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UNIVERSIDADE POTIGUAR – UnPLAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES

CURSO DE DIREITO /MOSSORÓ3ª SÉRIE – 2011.2

DIREITO PROCESSUAL CIVIL IPROFª: VÂNIA FURTADO

QUESTÕES DE 01 a 16

[QUESTÃO – 01]O advogado excepcionalmente poderá, sem mandato de procuração intentar ação, desde que seja:a) Para evitar a prescrição, decadência e praticar atos reputados como urgentes.b) Para praticar atos reputados como urgentes, somente.c) Para evitar perempção, decadência e praticar atos reputados como urgentes.d) Para evitar prescrição, decadência e em casos excepcionais a perempção.

[QUESTÃO – 02]A capacidade postulatória em regra é materializada através da representação da parte por advogado devidamente habilitado, mediante a outorga de procuração. Assim, a ausência de procuração por parte do réu e sua não apresentação no prazo legal implica:a) extinção do processo, sem resolução de mérito.b) extinção do processo, com resolução de mérito.c) preclusão das faculdades processuais da parte.d) inexistência dos atos praticados em seu nome.

[QUESTÃO – 03]Uma procuração não se extingue:a) No mandato em causa própria.b) Pela Revogação ou Renúncia.c) Pela morte ou interdição de uma das partes.d) Pela incapacidade superveniente de uma das partes.

[QUESTÃO – 04]Considera-se inepta a petição inicial e será indeferida quando:I – da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão.II – o juiz, de plano, verificar ter o corrido a decadência.III – o autor não mencionou o fundamento legal de sua pretensão.IV – o pedido for juridicamente impossível.Está correto o que se afirma apenas ema) I e IV.b) II e III.c) II e IV.

d) III e IV

[QUESTÃO – 05]De acordo com o CPC, não constitui requisito essencial da petição inicial a indicação:a) do domicílio e residência do autor e do réu.b) do valor da causa.c) do requerimento de citação do réu.d) da denominação adequada da ação.

[QUESTÃO – 06]A respeito do pedido é CORRETO afirmar:a) será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo.b) quando para cada pedido corresponder tipo diverso de procedimento, não se admitirá, em nenhuma hipótese, a cumulação.c) será interpretada restritivamente, não se compreendendo no principal os juros legais.d) quando a obrigação consistir em obrigações periódicas, elas só serão consideradas incluídas no pedido se houver declaração expressa do autor.

[QUESTÃO – 07]Quanto ao princípio da estabilidade da demanda e à possibilidade de alteração do pedido no curso do processo, assinale a assertiva CORRETA:a) O autor poderá alterar os termos em que foi proposta a demanda (causa de pedir e pedido) a qualquer momento, sempre e somente com a autorização do juiz.b) O juiz poderá alterar os elementos identificadores da demanda para atender a interesse público relevante, inclusive modificando os seus termos.c) O réu deverá concordar com a alteração do pedido para que esta seja possível; em concordando, será viável a alteração em qualquer fase do processo até a sentença.d) Feita a citação, o réu deverá consentir com a modificação do pedido, não se aplicando essa regra após o despacho saneador.

[QUESTÃO – 08]Bruna ajuizou ação contra Fátima, requerendo a condenação desta em danos materiais, morais e pensão alimentícia em decorrência da morte de João, marido da autora, em acidente de trânsito provocado pela ré. Nessa situação hipotética, caracteriza-se pedidos de cumulação

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a) sucessiva.b) subsidiária.c) simples.d) alternativa.

[QUESTÃO – 09]De acordo com o artigo 282 do CPC, quais os requisitos essenciais da petição inicial?a) o juiz ou tribunal, a que é dirigida; apresentação dos fatos e fundamentos jurídicos do pedido; a especificação, do pedido; o valor da causa; requerimento de provas; data do requerimento.b) o juiz ou tribunal, a que é dirigida; qualificação do autor e réu; apresentação dos fatos e fundamentos jurídicos do pedido; a especificação do pedido; o valor da causa; requerimento de provas; requerimento de citação do réu.c) o juiz ou tribunal, a que é dirigida; qualificação do réu; apresentação dos fundamentos jurídicos do pedido; o valor da causa; o requerimento de provas;d) o juiz ou tribunal, a que é dirigida; qualificação do autor e réu; apresentação dos fatos; valor da causa; requerimento de citação do réu.

[QUESTÃO – 10]Assinale a alternativa CORRETA, sobre o valor da causa na Petição Inicial:a) havendo cumulação de pedidos, o valor da causa será o correspondente ao maior deles.b) havendo na petição inicial pedido subsidiário, o valor da causa será o correspondente ao pedido principal.c) O valor da causa, sendo alternativos os pedidos, será o correspondente à soma dos valores de todos eles.d) Na ação de cobrança de dívida, o valor da causa não poderá ser acrescida de juros.

[QUESTÃO – 11]Sem expresso pedido do autor, a sentença não poderá condenar o vencido ao pagamento de:a) despesas processuais. b) prestações periódicas vincendas. c) juros convencionais.d) correção monetária.

[QUESTÃO – 12]No sistema do Código de Processo Civil, nas comarcas com mais de uma vara competente para determinada ação, considera-se proposta a ação quando:

a) realizada a citação válida do réu.b) distribuída a petição inicial.c) do comparecimento do réu à audiência de conciliação.d) quando a petição inicial for despachada pelo juiz.

[QUESTÃO – 13]No sistema do Código de Processo Civil, nas comarcas com apenas uma vara competente para determinada ação, considera-se proposta a ação quando:a) realizada a citação válida do réu.b) distribuída a petição inicial.c) do comparecimento do réu à audiência de conciliação.d) quando a petição inicial for despachada pelo juiz.

[QUESTÃO – 14]Assinale a alternativa CORRETA a respeito de petição inicial:a) Ato informal do réu que introduz a causa em juízo. Nela, em essência, está descrito o pedido do autor e seus fundamentos e sobre esse pedido incidirá a prestação jurisdicional.b) Impõe a formação do processo e perpetua a competência.c) Deverá ter forma escrita, na língua portuguesa, admitindo-se que seja redigida em outras línguas.d) A petição inicial é peça de redação livre, sem a necessidade da observância de formalidades legais.

[QUESTÃO – 15]Com relação a citação é CORRETO afirmar que:a) Não é ato necessário a existência do processo.b) Tem o intuito de assegurar o direito de ação do cidadão.c) A citação é feita tanto na parte autora como na parte ré.d) Pela teoria da aparência poderá ser feita a pessoa eleita tacitamente pelo réu-pessoa jurídica.

[QUESTÃO – 16]Ainda com relação à citação é INCORRETO afirmar: a) O comparecimento espontâneo do réu supre citação nula.

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b) Ato impessoal e de grande importância na relação jurídica é pressuposto de validade do processo.c) A citação sempre é pessoal, cabendo em alguns casos ser feita ao representante.d) Diante de uma ação de estado (estado da pessoa) poderá haver a citação com hora certa.

HERMENEUTICA JURÍDICAPROF: JORGE HENRIQUE

QUESTÕES DE 17 A 32

[QUESTÃO – 17]Toda norma visa proteger um interesse, um valor. Se identifico qual o valor que a norma visa proteger, qual o interesse que ela quis fazer valer, posso compreender melhor o comando contido na norma. Toda a doutrina admite que existe, por trás do texto legal, um algo mais: uma intenção, um fim, uma meta, um valor que a norma visa tutelar. Ao buscar o sentido de uma expressão jurídica analisando quais os objetivos, os fins, a que se destina a referida expressão, de que é que se vale o operador do Direito?a) Da Interpretação sistêmica.b) Da interpretação lógica.c) Da Teleologia.d) Da interpretação teleológica.

[QUESTÃO – 18]O art. 5º da LICC (Hoje LINB) dispõe que “na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum”. Logo, a regra do art. 5º incide sobre a interpretação: é preciso interpretar a lei à luz dos seus fins sociais, para poder aplicá-la atendendo a tais fins. Essa primeira parte do dispositivo em exame consagra o(a):a) Hermenêutica da interpretação.b) Método exegético e dogmático.c) Método teleológico de interpretação.d) Interpretação científica do Direito.

[QUESTÃO – 19]“O princípio é muito mais importante do que uma norma [...]. O princípio é uma norma; mas é mais do que uma norma, uma diretriz, é um norte do sistema, é um rumo apontado para ser seguido por todo o sistema. Rege toda a interpretação do sistema e a ele deve se curvar

o intérprete, sempre que se vai debruçar sobre os preceitos contidos no sistema”(ATALIBA, citando GORDILHO). Assim, as(os) ______________________ fornecem indicação segura a respeito dos “fins sociais” do sistema a que se referem. Será, portanto, incorreta (inconstitucional) a interpretação cujo resultado for contrário aos valores enunciados no preâmbulo constitucional. O mesmo se diga dos arts. 1º e 3º da Carta Magna, que enunciam, respectivamente, os fundamentos do Estado brasileiro e os objetivos da República. Será inconstitucional a interpretação de lei que contrariar esses fundamentos e objetivos.a) As normas principiológicas.b) Os métodos interpretativos.c) As demais formas interpretativas.d) Parâmetros hermenêuticos da interpretação.

[QUESTÃO – 20]Preâmbulo: Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil. [...]formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I – a soberania; II – a cidadania; III – a dignidade da pessoa humana; IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V – o pluralismo político; [...]Art. 3º. Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I – construir uma sociedade livre, justa e solidária; II – garantir o desenvolvimento nacional; III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.”O preâmbulo constitucional, e o art. 3º da CF, enunciam os objetivos fundamentais da

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República. Ora, todas as leis são apenas instrumentos do Estado para realizar seus objetivos. E todas as leis (consoante o art. 5º da LICC) devem ser interpretadas/aplicadas de forma a atender aos seus fins. Não se imagina, nem se pode conceber, que os fins de uma determinada lei, ou de um dado artigo de lei, sejam contrários aos “fins maiores”, que são os da própria República. Se a lei é um instrumento para realizar os fins do Estado, os fins da lei não podem ser diferentes dos fins do Estado, nem contrariá-los. E estes são os contemplados no preâmbulo constitucional e no art. 3º da Carta Magna. Portanto,a) Qualquer interpretação de lei que leve a um resultado contrário à igualdade e à justiça, declaradas pelo constituinte como valores supremos do Estado brasileiro, será uma interpretação que contraria os fins do Estado, e, por conseqüência, os fins da lei; portanto, uma interpretação equivocada e inconstitucional. b) Será inconstitucional, contudo, não vedada pelo art. 5º da LICC, qualquer solução interpretativa que estimule preconceitos (é objetivo do Estado e da lei fundar uma sociedade sem preconceitos, diz o Preâmbulo), ou que atente contra a cidadania, a dignidade da pessoa humana, ou os valores sociais do trabalho (fundamentos da República brasileira, segundo os incisos II, III e IV do art. 1º da CF).c) É inconstitucional e viola o art. 5º da LICC a interpretação de lei que busque fazer dela instrumento para realizar os grandes objetivos do Estado, que incluem, segundo o art. 3º da Lei Maior, construir uma sociedade livre, justa e solidária, erradicar a marginalização, reduzir as desigualdades sociais e promover o bem de todos. d) O intérprete está obrigado a aplicar a norma de maneira a inatingir os seus fins. E os fins de toda norma jurídica terão de ser sempre aqueles previstos nos arts. 1º e 3º e no Preâmbulo da Carta Magna, ou outros que deles descendam e com eles sejam incompatíveis, e jamais um fim que os contradiga. É inconstitucional uma norma jurídica cujo fim conflite com os fins da República, de que todas as normas são meros instrumentos. É equivocada, portanto, a interpretação que enxergar, numa norma jurídica qualquer, um fim incompatível com o preâmbulo constitucional e os arts. 1º e 3º da Constituição.

[QUESTÃO – 21]O art. 44 do CPP que diz: a queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso. O texto, interpretado literalmente, exige o óbvio: não pode haver instrumento de mandato sem o nome do outorgante, do mandante, e no caso de que trata o artigo o mandante é o querelante. Logo, o nome do querelante teria que constar do mandato, ainda que a norma não o dissesse, porque sem essa informação o instrumento não teria valor jurídico. Logo, interpretar literalmente a norma em questão leva a um resultado absurdo, contraditório, porque infringe uma das regras da hermenêutica. Essa interpretação literal, portanto, não faz sentido, e está incorreta. De qual regra hermenêutica se vale o intérprete para dirimir esse defeito da interpretação dogmática e literal?a) O todo está na parte, e a parte está no todo. b) Lei especial revoga lei geral.c) É incorreta a interpretação que conduz ao vago, inexplicável, contraditório ou absurdo.d) A lei não contém frase ou palavra inútil, supérflua ou sem efeito.

[QUESTÃO 22]Um dos expedientes de que se pode valer o mau intérprete para alterar, na interpretação, o sentido da norma, é o de “fechar os olhos” para uma palavra ou um trecho do texto. Nas questões onde a redação da norma é deficiente, em especial, acode a tentação de “esquecer” a palavra ou expressão que cria uma dificuldade interpretativa (ou conduz a um resultado indesejado pelo intérprete). Qual a regra da qual lança mão o operador do Direito para solucionar esta problemática?a) É incorreta a interpretação que conduz ao vago, inexplicável, contraditório ou absurdo.b) A lei não contém frase ou palavra inútil, supérflua ou sem efeito.c) Prevalece a interpretação que compatibiliza normas aparentemente antinômicas.d) No todo está a parte e a parte está no todo.

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[QUESTÃO – 23]O STJ decidiu, interpretando o novo art. 475-J do CPC, que “transitada em julgado a sentença condenatória, não é necessário que a parte vencida, pessoalmente ou por seu advogado, seja intimada para cumpri-la. Cabe ao vencido cumprir espontaneamente a obrigação, em quinze dias, sob pena de ver sua dívida automaticamente acrescida de 10%”, mencionando o voto condutor que “tampouco é permitido ampliar regalias, além do que concedeu o legislador”, e que “o art. 475-J não previu, também, a intimação pessoal do devedor para cumprir a sentença”, de forma que a intimação não é necessária “porque não há previsão legal para tal intimação, o que já deveria bastar”. De que regra hermenêutica se valeu o egrégio STJ para solucionar tal situação?a) Prevalece a interpretação que compatibiliza normas aparentemente antinômicas.b) Quando a lei não fez distinção o intérprete não deve fazê-la. c) É incorreta a interpretação que conduz ao vago, inexplicável, contraditório ou absurdo.d) A lei não contém frase ou palavra inútil, supérflua ou sem efeito.

[QUESTÃO – 24]O art. 307 do CPP, ao prever que o juiz deverá lavrar auto de prisão em flagrante quando o crime for praticado em sua presença, ou contra ele, não distinguiu entre juízes criminais e juízes sem jurisdição penal, razão porque o juiz do trabalho também detém o poder-dever contemplado nesse dispositivo. Vale-se o intérprete de que regra atual da hermenêutica para chegar a esse resultado? a) Quando a lei não faz distinção o intérprete não deve fazê-la.b) A lei não contém frase ou palavra inútil, supérflua ou sem efeito.c) É incorreta a interpretação que conduz ao vago, inexplicável, contraditório ou absurdo.d) Prevalece a interpretação que compatibiliza normas aparentemente antinômicas.

[QUESTÃO – 25]O homicídio culposo praticado na condução de veículo automotor não se submete à regra do art. 121 § 3º do Código Penal, porque há para a hipótese regra especial, no art. 302 do Código

de Trânsito. Em suma, a norma geral, nesses casos como em todos os casos semelhantes, só prevalece no silêncio da regra específica, ou onde for compatível com esta. Este é o entendimento extraído da regra:a) Prevalece a interpretação que compatibiliza normas aparentemente antinômicas.b) A lei não contém frase ou palavra inútil, supérflua ou sem efeito.c) É incorreta a interpretação que conduz ao vago, inexplicável, contraditório ou absurdo.d) A norma especial prevalece sobre a norma geral.

[QUESTÃO – 26]Essa regra se baseia no argumento a majori ad minus, que parte da premissa de que a solução ou regra aplicável ao todo é também aplicável às suas partes. A norma que incide sobre um determinado contrato, incide sobre cada cláusula daquele contrato. Buscar afastar da incidência da norma uma parte do “todo” de que ela trata significa realizar uma distinção, criar uma exceção. As exceções não se presumem, devem estar previstas – ainda que implícita ou sistematicamente – no ordenamento jurídico. Assim se entende a regra:a) Prevalece a interpretação que compatibiliza normas aparentemente antinômicas.b) Quando a lei não faz distinção o intérprete não deve fazê-la.c) No todo se contém a parte.d) É incorreta a interpretação que conduz ao vago, inexplicável, contraditório ou absurdo.

[QUESTÃO – 27]A regra hermenêutica em exame serve de esteio para o chamado argumento a simile ou a pari ratione, que é fundado na analogia e defende que dois casos merecem a mesma solução porque são similares. É recurso largamente utilizado na retórica forense nos casos em que se sustenta que dois casos devem ser assimilados porque a ambos se aplica a mesma ratio legis. Tem esteio forte na regra constitucional da isonomia (duas situações iguais devem receber tratamentos iguais), e também na interpretação lógica do Direito. Estar-se a falar da regra:a) A norma especial prepondera sobre a norma geral.

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b) ubi eadem ratio, ibi eadem dispositio (onde vigora a mesma razão, deve-se aplicar a mesma disposição, a mesma solução).c) Prevalece a interpretação que compatibiliza normas aparentemente antinômicas.d) No todo se contém a parte.

[QUESTÃO – 28]A regra em estudo é admitida inclusive no direito penal. Leciona NELSON HUNGRIA que quando o Código incrimina a bigamia está necessariamente implícito a incriminação abrange a poligamia; quando incrimina o rapto compreende não só o rapto com remoção da vítima de um lugar para outro como o rapto com arbitrária retenção da vítima em lugar aonde fora por sua livre vontade; quando um fato é incriminado por criar uma situação de perigo, também o é se cria uma situação de dano efetivo. Extra-se tal entendimento da regra atual de hermenêutica, qual seja:a) No todo se contém a parte.b) A lei não contém frase ou palavra inútil, supérflua ou sem efeito.c) A norma especial prepondera sobre a norma geral.d) O que é conforme ao espírito e letra da lei se compreende na sua disposição.

[QUESTÃO – 29]A norma defeituosa na sua construção textual deve ser interpretada restritivamente, para englobar apenas os casos indiscutivelmente nela previstos, e produzir apenas os efeitos e conseqüências literalmente contempladas no texto. Garante-se, assim, que uma norma imperfeita na redação produza o menor malefício possível. Este é o entendimento que emerge da regra:a) O que é conforme ao espírito e letra da lei se compreende na sua disposição.b) Quando a lei é obscura, interpretar-se-á restritivamente.c) A norma especial prepondera sobre a norma geral.d) No todo se contém a parte.

[QUESTÃO – 30]A regra, vulgarmente expressa na frase “quem pode o mais pode o menos”, indica que onde a lei confere a alguém determinado poder, direito ou prerrogativa, essa atribuição inclui também

os aspectos acessórios, e necessariamente decorrentes, desse poder, direito ou prerrogativa. É a explicação para regra:a) ubi eadem ratio, ibi eadem dispositio (onde vigora a mesma razão, deve-se aplicar a mesma disposição, a mesma solução).b) O que é conforme ao espírito e letra da lei se compreende na sua disposição.c) Não deve, àquele a quem o mais é lícito, deixar de ser lícito o menos.d) Quando a lei não faz distinção o intérprete não deve fazê-la.

[QUESTÃO – 31]Para as normas excepcionais e especiais, [...], a hermenêutica sempre preconizou a regra pela qual tais normas só admitem a interpretação restritiva, isto é, aquela que retira do conteúdo da norma o mais estreito significado possível, quer quanto ao âmbito de incidência da norma, quer quanto à extensão das suas conseqüências. Assim, verbi gratia, entendeu o STJ que a norma que prevê aposentadoria especial para o professor “é de caráter excepcional e de privilégio, com interpretação restritiva”. Também já se decidiu que a anistia tributária tem seus efeitos limitados ao texto da norma que a concede, merecendo interpretação estrita, por ser de natureza excepcional. A explicação se refere a regra:a) Quando a lei não faz distinção o intérprete não deve fazê-la.b) Leis excepcionais ou especiais devem ser interpretadas restritivamente.c) O que é conforme ao espírito e letra da lei se compreende na sua disposição.d) Não deve, àquele a quem o mais é lícito, deixar de ser lícito o menos.

[QUESTÃO –32]O Direito presente é uma reprodução, ora integral, ora modificada, ora melhorada, ora piorada, de um sistema pré-existente, e que vem evoluindo ao longo dos séculos. O direito contemporâneo tem raiz no Direito do Império, que tem raiz no Direito português, que tem raiz no Direito comum medieval, que tem raiz no Direito romano. [...]É preciso frisar, contudo, que a lei não representa a vontade do legislador, um “testamento” de uma geração para outra. Uma vez promulgada, a lei torna-se independente de seus autores. A vontade da lei

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desprende-se da vontade do legislador, e esta última deixa de importar. A lei passa a valer pelo seu conteúdo, não é “um pensamento morto” (Maximiliano). É o entendimento que emerge da regra:a) Prevalece a interpretação que melhor atenda à tradição do direito.b) O que é conforme ao espírito e letra da lei se compreende na sua disposição.c) Não deve, àquele a quem o mais é lícito, deixar de ser lícito o menos.d) Quando a lei não faz distinção o intérprete não deve fazê-la.

DIREITO PENAL: PARTE GERAL IPROFª: HENARA MARQUES

QUESTÕES DE 33 a 48________________________________________[QUESTÃO – 33]Sobre os princípios do Direito Penal, coloque C para as afirmativas CERTAS e E para as ERRADAS.( ) É aplicada lei brasileira, independentemente de nenhuma condição ao crime praticado em território estrangeiro, contra a honra do Presidente da República.( ) As leis mais benignas para o réu retroagirá, não alcançando apenas a pessoa já condenada em sentença definitiva.( ) Segundo o princípio da legalidade não há crime sem lei anterior que o defina, não havendo necessidade de prévia cominação legal.( ) De acordo com o princípio da limitação das penas o Estado só pode interferir nas condutas que lesionam bens jurídicos mais importantes.Assinale a alternativa que contempla a sequência CORRETA. a) C-E-C-Eb) E-C-E-Ec) C-E-E-Ed) C-C-E-E

[QUESTÃO – 34]Segundo os princípios da territorialidade e extraterritorialidade, assinale a alternativa CORRETA.a) O Código Penal adotou a teoria da ubiqüidade ou mista para determinar o tempo do crime.b) O Brasil adota a chamada territorialidade absoluta, haja vista que os crimes cometidos no

território nacional serão regidos apenas por lei nacional. c) São crimes de extraterritorialidade incondicionada os crimes praticados contra a Administração, por quem está a seu serviço, bem como o crime de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil. d) A lei penal brasileira é aplicada ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, o que é chamado de princípio da personalidade ativa.

[QUESTÃO – 35]A respeito do tempo do crime, o Código Penal consagrou a teoriaa) da actio libera in causa.b) da ubiqüidade.c) do resultado. d) da atividade.

[QUESTÃO – 36]Em julho de 2011, estando em Fortaleza, Tício remeteu, por via postal, para Mévio, que mora em Brasília, pacote contendo artefato explosivo. O artefato somente chegou no seu destino mês seguinte. Entre a data da remessa e o recebimento, entrou em vigor lei que agravou a punição aplicável a conduta de Tício. Em face dessa situação hipotética, assinale a alternativa CORRETA. a) Será aplicável a Tício a pena mais grave prevista na nova lei, haja vista o resultado ter-se produzido quando esta já estava em vigor. b) Será aplicável a pena mais grave. Ainda que se considere que o momento da prática do crime tenha sido o da remessa do pacote, aplica-se retroativamente a nova lei.c) Considera-se que o crime foi praticado apenas em Brasília, em face do seu resultado. d) Será aplicável a Tício a pena prevista na lei vigente na data da remessa do artefato. Não se aplica a lei porque a punição nela prevista é mais grave.

[QUESTÃO – 37]Sobre a aplicação da lei penal, considere as assertivas abaixo:I- A sentença estrangeira poderá surtir seus efeitos no Brasil desde que homologadas não necessitando do adimplemento de outras condições.

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II- As horas e os centavos não são levados em consideração quando da condenação proferida pelo julgador em sentença.III- A legislação especial é aplicada em detrimento da geral, no entanto quando aquela for omissa esta poderá ser aplicada no que couber. IV- Os prazos penais diferem dos processuais penais principalmente quanto a contagem, pois o primeiro exclui o dia de início e o segundo inclui o dia de início e exclui o do final.Assinale a alternativa que contempla as assertivas corretas. a) Apenas I, II e III.b) Apenas IV.c) I, II, III e IV.d) Apenas II e III.

[QUESTÃO – 38]Sobre o conceito de crime, assinale a alternativa INCORRETA. a) O conceito de crime destina-se a condutas omissivas ou comissivas. b) O conceito formal de crime decompõe o crime em dois elementos apenas, quais sejam, fato antijurídico e culpável. c) O crime e a contravenção são espécies do gênero infração penal. d) O conceito analítico do crime defende a tripartição da ato criminoso para ser considerado como tal.

[QUESTÃO – 39]Sobre o tipo penal assinale a alternativa CORRETA:a) No Código Penal existem apenas tipos incriminadores. b) O tipo de injusto é o fato típico não autorizado por alguma norma jurídica permissiva. c) A atipicidade absoluta é o único efeito do abolitio criminis.d) No Direito Penal os conceitos de injusto e ilícito têm o mesmo significado.

[QUESTÃO – 40]Leia as afirmações e assinale a alternativa CORRETA: I – Os crimes omissivos próprios são cometidos pelos chamados garantidores, contrario do que ocorre nos crimes omissivos impróprios que são cometidos por qualquer pessoa.

II – Os crimes omissivos por comissão podem atingir o seu resultado através de uma conduta dolosa ou culposa. III – Segundo o Código Penal brasileiro, o garantidor é aquele que assumiu a responsabilidade de impedir o resultado. a) I é incorreta, II e III são corretas.b) I e II são incorretas, III é correta.c) I e II são corretas, III é incorreta.d) I e III são corretas, II é incorreta.

[QUESTÃO – 41]Sobre a tipicidade é CORRETO afirmar, exceto: a) Em virtude do conceito de tipicidade material, excluem-se dos tipos penais aqueles fatos reconhecidos como de bagatela, nos quais tem aplicação o princípio da insignificância.b) A teoria da ratio essendi, também conhecida como teoria da identidade, concebe a tipicidade como a própria razão de existir da ilicitude.c) A tipicidade é uma decorrência natural do princípio da reserva legal.d) A tentativa é hipótese de adequação típica de subordinação mediata ou indireta, constituindo-se em causa de extensão da figura delituosa descrita nos diversos tipos penais.

[QUESTÃO – 42]Considerando as assertivas abaixo, aponte a alternativa INCORRETA: I – A teoria causal é denominada natural ou naturalística porque incorpora as leis da natureza no Direito Penal. Nos termos desta teoria, a conduta é um puro fator da causalidade, daí também se denominar causal. Para ela, a conduta, ou seja, a ação humana é o efeito da vontade e a causa do resultado. II – Na teoria causal, para se concluir pela existência de ação típica, deve-se apreciar o comportamento sem qualquer indagação da sua ilicitude ou de sua culpabilidade, ou seja, considera-se que a ação é a manifestação de vontade, sem conteúdo finalístico. III – A doutrina finalista da ação não se preocupa apenas com o conteúdo da vontade, o dolo, que consiste na vontade de concretizar as características objetivas do tipo penal. IV – Para a teoria finalista, cujo precursor é Welzel, a ação humana desempenha papel fundamental. a) As assertivas I e II estão corretas.

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b) As assertivas I, II e IV estão corretas.c) As assertivas I, II, III e IV estão corretas.d)As assertivas I, II, III e IV estão incorretas.

[QUESTÃO – 43]Constatou-se que, em um processo criminal havido em razão de um indivíduo trazer consigo drogas para consumo pessoal, juntou-se aos autos, antes da audiência de instrução e julgamento, o laudo toxicológico definitivo, que comprovou, de forma cabal, que o material apreendido quando da lavratura do termo circunstanciado, e que houvera sido objeto do laudo de constatação, na realidade não poderia ter sido considerado como “droga”, no sentido em que o termo é empregado na Lei 11.343/2006, pois não continha nenhuma das substâncias referidas na Portaria do órgão do Ministério da Saúde que complementa os tipos penais contidos na Lei de Drogas. Em virtude disso, pode-se afirmar que o caso descrito é de exclusão da: a) Ação. b) Tipicidade. c) Ilicitude. d) Culpabilidade.

[QUESTÃO – 44]Dentre os elementos do fato típico, segundo a teoria causalista-naturalista, NÃO se inclui:a) o resultado. b) a ação ou a omissão. c) o dolo ou a culpa. d) a relação de causalidade.

[QUESTÃO – 45]O conflito aparente de normas penais é resolvido:a) pelos princípios da especialidade, da subsidiariedade e da consunção, alguns autores incluindo também o princípio da alternatividade.b) pelos princípios da especialidade e da consunção, não dizendo respeito à questão oprincípio da subsidiariedade, que é relativo à ação penal.c) exclusivamente pelo princípio da especialidade.d) pelos princípios da especialidade e da subsidiariedade. [QUESTÃO – 46] De acordo com o art. 5º do Código Penal, "aplica-se a lei brasileira, em prejuízo de

convenções, tratados e regras de direito internacional,ao crime cometido no território nacional". A legislação nacional adotou, para a aplicação da lei penal no espaço, o princípio da:a) Territorialidade absoluta.b) Nacionalidade.c) Territorialidade temperada.d) Competência universal.

[QUESTÃO – 47]A respeito da relação de causalidade, assinale a afirmação INCORRETA.a) A causa preexistente relativamente independente em relação à conduta do agente, como é o caso da hemofilia da vítima, que contribui para o resultado morte no crime de homicídio, rompe o nexo de causalidade, respondendo o agressor apenas pelos atos até então praticados, no caso, configuradores do crime de homicídio tentado, ainda que tenha o agente conhecimento do peculiar estado da vítima.b) O Código Penal Brasileiro adotou a teoria da conditio sine qua non, também conhecida como teoria da equivalência dos antecedentes causais, que considera causa toda ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.c) O nexo de causalidade é um dos elementos do fato típico.d) A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado, imputando-se, contudo, os fatos anteriores a quem os praticou.

[QUESTÃO –48]Pedro colocou veneno na comida de João. Quando este foi alimentar-se, desabou sobre ele uma viga de cimento, causando-lhe a morte por concussão cerebral. Assinale a alternativa CORRETA:a) Pedro responde pela morte de João, em face do dolo eventual;b) Pedro responde pela morte de João, a título de homicídio culposo;c) Pedro não responde pela morte, uma vez que houve exclusão do nexo causal;d) Pedro responde pela morte, uma vez que a causa é relativamente independente

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DIREITO CONSTITUCIONAL IIPROF(S): ELAÍNE MELO / MARCO

ESCOBARQUESTÕES DE 49 a 64

[QUESTÃO – 49]A competência da União para legislar sobre Direito Tributário e Financeiro é:a)concorrente com a dos Estados e do Distrito Federal.b)comum com a dos Estados e Municípios.c)comum om a dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.d)exclusiva

[QUESTÃO – 50]Dentre as frases, assinale a única opção CORRETA: a)A criação de Municípios deve observar os requisitos estabelecidos em leicomplementar federal.b)O Distrito Federal não pode se dividir em Municípios.c)A criação de novos Estados mediante desmembramento depende apenas de iniciativa da Assembléia Legislativa estadual.d)O Distrito Federal forma uma autêntica unidade federativa, dispondo inclusive deTribunal de Justiça e Ministério Público distrital.

[QUESTÃO – 51]Ao Distrito Federal são atribuídas as competências relativas:a) aos Estados-membros.b) aos Municípios.c) aos Estados-membros e aos Municípios.d) à União.

[QUESTÃO – 52]O Distrito Federal reger-se-á: a)pela Constituição Distrital.b)pela Constituição do Estado de Goiás.c)por lei complementar federal.d)por lei orgânica.

[QUESTÃO – 53]Assinale a alternativa INCORRETA: a) compete aos Municípios instituir e arrecadar aos tributos de sua competência, bemcomo aplicar suas rendas, sem prejuízo da

obrigatoriedade de prestação de contas ede publicação de balancetes nos prazos fixados em lei.b) ao Distrito Federal são atribuídas as competências reservadas aos Estados eMunicípios.c) é vedada a divisão do Distrito Federal em Municípios.d) A competência da União para legislar sobre normas gerais exclui a competênciasuplementar dos Estados.

[QUESTÃO – 54]Dentre as alternativas, marque a FALSA: a) a intervenção federal efetiva-se por decreto do Presidente da República.b) a intervenção federal nos Estados é ato temporário, cuja duração há de ficarestabelecida no decreto interventivo.c) a intervenção federal é medida excepcional, e só ocorre nos casos previstos naConstituição Federal.d) A União nunca poderá intervir em Municípios.

[QUESTÃO – 55]A competência privativa da União para legislar:a) exclui a de Estados, Distrito Federal e Municípios.b) admite que os Estados legislem apenas na ausência de lei federal.c) admite que mediante autorização veiculada por lei complementar federal, os Estados legislem sobre questões específicas.d) exclui a competência dos Municípios e admite, mediante delegação legislativa, que os Estados legislem concorrente e supletivamente.

[QUESTÃO – 56]Indique a alternativa CORRETA:a) o plebiscito é uma consulta popular posterior ao ato legislativo ou administrativo;b) o desmembramento é a separação do todo em diversas parcelas, as quais formam unidades independentes, razão pela qual o Estado-membro originário deixa de existir, com a superveniência de dois ou mais novos Estados federados ou Territórios Federais;c) o desmembramento, a subdivisão e a fusão de Estados-membros dependem da aprovação da população diretamente interessada em plebiscito convocado pelo Congresso Nacional;d) não há alternativa correta.

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[QUESTÃO – 57]A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão:a) por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos.b) por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar estadual, após consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, desde que referendado o resultado daquele pelas Câmaras Municipais desses Municípios.c) por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar estadual, após consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, desde que referendado o resultado daquele pelo Executivo e pelo Legislativo desses municípios.d) por lei federal, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos.

[QUESTÃO – 58]Com relação à previsão constitucional da intervenção é: CORRETO afirmar que:a) A intervenção da União nos Estados poderá ser decretada por razão não expressa na Constituição Federal de 1988, desde que haja explícita autorização do Supremo Tribunal Federal.b) Em nenhuma hipótese a União poderá intervir em Municípios localizados em Território Federal.c) O decreto de intervenção deve especificar a amplitude e as condições de sua execução, podendo seu prazo ser indeterminado, desde que haja expressa autorização do Congresso Nacional.d) Na hipótese de intervenção federal para assegurar a observância de princípios constitucionais sensíveis, a decretação dependerá de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República.

[QUESTÃO – 59]Nos termos dos arts. 34 e 35 da Constituição Federal, referentes à intervenção nos Estados e nos Municípios, é CORRETO dizer que:a) a União pode intervir diretamente no Município apenas ante a solicitação do Estado a que pertença,

para pôr termo a grave comprometimento da ordem pública.b) a União pode intervir diretamente no Município apenas ante a solicitação deste, para pôr termo a grave comprometimento da ordem pública, no caso de impossibilidade de restabelecimento da ordem por parte do Estado a que pertença.c) a União pode intervir diretamente no Município, apenas em obediência a decisão do Tribunal de Justiça do Estado a que pertença, reconhecendo a necessidade de pôr termo a grave comprometimento da ordem pública.d) a União não pode intervir diretamente no Município, por solicitação do Estado a que pertença ou do próprio Município, para pôr termo a grave comprometimento da ordem pública.

[QUESTÃO – 60]A Constituição Federal assegura aos Estados, Distrito Federal e Municípios, a autonomia como princípio básico da forma de Estado adotada. Sendo a intervenção a antítese da autonomia, a regra constitucional estabelece, prioritariamente, o princípio da não-intervenção, que, entretanto, pode ser excepcionado em alguns casos. Sobre isto, é CORRETO afirmar:a) O Estado poderá intervir em Município quando o Tribunal de Justiça prover representação que vise assegurar a execução de ordem ou decisão judicial.b) A União poderá intervir nos Estados, para garantir o livre exercício de qualquer dos poderes, independentemente de solicitação do Poder coacto ou impedido, ou de representação do Supremo Tribunal Federal.c) O decreto de intervenção especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução, devendo ser submetido à apreciação do Congresso Nacional ou Assembléia Legislativa no prazo de cinco dias, salvo em caso de urgência comprovada.d) Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas voltarão aos seus respectivos cargos, mesmo que verificados impedimentos legais.

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[QUESTÃO – 61]As disposições constitucionais a respeito da repartição de competências entre os entes da federação brasileira estabelecem o seguinte:a) ao Distrito Federal foram atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios, incluindo a competência para legislar sobre o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal.b) a Constituição veda aos Estados legislarem sobre questões específicas relativas às matérias de competência legislativa privativa da União.c) no âmbito da legislação concorrente,prevalece a hierarquia da lei federal, o que impede os Estados de legislarem quando a matéria já tiver sido objeto de legislação da União.d) os Estados detêm competência legislativa residual, exceto em matéria tributária, embora os Estados possam ser autorizados a legislar sobre questões específicas em matéria de competência privativa da União.

[QUESTÃO – 62]A fusão de dois Municípios:a) é vedada pela Constituição Federal.b) depende da divulgação de estudo de viabilidade municipal.c) depende de autorização expressa do Congresso Nacional.d) depende de referendo das populações dos Municípios envolvidos.

[QUESTÃO – 63]Assinale a alternativa CORRETA, de acordo com a Constituição da República:a) A decretação de intervenção federal dependerá de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, após aprovação do Congresso Nacional.b) A decretação de intervenção federal, para assegurar a forma republicana, o sistema representativo e o regime democrático, dependerá de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Presidente da República.c) A decretação de intervenção federal, no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, dependerá de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de requisição do Procurador-Geral da República.d) Caberá intervenção estadual em Município que não tiver aplicado o mínimo exigido da receita municipal no desenvolvimento do ensino.

[QUESTÃO –64]A intervenção Federal:a) será formalizada por decreto presidencial, que somente produzirá efeitos após a apreciação do Congresso Nacional;b) será sempre decisão discricionária do Presidente da República, que poderá ouvir os demais poderes sobre sua conveniência;c) depende de solicitação do legislativo ou executivo locais, no caso de seu fundamento ser a coação de um desses poderes no exercício de suas funções;d) não poderá ser decretada com o fim de assegurar-se a observância da norma constitucional que determina à Administração Pública direta e indireta o dever de prestar contas.

DIREITO CIVIL – OBRIGAÇÕESPROF(S): EVERSON CLEBER / VÂNIA

DIÓGENESQUESTÕES DE 65 a 80

[QUESTÃO – 65] Em relação aos direitos da personalidade, assinale a alternativa INCORRETA:a) São bens jurídicos exteriores ao homem, que recebem a atuação de direitos, são, sempre, de valor econômico.b) Constituem o mínimo necessário do conteúdo da própria personalidade;c) O sentido econômico desses direitos é absolutamente secundário e só aflorará quando transgredidos;d) Cabe à pessoa ofendida pedir indenização pelo dano moral como sucedâneo da infringência dessa categoria jurídica.

[QUESTÃO – 66]Os elementos essenciais da obrigação são:a) sujeito, objeto, vínculo subjetivo.b) partes legítimas, objeto lícito.c) sujeitos, objeto e forma prescrita em lei.d) sujeitos, objeto e vínculo jurídico.

[QUESTÃO – 67]Nas obrigações de restituir, até a efetiva entrega da coisa:a) O dono da coisa é o devedor;b) O dono da coisa é o credor;

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c) O devedor não responde pelos danos que a coisa venha a sofrer por sua culpa;d) O devedor responde pelos danos que a coisa venha a sofrer mesmo em virtude de caso fortuito ou força maior.

[QUESTÃO – 68]Em conformidade com o direito das obrigações, assinale a opção INCORRETA.a) Nas obrigações de meio, o devedor satisfaz a obrigação desde que demonstre que todas as possibilidades foram utilizadas para atingir o objetivo pretendido, mas não necessário.b) Nas obrigações de dar coisa certa, se esta se perder por culpa do devedor, este responderá pelo equivalente, mais perdas e danos.c) A obrigação alternativa ou facultativa tem natureza complexa porque possui prestações e objetos múltiplos, exigíveis cumulativamente, em que o devedor se libera prestando integralmente todas as prestações pactuadas.d) O credor de coisa certa não pode ser obrigado a receber outra, mesmo sendo mais valiosa. O devedor só se desonera da obrigação após entregar ao credor exatamente a coisa que prometeu dar. Do contrário, a obrigação converte-se em perdas e danos.

[QUESTÃO – 69]Caio Mário da Silva Pereira define que “obrigação é o vínculo jurídico em virtude do qual, uma pessoa pode exigir de outra, prestação economicamente apreciável”, sobre o direito obrigacional assinale a alternativa CORRETA: a) Em razão da pessoalidade do vínculo, o devedor se acha comprometido e responde com o próprio corpo pelo seu cumprimento, estabelecendo-se o poder do credor sobre ele.b) Caracteriza a obrigação o extremo formalismo que se imprime às cerimônias sacramentais, com predominância completa sobre a manifestação da vontade, cuidando-se menos de indagar qual é o querer do estipulante do que a expressão material da emissão volitiva.c) Consiste a obrigação em uma relação jurídica patrimonial, em virtude da qual, o devedor é vinculado para com o credor a uma prestação de índole positiva ou negativa.d) A obrigação é uma relação que se estabelece entre o credor e o patrimônio do devedor; e, mais extremadamente ainda, relação entre dois patrimônios

[QUESTÃO – 70]A obrigação em que há mais de uma prestação a ser cumprida e o devedor se exonera perante o credor desde que satisfaça uma delas constitui:a) obrigação alternativa.b) obrigação facultativa.c) obrigação solidária.d) obrigação indivisível.

[QUESTÃO – 71]Analise as seguintes ASSERTIVAS:I - Se, na obrigação de restituir coisa certa, sobrevierem melhoramentos ou acréscimos à coisa restituível por acessão natural, o credor deverá pagá-los ao devedor.II – Nas obrigações de fazer, e não fazer, pode o credor, quando verificada a urgência, mandar executar o fato ou desfazer aquilo que o devedor era obrigado a não fazer, às suas expensas, desde que autorizado judicialmente. III – No caso da obrigação de não fazer, cujo devedor realiza ato que se comprometeu a não fazer, não se pode considerar ter havido mora, mas sim inadimplemento absoluto, ainda que os efeitos de ambos se confundam no caso concreto.Estão CORRETASa) Nenhuma assertiva.b) Apenas uma assertiva.c) Apenas duas assertivas.d) Todas as assertivas.

[QUESTÃO – 72]Maria celebrou contrato de compra e venda do carro da marca X com Pedro, pagando um sinal de R$ 10.000,00. No dia da entrega do veículo, a garagem de Pedro foi invadida por bandidos, que furtaram o referido carro. A respeito da situação narrada, assinale a alternativa CORRETA:a) Haverá resolução do contrato pela falta superveniente do objeto, sendo restituído o valor já pago por Maria.b) Maria poderá exigir a entrega de outro carro.c) Pedro poderá entregar outro veículo no lugar no automóvel furtado.d) Não haverá resolução do contrato, pois Pedro pode alegar caso fortuito.

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[QUESTÃO – 73]Acerca das obrigações de dar, fazer e não fazer, assinale a opção CORRETA.a) No caso de entrega de coisa incerta, se houver, antes da escolha, perda ou deterioração do bem, ainda que decorrente de caso fortuito ou força maior, a obrigação ficará resolvida para ambas as partes,b) Em caso de obrigação facultativa, o perecimento da coisa devida não implica a liberação do devedor do vínculo obrigacional, podendo-se dele exigir a realização da obrigação devida.c) É divisível a obrigação de prestação de coisa indeterminada.d) Tratando-se de obrigação de entrega de coisa certa, a obrigação será extinta caso a coisa se perca sem culpa do devedor, antes da tradição.

[QUESTÃO – 74]No que se refere às modalidades de obrigações, assinale a opção CORRETA.a) Caracteriza obrigação de meio o ato de o advogado assumir defender os interesses dos clientes, empregando seus conhecimentos para obtenção de determinado resultado; nesse tipo de obrigação, o advogado não fará jus aos honorários advocatícios quando não vencer a causa.b) A obrigação de dar coisa certa confere ao credor simples direito pessoal, e não real, havendo, contudo, no âmbito do direito, medidas destinadas a persuadir o devedor a cumprir a obrigação.c) Nas obrigações de dar coisa incerta, se ocorrer a perda ou deterioração da coisa antes que se dê a escolha, não pode o devedor pretender exonerar-se da obrigação, salvo se a perda ou deterioração dever-se a caso fortuito ou força maior. d) Reinaldo compromete-se com Joaquim a construir-lhe uma piscina ou a pagar-lhe quantia equivalente ao seu valor, liberando-se do vínculo obrigacional se realizar uma dessas prestações. Trata-se de obrigação Facultativa

[QUESTÃO – 75]Em conformidade com o direito das obrigações, assinale a opção INCORRETA.a) Nas obrigações de meio, o devedor satisfaz a obrigação desde que demonstre que todas as possibilidades foram utilizadas para atingir o objetivo pretendido, mas não necessário.b) O credor de coisa certa não pode ser obrigado a receber outra, mesmo sendo mais valiosa. O

devedor só se desonera da obrigação após entregar ao credor exatamente a coisa que prometeu dar. Do contrário, a obrigação converte-se em perdas e danos.c) A obrigação alternativa ou facultativa tem natureza complexa porque possui prestações e objetos múltiplos, exigíveis cumulativamente, em que o devedor se libera prestando integralmente todas as prestações pactuadas, salvo em razão do perecimento de uma ou de algumas das prestações em razão de caso fortuito ou por força maior.d) Segundo a legislação civil, o adquirente do imóvel em condomínio edilício responde pelos débitos condominiais, ainda que anteriores à data de sua aquisição. Nesse contexto, a referida obrigação denomina-se obrigação propter rem.

[QUESTÃO – 76]Trácio é contratado por Constantino para realizar serviços de pintura na sua casa, localizada na cidade de Macapá/AP, tendo ambos formalizado contrato de prestação de serviços, definindo prazos, condições de pagamento, natureza e qualidade do material a ser utilizado na obra. O prazo contratual para término do serviço foi fixado em seis meses, contados do dia 05 de junho de 2009. Na data final, Trácio não concluiu os serviços a que se propôs, sem apresentar justificativa para a não conclusão. Apesar disso, postula de Constantino o pagamento total do preço e indica Kreso para continuar a obra inacabada, com pagamento adicional. A esse respeito, no campo dos direitos das obrigações, analise as afirmativas a seguir:I. O descumprimento da obrigação de fazer por culpa do devedor permite o término da obra por outrem, quando possível, às suas expensas.II. Trácio, no caso vertente, pode abandonar a obra, receber o preço, desde que indique sucessor hábil à sua conclusão.III. Caso houvesse urgência, poderia Constantino executar a obra, independente de autorização judicial, sendo ao final ressarcido de suas despesas.IV. A obra poderia ser concluída por terceiro, mantida a responsabilidade de Trácio, desde que o credor concordasse.V. Sendo o caso em tela obrigação de dar, a escolha seria do devedor.ASSINALE:a) Se somente as afirmativas I, III e IV forem verdadeiras.

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b) Se somente as afirmativas I, III e V forem verdadeiras.c) Se somente as afirmativas II, IV e V forem verdadeiras.d) Se somente as afirmativas II e III forem verdadeiras.

[QUESTÃO – 77]Um colecionador ajustou com famoso pintor a execução de um quadro, em caráter personalíssimo, a ser exibido em exposição aprazada para dali a oito meses. Todavia, foi o artista acometido de grave enfermidade, que o impossibilitou de usar as mãos e manejar pincéis. Sabendo-se que não houve combinação prévia sobre eventuais prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, então:a) O pintor incorre na obrigação de indenizar perdas e danos, pois a obrigação de fazer só por ele era exequível;b) A obrigação de fazer resolve-se, pois o seu cumprimento tornou-se impossível sem culpa do pintor;c) O devedor deverá fazer-se substituir por outro artista, que realizaria a obra, pois a simples indenização não constituiria reparação suficiente;d) O credor poderá mandar executar a obra por terceiro, à custa do devedor;

[QUESTÃO – 78]Analisando as proposiçõesI – Até a tradição, são do devedor os frutos pendentes e percebidos;II – Deteriorada a coisa, sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos;III – Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á, tal qual se ache, o credor, com direito a indenização.Estão CORRETASa) Nenhuma assertiva.b) Apenas uma assertiva.c) Apenas duas assertivas.d) Todas as assertivas.

[QUESTÃO – 79]Constitui exemplo de vínculo obrigacional em que há débito de uma pessoa, mas responsabilidade de outra, a dívida:a) Do inquilino, paga pelo fiador;

b) Decorrente de jogo;c) Prescrita;d) Decorrente de troca.

[QUESTÃO – 80]Analise as seguintes assertivas atribuindo “V” VERDADEIRO e “F” FALSO.I – Não basta a existência de sujeitos e de um objeto para que se constitua uma obrigação, é indispensável o vínculo jurídico, o liame, que liga os sujeitos, ativo e passivo, que participam da mesma, possibilitando àquele exigir deste o objeto da prestação.II – O inadimplemento da obrigação gera execução de natureza pessoal, tendo em vista o seu conteúdo de direito de personalidade.III – Obrigação complexa é aquela que só tem um sujeito ativo, um sujeito passivo e um objeto. Por exemplo, a obrigação de “A” entregar um carro a “B”.IV – Obrigação de resultado é aquela em que o devedor se compromete a atingir determinado fim, sob pena de responder pelo insucesso.Assinale a sequência CORRETA:a) V F F Vb) V F V Fc) V V V Vd) F V V F

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