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LISTA DE EXERCÍCIOS BRASIL COLÔNIA, PRIMEIRO REINADO E REGÊNCIAS 1. (Ufpe 2012) O trabalho escravo garantia a colonização, mesmo que atingisse a dignidade humana e se chocasse com os princípios da religião católica romana, uma das instituições articuladoras da ocupação das terras americanas. No Brasil colonial, o trabalho escravo: ( ) foi usado nas plantações de cana de açúcar, mas recebeu a condenação dos holandeses no período de suas invasões às terras pernambucanas. ( ) definiu a identidade cultural da sociedade da época, sendo aceito, pelos nativos, sem resistência, em todas as atividades econômicas da colônia. ( ) contou com a participação de comerciantes europeus nas conexões com a África, favorecendo os países poderosos, como a Inglaterra. ( ) estendeu-se pela região sudeste, mas não participou, com destaque, da exploração do ouro, devido à falta de preparo técnico dos trabalhadores. ( ) conseguiu fixar-se na monocultura, com presença marcante na produção do açúcar, o que não o impediu de existir, embora com menos intensidade, nas vilas e cidades da colônia. 2. (Ufpe 2012) A presença dos holandeses foi marcante na história dos tempos coloniais. De fato, os holandeses possuíam grande poder de investimento e tinham rivalidades com outras nações da Europa. No Brasil, a presença holandesa em terras pernambucanas: ( ) deu-se, apenas, devido às rivalidades religiosas existentes entre católicos e protestantes, responsáveis por guerras contínuas e influentes na gestão das terras americanas. ( ) favoreceu o crescimento da produção açucareira, afastou a Espanha de Portugal e trouxe vantagens para as relações políticas com a democracia. ( ) movimentou o mercado internacional do açúcar, alterou relações diplomáticas e trouxe novas práticas sociais. ( ) derrubou os preconceitos contra a mão de obra escrava e recuperou Pernambuco da forte crise econômica que atravessava. ( ) trouxe novos hábitos para a colônia, com a vinda das ideias renascentistas, embora não tenha consolidado a aceitação da religião protestante na sociedade da época. 3. (Unicamp 2011) Uma análise das lutas suscitadas pela ocupação holandesa no Brasil pode ajudar a desconstruir ideias feitas. Uma tese tradicional diz respeito ao reforço da identidade brasileira durante as lutas com os holandeses: a luta pela expulsão dos holandeses seria obra muito mais dos brasileiros e negros do que dos portugueses. Já a tese que critica essa associação entre a experiência da dominação holandesa e a gênese de um sentimento nativista insiste nas divisões – no âmbito da economia açucareira – entre senhores de engenho excluídos ou favorecidos pela ocupação holandesa. Página 1 de 19

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LISTA DE EXERCÍCIOS BRASIL COLÔNIA, PRIMEIRO REINADO E REGÊNCIAS

1. (Ufpe 2012) O trabalho escravo garantia a colonização, mesmo que atingisse a dignidade humana e se chocasse com os princípios da religião católica romana, uma das instituições articuladoras da ocupação das terras americanas. No Brasil colonial, o trabalho escravo: ( ) foi usado nas plantações de cana de açúcar, mas recebeu a condenação dos holandeses

no período de suas invasões às terras pernambucanas. ( ) definiu a identidade cultural da sociedade da época, sendo aceito, pelos nativos, sem

resistência, em todas as atividades econômicas da colônia. ( ) contou com a participação de comerciantes europeus nas conexões com a África,

favorecendo os países poderosos, como a Inglaterra. ( ) estendeu-se pela região sudeste, mas não participou, com destaque, da exploração do

ouro, devido à falta de preparo técnico dos trabalhadores. ( ) conseguiu fixar-se na monocultura, com presença marcante na produção do açúcar, o

que não o impediu de existir, embora com menos intensidade, nas vilas e cidades da colônia.

2. (Ufpe 2012) A presença dos holandeses foi marcante na história dos tempos coloniais. De fato, os holandeses possuíam grande poder de investimento e tinham rivalidades com outras nações da Europa. No Brasil, a presença holandesa em terras pernambucanas: ( ) deu-se, apenas, devido às rivalidades religiosas existentes entre católicos e protestantes,

responsáveis por guerras contínuas e influentes na gestão das terras americanas. ( ) favoreceu o crescimento da produção açucareira, afastou a Espanha de Portugal e trouxe

vantagens para as relações políticas com a democracia. ( ) movimentou o mercado internacional do açúcar, alterou relações diplomáticas e trouxe

novas práticas sociais. ( ) derrubou os preconceitos contra a mão de obra escrava e recuperou Pernambuco da

forte crise econômica que atravessava. ( ) trouxe novos hábitos para a colônia, com a vinda das ideias renascentistas, embora não

tenha consolidado a aceitação da religião protestante na sociedade da época. 3. (Unicamp 2011) Uma análise das lutas suscitadas pela ocupação holandesa no Brasil pode ajudar a desconstruir ideias feitas. Uma tese tradicional diz respeito ao reforço da identidade brasileira durante as lutas com os holandeses: a luta pela expulsão dos holandeses seria obra muito mais dos brasileiros e negros do que dos portugueses. Já a tese que critica essa associação entre a experiência da dominação holandesa e a gênese de um sentimento nativista insiste nas divisões – no âmbito da economia açucareira – entre senhores de engenho excluídos ou favorecidos pela ocupação holandesa.

(Adaptado de Diogo Ramada Curto, Cultura imperial e projetos coloniais (séculos XV a XVIII). Campinas: Editora da Unicamp, 2009, p. 278.)

a) Identifique no texto duas interpretações divergentes a respeito da luta contra a dominação holandesa no Brasil.

b) Mencione dois fatores que levaram à invasão de Pernambuco pelos holandeses no século XVII. 4. (Ufmg 2011) Observe este mapa:

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Nesse mapa, estão representados os limites territoriais da Colônia Portuguesa na América estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas, em 1494, e pelo Tratado de Madri, em 1750.

1. Considerando os respectivos períodos históricos, identifique e explique uma diferença que caracteriza o traçado correspondente a cada um desses tratados.Tratado de Tordesilhas: Tratado de Madri:

2. Caracterize o contexto em que cada um desses tratados foi estabelecido.Tratado de Tordesilhas: Tratado de Madri:

5. (Fuvest 2011) Observe a seguinte foto.

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Essas duas estátuas representam bandeirantes paulistas do século XVII e trazem conteúdos de uma mitologia criada em torno desses personagens históricos.a) Caracterize a mitologia construída em torno dos bandeirantes paulistas.b) Indique dois aspectos da atuação dos bandeirantes que, em geral, são omitidos por essa

mitologia. 6. (Unb 2011) Durante séculos, os escravos afro-americanos aprenderam a ler em condições extraordinariamente difíceis, arriscando a vida. Aqueles que quisessem se alfabetizar eram forçados a encontrar métodos tortuosos de aprender. Aprender a ler, para os escravos, não era um passaporte imediato para a liberdade, mas uma maneira de ter acesso a um dos instrumentos poderosos de seus opressores: o livro. Os donos de escravos (tal como os ditadores, tiranos, monarcas absolutos e outros detentores do poder) acreditavam firmemente no poder da palavra escrita. Como séculos de ditadores souberam, uma multidão analfabeta é mais fácil de dominar; uma vez que a arte da leitura não pode ser desaprendida, o segundo melhor recurso é limitar seu alcance. Os livros, escreveu Voltaire no panfleto satírico Sobre o Terrível Perigo da Leitura, “dissipam a ignorância, a custódia e a salvaguarda dos estados bem policiados”.

Alberto Manguel. Uma história da leitura. (Trad. Pedro Maia Soares). São Paulo: Companhia das Letras, 1997, p. 312-15 (com adaptações).

A partir do texto acima, julgue o item abaixo.

Em Salvador, na rebelião conhecida como a Revolta dos Malês — confronto sangrento entre escravos africanos seguidores do islamismo e tropas do governo brasileiro —, destaca-se o fato de muitos revoltosos estarem aptos para ler e escrever no idioma árabe, o que contribuiu para a preparação da insurreição. 7. (Fuvest 2010) O texto (I) e a imagem (II) a seguir foram produzidos por viajantes europeus que estiveram no Brasil na primeira metade do século XIX e procuraram retratar aspectos da sociedade que aqui encontraram.

I: “Como em todas as lojas, o mercador se posta por trás de um balcão voltado para a porta, e é sobre ele que distribui aos bebedores a aguardente chamada cachaça, cujo sabor detestável tem algo de cobre e fumaça.”

Auguste de Saint-Hilaire, 1816.

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II:

Indique elementos ou indícios presentes no texto ou na imagem que sinalizem características da época relativas a

a) fontes de energia.b) processos de industrialização.c) vida urbana. 8. (Enem 2ª aplicação 2010) O alfaiate pardo João de Deus, que, na altura em que foi preso, não tinha mais do que 80 réis e oito filhos, declarava que “Todos os brasileiros se fizesse franceses, para viverem em igualdade e abundância”.

MAXWELL, K. Condicionalismos da independência do Brasil. SILVA, M. N. (Org.). O império luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986.

O texto faz referência à Conjuração Baiana. No contexto da crise do sistema colonial, esse movimento se diferenciou dos demais movimentos libertários ocorridos no Brasil por a) defender a igualdade econômica, extinguindo a propriedade, conforme proposto nos

movimentos liberais da França napoleônica. b) introduzir no Brasil o pensamento e o ideário liberal que moveram os revolucionários

ingleses na luta contra o absolutismo monárquico. c) propor a instalação de um regime nos moldes da república dos Estados Unidos, sem alterar

a ordem socioeconômica escravista e latifundiária. d) apresentar um caráter elitista burguês, uma vez que sofrera influência direta da Revolução

Francesa, propondo o sistema censitário de votação. e) defender um governo democrático que garantisse a participação política das camadas

populares, influenciado pelo ideário da Revolução Francesa. 9. (Ufg 2010) Analise os mapas a seguir.

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Os dois mapas foram produzidos, respectivamente, em 1519 e 1638 e descrevem, de forma distinta, o continente americano. Com base na comparação entre os mapas, explique a relação entre representação cartográfica e o conhecimento do território, em cada um deles. 10. (Upe 2009) Com a Abdicação de D. Pedro I, romperam-se os elos entre Brasil e Portugal. Consolidou-se, assim, o poder dos latifundiários, os quais conseguiram moldar uma monarquia liberal-escravista de acordo com seus interesses e expectativas. Nessa perspectiva, é correto afirmar. ( ) A Abdicação foi resultado de um conflito que vinha de antes da Independência, o conflito

entre lusitanismo e a classe dominante nacional. ( ) Para a classe dominante nacional, o absolutismo de D. Pedro I representava a garantia

da manutenção de uma ordem que ajustava os seus principais interesses. ( ) Economicamente, o Brasil vivia um longo hiato intercíclico, não havendo nenhum produto

de exportação que se salientasse. ( ) A Abdicação de D. Pedro I deve ser vista, exclusivamente, pela sua motivação em

favorecer sua filha D. Maria da Glória. ( ) A monarquia logrou impor o centralismo unitarista acima de federalismo, criando uma

unidade nacional. 11. (Ufsc 2009) "A fuga da família real portuguesa para o Brasil abriu o único período na história em que um império colonial foi governado de fora da Europa. Em 1807, sob forte pressão britânica e com o imperador francês Napoleão Bonaparte expandindo seu poder pelo continente, Dom João 6º [sic], então príncipe regente de Portugal, decide transferir a sede do reino para o Rio de Janeiro. Apesar de planejada e debatida por muito tempo, a mudança se deu de modo atabalhoado e às pressas. Nem todos os que deveriam viajar conseguiram embarcar, e o mesmo aconteceu com parte da bagagem, incluindo os livros da biblioteca real, abandonados em caixotes. Quando a frota portuguesa partiu, amparada por navios ingleses, as tropas do general francês Junot se aproximavam de Lisboa."

COLOMBO, Sylvia. Confronto e Calmaria. "Folha de São Paulo", São Paulo, 2 mar. 2008. Especial, p. 2.

Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre a história ibérica, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).

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01) O deslocamento da Família Real de Lisboa para o Brasil, em 1808, foi provocado pelas ameaças de invasão militar dos ingleses e a ingenuidade política do rei D. João VI, que assumiu o poder após a morte de sua mãe, D. Maria, a Louca.

02) A instalação da corte portuguesa no Rio de Janeiro, em 1808, transformou o Brasil no único exemplo da história ocidental em que um império colonial foi governado de fora da Europa.

04) Durante o século XIX, pressionado pelos ingleses e com a invasão dos seus territórios pelas tropas francesas, o rei da Espanha decidiu seguir o exemplo de D. João VI e transferiu a sede do governo para Buenos Aires.

08) A viagem da corte portuguesa para o Brasil foi planejada desde 1807 e permitiu um transcurso direto, rápido e tranquilo até o Rio de Janeiro, cidade que dispunha de alojamentos suficientes para hospedar um número superior a 10 mil nobres lusitanos.

16) A transferência da sede administrativa do reino português para o Rio de Janeiro exigiu a criação de instituições como o Banco do Brasil, a Imprensa Real e a Academia Militar.

32) Instalados no Rio de Janeiro, os nobres portugueses conviveram com epidemias de malária e ataques de pulgas e piolhos. A princesa Carlota Joaquina perdeu a vida ao contrair dengue hemorrágico, frustrando seu projeto de invasão da Argentina.

12. (Ufsc 2009) "Se edificámos com eles as suas igrejas [...], eles servem a Deus e a si, nós servimos a Deus e a eles; mas não eles a nós. Se nos vêm buscar em uma canoa [...], para os ir doutrinar por seu turno, ou para ir sacramentar os enfermos a qualquer hora do dia ou da noite, em distância de trinta, de quarenta, e de sessenta léguas, não nos vêm eles servir a nós, nós somos os que os imos servir a eles." [sic]

VIEIRA, António. "Obras completas do Padre António Vieira: Sermões". Porto: Lello & Irmão, 1959. p. 39.

Durante o ano de 2008, celebram-se os 400 anos do nascimento do padre Antônio Vieira, missionário jesuíta, pregador renomado e autor do fragmento anteriormente citado. Sobre o padre Antônio Vieira e a atuação dos jesuítas na América, é CORRETO afirmar que: 01) Os missionários jesuítas, entre eles José de Anchieta, Manuel da Nóbrega e Antônio Vieira,

atuaram no Brasil, na tentativa de converter os povos indígenas ao Catolicismo. 02) Os Aldeamentos e Reduções foram criados pelos missionários jesuítas no Brasil, Paraguai

e Argentina, como tentativas de escravização das comunidades indígenas. 04) A autonomia administrativa permitida aos jesuítas pelas autoridades da Espanha e de

Portugal possibilitou aos grupos aldeados e às Reduções um desenvolvimento pacífico e harmonioso até o século XX.

08) Na América do Sul os jesuítas fundaram Aldeamentos, Reduções e Escolas, nos quais pretendiam educar os colonos e convencer os povos indígenas que a aceitação pacífica do trabalho escravo os tornaria dignos do Céu.

16) Nas Reduções e Aldeamentos do Paraguai e do Brasil, além da evangelização, os jesuítas organizavam atividades artísticas, como a música e o teatro.

32) O padre Antônio Vieira, além de dedicar-se às atividades missionárias, atuou como pregador e publicou extensa obra, com destaque para os "Sermões", que reúnem as suas pregações.

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13. (Ufsc 2007) "Estávamos na horta da minha casa, e o preto andava em serviço; chegou-se a nós e esperou.

- É casado, disse eu para Escobar. Maria onde está?

- Está socando milho, sim, senhor.

- Você ainda se lembra da roça, Tomás?

- Alembra, sim, senhor.

- Bem, vá-se embora.

Mostrei outro, mais outro, e ainda outro, este Pedro, aquele José, aquele outro Damião...

- Todas as letras do alfabeto, interrompeu Escobar.

Com efeito, eram diferentes letras, e só então reparei nisto; apontei ainda outros escravos, alguns com os mesmos nomes, distinguindo-se por um apelido, ou da pessoa, como João Fulo, Maria Gorda, ou de nação como Pedro Benguela, Antônio Moçambique...

- E estão todos aqui em casa? perguntou ele.

- Não, alguns andam ganhando na rua, outros estão alugados. Não era possível ter todos em casa. Nem são todos os da roça; a maior parte ficou lá.

- O que me admira é que D. Glória se acostumasse logo a viver em casa da cidade, onde tudo é apertado; a de lá é naturalmente grande.

- Não sei, mas parece. Mamãe tem outras casas maiores que esta; diz porém que há de morrer aqui. As outras estão alugadas. Algumas são bem grandes, como a da Rua da Quitanda..."

ASSIS, Machado de. "Dom Casmurro". São Paulo: FTD, 1991, p. 145.

No diálogo anterior, Escobar e Bentinho conversam sobre os escravos da família deste.

Sobre o período da escravidão no Brasil, é CORRETO afirmar que:

01) a presença dos escravos no Brasil Imperial podia ser percebida em diferentes atividades, desde os trabalhos nas lavouras até serviços domésticos nas casas de fazenda e centros urbanos.

02) os escravos eram trazidos da África, provenientes de uma única região. Isto facilitou a socialização entre os grupos de escravos trazidos ao Brasil.

04) a submissão ao senhor latifundiário era incontestada. Prova disso é a inexistência de fontes históricas que provem a resistência dos escravos às péssimas condições de vida às quais eram submetidos.

08) a concentração da propriedade nas mãos de poucos foi uma característica do período de escravidão no Brasil. Um grande proprietário de terras também podia possuir imóveis urbanos que contribuíam em muito para o aumento de sua riqueza.

16) a extinção da escravidão garantiu melhores condições de vida aos africanos e seus descendentes, uma vez que a eles eram garantidas as vagas nas indústrias emergentes no Brasil.

32) durante o período de introdução da cultura cafeeira no Brasil, o trabalho escravo já não era mais utilizado.

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14. (Ufpr 2004) A grande pobreza e a produção agrícola voltada para o mercado interno marcaram o processo de formação da capitania de São Vicente. É nesse quadro que se observam, ao longo do século XVII, algumas características daquela sociedade, bem como as marcas de sua expansão em direção ao sul, ao centro-oeste e ao extremo norte do Brasil colonial. Assim, pois, fez(fizeram) parte desse processo: 01) A formação do bandeirantismo, ou das bandeiras, as quais consistiam em adentrar-se

pelas matas para capturar índios, sobretudo guaranis, para convertê-los em escravos. As bandeiras contavam com grupos de dezenas e até centenas de pessoas.

02) A incorporação de enormes contingentes de escravos africanos para o trabalho nas lavouras do planalto, transportados aos campos de Piratininga através do Caminho do Mar.

04) A dedicação à busca de metais e pedras preciosas, o que leva à criação de vilas como Iguape, no litoral sul do atual estado de São Paulo, e Paranaguá, no atual estado do Paraná. Nessas localidades, verificou-se um breve surto de mineração que ocasionou a formação das "faiscações", isto é, de empreendimentos voltados para a procura de faíscas de ouro.

08) A necessidade de enfrentar longas distâncias com o objetivo de capturar índios para o trabalho na lavoura comercial do planalto paulista. É o que nos permite compreender a ampla presença de paulistas na região do Guairá, no atual estado do Paraná, bem como os deslocamentos até a região do Araguaia e mesmo até Belém, como se verificou com a bandeira comandada por Raposo Tavares.

16) A resistência aos ataques promovidos pelos paulistas às missões jesuíticas, a qual implicou a remoção das missões restantes para a região onde hoje se encontra o Uruguai e a constituição de grupos de guerreiros indígenas.

15. (Enem 2001) Rui Guerra e Chico Buarque de Holanda escreveram uma peça para teatro chamada "Calabar", pondo em dúvida a reputação de traidor que foi atribuída a Calabar, pernambucano que ajudou decisivamente os holandeses na invasão do Nordeste brasileiro, em 1632.

- Calabar traiu o Brasil que ainda não existia? Traiu Portugal, nação que explorava a colônia onde Calabar havia nascido? Calabar, mulato em uma sociedade escravista e discriminatória, traiu a elite branca?

Os textos referem-se também a esta personagem.

Texto I:

"... dos males que causou à Pátria, a História, a inflexível História, lhe chamará infiel, desertor e traidor, por todos os séculos"

Visconde de Porto Seguro, in: SOUZA JÚNIOR, A. Do Recôncavo aos Guararapes. Rio de Janeiro: Bibliex, 1949.

Texto II

"Sertanista experimentado, em 1627 procurava as minas de Belchior Dias com a gente da Casa da Torre; ajudara Matias de Albuquerque na defesa do Arraial, onde fora ferido, e desertara em consequência de vários crimes praticados..." (os crimes referidos são o de contrabando e roubo).

CALMON P. História do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1959.

Pode-se afirmar que: a) A peça e os textos abordam a temática de maneira parcial e chegam às mesmas

conclusões. b) A peça e o texto I refletem uma postura tolerante com relação à suposta traição de Calabar,

e o texto II mostra uma posição contrária à atitude de Calabar. c) Os textos I e II mostram uma postura contrária à atitude de Calabar, e a peça demostra uma

posição indiferente em relação ao seu suposto ato de traição. d) A peça e o texto II são neutros com relação à suposta traição de Calabar, ao contrário do

texto I, que condena a atitude de Calabar.

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e) A peça questiona a validade da reputação de traidor que o texto I atribui a Calabar, enquanto o texto II descreve ações positivas e negativas dessa personagem.

16. (Ufpr 1999) Sobre as rebeliões ocorridas no Brasil, durante o período colonial, é correto afirmar: 01) A Revolta de Beckmann (1684), no Maranhão, pode ser considerada a primeira rebelião de

cunho social no país, pois, com o apoio dos jesuítas, uniu brancos, escravos negros e índios contra os desmandos da Coroa Lusitana.

02) A Guerra dos Emboabas (1707-1709), em Minas Gerais, é considerada precursora dos ideais da Inconfidência Mineira, pois sua liderança tentava unir mineradores paulistas e portugueses na luta contra a espoliação da riqueza aurífera pela Metrópole.

04) A Guerra dos Mascates (1710-1712), ocorrida em Pernambuco, não pode ser entendida como uma revolta contra o jugo colonial, pois ela foi motivada, principalmente, por causa da disputa pelo controle econômico e político local entre comerciantes do Recife e senhores de engenho de Olinda.

08) A Inconfidência Mineira (1789) teve maior conotação colonial do que social, porque foi movimento de reação dos colonos contra as pressões exercidas pela Metrópole, e porque o objetivo principal de sua liderança era obter a separação política do Brasil de Portugal.

16) A Conjuração Baiana (1798) teve maior conotação social do que colonial, porque sua liderança não propunha a separação política, além de defender a Monarquia Portuguesa.

17. (Uece 1996) "A armada de Martim Afonso de Sousa, que deveria deixar Lisboa a 3 de dezembro de 1531, vinha com poderes extensíssimos, se comparados aos das expedições anteriores, mas tinha como finalidade principal desenvolver a exploração e limpeza da costa, infestada, ainda e cada vez mais, pela atividade dos comerciantes intrusos." (HOLANDA, Sérgio Buarque de. "As Primeiras Expedições." in: HOLANDA, Sérgio Buarque de. (org) HISTÓRIA GERAL DA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA. Tomo I, Volume 1. São Paulo: DIFEL, 1960. p. 93.)

Com base nesta citação, assinale a alternativa que indica corretamente os principais objetivos das primeiras expedições portuguesas às novas terras descobertas na América: a) expulsar os contrabandistas de pau-brasil e combater os holandeses instalados em

Pernambuco b) garantir as terras brasileiras para Portugal, nos termos do Tratado de Tordesilhas, e expulsar

os invasores estrangeiros c) instalar núcleos de colonização estável, baseados na pequena propriedade familiar, e

escravizar os indígenas d) estabelecer contatos com as civilizações indígenas locais e combater os invasores franceses

na Bahia TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos parênteses a soma dos itens corretos.

18. (Ufba 1996) A observação do mapa a seguir e os conhecimentos sobre as pressões estrangeiras no Brasil colonial permitem afirmar:

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01) A invasão da Capitania do Maranhão pelos franceses despertou a metrópole portuguesa

para a necessidade de ocupar e colonizar efetivamente a região. 02) A ocupação simultânea da baía de Guanabara e da Capitania do Maranhão pelos

franceses decorreu, entre outros fatores, de divergências religiosas na Europa e só se concretizou após a aliança dos invasores com os traficantes de escravos e indígenas.

04) A concorrência que se estabeleceu entre as nações mercantilistas europeias pela posse de áreas coloniais explica a constante presença de invasores estrangeiros no litoral das terras do Brasil.

08) A concentração de invasores estrangeiros no Nordeste resulta não só da importância da região na exportação do açúcar e na exploração do pau-brasil, mas também da presença, aí, dos principais centros urbanos coloniais.

16) A Nova Holanda, representada no mapa, foi organizada pelos invasores, após a expulsão dos antigos colonizadores portugueses e de seus escravos indígenas e africanos.

32) A presença de corsários ingleses contribuiu para a instalação de uma economia agrícola voltada para a exportação, na Capitania de São Vicente.

64) A instalação dos governos gerais e a posterior criação do Estado do Maranhão resultaram, entre outros fatores, da necessidade de defender a Colônia contra a ação de corsários e invasores estrangeiros.

19. (Ufba 1996) A análise da ilustração e os conhecimentos sobre o Brasil colonial permitem afirmar:

01) No referido período histórico, a população colonial gozava dos mesmos direitos de

cidadania concedidos à população metropolitana. 02) A parte inferior da ilustração representa o enraizamento de ideias anticoloniais e

antimonopolistas em setores ilustrados e populares do Brasil colonial. 04) Os movimentos de Beckman, Maneta e Vila Rica não podem ser incluídos na

representação, por terem eles se constituído episódios que se limitavam a contestar aspectos específicos da dominação colonial.

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08) A parte superior da ilustração significa a sobrevivência dos ideais presentes nos movimentos anticoloniais, abrindo espaço para a independência e a construção do Estado Nacional.

16) Os movimentos anticoloniais do século XVII, à semelhança dos indicados na figura, buscavam a consolidação da unidade nacional.

32) Os movimentos indicados na representação assemelham-se, no que se refere à categoria social dos seus componentes, aos fundamentos ideológicos, aos planos de ação e divulgação e às propostas econômicas, políticas e sociais.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Assinale as proposições corretas, some os números a elas associados e marque no espaço apropriado.

20. (Ufba 1994) "Brasileiros!

Salta aos olhos a negra perfídia,

são patentes os reiterados

perjúrios do Imperador,

e está conhecida nossa ilusão

ou engano em adotarmos

um sistema de governo defeituoso

em sua origem,

e mais defeituoso em suas

partes componentes...

O sistema americano deve ser

idêntico;

desprezemos

instituições oligárquicas,

só cabidas na

encanecida Europa."

Manifesto de Proclamação da Confederação do Equador, em 12 de julho de 1824. (MENDES JR., v. 2, p. 169)

Com base no texto anterior e nos conhecimentos sobre o processo de independência do Brasil, pode-se afirmar: 01) A "negra perfídia" e os "perjúrios do Imperador" referidos no Manifesto demonstram o

desagrado dos brasileiros para com as atitudes autoritárias tomadas por D. Pedro I, após a dissolução da Assembleia Constituinte.

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LISTA DE EXERCÍCIOS BRASIL COLÔNIA, PRIMEIRO REINADO E REGÊNCIAS

02) O movimento revolucionário pernambucano que criticou o centralismo político imposto pela primeira Constituição pretendia reunir as províncias do Nordeste num governo republicano e federativo.

04) O "sistema de governo defeituoso em sua origem" decorreu da participação dos deputados brasileiros nas Cortes Constituintes de Lisboa e consequente aprovação de uma única constituição para o Reino Unido.

08) O sistema de governo mencionado no texto foi considerado pelos manifestantes "mais defeituoso em suas partes componentes", porque estabelecia eleições baseadas no sufrágio universal e igualdade entre os três poderes.

16) A reação conservadora e aristocrática vivida pela Europa, após a derrota de Napoleão Bonaparte, foi contestada peIa onda revolucionária liberal de 1830, que se refletiu no Brasil, através das críticas ao centralismo e autoritarismo de D. Pedro I.

32) A onda revolucionária liberal europeia de 1848 refletiu-se no Brasil, através da vigência dos princípios federalistas estabelecidos com a maioridade de D. Pedro II.

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Gabarito:

Resposta da questão 1: F - F - V - F - V.

Ao invadirem o Brasil, os holandeses não alteraram as relações de trabalho e produção que existiam na região de Pernambuco. Apesar de secundário, o trabalho escravo indígena foi comum na colônia, porém os nativos, assim como os africanos, sempre formularam maneiras de resistência, sendo a mais conhecida, o quilombo. Não há dúvida que o tráfico negreiro foi uma das atividades mais lucrativas do comércio internacional da época moderna; no entanto, não é possível considerar que os ingleses fossem os principais traficantes do período.A escravidão urbana existiu, porém de forma insignificante, uma vez que o preço do escravo exigia que fosse utilizado nas atividades mais lucrativas.

Resposta da questão 2: F - F - V - F - V.

O domínio holandês na região de Pernambuco foi fruto de uma ação militar da empresa WIC, interessada nos lucros provenientes da produção açucareira. Apesar de predominantemente calvinistas, os holandeses não tentaram impor sua religião e, ao contrário, principalmente durante o governo de Nassau, foram tolerantes com as manifestações religiosas de outros grupos. A presença de cientistas e artistas na região fortaleceu o maior conhecimento sobre a colônia e permitiu uma cultura marcada por maior racionalismo.

Resposta da questão 3: a) Uma interpretação considera que a luta contra os holandeses foi movida por um elemento ideológico, abstrato, o sentimento de pertencer a uma “nacionalidade” – a brasileira - e de pertencer a um país, o Brasil, ocupado por elementos estrangeiros. A segunda interpretação valoriza os interesses econômicos, considerando que a luta pela expulsão dos holandeses se deve ao processo de exploração imposto aos latifundiários ligados a produção canavieira.

b) O interesse dos holandeses – na verdade da WIC – no comércio do açúcar, já praticado pelos holandeses antes mesmo da União Ibérica; e a luta contra a Espanha, maior potência da época, da qual a Holanda havia se separado em 1579.

Resposta da questão 4: 1. Tratado de Tordesilhas: a linha de Tordesilhas é imaginária e foi estabelecida para dividir o mundo entre Portugal e Espanha; Tratado de Madri: a linha demarcatória divide as terras de Portugal e Espanha na América e baseia-se no princípio do uti possidetis, que leva em consideração a ocupação dessas regiões

2. O Tratado de Tordesilhas foi definido em 1494, época em que apenas Portugal e Espanha realizavam a expansão marítima e a conquista de terras fora da Europa. As duas nações eram as grandes potencias econômicas europeias. O Tratado de Madri foi definido em 1750, época de apogeu da exploração aurífera no Brasil, que garantia riqueza significativa para Portugal; ao mesmo tempo, a Espanha vivia um período de decadência, com a redução da extração de minérios em suas colônias e com a derrota na Guerra de Sucessão, encerrada em 1715, que a forçou a fazer diversas concessões.

Resposta da questão 5: a) A historiografia tradicional - principalmente paulista – retrata os bandeirantes como heróis, pois teriam sido responsáveis por grandes façanhas, tanto no que se refere à conquista e ocupação de novos territórios, como na descoberta de pedras e metais preciosos, sempre enfrentando e superando as adversidades naturais, doenças tropicais e os ataques indígenas. Contribuíram dessa forma para o alargamento do território e para o enriquecimento do Brasil. Apesar de ser um elemento da sociedade colonial, tal mito foi construído no século XX, em 1932, quando da Revolução Constitucionalista contra o

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governo Vargas, movimento que procurou congregar “os paulistas”, independentemente de condição socioeconômica ou de opção política, em uma grande aliança contra o governo federal, e que buscou fortalecer o “sentimento regionalista”, do “povo paulista”

b) A construção do mito implica na exaltação de aspectos vistos como positivos e carecem de uma análise mais acabada do papel desenvolvido pelo elemento mitificado. No caso dos bandeirantes, a historiografia tradicional omite o confronto com índios e jesuítas, com ataques às missões e a captura dos nativos para escraviza-los ou vendê-los como escravos. Omite ainda a ação de alguns bandeirantes na liderança dos movimentos que se enfrentavam e destruição os quilombos, a mando de grandes proprietários rurais e dos governantes.

Resposta da questão 6: Correto – considerando que a base da religião é o Corão e que essa obra é escrita em língua árabe e não era traduzida, os convertidos de qualquer região acabavam forçados a aprender o árabe. Isso explica o fato de diversos povos africanos conhecerem essa língua, pois desde o século VII houve um processo de islamização em diferentes regiões do continente.O conflito citado foi uma das rebeliões do período regencial, ocorrida em 1835 e massacrada pelo governo.

Resposta da questão 7: a) As expressões “cachaça” e “algo de cobre e fumaça” presentes no texto indicam a destilação de aguardente em alambiques com utilização de energia térmica nas fornalhas.

b) As mesmas expressões podem ser consideradas indicativas da existência de atividade industrial no período ao qual pertencem o texto e a imagem. Tal indústria devia caracterizar-se pelo processo de manufatura, pois as datas do texto e da imagem são anteriores a maquinofatura da Revolução Industrial.

c) A descrição da loja feita no texto e os elementos presentes na tela de Rugendas são indicativos os da vida urbana da época, do pequeno comércio e do escravismo.

Resposta da questão 8: [E]

A Conjuração Baiana de 1798, posterior à Inconfidência Mineira, é normalmente comparada com a sua antecessora. O movimento baiano é considerado como “popular”, inspirado nos ideais jacobinos de igualdade que pressupunham o modelo republicano e os mesmos direitos para todos os homens. Os baianos defenderam ainda o fim da escravidão.

Resposta da questão 9: 1. No mapa 1, observa-se uma representação sobre o território que privilegia a fauna, a flora e os habitantes. A precisão cartográfica enfatiza o litoral, descrevendo seus acidentes geográficos e a toponímia, ao mesmo tempo em que explicita certo desconhecimento do interior. Esse desconhecimento pode ser identificado na composição escolhida pelo cartógrafo: ele preenche o espaço afastado da costa com ilustrações relacionadas à principal atividade econômica, a extração do pau-brasil pelo indígena, associando-a aos elementos mitológicos. Assim, no mapa, identifica- se elementos tanto do que os portugueses conheciam, quanto do que imaginavam.

2. No mapa 2, observa-se uma maior precisão geográfica do território explorado, expressa nas referências à hidrografia e ao relevo, tanto do litoral quanto do interior. Essa maior precisão do segundo mapa decorre da ampliação dos conhecimentos científicos e da exploração mais sistemática do território, com as expedições ao interior do Brasil e pelo conhecimento do litoral sul-americano do Oceano Pacífico. Mesmo assim, a representação cartográfica mantém ilustrações que, para além de seu caráter informativo, remetem ao imaginário europeu sobre o território.

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Resposta da questão 10: V – F – V – F – V.

A aristocracia rural brasileira apoiou a independência, mas não o absolutismo do Imperador, expresso na existência do Poder Moderador. Dessa forma, fez oposição ao governante até sua abdicação, determinada pelas críticas da imprensa, pela oposição dos deputados e pela crise econômica advinda da Guerra da Cisplatina e da falência do Banco do Brasil.

Resposta da questão 11: (02) + (16) = 18

Resposta da questão 12: (01) + (16) + (32) = 49

Resposta da questão 13: 01 + 08 = 09

Resposta da questão 14: 01 + 04 + 08 + 16 = 29

Resposta da questão 15: [E]

A questão refere-se ao episódio famoso no contexto da invasão holandesa em Pernambuco e pode ser resolvida a partir de uma leitura atenta do texto e das alternativas propostas. Tanto a peça como o texto II questionam a suposta condição de traidor atribuída à Calabar e o texto I reafirma essa suposta traição.

Resposta da questão 16: 04 + 08 = 12

Resposta da questão 17: [B]

Resposta da questão 18: 01 + 04 + 08 + 64 = 76

Resposta da questão 19: 02 + 04 + 08 = 14

Resposta da questão 20: 01 + 02 + 16 + 32 = 51

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