão osantigos excessos de recrutamento pela sys-tema que os francezes cbamão conscripção, opelo sorteio. Attender-sc ha a todas asisenções, impostas por humanidade ou or-dem publica. Igtialar-se-ha o. imposto desangue por todas as provincias, e por todosos logares. Afiançam-se graudes) vanta-gens aos que houverem servido o paizjnoexercito ou na armrda. Preparam-se estespara os dias da paz, como para a.s omergen-cias da guerra.

Não é de crer quo nem liberaes nem uin-guem tivesse no pensameuto legislação maisgenerosa, mais paterna, mais liberal.

LITTERATURA.

de regulamentar.Descarte se respeitaram as mais palpitan-

tes aspirações da dignidade humana, e o es-pirito da constituição politica do Império*, es-tendeu-se a rasoura da igualdade perante alei por sobro todas as classes, todas as cate-gorias de cidadãos.

A proposta estabelece que todo o brasilei-ro é soldado, e deve ser chamado a defendero território, quando a pátria em perigo. Pro-cede-se a um alistamento annual dos homensde 18 a 30 annos. para se tirarem á sorte oschamados ás armas. Exceptnatu-se os impo-didos por enfermidades, o filho ou irraao quesustenta viuva pobre ou solteira, o viuvocom filha menor, estudautes, padres, o quetiver irmão em serviço do exercito, ou quehouver perecido em combate; o também osexpulsos eos galés. Permittem-se ns substi-tuições. Providencia-se por que os alistaraen-tos annuaes sejam feitos cora maxima segu-rança de lealdade. Distribtie-se proporcio-nal mente pelas provincias e pelas parochiaso numero dos que devem assentar praça emcada anno. Admitte-se no exercito, com asconvenientes disposições, até certo numerode estrangeiros. Estabelece-se uma forçaactiva, uma reserva, o outra reserva subsi-diária. Em tempo de paz, conserva-se a con-tribuição pecuniária. CwÂcris paribus, pre-ferem-se para o.s cargos públicos civis e mili-tares os que completarem seu serviço, o qual

PRIMEIRA PARTE.

CAPITULO XI.O CASAMENTO.

[Continuação do n. 1,186.)Duranto o dia, Helion, óbrio d'ossa alegria

que transborda no coração do um namorado,quando nada póde mais roubar-lhe a mulheramada, chamou do parlo o seu sorvo liol opcrguntou-IIic:Então, agora visle-a ? Como achas ?

Soa senhora marqueza fòr lão boa quan-loé bella, respondeu Maio, o quo cu não ousopòr em duvida, o senhor marquez será um ho-nicm bom feliz... terá o sou paraíso câ n'cstomundo...

Sim, as alegrias do céo! exclamou o sr.dc Saillc, porquo repito-o, ó um anjo.

Fóra convencionado (juo a lua do mol sopassaria era Villeroy.

Foi pura a marqueza um poriodo do feliei-dado completa, quo rcalisou, o ultrapassoumesmo todos os seus sonhos.

N'esle anno o oülòimio foi do uma doçura obelleza excopcionaes c prolongou-so até moia-do.s de novembro.

Helion saboreou Iodas as pequenas feliei-dades de uma intimidado terna o completa.Os longos passeios sobre a rclva amai ciladados graudes bosques; as excursões a cavallocom sua joven companheira, que sc tornoucm alguns dias, sob a sua hábil direcção, umaamazona ardcnlo infatigavel; os serões inti-mos, ao pé de um fogo scinlillanlo.

Hilda, por um lado, achava-so feliz. Sabo-rcava com delicias o luxo com que sou mari-do so a|>rasia cm ccrcal-a, porque, por causad'clla, mandara vir de Pariz uma parto dosseus creados o das suas oquipagens.

A sua alma começava a fundir-so aos fogosdo amor quo inspirava. O immonso affectod'eslo Iiomem tão joven c lão bcllo, ao qualnáo fallava dolo algum do nascimento o dafortuna, lisongcava-lhc os inslinclos orgulho-sos c inspirava-lho uma espécie do reconheci-menlo commovido, sentimento complexo, cu-ja natureza podia facilmente enganar. 09 bei'jos dc Helion começavam a não a deixar fria.A imagem do cavalheiro do Noyal cessava doa perseguir.

Um dia cila disso a si mesmo:— Pareco-mc, na verdade, quo o amo.

Quando ollo mo deixa, sinto-me trislo. Quan-do ello volta o meu coração palpita mai9 apros-sadamcnlc. Todavia ou linha sonhado um sen-limonlo menos calmo, mas lal vez mo ongana-va. Náo so pode viver sem tempestades! Soo que cu sinto ó amor, a final dc tudo aindabem !

CAPITULO XllENCONTRO.

Scisscmauas se passaram d'csle modo; dopois o lempo mudou bruscamente. O sol os-condou seus ralus sob um manto do espesso

Page 4: 0 DESPERTADOR.memoria.bn.br/pdf/709581/per709581_1873_01189.pdf · monslrar os diffcreir.es problemas ou propo-sições comparativos das medidas lineares, dos pesos o medidas do anligo

O DESPERTADOR.T'V

nevoeiro. Chuvas frias c hrrcnciacs começa-ram a cahir, ínriundnhdq os campos c trans-formando os caminhos cm verdadeiros atolei-ros. Os passeios [ornaram-se impossíveis, eo marquez julgou quo não devia impor a suaesposa uma estada mais longa no castello deVillcroy.

Em conseqüência do que. os dois esposospartiram para Pariz.

O sr. de Sailló instalou sua mulher no pa-lacio que possuia na extremidade da rua Saint-Louis, no Marais, construeçào monumental,levantada entre um pateo imponente o vasiosjardins plantados dc soberbos olmos que li-nham visi.» ires geraçõü.-**.

Im becco estreito, com altos muros, sepa-rava estes jardins dos das habitações visi-nhas.

No começo do século XVIII, graças ao pou-co valor dos terrenos, os gontillnvmcns ricos eo_ financeiros não regateavam o espaço, c via-se verdadeiros parques no meio do Pariz.Bairros inteiros oecupam hoje os logares cmque existiam esses parques.

O inverno passou som irnzero menor in-cidenle que mereça ter logar na nossa narra-ção.

O lueto ainda tão rccenlo do Hilda nào per-millia ao marquez apresontal-a na sociedade,o alem d'isto apaixonado por sua mulher co-mo elle eslava, nào admillia a idei.i de a apro*sentar nos salões do Palais-Royal, e cxpol-aás assiduidades galanloadoras do regente e dasua coliorte dlssidula.

Privada de qualquer dislracçâo o nào roce-hendo quasi pessoa alguma, porque llelion,antes do seu casamento, só so dava com ho-meus, tão devassos como ello, e quo ello nãoconvidava para sua casa, a sra. do Saillóaborreceu-so.

A ternura do marquez, bem longe de dimi-nuir com a posse, como quasi sempre acon-tece, augincnlava pelo contrario; mas agoraessa ternura om vez de com tm* ver o coraçãodo Hilda, parecia-lhe enfadonha.

Totuia-lhe as expansões, c reconhecia porsignaes bem evidentes, quo só experimentavapor seu marido um reconhecimento sem amor.

Algumas vezes mesmo chegava a pergun-lar a si própria so lhe devia este reconheci-mento.

Alinal de contas, o qne tinha ello feilo porella? Tinha-a desp-sado.... Que grando mo-rito, na verdade! Ella era bella de tentar umsanto.... O marquez, dando-lhe o seu nomo,linha seguido o unico caminho que lho por-millia possuil-a, porque nunca olla leiia sidosua amante.... A sua dedicarão, ncsle ponto,não passava de um puro o simples egoísmo 1Ella partilhava a sua fortuna c seu lilulo, musnào se servia dc nenhum dclles, o o prazerde se ouvir chamar pelos criados: « Sra,marqueza », ora uma compensação bastanteás trisíosas d'esla existência monótona cm quoas horas aborrecidas sosucccdcm assomolliaii-do-se?

Os nossos leitores admiram-so talvez doque, no vácuo absoluto de qualquer alíoição,Hilda não pensasse em approximar do si Dianade Saint-Gildas quo olla imaginava amar terna-menle.

Mais de uma vez cila sc lembrara de lhe cs-crever, ou de pedir a llelion que a eonduzis-se à Varcnno o sempre se delivora antes deexecutar esle duplo projeeio. Temia que umapalavra, uma allusãn involuntária da condessaou do sua filha, fizessem saberá llelion queGillone tora, em casa d'ollas, uma suballerna,quasi unia criada. Nào queria expòr-so o curardeante do marquez, o esto miserável amor pro-prio impedia-a de ver a sua amiga.

Queria todavia pagar-lho a sua divida, ceis como o fez.

Comprou em casa de um joalhoiro cm vogauma pulseira dc pérolas do um goslo delicadoe do um grande valor, juncloii ao estojo quecontinha esla join uma pequena bolsa contou-do duas mil libras cm moedas de. ouro novas.Sobrescriptou cm papel no qual traçara eslaúnica linha:

« A minha querida Diana com todas as ler-nuras da sua reconhecida Hilda».

Ecz d'estos Ires objectos um pequeno cm-brulho e coníiou-o a um rapaz do ganho quea nâo conhecia, c quese encarregou, inçdinn-lo um escudo dc seis libras, dc levál-o â Va-rcnnc c entregai o em mão própria â meninado Saint-Gildas.

Digamos já que a mensagem foi executadareligiosamente, c que o cxlranho laconisinodo bilhclode Hilda causou mais pezar a Dianadn que a visla da bella pulseira lhe inspirouadmiração.

Perdeu-se cm conjecturas para adivinhar acausa d'eslo silencio aíleclado, o naturalmentenada descobriu.

A condessa julgou comprehender que a co-laça do Diana linha sido fatalmente perdidapela sua dodumbranlc belleza, o quo enver-gonhando-sc dc si própria, queria d'ali cmdiante occullar a sua vida aquellas quo a des-prosariam sabendo a verdade.

A sra. de Saint-Gildas enganava-se; masesta supposiçâo, apezar dc falsa, não deixavade ser plausível.

Chegou a primavera. O sr. de Sailló não

podia sublrahir-sc á necessidade de ir inspec*cionar o seu regimento de guarnição cm Di-jon. A sua ausência devia durar algumas se-manas.

Elle nem sequer pensou em levar Hilda, aquem não queria impuras fadigas do umaviagem, bem como o constrangimento e osenfados de um estádio insullicienle n'uma ci-dade de província.

Despediu se pois d'ella com um vivo pezar,ainda que a sua separação devesse ser curta,c fcl-a promollor que lhe escreveria algumaslinhas todas as manhas; ac.cresccnl.ulo quomorreria do tristeza c inquietação no dia cmque não recebesse carta.

Hilda promelleu tudo quanto elle quiz.Foi acoinpanlial-o na sua carruagem alé ii pri-meira muda, onde elle, tomava cavallos doposta ea carruagem o esperava já atrellada.Mostrou-se terna, al.ecluosa. quasi apaixona-da, nas ultimas expansões, o o marquez, ar-rancando-so aos seus abraços o beijos, teve aimmonsa consolação de pensar quo era amadomais do que nunca.

A joven marqueza todavia, retomando a cs-Irada do Paris, emqüanto quo seu marido sodirigia rapidamonle para Bourgogne, experi-montou uma sensação inimensa de allivio.Párueeu-lüü que um pesado fardo cessa-*.a dcpesar-lhe sobre os hombros, c disso a si pro-pria, sorrindo, que, depois do amor, a liber-dade era o mais precioso hem deslc mundo.Como ia ella servir-se desla liberdade ? Allir-momos que ella não o sabia, e (jue nao linhamaus pensamentos.

[Continua. /

ANI.Ur.GIOS.

' EDITAES. ~~

Thesouraria de fazenda.O Illm. Sr. Inspector interino da thesou-

rarid provincial manda fazer publico que asapólices de ns. O, 14, 2.1, 24, 31, 32, 33Gli. 77. 82,93. 99. 111, 112, 11(1. 122,125, 128, 132, 136, 148, 149, 152, 102,164, 107, 170, 175, 192, 202,203, 209,211, 213. 215, 218.220, 221. 220, 234.239, 247, 250, 253, 257, 2(58, 271, 281,285,286, 291, 295, 304, 307. 310, 313,3:6, 348, 354 e 358 do valor de ÍOOSOOO.réis, as deus. 4, 12, 14 e 21 do valor de21)08000 róis o as de ns. 15, 16, 18, 19,24, 28, 33 o 65 do valor do 4003000 róisforam nesla data sorteadas para o resgate,de que irala o arl. 23 do competente regula-mento, convindo que os rcspccMvos possui-dores se apresentem nesla repartição^ muni-dos dellas, para receberem o que lhes fôrdevido.

Oulrosim, manda o mesmo Illm. Sr. In-speclor declarar que ficam suspensos os ju-ros dessas apólices, desde o dia 1." do cor-rente.

Sccrolaria da thesouraria de fazenda pre-vincial de Sanla Calharina, em 4 de Julhodo 1874.

Gustavo Henrique Nunes Pires.

\ SEM IGUALGrande reducção de preços na

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FARIA i MALHEIROSSUCCESSORES DE JORGE CONCEIÇÃO & C_ V

Algodão americanoDitos encorpa

O Doutor José Ferreira dc Mello, juiz mu-nicipal e do commeicio u'esla cidade doDesierro, capilal da provincia de SanlaCalharina, por Sua Magestade ü Impe-rador, que Deus Guardo etc.Faço saber aos que o presente edital vi-

rem, que lendo sido qualilicada defraudu-lenta a fallencia do negociante Jacinlhu Pin-to da Luz. tem de pioceder-se no dia IO deAgoslo do con ente anno, na sala das audi-encias desle juizo, pelas 10 libras da manhã,a reunião dos credoiesde sua massa fallidapara li ala rem do cunlraclo de união e elei-eao dos administradores, na forma da lei.Pelo que convoco os credores do mesmo fallido para uo dia e hora acima icfeiidos,comparecerem no lugar designado, sub penade serem considerados os ausentes, cutnoadhcmilcs ás decisões tomadas pela maioriados ciedores. Oulrosim advirto que nenhumcredor será admillido por procurador, scesle nào tiver podeiesespeciaes parao acto,que não pode um mesmo procurador repre-sentar por dous diveisos credores, nem aprocuração pôde ser dada a pessoa que se-ja devedora ao fallido, tudo na conformida-de do arligo 842 do código commercial edo arligo 1." do decreto n. 1368 de 18 deAbi il de 1854. Enaracouslar mandei la-vrar Ires desle theor, que serão affixadosnos lugares do costume e publicados pelaimprensa, de que se juutará certidão aosautos. Dado o passado uesla cidade doDesleiro, capilal da provincia de Santa Ca-tharina, aos 9 dias do mez de Junho de 1874.Eu Leonardo Jorge de Campos, escrivãoque o escrevi.

O juiz municipal e do commercioJosé Ferreira dc Mello.

icano para forros a 1$280, 18600,18800 e28000 pessas de 10 e 11 meiros..,.,.„.... _....dos a 28000, 2S300, 2S500, 28600. 28800, 38000, 38200 e 38400, pessaDilo enfestado para lencóes, liso e trancado muilo largo, a 800 e 1 $800 metroBaeta azul e encarnada a 500. 640, 8Ó0, 960. 18,18100 c 1S200, covadoBrins para roupa do crianças a 410, 480, 560, 640 e 720, metroDuos angola superior a 18500, metroBrilhanliiihas brancasassclinadas a 540, 640 e 820, meiroCassiiiclasde là para roupas de crianças e homensCortes dc calças de brim para 18280,'l 8600, 18800 e 28Camisas com peilo de linho. bordados e lisos, para homens, grande sortimento para todos

os preçosDilas de pereale, do linho e do algodão riscadas modernasChitas em morim para 200, 220, 240, 280, 300, 320, 360 o 400, covadoDitas cm pereale finíssimas a 360, covadoCassas bi ancas bordadas e barradas a 900 rs., meiro (vale 18280)Dilas ditas em xadrez a 560, metroCortinados e cortinas do cassas adamascadas e bordadas a 10 o 208 rs.Cortes de casemira modernos a 88500, 98 o 108 rs.C-isomiras pretas de 28 a 58, covadoDitas cambiaias a 48500, covadoCreime de linho e algodão, para lencóes, de 18280 e 28200, metroColletes mudei nos para senhoras, a 48800Chitas para colxa, a 240, 320 e 360, covadoDilas lixes, muilo largas, a 360, covadoCasemira ingleza próprias pard a estação a 1$600 covado !!!Cobertores pai dos para escravos a 28 — sem defeilo —Ditos de cores, de là, listrados modernos, para 68Dilos francezes, escai latese listrados, grandes, para 12$, 148,16$ c20$Chalés de là, ponlo delricot, grandes e modernos, a 88Dilos de dilo trançados, para 58, 6g, 78, 88 e 108Dilos de casemira avelludadosa 68 rs. (valem 88 rs.)Dilos de cachemir listrado.-* do seda de 68 e 88 rs.Ditos de algodão o lá trançados a 28 e 38 rs.FÍanelIas ue xadrez, de lã e algodão a 400 e 480 eovadoDitas todas de là, bonitos padrões, a 610, 800 e 960 covadoMorins para forro a 4$ e 48800 pessaDitos encorpados para saias a üjj a pessa (valem 6$ rs.)Dilos ditos para familia a 6$, 68500, 78 e 8g rs.Ditos cambiaias inuiio linosa 98500, pessaMeias-caseiniras enfesladas paia roupa de crianças a 2$ rs..covadoLausinhas (imitação) a 160, covadoDilas lavradas escuras, de 500 a 320 rs., covadoDitas escossezas, todas de là, a 320, covado (valem 560)Dilas cristalinas (ultimo goslo) a 600 rs., rovadoDilas listradas com vistas de seda, para 480, 500, 560, 600, 640 e 720, covadoDilas com lislras do seda, a 680, 800 e 18200, covado - novidade 1Chita em cassa, para 200 e 280 rs., covadoDiLs em canibrainhíis a 360, 400 e 440, covado - cores fixesCassas de linho a 280, covado, muilo finas e lixes.Gorgorão de là de cores, a 680 rs, covado - muilo largo o encorpadoSeroulas de linho e de cicloneMeias para homens e senhorasLinhas em novellos sortidos a 18400, 18600, 18800 e 28.

E outros muitos arligos que se vendem por preços commodos, como sejao: toalhas pararosto lenços de linho em pessas, e em caixinhas abainbados, para todos os preços; do al-

godãò para senhoras e crianças, a 120. 160 c200 rs., ou 18100, 13400e 28400, duzia.

Completo sorlimento de objectos de armarinho, gregas de seda para enfeites, perfu-marias, luvas de là para senhoras e meninas; capolinhos de là para crianças a 18500 c 28.

VENDAS SOMENTE A DINHEIROES llâ 1§ B.HI1FJ.1 ld

A

HOSPITAL DE CARIDADE.

De ordem do irmão provedor faço publi-co para conhecimento de quem convier quedo dia 15 do próximo mez de Junho emdiante esiará aberto o pagamento, Iodos osdias úteis, ás quatro horas da larde, i* amasdos expostos, na rua do Principe, sobradon... por cima da loja de ferragens do lhe-soureiro eleito Antouio Maneio da Costa.

Para que a encarregada da criação de

qualquer exposto possa receber o pagamen-lo que lhe compelir, deverá apresentar-se uodito lugar, nos dias indicados, trazendo arespectiva guia, na qual virá declarado pelacompetente autoridade se o exposto existe,se é bem tratado, ou se é fallecido e

quando.Outro sim so previne que o pagamento só

será feilo ás próprias amas ou, seudo ellasfallecidas á seus IclmIíuios herdeiros.

Consistorio da irmandade do Senhor Je-sus dos Passos e imperial hospital de cari-dade, em 27 dc Maio de 1874.

U secretario

José Theodoro da Costa.

1HMum hiale de 500 alqueires, com se-

us pertences, em bom eslado; paralralar com

Virgilio José Villela.

wBB-Wê

Tvn. dcJ. J. Loves, rua da Trindade n. 2,