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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ SELEÇÕES DA BIBLIOTECA Notícias & Jurisprudência Informativo semanal com reprodução fiel de matérias veiculadas via Internet n.º 337 Curitiba, 8 a 14 de julho, 2008 SUMÁRIO Supremo Tribunal Federal ....................................................................................... ..................01 - 08 Superior Tribunal de Justiça ....................................................................................... ..............09 - 20 Tribunal Regional Federal –4ª Região ....................................................................................... Procuradoria-Geral da República...................................................................................... ..........21 - 22 Sexta-feira, 11 de Julho de 2008 18:35 Ministro nega progressão de regime a preso que fugiu da prisão 17:33 STF concede nova liminar para soltar Daniel Dantas 15:40 Advogado que impetrou habeas corpus contra lei seca tem pedido negado 15:25 Supremo arquiva habeas em favor de Toninho da Barcelona Quinta-feira, 10 de Julho de 2008 19:13 Ministro Gilmar Mendes concede liberdade para Pitta, Nahas e mais nove presos Quarta-feira, 09 de Julho de 2008 23:40 STF concede liberdade ao banqueiro Daniel Dantas 21:50 STF arquiva HC de Cacciola 21:00 Ministro Gilmar Mendes indefere pedido de liminar de PMs envolvidos na Operação Duas Caras 20:20 Condenado por tráfico poderá recorrer em liberdade 20:00 Gilmar Mendes nega liminar em HC impetrado por condenada por extorsão mediante seqüestro 12:45 STF determina criação de unidade para menor infrator em município de TO (republicada) Terça-feira, 08 de Julho de 2008 16:00 Ministro arquiva HC em que acusado de receber obras de arte roubadas pedia liberdade 11:00 CPI do Sistema Carcerário não poderá indiciar juízes sul-mato-grossenses Segunda-feira, 07 de Julho de 2008 20:15 Auditor preso na Operação De volta a Pasárgada tem HC arquivado Sexta-feira, 11 de Julho de 2008 Ministro nega progressão de regime a preso que fugiu da prisão O ministro Celso de Mello indeferiu pedido de liminar formulado no Habeas Corpus (HC) 94929 por José Maria da Silva, preso e condenado por tráfico de entorpecentes, que pede progressão do regime prisional fechado a que está submetido para o semi-aberto.

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁSELEÇÕES DA BIBLIOTECA

Notícias & JurisprudênciaInformativo semanal com reprodução fiel de matérias veiculadas via Internet

n.º 337Curitiba, 8 a 14 de julho, 2008

SUMÁRIOSupremo Tribunal Federal .........................................................................................................01 - 08Superior Tribunal de Justiça .....................................................................................................09 - 20Tribunal Regional Federal –4ª Região ....................................................................................... Procuradoria-Geral da República................................................................................................21 - 22

Sexta-feira, 11 de Julho de 200818:35 Ministro nega progressão de regime a preso que fugiu da prisão 17:33 STF concede nova liminar para soltar Daniel Dantas 15:40 Advogado que impetrou habeas corpus contra lei seca tem pedido negado 15:25 Supremo arquiva habeas em favor de Toninho da Barcelona

Quinta-feira, 10 de Julho de 200819:13 Ministro Gilmar Mendes concede liberdade para Pitta, Nahas e mais nove presos

Quarta-feira, 09 de Julho de 200823:40 STF concede liberdade ao banqueiro Daniel Dantas 21:50 STF arquiva HC de Cacciola 21:00 Ministro Gilmar Mendes indefere pedido de liminar de PMs envolvidos na Operação Duas Caras 20:20 Condenado por tráfico poderá recorrer em liberdade 20:00 Gilmar Mendes nega liminar em HC impetrado por condenada por extorsão mediante seqüestro 12:45 STF determina criação de unidade para menor infrator em município de TO (republicada)

Terça-feira, 08 de Julho de 200816:00 Ministro arquiva HC em que acusado de receber obras de arte roubadas pedia liberdade 11:00 CPI do Sistema Carcerário não poderá indiciar juízes sul-mato-grossenses

Segunda-feira, 07 de Julho de 200820:15 Auditor preso na Operação De volta a Pasárgada tem HC arquivado

Sexta-feira, 11 de Julho de 2008Ministro nega progressão de regime a preso que fugiu da prisão

O ministro Celso de Mello indeferiu pedido de liminar formulado no Habeas Corpus (HC) 94929 por José Maria da Silva, preso e condenado por tráfico de entorpecentes, que pede  progressão do regime prisional fechado a que está submetido para o semi-aberto. O ministro fundamentou sua decisão no fato de José Maria estar foragido e em jurisprudência firmada pelo próprio STF a respeito. Citou, entre outros, os precedentes do HC 83506 e do RHC 92282. O pedido de progressão de regime tramitou em todas as instâncias antes de chegar ao Supremo. Na Vara de Execuções Criminais da Comarca de Porto Alegre (RS), o benefício foi concedido a José Maria, pois o juiz entendeu que houve o cumprimento dos requisitos previstos na Lei de Execução Penal, dispensando o exame criminológico para conceder-lhe a progressão. Entretanto, contrariando essa decisão, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) mandou submeter José Maria ao exame para fazer jus ao benefício. Dessa determinação, ele recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que “julgou prejudicado o pedido em virtude de José Maria encontrar-se foragido do sistema prisional”. É dessa decisão que a defesa recorreu por meio de HC ao STF. Os advogados alegam que a fuga é um instinto humano de sobrevivência e afirmam que “há somente o noticiamento de fuga”. Segundo eles, “as conseqüências, a princípio, são de cunho administrativo. Devem ser apreciadas quando do

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seu retorno ao sistema carcerário e com a devida apuração em processo com direito de defesa”. Celso de Mello, no entanto, afirmou que o exame dos fundamentos que deram suporte à decisão impugnada “parecem descaracterizar, ao menos em juízo de sumária cognição, a plausibilidade jurídica da pretensão deduzida nesta sede processual, notadamente em face da orientação jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou em tema de regressão de regime prisional decorrente do cometimento de falta grave (fuga)”.

Sexta-feira, 11 de Julho de 2008STF concede nova liminar para soltar Daniel Dantas

Saiu há instantes decisão do ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), concedendo nova liminar em favor do banqueiro Daniel Dantas, preso na tarde de ontem pela segunda vez em função da Operação Satiagraha, da Polícia Federal. O ministro afirmou que os mesmos fundamentos que permitiram o conhecimento do pedido de afastamento da prisão temporária, concedida na última terça-feira (8), “também permitem conhecer do pleito de revogação da prisão preventiva”. A fundamentação utilizada pelo juiz federal titular da 6ª Vara Criminal de São Paulo, Fausto Martin de Sanctis, não é suficiente para justificar a nova prisão de Daniel Dantas, ressaltou o presidente do Supremo. Ele disse entender que, para que o decreto de custódia cautelar seja idôneo, é necessário que especifique, de modo fundamentado, elementos concretos que justifiquem a medida. No caso, o ministro confirmou o que alegado pela defesa de Dantas, de que não existem fatos novos a permitir a nova ordem de prisão expedida. Gilmar Mendes conclui afirmando que a prisão de Dantas, pela segunda vez, “revela nítida via oblíqua de desrespeitar a decisão deste STF anteriormente expedida”.Leia a íntegra da decisão.

Sexta-feira, 11 de Julho de 2008Advogado que impetrou habeas corpus contra lei seca tem pedido negado

O ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou um pedido de Habeas Corpus preventivo (HC 95287) feito por um advogado mineiro que pretendia não ter de se submeter à Lei Seca (Lei 11.705/08), que estabelece punições como suspensão do direito de dirigir e prisão para quem for flagrado dirigindo sob efeito de álcool. Na opinião do advogado, a lei é inconstitucional porque fere o princípio da presunção da inocência. Além disso, ao obrigar o cidadão a fazer uso do bafômetro, ela também violaria o direito constitucional que afirma que ninguém será obrigado a produzir provas contra si mesmo. Outra inconstitucionalidade, no entender do advogado, se encontra no artigo 165 da citada lei, que manda aplicar as penalidades do código ao condutor que recusar submeter-se ao bafômetro. O advogado pretendia conseguir um habeas preventivo, com a expedição de ofício pelo STF dirigido ao Comando Geral da Polícia Militar em Minas Gerais e à Secretaria de Segurança Pública do estado. O documento deveria determinar a esses dois órgãos que se abstivessem de aplicar contra ele os rigores da Lei Seca – perda da carteira e do direito de dirigir por 12 meses, se fosse pego dirigindo com teor alcoólico no sangue em níveis acima dos determinados na lei. E que não fosse considerado desobediência se ele decidisse não se submeter à lei.DecisãoO presidente do Supremo ressaltou, em sua decisão, que não compete ao STF julgar pedido de habeas contra a Polícia Militar e a Secretaria de Segurança de Minas Gerais. Ele negou seguimento à ação no STF e determinou a remessa do pedido para o Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Sexta-feira, 11 de Julho de 2008Supremo arquiva habeas em favor de Toninho da Barcelona

Habeas Corpus (HC 95226) impetrado por Antônio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona, foi arquivado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes. A defesa pedia a imediata soltura de Toninho da Barcelona para que ele pudesse aguardar em liberdade a finalização de seu julgamento. De acordo com habeas, Barcelona está recolhido no presídio de Tremembé II, em São Paulo, condenado a oito anos por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. Para seu advogado, o réu encontra-se, na verdade, preso preventivamente há quatro anos, tendo em vista que sua condenação não é definitiva, e ainda cabem recursos. A ação foi ajuizada contra decisão da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que anulou um acórdão da apelação, por falta de intimação da defesa. Os advogados argumentavam, em síntese, excesso de prazo na manutenção da prisão provisória, por não ter havido novo julgamento do apelo interposto junto ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) depois de ter sido anulado ato da mesma Corte pelo STJ. Em consulta ao site do TRF-3, o ministro afirmou que o recurso foi julgado e negado. “A

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apelação foi incluída em pauta para julgamento no dia 8 de julho de 2008”, disse Gilmar Mendes ao informar que aquele tribunal, de ofício, julgou extinta a punibilidade dos crimes e reduziu o valor unitário do dia-multa. “Logo, nada mais resta a considerar sobre a alegada demora no julgamento da apelação”, ressaltou o ministro, ao arquivar o habeas corpus.

Quinta-feira, 10 de Julho de 2008Ministro Gilmar Mendes concede liberdade para Pitta, Nahas e mais nove presos

O ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), estendeu a liminar concedida na noite de ontem (9), em favor de Daniel Dantas, e concedeu alvará de soltura para outros 11 presos em conseqüência da mesma operação Satiagraha, da Polícia Federal. Pelos mesmos fundamentos que motivaram a concessão da liminar em favor de Daniel Dantas no Habeas Corpus (HC) 95009, o ministro determinou que se expeça alvará de soltura em nome de Roberto Sande Caldeira Bastos, Miguel Jurno Neto, Celso Roberto Pitta do Nascimento, Carmine Henrique e Carmine Henrique Filho, Antonio Moreira Dias Filho, Maria do Carmo Antunes Jannini, Naji Robert Nahas, Fernando Naji Nahas e Marco Ernest Matalon.FundamentosAs defesas de todos os envolvidos alegaram que suas prisões temporárias foram decretadas por uma mesma decisão e se baseavam nos mesmos fundamentos, o que justificaria a extensão. Gilmar Mendes confirmou que todos que pediram a extensão foram presos com base nos mesmos motivos fáticos e jurídicos daqueles utilizados para a prisão de Daniel Dantas, sua irmã Verônica e mais nove pessoas. O ministro Gilmar Mendes concedeu, ainda, pelos mesmos fundamentos, liminar em outro Habeas Corpus (HC 95317), impetrado na Corte individualmente por Lúcio Bolonha Funaro, preso pela mesma operação da Polícia Federal.- Íntegra da decisão no   HC 95009 - pedidos de extensão - Íntegra da decisão no HC 95317 - Lúcio Bolonha Funaro

Quarta-feira, 09 de Julho de 2008STF concede liberdade ao banqueiro Daniel Dantas

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, concedeu pedido de Habeas Corpus (HC 95009) para o banqueiro Daniel Dantas, preso por decreto da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Na decisão, o ministro considerou que não há fundamentos suficientes que justifiquem o decreto de prisão temporária de Dantas e sua irmã, Verônica, bem como de outras nove pessoas (funcionários/sócios/acionistas do Banco Opportunity e do Opportunity Equity Partners), “seja por ser desnecessário o encarceramento para imediato interrogatório, seja por nada justificar a providência para fins de confronto com provas colhidas”. Segundo ele, “ainda que tais fundamentos fossem suficientes, o tempo decorrido desde a deflagração da operação policial indica a desnecessidade da manutenção da custódia temporária para garantir a preservação dos elementos probatórios”.O alvará de soltura foi expedido em favor de:1) Daniel Valente Dantas;2) Verônica Valente Dantas;3) Daniele Silbergleid Ninnio;4) Arthur Joaquim de Carvalho;5) Carlos Bernardo Torres Rodenburg;6) Eduardo Penido Monteiro;7) Dório Ferman;8) Itamar Benigno Filho;9) Norberto Aguiar Tomaz;10) Maria Amália Delfim de Melo Coutrin;11) Rodrigo Bhering de Andrade.Leia a íntegra da decisão.

Quarta-feira, 09 de Julho de 2008STF arquiva HC de Cacciola

Decisão desta noite (9) do ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou (negou seguimento) o pedido de Habeas Corpus (HC 95283) impetrado em favor do economista Salvatore Cacciola. Ele pedia para aguardar em liberdade, e sem ser extraditado para o Brasil, o julgamento pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região de uma apelação contra sua condenação por crimes contra o sistema financeiro. De acordo com o ministro, não compete ao STF

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julgar o caso, “tendo em vista ser o Superior Tribunal de Justiça o órgão competente para processar e julgar, originariamente, pedidos de habeas corpus quando o coator for ministro de Estado (art. 105, I, “c”, da Constituição)”. O ministro esclareceu, ainda, que pedido de extradição baseado em solicitação extradicional ativa não se inclui na esfera de atribuições do Supremo. “Somente o pedido de extradição emanado de governo estrangeiro (extradição passiva) é passível de juízo de delibação pelo Supremo Tribunal Federal (art.102, I, ”g”, da Constituição)”, explicou. Quanto ao argumento da defesa de que a apelação no TRF-2 ainda não foi analisada, mais de um ano após sua distribuição,  o ministro afirmou que, da mesma forma, não compete à Corte julgar habeas corpus impetrado contra decisão de Tribunal Regional Federal (art. 102, I, ”i”, da Constituição). Assim, o ministro decidiu remeter os autos ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região.Veja a íntegra da decisão.

Quarta-feira, 09 de Julho de 2008Ministro Gilmar Mendes indefere pedido de liminar de PMs envolvidos na Operação Duas

CarasO presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, negou pedido de liminar formulado pelos cabos A.F.O.L. e A.G.C. e o soldado M.S.F., todos da Polícia Militar do Rio de Janeiro, presos na “Operação Duas Caras”, que investiga o envolvimento de PMs fluminenses com o tráfico de drogas e outros delitos. No Habeas Corpus (HC) 95220, eles pleiteavam o direito de responder em liberdade à ação penal que lhes é movida na 1ª Vara Criminal de Duque de Caxias (RJ). Eles pediam, também, que fosse declarada a incompetência do juízo responsável pelo processo, visto ser o crime de que são acusados de natureza militar, pois teria ocorrido quando eles estavam em serviço. Denunciados juntamente com 41 co-réus, os PMS são acusados de formação de quadrilha (artigo 288, do Código Penal), pois fariam parte de um esquema de corrupção denominado “arrego”, que consistiria em arrecadar dinheiro de traficantes para não combater o tráfico de drogas na Favela de Santa Lúcia, em Duque de Caxias. Presos preventivamente por ordem expedida em 09.10.2007 por juiz da 1ª Vara Criminal de Duque de Caxias, eles tiveram negado, em janeiro de 2008, pedido de HC pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Igual decisão tomou a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 15 de maio deste ano. No HC impetrado no STF, a defesa alegava, também, falta de fundamentação da prisão preventiva. Gilmar Mendes rebateu essa alegação com a transcrição de partes do decreto de prisão preventiva. Nelas consta que, em longas interceptações telefônicas, foram comprovadas a existência do esquema de “arrego” e o envolvimento dos PMs. Consta, também, depoimento de uma outra denunciada no processo, que disse temer por sua vida e pela de seus familiares, “pois os policiais militares sempre informaram para a declarante que, caso os ‘cagoetasse’, eles (familiares) a e a declarante iriam morrer”. No mesmo sentido se pronunciou outra denunciada, que teria também recebido ameaças. Diante disso, Gilmar Mendes concluiu que, “em princípio, os fundamentos apresentados para manutenção da prisão cautelar atendem, ao menos em tese, aos requisitos do artigo 93, IX, da Constituição Federal (que preceitua a fundamentação das decisões judiciais) e do artigo 312 do Código de Processo Penal, que estabelece os pressupostos para decretação da prisão preventiva.

Quarta-feira, 09 de Julho de 2008Condenado por tráfico poderá recorrer em liberdade

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, concedeu liminar e mandou expedir salvo-conduto em favor de O.S.A. para permitir que ele aguarde em liberdade o julgamento de mérito de Habeas Corpus (HC) em tramitação no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ministro determinou também que, caso já esteja preso em função de decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), O.S.A. seja posto imediatamente em liberdade. A decisão foi tomada no HC 95223, impetrado no STF. No pedido em curso no STJ, a defesa pede a suspensão de acórdão do TJ-RJ, que cassou decisão de primeiro grau que o absolveu da acusação de tráfico de entorpecentes, porte ilegal de arma e porte e posse de explosivo. Ao cassar a decisão, o TJ-RJ o condenou à pena de cinco anos de quatro meses de reclusão pelos crimes mencionados, tipificados, respectivamente, no artigo 12 da Lei nº 6.368  e nos artigos 14 e 16, parágrafo único, III, da Lei 10.826.FatosO.S.A. foi absolvido pelo juízo da 1ª Vara Criminal de Duque de Caxias (RJ). Entendeu aquele juízo que os fatos constantes nos autos não permitiam concluir que o acusado continuava na atividade do tráfico ilícito de entorpecentes. Dessa decisão recorreram tanto a defesa quanto o Ministério Público (MP), por recurso de apelação. A primeira, para pedir que constasse na sentença que a absolvição teve por fundamento o artigo 386, inciso II, do Código de Processo Penal (ausência de prova da existência do fato) e, o segundo, para pedir a condenação. O pedido da defesa foi rejeitado e o do

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MP, acolhido. Recursos interpostos pela defesa contra esse acórdão (decisão colegiada) foram negados pelo próprio TJ-RJ, tanto em recurso especial (REsp) quanto em recurso extraordinário (RE) lá interpostos. Em seguida, a defesa interpôs agravo de instrumento (AI) e habeas no STJ. No HC, o relator negou liminar. E é contra essa decisão que a defesa impetrou novo HC, agora no STF. Os advogados alegam iminência de O.S.A ser preso em função das decisões judiciais já proferidas e pede o recolhimento do mandado de prisão contra ele expedido, mantendo-se o seu direito de aguardar em liberdade o término da ação penal, efetivando o princípio da não culpabilidade.DecisãoInicialmente, o ministro Gilmar Mendes lembrou uma série de decisões do STF que resultaram na edição da Súmula 691, segundo a qual “não compete ao STF conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em HC requerido a tribunal superior, indefere a liminar”. Observou, entretanto, que a Corte tem abrandado o rigor dessa súmula, em casos de premência para evitar constrangimento ilegal ou de negativa de liminar sob entendimento manifestamente contrário à jurisprudência do STF. Cita, neste contexto, uma série  de precedentes. Entre eles estão o HC 84014, relatado pelo ministro Marco Aurélio e julgado pela 1ª Turma do STF; o HC 85185, relatado pelo ministro Cezar Peluso e decidido por maioria, pelo Plenário, e o HC 85826, relatado pelo próprio ministro Gilmar Mendes. O ministro lembrou que o entendimento do STF sobre a possibilidade de reconhecimento do direito de recorrer em liberdade vem-se firmando no Tribunal desde o julgamento da Reclamação (RCL) 2391, relatada pelo ministro Marco Aurélio, embora posteriormente essa RCL tenha sido considerada prejudicada por perda superveniente de objeto. Ele lembrou que o entendimento que estava a se firmar, inclusive com o voto dele, pressupunha que eventual custódia cautelar, anterior, portanto, ao trânsito em julgado de sentença condenatória, somente poderia ser implementada se devidamente fundamentada, nos termos do artigo 312 do Código de Processo Penal (CPP) e, sobretudo, do artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal (CF). O ministro considerou  que esse entendimento se aplica ao presente caso. Segundo ele, da leitura da decisão que resultou na condenação de O.S.A., “verifica-se que o relator da apelação criminal não especificou quaisquer elementos que seriam suficientes para autorizar a constrição provisória da liberdade, nos termos dos artigos 312 do CPP e 93, IX, da CF”. Diante disso, ele decidiu aplicar o princípio constitucional da não-culpabilidade, previsto no artigo 5º, inciso LVII, da CF.

Quarta-feira, 09 de Julho de 2008Gilmar Mendes nega liminar em HC impetrado por condenada por extorsão mediante

seqüestroO presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, indeferiu pedido de liminar formulado no Habeas Corpus (HC) 95225, impetrado por Patrícia Bayer. Ela foi condenada pela Justiça do Rio de Janeiro à pena de 16 anos de reclusão pelo crime de extorsão mediante seqüestro (artigo 159, parágrafo 1º, do Código Penal – CP). No HC, ela pede o direito de aguardar em liberdade o julgamento do HC e pleiteia a nulidade da ação penal desde a fase de interrogatórios, alegando que não teria sido concedida a sua defesa a oportunidade de fazer indagações a um dos co-réus, fato que configuraria violação do artigo 188 do Código de Processo Penal (CPP) e, portanto, dos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório. No HC, ela se insurge contra acórdão (decisão colegiada) do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou igual pedido, ao apreciar o HC 100792, lá impetrado. Gilmar Mendes, entretanto, argumentou que a concessão de habeas corpus dá-se em caráter excepcional, desde que configurados o fumus boni iuris (fumaça do bom direito) e o periculum in mora (perigo de demora). Quanto à alegação de que não teria sido ouvido um co-réu, ele disse que, “salvo melhor juízo, não está demonstrado, nos autos, que a defesa da paciente requereu a participação no interrogatório do co-réu". Ademais, segundo ele, o teor do mencionado interrogatório não teria sido contrariado pela defesa nas fases subseqüentes da ação penal. O ministro cita, a propósito, manifestação do ministro Félix Fischer, relator do HC impetrado no STJ, segundo o qual  "a defesa da paciente teve concretamente a possibilidade de informar as declarações do co-réu antes da prolação da sentença". Fischer observou que, após o interrogatório atacado, foram ouvidas as testemunhas indicadas pela defesa. Houve, ainda, a fase prevista no artigo 499 do CPP (possibilidade de a defesa requerer diligências, após a oitiva das testemunhas) e, por fim, a etapa das alegações finais. Diante disso, o ministro Gilmar Mendes concluiu que, “assim, a nulidade apontada, visto que relativa, pois se trata de faculdade da defesa, restou sanada por não ter sido argüida em momento oportuno”. Ele citou, a propósito, o precedente do HC 91292, relatado pelo ministro Sepúlveda Pertence (aposentado), na Primeira Turma do STF.

Quarta-feira, 09 de Julho de 2008STF determina criação de unidade para menor infrator em município de TO (republicada)

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, manteve decisão que determinou ao estado de Tocantins a implantação de unidade especializada de internação de menores infratores, na cidade de Araguaína (TO), no prazo de 12 meses. O ministro considerou que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), seguindo prioridade determinada pela Constituição Federal, estabelece que o Poder Executivo deve dar prioridade a políticas públicas voltadas para a garantia dos direitos da criança e do adolescente. A decisão foi tomada na Suspensão de Liminar (SL) 235, ajuizada pelo governo tocantinense. O estado pretendia suspender decisão liminar deferida pelo Juizado da Infância e Juventude da Comarca de Araguaína/TO, em ação civil pública, que foi confirmada pelo Tribunal de Justiça do Estado de Tocantins (TJ-TO). A liminar questionada determinou a implantação, no prazo de 12 meses, de “unidade especializada para cumprimento das medidas sócio-educativas de internação e semiliberdade aplicadas a adolescentes infratores”, conforme disposto no ECA. O Juizado proibiu, ainda, que o estado mantivesse adolescentes recolhidos em outra unidade após esse prazo e fixou multa diária no valor de R$ 3 mil em caso de descumprimento da decisão. De acordo com a ação civil pública, o Poder Executivo local estaria encaminhando os adolescentes infratores para o município de Ananás (TO), o que dificultaria o contato com familiares. Além disso, menores estariam sendo alojados em cadeia local, em celas próximas às de presos adultos, “em ambiente inóspito”. Ao contestar a decisão no Supremo, o governo estadual argumentou que “a construção de unidade especializada em prazo determinado, importaria em ato de interferência do Poder Judiciário no âmbito de atuação do Poder Executivo, em afronta ao princípio da independência dos Poderes, previsto no artigo 2º da Constituição”. Na análise do caso, o presidente do STF afirmou que o princípio da separação dos poderes, nos dias atuais, “exige temperamentos e ajustes à luz da realidade constitucional brasileira”. Segundo ele, “a alegação de violação à separação dos Poderes não justifica a inércia do Poder Executivo estadual do Tocantins em cumprir seu dever constitucional de garantia dos direitos da criança e do adolescente, com a absoluta prioridade reclamada no texto constitucional (art. 227)”. “Não há violação ao princípio da separação dos Poderes quando o Poder Judiciário determina ao Poder Executivo estadual o cumprimento do dever constitucional específico de proteção adequada dos adolescentes infratores, em unidade especializada, pois a determinação é da própria Constituição, em razão da condição peculiar de pessoa em desenvolvimento”, disse o ministro. Gilmar Mendes ressaltou que o Estatuto da Criança e do Adolescente, que no próximo dia 13 completa 18 anos desde sua promulgação, “tem se cristalizado como um importante avanço na delimitação das políticas públicas voltadas à criança e ao adolescente”. Assim, o ministro manteve a decisão quanto à necessidade de implantação, em 12 meses, de programa de internação de adolescentes infratores em Araguaína, bem como a proibição de abrigá-los em outra unidade que não seja a especializada. No entanto, o presidente do STF atendeu ao pedido do governo de Tocantins em relação à multa estabelecida, deferindo parcialmente a suspensão de liminar “tão-somente quanto à fixação de multa diária por descumprimento da ordem judicial de construção de unidade especializada, em doze meses, na comarca de Araguaína/TO”.Leia a íntegra da decisão.

Terça-feira, 08 de Julho de 2008Ministro arquiva HC em que acusado de receber obras de arte roubadas pedia liberdade

Preso em flagrante pela receptação de obras de arte, M.P.M. teve Habeas Corpus (HC 95148) arquivado pelo ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na ação, ajuizada com pedido de liminar, ele alegava a demora na oitiva das testemunhas de acusação e na conclusão da instrução criminal para a colheita de provas. M.P.M. é acusado de fazer parte de uma quadrilha especializada em roubos de livros, revistas e gravuras históricas de diversas instituições culturais do país. Foi preso no Hotel Imperial, no Rio de Janeiro, após supostamente receptar obras raras do acervo da Fundação Casa Rui Barbosa. A quadrilha também teria sido responsável por furto à Biblioteca Nacional, ao Museu Nacional, ao Arquivo da Cidade, à Fiocruz e à Casa de Rui Barbosa. As obras eram revendidas em leilões no exterior, cujas negociações chegavam a 200 mil euros. Com base na decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), contestada pela defesa, o ministro Joaquim Barbosa entendeu que o habeas não apresenta o requisito da fumaça do bom direito (fumus boni juris), necessário para a concessão da liminar. Ele avaliou como correto o ato do STJ que, após detalhado relatório, indeferiu liminar a um HC impetrado por M.P.M. naquela Corte. “Com efeito, tanto o teor da decisão impugnada quanto a decisão do Juízo de 1º grau que decretou a prisão cautelar do paciente [o acusado] não apontam para a existência de ilegalidade flagrante na decisão proferida pela autoridade apontada como coatora”, afirmou o relator. Dessa forma, ele arquivou o habeas corpus, ao considerar que no caso incide a Súmula 691, do STF.

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Terça-feira, 08 de Julho de 2008CPI do Sistema Carcerário não poderá indiciar juízes sul-mato-grossenses

Dois juízes de Direito de Campo Grande (MS) obtiveram liminar concedida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes. A decisão no Habeas Corpus (HC) 95259 impediu que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário indiciasse os magistrados por meio de relatório final, cuja votação estava marcada para a manhã desta terça-feira (8). Francisco Gerardo de Souza e Vitor Luis de Oliveira Guibo, juízes da 1ª e 2ª Varas de Execução Penal da Comarca de Campo Grande (MS), são acusados de, no exercício da profissão, supostamente praticar os crimes de perigo para a vida ou saúde a outrem, maus tratos e condescendência criminosa, todos previstos no Código Penal. Os impetrantes alegam que a CPI não teria poder para indiciá-los porque, conforme o artigo 33, parágrafo único, da Lei Complementar nº 35/79 (Lei Orgânica da Magistratura Nacional - Loman), compete ao respectivo Tribunal ou Órgão Especial a investigação e julgamento de crime cometido por magistrado. Ao analisar o pedido de liminar, o ministro Gilmar Mendes afirmou que, ainda que a CPI constate possível ilícito penal praticado por magistrado, ela apenas poderá encaminhar o processo ao Tribunal no qual o magistrado tem vínculo, “sendo-lhe vedado o ato formal de indiciamento, o qual é privativo do órgão competente para o julgamento”. Assim, ele entendeu que a competência para o caso é privativa do Tribunal de Justiça do estado de Mato Grosso do Sul. O ministro Gilmar Mendes salientou que a jurisprudência do Supremo está consolidada no sentido de que a atividade tipicamente jurisdicional do magistrado é absolutamente imune à investigação realizada pelas comissões parlamentares de inquérito. “O entendimento fixado pelo Tribunal deixa claro que, na ordem constitucional fundada na Constituição de 1988, as comissões parlamentares de inquérito não têm poderes para indiciar magistrado pelo exercício de sua típica função jurisdicional”, finalizou o ministro.Leia a íntegra da decisão.

Segunda-feira, 07 de Julho de 2008Auditor preso na Operação De volta a Pasárgada tem HC arquivado

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, arquivou o pedido de Habeas Corpus (HC 95219)feito em favor do auditor do Tribunal de Contas mineiro E.A.A., preso pela Polícia Federal na Operação “De volta a Pasárgada”. Em sua decisão, Gilmar Mendes ressaltou que não pode ser julgado pelo STF pedido de habeas corpus que, em caráter liminar, foi negado por tribunal superior (STJ, no caso), de acordo com a Súmula 691/STF. A exceção a esse dispositivo seria uma situação de flagrante ilegalidade na prisão, o que o ministro afirma não ter verificado no caso. O auditor foi preso preventivamente nas investigações de crimes de corrupção passiva, ameaça, formação de quadrilha, prevaricação, advocacia administrativa e exploração de prestígio. As operações policiais “Pasárgada” e “De volta a Pasárgada” desbarataram um esquema de liberação irregular de dinheiro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).HistóricoE.A.A. foi preso na operação “De volta a Pasárgada”, em que a Polícia Federal tinha de cumprir 15 mandados de prisão (sete preventivas e oito temporárias) e 47 mandados de busca e apreensão. Além disso, vários veículos de luxo e imóveis localizados em Belo Horizonte (MG), Juiz de Fora (MG), Angra dos Reis (RJ) e Cabo Frio (RJ) foram apreendidos judicialmente (arrestados). Essa foi a segunda etapa da operação Pasárgada, que em abril de 2007 prendeu 50 pessoas, entre elas 17 prefeitos e um juiz federal, por suposto envolvimento na corrupção do FPM.

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Notícias do Superior Tribunal de Justiça

14 de Julho de 200810h32 - Participantes de esquema de desvio de dinheiro do Banco Econômico continuarão presos 09h19 - Partilha de bens de união estável não exige prova do esforço comum 08h12 - Mantida prisão de acusado de participação em fraudes à Previdência Social

11 de Julho de 200817h56 - STJ nega liminar a suposto envolvido em esquema de fraudes de R$ 240 mi 17h09 - Julgamento realizado apenas por juízes convocados é nulo 13h04 - Mantida liminar que concedeu isenção de ICMS sobre demanda contratada de potência 11h33 - Estudante que matou casal para roubar som automotivo permanece preso 10h24 - Fim da festa: chefe de quadrilha que vendia drogas em raves continua preso 09h48 - Acusado de liderar facção dos caça-níqueis permanece preso em Campo Grande 08h16 - Compra de emissora de rádio do Rio de Janeiro por bispo deve ser julgada em São Paulo

10 de Julho de 200818h06 - Vereador de Canindé (CE) retorna ao cargo após decisão do STJ 18h00 - Prefeito fluminense continuará afastado do cargo 14h24 - STJ nega liminar a dois envolvidos na máfia de combustíveis em Minas Gerais 14h14 - Mulher de ex-governador de Roraima tem pedido indeferido 11h13 - Prefeito condenado por morte de radialista tem habeas-corpus negado 10h24 - Negado HC a ladrão que roubou 300 computadores de prefeitura paulista 09h19 - STJ mantém inquérito policial que investiga falsidade ideológica contra Timponi 09 de Julho de 200817h34 - Presidente do STJ homologa sentença estrangeira em tempo recorde 11h27 - Policial rodoviário acusado de contrabando de madeira permanecerá preso 10h37 - STJ assegura exumação para fazer exame de DNA a pedido de sobrinho 09h21 - Nigeriano com filho brasileiro tem salvo-conduto negado e fica mantida expulsão do País

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08h09 - STJ reduz indenização por protesto indevido de título de crédito

08 de Julho de 200812h14 - Escrivão acusado de seqüestro e homicídio tem liminar negada 11h39 - Corte Especial julga teoria da conspiração apresentada por advogado 10h17 - STJ confirma isenção de IR sobre indenização trabalhista 09h24 - Camargo Corrêa autorizada a tocar Projeto de Integração do rio São Francisco

14/07/2008 - 10h32Participantes de esquema de desvio de dinheiro do Banco Econômico continuarão presos

O ex-liquidante do Banco Econômico (Besa), Flávio Cunha, e o servidor aposentado do Banco Central (Bacen) Roberto Silveira de Moraes continuarão presos, ambos acusados de participar de esquema de desvio de dinheiro do Banco Econômico. O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Gomes de Barros, negou a liminar em habeas-corpus impetrada pela defesa dos envolvidos. Flávio Cunha, juntamente com o assistente de liquidação Edésio de Castro Alves, o auditor aposentado da Receita Federal Francisco de Assis Vaz Guimarães, o procurador do Bacen José Carlos Zanforlin e a advogada Sebastiana Lúcia de Oliveira foram condenados pela 17ª Vara Federal baiana por gestão fraudulenta. Os envolvidos são acusados do desvio de mais de R$ 12,7 milhões do Besa por meio de um contrato celebrado com a empresa Vaz Guimarães Advogados Associados. Em sentença, Flávio Cunha e Roberto Silveira de Moraes foram condenados por gestão fraudulenta. Ambos foram apontados de participar de um esquema criminoso que causou prejuízos financeiros de mais de R$ 4,4 milhões ao Econômico. Dessa vez, o desvio ocorreu por meio da contratação da empresa Moraes Sistemas e Informações para a realização de um falso planejamento tributário. Ao indeferir a liminar, o ministro Humberto Gomes de Barros seguiu o entendimento da súmula 691 do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo a qual não compete ao STJ conhecer de habeas-corpus impetrado contra decisão do relator sobre negativa da liminar em instância anterior.

14/07/2008 - 09h19Partilha de bens de união estável não exige prova do esforço comum

Por unanimidade, a Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou os embargos de divergência que apontavam discordância de entendimento entre acórdãos da Terceira e da Quarta Turma e manteve a decisão que dispensou prova do esforço comum para partilha de bens adquiridos durante uma união estável de quase 10 anos. De acordo com os autos, em abril de 1988, após poucos meses de namoro, N.B.– já viúvo e com 62 anos de idade – e U.V.C. decidiram moram juntos em Curitiba (PR), tendo o autor adquirido em 1994 o imóvel onde residiram até outubro de 1999. Depois de 10 anos de convivência, N.B. propôs ação de dissolução de união estável cumulada com declaração de inexistência de bens imóveis para partilha, alegando que o imóvel e todo seu mobiliário foi adquirido com recursos próprios e oriundos da venda de outro bem objeto do inventário de sua falecida mulher. O Juízo de primeiro grau reconheceu a união estável e determinou a partilha dos bens, mas a sentença foi modificada pela 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná, que, em recurso de apelação, admitiu a incidência do artigo 258 do Código Civil de 1916 (maior de 60 anos), impondo a partilha apenas dos bens adquiridos na constância da união. N.B. faleceu no curso do processo, sendo sucedido por seus filhos e nora. Os sucessores recorreram ao STJ questionando o direito de U.V.C. à partilha e ressaltando a necessidade da prova do esforço comum na aquisição dos bens durante a união estável. A Terceira Turma do STJ, em acórdão do ministro Carlos Alberto Menezes Direito, decidiu ser desnecessária a prova do esforço comum para partilha dos bens adquiridos na constância da união estável (união entre o homem e a mulher como entidade familiar), pois este é presumido, ainda que, como no caso em análise, incida a norma do artigo 258, II, do Código Civil de 1916, relativa ao regime de separação total de bens para o maior de 60 e a maior de 50 anos. Em embargos de divergência, o autor reiterou a necessidade da comprovação do esforço na construção do patrimônio comum e apontou divergências com dois acórdãos da Quarta Turma. Em seu voto, o relator do recurso, ministro Fernando Gonçalves, afirmou que os acórdãos apontados como divergentes versam sobre hipóteses de casamento (modo tradicional, solene, formal e jurídico de constituir família), conduzindo ao não-conhecimento dos embargos, dado que as situações são diferentes. Segundo o relator, já é entendimento pacífico que a união estável não produz efeitos sucessórios nem equipara a companheira à esposa, pois com o matrimônio se conhece quais os legitimados à sucessão dos cônjuges e, na união estável, há regras próprias para a sucessão hereditária. “Diante da conclusão de não haver similitude entre os quadros fáticos das matérias jurídicas tratadas nos acórdãos embargado e paradigmas, não conheço dos embargos de divergência”, concluiu o relator.

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14/07/2008 - 08h12Mantida prisão de acusado de participação em fraudes à Previdência Social

A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou habeas-corpus a um acusado de integrar quadrilha que fraudava a Previdência Social em cinco estados da região Nordeste. Ele está foragido e pedia a revogação do mandado de prisão decretado pela Justiça Federal. A relatora, desembargadora convocada Jane Silva, considerou que a prisão foi determinada com base em fatos concretos, fortes indícios de participação e pretendia evitar a continuidade da fraude, possibilidade demonstrada por meio de interceptações telefônicas. O entendimento da desembargadora foi acompanhado pelos demais ministros da Turma. Ela ressaltou que a prisão preventiva não conflita com a presunção de não-culpabilidade, sempre que se fizer necessária para garantir a ordem pública, a instrução criminal e a aplicação da lei penal, sendo também usada para evitar a reiteração criminosa, especialmente quando ocorre por meio de uma grande associação criminosa, como no caso. Para a desembargadora convocada, a liberdade poderia levar à destruição de provas documentais e até à ameaça de testemunhas. As ações criminosas foram desvendadas pela Operação Pacumã, da Polícia Federal. De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público, trata-se de inúmeras vítimas lesadas pela quadrilha, que estava fortemente organizada, atuando de forma devastadora nos estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Sergipe e Bahia. Dez pessoas foram denunciadas. As investigações revelaram que as células criminosas colaboravam entre si. O acusado, que pretendia a revogação da prisão no STJ, participaria ativamente, dando informações sobre benefícios previdenciários, comprometendo-se em ajudar nas fraudes. A ele foram atribuídos os crimes de estelionato e formação de quadrilha. A quadrilha também lavava dinheiro obtido por meio ilícito e cometia crimes contra a vida para garantir a continuidade da organização.

11/07/2008 - 17h55STJ nega liminar a suposto envolvido em esquema de fraudes de R$ 240 mi

Ricardo Luiz Paranhos de Macedo Pimentel continuará preso. Acusado de participar do esquema de fraudes em licitações e superfaturamento na contratação de servidores e shows no município fluminense de Campo de Goytacazes o qual resultou no afastamento do prefeito Marcos Mocaiber Cardoso, Pimentel teve o pedido de liminar para obter liberdade provisória indeferido pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Gomes de Barros. No habeas-corpus, a defesa de Pimentel argumentou que a Justiça Federal é absolutamente incompetente para processá-lo e julgá-lo, uma vez que não há verbas federais envolvidas nem interesse da União. Se a denúncia narrou a prática de crime de lavagem de dinheiro e o fato de que ele faria parte de uma organização criminosa, a competência seria de uma das varas especializadas de acordo com a matéria. Alegou, ainda, ser excessivo o prazo da prisão preventiva, requerendo, por fim, o desmembramento dos autos. Ao apreciar o pedido, o ministro Gomes de Barros não vislumbrou razões para que a liminar fosse deferida. Em relação à incompetência da Justiça Federal, “o pedido liminar confunde-se com o próprio mérito da impetração, implicando exame aprofundado da causa que se reserva ao órgão colegiado em momento oportuno”, afirmou. Quanto ao alegado excesso de prazo, o presidente dom STJ entendeu não serem suficientes os elementos apresentados para demonstrar imediatamente a ilegalidade da prisão.

11/07/2008 - 17h03Julgamento realizado apenas por juízes convocados é nulo

É nulo o julgamento efetuado por tribunal se realizado apenas por juízes convocados. O entendimento é do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Gomes de Barros. Celso do Carmo Hansem apresentou habeas-corpus no STJ contra decisão da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). Pediu a concessão de liminar que permitisse a suspensão do julgamento pelo júri marcado para o próximo dia 15. Ele responde na Justiça pelo crime de homicídio. Ao apreciar o pedido, o ministro Gomes de Barros entendeu que o acusado bem demonstrou a nulidade do julgamento efetuado por órgão colegiado constituído por magistrados de primeiro grau convocados para integrar o Tribunal de Justiça. “A nulidade de acórdãos formados em tal circunstância é declarada em seguidas oportunidades pelo STJ”, afirma. A decisão coincide com a opinião emitida pelo Ministério Público Federal no sentido de deferir a liminar e, no mérito, o próprio habeas-corpus. A liminar suspende a realização do júri marcado para a próxima terça-feira, dia 15 de julho.

11/07/2008 - 13h03Mantida liminar que concedeu isenção de ICMS sobre demanda contratada de potência

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Um curtume do estado de Goiás continua isento do recolhimento de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a demanda contratada de potência de energia elétrica. O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Gomes de Barros, negou pedido do estado de Goiás para que fosse suspensa liminar concedida pelo Tribunal de Justiça do estado. Em um pedido de segurança, o Curtume Centro Oeste obteve a decisão provisória determinando ao Estado que se abstivesse de cobrar o ICMS incidente sobre a demanda contratada de potência, “demanda ultrapassada e excedente de demanda reativa”, de acordo com a decisão. Para o presidente do STJ, o Estado não provou a alegação de que o cumprimento da liminar provocaria grave lesão à economia pública, um dos elementos que justificaria a suspensão de segurança. O ministro constatou que foi alegado possível risco às finanças públicas, sem a apresentação do cálculo ou planilha que ratificasse a alegação. A tarifa de energia elétrica de grande consumidores, como as indústrias, diferentemente da tarifa cobrada dos consumidores comuns, é formada por dois elementos, por isso chamada binômia: o consumo e a demanda de potência. O consumo refere-se ao que é efetivamente consumido; a demanda de potência refere-se à garantia de utilização do fluxo de energia. Diz respeito ao perfil do consumidor e visa dar confiabilidade e segurança ao fornecimento de energia para os grandes consumidores, que têm exigência diferenciada de qualidade de serviço. A demanda de potência é estabelecida em contrato com a distribuidora. O STJ está analisando, em um recurso especial, a legalidade da incidência de ICMS sobre a demanda contratada de potência. O julgamento acontece na Primeira Seção. Diz respeito a uma empresa de celulose de Minas Gerais e encontra-se suspenso em razão de um pedido de vista do ministro Francisco Falcão.

11/07/2008 - 11h33Estudante que matou casal para roubar som automotivo permanece preso

O estudante universitário A.P.C, que responde por crime de latrocínio (roubo seguido de morte), continuará preso preventivamente. A decisão é do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Gomes de Barros, que negou o pedido de liminar de habeas-corpus impetrado pela defesa do estudante. Segundo dados, um casal pediu auxílio ao universitário para vender um som automotivo. Ele os levou à cidade de Nazário com a desculpa de que haveria um comprador para o som. Lá, o estudante matou o homem e feriu a golpes de faca e porrete a mulher, que, fingindo-se de morta, escapou de morrer. O crime aconteceu em novembro de 2007. A defesa do estudante recorreu ao STJ alegando ausência de fundamentação no decreto que determinou a prisão preventiva e excesso de prazo. Em sua decisão, o ministro Gomes de Barros destacou que o pedido de liminar confunde-se com o próprio mérito do habeas-corpus, implicando exame aprofundado da causa, que se reserva ao órgão colegiado em momento oportuno. Na questão referente à prisão preventiva, o presidente ressalva que não se verifica o constrangimento ilegal apontado, pois os motivos expostos na decisão mostram-se suficientes para fundamentar a manutenção da prisão do estudante.

11/07/2008 - 10h24Fim da festa: chefe de quadrilha que vendia drogas em raves continua preso

Vai continuar preso o chefe de uma gangue que vendia LSD, ecstasy e viagra em festas raves na cidade de Campinas (SP). O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Gomes de Barros, indeferiu o pedido de liminar no habeas-corpus de Fernando Roberto de Oliveira, acusado dos crimes de tráfico de drogas e formação de quadrilha. Fernando Roberto de Oliveira, Rafael de Arruda Botelho, Marco Antônio Zangatini Júnior, Rafael Rodrigues da Silva, Igor Bérgamo da Silva e Antônio Cavalcante foram presos em abril de 2007 por policiais da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise), de Campinas/SP. Com eles, foram encontrados armas, munições e 133 micropontos (doses) de LSD (ácido lisérgico), 26 comprimidos de ecstasy e 592 caixas de viagra, além de 136 cartelas soltas do medicamento. De acordo com a Dise, o grupo promovia festas raves, aproveitando os eventos para vender entorpecentes. Com os suspeitos, os policiais também encontraram agendas repletas de anotações que indicavam como funcionava a venda de drogas nas madrugadas da cidade. Ao recorrer ao STJ, a defesa de Fernando Roberto alegou excesso de prazo na prisão e bons antecedentes, mas o ministro Humberto Gomes de Barros não acolheu os argumentos. Segundo o magistrado, o prazo da instrução criminal não é absoluto e pode ser razoavelmente ampliado conforme as circunstâncias do caso. Gomes de Barros salientou que, ao aplicar a Súmula 52 do STJ (encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de constrangimento ilegal por excesso de prazo), não cabe deferir a liminar, pois “condições subjetivas favoráveis ao acusado não bastam ao deferimento de liberdade provisória”, concluiu.

11/07/2008 - 09h48Acusado de liderar facção dos caça-níqueis permanece preso em Campo Grande

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O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Gomes de Barros, indeferiu a liminar em habeas-corpus de Rogério Costa de Andrade e Silva, um dos acusados de liderar facções criminosas que controlariam a chamada máfia dos caça-níqueis no Rio de Janeiro. O acusado tentava por meio do habeas-corpus sair do presídio em Campo Grande (MS) e retornar ao Rio. Rogério Costa de Andrade e Silva e Fernando de Iggnácio de Miranda foram presos na operação gladiador, no fim de 2006. Segundo a acusação, eles seriam rivais na disputa para controlar os pontos de operação de máquinas caça-níqueis na cidade, principalmente na zona oeste do Rio de Janeiro. Mantidos no regime disciplinar diferenciado (RDD) desde janeiro de 2007, ambos haviam pedido ao juízo de 1º grau para serem tirados do RDD. Segundo informações dos autos, a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil encaminhou um relatório à Justiça Federal afirmando que os réus estariam recebendo tratamento desumano no RDD. A desembargadora federal Liliane Roriz, da Segunda Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), negou o pedido de liminar em habeas-corpus apresentado por Rogério Andrade, com o qual ele pretendia a cassar decisão da Justiça Federal do Rio de Janeiro que determinou sua transferência para o presídio federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Em sua decisão, a desembargadora federal ponderou que a questão foi bem avaliada pelo juízo de 1º grau e que a medida tomada por ele só poderia ser reconsiderada na segunda instância se não estivesse suficientemente fundamentada ou se fosse claramente ilegal ou abusiva, o que, no entendimento dela, não ocorreu. A defesa do acusado recorreu ao STJ sustentando que a decisão do TRF-2 afronta o princípio de razoabilidade, diante das despesas geradas com a condução do paciente de Campo Grande (MS) para o estado do Rio de Janeiro sempre que necessário à instrução criminal. Também alega que o recolhimento em outro estado prejudicaria seu direito à visita familiar e principalmente ao convívio com seus filhos. Ao indeferir a liminar, o ministro Humberto Gomes de Barros diz não enxergar constrangimento ilegal ou ilegalidade no ato que determinou a transferência do réu para outro presídio.

11/07/2008 - 08h16Compra de emissora de rádio do Rio de Janeiro por bispo deve ser julgada em São Paulo

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu liminar para que a Justiça de São Paulo decida as medidas urgentes envolvendo o controle de uma emissora de rádio do Rio de Janeiro em disputa pelo bispo Estevam Hernandes Filho, da Igreja Renascer em Cristo. O contrato de compra está sendo questionado pelos cessionários da emissora na Justiça estadual fluminense. Ao analisar um conflito de competência suscitado pelo bispo, o presidente do Tribunal, ministro Humberto Gomes de Barros, entendeu que, como cada um dos juízos envolvidos se considerou competente para apreciar a demanda que lhe foi distribuída, há sobreposição de ordens em relação ao mesmo objeto. De acordo com o presidente, a situação deve ser resolvida sob pena de se criar verdadeiro conflito, não jurídico, mas fático, quando for cumprida cada uma das ordens colidentes. Em 1999, o bispo assinou contrato de cessão de direitos e outras avenças para explorar a concessão da Rádio Fundação São Sebastião (107,9 Mhz), pelo pagamento de R$ 3,5 milhões. De acordo com os autos, teriam sido pagos desse total cerca de R$ 950 mil sem que, no entanto, providências fossem tomadas pela administração da emissora para que o controle fosse passado ao bispo. O conflito estabeleceu-se entre a 7ª Vara Cível do Foro Central da Comarca da Capital de São Paulo e a 37ª Vara Cível do Foro da Comarca da Capital do Rio de Janeiro. Na primeira, o bispo Hernandes Filho ajuizou medida cautelar para que lhe fosse assegurado o exercício dos direitos do contrato firmado com os cessionários da emissora. A distribuição se deu em razão de cláusula de eleição de foro constante do contrato de cessão de direitos. Uma liminar foi dada em benefício do bispo. De sua parte, os cessionários da emissora ingressaram com ação de nulidade do contrato na Justiça do Rio de Janeiro. Eles ofertaram exceção de incompetência que foi acolhida pelo juízo de São Paulo. Houve recurso ao Tribunal de Justiça (TJSP) e a competência foi mantida. Ocorre que o Juízo do Rio de Janeiro também entendeu ser competente para o julgamento da ação de nulidade do contrato, dando, inclusive, liminar em favor dos cessionários para que fosse trocado o link da programação da emissora. A decisão do STJ sobre o conflito é liminar. O mérito da questão ainda será analisado na Segunda Seção. O relator é o ministro Ari Pargendler.

10/07/2008 - 18h00Vereador de Canindé (CE) retorna ao cargo após decisão do STJ

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Gomes de Barros, suspende a decisão do Juízo de Direito da 1ª Vara Cível de Canindé (CE) que determinava o afastamento cautelar de Joceli Figueiredo da Silva do cargo de vereador daquele município. O ministro ressalta que o acusado não atuou para impedir a produção de provas. Joceli Figueiredo da Silva é acusado de improbidade administrativa. As irregularidades começaram a ser desvendadas em junho de 2007,

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quando foram descobertas diversas fraudes dentro da Comissão de Licitação da Prefeitura de Canindé. Joceli Figueiredo juntamente com outros políticos do município são acusados de desviar mais de R$ 2 milhões em licitações fraudulentas. Ao deferir o pedido de afastamento cautelar do vereador, o juiz da 1ª Vara Cível de Canindé afirma que a providência é necessária, pois, permanecendo no exercício de função ou cargo público e com livre trânsito, o político pode ser causa natural de perturbação à coleta de provas do processo, intimidar testemunhas, entre outras condutas prejudiciais. Destaca, ainda, que papéis da comissão de licitação foram encontrados rasgados dentro de um saco de lixo, circunstância que recomenda o afastamento liminar pretendido. A defesa do acusado insurgiu-se contra tal decisão, pedindo suspensão à Presidência do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ/CE), que indeferiu o pedido. Segundo o presidente do TJ/CE, os autos revelam incidentes ocorridos no decorrer da fase investigatória, os quais demonstram a probabilidade de comprometimento na comprovação de provas, justificando o afastamento do vereador do exercício de suas funções. A recorrer ao STJ, a defesa de Joceli Figueiredo sustenta que o afastamento liminar viola o princípio da independência e harmonia dos Poderes e relembra o caso semelhante ao dos autos que tinha como objeto a mesma decisão que determinou o afastamento de Joceli Figueiredo, no qual o ministro Humberto Gomes de Barros deferiu o pedido de suspensão de liminar do vice-prefeito do município de Canindé. O ministro Humberto Gomes de Barros diz não haver, seja na decisão do juiz que determinou o afastamento seja na decisão do presidente do Tribunal local, qualquer ilícito imputado objetivamente ao requerente, sendo seu afastamento injustificável. Também afirma que a desobediência flagrante do comando legal representa indevida intervenção do Judiciário em outro Poder da República, fato que causa séria lesão à ordem pública. Por fim, defere o pedido de suspensão da decisão, requerendo ao Juízo de Direito da 1ª Vara Cível de Canindé a adoção das providências necessárias ao imediato retorno de Joceli Figueiredo ao cargo de vereador daquele município.

10/07/2008 - 17h58Prefeito fluminense continuará afastado do cargo

Sérgio Eduardo Melo Gomes continuará afastado do cargo de prefeito de Trajano de Morais, no Rio de Janeiro. O ministro Humberto Gomes de Barros, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), indeferiu o pedido de liminar solicitado em uma reclamação. O prefeito foi preso em decorrência da Operação Sanguessuga, da Polícia Federal. Ele é acusado de fraudar licitações para compra de equipamentos hospitalares e também de desvio de dinheiro público e formação de quadrilha. Em maio deste ano, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu liminar ao prefeito para suspender os efeitos da decisão que o afastou, determinando que o Juízo de Direito da Comarca de Trajano de Moraes/RJ adotasse as providências necessárias ao imediato retorno de Melo Gomes ao cargo de prefeito daquele município, desde que não houvesse outro motivo que impedisse. Dessa vez, o prefeito entrou com uma reclamação no STJ porque a Justiça fluminense não havia cumprido a determinação anterior, não tendo sido ele, até o momento, reintegrado ao cargo. A juíza da Vara Única de Trajano de Morais informou ao STJ que há outros motivos que impedem a reintegração de Melo Gomes ao cargo e foram decisões emitidas em outros processos que motivaram o afastamento dele da chefia do governo local. Diante disso, o ministro Gomes de Barros indeferiu o pedido de liminar, entendendo que, devido às informações, seria temerário concedê-la. “Aparentemente, não houve descumprimento da minha decisão, afirmou o presidente do STJ. “Deixei suficientemente claro que deveria ser reintegrado, desde que não existisse outro motivo que o impedisse”, explica. E, a seu ver, a motivação apresentada pela juíza fluminense é idônea.

10/07/2008 - 14h19STJ nega liminar a dois envolvidos na máfia de combustíveis em Minas Gerais

Dois homens acusados de envolvimento com a máfia de combustíveis que atuava em Minas Gerais, W.S.A. e A.P.Q., continuarão presos. O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Gomes de Barros, negou a liminar em habeas-corpus impetrada pela defesa de ambos contra a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais que negou o pedido. Segundo informações, o dono de postos de combustíveis W.S.A. e o assessor de uma rede distribuidora A.P.Q. fazem parte de uma máfia que atua no estado de Minas Gerais. Eles foram presos sob a acusação de formação de cartel, concorrência desleal e de participação em uma organização criminosa que atua nos setores de distribuição e comércio de combustíveis. Deflagrada pela Polícia Federal (PF), a Operação Mãos Invisíveis investigou 24 pessoas e vem sendo considerada a maior operação desencadeada na América do Sul para combater esse tipo de crime. Foram necessários cerca de 10 meses de investigações, com escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, para desarticular a suposta quadrilha. Ao indeferir a liminar, o ministro Humberto Gomes aplicou o entendimento da súmula 691

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do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo a qual não cabe liminar em habeas-corpus sobre negativa de liminar na instância anterior.

10/07/2008 - 14h11Mulher de ex-governador de Roraima tem pedido indeferido

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Gomes de Barros, negou o pedido da ex-secretária de Trabalho e Bem-Estar Social de Roraima Maria Suely Silva Campos, para que seja sustado o processo movido contra ela, em tramitação na 1ª Vara Federal do Estado. Maria Suely, mulher do deputado federal e ex-governador de Roraima Neudo Campos (PP/RR), e mais três pessoas são acusadas pela suposta prática do crime de peculato. A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) narra que, em maio de 1999, Francisco Cândido Filho solicitou a Maria Suely um emprego e ela, levando em conta a relação de amizade que existia entre ele e a família de seu marido, então governador de Roraima, aproveitando-se do cargo que exercia à época (secretária do Trabalho e Bem-Estar Social), inscreveu-o na folha de pagamento do Estado. Segundo o MPF, em setembro de 1999, foi a vez de Mariano Alves do Nascimento solicitar emprego, passando os dois a receber vencimentos de aproximadamente R$ 2 mil da Norte Serviços de Arrecadação e Pagamentos Ltda. (NSAP), empresa responsável pelo pagamento dos serviços públicos do Estado. Após receberem proventos públicos pessoalmente por dois meses, os dois outorgaram procuração a José de Arimatéia do Nascimento e este passou a sacar os vencimentos junto à NSAP, entregando os valores aos outros dois. A denúncia foi recebida com a designação de interrogatório para o dia 8 de julho perante a 1ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima. Assim, a defesa de Maria Suely impetrou um habeas-corpus no Tribunal Regional Federal da 1ª Região alegando que o juízo é incompetente para o processamento da ação. O pedido liminar foi indeferido. No STJ, a defesa pede, liminarmente, a sustação do processo em tramitação na 1ª Vara, sobrestando o ato do interrogatório, porque a Justiça Federal é absolutamente incompetente para processar a ação penal. No mérito, requer o trancamento da ação penal. Ao decidir, o ministro Gomes de Barros ressaltou que, de acordo com a pacífica jurisprudência do STJ e com a súmula 691 do Supremo Tribunal Federal (STF), salvo em hipóteses excepcionais, não cabe habeas-corpus contra decisão que denega liminar em outro habeas-corpus, sob pena de indevida supressão de instância. O mérito do habeas-corpus será julgado pela Sexta Turma, sob a relatoria do ministro Paulo Gallotti.

10/07/2008 - 11h13Prefeito condenado por morte de radialista tem habeas-corpus negado

O ministro Nilson Naves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou seguimento ao habeas-corpus de Eurico Mariano, ex-prefeito de Coronel Sapucaia (MS). Ele foi condenado a 17 anos e nove meses de prisão por ter sido o mandante do assassinato do radialista Samuel Roman, ocorrido em abril de 2004. Segundo dados, o ex-prefeito teria encomendado a morte do radialista após críticas à sua administração. Além disso, a vítima teria feito uma série de denúncias em relação ao contrabando de combustível do Paraguai realizado por uma empresa da qual Mariano seria sócio. Em seu pedido ao STJ, a defesa do ex-prefeito alegou que ele vem sofrendo constrangimento ilegal por parte do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, que, ao julgar recurso em sentido estrito interposto contra a sentença de pronúncia, deixou de reconhecer a falta de justa causa para a submissão do paciente ao Tribunal do Júri. Por essa razão, pediu a concessão definitiva da ordem em favor de Mariano para que a pronúncia fosse desfeita. Em sua decisão, o ministro Naves destacou que, no caso, a falta de justa causa não está evidenciada, tendo a decisão de pronúncia explicitado os motivos de sua decretação, ou seja, o convencimento do magistrado ao realizar o juízo de admissibilidade da acusação, indicando os elementos de prova encontrados no processo atestadores da existência do crime e dos indícios de autoria relacionados ao ex-prefeito. Para o ministro, enseja a adequação típica a denúncia que, descrevendo suficientemente os fatos com todos os elementos indispensáveis, permite o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa, narrando a denúncia dos fatos revestidos, em tese, de ilicitude penal, com observância do disposto no Código de Processo Penal. Segundo ele, nestes casos, denota-se a submissão do acusado ao Tribunal do Júri que se dá por meio da pronúncia do ex-prefeito.

10/07/2008 - 10h24Negado HC a ladrão que roubou 300 computadores de prefeitura paulista

A nova redação da Lei n. 10.792/2003 não exige mais a obrigatoriedade da realização de exame criminológico para a obtenção de progressão do regime de cumprimento da pena. Entretanto, nada impede que o juiz, com a devida fundamentação, determine o procedimento. Com esse entendimento, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Gomes de

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Barros, indeferiu a liminar no habeas-corpus em favor de Wilson de Oliveira Ricardo, preso por participar da quadrilha que roubou, em 2004, mais de 300 computadores da prefeitura da cidade de Praia Grande, no litoral paulista. Wilson Ricardo, conhecido como Pica-Pau, e outros três autores do roubo foram condenados à pena de 13 anos e quatro meses de reclusão em regime fechado, além do pagamento de multas e custas processuais. O crime aconteceu no galpão onde hoje funciona a Secretaria de Educação da cidade. Armados, os ladrões ameaçaram os funcionários, forçando alguns deles a colaborar com o transporte dos equipamentos até dois caminhões-baú. Impressoras, geladeiras e televisores também foram levados pela quadrilha. Pretendendo obter a progressão do regime prisional, Wilson Ricardo recorreu à Justiça, mas o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ/SP), em decisão da 9ª Câmara do 5º Grupo da Seção Criminal, cassou, a pedido do Ministério Público Paulista, a concessão da progressão que havia sido determinada pela Vara de Execuções Criminais sem a realização do exame criminológico. Tal exame consiste em uma avaliação feita em conjunto por equipe multidisciplinar de psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais. Trata-se de uma entrevista para investigar a personalidade, as aptidões, os interesses e experiências profissionais do entrevistado, requisitos fundamentais para que seja estabelecido o perfil do preso e, dessa forma, atender à individualidade preconizada na Lei de Execução Penal. O objetivo dessa entrevista é promover a futura reinserção do cidadão na sociedade, propiciando ao juiz, com base em parecer técnico, a elaboração de decisões mais criteriosas acerca do benefício a ser concedido ao condenado. Inconformado com a cassação de seu benefício, Wilson Ricardo recorreu ao STJ com um pedido de habeas-corpus alegando que apresenta bom comportamento, por isso não haveria necessidade de ser submetido ao exame criminológico para garantir a progressão do regime de cumprimento da pena. Todavia, o ministro Humberto Gomes de Barros não acolheu os argumentos do preso. Para o presidente do STJ, mesmo que a Vara de Execuções Criminais tenha concluído pela concessão do benefício, “não é possível afirmar que há flagrante ilegalidade na decisão do TJ/SP que determinou a realização do exame criminológico. A nova redação do artigo 112 da Lei de Execução Penal deixou de exigir a submissão do condenado ao exame criminológico sem, contudo, afastar a possibilidade do magistrado determinar a sua realização se entender necessário para a formação de seu convencimento”, concluiu.

10/07/2008 - 09h19STJ mantém inquérito policial que investiga falsidade ideológica contra Timponi

Está mantido o inquérito policial que investiga suposto crime de falsidade ideológica do professor de educação física Paulo César Timponi, acusado de causar um acidente na Ponte JK, em Brasília, provavelmente sob o efeito do álcool e em um “racha” com outro veículo, tendo causado a morte de três mulheres, motivo pelo qual responde atualmente a processo. O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Gomes de Barros, negou liminar em habeas-corpus por deficiência de instrução do processo: falta de cópia do inteiro teor da decisão impugnada. A denúncia por suposto crime de falsidade ideológica ocorreu após o professor cumprir integralmente a pena privativa de liberdade de dois anos e oito meses por tráfico de drogas. Foi, então, intimado a comparecer à Vara de Execuções Criminais do Distrito Federal a fim de pagar as custas processuais Na ocasião, requereu, em causa própria, os benefícios da justiça gratuita, com a isenção do pagamento das custas processuais. Segundo alegou, não poderia pagar custas e honorários judiciais sem prejuízo do sustento próprio e da família. O benefício foi negado pelo juiz. “O sentenciado, no decorrer da execução, foi patrocinado por advogado constituído, sendo que verifico haver total descompasso entre a afirmação contida no pedido e o declarado no interrogatório dado à autoridade policial, onde o condenado afirma ser proprietário da empresa Quallivida, além de perceber R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) como servidor do Serpro.” Ao negar, o magistrado observou que o patrimônio e renda do acusado são incompatíveis com a declaração na qual sustenta a impossibilidade de pagar custas e honorários judiciais. O Ministério Público requereu, então, ao corregedor-geral da Polícia Civil a instauração de inquérito policial. O processo foi, então, distribuído à 6ª Delegacia de Polícia do Paranoá e o delegado determinou o indiciamento do acusado pela suposta prática de falsidade ideológica, previsto no artigo 299 do Código Penal. A defesa pediu, então, trancamento do inquérito policial, alegando atipicidade da conduta. “O condenado, no exercício de sua autodefesa, não pratica crime de falsidade ideológica ao omitir a verdade ou declarar fato que não seja verdadeiro”, afirmou o advogado. No pedido de trancamento, a defesa alegou, ainda, que requerimentos sujeitos à deliberação judicial, ainda que contenham informações inverídicas não podem caracterizar qualquer ilícito penal, em especial, o de falsidade ideológica. Segundo afirmou no pedido para o STJ, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFt) julgou e indeferiu o pedido de trancamento no dia 29/05/2008, segundo site oficial do Tribunal, a despeito de o acórdão não ter sido, até a entrada do pedido aqui, publicado no Diário Oficial. O presidente do STJ, ministro Humberto Gomes de Barros,

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negou a liminar. “Deficiente a instrução – falta cópia do inteiro teor do acórdão impugnado – indefiro o pedido”, decidiu. Após o envio das informações solicitadas pelo ministro, o processo segue para o Ministério Público Federal, que vai emitir parecer sobre o caso. Em seguida, retorna ao STJ, onde será relatado pela desembargadora convocada Jane Silva e levado à sessão de julgamentos da Sexta Turma.

09/07/2008 - 17h26Presidente do STJ homologa sentença estrangeira em tempo recorde

Apenas 13 dias foram necessários, da distribuição à decisão, para que uma sentença estrangeira de divórcio fosse homologada no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O tempo é menos de um terço do prazo médio para a tramitação desse tipo de feito no Tribunal. Em 25 de junho, os autos da sentença estrangeira procedente da Itália foram distribuídos ao presidente do STJ, ministro Humberto Gomes de Barros. Ontem (dia 8 de julho), o ministro homologou a sentença, conferindo validade no território nacional à decisão estrangeira. A tramitação de um processo costuma levar cerca de 45 dias. O processo que deu origem à sentença estrangeira tratou do divórcio de uma brasileira e um italiano. O Tribunal Cível e Penal de Milão decretou o divórcio do casal e incorporou acordo firmado entre eles sobre a guarda e o sustento dos filhos menores.

09/07/2008 - 10h37STJ assegura exumação para fazer exame de DNA a pedido de sobrinho

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por unanimidade, manteve a decisão que autoriza a exumação do corpo de empresário para a realização de exame de paternidade requerida por sobrinho que alega ser filho legítimo. Os ministros da Turma indeferiram o pedido da viúva do empresário, que pretendia reverter a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ/RJ) por meio de uma medida cautelar. O relator, ministro Ari Pargendler, ressaltou que a exumação do corpo do empresário e a subseqüente prova pericial constituem questões superadas em julgamento já realizado. Após o falecimento do empresário F.J.B.C., em 2001, sua viúva abriu o processo de inventário dos bens do marido. Depois dessa providência, o sobrinho dele entrou com a ação de investigação de paternidade cumulada com negatória de filiação e petição de herança. Ele alegou ter recebido uma carta de sua mãe em que ela teria revelado um envolvimento com seu cunhado (o empresário) e que esse seria seu verdadeiro pai. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) mandou lacrar o túmulo e, posteriormente, autorizou a exumação. A viúva entrou com medida cautelar no STJ para evitar o procedimento, entretanto esse recurso foi negado. O Tribunal julgou então o recurso especial de número 765.479, tendo como relator o ministro Humberto Gomes de Barros, e manteve a decisão de permitir a exumação para o exame de paternidade. A viúva recorreu de novo para tentar aplicar efeito suspensivo ao recurso, tendo sido, mais uma vez, negado o apelo. Por fim, a viúva entrou com nova medida cautelar para impedir a exumação. No último recurso, a defesa da viúva alegou que a perícia teria caráter gravíssimo e alegou que seria possível usar amostras de DNA de outros filhos do empresário. Afirmou, ainda, que o benefício da justiça gratuita teria sido concedido indevidamente ao sobrinho, pois ele foi dispensado do pagamento da caução prevista no artigo 835 do Código de Processo Civil (CPC). Em seu voto, o ministro Pargendler considerou que a exumação e o exame de DNA já seriam questões vencidas pelo julgamento do recurso especial. Também apontou que, como já dito na decisão do TJRJ, os outros filhos do empresário não podem ser obrigados a se submeter ao exame. E, mesmo se eles concordassem, a prova não seria definitiva, sempre havendo a possibilidade de um deles não ser filho biológico do falecido. Por fim, o ministro destacou que as questões relativas ao caráter suspensivo do recurso especial não teriam qualquer relação com a presente medida cautelar. Com essa fundamentação, o magistrado negou o recurso.

09/07/2008 - 09h21Nigeriano com filho brasileiro tem salvo-conduto negado e fica mantida expulsão do País

A simples prova de paternidade não é garantia absoluta para a permanência no Brasil de estrangeiro acusado de cometer crimes. Com esse entendimento, os ministros da Primeira Seção, por maioria, negaram pedido de salvo-conduto ao nigeriano U.D.O., que pretendia permanecer no País sob a alegação de ter um filho nascido no Brasil. O nigeriano é acusado de tráfico e produção de entorpecentes (artigo 12 e 18, inciso III, da Lei n. 6.358, de 1979). Ele obteve o visto permanente por ter se beneficiado da condição de refugiado reconhecida pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare). Ao ser denunciado por tráfico de entorpecentes, o nigeriano afirmou que o seu nome verdadeiro era Denis Turey e que era natural de Serra Leoa, contradizendo-se sobre as informações antes prestadas para a obtenção do visto permanente. Na ocasião, declarou não ter filhos, esposa e familiares no Brasil. Quando foi publicada a portaria do Ministério da Justiça nº 1.279, em julho de

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2007, que determinou a sua expulsão do Brasil, o acusado informou ter um filho brasileiro. A defesa afirmou que esse filho dependia economicamente do pai e, segundo o Estatuto do Estrangeiro (Lei n. 6.815/80), por essa razão, o nigeriano não poderia ser expulso. Em seu voto, a ministra Denise Arruda considerou que os fatos levantados no pedido de habeas-corpus devem ser provados, permitindo ver a ofensa ao direito do réu. Ela reconheceu que a Lei n. 6.815 protege os estrangeiros com filhos no Brasil, mas há exceções, como nas adoções ou na situação de o filho nascer após o delito. No caso, não há nenhuma evidência de que a criança resida com o pai ou dependa financeiramente dele. Além disso, a data da certidão de nascimento é apenas do dia anterior à denúncia contra U.D.O. Também há controvérsia em relação ao nome e nacionalidade, um forte indício de má-fé do acusado. Com essa fundamentação, a ministra negou o pedido de habeas-corpus.

09/07/2008 - 08h09STJ reduz indenização por protesto indevido de título de crédito

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça reduziu de R$ 133 mil para R$ 20 mil o valor da indenização por danos morais devida pelo Banco Bilbao Vizcaya e pela Gunga Empreendimentos Turísticos Ltda a um consumidor de Alagoas. Por unanimidade, os ministros entenderam que a quantia fixada está muito acima dos valores aceitos pelo Tribunal para os casos de protesto indevido de título de crédito. Segundo os autos, A.G.S.J. foi surpreendido quando o banco do qual é cliente lhe negou a renovação do cheque especial por ele ter sido protestado pela empresa Gunga Empreendimentos Turísticos Ltda. em razão da devolução de um cheque no valor de R$ 1.333,00 do Banco Excel Econômico. Detalhe: A.G.S.J. nunca foi correntista do banco sacado e jamais negociou com a empresa de turismo que requereu o protesto. O Juízo de Direito reconheceu os danos morais sofridos pelo autor e condenou as duas empresas ao pagamento da quantia de R$ 133 mil, equivalente a cem vezes o valor do cheque devolvido. A decisão foi mantida pela Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas. A empresa de turismo e o banco Bilbao Vizcaya Argentaria Brasil S/A, sucessor do Excel Econômico, recorreram ao STJ pedindo a redução do valor da indenização pela desconformidade com os padrões de razoabilidade e proporcionalidade recomendados pelo Tribunal. Segundo o relator, ministro Sidnei Beneti, o valor de R$ 133 mil destoa dos valores aceitos pelo STJ para casos semelhantes de simples protesto indevido de título de crédito. Para ele, além da impossibilidade de renovação do cheque especial, não há indicação de fato que demonstre a ocorrência de abalo creditício ou de outros constrangimentos que não os presumíveis. Ressaltou, ainda, que o evento danoso foi resultado da ação fraudulenta de terceiros que, mesmo não afastando a falha na prestação do serviço ao consumidor, atenua a responsabilidade das empresas recorrentes. Assim, acompanhando o voto do relator, a Turma entendeu que a quantia de R$ 20 mil cumpre com razoabilidade as finalidades de punir pelo ato ilícito cometido e de reparar a vítima pelo sofrimento moral experimentado.

08/07/2008 - 12h14Escrivão acusado de seqüestro e homicídio tem liminar negada

O escrivão afastado da Polícia Federal F.M.K., que responde por crime de extorsão mediante seqüestro e homicídio qualificado, continuará preso preventivamente. Ele não obteve êxito no pedido de liminar em habeas-corpus com a qual pretendia que fosse determinada ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) a apreciação do mérito do recurso lá impetrado. A decisão é do ministro Napoleão Nunes Maia Filho, que, ao negar o pedido da liminar, solicitou informações ao TRF e abriu vista dos autos ao Ministério Público Federal. Segundo o processo, o escrivão foi denunciado, junto com outro co-réu, pelo Ministério Público Federal. Ele estaria envolvido no crime de extorsão mediante seqüestro de dois homens com o objetivo de obter informações sobre um furto de cheques ocorrido alguns dias antes. Foi denunciado também por homicídio qualificado, em decorrência da morte de Marcelus Marques e Roni Cardoso. Segundo a defesa, F.M.K. está sofrendo constrangimento ilegal em decorrência da decisão do TRF2 que negou a liminar lá impetrada. Afirma ser pacífico o entendimento de que responder a outro processo, ou ser reincidente, o que não é o caso, não pode ser causa suficiente para a prisão preventiva. Afirma, ainda, que a alegação do TRF2 no sentido de que, por ser da Polícia Federal, ele poderia continuar a prática de atividades delituosas não procede, já que ele está afastado. Na decisão, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho afirma que a concessão da tutela de eficácia imediata (liminar) em habeas-corpus constitui medida de extrema excepcionalidade, somente admitida nos casos em que demonstrada de forma manifesta a necessidade e urgência da ordem, bem como o abuso de poder ou ilegalidade do ato impugnado. Segundo o ministro, tais circunstâncias não estão evidenciadas, razão pela qual negou o pedido do escrivão.

08/07/2008 - 11h39

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Corte Especial julga teoria da conspiração apresentada por advogadoVídeo-denúncia. Desordem mental. Mania de perseguição. Acusações esdrúxulas. Fatos fantasiosos. Elementos que já renderam teorias da conspiração bem exploradas pelo cinema e literatura também viraram peças de processo. Os ministros que compõem a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) analisaram, no final do semestre judiciário, uma ação penal que chamou a atenção dos advogados e cidadãos presentes à sessão de julgamento. Em pauta, uma queixa-crime oferecida pelo advogado C.F.G.G. contra o subprocurador-geral da República Eduardo Antônio Dantas Nobre, pela prática de injúria e difamação. Segundo o advogado, que ocupou a tribuna em causa própria, Eduardo Nobre teria afirmado, em parecer ministerial que discutia a admissibilidade de ações penais propostas por C.F.G.G. contra desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ/RJ), que ele seria portador de distúrbio mental. De acordo com as informações contidas nesses processos, o pai do advogado, oficial superior das Forças Armadas, teria atestado, em entrevista, que o filho realmente se achava “um tanto descontrolado, em estado de confusão mental, exagerando em seus pedidos como advogado”. C.F.G.G. entrou na Justiça contra desembargadores do TJ/RJ afirmando ter provas de que os magistrados participavam de um esquema de vendas de decisões judiciais entre outros crimes. O advogado apresentou ao Ministério Público (MP), uma fita que chamou de “vídeo-denúncia” contendo, na verdade, apenas imagens do autor da denúncia surfando, além da filmagem de pessoas transitando pelas ruas que, segundo o advogado, fariam parte do “crime-organizado que havia se infiltrado no TJ/RJ”. A fita de vídeo também trazia a imagem de um processo, supostamente do TJ/RJ, que seria prova da fraude que estaria ocorrendo no Tribunal fluminense. Diante da constatação de que o autor da denúncia apresentava um estado de desordem mental ratificados pelos relatórios de investigação da Polícia e demais pareceres da Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Nobre emitiu parecer no qual afirmou que C.F.G.G. seria portador de deficiência mental, “sendo incansável na iniciativa de provocar diversas autoridades com denúncias vagas, confusas, sem sentido”. Desse modo, as ações contra os desembargadores foram arquivadas. Inconformado, o advogado recorreu ao STJ afirmando que o representante do MP estaria tentando difamá-lo porque ele “investiga e denuncia o crime organizado no primeiro escalão”. Entretanto o relator do processo, ministro Ari Pargendler, não acolheu os argumentos de C.F.G.G. Segundo o ministro, o parecer do subprocurador-geral baseou-se em evidências extraídas dos documentos contidos nos autos e produzidos pelo próprio advogado. “Não pratica crime contra a honra o agente do Ministério Público que simplesmente relata as informações prestadas por outras autoridades, com o único fim de aferir a existência ou não de um delito, sem fazer qualquer juízo de valor a respeito”, avaliou. Pargendler salientou que o pedido do advogado sofria de “ausência de tipicidade”, por não haver, por parte do parecer do subprocurador-geral, “real intenção de ofender, de humilhar”. O ministro, então, rejeitou a queixa-crime e foi acompanhado por unanimidade pelos demais ministros da Corte Especial. Na oportunidade, a ministra Eliana Calmon comentou: “Este advogado tem seis ações penais contra quase todos os desembargadores do Rio de Janeiro. É impressionante a dificuldade que temos com ações como essa, que não vão para lugar algum. O tempo que se perde é inadmissível”, concluiu.

08/07/2008 - 10h17STJ confirma isenção de IR sobre indenização trabalhista

O Superior Tribunal de Justiça confirmou a isenção do imposto de renda sobre pagamentos relativos à indenização coletiva decorrente de convenção coletiva de trabalho e indenização pelo rompimento de contrato de trabalho durante a vigência da estabilidade temporária no emprego. Por unanimidade, a Primeira Turma do STJ rejeitou recurso da Fazenda que desejava cobrar o imposto sobre a verba recebida por Ricardo Gioavani Andretta. Segundo o relator, ministro Teori Albino Zavascki, embora represente acréscimo patrimonial, o pagamento de indenização por rompimento de vínculo funcional ou trabalhista é isento nas situações previstas no artigo 6º, V, da Lei n. 7.713/88 e no artigo 14 da Lei n. 9.468/97. Citando precedentes da Turma, o relator ressaltou que as fontes normativas do Direito do Trabalho não são apenas as leis em sentido estrito, mas também as convenções e os acordos coletivos, cuja força impositiva está prevista na própria Constituição (artigo 7º, inciso XXVI). “Conseqüentemente, pode-se afirmar que estão isentas de imposto de renda, por força do artigo 6º, V, da Lei n. 7.713/88, as indenizações por rescisão do contrato pagas pelos empregadores a seus empregados quando previstas em dissídio coletivo ou convenção trabalhista, inclusive, portanto, as decorrentes de programa de demissão voluntária instituídos em cumprimento das referidas normas coletivas”, destacou em seu voto. Para o ministro, ao estabelecer que "a indenização recebida pela adesão a programa de incentivo à demissão voluntária não está sujeita à incidência do imposto de renda", a súmula 215 do STJ se refere não apenas a pagamentos efetuados por pessoas jurídicas de direito público a servidores públicos civis, a título de incentivo à adesão a programas de desligamento

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voluntário do serviço público (isenção prevista no artigo 14 da Lei n. 9.468/97), mas também a indenizações por adesão de empregados a programas de demissão voluntária instituídos por norma de caráter coletivo (isenção compreendida no artigo 6º, V, da Lei n. 7.713/88). Teori Zavascki reconhece que a indenização paga em decorrência do rompimento imotivado do contrato de trabalho e em valor correspondente ao dos salários do período de estabilidade acarreta acréscimo ao patrimônio material e constitui fato gerador do imposto de renda. Contudo, como tal pagamento não se dá por liberalidade do empregador, mas por imposição da ordem jurídica, a indenização está abrigada pela norma de isenção do inciso XX do artigo 39 do Regulamento do Imposto de Renda/99. “Por isso, o valor não está sujeito à tributação do imposto de renda”, concluiu o relator.

08/07/2008 - 09h24Camargo Corrêa autorizada a tocar Projeto de Integração do rio São Francisco

A empresa Construções e Comércio Camargo Corrêa S/A, vencedora da licitação para a prestação de serviços relativos ao Projeto de Integração do rio São Francisco às Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional, está autorizada a realizar o serviço para o qual foi contratada. A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) indeferiu o pedido das empresas Camter – Construções e Empreendimentos S/A e Egesa Engenharia S/A para que fosse suspenso o ato da contratação da Camargo Corrêa. No pedido, as empresas afirmaram ter participado da licitação iniciada em 2 de julho, realizada pelo Ministério da Integração Nacional, objetivando a contratação de empresas de engenharia para a prestação de serviços ao Projeto de Integração do rio São Francisco. Sustentaram que a Comissão Especial de Licitação, em 10/1/2008, reuniu-se para a sessão de abertura dos envelopes contendo as propostas comerciais ofertadas pelo Lote 09, informando, por meio de ata, que o resultado do julgamento seria comunicado posteriormente a todas as licitantes e publicado no Diário Oficial da União (DOU). As empresas alegaram, ainda, que em 1º/2/2008 receberam, via fax, comunicado com o resultado do julgamento da licitação, na qual se sagrou vencedora a Camargo Corrêa, informando ainda estar o relatório de julgamento à disposição dos interessados no ministério. Feriado de carnaval Segundo as empresas, em decorrência do feriado de carnaval, elas só tiveram acesso aos autos em 6/2/2008, oportunidade em que providenciaram cópia do relatório de julgamento das propostas comerciais e cópia do despacho de homologação por ato do ministro de Estado da Integração Nacional, datado de 24/1/2008. Afirmaram que, logo após a homologação, foi publicado no DOU a concessão dos serviços objeto do Lote 09 à Camargo Corrêa, sem publicação na imprensa oficial do resultado do julgamento das propostas comerciais e sem possibilitar aos licitantes recurso, com efeito suspensivo, contra o julgamento das propostas. O ministro de Estado contestou informando que, no DOU de 6/2/2008, foi publicado o resultado do julgamento da licitação, e não a convocação do vencedor para a assinatura do contrato. Afirmou, ainda, que, com a publicação do resultado, poderiam ter impugnado o ato na esfera administrativa, como fez o consórcio Santa Bárbara/Enterpa/SPA/Rodominas/DP Barros/CMS, sem sucesso. No STJPara a relatora, ministra Eliana Calmon, mesmo que se admita, dentro do mais absoluto rigor formal, a irregularidade do procedimento, qual seria o prejuízo advindo se, a partir da publicação oficial do resultado, foi possível a interposição de recurso administrativo, como o fez uma das concorrentes da licitação. “Verifica-se, portanto, que se apegam as empresas a uma filigrana procedimental para, a partir daí, pedir a decretação da nulidade de um penoso, demorado e oneroso processo de escolha de uma empresa para a realização de uma obra pública”, assinalou a relatora.

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PGR: lei complementar de SC não pode legislar sobre aposentadoria de servidor 14/07/2008 10:44MPF/DF cobra devolução de pagamentos indevidos a servidores do TJDFT 11/07/2008 17:24CNMP afasta promotores de Justiça do MP de Minas 09/07/2008 17:37

PGR: lei complementar de SC não pode legislar sobre aposentadoria de servidor14/7/2008 10h44

Norma catarinense invade competência do chefe do Poder Executivo.Somente o chefe do Poder Executivo tem iniciativa para dispor sobre leis que tratem de aposentadoria de servidores públicos. Além disso, os estados são obrigados a seguir normas da União relativas à Previdência Social, em especial, acerca da aposentadoria especial de servidores públicos. Esse é o entedimento do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, que enviou um parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele opinou a favor do governador de Santa Catarina, que ajuizou ação direta de inconstitucionalidade (ADI 4043) contra a Lei Complementar nº 171/2008, de autoria da Assembléia Legislativa daquele estado. A lei instituiu aposentadoria especial a engenheiros civil, de minas, de metalurgia, eletricistas e técnicos de controle ambiental. O procurador-geral da República explicou que a referida lei complementar viola o disposto no artigo 61, parágrafo 1º, inciso II, alínea 'c', da Constituição Federal, que determina ser privativa do chefe do Poder Executivo a iniciativa de leis que disponham sobre aposentadoria de servidores públicos, norma de observância obrigatória pelos estados, conforme jurisprudência do STF. Antonio Fernando afirma que normas gerais sobre a Previdência Social devem ser estabelecidas pela União, em regulamentação uniforme, ou seja, igual para todos os estados: “Aos estados e municípios é imposta irrestrita observância aos ditames constitucionais que conduzem à uniformização dos pilares do modelo de previdência dos servidores públicos. Ou, no outro modo de dizer, tempo de contribuição não pode ser alterado ao alvedrio dos entes federados, sob pena de o benefício da aposentadoria ser absolutamente diferenciado para cada unidade da Federação”. Além disso, o procurador questiona a concessão de aposentadoria especial para os servidores que exercem os cargos de engenheiro civil, de minas, de metalurgia, eletricistas e técnicos de controle ambiental de Santa Catarina. Para ele, os padrões diferenciados de contagem (aposentadoria especial), que é absoluta exceção ao regime organizado pela Constituição Federal, devem atender a critérios de âmbito nacional. “Não fosse assim, sistemáticas locais criariam universos absolutamente distintos para classes similares de servidores, a depender as distinções unicamente de um critério territorial. E, aqui, o comportamento estadual propiciaria quadro de diferenciação desarrazoado”. Por isso, para Antonio Fernando, a lei complemntar desrespeita, também, o parágafo 4º do artigo 40 (Emenda Constitucional 47/2005). O parecer de Antonio Fernando será analisado pelo ministro Eros Grau, relator da ação no STF.

MPF/DF cobra devolução de pagamentos indevidos a servidores do TJDFT11/7/2008 17h24

Prejuízos à União somam mais de 310 milhões de reais.O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) entregou um pedido de providência para que o Conselho Nacional de Justiça determine ao Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) a devolução de pagamentos indevidos a servidores do órgão, entre 1997 e 2007. O procurador da República Lauro Cardoso, autor do pedido, aponta duas irregularidades cometidas pelo tribunal: o pagamento de função integral cumulada ao vencimento do cargo efetivo ocupado pelo servidor; e a não restituição de valores remuneratórios pagos por força de decisões liminares, já revogadas pelo próprio tribunal. No total, os prejuízos à União somam mais de 310 milhões de reais. O procurador sustenta que a acumulação de benefícios contrariou orientação normativa do Tribunal de Contas da União (TCU), publicada em junho de 2003. Embora o TJDF alegue que o pagamento está amparado em decisões judiciais decorrentes de mandados de segurança, o MPF apurou que todos os processos citados foram extintos sem julgamento de mérito, em 2002 e 2003. Portanto, não existia nenhuma decisão judicial que obrigasse o tribunal a realizar tais pagamentos até 2007. A segunda situação irregular apontada pelo procurador refere-se a servidores que, em função de liminares concedidas em mandados de segurança, receberam um reajuste de 10,87%, relativo à variação acumulada do IPC-r, entre janeiro e junho de 1995. As liminares foram revogadas com o julgamento definitivo dos processos, mas o TJDFT jamais cobrou os valores pagos provisoriamente dos servidores beneficiados, como prevê a Lei nº 8.112/90, que rege os servidores públicos da União. “No momento em que foi revogada a decisão precária que determinava o pagamento integral das funções, surgiu a obrigação, para os servidores, de restituir o erário do valor que receberam por força daquela medida, e ao presidente do Tribunal de Justiça, de cobrá-los”, sustenta Cardoso.

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Omissão – As irregularidades nos pagamentos realizados pelo TJDFT já haviam sido alertadas diretamente pelo Ministério Público, em recomendações encaminhadas ao presidente do tribunal em novembro de 2007 e fevereiro de 2008, respectivamente. Em resposta ao MPF, em 13 de dezembro, o então desembargador presidente Lécio Resende informou que mandou suspender o pagamento de benefícios excludentes a partir de janeiro desse ano. Em relação à restituição aos cofres públicos de valores já pagos, afirmou que só tomará providências depois que o TCU analisar o pedido de reconsideração apresentado pelo TJDFT contra a decisão da corte de contas que apontou irregularidades nos pagamentos feitos em 2003 e 2004 e aplicou multa de 20 mil reais ao presidente do tribunal à época, Natanael Caetano (Acórdão nº 1.006/2005). A recomendação integra o inquérito civil público instaurado em 2004 na Procuradoria da República no Distrito Federal para apurar lesões ao patrimônio público da União e prática de improbidade administrativa por agentes públicos, em razão de decisões administrativas e/ou judiciais do TJDFT, do Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF) e do Ministério Público do DF e Territórios, relativas à concessão de benefícios remuneratórios a seus integrantes e servidores. Recomendações semelhante foram encaminhadas ao TRE e ao MPFDFT. Este acatou a recomendação integralmente. O TRE a acolheu parcialmente e solicitou prazo para apuração dos valores pagos indevidamente. Diante da negativa do TJDFT, o Ministério Público Federal encaminhou, via procurador-geral da República, o pedido de providência ao Conselho Nacional de Justiça, responsável pelo controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário. Clique aqui para ver a íntegra do documento.

CNMP afasta promotores de Justiça do MP de Minas9/7/2008 17h37

Conselho determinou afastamento dos promotores de Justiça substitutos Manuela Xavier Lages e Marcelo Dumont Pires de suas atividades.

Na sessão ordinária da última segunda-feira, 7 de julho, o Plenário do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) determinou o afastamento liminar dos promotores de Justiça substitutos de Minas Gerais Manuela Xavier Lages e Marcelo Dumont Pires de suas atividades funcionais. Segundo o voto do relator, conselheiro Fernando Quadros, os promotores, ainda em estágio probatório, ajustaram entre si uma combinação para que um substituísse o outro no trabalho em dias previamente ajustados durante o plantão forense, em que ambos deveriam estar em serviço, utilizando-se, inclusive, da falsificação de assinatura em peças processuais. O Plenário do CNMP, por maioria, acolheu o voto do relator e determinou a abertura de procedimento de controle administrativo, a fim de analisar decisão do Conselho Superior do Ministério Público de Minas Gerais que, a partir dos fatos evolvendo os promotores, havia aberto processo de vitaliciamento e aplicado pena de advertência a eles, mantendo, conseqüentemente, Manuela e Marcelo na carreira do MP. O voto do conselheiro Fernando Quados, pelo afastamento dos promotores e abertura de procedimento de controle administrativo, foi apresentado na sessão do dia 28 de abril. Na ocasião, o conselheiro Diaulas Ribeiro pediu vista do processo (917/2007-99) e, na sessão de segunda-feira, 7 de julho, apresentou voto-vista pelo arquivamento do procedimento. A maioria dos conselheiros, no entanto, decidiu acompanhar o posicionamento do conselheiro Fernando Quadros e determinar o afastamento dos promotores até o julgamento definitivo do caso pelo CNMP. O procurador-geral de Justiça do MP de Minas Gerais será oficialmente informado da decisão do CNMP, para que tome as providências cabíveis.

Responsável pelo “Seleções da Biblioteca” : Jussara de Mello Toledo RamosMINISTÉRIO PÚBLICO DO PARANÁ – DIVISÃO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO

Fone/Fax: (41) 3250-4555

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