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1 Presssclipping em 23.nov.2015. “O modo mais seguro de fazer a vida agradável é fazê-la agradável aos demais.” (Albert Guinon) Entenda como a Receita Federal aumentou em 40% o resultado da fiscalização no primeiro semestre de 2015 A Receita Federal divulgou no último dia 20 de Agosto o Resultado da Fiscalização no primeiro semestre de 2015. No período, a fiscalização constituiu crédito tributário na ordem de R$ 75,13 bilhões, que representa um acréscimo de 39,7% em relação a igual período de 2014, quando atingiu R$ 53,77 bilhões. O interessante é que a Receita alcançou estas cifras extraordinárias fiscalizando menos. MENOS? COMO ASSIM? A resposta é simples: a Receita está fiscalizando MELHOR. Com menos procedimentos de fiscalização o órgão obteve um resultado 40% maior do que o ano anterior. E a chave deste resultado está ligada ao trabalho da equipe que atua na seleção dos contribuintes. A disponibilização das informações e dos cruzamentos eletrônicos proporcionados pelo SPED – Sistema Público de Escrituração Digital e o aumento do conhecimento e especialização dos Auditores-Fiscais permitiram que a Receita abrisse fiscalização com um indício de certeza mais relevante e conseguisse um maior resultado dos lançamentos. O subsecretário de fiscalização, Iágaro Jung Martins, ressaltou que “mais do que o acréscimo em si, o número se deve à maior eficiência da Fiscalização da Receita Federal ao longo dos anos, que decorrem dos constantes investimentos da Instituição em tecnologia, que se traduzem numa maior capacidade de processar informações mas, sobretudo, pela crescente especialização dos Auditores-Fiscais que atuam na área de seleção de contribuintes e na execução das auditorias, responsáveis por IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Presssclipping em 23.nov.2015.

“O modo mais seguro de fazer a vida agradável é fazê-la agradável aos demais.”

(Albert Guinon)

Entenda como a Receita Federal aumentou em 40% o resultado da fiscalização no primeiro semestre de 2015A Receita Federal divulgou no último dia 20 de Agosto o Resultado da Fiscalização no primeiro semestre de 2015. No período, a fiscalização constituiu crédito tributário na ordem de R$ 75,13 bilhões, que representa um acréscimo de 39,7% em relação a igual período de 2014, quando atingiu R$ 53,77 bilhões.

O interessante é que a Receita alcançou estas cifras extraordinárias fiscalizando menos. MENOS? COMO ASSIM?

A resposta é simples: a Receita está fiscalizando MELHOR. Com menos procedimentos de fiscalização o órgão obteve um resultado 40% maior do que o ano anterior. E a chave deste resultado está ligada ao trabalho da equipe que atua na seleção dos contribuintes. A disponibilização das informações e dos cruzamentos eletrônicos proporcionados pelo SPED – Sistema Público de Escrituração Digital e o aumento do conhecimento e especialização dos Auditores-Fiscais permitiram que a Receita abrisse fiscalização com um indício de certeza mais relevante e conseguisse um maior resultado dos lançamentos.

O subsecretário de fiscalização, Iágaro Jung Martins, ressaltou que “mais do que o acréscimo em si, o número se deve à maior eficiência da Fiscalização da Receita Federal ao longo dos anos, que decorrem dos constantes investimentos da Instituição em tecnologia, que se traduzem numa maior capacidade de processar informações mas, sobretudo, pela crescente especialização dos Auditores-Fiscais que atuam na área de seleção de contribuintes e na execução das auditorias, responsáveis por identificar e combater a sonegação fiscal contra a Fazenda Nacional e promover o lançamento tributário”.

A lógica é a seguinte: a Receita Federal tem acesso a várias informações através do SPED. Além disso, possui softwares que cruzam informações e selecionam os contribuintes que apresentam maiores inconsistências em suas informações e maiores indícios de sonegação fiscal. Isso faz com que a fiscalização consiga direcionar seu trabalho e auditar aqueles contribuintes com maior potencial de crédito tributário.

Sabendo como age a fiscalização, as empresas precisam agir preventivamente, reduzindo ao máximo as inconsistências em suas declarações acessórias. Afinal, a seleção dos contribuintes a serem fiscalizados nasce do CRUZAMENTO ELETRÔNICO DE INFORMAÇÕES. Se sua empresa envia informações incorretas ou imprecisas, a chance de fazer parte do rol daqueles que serão fiscalizados é grande. Portanto, todo cuidado é pouco na hora de transmitir suas declarações.

Conforme dissemos em várias ocasiões, sonegar tributos ou realizar planejamentos tributários temerários é algo extremamente arriscado, pois os órgãos de fiscalização estão preparados para detectar rapidamente

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estes comportamentos, ainda mais em um momento em que o governo enfrenta dificuldades para promover o ajuste fiscal e não tem outra saída que não seja aumentar a eficiência da fiscalização e combater cada vez mais a sonegação fiscal.

No Brasil de hoje, é essencial estar em conformidade com as normas tributárias, e para isso é preciso contar com o apoio de ferramentas de auditoria eletrônica, pois o tempo do profissional tributário deve ser utilizado para solucionar problemas, e não para procurar inconsistências. Uma vez que o fisco faz suas auditorias eletronicamente, as empresas não podem conferir seus dados de forma manual, um processo lento, caro e sujeito a falhas humanas.

Assim, diante dos fatos, o profissional da área tributária deve adotar uma postura responsável e inteligente, contando com o apoio de ferramentas tecnológicas que permitam antecipar as análises da fiscalização e, com isso, mitigar seus riscos fiscais.

República Velhaca: 1985-2015 (Cunha é só um sinal da imoralidade cancerígena) Publicado por Luiz Flávio Gomes - 1 semana atrás

Em qualquer país minimamente sério, com uma sociedade civil cidadã não acuada pelo clientelismo nem estruturada sobre rudimentares padrões éticos e de moralidade, a novela Eduardo Cunha (que nos julga idiotas a cada vez que apresenta uma nova versão para sua fortuna na Suíça) já teria tido epílogo em seu nascedouro. Vinte e quatro horas depois da confirmação das contas clandestinas ele já teria sido defenestrado da presidência da Câmara. Em poucos dias já teria sido cassado como parlamentar indecoroso e maligno para os interesses do País e já estaria respondendo a processo criminal, com todas as chances de ir para a cadeia, em regime fechado.

Em lugar de uma resposta à altura das estrepolias feitas por mais esse bandoleiro da República (expressão do ministro Celso de Mello), o que vemos é uma deplorável romaria de veneração, comprovada pela nota expedida por 13 partidos da base do governo petista (PR, PMDB, PSC, PP, PSD, PTB, PEN, PMN, PRP, PHS, PTN, PT do B e Solidariedade – veja Estadão 12/11/15: A1). Certamente, nem sequer os míopes bipolarizados e imbecilizados pela emocionalidade passageira (mas reinante) haverão de negar que, vergonhosamente, até o dia 11/11/15, também o PSDB (simulacro de oposição), além do PT, claro, dava todo respaldo para um bandoleiro da pior escória. Em suma: com tanto apoio a Cunha, pouca gente se salva nessa República Velhada (1985-2015), que deveria ser enterrada pelos eleitores nas próximas eleições.

Quem não está vendo que o poder político-econômico instalado nas entranhas do Estado brasileiro está carcomido pela podridão da corrupção, que hoje representa um câncer que está destruindo o Brasil e seu futuro? Como a sociedade civil brasileira (tão messiânica) não reage duramente contra um estado de coisas que está nos levando para o buraco da falência absoluta? Será que nos acostumamos tanto com a pouca-vergonha que nada mais nos anima sair do anestesiamento geral?

Com base nos veementes relatos do jornalista maranhense João Francisco Lisboa (1812-1863), que também foi político e um dos mais ilustrados historiadores da vida pública brasileira na primeira metade do século XIX (Jornal de Timon, Companhia das Letras, 1995), diríamos (sobre os trinta anos da

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República Velhaca: 1985-2015) o seguinte: “nos falecem meios para verificar com rigor e exatidão qual era a vida íntima e a moralidade dos nossos maiores” que desfilaram pelo poder antes da redemocratização de 1985. Por não ser o escopo da nossa atenção neste momento, não vamos mergulhar nos detalhes das imoralidades da República Velha (1889-1930), da ditadura civil-militar de Getúlio de Vargas (1930-1945), da República Populista (1945-1964) ou mesmo da ditadura civil-militar de 1964-1985.

Não há dúvida que mesmo nesses períodos anteriores (alguns conhecidos como “rouba, mas faz”) podemos asseverar ou, no mínimo, conjecturar, até com algum fundamento, que neles também havia crimes e vícios, como em todos os tempos e lugares, e que (ao contrário do afirmado por J. F. Lisboa, citado) não eram isolados, ou mesmo individuais, recatados, comedidos ou mesmo exercitados a medo, nas sombras do mistério. A diferença dos períodos anteriores com a República Velhaca (1985-2015) reside em que, “para cúmulo de miséria, tendo a política comunicado a sua imoralidade a todas as relações civis” [é, deveras, muito nefasto o efeito social deletério da imoralidade pública; também o é o da imoralidade privada, que muitas vezes vai para dentro do Estado], tornou-se difícil separar o joio do trigo em tudo que se relaciona com o poder público patrimonialista brasileiro, que se tornou um midas ao avesso (em tudo que toca macula).

A visão extrativista (todos que podem se inclinam por sugar do Estado e do erário o quanto podem) marca praticamente todas as relações que têm como eixo esse mesmo Estado (que se transformou numa verdadeira Casa-da-mãe-Joana, que é o lugar em que cada um faz o que quer, onde imperam a desordem, a desorganização, a indisciplina e o desrespeito). As múltiplas variedades do mal se conjugam dentro do Estado brasileiro dominado por elites velhadas: tanto as setoriais bem posicionadas dentro dele (econômicas, financeiras, políticas, administrativas e corporativistas), as quais conformam o poder político-econômico dominante, como praticamente todos os que se relacionam com ele, padecem do mesmo mal, com um destaque nada irrelevante posto em evidência por J. F. Lisboa (cujo relato, de 1852-1858, p. 315-316, continua válido para descrever a realidade nacional de 2015):

“Hoje em dia os vícios e os crimes entonam a cerviz (levantam a cabeça), manifestam-se com descaramento sem igual [como negar a existência de conta secreta na Suíça depois das provas materiais do delito], prosperam e ousam tudo, sob a proteção coletiva dos partidos, excitam-se com o seu exemplo, e triunfam da frouxa resistência da autoridade, ora rebaixada e sem força moral, seja que o descrédito lhe venha da ação dissolvente da difamação sistemática, que é a uma das chagas do tempo; ou da sua própria participação na imoralidade política e privada que só deviam combater”.

Nosso autor maranhense (J. F. Lisboa) chama atenção para dois aspectos da devassidão moral envolvendo a coisa pública: (a) os políticos corruptos contam com o apoio dos partidos (eu iria mais longe: há uma conivência entre todas as elites setoriais dominantes, ou seja, todas elas se auxiliam, se amparam; os arroubos acusatórios ou delatores aos poucos vão se enfraquecendo, em virtude da solidariedade mafiosa que impera); (b) existe tradicionalmente “uma frouxa resistência das autoridades encarregadas do controle do poder político-econômico”, que acabam ou envolvidas nas falcatruas ou prevaricando em suas funções repressivas (deixando que o tempo da prescrição corra como as águas dos rios mansos). Claro que o mensalão do PT, a Operação Lava Jato, o TCU (em relação às contas da Dilma) são exceções. Mas basta mirar a floresta (do funcionamento da Justiça), não algumas árvores, e logo se percebe a mansidão do poder jurídico de controle (que está mudando, mas muito lentamente).

Adaptando-se o festejado J. F. Lisboa (Jornal de Timon, p. 316) aos nossos tempos, agregaríamos: “Dir-se-ia que o novo sistema de liberdade e independência [o novo nesse caso é a República de 1985-2015], suscitado para corrigir e extirpar os abusos do antigo despotismo e [semi] escravidão [regime militar], se fez cúmplice obsequioso deles, e lhes deu grande e solene entrada na sociedade atual, no meio dos aplausos dos comícios e assembleias, e à grande luz fúnebre da imprensa e da publicidade”.

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Mostrando sua imparcialidade, nosso consagrado autor dizia: “Aos que porventura me acusarem de exageração e misantropia [aversão ao ser humano], e arguirem os meus quadros de sombrios e carregados em demasia, poderei responder que tenho por mim o testemunho de quase todos os escritores contemporâneos, órgãos dos nossos principais partidos, dos quais nesta parte só me distingo pela imparcialidade com que afronto e repreendo o mal onde quer que o descubra e ele esteja, quando eles só o veem e condenam nos seus contrários”. Desbastando (ainda que apenas suavemente) o tom moralista de J. F. Lisboa, não há como não subscrever suas repreensões e advertências, que continuam, mais de 150 anos depois de escritas, com uma atualidade impressionante.

Dilma pede ajuda a governadores para aprovar CPMF e diz não ter “plano B” 09:1920/11 - Portal Contábil SC

A presidente Dilma Rousseff pediu ajuda aos governadores da região Nordeste para aprovar a recriação da CPMF e afirmou que não há “plano B” para reequilibrar as contas da administração federal.

– CPMF é o plano que o governo tem. Não temos outro – disse Dilma, segundo relatos dos presentes.

Dilma buscou mostrar aos governadores a importância do tributo para organizar as contas e buscar a retomada da economia. Solicitou, então, que os interlocutores ajudassem procurando suas bancadas na Câmara e no Senado.

Na conversa, a presidente afirmou que o governo trabalha com o horizonte de aprovar a retomada do tributo no primeiro semestre de 2016 para que o impacto positivo no âmbito fiscal seja sentido já no ano que vem.

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O objetivo da reunião era tratar de repasses de recursos para combater a seca na região. Dilma usou a oportunidade para mostrar que sem a CPMF ficava difícil para o governo federal ajudar em grandes projetos. Ressaltou, porém, que vai auxiliá-los a enfrentar o problema da seca com a liberação de recursos emergenciais.

As grandes industrias farmacêuticas bloqueiam medicamentos que curam, porque não são rentáveis O Prémio Nobel da Medicina Richard J. Roberts denuncia a forma como funcionam as grandes farmacêuticas dentro do sistema capitalista, preferindo os benefícios económicos à saúde, e detendo o progresso científico na cura de doenças, porque a cura não é tão rentável quanto a cronicidade.

Publicado por Nadir Tarabori - 1 semana atrás

Em matéria por mim publicada neste portal com o título " Rede Globo e Dráuzio Varella se vendem ao Lobby nojento e orquestrado das indústrias químicas e farmacêuticas" abordei o boicote que grandes indústrias químicas e farmacêuticas desempenhavam para impedir que uma substância visse a ser registrada como medicamento, por não interessar economicamente a eles.

Isso se deu em virtude à grande repercussão da fosfoetanolamina sintética como possível medicamento para combater o câncer. Travou-se uma verdadeira cruzada contra a substância a ponto do Poder Judiciário ter sido chamado a intervir.

Atualmente, por decisão judicial, a substância foi barrada e sua distribuição suspensa, indo de encontro às esperanças existentes em milhares de enfermos desta nefasta doença.

Entre a legalidade (exigências burocráticas) e a saúde, por maioria de votos festejou-se a legalidade, ou seja entre dois princípios constitucionais, prevaleceu aquele que não importa aos pacientes, parte fraca nesta queda de braço. Cria-se a dificuldade para vender a facilidade posteriormente.

No entanto, deixando de lado paixões mais efervescentes, repletas de opiniões contrarias e a favoráveis, uma entrevista bombástica nos remete a uma reflexão a respeito do tema "boicote".

Há pouco, foi revelado por uma reconhecida autoridade na área da saúde, que as grandes empresas farmacêuticas dos EUA gastam centenas de milhões de dólares por ano em pagamentos a médicos que promovam os seus medicamentos. (embora não dito, no Brasil também ocorre o mesmo)

Para complementar, reproduzimos esta entrevista com o Prémio Nobel Richard J. Roberts, que diz que os medicamentos que curam não são rentáveis e, portanto, não são desenvolvidos por empresas farmacêuticas que, em troca, desenvolvem medicamentos cronificadores que sejam consumidos de

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forma serializada. Isto, diz Roberts, faz também com que alguns medicamentos que poderiam curar uma doença não sejam investigados. E pergunta-se até que ponto é válido e ético que a indústria da saúde se reja pelos mesmos valores e princípios que o mercado capitalista, que chega a assemelhar-se ao da máfia.

Leiam a entrevista e tirem suas conclusões, não se esquecendo que as afirmações sobre esta nojenta prática não são feitas por qualquer curioso, mas sim pelo nada mais, nada menos do que o Prémio Nobel da Medicina Richard J. Roberts.

A investigação pode ser planeada?

Se eu fosse Ministro da Saúde ou o responsável pelas Ciência e Tecnologia, iria procurar pessoas entusiastas com projectos interessantes; dar-lhes-ia dinheiro para que não tivessem de fazer outra coisa que não fosse investigar e deixá-los-ia trabalhar dez anos para que nos pudessem surpreender.

Parece uma boa política.

Acredita-se que, para ir muito longe, temos de apoiar a pesquisa básica, mas se quisermos resultados mais imediatos e lucrativos, devemos apostar na aplicada...

E não é assim?

Muitas vezes as descobertas mais rentáveis foram feitas a partir de perguntas muito básicas. Assim nasceu a gigantesca e bilionária indústria de biotecnologia dos EUA, para a qual eu trabalho.

Como nasceu?

A biotecnologia surgiu quando pessoas apaixonadas começaram a perguntar-se se poderiam clonar genes e começaram a estudá-los e a tentar purificá-los.

Uma aventura.

Sim, mas ninguém esperava ficar rico com essas questões. Foi difícil conseguir financiamento para investigar as respostas, até que Nixon lançou a guerra contra o cancro em 1971.

Foi cientificamente produtivo?

Permitiu, com uma enorme quantidade de fundos públicos, muita investigação, como a minha, que não trabalha directamente contra o cancro, mas que foi útil para compreender os mecanismos que permitem a vida.

O que descobriu?

Eu e o Phillip Allen Sharp fomos recompensados pela descoberta de introns no DNA eucariótico e o mecanismo de gen splicing(manipulação genética).

Para que serviu?

Essa descoberta ajudou a entender como funciona o DNA e, no entanto, tem apenas uma relação indirecta com o cancro.

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Que modelo de investigação lhe parece mais eficaz, o norte-americano ou o europeu?

É óbvio que o dos EUA, em que o capital privado é ativo, é muito mais eficiente. Tomemos por exemplo o progresso espetacular da indústria informática, em que o dinheiro privado financia a investigação básica e aplicada. Mas quanto à indústria de saúde... Eu tenho as minhas reservas.

Entendo.

A investigação sobre a saúde humana não pode depender apenas da sua rentabilidade. O que é bom para os dividendos das empresas nem sempre é bom para as pessoas.

Explique.

A indústria farmacêutica quer servir os mercados de capitais...

Como qualquer outra indústria.

É que não é qualquer outra indústria: nós estamos a falar sobre a nossa saúde e as nossas vidas e as dos nossos filhos e as de milhões de seres humanos.

Mas se eles são rentáveis investigarão melhor.

Se só pensar em lucros, deixa de se preocupar com servir os seres humanos.

Por exemplo...

Eu verifiquei a forma como, em alguns casos, os investigadores dependentes de fundos privados descobriram medicamentos muito eficazes que teriam acabado completamente com uma doença...

E por que pararam de investigar?

Porque as empresas farmacêuticas muitas vezes não estão tão interessadas em curar as pessoas como em sacar-lhes dinheiro e, por isso, a investigação, de repente, é desviada para a descoberta de medicamentos que não curam totalmente, mas que tornam crónica a doença e fazem sentir uma melhoria que desaparece quando se deixa de tomar a medicação.

É uma acusação grave.

Mas é habitual que as farmacêuticas estejam interessadas em linhas de investigação não para curar, mas sim para tornar crónicas as doenças com medicamentos cronificadores muito mais rentáveis que os que curam de uma vez por todas. E não tem de fazer mais que seguir a análise financeira da indústria farmacêutica para comprovar o que eu digo.

Há dividendos que matam.

É por isso que lhe dizia que a saúde não pode ser um mercado nem pode ser vista apenas como um meio para ganhar dinheiro. E, por isso, acho que o modelo europeu misto de capitais públicos e privados dificulta esse tipo de abusos.

Um exemplo de tais abusos?

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Deixou de se investigar antibióticos por serem demasiado eficazes e curarem completamente. Como não se têm desenvolvido novos antibióticos, os micro organismos infecciosos tornaram-se resistentes e hoje a tuberculose, que foi derrotada na minha infância, está a surgir novamente e, no ano passado, matou um milhão de pessoas.

Não fala sobre o Terceiro Mundo?

Esse é outro capítulo triste: quase não se investigam as doenças do Terceiro Mundo, porque os medicamentos que as combateriam não seriam rentáveis. Mas eu estou a falar sobre o nosso Primeiro Mundo: o medicamento que cura tudo não é rentável e, portanto, não é investigado.

Os políticos não intervêm?

Não tenho ilusões: no nosso sistema, os políticos são meros funcionários dos grandes capitais, que investem o que for preciso para que os seus boys sejam eleitos e, se não forem, compram os eleitos.

Há de tudo.

Ao capital só interessa multiplicar-se. Quase todos os políticos, e eu sei do que falo, dependem descaradamente dessas multinacionais farmacêuticas que financiam as campanhas deles. O resto são palavras…

E aqui?

Publicado originalmente no La Vanguardia

Burocracia, a praga que atormenta as empresas brasileiras que mais crescem

Postado por José Adriano em 20 novembro 2015 às 16:17

Por: Carolina Melo

A ironia é involuntária: o programa que infernizou a vida de milhares de brasileiros na semana passada chama-se Simples Doméstico. Cerca de 1 milhão de cidadãos tentaram acessar o portal eSocial para gerar um boleto com impostos e contribuições relativos ao seu empregado doméstico, mas nada foi simples. Com um software que não funciona, o eSocial tornou-se o mais recente pesadelo promovido pela burocracia nacional. Milhares de cidadãos tentaram cinco, dez, quinze vezes, e nada. Ficaram plantados na frente do computador de madrugada, e nada. Perderam horas de sono, de trabalho, de lazer, e nada. O sistema devolvia diversas gentilezas - "deu erro", "está fora do ar", "senha errada", "tente mais tarde" -, menos o maldito boleto.

O desastre do eSocial ofereceu a milhares de cidadãos uma pequena mostra do massacre diário enfrentado pelos brasileiros que dão emprego, empreendem, criam empresas, fazem negócios. Brasileiros que, de certo modo, precisam gerar um boleto do eSocial quase todos os dias. Por isso, tornou-se óbvio dizer que os empresários e empreendedores são heróis nacionais. Eles navegam diariamente num oceano de

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burocracia - softwares que não funcionam, leis que mudam a toda hora, tributos que têm troca de alíquota, regras que não servem para nada - e frequentam com infeliz assiduidade o templo da burocracia nacional, os cartórios. Nesse ambiente hostil, muitos ainda conseguem inovar e crescer.

Na cola da lambança do eSocial, VEJA quis saber como é a vida dos empreendedores que, apesar de tudo, têm sucesso. A revista teve acesso exclusivo a uma pesquisa inédita sobre um tipo especial de empresa. São companhias de alto crescimento ou, na expressão em inglês, scale-ups - palavra que confere um contraste com a denominação das empresas iniciantes, as start-ups. Nos últimos três anos, as scale-ups aumentaram em pelo menos 20% seu número de empregados ou sua receita, a cada ano. No Brasil, existem cerca de 35 000 scale-ups. Elas representam menos de 1% do total das companhias brasileiras, mas criaram 3,3 milhões dos 5,6 milhões de empregos gerados de 2010 a 2012. Ou seja: de cada dez novos postos de trabalho, seis foram ofertados por uma scale-up.

Para fazer a pesquisa, a Endeavor, organização de apoio ao empreendedorismo com atuação internacional, resolveu deixar de lado os conhecidos dados nacionais e desceu à realidade das cidades, que é onde as empresas efetivamente existem e atuam. Escolheu as cidades que concentram o maior número de scale-ups, excluindo as situadas em regiões metropolitanas. Com esse critério, chegou a 32 municípios em 22 estados. Além de Brasília, são 21 capitais de estado e dez cidades do interior - quatro em São Paulo, duas em Santa Catarina, duas no Paraná, uma no Rio Grande do Sul e uma em Minas Gerais.

Nelas, os pesquisadores levantaram dados sobre o tempo que se leva para abrir uma empresa, regularizar um imóvel, aprovar um projeto arquitetônico e fazer uma ligação de energia elétrica, coisas que o empreendedor tem de enfrentar em algum momento. Conferiram também a alíquota média do IPTU, a alíquota do ICMS e os incentivos fiscais concedidos, além das dificuldades práticas para recolher tributos, da frequência com que são editados novos decretos tributários e do congestionamento de processos no tribunal de Justiça do estado. Mesmo sem o tormento de gerar um boleto no eSocial, esperava-se um resultado ruim. Mas o resultado foi aterrador. A burocracia parece calibrada para punir as empresas na hora em que elas mais crescem.

http://veja.abril.com.br/noticia/economia/burocracia-a-praga-que-at...

Consumidora é condenada por usar má-fé em busca de dano moral contra supermercado Publicado por Tribunal de Justiça de Santa Catarina e mais 6 usuários - 1 semana atrás

A 1ª Câmara Civil do TJ condenou uma consumidora por litigância de má-fé, após rechaçar seu pedido de dano moral baseado em provas já utilizadas em ação proposta por terceiro, em data anterior e sobre o mesmo motivo. A mulher buscava indenização por ter adquirido um pacote de macarrão com caruncho em supermercado da Capital.

Para tanto, juntou aos autos nota fiscal da compra, cujos dados apresentavam data, hora, itens e valores idênticos aos de outro recibo, que sustentou ação de igual natureza proposta em juízo por outro consumidor, em ocasião anterior. Seus advogados, contudo, garantiram que tal similaridade não passava de mera coincidência.

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"Verifica-se que a recorrente litigou de má-fé. Ela busca alterar a verdade dos fatos ao fundar o presente pleito em provas adrede utilizadas em outro processo. Restou nítida a intenção da autora em apresentar nos presentes autos (fotos e nota fiscal) material também utilizado para comprovar os fatos (em outra) ação (...) contra o supermercado, em maio de 2011", assinalou o desembargador substituto Gérson Cherem II, relator da matéria.

A câmara, de forma unânime, ainda determinou que a consumidora pague multa de 1% somado a 20% de indenização, a título de litigância de má-fé, ambas sobre o valor atualizado da causa, a ser apurado em liquidação de sentença (Ap. Cív. n. 2015.043076-6).

Sete perguntas para entender o Estado Islâmico e como ele surgiu Publicado por Camila Vaz - 6 dias atrás

Os ataques em Paris na sexta-feira voltaram a colocar em foco o grupo extremista autodenominado "Estado Islâmico" (EI), que assumiu a autoria dos atentados que mataram ao menos 129 e deixaram mais de 350 feridos.

Com suas táticas brutais, que envolvem assassinatos em massa, sequestros de minorias religiosas e decapitações divulgadas pela internet, o grupo vem gerando uma onda de medo e ódio em todo o mundo.

Mas o que é realmente o "EI"? Quem o financia? E quantos membros têm? A seguir, respondemos a estas e outras perguntas.

1. O que é e o que quer o 'Estado Islâmico'?

O grupo estabeleceu um califado, uma forma de Estado dirigido por um líder político e religioso de acordo com a lei islâmica, a sharia. O 'EI' controla hoje um território que engloba partes da Síria e do Iraque.

Apesar de estar presente só nestes dois países, o grupo prometeu "romper as fronteiras" do Líbano e da Jordânia com o objetivo de "libertar a Palestina" e, para isso, tem pedido o apoio de todo o mundo muçulmano, além de exigir que todos jurem lealdade a seu líder (califa), Abu Bakr al-Baghdadi.

2. Qual é sua origem?

Para buscar as raízes do 'EI", é preciso voltar a 2002, quando o jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, já falecido, criou o grupo radical Tawhid wa al-Jihad.

Um ano depois da invasão liderada pelos Estados Unidos no Iraque, Zarqawi jurou lealdade a Osama bin Laden e fundou as bases da Al Qaeda no Iraque, que se tornou na maior força insurgente dos anos de ocupação americana.

No entanto, depois da morte de Zarqawi em 2006, a Al Qaeda criou uma organização alternativa chamada" Estado Islâmico de Iraque "(Isi, na sigla em inglês).

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O Isi foi enfraquecido pelos ataques das tropas americanas e pela criação dos conselhos sahwa, liderados por tribos sunitas que rejeitaram a brutalidade do grupo.

Em 2010, Abu Bakr al-Baghdadi se tornou seu novo líder, resconstruiu a organização e realizou múltiplos ataques. Três anos depois, se união à rebelião contra o presidente sírio Bashar al Assad, junto com a frente Al Nusra.

Abu Bakr anunciou a fusão das milícias no Iraque e na Síria em abril daquele ano e a batizou como" Estado Islâmico do Iraque e do Levante "(ISIS, na sigla em inglês).

Os líderes da Al Nusra rejeitaram esta fusão. Mas os combatentes leais a Abu Bakr o seguiram em seu empenho jihadista. Em dezembro de 2013, o ISIS se concentrou no Iraque e aproveitou a divisão política entre o governo de orientação xiita e a minoria sunita.

Com a ajuda de líderes tribais, conseguiram controlar a cidade de Faluja. Mas o grande golpe veio em junho de 2014, quando assumiram o controle de Mosul, a segunda maior cidade do país, e continuaram a avançar rumo à capital, Bagdá.

Em julho, já controlavam dezenas de outras cidades e localidades. Neste ponto, o Isis declarou ter criado um califado e mudou seu nome para" Estado Islâmico ".

3. Quanto território o grupo controla?

Estimativas dão conta de que o grupo e seus aliados têm sob seu controle ao menos 40 mil km² no Iraque e na Síria, quase o equivalente ao território da Bélgica. Mas outros analistas afirmam que são cerca de 90 mil km², o mesmo que toda a Jordânia.

Esse território inclui as cidades de Mosul, Tikrit, Faluja e Tal Afar no Iraque, e Raqqa na Síria, além de reservas de petróleo, represas, estradas e fronteiras.

Ao menos 8 milhões de pessoas vivem em áreas controladas total ou parcialmente pelo 'EI', que faz uma interpretação radical da sharia, forçando mulheres a usar véu, realizando conversões forçadas, obrigando o pagamento de um imposto e impondo castigos severos, que incluem execuções.

4. Quantos membros tem?

Autoridades americanas acreditam que o" Estado Islâmico "tenha cerca de 15 mil combatentes. No entanto, o especialista em segurança iraquiano Hisham al-Hisham estima, no início de agosto, esse número em entre 30 mil a 50 mil.

Por volta de 30% deles o faz por pura convicção, enquanto o restante foi coagido pelos líderes do grupo a entrar nele. Um número considerável de combatentes não é iraquiano ou sírio. A consultoria Soufan, especializada em segurança no Oriente Médio, estima que haja ao menos 12 mil estrangeiros entre seus membros, dos quais 2,5 mil teriam vindo de países do Ocidente nos últimos três anos.

5. Que armamentos usa?

Os membros do" EI "têm acesso a e são capazes de usar uma grande variedade de armas, inclusive artilharia pesada, metralhadoras, lançadores de foguetes e baterias antiaéreas. Em suas incursões militares eles capturaram tanques de guerra e veículos blindados dos Exércitos sírio e iraquiano.

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Além disso, o grupo tem um constante abastecimento de munição que mantém seu Exército bem armado. O poder de seus ataques recentes e enfrentamentos com o Exército curdo no norte do Iraque surpreendeu a muitos.

6. Como se financia?

O grupo disse ter US$ 2 bilhões (R$ 7,6 bilhões) em dinheiro. Isso faria dele o grupo insurgente mais rico do mundo.

A princípio, seu apoio vinha de indivíduos de países árabes do Golfo Pérsico, como Catar e Arábia Saudita. Ultimamente, consegue se sustentar ao ganhar milhões de dólares com a venda de petróleo e gás dos campos que controla, dos impostos que recolhe em seu território e de atividades ilícitas, como contrabando e sequestro.

Sua ofensiva no Iraque também foi bastante lucrativa, já que obteve acesso ao dinheiro que estava nos bancos das principais cidades que passou a controlar.

7. Por que suas táticas são tão brutais?

Os membros do" EI "são jihadistas que fazem uma interpretação extrema do ramo sunita do Islã e acreditam ser os únicos reais fiéis. Veem o resto do mundo como infiéis que querem destruir sua religião.

Desta forma, atacam muçulmanos e não muçulmanos. Decapitações, crucificações e assassinatos em massa já foram usados para aterrorizar seus inimigos. Os militantes usam versos do Corão para justificar seus atos, como trechos que incitam a"golpear a cabeça"dos infiéis.

O líder da Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, condenou as ações do" EI "em fevereiro passado e advertiu ao califa que a brutalidade o faria perder o" coração e a cabeça dos muçulmanos ".

Fonte: UOL

Charlatanismo? Estelionato? Quando uma religião pode se enquadrar nesses artigos? Publicado por André Arnaldo Pereira - 5 dias atrás

Nos últimos tempos é cada vez mais comum ver religiões abrirem suas portas, trazendo líderes que clamam lindos e fascinantes discursos aos seguidores, cobrando o “dízimo” para que Deus possa proporcionar uma vida melhor após a morte.

Também nos deparamos com a venda de artefatos como almofadas, cruz de Cristo, óleos e até mesmo água que prometem ser milagrosas. Além disso, muitas outras atividades religiosas são realizadas visando apenas o lucro do líder em questão.

O fato é que algumas religiões distorcem os ensinamentos da bíblia, tirando proveito da fé das pessoas, ou seja, tirando vantagem e induzindo os fiéis a adquirirem produtos “falsos”.

O que é Charlatanismo?

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De acordo com o artigo 283 do Código Penal, “Charlatanismo é o ato de inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível, sendo que a pena para essa ação pode ser de 3 meses a 1 ano de prisão”. Resumindo, uma pessoa que pratica o Charlatanismo, o Charlatão é quem anuncia ou ministra objetos, misturas e substâncias para pessoas com problemas de saúde, mesmo sabendo que a substância em questão não tem qualquer eficácia.

O charlatanismo é muito comum nas religiões e seitas de todo o mundo, já que induzem os fiéis a adquirirem tal produto “milagroso” para a cura de doenças como AIDS, câncer, tumores entre outros visando somente o lucro.

O que é Estelionato?

Segundo o artigo 171 do Código Penal, “Estelionato é o ato de obter para si ou para outro, vantagem ilícita, em prejuízo alheiro, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento”, sendo que a pena para essa prática é de 1 a 5 anos de prisão e multa.

Então toda fraude que tem por objetivo o lucro em detrimento alheio é considerado um estelionato. Um bom exemplo de estelionato dentro da igreja é a cobrança do dízimo para poder garantir um lugar no céu. Então podemos concluir que tanto o Charlatanismo como o Estelionato se enquadram como crimes quando praticados dentro de religiões e seitas.

Liberdade religiosa

Apesar das leis mencionadas acima, a Constituição Federal de 1988, assegura a liberdade religiosa, transformando-a, assim, em um direito fundamental e inviolável da pessoa. Isso quer dizer que qualquer cidadão possui o direito de professar sua religião e crenças, sem que haja a interferência estatal.

Assim dando-lhe o poder de ministrar cultos, orar, construir igrejas e templos, carregar símbolos religiosos nas ruas entre outros. Então a venda de artefatos religiosos e a arrecadação do dízimo, configura a liberdade religiosa da pessoa e não sendo considerado crime pelos líderes das religiões e seitas.

Reforma tributária global levará de 4 a 5 anos, afirma OCDE

20 de novembro de 2015

O presidente da área de tributação do conselho de indústria e comércio da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), William Morris, entende que os debates sobre uma reforma tributária internacional sugeridos pela entidade vão demorar cerca de quatro a cinco anos. Ele, no entanto, mantém a expectativa de que um acordo sobre o tema estará brevemente amadurecido.

O projeto, que em inglês recebe o nome de BEPS (Base Erosion and Profit Shifting), pretende estabelecer parâmetros internacionais para questões como evasão tributária com a utilização de paraísos fiscais, dupla tributação, redução de litígios fiscais, aderência das normas tributárias a eventos econômicos que de fato ocorreram.

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Morris esteve no Brasil, na última quarta-feira, 18, para participar de debate sobre a reforma tributária internacional.

Clique aqui para saber mais sobre o BEPS

Fonte: CARF

Nem o aumento de impostos salva a arrecadação federal

19 de novembro de 2015

Neste ano, o governo federal já subiu tributos sobre empréstimos, carros, cosméticos, cerveja, vinhos, destilados, refrigerantes, bancos, receitas financeiras das empresas, taxas de fiscalização de serviços públicos, gasolina, importações, exportações, além de ter reduzido as desonerações sobre a folha de pagamento concedidas nos últimos anos. Com a economia fraca, nem todas essas medidas foram suficientes para garantir o aumento de arrecadação que o governo tanto precisa para diminuir o rombo nas contas públicas.

A arrecadação federal teve queda real de 11,3% em outubro em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados ontem pela Receita Federal. No mês passado, os tributos federais recolhidos somaram R$ 103,5 bilhões. Esse foi o sétimo mês seguido de queda, considerando valores corrigidos pela inflação (IPCA). O resultado reflete o impacto da retração econômica em 2015. No ano, a arrecadação acumula queda real de 4,54%, somando R$ 1,04 trilhão.

Segundo a Receita, foram afetados neste ano, por exemplo, os recolhimentos de IRPJ/CSLL e as receitas previdenciárias. Também houve redução na arrecadação de PIS/Cofins, IPI e IRPF. Por outro lado, aumentou o recolhimento de Cide-combustíveis, IOF e Imposto de Renda sobre residentes no exterior e rendimentos de capital, esses dois últimos, retidos na fonte.

Fonte: O Tempo

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Município deve impedir empresas em débitos com a fazenda municipal a optarem pelo Simples

19 de novembro de 2015

Os gestores municipais devem analisar a situação dos estabelecimentos comerciais para identificar se há débitos junto a Fazenda Municipal e enviar as informações para Receita Federal do Brasil (RFB) até dia 29 de dezembro. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) faz o alerta, e destaca que no arquivo deve constar todos os estabelecimentos comerciais que possuem pendências cadastrais e ou fiscais com a fazenda municipal.

De acordo com esclarecimentos da área técnica de Finanças, o procedimento é de extrema importância para os entes locais, uma vez que, consequentemente, promove a atualização cadastral das empresas e garante mais receitas aos cofres públicos. A equipe técnica da entidade informa ainda que o arquivo foi disponibilizado pela RFB, no dia 7 de outubro.

De acordo com a Lei Complementar 123/2006, as Empresas de Pequeno Porte (EPP) que possuam débitos com as Fazendas Públicas Municipal não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a Microempresa (ME), e as que já são optantes, correm o risco de serem excluídas do regime diferenciado de tributação.

Mesmo após o envio do arquivo à Receita, a CNM sinaliza que o Município pode atualizar o arquivo quantas vezes forem necessárias, à medida que as empresas regularizem as situações.

PendênciasAinda segundo esclarecimentos da CNM, se a prefeitura não informar as irregularidades das empresas à RFB, por meio do envio da relação de CNPJ com pendências, esse estabelecimento terá solicitação da opção para 2016 confirmada, mesmo se possuir débitos. Além disso, a confirmação de agendamento não pode ser cancelada, exceto por exclusão de ofício.

No caso do Município que encaminhar as informações de pendências, quando o contribuinte efetuar solicitação de opção pelo Simples, o agendamento não será aceito. A orientação da entidade é para que o contribuinte regularize as pendências identificadas, e faça novo agendamento. Ainda que essas pendências não sejam regularizadas até o fim do prazo, a empresa ainda pode solicitar a opção em janeiro e fazer a regularização até o último dia útil do mês.

AgendamentoO agendamento é um serviço que objetiva facilitar o processo de ingresso no Simples Nacional. Ele possibilita ao contribuinte manifestar o interesse pela opção para o ano subsequente, antecipando as verificações de pendências impeditivas ao ingresso no regime. Com isso, o contribuinte poderá dispor de mais tempo para regularizar as pendências que foram identificadas.

A funcionalidade estará disponível do período de 3 de novembro a 30 de dezembro no Portal do Simples Nacional, no serviço Agendamento da Solicitação da Opção pelo Simples Nacional, item Simples/Serviços. Não haverá agendamento para opção pelo Simei e para empresas em início de atividade.

SXC.huArquivoA Receita disponibilizou o arquivo para cada Unidade da Federação e Município. Mas, o acesso ao arquivo só é possível com a utilização da certificação digital, instrumento indispensável para os trabalhos

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da área de fiscalização no Simples Nacional. Também está disponível um aplicativo de consulta de arquivos diários gerados com informações sobre as empresas que tiveram agendamento confirmado nos primeiros cinco dias do agendamento.

Diante do exposto, a CNM ressalta que o envio evita o ingresso de empresas com pendências no Simples Nacional, e não serve para exclusão delas. Se a empresa for optante, ela permanece optante, a menos que seja excluída por algum ente, observados os procedimentos estabelecidos na legislação.

Fonte: CNM

Relator considera difícil manter inclusão da CPMF no Orçamento de 2016

19 de novembro de 2015

BRASÍLIA – O relator-geral do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou nesta quinta-feira, 19, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, considerar “difícil” a manutenção da CPMF na proposta orçamentária, da forma como foi enviada pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso.

Segundo ele, no pedido de alteração ao projeto de Lei Orçamentária do próximo ano, encaminhado ontem ao Congresso, o governo estimou a arrecadação do imposto em R$ 32 bilhões.

Barros explicou que essa previsão significa que a proposta de emenda à Constituição (PEC) do retorno da CPMF teria de ser aprovada pelo Congresso até o final do ano. Ele lembrou que a PEC está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e ainda não tem sequer relator designado. A medida ainda teria uma longa tramitação no Legislativo.

“É totalmente fora de possibilidade”, avaliou o deputado, que também é vice-líder do governo na Câmara.

Na prática, a decisão de Dilma de alterar o orçamento de 2016 forçará que a Comissão Mista de Orçamento (CMO) ou o plenário do Congresso a votar a existência da CPMF como receita de parte das receitas previstas para o ano – exigência que não havia antes. Para retirá-la, algum parlamentar terá agora de pedir que se exclua essa alteração e isso terá de ser submetido a voto.

Barros lembrou que tanto ele como o relator de Receitas do orçamento do próximo ano, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), não contavam com a CPMF para fins de arrecadação para 2016. “Acho que a comissão não vai referendar uma arrecadação que não deverá ocorrer”, disse o relator-geral, ao considerar que, num cenário otimista, apenas uma parte dos R$ 32 bilhões previstos em receitas do imposto deverá entrar nos cofres públicos diante das dificuldades de aprovação da medida.

Fonte: Estadão Conteúdo via DCI.

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Receita Federal apresenta projetos na Europa e nos EUA

18 de novembro de 2015

Apresentação das iniciativas dos Núcleos de Apoio Contábil e Fiscal aconteceu em Paris, e dos avanços no Sistema Público de Escrituração Digital, em Nova Iorque

Entre os dias 2 e 8 de novembro, a Receita Federal apresentou seus projetos em dois eventos internacionais de renome.

O projeto dos Núcleos de Apoio Contábil e Fiscal, idealizado pelo chefe da Divisão de Escrituração Digital da Cofis, Clovis Peres, foi apresentado na “5th Plenary Meeting of the Task Force on Tax and Development” em Paris, França, no dia 3 de novembro. O auditor-fiscal representou o Brasil e a Receita Federal relatando como a experiência dos NAF, iniciada pela Receita Federal, tornou-se paradigma internacional de educação e cidadania, atingindo a marca de mais de 160 núcleos em toda a América Latina.

O encontro foi encerrado com o lançamento do livro “Building Tax Culture, Compliance and Citizenship – A Global Source Book on Taxpayer Education”, que reúne práticas concretas de educação e aproximação das administrações tributárias e da sociedade. A experiência dos NAF está relatada em um dos capítulos da publicação trilíngue que pode ser encontrada aqui.

“35th World Continuous Auditing & Reporting Symposium”

Já nos Estados Unidos, na Universidade de Rutgers, o chefe da Divisão de Escrituração Digital apresentou o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) no “35th World Continuous Auditing & Reporting Symposium”. Clovis Peres participou de um painel sobre “Big Data” e Governo no dia 6 e apresentou os avanços e os desafios do SPED no dia 7.

A plateia era formada, majoritariamente, por profissionais e acadêmicos das áreas de controle e auditoria, incluindo especialistas de diferentes organizações governamentais e privadas. O WCARS (“World Continuous Auditing & Reporting Symposium”) é o maior encontro mundial de auditoria continua. O programa e, futuramente, os vídeos podem ser encontrados aqui.

Breve História dos NAF

A história da criação pode ser conferida no texto Universos Paralelos, vencedor da 4ª edição do concurso Histórias de Trabalho da Receita Federal. Para ler, clique aqui.

O palestrante também conseguiu o 2º lugar no 10º Prêmio Schontag – 2011, junto com o colega André de Magalhães Bravo (DRF/Porto Alegre), com a monografia “Construindo a Ponte de Ouro entre a Receita Federal do Brasil e o Contribuinte: os resultados de uma pesquisa-ação”, que, entre outros temas, trata dos NAFs. Para ler a coletânea de monografias premiadas, clique aqui.

O SPED

O Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) foi criado por meio do Decreto 6.022 de 22 de janeiro de 2007. Disposição do art. 2º da norma conceitua o SPED como um instrumento que unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração

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contábil e fiscal dos empresários e das pessoas jurídicas, inclusive imunes ou isentas, mediante fluxo único, computadorizado, de informações.

O objetivo do programa na Receita Federal é a simplificação e a harmonização das informações exigidas do contribuinte através da substituição paulatina do modelo de declarações pelo modelo de escriturações e documentos fiscais de suporte, assinados digitalmente.

O sistema compreende atualmente cinco tipos de documentos fiscais e sete tipos de escriturações, em diferentes estágios de desenvolvimento. Ele é supervisionado, na Receita Federal, pela Divisão de Escrituração Digital da Coordenção-Geral de Fiscalização – Cofis.

Fonte: Receita Federal do Brasil

Registro no papel

Congresso derruba veto, e voto impresso passa a ser obrigatório19 de novembro de 2015, 12h17

O Congresso Nacional decidiu nesta quarta-feira (18/11) que os votos deverão ser impressos. Com o apoio de 368 deputados e 56 senadores, foi derrubado o veto à parte da reforma política que previa a impressão dos votos. Fica valendo agora o texto tal qual saiu do Parlamento — no processo de votação eletrônica, a urna imprimirá o registro de cada voto, que será depositado em local lacrado, sem  contato manual do eleitor.

Apesar da derrubada do veto, o voto impresso ainda não valerá nas eleições municipais de 2016. Segundo a Lei 13.165/2015, essa regra deve valer apenas na primeira eleição geral após a aprovação da nova legislação, em 2018.

Ao justificar o veto, Dilma Rousseff explicou que, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, a medida geraria um impacto de R$ 1,8 bilhão com despesas de compra de equipamentos e custeio das eleições. Além disso, também de acordo com a justificativa, o aumento das despesas não veio com estimativas de impacto orçamentário-financeiro.

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) explicou que a derrubada do veto recuperou a vontade da Câmara e do Senado, que votaram pela obrigatoriedade da impressão dos votos. O senador disse que o objetivo é assegurar ao eleitor uma contraprova do voto dado. "A urna eletrônica é, sem dúvida, um avanço, mas não pode ficar estagnada no tempo" disse Cássio Cunha Lima.

O senador José Pimentel (PT-CE) defendeu a manutenção do veto da presidente Dilma Rousseff . Lembrou que a recomendação para o veto veio do TSE, por causa dos altos custos da mudança. "Como estamos tomando uma série de medidas por conta da limitação de recursos públicos, entendemos que não temos condições de investir na impressão de votos", afirmou Pimentel.

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Segurança das urnasDesde que começou a ser utilizada a urna eletrônica, a cada eleição é comum o candidato derrotado e os eleitores insatisfeitos com o resultado colocarem em xeque a segurança das urnas eletrônicas. Para eles, sem um voto impresso é impossível saber se o voto foi computado corretamente.

Nas eleições gerais de 2014 não foi diferente. Derrotado nas urnas, o PSDB pediu uma auditoria das eleições. A apuração do partido não encontrou nenhuma irregularidade nos sistemas de votação, apuração e totalização de votos nas eleições.

Apesar de não ter encontrado nenhum problema, o partido apresentou uma série de sugestões para melhoria do processo eleitoral, entre elas o voto impresso. Com informações da Agência Senado.

Revista Consultor Jurídico, 19 de novembro de 2015, 12h17

Segunda Leitura

Ambição faz parte da natureza humanae impulsiona profissional do Direito15 de novembro de 2015, 8h01

Por   Vladimir Passos de Freitas

As dificuldades da vida contemporânea, agravadas pela crise econômica e o aumento da concorrência, tornam a realização profissional um sonho mais difícil de ser alcançado do que há 20 ou mais anos.

As barreiras existentes para ingressar ou formar uma banca de advocacia, para ser aprovado em concurso público ou conseguir ser professor de uma Faculdade de Direito, podem levar o jovem profissional ao desalento e a um nocivo conformismo.  O psiquiatra Augusto Cury chama tal estado de ânimo de coitadismo, observando que:

“O coitadismo é o conformismo potencializado, capaz de aprisionar o Eu para que ele não utilize ferramentas para transformar uma história. Vai além do convencimento de que não é capaz, entra na propaganda do sentimento de incapacidade. O coitadista faz marketing de suas crenças irreais, de impotências e limitações. Não tem vergonha de dizer “Sou desafortunado!”, “Sou um derrotado!”, “Nada que faço dá certo!”, “Não tenho solução!”, “Ninguém gosta de mim!”  (O Código da Inteligência, Sextante, p. 50).

O coitadismo acaba sendo uma armadilha, pois leva seu portador à  inanição, termina com sua vontade e ambição. E, de certa forma, acaba sendo aceito com benevolência por terceiros, pois o coitadista, aparentemente, não oferece nenhum grau de risco aos que o rodeiam e, por isso mesmo, desperta  piedade.

Ao inverso, o ambicioso desperta  sentimentos mistos, mais complexos, como admiração, medo e inveja. Afinal, o crescimento do ambicioso poderá exteriorizar o insucesso de quem, dele, está próximo.

Portanto, por essas peculiaridades do ser humano, na área do Direito quem se proclama um coitado, um perseguido pelo destino, é visto com mais simpatia do que quem se propõe a lutar, vencer, conquistar espaços.

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Mas qual o resultado de uma ou de outra posição na vida pessoal e profissional da pessoa?

O coitadista pode ser um jovem iniciando sua vida profissional ou um bacharel em Direito com anos de casa. O jovem, depois de tentativas frustradas, pode rebelar-se contra o Exame de Ordem, o mercado de trabalho, os concursos, o sistema de Justiça ou qualquer obstáculo que se interponha entre ele e o sucesso.

Essa posição de vítima poderá resultar solidariedade dos que lhe estão próximos, solidariedade essa nem sempre será sincera. Na verdade, muitos concluirão, sem nada dizer-lhe, obviamente, que ele não é muito esforçado ou que seu Q.I. está bem abaixo do mínimo desejável. Em outras palavras, ao assumir tal posição o sujeito não avançará um passo na busca da realização pessoal.

Vejamos agora a situação de um coitadista mais vivido, com boa experiência profissional na bagagem. Suas queixas poderão atingir alvos diversos. Por exemplo, sendo juiz, poderá lamuriar-se que não é  reconhecido pelo seu Tribunal, não integrou, injustamente, a última lista tríplice de promoção ou que não recebeu apoio financeiro para cursar mestrado. Sendo advogado, poderá viver a lamentar a ingratidão dos clientes ou a demora no julgamento de suas causas.

Por sua vez, a ambição é o sentimento existente no lado oposto, a mola propulsora do mundo. Ela exige vontade,  garra, força física e psicológica. Além disto, estimula a dedicação aos estudos, o aperfeiçoamento profissional, o crescimento cultural em sentido amplo e não apenas no campo do Direito.

O ambicioso, por vezes, é visto com reservas, como se fosse errado querer subir na escala social e econômica. Contudo, não há nada de errado em uma jovem recém-formada querer ter o melhor escritório de advocacia de sua cidade ou de um procurador do Estado almejar ser procurador da República e trabalhar em importantes processos envolvendo políticos e empresários. Da mesma forma, não merece qualquer crítica um desembargador que ambicione ser ministro do STJ ou um advogado consagrado que deseje ser ministro do STF.  São aspirações legítimas.

A ambição tem apenas um risco: tornar-se incontrolável. Aí, sim, ela é nociva. Quem, para alcançar destaque, bajula, corrompe-se, humilha-se perante os que podem ajudá-lo na empreitada, abandona seus ideais sob a justificativa de que não há outro jeito, evidentemente não está utilizando a ambição corretamente. É uma deformação de algo positivo.

Imagine-se um professor que, na busca de uma posição de mando em uma universidade, não hesita em divulgar, através de terceiros, os erros de seu oponente nas redes sociais, prejudicando a imagem do adversário. Ou um procurador de Justiça que, para alcançar a posição de procurador geral da Justiça acerta acordos com os que apoiam sua campanha, garantindo posições corporativas injustificáveis. Ainda, um líder da advocacia que, para alcançar posto de destaque na seccional da OAB, abandona os filhos à própria sorte, perdendo-se em sucessivas viagens para isto ou aquilo.

Nesses casos, a ambição não foi bem dimensionada. Ela deve estar sempre adequada a outros valores importantes, pois de nada valerá alcançar-se um objetivo profissional se nos outros setores de sua vida a pessoa carregar o fardo de fracassos familiares, rejeição pelos amigos ou pela sociedade. De que valerá ser ministro do STF se o filho, graduado em Direito,  passar as tardes no quarto com depressão ou  entregue às drogas? De que adianta ocupar as mais altas posições na hierarquia do Estado e temer ser vaiado em um restaurante?

Em suma, na condução da vida profissional, nada há de errado no fato do profissional do Direito querer ser um vencedor na advocacia ou no serviço público, inclusive alcançando status e boa posição financeira. Ao contrário, Isto é muito mais saudável do que entregar-se ao escapismo, tornar-se um coitadista que dedica seu tempo a atribuir a outros ou ao destino a culpa por seu insucesso. 

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No entanto, na busca do êxito é preciso tomar cuidado com a via escolhida, pois a ambição não justifica o abandono de valores como a ética, a honestidade e a solidariedade, sem os quais o sucesso será apenas uma aparência exibida no Facebook, escondendo o sentimento amargo da insatisfação pessoal. Na longa caminhada das profissões jurídicas, cada um faz a sua opção e traça o seu destino.

Vladimir Passos de Freitas é desembargador federal aposentado do TRF da 4ª Região, onde foi corregedor e presidente. Mestre e doutor em Direito pela UFPR, pós-doutor pela Faculdade de Saúde Pública da USP, é professor de Direito Ambiental no mestrado e doutorado da PUC-PR. Presidente eleito da "International Association for Courts Administration - IACA", com sede em Louisville (EUA). É vice-presidente do Ibrajus.

Revista Consultor Jurídico, 15 de novembro de 2015, 8h01

Previsão em edital

Concurso pode exigir afrodescendência aparente para candidato cotista15 de novembro de 2015, 9h22

Comissão avaliadora pode eliminar do sistema de cotas candidato que não tem aparência de afrodescendente, mesmo que ele se autodeclare negro ou pardo, desde que conste no edital do concurso. Esse foi o entendimento da 3ª Turma do Tribunal Regional da 4ª Região ao negar pedido de liminar de uma farmacêutica excluída de programa de políticas raciais, em certame para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.

A moradora de Pelotas (RS) concorreu na modalidade destinada exclusiva para autodeclarados negros ou pardo. No entanto, foi eliminada pela Comissão Avaliadora por não apresentar características étnicas afrodescendentes. Ao analisar a fotografia tirada no momento da entrevista de confirmação da autodeclaração, os julgadores constataram o suposto abuso.

A candidata impetrou agravo de instrumento na corte após ter a liminar que solicitava sua recondução ao concurso negada pela 2ª Vara Federal de Pelotas.

Na decisão, o relator do processo, desembargador federal Ricardo Teixeira do Valle Pereira, esclarece que “sendo o edital do concurso claro ao adotar o fenótipo, e não o genótipo (composição genética, independentemente da aparência), para a análise do grupo racial, não resta demonstrada arbitrariedade na decisão da comissão”. O mérito do caso ainda vai ser analisado pelo juiz de primeira instância.

Entendimento do STFTanto o magistrado de 1º grau quanto o de 2º instância proferiram suas decisões baseados num entendimento do Supremo Tribunal Federal tomado em outubro do ano passado.

Ao considerar constitucional a política de cotas da Universidade de Brasília (UnB), os ministros deixaram claro que a avaliação da banca deve ser realizada por fenótipo e não por ascendência, uma vez que o preconceito e a discriminação existentes na sociedade não têm origem em diferenças de genótipo humano, mas em elementos fenotípicos de indivíduos e grupos sociais.

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A corte ressaltou que a verificação deve ser feita após o candidato ter entregue a autodeclaração, isto para coibir a classificação racial por terceiros. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-4.

Clique aqui para ler a decisão.5030297-28.2015.4.04.0000/RS

Revista Consultor Jurídico, 15 de novembro de 2015, 9h22

Fácil acesso

"Grande dificuldade na luta contra a burocratização é a quebra de paradigmas"15 de novembro de 2015, 6h50

Por   Pedro Canário

Não é segredo que para promover o desenvolvimento de um país é preciso evitar que o Estado atrapalhe a vida dos cidadãos. Também não é segredo que o Brasil é conhecido por exigir de seus habitantes uma infinidade de documentos com objetivos tão banais quanto singelos, às vezes surreais, como a comprovação da própria existência.

Para analisar o quanto disso é realmente necessário e o quanto disso existe apenas por inércia dos poderes, o Senado convocou uma Comissão de Juristas para a Desburocratização do Brasil. Criada em outubro deste ano, a comissão tem a tarefa de propor, em seis meses, anteprojeto de lei que vise diminuir a burocracia estatal e facilitar o acesso do cidadão ao Estado. É um time cheio de nomes de incontestável carreira e importância nos mundos jurídico e acadêmico, presidido pelo ministro Mauro Campbell Marques, do Superior Tribunal de Justiça.

Um dos mais antigos membros do STJ, Campbell Marques já esteve em diversos lados do balcão. Foi procurador-geral de Justiça do Amazonas antes de ser nomeado ministro pelo quinto constitucional do Ministério Público. Também foi secretário de Segurança; de Controle, Ética e Transparência; e de Justiça do Amazonas.

Portanto, conhece bem as amarras que o Estado impõe ao cidadão e às empresas. “A enorme dificuldade na luta contra a burocratização é a necessidade de quebra de paradigmas, mudanças culturais que devem ser protagonizadas pelo Estado e, no particular, pelo Judiciário”, afirma, em entrevista à revista Consultor Jurídico.

Em artigo publicado há um mês, o ministro conta que o termo burocracia nasceu na França, no século XVIII, para designar o poder do bureau, em referência às mesas dos agentes do Estado. Hoje, explica, burocracia é a estrutura que faz o cidadão “mendigar direitos que a Constituição e as leis do país lhe asseguram”.

O ministro está à frente de uma tarefa árdua. Como ele mesmo define, desburocratização é “qualquer forma de encurtamento do acesso do cidadão a um serviço público e de otimização do princípio da eficiência por parte do Estado”.

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A comissão terá relatoria do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, e composta por diversos notáveis, como o professor de Direito Civil da USP Otavio Luiz Rodrigues Jr; o ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel; o professor Ives Gandra, um dos autores do capítulo de Direito Tributário da Constituição Federal; e o ex-ministro da Desburocratização João Geraldo Piquet Carneiro.

A presença de Piquet Carneiro é vista pelo ministro Mauro Cambpell como fundamental. Mostra que as ideias do antigo Ministério da Desburocratização, criado e chefiado pelo ministro Helio Beltrão em 1979, serão incorporadas. O espírito era, em plena ditadura militar, “reduzir a interferência do governo nas atividades do cidadão”.

Vieram da Desburocratização os antigos juizados de pequenas causas, hoje Juizados Especiais, e o Estatuto da Microempresa, por exemplo. Em 1986, com o fim do regime militar, a pasta foi incorporada ao Ministério da Administração. Piquet Carneiro é hoje presidente do Instituto Helio Beltrão.

Leia a entrevista:

ConJur – O que se entende por "desburocratização"?Mauro Campbell Marques – Hélio Beltrão já dizia que até o referido termo causava complicações aos locutores de TV e rádio diante da dificuldade da pronúncia. Mas, efetiva e resumidamente, penso que qualquer forma de encurtamento do acesso do cidadão a um serviço público e de otimização do princípio da eficiência por parte do Estado é desburocratizar.

ConJur –Quem perde e quem ganha com a burocratização das atividades e dos negócios na vida pública e privada?Mauro Campbell – Excetuado o fomento à corrupção sob várias formas, estes sim beneficiários diretos e indiretos da burocracia, todos perdem com ela. A começar pelo cidadão que ainda se constrange com pedidos de autenticação de sua própria existência ou com o preenchimento de cadastros e mais cadastros, cujos dados vindicados já estão devidamente atualizados nos bancos de dados de quem lhes cobra, o Estado.

ConJur – Em artigo publicado na Folha de S.Paulo, o senhor afirma que a burocratização é “efeito de uma apropriação da máquina estatal” ou “da intenção de criar dificuldades para vender facilidades”. O Congresso Nacional está preparado ou disposto a enfrentar esses interesses?Mauro Campbell – Com certeza o Congresso demonstrou tal preocupação e, sobretudo, vontade política de lutar contra esse problema ao instituir a Comissão Especial de Juristas que presido.

ConJur– O Poder Judiciário é reputado como o setor mais burocrático da sociedade. A fama é justa?Mauro Campbell – A fama não é injusta, mas a burocracia judicial é fruto de problemas orgânicos que somente agora buscamos solucionar. A enorme dificuldade na luta contra a burocratização é a necessidade de quebra de paradigmas, mudanças culturais que devem ser protagonizadas pelo Estado e, no particular, pelo Judiciário. Os mecanismos de controle são sempre reativos e não buscam se antecipar à desobstrução dos canais de tramitação processual. Não podemos ser reducionistas, pois nós, juízes, já demos prova de que podemos fazer de nossa atividade jurisdicional um meio condutor de mudanças essenciais à vida republicana.

ConJur – O senhor não teme que a Comissão de Juristas se deixe envolver por questões diversas e se disperse sem deixar um resultado efetivo como legado de seu trabalho? Mauro Campbell – É óbvio que esse temor existe diante do grande afluxo de queixas e estudos nessa área que nos chegam a todo instante. Confio, porém, na grandeza e, sobretudo, no esmero já sobejado na história de vida de cada um dos integrantes da Comissão. Mas, se necessário, conduziremos o debate com a objetividade que a desburocratização nos cobra.

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ConJur – Já existem ideias concretas para se atacar os entraves burocráticos do sistema de Justiça? E dos cartórios? Tais organizações estão no foco da Comissão de Juristas que o senhor preside? Mauro Cambpell – Há, sim, vários temas nesse quinhão burocrático que pretendemos estudar e propor soluções e não abdicaremos da oitiva das entidades representativas do setor, o que, aliás, já temos feito. Só não acredito que o assembleísmo e a realização de encontros ou reuniões mais pirotécnicos do que eficazes possam substituir o trabalho de estudo e seleção de propostas que nos sejam encaminhadas por canais igualmente democráticos. Esse é, aliás, um pensamento unânime dos membros da Comissão.

ConJur – O mote será o mesmo do antigo programa do ministro Helio Beltrão, no sentido de “reduzir a interferência do governo na atividade do cidadão”?Mauro Cambpell – Com certeza esse será um dos motes. Avançaremos, no entanto, para que mesmo nos instantes nos quais o Estado tenha de intervir, ele o faça com a mesma sanha profissional com que costuma agir para fiscalizar e punir. Dito de outro modo, caberá ao Estado demonstrar que é eficiente para servir e não para travar a vida do cidadão ou da empresa.

ConJur – As ideias do ex-ministro Helio Beltrão serão aproveitadas? Há preocupação em se recuperar o trabalho dos anos 1970-1980 sobre desburocratização?Mauro Cambpell – É um dos objetivos e não é sem propósito que faz parte da Comissão e é seu vice-presidente o professor Geraldo Piquet Carneiro, presidente do Instituto Hélio Beltrão. Ele constantemente traz-nos à lembrança os ensinamentos e as soluções propostas pelo doutor Hélio Beltrão.

ConJur – É possível saber de que maneira exigências burocráticas atrapalham o funcionamento de varas e tribunais?Mauro Campbell – Lógico que é. Basta ouvirmos o que diz o cidadão que busca acessar os cartórios judiciais de primeiro grau de jurisdição. A começar pelo temor reverencial que ainda impera em grande parte dos longínquos rincões do nosso país. As estruturas administrativas da jurisdição ordinária ainda são muito carentes, a par dos esforços envidados pelos tribunais. Temos de lançar mão de mecanismos tecnológicos e de bancos de dados já disponíveis para que o acesso ao Judiciário seja mais profissional e, quem sabe, cheguemos ao ponto de efetuar triagens capazes de induzir a uma desjudicialização crescente. Deve partir do Judiciário a sugestão de receber e solucionar com celeridade somente os litígios que devam ser submetidos ao Estado-Juiz, oferecendo ao jurisdicionado mecanismos alternativos de solução como a arbitragem e a mediação. Ou mesmo exercendo, como preconizou Hélio Beltrão, a rápida composição entre as partes.

ConJur – Foi pensada alguma forma de interação da sociedade civil com os trabalhos da Comissão, ao estilo de audiências públicas?Mauro Campbell – Em virtude da exiguidade do tempo oferecido à Comissão, optamos por franquear o acesso pessoal ou virtual com as propostas e eventuais soluções a fim de otimizar os trabalhos, sem embargo de que não se afasta tal possibilidade.

ConJur – O que sua experiência de membro do Ministério Público de um estado do Norte do Brasil, de secretário do governo do Amazonas e, posteriormente, de um integrante do STJ pode contribuir para a Comissão de Juristas da Desburocratização?Mauro Campbell – O fato de ter servido ao Ministério Público, ao Executivo e, agora, ao Judiciário, por certo me dá uma visão privilegiada e capaz de lançar críticas e sugestões a mais. Mas os demais membros da Comissão possuem gabarito intelectual e experiências iguais ou bem melhores que as minhas, para conforto nosso e convicção do êxito dos trabalhos dela. Como servidor público vocacionado, sempre busquei ouvir as dificuldades da população que buscava ter acesso aos serviços que eu devia prestar. Não para formar banco de dados desses reclamos, mas para dar soluções efetivas a eles, procurando quebrar e extinguir o temor reverencial à autoridade dos cargos. Não é tarefa fácil, mas é factível, sim. Basta que a iniciativa parta de quem está do lado do balcão estatal. A vida, no entanto, não permite termos ilusões. Os excessos burocráticos são tão antigos quanto o Brasil. Disso faz prova o Sermão 140 do padre Antônio

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Vieira, quando ele dizia que nos despachos era comum vir o advérbio “logo” para que subissem ou descessem os autos e processos com rapidez. O problema é que “estes logos quão logos são, quanto tardam e quanto duram!” Não temos ilusões. Mas, se alguns “longos” se tornarem um “logo” na administração, teremos honrado a confiança em nós depositada pelo povo brasileiro, que conhece na alma os malefícios da burocratização. Desde os tempos coloniais!  

Pedro Canário é editor da revista Consultor Jurídico em Brasília.

Revista Consultor Jurídico, 15 de novembro de 2015, 6h50

Onde é o Fundo do Poço?Posted by: Portal Tributário on: 12/11/2015

Por Júlio César Zanluca – coordenador dos sites Portal Tributário e Portal de Contabilidade

“Fundo do poço” é uma expressão utilizada para significar crise, o pior, etc.

Exceto para os bancos (que continuam a lucrar maravilhas e ganhar dinheiro como nunca no Brasil), os demais empreendimentos estão amargando enormes quedas de receita, lucros e tendo que dispensar precioso pessoal qualificado, treinado durante anos. O desemprego se alastra entre os profissionais de alta categoria – indicando que esta não é uma “marolinha” nem uma “crise passageira”.

Sem entrar nas questões políticas (que são muitas, e origem da atual bagunça administrativa pública neste país), só podemos (como empresários e trabalhadores) perguntar: onde é o fundo do poço?

Sinceramente, não sei. Pensei que já tivéssemos passado o pior, em agosto ou setembro deste ano. Mas me enganei. O desemprego continua recorde e as vendas do comércio e indústria continuam caindo, apesar do final do ano (época tradicionalmente boa para vendas, por causa do Natal e festas de final de ano).

Qualquer exercício de futurologia, neste momento, é absolutamente inútil. Aí vão algumas recomendações:

se você é empregado, mantenha seu emprego, mostre seu valor, produza mais! se você é empreendedor, invista em produtividade e inovação, tente segurar o pessoal mais

qualificado e produtivo, corte impiedosamente despesas e custos desnecessários (evite esbanjar dinheiro em publicidade), faça planejamento tributário, repense o negócio, incentive e motive sua equipe, exporte, crie novos mercados para seus produtos e serviços!

Compreenda que os bons tempos acabaram. A conta chegou. Os políticos destroçaram este país (e continuarão tentando fazê-lo), com suas ideologias e delírios estatizantes e manias de grandeza carismática e populismo marketeiro. Agora que todos sabemos que este é o país dos bancos (fuja deles!) e vilões eleitos ao poder (não dependa deles!), vamos evitar olhar para o fundo do poço (se é que ele existe…) e vamos olhar para cima. O empreendedor brasileiro é o herói deste país, dele dependem milhões de empregos e de evitarmos o colapso social e econômico. Vamos em frente!

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Rede Globo cria "laboratório de ideias" para "obter gratuitamente" direitos patrimoniais de autores/roteiristas Pobres aspirantes a roteiristas... ao se inscreverem no programa, cedem os direitos patrimoniais do autor! Publicado por Thiago Venco - 4 dias atrás

É escandaloso. (Clique aqui para ver o site)

7.10 Os Participantes, no ato de aceite e assinatura deste Termo, cedem e transferem à Globo, na integralidade, a título universal, em caráter total, definitivo, irrevogável e irretratável, para utilização a qualquer tempo, no Brasil e/ou no Exterior, todos os direitos patrimoniais de autor sobre os Projetos inscritos, suas estórias, personagens, enredos e tramas, em conjunto ou isoladamente, para fins de produção de obras audiovisuais, para exibição e reexibição em televisão aberta, fechada, pay-per-view ou VOD, por cabo, satélite, IPTV, ou qualquer meio de transmissão de sinais existente ou que venha a existir, podendo disponibilizá-los na Internet e/ou telefonia, fixa ou móvel, ou em qualquer rede de informações, sem que seja devida ao Participante qualquer renumeração.

Revoltante, aviltante, que uma empresa deste porte, que possui uma licença pública para operar um serviço público, que fatura bilhões em publicidade do governo deste país, esteja querendo dar um "passa-moleque" em jovens aspirantes a roteiristas.

Que espécie de Laboratório é esse em que os autores entram com seu talento (lembrem-se do slogan: NADA SUBSTITUI O TALENTO) e a Globo leva tudo, sem nem ao menos um tostãozinho de direitos autorais?

2.1 Para participar do Globo Lab é necessário inscrever projeto original de websérie (“Projeto”), com temporada de 05 (cinco) a 10 (dez) episódios, de até 05 (cinco) minutos cada, no endereço www.globouniversidade.com.br/globolab, mediante o preenchimento completo de formulário de inscrição online (“Formulário”).

Ora, criar 5 roteiros de uma websérie exige muitas, muitas horas de trabalho. E muito mais horas de estudo. A Globo está querendo levar esse suor, esse investimento de graça, simplesmente, porque eles são... A Globo.

Ou melhor: eles dão "workshops" e "mentorias" para os finalistas.

5.1.1 Os 20 (vinte) Semifinalistas ganharão um Workshop no Projac, que consiste em um conjunto de atividades presenciais, a saber, palestras de profissionais experientes, oficinas criativas e visita às instalações do Projac.

5.2.1 Até 10 (dez) Finalistas serão premiados com a Mentoria. Com duração máxima de 05 (cinco) semanas, a Mentoria se dará à distância, via telefone, Skype ou programas similares. No encerramento da Mentoria, os Finalistas retornarão ao Rio de Janeiro por 03 (três) dias, quando realizarão encontros presenciais com o Mentor.

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Espelhinhos para os nativos em troca do mapa de Eldorado?

Ao vencedor, as batatas!

6.1 O autor do Projeto Final definido pela Banca Avaliadora como o Projeto Vencedor do Pitching Final ganhará uma Imersão de 5 (cinco) dias no Projac para conhecer os bastidores de programas de TV e aprender sobre a atuação dos diversos setores envolvidos na produção dos conteúdos Globo. O autor do Projeto Vencedor receberá um Certificado de Participação na Imersão Globo Lab.

6.2 O autor de Projeto Vencedor assinará a criação da websérie, que será produzida e publicada no Gshow.

Seria esta uma forma perversa de "processo seletivo", uma espécie de reality show na vida real, em que os aprendizes passam por sucessivas provas, para quem sabe, no futuro, obter alguma sonhada vaga no império Globo?

Mas eles seguem sendo "profissionais": plantaram uma espécie de "antídoto" no contrato para conter as críticas indignadas como esta:

7.16 Na hipótese de qualquer Participante ou um terceiro considerar que existem fatos ou circunstâncias que constituam ilicitude na utilização de qualquer conteúdo acessível através do Globo Lab e, em particular, quaisquer Projetos que representem práticas criminosas, violação de direitos de propriedade intelectual ou outros direitos, este deverá enviar uma comunicação à GLOBO, através do endereço [email protected] contendo (i) os dados pessoais: nome, endereço, número de telefone e endereço de correio eletrônico do reclamante; (ii) especificação da suposta atividade ilícita ocorrida e, em particular, quando se tratar de suposta violação de direitos autorais, indicação precisa e completa dos conteúdos protegidos e supostamente infringidos; (iii) fatos ou circunstâncias que revelam o caráter ilícito de tal atividade; (iv) no caso de utilização indevida de criações intelectuais ou qualquer tipo de usurpação de direitos, declaração expressa e clara de que a utilização dos conteúdos foi realizada sem o consentimento do titular dos direitos de propriedade intelectual supostamente infringidos, quando aplicável; (v) declaração expressa, clara e sob a responsabilidade do reclamante de que a informação proporcionada na notificação é exata e de que a utilização do conteúdo dos arquivos indicados constitui uma violação dos seus direitos de propriedade intelectual, se aplicável. Estas notificações deverão ser enviadas à Globo através dos meios disponíveis de comunicação.

7.17. Este Termo poderá ser alterado pela Globo tantas vezes forem necessárias, garantida a sua divulgação aos Participantes de forma eficaz, a critério da Globo.

7.18. Os casos omissos não previstos neste regulamento serão analisados e decididos pela Globo.

E tem gente que ainda acredita que os 3 homens mais ricos do Brasil (os irmãos Marinho) são um orgulho para esse país.

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Indústria da ação trabalhista rende fortunas a advogados Defensores compram causas de empregados sob a condição da renúncia de valores no fim do processo Publicado por Consultor Elder - 4 dias atrás

Um esquema de compra de créditos trabalhistas por advogados mineiros está lesando empresários da região metropolitana de Belo Horizonte. Conhecida como “a indústria da reclamação trabalhista”, a fraude consiste na captação de clientes de forma ilegal e na negociação entre empregados e advogados, que acabariam embolsando boladas em indenizações. Denunciada pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Setcemg), a prática é considerada crime.

No golpe, escritórios de advocacia assediam trabalhadores com a oferta de pagamento de valores – às vezes, à vista – sob a condição da renúncia, em favor do advogado, do prosseguimento de ações contra os empregadores. Em alguns casos, o assédio ocorre antes mesmo de existir um processo, mas o esquema também acontece quando há uma decisão em primeira instância e uma das partes recorre postergando o fim da ação. Ao término do processo, com a causa ganha, o advogado embolsaria toda a indenização paga pela empresa, sem repassar ao reclamante quantias que chegam às centenas de milhares de reais. “Nada hoje dá mais rendimento que a Justiça do Trabalho, então essa prática é comum. O advogado fala: ‘vou te dar R$ 5.000 e você esquece, abre mão do crédito’”, confirma um advogado, sob anonimato.

Assessor jurídico do Setcemg, Paulo Teodoro do Nascimento explica que o esquema é elaborado. “Alguns escritórios contratam pessoal para abordar os trabalhadores e compram crédito com promessas de ganhos fabulosos. Eles pagam determinado valor, prosseguem com o processo e quando recebem ficam com todo o crédito da ação. E o pior é que há testemunhas treinadas para mentir, que também estão recebendo por isso”, declara.

Um outro advogado conta que o mercado é crescente e que a captação de clientes ocorre em locais de aglomeração de trabalhadores, inclusive em porta de empresas, com panfletos e cartões. “Eles incentivam os empregados a ajuizarem ações contra as empresas, prometendo ganhos altos. O que acontece é que as ações demoram certo tempo, e os trabalhadores não suportam esperar”, corrobora outro advogado.

Exportação. As abordagens, proibidas pelo código de ética da profissão, seriam diárias. Elas estariam sendo feitas na porta de empresas e em churrascos promovidos pelos advogados. O assessor do Setcemg ressalta que o golpe já extrapolou as fronteiras de Minas, chegando a São Paulo, Goiás e Rio de Janeiro – escritórios mineiros estariam abrindo filiais para lucrar com a fraude. Segundo Nascimento, a situação é tão grave que já levou empresas a fecharem as portas. Ele promete acionar o Tribunal Regional do Trabalho e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nos próximos dias.

Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB–MG, Rogério Flores informa desconhecer o esquema, mas ressalta que, em caso de denúncias, providências imediatas serão tomadas. “Isso é extremamente antiético, e nunca ninguém reclamou aqui, mas não me surpreende”. O presidente da Comissão de Direitos Sociais e Trabalhistas da OAB-MG, João Amorim, rechaça a prática. “O crédito trabalhista tem a finalidade de atender a sobrevivência do credor, e esse é um desvio de conduta gravíssimo”.

Fonte: otempoIPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Polícia Federal prende grupo que gerenciava o site Mega Filmes HD Operação Barba Negra cumpriu mandados de prisão temporária; portal recebeu 60 milhões de visitas por mês no 1º semestre do ano.

Publicado por Pedro Magalhães Ganem - 4 dias atrás

A Polícia Federal deflagrou uma operação na manhã desta quarta-feira (18), em Cerquilho, São Paulo, para desarticular uma organização criminosa especializada na prática de crimes contra direitos autorais pela internet.

Batizada de Barba Negra, a operação cumpriu dois mandados de prisão temporária. Outras cinco pessoas foram ouvidas pela PF em condução coercitiva. Também foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão.

O grupo gerenciava o portal Mega Filmes HD, que oferece um acervo de 150 mil filmes, documentários, séries de TV e shows de forma pirata na internet. O site transmite programas antes mesmo das estreias oficiais. Segundo a PF, o portal recebeu 60 milhões de visitas por mês no primeiro semestre deste ano, sendo 85% de brasileiros e 15% de países como Portugal e Japão. Em uma das redes sociais, o site tem mais de 4,5 milhões de seguidores.

A renda era obtida pela publicidade cobrada do site. Foram bloqueadas as contas bancárias de sete suspeitos de gerenciar o site. Os investigados serão indiciados pela prática de crimes de constituição de organização criminosa, com pena de três a oito anos e multa e de violação de direitos autorais com pena de dois a quatro anos e multa.

Fonte: GazetaOnline

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