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UMA ABORDAGEM INTRODUTÓRIA Preencho o ficha de cadastro no final deste livro 3<3 e recebo gratuitamente informações sobre os e os promoções do Editoro Campus/Elseviel·. Consulte também nosso catálogo e últimos lançamentos em www.campus.com.br .' ("5 - CAMPUS

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UMA ABORDAGEM INTRODUTRIA

Preencho o ficha de cadastro no final deste livro 3

2005, Elsevier Editora LIda.

Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorizao prvia por escrito da editora, poder ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrnicos, mecnicos, fotogrficos, gravao ou quaisquer outros.

Projeto Grfico e Editorao Eletrnica

Estdio Castellani

LCr

Marco Antonio Correa

MElsevier Editora LIda. A Qualidade da Informao. Rua Sete de Setembro, 111 -162 andar 20050-006 Rio de Janeiro RJ Brasil Telefone: (21) 3970-9300 FAX: (21) 2507-1991 E-mail: [email protected] Escritrio So Paulo: Rua Quintana, 753/82 andar 04569-011 Brooklin So Paulo SP Tel.: (11) 5105-8555

ISBN 978-85-352-1873-2

Nota: Muito zelo e tcnica foram empregados na edio desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitao, impresso ou dvida conceitual. Em qualquer das hipteses, solicitamos a comunicao nossa Central de Atendimento, para que possamos esclarecer ou encaminhar a questo.

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Tel: 0800-265340

Rua Sete de Setembro, 111, 162 andar Centro - Rio de Janeiro

e-mail: [email protected]

site: www.campus.com.br

CIP-Brasil. Catalogao-na-fonte.

Sindicato Nacional dos Editores de Lvros, RJ

C458a Chiavenato, Idalberto

Administrao de materiais: uma abordagem introdutria Ildalberto Chiavenato. Rio de Janeiro: Elsevier,2005 3 reimpresso.

il.

Inclui bibliografia.

ISBN 85-352-1873-4

1. Administrao de material. I. Titulo.

05-2274 CDD 658.7 CDU 658.7

Rita

As palavras que servem para escrever um lvro

nem sempre so muito apropriadas para descrever sentimentos

e emoes.

E muito menos para demonstrar a profundidade de um afeto.

Por quero dedicar-lhe este lvro

dizendo apenas superficialmente

que ele um pedao meu para voc.

111

www.campus.com.brmailto:[email protected]

II

Sumrio

Prefcio vii

CAPTULO 1

As Empresas e seus Sistemas de Produo 1

11 AS EMPRESAS E SEUS RECURSOS 2

AS EMPRESAS COMO SISTEMAS ABERTOS 7

li AS COMPETNCIAS ESSENCIAIS 12

li OU PARA REVISO 13

11 EXERCCIOS 14

CAPTULO 2

Os Sistemas de Produo 15

11 SISTEMA DE PRODUO SOB ENCOMENDA 18

li SISTEMA DE PRODUO EM LOTES 20

li SISTEMA DE PRODUO CONTNUA 22

!li OUESTOES PARA REVISO 25

ll5 EXERCCIOS 25

x I Sumrio

CAPTULO 3

Administrao de Matenais

OS PRODUTOS/SERViOS

li FLUXO DE MATERIAIS

CLASSIFICAO DE MATERIAIS

li CONCEITO DE ADMINISTRAO DE MATERIAIS (AM)

li ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA AM

li QUESTES PARA REVISO

li EXERCCIOS

CAPTULO 4

Programao de Materiais

li CONCEITO DE PCP

li FASES DO PCP

li PROJETO DE PRODUO

.. COLETA DE INFORMAES

OI PLANEJAMENTO DA PRODUO

.. CONTROLE DA PRODUO

PROGRAMAO DE MATERIAIS

li QUESTES PARA REVISO

ra EXERCCIOS

CAPTULO 5

Estoques

a CONCEITUAO DE ESTOQUES

SI CLASSIFICAO DE ESTOQUES

~ m DIMENSIONAMENTO DE ESTOQUES ~ ) !li PLANEJAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUESro :2'

liI AVALIAO DOS ESTOQUESQ)

II

CAPTULO 1

As Empresas e seus Sistemas de Produo

As empresas e seus recursos

B

As empresas como sistemas abertos

As competncias

essenciais "

Questes para reviso ..

Exerccios

No mundo em que vivemos, quase todas as coisas so produzidas por organizaes. Tudo o que comemos, vestimos, lemos, usamos em nosso cotidiano, para o transporte, higiene, sade, lazer, trabalho etc. feito em organizaes. A indstria, o comrcio, as universidades e escolas, os bancos e financeiras, o rdio, a televiso, a imprensa, os hospitais, a igreja, o exrcito, as reparties pblicas, as empresas estatais, os clubes, o policiamento etc. so organiza~~es. H uma enorme e extensa variedade de organizaes. Elas so to numerosas e diversificadas que quase no percebemos a sua presena c, sobretudo, a sua fora e influncia em nossas vidas. Vivemos, nascemos, aprendemos, trabalhamos e nos divertimos nelas, e at para o nosso enterro dependemos delas. Em qualquer lugar que estejamos, certamente dependeremos delas. At quando tiramos nossas frias para descansar de alguma orga

6:nizao, quase certo que estaremos em outra ou outras organizaes. Por :3

..essas razes, o homem moderno chamado de homem organizacional, pois :::J

ele incapaz de viver fora de alguma organizao. ;;; "" o "" 0-As organizaes n

T

' CAPTULO 1 ELSEVIER 2 As Empresas e seus Sistemas de Produo \

ou pea musical; se voc vai trabalhar, pagar, receber, passear, dirigir o carro

ou abastec-lo vai depender de alguma organizao, O mundo moderno constitudo de organizaes, como bancos, financeiras, escolas e universida

des, restaurantes, igrejas, hospitais, shopping center, cadeias de supermer

cados, ONGs, polcia rodoviria etc. As organizaes podem ser pequenas,

mdias ou grandes, mas elas estaro sempre presentes em sua vida e em to

dos os momentos.

As empresas constituem um tipo especial de organizao. Na verdaas empresas so organizaes sociais, porque so compostas de pessoas

que trabalham em conjunto para atingir determinados objetivos. DefInindo melhor, diramos que as empresas so organizaes sociais que uti lizam determinados recursos para atingir determinados objetivos. As empresas exploram um determinado negcio visando a alcanar determinado objetivo. O objetivo pode ser o lucro ou simplesmente o atendimento de determinadas necessidades da sociedade (como nas empresas llolucrativas), sem a preocupao com o lucro. Mas as empresas sempre exis

tem para produzir algo.

As empresas so organizaes lucrativas, isto , tm como foco o lucro de suas operaes. Para consegui-lo, as empresas dispem de duas alternati

vas: aumentar sua produo e vendas ou reduzir seus custos. Quando con

segue sucesso nas duas alternativas, o lucro torna-se maior. E o que o lucro? Simplesmente o valor marginal que ultrapassa todas as despesas ge

rais da empresa, O lucro sempre um valor excedente, um agregado sist

mico.o t- '.:t. ::r:

u

AS EMPRESAS E SEUS RECURSOS

. o btor integrador capaz de aglutinar a natureza, o capital e o trabalho eJ1l UI11 conjunto hanl1onioso que permite que o resultado al '"

~

seja Illuito maior do que a soma dos f1tort's aplicados llO negcio. A empresa constitui o sistema que aglutina e coordena todos os fa ;:...", tores de produo envolvidos, fazendo C0111 que o resultado do conjun '" ~ [O supere o resultado que teria cada f.'ltor isobdal11entt'. Isso que ~ o

http:insun.1Q

CAPTULO 1 ELSEVIER 4 I As Empresas e seus Sistemas de Produo

a empresa tem um efeito

nho adicional, que o lucro. Mas tere

mos a oportunidade de conceituar esse 'feito tambm

denominado efeito sinergstico ou sinergia.

Modernamente, esses Eltores de produo costumam ser denominados recursos empresariais. Um recurso um meio por meio do qual a empresa realiza as suas operaes. Na realidade, a empresa aplica recursos para produzir bens ou servios e obter lucro, por meio do efeito multiplicador da sinergia.

Recursos so conjuntos de riquezas que podem ser exploradas economicamente pela empresa. So ativos de propriedade da empresa ou alugados por

lataforma que a empresa utiliza para produzir algo ou prestar um servio ao cliente. Contudo, os recursos so estticos e inertes, no tm vida prpria e precisam ser administrados para que, no conjunto, ajudem a produzir para a sociedade.

Os principais recursos empresariais so: recursos mat'riais, recursos fi f

recursos humanos, recursos mercadolgicos e recursos administrativos. Vejamos cada um deles separadamente.

1. Rcwrsos materiais: so tambm denominados recursos fisicos e englobam todos os aspectos materiais e fisicos que a empresa utiliza para produzir,

materiais etc. Constituem um o o conceito do fator de produo der Ui

'>

CAPTULO 1 ELSEVIER6 I As Empresas e seus Sistemas de Produo

Nas empresas industriais a produo ocorre dentro da fabrica ou da ofi

cina, enquanto nas empresas prestadoras de servios, a produo - tambm denominada operaes - realizada nos escritrios, nos balces das

ou das agncias bancrias, na rea dos supermercados ou em shopping centers etc.

2. Finanas: a rea que administra o dinheiro da empresa, seja na forma de caixa, movimentao bancria, crditos, financiamentos, investi mentos etc.

3. Pessoas: a rea que cuida dos recursos humanos empregados na empresa.

4. A1ercado: a rea que geralmente recebe o nome de Marketing ou de Comerciaizao e cuida da colocao dos produtos ou servios produzidos pela empresa no mercado de clientes ou consumidores.

5. Empresa: a chamada administrao geral, que constitui alta da empresa, tendo o seu presidente na cpula.

A rea de administrao de materiais como veremos adiante parte integrante da administrao da produo. Em outras palavras, a de materiais costuma ser colocada como uma especialidade da administrao da

uma vez que os materiais e matrias-primas tambm so includos

nos recursos lnarenalS.

Recursos materiais

o,.... Z.'" l.lJ

~

u

.~ co FIGURA 1.3.

l fI Prdios ou edifcios ' :-; .; Fbricas ou oficinas

Escritrios ou lojas Mquinas e equipamentos Instalaes em gera! Matrias-primas e materiais Ferramentas e utenslios

etc.

'"

Os principais recursos materiais da empresa. :;;:'" 'O'" o No decorrer deste livro, daremos ntlse aos recursos materiais, mas dei""'-" ~ xaremos de lado ul1la parte deles - como prdios, edifcios, fbricas, oficinas, "~

balces de atendimento ao pblico,E u ferramentas, utenslios etc. Dedicarel1los nossa

ELSEVIER CAPTULO 1 I As Empresas e seus Sistemas de Produo 7

materiais. Antes, veremos C0l110 eles so administrados dentro dos sistemas de oroduco das empresas.

AS EMPRESAS COMO SISTEMAS ABERTOS

Sistema um conjunto de partes inter-relacionadas que existe para atingir um determinado objetivo. Cada parte do sistema pode ser um rgo, um departamento ou um subsistema. Todo sistema , portanto, constitudo de v

rios subsistemas, os quais podem receber diferentes denominaes. Por outro lado, todo sistema faz parte integrante de um sistema maior o macrossistema ou supra-sistema. Dependendo do ponto de vista que se queira ter,

uma empresa pode der considerada um sistema composto de vrios subsisteIllas (departamentos, divises ou sees) fazendo parte de um macrossistema

(a sociedade na qual se Assim, qualquer sistema pode ser considerado um subsistema de um sistema

ou um ll1acrossistema constitudo de vrios sistemas, de acordo com o interesse

da focalizao. Na realidade, as empresas assim como todos os organismos vivos - fimcionam como sistemas. Os sistemas vivem em ambientes ou meios ambientes. Ambiente tudo aquilo que envolve extemamente um sistema.

Todo sistema apresenta os seguintes componentes: entradas, processa

sadas e retroao. Vejamos o que significam esses componentes do sis

tema.

1. Entradas: constituem tudo aquilo que ingressa no sistema e que do meio ambiente. As entradas (inpui5) so os insumos que o sistema ob

tm do ambiente para poder funcionar. Os principais exemplos de e11tradas so: energia, informao, matrias-primas, ou seja, todo e

recurso que alimente o sistema. co.

::> 2. Proccssador: o processamento (throughpllt) ou transfonnao que o sistema @: ,w realiza sobre as entradas para proporcionar as sadas. O processador o pr w, o co.prio funcionamento interno do sistema. no processador que esto os v: (I)

rios subsistemas trabalhando dentro de relaes de interdependncia. s: ::'!. ~

3. S,ld,l.': constituem tudo aquilo que sai do sistema para o ambiente". As ~: sadas (OllfplltS) s56 os resultados ou produtos do sistema que so coloca n

:rdos no ambiente. Os priucipais exell1plos de sadas so: os produtos aca

rnbados ou os servios prestados que ;1 eillplTs;l oferece ao ambiente, os lu< "2 ::;cros d;ls operaes e os tributos pagos ao governo, Oll seia, todo e ()

I

2

CAPTULO 1 ELSEVIER

8 IAs Empresas e seus Sistemas de Produo quer recurso que produzido pela empresa como resultado de seu processamento ou das suas operaes.

4. Relroaiio: a influncia das sadas do sistema sobre as suas entradas, no sentido de ajust-las ou regul-las ao funcionamento do sistema. A retroao ({eedIJack) ou realimentao um mecanismo de equilbrio do sistema para que ele possa funcionar dentro de certos limites. Assim, existem dois tipos de retroao: J positiva e a negativa. A retroao tiva acelera ou aumenta as entradas para equilibr-Ias com as sadas, quando estas so maiores. o caso em que as vendas crescem e os suprimentos devem ser aumentados para ajustar as vendas. A retroao negativa retarda ou diminui as entradas para equilibr-Ias com as sadas, quando estas so menores. o caso em que as vendas caem e os suprimentos devem ser diminudos para ajustar as vendas.

Ambiente Entradas Sadas Ambiente.. Processamento

Retroao

FIGURA 1.4.

Os principais componentes de um sistema.

Assim, as empresas funcionam como obtendo do ambiente os ,:;

recursos necessnos 30 seu ftlllcionamento, processando-os por meio dos ~ \.

T I I

CAPTULO 1 ELSEVIER

10 I As Empresas e seus Sistemas de Produo

municaes, mais coeso ser o sistema, a ponto de seu funcionamento total ser maior do que a soma de suas partes. o que se denomina sinergia. A sinergia um efeito multiplicador, em que as partes (os subsistemas) se auxiliam mutuamente para que o resultado global amplificado. Por outro lado, quanto mais frgil for a rede de comunicaes, mais solto o sistema, a ponto de seu funcionamento global ser menor do que a soma das partes. o que se denomina entropia. A entropia um eteito de perda nas inter-relaes entre as partes, fazendo com que o resultado global muito menor do que a soma das partes. Alm disso, a entropia faz com que o sistema se desintegre gradativamente, perdendo energia e substncia.

As empresas constituem sistemas abertos em constante e complexo intercmbio com seu ambiente extemo, obtendo recursos do ambiente por meio de suas entradas, processando e transfonnando esses recursos internamente, e devolvendo, atravs de suas o resultado desse processamento e transfonnao do ambiente. A relao de entradas e sadas fomece a indicao da eficincia do sistema. Isso significa que quanto maior o volume de sadas em relao a um detenninado volume de entradas, tanto mais eficiente ser o sistema. Por outro lado, a eficcia do sistema reside na relao entre suas sadas e os objeti vos que o sistema pretende alcanar. Isso significa que quanto mais suas sadas ou resultados alcancem os objetivos propostos, tanto mais eficaz ser o sistema.

r-----.

Entradas Sadas

Ambiente ~ ----_11> Ambiente mpre". I,

Fornecedores Clientes e [.3

'li

;>'-.-.,-. ' ...,. ~~'. f~_,.; .'~'.'_' __ ..~.) consumidores

FIGURA 1.5.o I O sistema e suas relaes de entradas e sadas. z w > :r: u H uma enorme diferena entre eficincia c eficcia. A eficncia significa a if$

j: utilizao adequada dos recursos empresariais, enquanto a eficcia signific) o al3 cance dos objetos propostos pela empresa. Vimos que a eficncia est ligada aos ~ aJ meios - mtodos, n011l1as, procedimentos, progcnnas -, enquanto a dickia est

'C)

o ligada aos fins objetivos que se pretende alcan;lr. A eficincia reside em t~lzt'roro Cl.

das, de tal modo que as sadas de um subsistema constituem as entradas do 3 ::o

subsistema s

13 CAPTULO 1 ELSEVIER

12 IAs Empresas e seus Sistemas de Produo

Depsito de Almoxarifado produtosde materiais acabados

I Injeo ri Extruso rLI____ FIGURA 1.6.

O sistema de produo de uma indstria de

rios ou tros sistemas ao seu redor - como empresas fornecedoras de materiais e de servios - para garantir suas entradas, e de outros sistemas - como os clientes e consumidores para garantir as suas sadas. Obviamente, esgueirando-se das empresas concorrentes ou lutando contra elas e balizando suas operaes pelas reguladoras e pela vigente.

AS COMPETNCIAS ESSENCIAIS

O que fz uma empresa ser bem-sucedida, crescer, inovar e ser admir;1da? Certamente, 1130 so os seus recursos. Sabemos que eles so inanimados e estticos, inertes e sem vida. Precisam ser manipulados, utilizados e administrados. Ento C01110 uma empresa alcana sucesso e torna-se melhor do que as outras? Essa uma questo que depende de suas competncias essenciais (core compi'tCI/(i'5). As competncias essellciais constituem uma qU~llidade vel da que a leva a fazer as coisas melhor do que as outras. As

constituem o aspecto que umJ organizao exceleno f -=!

te das demais. Existem empresas que so competentt's em logstica. Outras z: que so excel'ntes em localizar nichos de mercado. Outras so conhecidasW >-=! do produto OLl pela excelncia operacionaL H as que inovam :r: u e se distanciam ela:; outr3S. O ('st em reunir aquelas U1

'ro distintivas que zelll eb empreS,l um melhor do que os del113s do "3 ro mercado. Alguillas empresas so excelentes em produzir. outras, em vender. :2

As competncias dependem das pessoas que nebs trabalham, do seu grau de u'" o profissioll:diz~l()O. conhecimentos, hJbilidades t' atitudes. As competncias"" ~ decorrem daquilo que ~c poderia chamar de mteligncia org,mizacional:

.P[TULOl.14 EXERCCIOS

30. O que sistema?

31. Quais os componentes de um sistema?

32. Conceitue entradas ou inputs.

33. Conceitue processador ou processamento.

34. Conceitue sadas ou outputs.

35. Conceitue retroao.

36. Diferencie retroao positiva e retroao negativa.

37. Como funciona um sistema?

38. Como ser classificados os sistemas?

39. Conceitue um sistema fechado ou mecnico.

40. Conceitue um sistema aberto ou orgnico.

o sistema, o macrossistema e os subsistemas.41.

42. Conceitue a empresa como um sistema aberto.

43. O que ambiente?

44. Conceitue eficincia.

45. Conceitue eficcia.

46. Compare eficincia com eficcia.

EXERCCIOS

1. D cinco exemplos de recursos materiais.

o 2. D cinco exemplos de recursos financeiros. i :;s:

Essa figura retrata o ciclo de produo do sistema, que vai desde o forneci ~ ~.

mento at a entrega diretamente ao cliente ou indiretamente atravs de dis Ui '" tribuidor. O ciclo de produo pode ser curto-durar horas, como na entrega n de certos servios ou longo - durar meses, como na entrega de produtos de :::: grande porte ou de valor elevado. Esse ciclo mostra a reiterao das ativida z

,Ti

des de produo e sua cadncia de repetitividade. Quando curto, permite ~ o

o l :r: 'J

I lO de matrias- t" Produo flI- produtos E ~ Fornecedores primas acabados Clientes N

FIGURA 2.1.

As interdependncias entre os subsistemas do sistema de produo.

empresa produzir mais e receber o resultado das vendas mais depressa. Quando longo, ele estende o ciclo financeiro de pagar o fornecedor para depois receber do cliente.

Para que a produo possa acontecer, as entradas e insumos provenientes dos fomecedores externos ingressam no sistema de produo por meio do almoxarifdo de matrias-primas, sendo ali estocados at seu eventual uso no processo produtivo. A produo processa e transfol1na os materiais e matriasprimas em produtos acabados, os quais so estocados no depsito de produtos acabados at sua entrega aos clientes e consumidores. A interdependncia entre o almoxarifado, a produo e o depsito muito estreita, [1zendo com que qualquer alterao em um deles provoque influncias sobre os demais. Eles constituem os trs subsistemas do sistema de produo intimamente inter-relacionados e interdependentes, cujas principais funes so as seguintes:

ALMOXARIFADO S"U8SIST~~~AI .1.SUBSISTEMAS DE MATRIAS- DE PRODUO' PRIMAS ,,' " ,",~',~ , .~' .:

Recebe e estoca Transforma as matrias-primas matrias-primas e as fornece em produtos L'~:P"dP" I: produo~ acabados.

fiGURA 2.2.

A interdependncia entre os trs subsistemas do sistema de

DEPSITO DE PRODUTOS

ACABADOS

Estoca os produtos acabados e os fornece aos clientes.

,I

r CAPiTULO 2ELSEVIER

Os Sistemas de Produo 117

Para funcionar adequadamente, o sistema de produo precisa ajustar e balancear os trs subsistemas entre si: almoxarifado, produo e depsito. Todos eles devem funcionar dentro do mesmo compasso, obedecendo ao mesmo ritmo e cadncia.

Muitas empresas selecionam cuidadosamente seus fornecedores, se concentram em apenas alguns deles, os mais confiveis, e adotam contratos de parceria ou de qualidade assegurada para evitar o controle de qualidade no recebimento das matrias-primas. Sem dvida, isso traz economias de tempo, espao e dinheiro. Outras empresas preparam e treinam o fornecedor para que ele participe diretamente do sistema produtivo e, com isso, eliminam a figura do almoxarifado. Em vez de oferecer insumos, os fomecedores se tornam habilitados a participar ativamente do processo produtivo instalando os insumos que produzem. No h necessidade de vendedores (do fornecedor) e nem compradores (da empresa). Entre a empresa e o fornecedor no h fronteiras: isso tpico de um sistema aberto.

Para a finalidade deste livro, existem trs tipos de sistemas de produo: produo encomenda, produo em lotes e produo contnua. Cada um desses tipos de sistema de produo apresenta um processo de produo peculiar. D-se o nome de processo de produo seqncia de operaes que so executadas para produzir um deternnado produto/servio. Cada processo de produo exige um arranjo fsico especfico. Arra1"o fsico signifiGl a disposio das mquinas, equipamentos, instalaes e pessoas da melhor maneira possvel para a realizao de um trabalho. Assim, cada um dos trs tipos de sistemas de produo apresenta caractersticas distintas, cada qual Com um processo de produo, com um arranjo fsico especfico e com uma administrao de materiais adequada s suas necessidades.

I Produo sob encomenda

Sistema de Produo em lotes produo

Produo continua

FIGURA 2.3.

Os trs tipos de sistemas de produo.

):> a. 3 ::l Ui

~ -o a"o Cl.

'" :s:: '" W ill Vi

:r: " l>

J

CAPTULO 2 ELSEVIER18 I Os Sistemas de Produo

Algumas empresas atuam tambm do lado de suas sadas. Elas fazem contratos de fornecimento para distribuidores de maneira a eliminar a figura do depsito de produtos acabados. Quem estoca os produtos acabados o distribuidor e no mais a empresa. Uma economia de tempo, espao, trabalho e dinheiro. Mesmo quando o distribuidor tenha um prazo de pagamento maior.

SISTEMA DE PRODUO SOB ENCOMENDA

o sistema de produo que se baseia na encomenda ou no pedido de um ou mais produtos/servios. A empresa que o utiliza somente produz ter recebido o contrato ou encomenda de um determinado produto ou servio. Em primeiro lugar, a empresa oferece o produto/servio ao mercado. Quando recebe um pedido ou contrato de compra que eb. se prepara para produzir. Nesse momento, o pedido feito pelo cliente ou o contrato serve de base para a elaborao do ~o de~~~, isto , pOlra o planejamento do trabalho a ser realizado.

o sistema de produo sob encomenda que a empresa se adapte e se

s especificaes do cliente que encomenda o produto ou servio. A empresa d toda a estrutura, recursos e competncias, mas o cliente quem especifica as caractersticas do produto. o caso de construo de navios, hidreltricas, indstrias, avies e quase todos os produtos de grande porte. Quase sempre, o cliente urna outra empresa ou indstria. Nesse caso, o almoxarifado quase sempre imprescindvel. Mas existem outros tipos de empresas que adotam esse sistema de produo, como os hospitais (em que o

o, cliente ou paciente apenas se interna em busca de um diagnstico ou < rn

do no produto. Como o produto de porte e de construo rclativ..., meme demorada, todas as mquinas e equipamentos so colocados ao redor o

c

11

CAPTULO 2 ELSEVIER 20 IOs Sistemas de Produo

do produto e todos os materiais necessrios so estocados ou movimentados prximos ao produto. O arranjo fsico caracterstico o do produto como centro de todas as operaes, seja na oficina-base, no canteiro de obras, no ptio de construo etc.

Previsibilidade da Produo

o sistema de produo sob encomenda dificulta as previses de produo, (;lda produto/servio um trabalho especfico diferente dos demais produtos e que complexo e demorado. Cada produto um plano de especfico. O sistema de produo sob encomenda requer um grupo de administradores e especialistas competentes como supervisores da oficina-base e capazes de assumir sozinhos todas atividades de cada contrato ou pedido, como superviso da produo, mo-de-obra, materiais etc. O sucesso da produo sob encomenda depende muito da habilidade do administrador ou especialista encarregado de cada contrato ou encomenda. A eficiente construo do edifcio

muito da habilidade do engenheiro de obras, assim como o atendimento da empresa-cliente dependendo muito do supervisor de conta da agncia de propaganda, e o atendimento do paciente depende muito do mdico-chee da equioe do hospital. importante que o plano de produo seja bem C0111

por todos os especialistas que devero execut-lo na prtica,

SISTEMA DE PRODUO EM LOTES

o sistema de produo utilizado por empresas que produzem quantidade limitada de um tipo de produto/servio de cada vez, Essa quantidade limitael::! denominada lote de produo, Cada lote de produo dimensionado para atender a Ulll determinado volume de vendas previsto para llll1 detennnado perodo, Terminado um lote de produo, a empresa inicia logo, ou mais adiante, outro lote, e assim por diante, Cada lote recebe uma identiflca-

C0l110 um nmero ou cdigo. Alm do mais, cada lote um ifl .~ de 2 :2 '"

-o '" o o sistema de produo em lotes utilizado por empresas que produzem lotes "" (:?"" U de produtos com especificaes prprias (como tamanho, cor,

qualidade etc.). Cada lote trabalhado de maneira distinta e personalizada. E u < mgrar novos lotes de produo medida que outros sejam completados. O :z :t> ....jplano de produo deve ser constantemente replanejado e atualizado. O su- o

CAPiTULO 2 ELSEVIER 22 IOs Sistemas de Produo

cesso do processo de produo depende diretamente da forma de equacionar o plano de produo.

SISTEMA DE PRODUO CONTNUA

o sistema de produo contnua utilizado por empresas que produzem um detenninado produto por um longo perodo de tempo e sem modificaes. O ritmo de produo acelerado, e a5 operaes so executadas sem interrupo ou mudana. Como o produto sempre o mesmo ao longo do tempo e como o processo produtivo no sofre alteraes, o sistema pode ser aperfeioado continuamente.

Ao visitar uma siderrgica, uma cementeira, uma indstria qumica ou petro

qumica, voc se defrontar com uma indstria que trabalha intensivamente um determinado produto sem nenhuma interrupo, na qual no h um dia

de paralisao, a menos que haja necessidade de manuteno preventiva de tempos em tempos. Ou ento possvel encontrar com uma indstria de eletrodomsticos em que o pessoal trabalha em vrios turnos, com um dia de descanso em cada semana. Esse trabalho contnuo Upico da produo em massa de produtos padronizados e com as mesmas caractersticas bsicas.

Plano de Produo

O plano de produo tpico do sistema de produo contnua elaborado

!o geralmente para perodos de um ano, com subdivises mensais. Como a pra po, e como o processo produtivo tambm no sofre mudanas, o plano de ::: :J: u produo pode ser feito tambm no longo prazo. A nfase do plano de pro

duo obter o mximo de eficincia e eficcia do processo produtivo, l'ro"' ';:: 2 zendo com que as mquinas e equipamentos, assim como as pessoas e mate:2'" riais, tenham a melhor utilizao possvel no decorrer do tempo.Q)

TI o O sistema de produo contnua utilizado por fbricantes de papel e ce"" "'" de automveis, de eletrodomsticos da linha branca (C01110 geladeiras,'" ti'c de lavar roupa, secadoras etc.), enfim, produtos que so mantidos

1:1

Cl. 3 5'-

'" -o"',o lgico que cada sistema de produo requer um tipo diferente de adminis Cl.

(1)

trao de materiais que alimente o processo produtivo. O importante ade $ ~

quar a parte ao todo, isto , a administrao de materiais ao sistema de pro ~ 1ij'

duo de modo a torn-lo mais eficiente e eficaz. Como a produo se realiza iii no trabalho com materiais, a administrao de materiais faz parte integrante ~i' do processo produtivo. Na verdade, sem uma adequada administrao de ;t..

< rnmateriais, o sistema de produo pode levar a resultados insatisfatrios. 2::;

I

CAPTULO 2 ELSEVIER 24 I Os Sistemas de Produo

QUADRO 2.1.

Principais caractersticas dos sistemas de produo

~------------

PLANO DE ARRANJOIA DE IPREVISIBILI~DEII ~I~;~~IO

~ ,j PRODUO FSICO : DA PRODUAO DDnnll ,,;

--" ~.., ~-,,-- ..~-' '_">'~~""--_'~ " - "" 1 IProduo sob

encomenda

~q~~"

Produo em lotes

~~~lit;r~~u:;,~

Produo contnua

Ils:;.:~};?;}'

Mquinas,Cada produto equipamentos e Poucaexige um plano

pessoas so previsibilidade !de produo l da produo. arranjados ao especfico. redor do produto. I

~~

Mquinas,Cada lote exige Razovelequipamentos e ium plano de pessoas so previsibilidadeproduo arranjados da produo.especfico. seqencialmente.

< .1""""""" Mquinas,O plano equipamentos e Previsibilidadefeito para um pessoas so total da produo. perodo de ,arranjadostempo anual. definitivamente.

. ,.

Com esses conceitos preliminares em mente, poderemos agora avanar no estudo da administrao de materiais, qual cada sistema produtivo deve

No prximo captulo, trataremos dos conceitos de administrao de materiais e da sua localizao na estrutura organizacional da empresa.

a I o:::: u

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"O '" o "" o.; ifj ~2

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CpWL02 ELSEVIEH. ~ . QUESTES PAR REVISO 25

QUESTES PARA REVISO

1. O que um sistema de produo?

2. Como ocorre a interdependncia entre os subsistemas de um sistema de

produo?

3. Explique o almoxarifado de matrias-primas, o subsistema de produo e o

depsito de produtos acabados, bem como suas funes.

4. Quais so os principais tipos de sistemas de produo?

5. Defina sistema de produo sob encomenda.

6. Como funciona o plano da produo sob encomenda?

7. Como o arranjo fisico Hpico da produo sob encomenda?

8. Como previsibilidade da produo sob encomenda?

9. Defina o sistema de produo em lotes.

10. Como funciona o em lotes?

11. Como ;

12. Como a

orooucao de lotes?

UfUUUf.;G1U de lotes?

13. Defina o sistema de UfUUUCi:lG contnua .

14. Como funciona o uroauao continua?

15. Como o da produo contnua?

16. Como a orevisbildade da produo contnua?

EXERCCIOS 3 D

;:J

!a1. D cinco exemplos de empresas que trabalham com o sistema de produo sob iil -oencomenda. Explique o seu funcionamento em termos de plano de produo, o "" arranjo fsico e previsibilidade da produo. Dro

:s:2. D cinco exemplos de empresas que trabalham com sistema de produo em ~.

3.lotes. Explique o seu funcionamento em termos de plano de produo, arranjo ;;;.'" fsico e previsibilidade da produo. (") :::L3 . D cinco exemplos de empresas que trabalham com o sistema de produo

CAPiTULO 2 26 EXERclCIOS " " ELSINlR

4. Considere o almoxarifado de MP. Em que aspectos cada um dos trs sistemas de produo pode afet-lo? Faa comparaes.

5. Considere o depsito de PA. Em que aspectos cada um dos trs sistemas de

produo pode afet-lo? Faa comparaes.

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~ Na realidade, toda indstria um fluxo contnuo de materiais que so pro ..,

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CAPTULO 3 ELSEVIER 28 Administrao de Materiais 1

OS PRODUTOS/SERViOS

Verificamos no captulo anterior que as empresas - como sistemas abertos trabalham para produzir um determinado produto ou prestar um determinado servio ao mercado. O produto produzido ou o servio prestado constitui o resultado final de todas as operaes da empresa, ou seja, a principal sada do sistema, conforme representamos na Figura 3.1.

____..... Sadas ou ou insumos Entradas Empresa como

resultadosum sistema aberto

r r Recursos Produtos

empresariais ou servios

FIGURA 3.l.

A empresa como um sistema aberto.

Dentro dessa focalizao, produto ou servio representam o que a empresa sabe fazer e produzir. Vejamos a entre produto e servio.

Produtos

o Geralmente so denominados bens ou mercadorias. O produto algo visvel ;;: z w e tangvel, que pode ser tocado, visto, ouvido ou degustado, por ser compos:::>

to de materiais fsicos e visveis. Tem cores, tamanho e ocupa mTl espao,<

corno os alimentos, eletrodomsticos, produtos de mveis em geral, Oro'" automveis etc. "'" 2 Existem dois tipos de empresas capazes de produzir um produto: as ::;;;'"

empresas primrias e as secundrias. As empresas primrias so tambm "O

o "U chamadas xtratvas pelo fato de obterem o produto ou material por meio ~ da ao direta sobre a natureza, corno na indstria da pesca, agricultura, miUl '2' nerao, extrao de petrleo etc. So chamadas empresas primrias porE "O

31 CAPTULO 3 ELSEVIER

30 I Administrao de Materiais

trial. Ao fazer um grfico de exploso de cada produto, h uma variedade de materiais que so integrados e articulados para que ele seja produzido. A concluso simples: por trs de cada produto h um rol enorme de materiais necessrios para constru-lo.

Servios

Os servios nem sempre so tangveis e visveis. No tm cores, formas ou tamanhos como os produtos. Na verdade, os servios so atividades especializadas que as empresas oferecem ao mercado. Podem assumir uma enorme variedade de caractersticas e especializaes, como a propaganda, advocacia, consultorias, hospitais, bancos e financeiras, escolas e universidades, clubes, transportes, segurana, energia comunicaes, rdio e televiso,jornais e revistas, lojas e supermercados, shopping centers, teatros e cinemas etc. H uma variedade considervel de empresas prestadoras de servios,

misso oferecer atividades especializadas ao mercado. As empresas que produzem servios so geralmente denominadas em

presas no-industriais ou prestadoras de servios, ou ainda empresas tercirias. A denom.inao terciria devida ao fato de as empresas sempre estarem na ltima etapa do processo produtivo e quase sempre dependentes dos insu

mos provindos de outras empresas que os fornecem. Para abranger a totalidade das empresas sejam elas produtoras de pro

dutos ou prestadoras de servios - nos referiremos a produtos/servios como

resultantes das operaes das empresas.

o

1- Prestar servios significa transformar insumos como dados ou informao,

z

energia e materiais em uma atividade til para o cliente. Embora intangvel L:.l >::.; ::r: muitas vezes, o servio requer quase sempre uma plataforma de materiais u para se tornar realidade. A propaganda transforma idias em. comunicao e .!2 requer televiso ou outdoors para configur-Ia. A escola transforma conceitos ,

em educao e requer uma plataforma fsica, como salas de aula, computa~ :2: dores, livros etc. As empresas de transporte transformam seus equipamentos '" "O o em servios de locomoo para o cliente. Assim, a maioria dos exemplos de '-" "" servios requer materiais. ~ c: E

"O

CAPTULO 3 ELSEVIER32 I Administrao de Materiais

medida que caminham pelo processo produtivo, os materiais recebem transformaes, adaptaes, redues, alteraes etc. que vo

mudando progressivamente suas caractersticas: passam a ser materiais em processamento (em vias ou em trnsito de uma seo para outra), depois materiais semi-acabados (estocados aps algumas operaes para serem transformados em um ou mais produtos) e materiais acabados ou componentes as isoladas ou subl1lontagens), para ento se completarem como produtos acabados. Assim, do almoxarifado de materiais at chegar ao depsito, como produtos acabados os materiais sofrem vrias e sucessivas modificaes ao longo do processo produtivo.

Matrias em processamento (em vias) Materiais semi-acabados

Materiais acabados (Componentes)

FIGURA 3.3.

O fluxo dos materiais.

Em algumas empresas, o fluxo de materiais rpido e simples, enquanto o em outras demorado e complicado. Mas cada empresa tem o seu prpriof...

chamamos de

cutado pela prPra empresa .

Vertcalizao significa a incluso de mais um ~.

ru,que antes era externo e agora passa a ser exe ""' o ru

o. ro s: ru

compem o processo produtivo da empresa. So, portamo, os materiais em o -l

11

ICApiTULO 3 ELSEVIER 34 Administrao de Materiais

Fios Tintas e pigmentos

etc. Tecelagem

Produtos qumicos e petroqumicos

Pigmentos Indstria de tintas Latas para embalagem

etc.

Circuitos eltricos

Potencimetros e resistores

Tubo catdico Produo de TVs

Caixa de plstico

Fios e conexes

Parafusos e porcas

etc. ~

FIGURA 3.4.

Exemplos de matrias-primas.

Tecelagem Espumas\~~;~' etc.

__ .:~""""",,__c,,-,.' _,,-.v:i:ii.-~~""'''' .v...==--_.... =,,..,, ........""""'"

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36

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CAPTULO 3 ELSEVIERIAdministrao de Materiais

-Tecelagem

- Indstria de tintas

- Produo de TVs

Lotes de tecidos acabados em secagem

Latas para embalagem preparadas

Tinta acabada

~

Chassis pr-rnontados

Tubo catdico conectado

Caixa de plstico pr-montada

FIGURA 3.7.

Exemplos de materiais acabados.

Produtos Acabados

Os produtos acabados (PAs) so aqueles j prontos e cujo processamento foi completado inteiramente. Constituem o final do processo produtivo e j passaram pelas fases de MPs, materiais em processamento, materiais se

nu-acabados e materiais acabados ou componentes.

Matrias- I primas

lli Materiais em Materiais Materiais

W

Produtos processamento semi-acabados acabados acabados

.~". ,.~ ,,'o

FIGURA 3.8.

A classificao dos materiais em do seu fluxo.

Assim, os materiais so classificados em funo do seu estgio no proces:2 . so produtivo da empresa. medida que passam pelas diversas etapas do proQ) -o o cesso produtivo, vo sofrendo acrscimos e alteraes que provocam a sua "" .f; gradativa diferenciao at se tornarem PAs. Assim, para que haja um PA, ele 'cv>

deve ter passado pelos estgios de MP bsica, material em processamento, E -o Q.

3 :::Jcusto maior? Depende de cada situao. ~ iil o "" Q. ro :s:CONCEITO DE ADMINISTRAO DE MATERIAIS (AM) ~ 3.

Todos os materiais precisam ser adequadament' administrados, As suas '" (")quantidades devem ser planejadas e controladas para que no haja 6ltas que ::r:

a prodllo, nem excessos que elevem os custos operacionais des :J:>

CAPTULO 3 ELSEVIER

38 Administrao de MateriaisI

posio dos rgos que compem o processo produtivo da empresa. O volume de dinheiro investido em materiais faz com que as empresas procurem sempre o mnimo tempo de estocagem e o mnimo volume possvel de materiais em processamento capazes de garantir a continuidade do processo produtivo.

O termo administrao de materiais (AM) tem tido diferentes definies. Na prtica, utilizam-se indistintamente vrios tennos - como suprimentos, fornecimento, abastecimento, logstica etc. - para designar os cargos e rgos com ttulos diferentes, mas com as mesmas responsabilidades. Os principais conceitos bsicos so:

Conceito de AM

o conceito mais amplo de todos. Alis, o conceito que engloba todos os demais que veremos a seguir. A AM envolve a totalidade dos fluxos de materiais da empresa, desde a programao de materiais, compras, recepo, armazenamento no almoxarifado, movimentao de materiais, transporte interno e armazenamento no depsito de produtos acabados. A AM se refere totalidade das funes relacionadas com os materiais, seja com sua programao, aquisio, estocagem, distribuio etc., desde sua chegada empresa at sua sada com direo aos clientes na forma de produto acabado ou servio ofertado. A focalizao desse conceito reside na atividade dirigida aos materiais: a AM a preocupao principal, enquanto a produo apenas um usurio do sistema. Nessas circunstncias, o rgo de AM no costuma se subordinar produo.

o I J :: ::c u

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2 FIGURA 3.10. ro :2 O conceito de AM. Q)

u o ,ro '-'" ~ Contudo, cssa totalidade de funes reunida em uma s rea - a AM t; c ocorre cm poucas ernpresas. Quase sernpre, as ernpresas adotarn uma posioE u mais restrita e scmelhante do conceito de suprimcntos.

ir

~~

CAPITULO 31ELSEVIER Administrao de Materiais 39

Conceito de Suprimentos

A palavra suprimento serve para designar todas as atividades que visam ao abastecimento ou fornecimento de materiais produo. O conceito de suprimentos envolve a programao de materiais, compras, recepo, armazenamento no almoxarifado, movimentao de materiais e transporte interno. No costuma envolver o annazenamento de produtos acabados - que geralmente fica com o marketing, porque esta tarefa no est relacionada com o abastecimento produo. A focalizao desse conceito reside na atividade dirigida ao fornecimento ou abastecimento de materiais produo. A produo a atividade principal ou final, enquanto o suprimento atividade-meio ou apenas subsidiria produo.

Movimentaoe

Compras Recepo AlmoxarifadoProgramao -~

trfego

FIGURA 3.1l.

O conceito de suprimentos.

Assim, suprir significa programar as necessidades de materiais, comprar, receber os materiais, armazen-los no almoxarifado, moviment-los para as sees produtivas, transport-los internamente a fim de abastecer as necessidades da produo. O rgo de suprimentos est geralmente subordinado rea de produo.

:t> o. 3

Conceito de Logstica ::> ~ m

O conceito de logstica surgiu por volta do ano de 1670, quando o exrcito -o o m,

o. rotI-ancs adotou uma nova estrutura organizacional, na qual o "marechal ge:;;:

neral des logis" passou a ser o responsvcl pclo planejamento, transporte, ar ~ ~. mrnazcnamento e abastecirnento das tropas. Quase trezentos anos depois - na

dcada de 1960 - que a logstica passou a ser uma preocupao das empresas, n ::c

com a adoo de novas idias sobre o anllazenamento dos produtos acabados <

e sua movimentao (distribuio fsica) at o cliente, como aspectos insepa rn Z --irveis do fluxo de materiais para a empresa e por meio dela. o

11I

CAP!TUlO 3 ELSEVIER 40 1 Administrao de Materiais

Modernamente, a logstica a atividade que coordena a estocagem, transporte, armazns, inventrios e toda a movimentao dos materiais dentro da fbrica at a entrega dos produtos acabados ao cliente. Dentro dessa conceituao, a logstica compreende a coordenao do movimento de materiais desde o estoque de matrias-primas, por meio das instalaes da empresa, at o recebimento do produto acabado pelo cliente final. Quando todo esse fluxo de materiais fica concentrado em um nico rgo, a nfase colocada na movimentao ou transporte interno, como veremos adiante.

Na prtica, o conceito de logstica inclui a estocagem, bem como o fluxo e movimentao de materiais. Sua preocupao principal est no trfego e no transporte interno e externo dos materiais. Quase sempre, no inclui programao de materiais, nem compras. As empresas que adotam o conceito de logstica apresentam enorme investimento em estoques e transportes, com enormes armazns e um fluxo de materiais. So hipermercados, lojas de departamentos, grandes magazines e principalmente empresas que entregam as compras diretamente na casa dos clientes. Quase sempre, a logstica est mais preocupada com a distribuio dos produtos acabados at os clientes, envolvendo todo um sistema de transportes, seja rodovirio ou ferrovirio. a chamada logstica de distribuio.

Todos esses conceitos so importantes para a compreenso da complexidade da AM. Como verem.os adiante, os materiais penneiam e se movimentam por toda a empresa dentro de um fluxo incessante e contnuo para alimentar as operaes e atividades. No fundo, o fluxo de materiais na empresa guarda semelhanas com o fluxo sangneo nas artrias humanas, alimentando os tecidos e Um fluxo tranqilo e constante imprescindvel para a sade humana, tanto quanto para o processo produtivo.

Um aspecto importante a ressaltar o enorme investlnento que as empresas fazem em materiais, O capital investido em estoques normalmente re

o ~ presenta uma parcela muito grande do patrimnio da empresa e requer uma z UJ :> administrao cuidadosa e inteligente. muito capital transitando no inte -i o

http:verem.os

ICAPiTULO 3

ELSEVIER42 Administrao de Materiais

o como barcos e combustvel para a indstria da pesca; sondas e torres para a prospeco de petrleo; ou adubos, sementes e implementos agrcolas para a colheita na agricultura -, sendo que em alguns casos at podem entrar na composio do produto.

Se a empresa secundria, os materiais entram necessariamente na composio do produto - como ferro, ao, plsticos, produtos qumicos e petroqumicos etc. e servem tambm para possibilitar as operaes de produo ou transformao - como combustveis, lubrificantes, correias e transmissores etc.

Se a empresa terciria, os materiais podem entrar na composio do prestado como a maioria dos produtos hospitalares e tambm po

dem servir de base para possibilitar as operaes de prestao de servios como o material de papelaria, por exemplo. Assim, cada empresa tem o seu produto/servio e tem os materiais especficos de que necessita para produzi-lo. Conseqentemente, cada empresa tem a estrutura organizacional de AM especfica para as suas necessidades e convenincias.

Os dois desafios principais da AM so:

1. Armazenamento de maten'ais: no sentido de oferecer disponibilidade de materiais necessrios atvidade empresarial (produo e atividades de apoio), pennitindo recuperao imediata e facilitao na entrega.

2. Logstica de distribuio de materiais: no sentido de entregar os materiais no ponto certo, no menor prazo, ao menor custo e oferecendo condies de qualidade.

o Nem sempre a administrao de materiais se subordina administrao da I deias de supermercados e certos atacadistas podem incluir a AM na rea de ::: :x: marketing (ou ainda na rea comercial) para melhor atender ao cliente em u

termos de ps-venda. Na verdade, a AM pode servir tanto a clientes internos 'ro'" o;:: (como a produo, por exemplo), como a clientes externos (como no caso de 2 ro atacadistas ou fornecedores de servios a empresas clientes). :2

'" TI o ,ro

r: '-'" 1>'c E TI

1;1

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"cApTULO~ ":,/,'.;." ' 44 EXERCS. ' " ELSEVIER

30. Conceitue produtos acabados.

31. D exemplos de produtos acabados.

32. Conceitue administrao de materiais.

33. Qual a principal nfase da AM?

34. Conceitue suprimentos.

35. Qual a principal nfase de suprimentos? i :~ 36. Conceitue logstica. I. I: '1 37. Qual a principal nfase da logfstica? I

I I 38. Qual a importncia da AM? I'

39. O que estrutura organizacional? I;'. 40. Explique a estrutura organizacional da AM. 41. A que rea da empresa se reporta a AM?

42. Explique a estrutura organizacional da AM em empresas primrias.

43. Explique a estrutura organizacional da AM em empresas secundrias.

44. Explique a estrutura organizacional da AM em empresas tercirias .

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EXERCCIOS;)! 1. Escolha uma empresa que adota o sistema de produo sob encomenda e faa

uma lista fictcia dos seguintes materiais principais: MPs, materiais em processamento, materiais semi-acabados, materiais acabados e PAs.

~

CAPTULO 4 ELSEVIER46 IProgramao de Materiais

o PCP funciona como uma espcie de sala de navegao do processo produtivo. Lembra a sala de controle areo dos aeroportos, que se incumbe de pro

gramar as aterrissagens e as decolagens dos avies e controlar o trfego areo

para evitar atrasos ou acidentes. Um verdadeiro radar da situao. O processo

se assemelha em muitos ao trfego do trnsito que predo

mina em muitas cidades: em vez de carros, nibus e pedestres, leia-se mate

riais indo e vindo por todos os lados.

CONCEITO DE PCP

o pep o que planeja e controla as atividades produtivas da empresa. Se a empresa produtora de bens ou mercadorias, o pep planeja e controla a produo desses bens ou mercadorias, cuidando inclusive dos materiais necessrios, quantidade de mo-de-obra, mquinas e equipamentos, assim como do estoque de produtos acabados disponveis para a rea de vendas efetuar as aos clientes. Se a empresa produtora de servios, o pep planeja e controla a produo desses servios, cuidando inclusive da quantidade de mo-de-obra necessria, quantidade de mquinas e equipamentos e demais recursos necessrios para a oferta de servios que atenda denunda dos clientes e usurios.

O pep est intimamente ligado ao sistema de produo que a empresa adota. As caractersticas de cada sistema de produo precisam ser totalmente atendidas pep. Isso significa que o pep deve fazer funcionar da melhor maneIra o sistema de produo utilizado pela empresa.

No fundo, os trs sistemas de produo constituem gradaes diferentes g do contnuum pela Figura 4.1. maior descontinuidade na produo, enquanto a produo contnua o ssteITla::: ::c nrl'opnt" o sisrema intennedirio, na qual continuidade e descontinuidade se al'ro ';::: J!!, temam dependendo da durao de cada lote. Isso que o pep afetado cu

::'lE pela descontinuidade cL1 produo por encomenda e alcana a nliLxima (]J 'O o dade na produo contnua. Na realidade, o pep feito sob medida para cada ...,."" cu encomenda na produo sob encomenda; feito por lotes para o da

1;;'c produo em lotes; e baseado no exerccio mensal ou anual na Or()dllCa,OE 'O tnua. O Quadro 4.1 pennite uma viso srnplificada das trs

CAPTULO 4 ELSEVIER Programao de Materiais I 47

Continuidade da produo~=:~;:~d.d.. r r r'

Produo por Produo Produo encomenda por lotes contnua

FIGURA 4.1

Os trs sistemas de produo.

QUADRO 4.1.

Os sistemas de produo e os sistemas de PCP

---------------------------

SISTEMAS DE ALMOXARIFADO DE SUBSISTEMA DE DEPSITO DE PRODUO MATRIAS-PRIMAS PRODUO PRODUTOS

ACABADOS 1-------

Produ1o por Planejamento e Planejamento e Planejamento e encomenda controle de MP em controle da Produ1o controle de PA em

cada encomenda. em cada encomenda. cada encomenda.

Prod uo em lotes Planejamento e

controle de MP em

cada lote e no

conjunto de lotes.

Planejamento e Planejamento e

controle da Produ1o controle de PA em

em cada lote e no cada lote e no

conjunto de lotes. eonjunto de lotes. I

o. :3Para planejar e monitorar o sistema de produo de modo a mant-lo sempre ::l..dinmico, saudvel e fluente, o PCP precisa colher dados e informaes de cu

todas as partes. Os dados e informaes so reunidos para proporcionar uma "" o "" abordagem integrada do funcionamento de todo o sistema e principalmente n.

ro

onde esto localizados seus gargalos ou pontos de estrangulamento. So exa S ~

tamente esses pontos e gargalos que ditam o ritmo do processo produtivo, ~ ",;;;no importa se o restante funciona maravilhosamente bem. Afinal, toda cor

rente tem a resistncia do seu ponto mais fraco. Assim o sistema de produC'

o. A teoria das restries est ai para comprovar. J':-, ..:;:: ;;-- --, ':j

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ICAPiTULO 4 ELSEVIER

48 , Programao de Materiais

FASES DO PCP

o PCP funciona como um verdadeiro centro de processamento de informaes sobre a produo. Ele recolhe dados e processa infonnaes que serviro para apoiar as decises a serem tomadas no sentido de coordenar todos os rgos relacionados direta ou indiretamente com a produo da empresa. Basicamente, o PCP atua em quatro fases principais:

1. Projeto de produo. 2. Coleta de informaes. 3. Planejamento da produo (formulao, implementao e execuo do

plano de produo). 4. Controle da produo.

As quatro fases principais do PCP devem se articular de uma maneira lgica e

integrada, O projeto de produo define como o sistema produtivo funcionar em termos de mquinas, equipamentos e pessoas a priori. A coleta de informaes busca conhecer a capacidade produtiva, pessoal capacitado disponvel e materiais disponveis. Com esses dados e informaes, o planejamento da produo pode definir o volume de produo de acordo com a capacidade

produtiva e a previso de vendas. Para verificar a execuo do plano de produo, existe o controle da produo. que indica erros ou desvios do que foi planejado e define as aes corretivas necessrias para corrigi-los,

Essas quatro fses podem ser assim representadas:

Vejamos cada uma das quatro fases do PCp,

Projeto

de produo

FIGURA 4.2.

As quatro fases do pep,

Coleta de Planejamento Controle infbrmaes da produo da produo

t I"

r 1 Formulao Implementao Execuo

do plano do plano do plano de produo de produo de produo

li

CAPTULO 41ELSEVIER Programao de Materiais 49

PROJETO DE PRODUAO

A primeIra fase do PCP representada pelo projeto de produo, prproduo ou ainda pelo planejamento de operaes. O projeto de produo procura definir C01110 o sistema de produo dever funcionar e quais as suas CfillieilsoS' pra -se estabelecer os parnlefros 'hl;i~~s d~'PCr: Eln geral, o projeto de produo relativamente permanente e sofre poucas mudanas C0111 o tempo, a no ser que o sistema de produo passe por alteraes, como aquisio de mquinas, admisso de pessoal, novas tecnologias etc.

O projeto de produo um esquema bsico que se fundamenta em trs aspectos do sistema produtivo:

1. Mquinas e equipamentos: quantidade e caractersticas das mquinas e baterias de mquinas em cada departamento ou seo para se avaliar a capacidade de produo em cada departamento ou seo.

2. Pessoal disponvel: quantidade de pessoal, ou seja, o efetivo de pessoas e cargos ocupados em cada departamento ou seo, para se avaliar a capacidade de trabalho em cada departamento ou seo.

3. Materiais necessrios: volume de estoque disponvel e procedimentos de requisio de materiais ao almoxarifado, para se avaliar a disponibilidade de insumos de produo.

Esses trs aspectos do sistema de produo fonnam o arcabouo do prode produo sobre o qual o PCP dever se basear. O projeto de produ

o oferece um quadro geral de todo o conjunto do sistema de produo da empresa. Contudo, pemte uma viso esttica que precisa ser quantificada e detalhada pela coleta de infonnaes.

::.> Cl. 3:;'

Afinal, o que necessrio para fazer um projeto de produo? Mquinas e ~

equipamentos, pessoas e materiais necessrios. Com essas trs variveis em O> 0>, "'" omente, possvel elaborar o perfil do projeto. Falta apenas alocar as nformaCl.

es necessrias para que ele possa ser colocado em prtica, (1)

:;;: !:'l. ~, O> in'

:x:COLETA DE INFORMAES n

l> mento e quantificao da primeira fse para proporcionar subsdios para a o

-i

I

---------------

- -----------------

CAPiTULO 41ELSEVIER Programao de Materiais 51

perodo, tendo em vista, de um lado, a sua capacidade de produo e, de outro, a previso de vendas que deve ser atendida. O PP busca compatibilizar a eficcia (alcance dos objetivos de vendas) e a eficincia (utilizao rentvel dos recursos disponveis). Para tanto, o PP procura coordenar e integrar mquinas, pessoas, matrias-primas, materiais em vias e processos produtivos

CAPTULO 4 ELSEVIER

50 I Programao de Materiais

montagem do Plano de A Figura 4.3 d uma idia da entre o proieto de aaucao e a coleta de nfom1aes.

I

Projeto de ~ r

produo

Quantidade f e tipos de I

mquinas !

I jQuantidade

L. de pessoal I-

I disponfvel iI

'-

'" I '1=a !"

11' FIGURA 4.3,

I 1

Coleta de I informaes. I Capacidade de produo de cada mquina, de cada bateria e de cada seo produtiva.

---------------

Quantidade de empregados por cargo e por seo produtiva. Horrios de trabalho.

Itens de MP e necessidades por item. Controle de estoque. Procedimentos de requisio.

'-, .

!

! I

" -

O arcabouo do projeto de produo e da coleta de

a elaborao da primeira fase (Projeto de Produo) e o detalhamento da segunda fase (Coleta de pode-se dar incio terceira

que o Planejamento da Produo.

o ..... No fundo, o pep um processo que canaliza e absorve informaes para per z mitir decises sobre o que fazer, como fazer, quando e quanto fazer em terw :>

CAPiTULO 4 ELSEVIER 52 I Programao de Materiais

Geralmente, esse exerccio de um ano quando se trata de produo cont nua e em lotes. No caso de produo sob encomenda de produto de grande porte (como construo de navios, edificios ou fbricas), o plano de produo cobre o tempo necessrio para a execuo do produto. De toda maneira, a elaborao do plano de produo depende do sistema de produo utiliza

do pela empresa.

- Plano de produo encomenda Produo sob da encomenda -Plano de Plano de produo

em lotas Produo

do conjunto de lotes produo - -rr: Plano de produo do Produo" perodo (ms ou ano) t contnua -

fi",~l~ ti, ~~; ':

q" FIGURA 4.5. I~II' O plano de produo nos trs sistemas de produo.lil" bi'

~!!I ,~Il'

Se a empresa utiliza o sistema de produo sob encomenda, a prpria1~li,

encomenda ou pedido do cliente que vai definir o plano de produo, pois cada encomenda em si mesma um plano de produo. Se a empresa utiliza o sistema de produo em lotes ou de produo contnua, a previso de vendas transfonnada em plano de produo.o

I

o.,::J

CAPTULO 4 ELSEVIER 54 IProgramao de Materiais

ociosa a capacidade de produo no aproveitada e que permanece sem

qualquer utilizao.

Capacidade ociosa significa capacidade de produo no aproveitada. Em outras palavras, ter mquinas e equipamentos disponveis e pessoal preparado sem ter produo. Ou ento produzir sem ocupar toda a capacidade dispo

nvel. Isso significa ocupar parcialmente o processo produtivo, o que repre

senta um custo adicional de ter mquinas e pessoas paradas.

,. " Implementao do Plano de Produo por meio 1"

I. da Programao da Produo I,

A partir da formulao do plano de produo, o PCP passa a cuidar da programao da produo. A programao da produo o detalhamento

h 1:[ do plano de produo para que ele possa ser executado de maneira inte

grada e coordenada pelos diversos rgos produtivos e demais rgos de

asseSSOrIa. Programar produo significa determinar quando devero ser realizadas

as tarefas e operaes de produo. No fundo, programar produo estabe:Ir,

lecer uma agenda de compromissos para as diversas sees envolvidas no WI. processo produtivo. A programao da produo detalha e fragmenta o pla

no de produo - que amplo e genrico para que possa ser executado no dia-a-dia da empresa. Para tanto, a programao da produo faz o roteiro (seqncia do processo produtivo) e o aprazamento (estabelecimento de da

o tas de incio e fim de cada atividade). I

: A programao da produo utiliza duas variveis para detalhar o planoz > LIJ

de produo: o tempo (definido em dias, semanas ou meses) e a produo: :c (definida em quantidade de unidades, de quilos, metros etc.). Em resumo, au

programao da produo trata de estabelecer cronogranus detalhados de'ro'" 'c i'l execuo do plano de produo. Assim, as tcnicas de programao da proro

::i!: se reSUJ11enl basicamente enl cronogramas, como o Grfico de Gantt, '"O'" do qual damos um exemplo a seguir. o ' "" Feito o roteiro e o aprazal11ento por meio de cronogramas, a prognma~ ,:Q c o da produo passa a cuidar da emisso de ordens para os rgos envolvi

-o E dos direta ou indiretamente no processo produtivo.

:

CAPTULO 41ELSEVlER Programao de Materiais 55

Sees

Seo A

Mq.l

2

Mq. 3

Torno 1

Torno 2

XXX)()(X)()()()(XXXXXXXXJO(XXXXXX Lote 402 )()()()()()(xxxxxXXXJO()()(XXXJO(XXJO()()(

XXXXXXX Lote 398 XXXX)()(XXX)()()()(X em

- - - - em - )()(XX)()(XXXX Lote 399 )()(XXXXXXXXXXXX

FIGURA 4.7. Programao da produo por meio de Grfico de Gantt

Execuo do Plano de Produo por meio da Emisso de Ordens

Uma vez programada a produo, os diversos rgos envolvidos direta ou indiretamente no processo produtivo devem executar o programa de maneira integrada e coordenada. Para que isso acontea, a programao da produo transforma o plano de produo em uma infinidade de ordens que devero ser executadas pelos diversos rgos da empresa, como: Produo, Compras, Almoxarifado, Depsito, Controle de Qualidade, Custos, Contabilidade, Finanas, Oramento, Recursos Humanos etc.

As decises tomadas no PCP em funo da previso de vendas ou das encomendas recebidas so transmitidas e comprovadas atravs de ordens para as sees direta ou indiretamente envolvidas no processo produtivo. Em geral, o. as ordens so documentos padronizados na forma de formulrios. :::lin'

~ "'"' o "" o.

Para atender a tantos rgos, existem vrios tipos de ordens: '" S ~ !!;

1. Ordem de Produo (OP): a comunicao para produzir que enviada 3 1ji' para uma seo produtiva a fim de autoriz-la a executar detenrunado (")

:r volume de produo. );..:::

rn 2. Ordem de A1.ontagem (G.!vI): corresponde a uma OP destinada aos rgos Z

......produtivos de montagem ou de acabamento. o

I'I

CAPiTULO 4 ELSEVIER 56 IProgramao de Materiais

3. Ordem de Servio (OS): a comunicao sobre prestao interna de servios, como servio de inspeo de qualidade, servio de reparo ou de manuteno de mquinas etc.

4. Ordem de Compra (OC): a comunicao enviada ao rgo de compras solicitando a aquisio de materiaL

5. Requisio de Materiais (RM): a comunicao que solicita material do almoxarifado para alguma seo produtiva.

Todas essas ordens envolvem um grande nmero de fonnulrios destinados aos diversos rgos envolvidos no processo produtivo para que cada um saiba exatamente o que fazer. Assim, elas detonam um fluxo de comunicaes que coordenado pela programao da produo para integrar todo o processo produtivo.

Com as emisses das diversas ordens, todos os rgos envolvidos direta ou indiretamente no processo produtivo podem passar a trabalhar em conjunto. No fundo, as ordens representam as decises tomadas e que cada rgo dever executar para que todo o processo produtivo se desenvolva da melhor maneira possvel. Isso significa coordenao e, sobretudo, sinergia para que a atividade produtiva alcance desempenho e oferea resultados.

[

I_COMPRAS I : o t z LLI >::; :c u r 1Vl"o;";:: 2l '" :2: IFomecedores~ '" "o ""'-'"' E "C''"

fiGURA 4.8. "

PLANOS DE PRODUO

~ t -Programao da produo e emisso de ordens +

-Almoxarifado de materiais

2. o "" Nmero de horas trabalhadas: representa a quantidade de trabalho realiza"'

do em detenninado nmero de horas. Geralmente, utiliza-se a expres s: '" so homens/horas trabalhadas, obtida pela equao: '" ~

'"(/;' n :c j;;

58 cAPiTULO 4

IProgramao de Materiais ELSEV1ER

Nmero de homens/horas trabalhadas

Nmero de operrios xdiretos

Nmero de horas de

trabalho no ms

FIGURA 4.9.

A composio do nmero de homens/horas trabalhadas.

o nmero de homens/horas de trabalho no constitui um resultado final de produo, mas sim o esforo humano exigido para atingi-lo. Ou, em outros tennos, desempenho da fora de trabalho. Na prtica, utiliza-se apenas a mo-de-obra direta para esse tipo de controle. Geralmente representado em grficos, da mesma fonna como vimos no controle de volume de produo.

ti; Controles de Qualidade~ :;~ 1':,\

1:"/ So controles baseados na qualidade prevista e na qualidade reahnente alcan-Qualidade a adequao aos padres previamente definidos. Os pa

dres so denominados especificaes quando se trata de projetar um produto/servio ou os materiais que o compem. Quando essas especificaes no

'" so bem-definidas, a qualidade torna-se ambgua e a aceitao/rejeio do produto/servio ou do material passa a ser discutvel. Diz-se que um produto de alta qualidade quando atende exatamente aos padres preestabelecidos e exibe as exatas especificaes adotadas. Isso significa que um produto de elevada qualidade reproduz os padres e especificaes com que foi cria

I o do e projetado. Com essas definies, torna-se bvia a importncia da quali

mento e o tempo alcanado na execuo. Os principais contl'Oles de tempo so: o -l

I11

CAPiTULO 4 ELSEVIER 60 IProgramao de Materiais

1. Tempo padro de produo: representa o nivel satisfatrio de produo atribudo a cada trabalhador ou tarefa em um detenninado perodo. O tempo padro calculado por meio do estudo do trabalho que geralmente realizado pelo rgo de Engenharia Industrial. Conhecendo-se previamente o tempo padro para a realizao de uma tarefa e tendo-se o nmero previsto de homens/horas de trabalho, pode-se prever o volume de produo a ser obtido atravs da simples relao entre esses dados.

2. Controle de rendimento: com a detenninao dos tempos-padro individuais pode-se estabelecer os padres de rendimento para todas as sees produtivas, os quais serviro de base para o acompanhamento da produo.

Controles de Custo

So controles baseados na comparao entre o custo previsto e o custo alcanado. As empresas procuram definir previamente quais sero os custos de sua produo e, por conseguinte, quais sero os custos de seus produtos/servios. o que geralmente recebe o nome de planejamento de custo ou pr-clculo de custo, pelo qual se detenninam os padres de custo de produo ou do produto/servio.

O custo do produto/servio envolve o custo de produo mais o custo de distribuio. O custo de produo envolve custos diretos e custos indiretos. Assim, o custo do produto/servio pode ser assim desdobrado:

Custo de produo

Materiais Mode-obra direta

o ~ z !LI > Pessoal indireto

Despesas gerais de produo :J: u Custo de (/) produto/servio :~a;

1i

::1: Q)

"O

o ""'-'" ~ .< JT1 que possa ser mantido com o mnimo possvel de materiais em trnsito. Z -l o >

CAPITULO 4 ELSEVIER62 I Programao de Materiais

I ]PCP

1 Er~s} Almoxarifado

Programao

da

produo Sees produtivas

FIGURA 4.1l.

A programao de materiais como decorrncia da programao da produo.

Ao programar a produo detalhando as mquinas e mo-de-obra ne- cessrias -, o PCP tambm define os materiais necessrios ao plano de produo da empresa. Com um detalhe: como alguns materiais no existem em estoque e precisam ser comprados para reposio - e isso leva tempo - torna-se imprescindvel uma certa antecedncia de dias, semanas ou meses para que possam ser pedidos, comprados e recebidos a fim de ingressar no processo produtivo. por meio da programao de materiais que se detennina a necessidade de materiais para abastecer o processo produtivo. A programa

de materiais deve especificar a quantidade de materiais e a data em que~" ~; tero de estar disposio da produo.

Como vimos na programao da produo, a programao de materiais I utiliza o cronograma para conciliar duas variveis: tempo e quantidade. O !

o tempo pode ser desdobrado em dias ou em semanas, confonne o grau de I

"l;

Z preciso de que a empresa necessite. IJJ :> A programao de materiais permite ;1 empresa saber por antecipao as:=: ::r: quantidades de materiais que devem ser requisitados ao almoxarifado ou u

comprados pelo de compras, bem como as datas ou momentos deterV>'ro .~ minados para coloc-los disposio das sees produtivas . 1;;

::;;;

"O '" "" o ~ V>

'2 E "O

ELSEVIER CAPTULO 4 I

Programao de Materiais 63

Cdigo Descrio

0120 Parafuso 1"

2230 Rebite 030

3550 Arruela 1"

0220 Parafuso 2"

2240 Rebite 040

3560 Arruela 2"

FIGURA 4.12.

------

1~ semana do ms

2~ 3- 4! 5! 6~

------

2~ semana do ms

Sb. 2~ 3~ 4!W

Materiais requisitados ao almoxarifado ------- ---

100 100 100 100 -- !-----------j

50 50 50 50 50 50 50 50 50 50

100 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Materiais a serem comprados -------- - --- - -- .:.._- ---- ~- --

800 800

500 500 500 500 ------

400 400 400 400 400 -~-

L.___ , ______ '--- -~ -- -

Programao de materiais em Grfico de Gantt.

5: 3::;"

~ OJ

ru, "'"' o 0ro :5: OJ

fi Oi i'

('"") :J: );> -< o

... :.' .-. :

CAPTULQ'4 '. . '.. '. . ,64 QUESTES PARA REVISO .' ELSEVIER

QUESTES PARA REVISO

1. Para que existe o PCP?

2. Conceitue PCP.

3. Qual o papel do PCP na busca de eficincia e eficcia?

4. Descreva as caractersticas do PCP em produo unitria.

5. Descreva as caractersticas do PCP em produo sob encomenda.

6. Descreva as caractersticas do PCP em produo contnua.

7. Compare a continuidade/descontinuidade da produo em cada um dos sistemas de produo.

~I 8. Compare o aproveitamento da mo-de-obra em cada um dos sistemas de ti fi produo. li

Compare o planejamento e controle do almoxarifado de MP em cada um dos 1'1 9. ~I sistemas de produo. II

10. Compare o planejamento e controle do subsistema de produo em cada um dosr: fi sistemas de produo. ii r,: 11. Compare o planejamento e controle do depsito de PA em cada um dos sistemas ,.h de produo. I: t' 12. Quais as fases do PCP? ;.; f: 13. Explique sucintamente a primeira fase do PCP: o projeto de produo. ii,l

f, 14. Em que aspectos do sistema de produo se fundamenta o projeto de produo? r:

j"

" 15. Descreva o arcabouo do projeto de Produo.

16. Explique sucintamente a segunda fase do PCP: a coleta de informaes.

17. Quais os aspectos do projeto de produo que so detalhados pela coleta de o informaes?!;t z w 18. Estabelea uma comparao entre a primeira e a segunda fases do PCP. > ~~ 19. Explique sucintamente a terceira fase do PCP: o planejamento da produo. (J

.~ 20. Como o PP procura compatibilizar a eficincia e a eficcia?

.~

21. Quais as trs etapas do PP?~

~ 22. Explique a formulao do plano de produo em cada um dos sistemas de

'O '" o produo. t>"" E 23. Explique a elaborao do plano de produo, 1;;

'i::

' 24. O que carga de trabalho? 'O

, , .. . CAPTLQ'4 '.

ELSEVIER 'OUE~TES PARA REVISO, 65

25. Explique sobrecarga e ociosidade.

26. Explique a segunda etapa do PP: a implementao do de produo por

meio da programao da produo.

27. O que programar a produo?

28. Quais as duas variveis utilizadas pela programao da produo?

29. Explique a programao da produo por meio do Grfico de Gantt.

30. O que roteiro e aprazamento?

31. Explique a terceira etapa do PP: a execuo do plano de produo por meio da

emisso de ordens.

32. O que significa uma ordem?

33. Quais so os tipos de ordens emitidas pela programao da produo?

34. a que significa uma ap?

35. a que significa uma aM? 36. O que 'significa uma OC?

37. a que significa uma RM?

38. O que significa uma OS?

39. Como funciona o fluxo de informaes da programao da produo?

40. Explique sucintamente a quarta fase do PCP: o controle da produo.

41. Explique os controles de quantidade.

42. Explique o que volume de produo.

'43. Explique o nmero de homens/horas de trabalho.

44. Explique os controles de qualidade, :J:> o45. Conceitue qualidade. :3 ~

46. a que CQ 100%1 ~ iil

47. O que CQ por amostragem? "" o o""

48. Conceitue amostra . m :;;: !!l.

49. Explique os controles de tempo. 'l1ru'w'50. O que tempo padro de produo? (')

51. Conceitue estudo do trabalho. ::t: 'j;

.. ': ''- .' _'o

. CAPTULO 4. ... Conceituao de estoques

66 EXERCCIOS . ELSEVIER . Classificao de estoques

CAPTULO 5 Dimensionamento

de estoques 54. O que planejamento de custo ou pr-clculo de custo?

55. O que programar materiais? 56. Qual o papel das RMs e das OCs? Planejamento e controle

de estoquesEstoques57. Quais as duas variveis utilizadas pela programao de materiais?

58. Explique a programao de materiais por meio do Grfico de Gantt. Avaliao dos estoques

Custos de estoques

Questes para revisoEXERCfclOS 1. Seja a escola onde voc estuda ou a empresa onde trabalha. Suponhamos que Exerccios

voc precise planejar e controlar a sua produo. Como voc. elaboraria a primeira fase do PCP, ou seja, como faria o projeto de produo? Obviamente, as mquinas, o estoque de MP, o boletim de operaes e o lote econmico de produo deveriam ser substitudos pelo nmero de salas de aulas, nmero de Ao adotar o sistema de produo mais adequado s suas necessidades cada professores e pessoal de apoio, nmero de alunos em cada uma das sries etc.

empresa deve procurar faz-lo funcionar da melhor maneira possveL No sis2. Como voc elaboraria a segunda fase do PCP, ou seja, como faria a coleta de tema de produo sob encomenda, quase sempre o produto que permane

informaes? ce imvel no centro, enquanto tudo o mais gira ao redor dele. O foco central 3. Como voc elaboraria a terceira fase do PCP, ou seja, o planejamento da est no produto encomendado. Nos demais sistemas tanto na produo em

produo? Iniciemos pela primeira etapa, isto , pela formulao do plano de lotes como na produo contnua - so os materiais que fluem ao longo ou produo,

ao redor do processo produtivo. O foco est no processo produtivo. 4. Agora a segunda etapa do PP, isto , a implementao do plano de produo por Para que o sistema de produo no sofra interrupes ou paralisaes

meio da programao da produo. Nesse aspecto, voc deveria trocar o Grfico desnecessrias, torna-se imprescindvel haver alguma garantia na quantidadede Gantt por um grfico de horrio para cada um dos dias da semana, para cada

de materiais que fluem ao longo do processo. Quase sempre essa garantia sigsrie e para cada sala de aula.

. nifica uma certa folga na quantidade de estoques. A essa folga de materiais 5. Como funcionaria a terceira etapa do PP, isto , a execuo do plano de

damos o nome de estoque de materiais. Em geral, o estoque de materiais temproduo por meio da emisso de ordens? Isso no seria um quadro geral de 6:o um nvel de estoque de segurana para enfrentar posslveis contingncias.

I- horrios? Z U> !.iJ

cu

CAPTULO 5 ELSEVIER68 IEstoques

A acumulao de estoques em nveis adequados uma necessidade para o nonnal funcionamento do sistema produtivo. Em contrapartida, os estoques representam um enonne investimento financeiro. Desse ponto de vista, os estoques constituem um ativo circulante necessrio para que a empresa possa produzir e vender com um mnimo risco de paralisao ou de preocupao. Os estoques representam um meio de investimento de recursos, e podem alcanar uma respeitvel parcela dos ativos totais da empresa. A administrao dos estoques apresenta alguns aspectos financeiros que exigem um estreito relacionamento com a rea de finanas, pois enquanto a AM est voltada para a facilitao do fluxo dos materiais e o abastecimento adequado produo, a rea financeira est preocupada com o lucro, liquidez da empresa e a boa aplicao de todos os recursos empresariais.

As principaisJunes do estoque so:

1. Garantir o abastecimento de materiais empresa, neutralizando os efeitos de:

a. demora ou atraso no fornecimento de materiais;

b. sazonalidade no suprimento;

c. riscos de dificuldade no fornecimento.

2. Proporcionar economias de escala:

a. por meio da compra ou produo em lotes econmicos;

b. pela flexibilidade do processo produtivo;

c. pela rapidez e eficincia no atendimento s necessidades.

Os estoques constituem um vnculo entre as etapas do processo de compra e venda - no processo de comercializao em empresas comerciais - e entre as etapas de compra, transfonnao e venda - no processo de produo~

z em empresas industriais. Em qualquer ponto do processo fonnado por essas l.i.J

> etapas, os estoques desempenham um papel importante na t1exibilidade ope::r: u racional da empresa. Funcionam como amortecedores das entradas e sadas

entre as duas etapas dos processos de comercializao e de produo, pois'" '" 2 minimizam os efeitos de erros de planejamento e as oscilaes inesperadas de :2'" oferta c procura, ao mesmo tempo em que isolam ou diminuem as interdeQ) -o o pendncias das diversas partes da organizao empresarial. ""'-" !O! .?i c E

"O ::

CAPiTULO 51LSEVIER Estoques 69

Estoque de Segurana

Sua funo proteger o sistema produtivo quando a demanda (D) e o tempo de reposio (L) variam ao longo do tempo. 1 A variao da demanda representa um desvio padro ao redor da mdia da demanda e flutua de acordo com as circunstncias do mercado. Muitas vezes, a previso de vendas sofre alteraes bruscas em funo de contingncias no previstas. Tambm o tempo de reposio de materiais pode sofrer variaes em funo de problemas na cadeia de suprimentos. Assim, a demanda pode ser fixa e o tempo de reposio pode ser varivel, ou ento, a demanda pode ser varivel e o tempo de reposio fixo. Ambos podem ser fixos e ambos podem ser variveis. Em fimo dessas contingncias, as empresas decidem por um estoque de segurana para enfrent-las e manter o sistema produtivo protegido das circunstncias externas empresa.

interessante notar que as empresas procuram assegurar que seu ncfeo pro

dutivo esteja protegido das influncias externas representadas pela demanda

dos produtos no mercado e pelo tempo de reposio dos materiais utilizados na

produo, que geralmente depende da cadeia de fornecedores. Para enfrentar

essas variaes externas, torna-se necessrio um colcho protetor representa

do pelos estoques de materiais, sobretudo, pelos estoques de segurana.

CLASSIFICAO DE ESTOQUES

Os estoques podem ser classificados de acordo com os mesmos critrios de classificao dos materiais:

:t> n. ~. ::l

~ .,.,1. Estoques de matrias-primas l o "" a.2. Estoques de materiais em processamento (ou em (1) S

3. Estoques de materiais semi-acabados. !';. ~.

4. Estoques de materiais acabados (ou componentes). '" Vi n5. Estoques de produtos acabados (PAs). ::r; ); < JTl

Petrnio G. Martins e Fcmando Piero dll1i11strQ/:o da Produo. So Paulo: Z :t> -1

Sara\'a, 2005, p. 275. o

--

CAPTULO 5 ELSEVIER 70 I Estoques

Vejamos melhor cada uma dessas classes de estoques de materiais.

Estoques de Matrias-Primas (MPs)

Os estoques de I\1Ps constituem os insumos e materiais bsicos que ingressam no processo produtivo da empresa. So os itens iniciais para a produ

dos produtos/servios da empresa. Isto significa que a produo totalmente dependente das entradas de MPs para ter a sua seqncia e continuidade garantidas. Geralmente as MPs so compradas dos fornecedores externos pelo de compras e, quando recebidas, so estocadas no almoxari

fado da empresa.

Estoques de Materiais em Processamento ou em Vias

Os estoques de materiais em processamento - tambm denominados materiais em vias - so constitudos de materiais que esto sendo processados ao longo das diversas sees que compem o processo produtivo da empresa.

pois, os materiais em processo de produo ou em vias de serem processados em cada uma das sees produtivas da empresa. No esto nem no almoxarifado, por no serem mais MPs iniciais, nem no depsito, por ainda no serem P As. So os materiais que ingressaram na empresa na forma de MPs, saram do almoxarifado e ainda esto transitando pelas etapas do pro

I, cesso produtivo da empresa em alguma seo. Mais adiante sero transfort:

" mados em P As.

o Estoques de Materiais Semi-acabados l: z w ;> Os estoques de materiais semi-acabados referem-se aos materiais parcial

lil

CAPITULO 5 ELSEVIER 12 IEstoques

Em muitas empresas, a diversidade e heterogeneidade dos estoques complicam a administrao de materiais. Para saber lidar com isso e evitar possveis exageros, necessrio conciliar uma abordagem sinttica e global com uma abordagem analtica e particularizada. Lidar com materiais exige tratar cada item de maneira personalizada. Esse o desafio quando h uma enorme quantidade de itens diferentes a administrar.

DIMENSIONAMENTO DE ESTOQUES

Cada rea seja o almoxarifado de MPs, sejam as diversas sees ou o depsito de PAs tem interesse em aumentar os seus nveis de estoques para garantir sua segurana e reduzir os riscos de falta de material para trabalhar. Da surge o conflito com a rea financeira, que pretende reduzir ao mnimo possvel o capital investido em estoques e faz-lo girar mente para aumentar a rentabilidade do capital da empresa. O estoque um investimento na medida em que exige forte aplicao de dinheiro por parte da empresa.

Dimensionar o estoque estabelecer os nveis de estoque adeao abastecimento da produo sem resvalar nos dois extremos de ex

ceSSIVO ou de estoque insuficiente. O estoque excessivo leva ao desperdcio de dinheiro e a perdas financeiras decorrentes de seus custos mais elevados. O estoque insuficiente, por outro lado, conduz a e interrupes da produo por inexistncia de materiais, o que tambm provoca prejuzos empresa. Ambos os extremos devem ser evitados.

O dimensionamento de estoques fundamentado nos pressu

I o postos: z w :>

75

CAPiTULO 5 ELSEVIER74 IEstoques

Mtodo do Consumo do ltimo Perodo

o mtodo mais simples e emprico. Baseia-se em prever o consumo do prximo perodo tendo por base o consumo ou demanda do perodo anterior. Muitas vezes adiciona-se uma certa quantidade, quando o consumo relativamente crescente de um perodo para outro.

QUADRO 5.l.

Previso de consumo pelo mtodo do consumo do ltimo

Consumo do ltimo ano: Previso de consumo do prximo ano: 2005 1.000 2006.................................... 1.000

Mtodo da Mdia Mvel

praticamente um mtodo semelhante ao anterior, porm melhorado: a previso do prximo perodo calculada a partir das mdias de consumo dos perodos anteriores. Se a tendncia for de um consumo crescente, a mdia futura ser menor. Se a tendncia for de um consumo decrescente, a mdia futura ser maior.

QUADRO 5.2.

Previso de consumo pelo mtodo da mdia mvel com duas alternativas: consumo crescente e consumo decrescente

2006..........................................500.000

2007 .......................................... 400.000

o ! 2008 ........................................... 300.000 z 2009 ..........................................200.000 w > 2010 ......................................... 100.000

Acumulado................................ 1. 500.000::t: u

Mdia Mvel...... .............. ......... ..300.000

.;: '"ro -:;; ~

A vantagem desse mtodo est na sua simplicidade e t.cilidade de clcu TI o lo. As desvantagens residem no fato de que as mdias mveis so influencia "" ~ das por valores extremos e de que os perodos mais antigos tm o mesmo ~

peso que os atuais. 'E c

:'

ELSEVIER CAPTULO 51 Estoques

Mtodo da Mdia Mvel Ponderada

Trata-se de uma variao do mtodo anterior. Os valores dos perodos mais recentes recebem um peso maior do que os valores dos perodos mais antigos.

QUADRO 5.3.

Previso de consumo pelo mtodo da mdia mvel ponderada

100.000 x 2 400.000 x 3 900.000

100.000 x

x 4 1.600.000 2010 ............................................................500.000 x 5 2.500.000 Acumulado .. ............................................ 1.500.000 5.500.000

Md ia Porlder'ada

O dimensionamento do estoque depende, portanto, da preVlsao de consumo do materiaL Ao dimensionar o pretende-se atender a uma parte do consumo previsto e no sua totalidade, pois o consumo no ocorre de uma s vez, mas ao longo de um perodo de tempo. Assim, existe uma quantidade necessria e uma quantidade mnima atendida pelo estoque. Da ser preciso uma certa rotatividade ou de estoque.

A rotatividade - ou giro de estoque - a relao entre o consumo anual e o estoque mdio do item. Para medir a rotatividade, utiliza-se o ndice de rotatividade (IR), que baseado na seguinte equao:

ndice de rotatividade (IR) = Consumo mdio no n"Tn.ri~

Estoque mdio

O IR representa o nmero de vezes que o estoque gira no perodo considerado em relao ao consumo mdio do item. Esse perodo pode ser um dia, um ms ou um ano. Assim, se o consumo mdio de um item de 1.000 peas por ano e o estoque mdio no perodo de 200 peas, ento o IR ser 5. Em outras palavras, o estoque do item cinco vezes no ano. Quanto maior o IR, tanto menor ser o investimento financeiro efetuado no estoque em funo do seu consumo mdio.

o. ro ::;:::

'" ~

CAPiTULO 5 ELSEVIER 76 I Estoques

o IR tambm ser expresso em valores monetrios de custo (para MPs) ou de venda (para PAs), como nestas equaes:

IR da MP = Custo dos materiais utilizados Estoque mdio das MPs

IR do PA Custo das vendas Estoque mdios dos P As

Invertendo-se a do IR, pode-se obter a chamada taxa de cobertura - tambm denominada antigiro - que indica o nmero de vezes que o estoque roda no perodo seja dia. ms ou ano.

Taxa de cobertura mdio (ou antigiro) Consumo mdio no perodo

Se, por exemplo, um item tem um estoque mdio de 6.000 peas e consumido a uma mdia de 4.000 peas por ms, o antigiro ser: 6.000/4.000 = 1,5 mes. Enquanto o IR indica quantas vezes o estoque roda no perodo (anual, por exemplo), o antigiro indica quantos meses de consumo equivalem ao estoque mdio.

O IR apresenta as seguintes vantagens:

1. Apresenta um ndice de racil de estoques entre vrias empresas do mesmo ramo de atividade ou entre classes de itens de materiais.

2. Pode ser utilizado como um padro de CUll1jJdL para as taxas reais de g cada item ao longo dos meses. z Ul :> :::: :I: u odimensionamento de estoques uma exigncia diante de dois aspectos b:

w sicos: em primeiro lugar, a complexidade dos itens estocados e seu acompam :2: nhamento para no haverfalta e prejudicar a produo; em segundo, o i nves"O o

Q)

timento financeiro que pode e deve ser bem administrado. u"" ..... '".;:: "O

T ,I

CAPITULO 5 ELSEVIER Estoques I 77

PLANEJAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUES

Um dos desafios da AM est em planejar e controlar os estoques para tentar mant-los em nveis adequados de dimensionamento ou ento reduzi-los sem afetar o processo produtivo e sem aumentar os custos financeiros. Os estoques tendem a flutuar, e muito dificil control-los em toda a sua extenso, pois os materiais se transformam rapidamente, por meio do processo produtivo, e a c