Colégio Visconde de Porto SeguroUnidade I – Ensino Fundamental Nível II

Como estudar Ciências : Método Científico

O que é?

É um modo organizado de expressar relações entre conteúdos conceituais (fatos, conceitos e princípios) presentes em um texto (livro, capítulo, itens dentro de capítulos etc.)

Trata-se de um instrumento auxiliar para a aprendizagem, no qual os conteúdos são relacionados graficamente e de forma hierarquizada (do mais importante para o menos importante ou do maior para o menor).

Objetivos para a elaboração dos mapas e esquemas Ajudar a distinguir as informações fundamentais das menos importantes. Auxiliar a estabelecer a relação dos conceitos mais abrangentes para os menos

abrangentes.

Como construir um mapa conceitual

Os passos descritos a seguir mostram uma das maneiras para elaborar um mapa com os conteúdos conceituais de um texto.

1 - Após a leitura atenta, listar os conceitos importantes sejam eles, abrangentes ou específicos. É importante prestar atenção aos títulos, aos subtítulos e às palavras destacadas em itálico ou negrito, pois frequentemente expressam fatos, conceitos ou princípios.2 - Agrupar os conteúdos conceituais mais fortemente relacionados.3 - Organizar em ordem de importância ou abrangência, os conteúdos conceituais de cada um desses grupos.4 - Escrever cada um desses conteúdos numa folha, dentro de um retângulo (círculo, eclipse, etc.)5 - Interligar os retângulos com setas (ou linhas, simplesmente) e escrever próximo a elas uma ou mais palavras de ligação que estabeleçam uma proposição (palavras de ligação, conexão ou enlace entre dois conceitos).6 - Analisar o mapa para ver em que ele pode ser melhorado: remanejar blocos, estabelecer relações cruzadas, omitir partes menos importantes em prol da clareza, modificar a disposição para facilitar a visualização etc.

Vejamos alguns exemplos:

1 : Ambiente Os ambientes existentes na natureza apresentam fatores vivos e fatores não-

vivos. Os fatores vivos são os seres vivos que apresentam características como nascer, desenvolver-se, morrer, necessidade de energia, reprodução, dependem do ambiente, e interagem com outros seres vivos e com fatores não-vivos do ambiente.

Os fatores não-vivos são, por exemplo: água, luz, ar, temperatura e solo.

2 : Ser Humano

Ao olharmos o aspecto externo do corpo humano já é possível perceber que ele é formado por várias partes. E essas partes, juntas, formam o todo que é o ser humano.

Para facilitar, os cientistas dividem o estudo do organismo humano em diferentes níveis de organização: as células, os tecidos, os órgãos e os sistemas.

As células vivas não são vazias, mas preenchidas com um material gelatinoso e organelas. Células iguais e com mesma função formam os tecidos. Estes podem ser epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso.

Tecidos diferentes formam os órgãos, como por exemplo, o pulmão, que desempenha alguma função no organismo e é formado por tecido conjuntivo, epitelial e muscular.

Há órgãos que, em conjunto, também realizam funções específicas no nosso corpo. Por exemplo, temos o sistema respiratório.

Células, tecidos, órgãos e sistemas são estruturas vivas, e nenhum deles tem existência isolada. Se cada um dos sistemas desempenharem seu papel, estará garantido o perfeito funcionamento do organismo humano.

Agora, a partir dos textos, construa o seu mapa conceitual:

A vida dos pinguins

O pingüim é uma ave marinha, excelente nadadora, porém não voa. Chega a nadar com uma velocidade de até 40 km/h e passa a maior parte do tempo na água. Este simpático animal possui uma espessa camada de gordura que serve para proteger seu corpo. As asas são recobertas por nadadeiras com plumagem densa, lisa e gordurosa o que torna o corpo impermeável.

A maioria dos pinguins possui o peito branco e a cabeça e os dorsos pretos. Os pingüins pesam de 15 a 35 kg e podem viver até pouco mais de 30 anos. Como principais inimigos estão os tubarões, as baleias e as focas-leopardo. Agridem somente se forem ameaçados, do contrário são extremamente mansinhos, divertidos e curiosos.

São 18 espécies conhecidas de pinguins (Spheniscidae), sendo que quatro delas se deslocam até as regiões subtropicais e as outras vivem em áreas mais frias no hemisfério sul, especialmente nas faixas das regiões polares e subpolares. A maioria vive na Antártida e em algumas ilhas na Nova Zelândia, mas também estas aves podem viver em regiões do sul da África, Austrália e América do Sul. Durante o período de reprodução, os ovos são colocados em ninhos de pedra, cavados ou sobre as pregas da pele existente nos pés. Os machos, geralmente, ajudam na incubação que dura de 5 a 6 semanas. Os filhotes são agrupados em creches e não podem procurar alimento sozinhos até que terminem o seu desenvolvimento. A fidelidade é característica marcante entre os casais de pingüins. Raramente acontece o divórcio, somente em casos de má reprodução.

Alimentam-se de crustáceos, moluscos, peixinhos e pequenos animais marinhos. São ágeis caçadores. 

(Texto extraído do livro – Natureza e Seres Vivos)

A Evolução do ser humano e a ameaça a outras espécies

O ser humano, ou Homo sapiens, é uma espécie de mamífero pertencente à ordem dos primatas, que engloba quase duzentas espécies, entre as quais estão os chimpanzés, os gorilas, os orangotangos e os babuínos. Estudos científicos revelaram que todas essas espécies se originaram de ancestrais comuns, por meio do processo evolutivo. Das espécies primatas atualmente existentes, os chimpanzés e os gorilas são as mais próximas de nós. Ao comparar nosso organismo com o deles percebemos, no entanto, que o ser humano apresenta algumas interessantes adaptações. Uma delas é o cérebro maior e mais complexo, responsável por nossa inteligência superior. Outra é que o organismo humano está claramente adaptado à locomoção sobre duas pernas.

Já foram encontrados fósseis de espécies que poderiam ser nossos ancestrais no processo evolutivo, como, por exemplo, o Homo erectus (“homem que anda em pé”) e o Homo habilis (“ homem habilidoso”). Ainda há muito debate entre os especialistas quanto à exata linha evolutiva que deu origem à nossa espécie. Não há dúvida, contudo, que o ser humano e os macacos têm ancestrais comuns.

O sucesso evolutivo do ser humano é facilmente comprovado por estar em praticamente todas as regiões do planeta. Na natureza, quando há aumento muito grande no número de indivíduos de uma espécie,geralmente outras são prejudicadas. Porém, no caso do ser humano, isso tem sido desastroso. A atividade de nossa espécie é responsável pela extinção de muitas outras. Estima-se que mais espécies foram extintas ou ameaçadas de extinção nas duas últimas décadas, como decorrência da caça, pesca e extrativismo predatórios, atividade industriais e agrícolas desordenadas e expansão de cidades, do que nos quatro séculos anteriores.

Será que a inteligência, de que tanto nos orgulhamos, nos fará perceber que conservar a natureza é necessário e urgente, não apenas para o nosso bem-estar, mas de todo o planeta?

(Texto extraído do livro – Corpo Humano)