zootecnia ii aula 4. metabolismo: proteínas, carboidratos, lipídios joão paulo v. alves dos...
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Zootecnia IIZootecnia IIAula 4. Metabolismo: Proteínas, Carboidratos, Aula 4. Metabolismo: Proteínas, Carboidratos,
LipídiosLipídios
João Paulo V. Alves dos SantosJoão Paulo V. Alves dos SantosEng° Agrônomo/ESALQ-USPEng° Agrônomo/ESALQ-USP
[email protected]@eduvaleavare.com.br
Aula 4. Metabolismo: Proteínas, Carboidratos, LipídiosAula 4. Metabolismo: Proteínas, Carboidratos, Lipídios
1-) Metabolismo de Proteínas1-) Metabolismo de Proteínas
Proteínas:Proteínas:
Compostos orgânicos de alto peso molecularCompostos orgânicos de alto peso molecular
Estruturas formadas por cadeias de aminoácidosEstruturas formadas por cadeias de aminoácidos
Aminoácidos: ácidos orgânicos, cuja molécula contém um ou Aminoácidos: ácidos orgânicos, cuja molécula contém um ou mais grupamentos – Amina (NHmais grupamentos – Amina (NH22))
Proteínas: representam 50 a 80% do peso seco de uma célulaProteínas: representam 50 a 80% do peso seco de uma célula
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1-) Metabolismo de Proteínas1-) Metabolismo de Proteínas
Proteínas:Proteínas:
Todo aminoácido contém um grupo carboxila (COOH) e um Todo aminoácido contém um grupo carboxila (COOH) e um grupo amina ligados a um átomo de carbono (C)grupo amina ligados a um átomo de carbono (C)
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1-) Metabolismo de Proteínas1-) Metabolismo de Proteínas
Aminoácidos (aa´s): estruturas fundamentais das proteínasAminoácidos (aa´s): estruturas fundamentais das proteínas
A variação no: número ou seqüência de aa´s produz uma A variação no: número ou seqüência de aa´s produz uma proteína diferenteproteína diferente
Exemplo comparativo: alfabetoExemplo comparativo: alfabeto
““Letra = Aminoácido”Letra = Aminoácido”
““Palavra = Proteína” Palavra = Proteína”
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1-) Metabolismo de Proteínas1-) Metabolismo de Proteínas
Natureza: aproximadamente 500 aminoácidos descobertosNatureza: aproximadamente 500 aminoácidos descobertos
Somente 20 atuam como constituintes das proteínasSomente 20 atuam como constituintes das proteínas
Combinações complexas destes 20 tipos de aa´s:Combinações complexas destes 20 tipos de aa´s:
100.000 tipos de proteínas100.000 tipos de proteínas
Aminoácidos Essenciais: formam proteínas de alto valor biológicoAminoácidos Essenciais: formam proteínas de alto valor biológico
São aminoácidos não sintetizados (produzidos) pelo organismo e não São aminoácidos não sintetizados (produzidos) pelo organismo e não são produzidos em quantidade suficiente para atender a sua são produzidos em quantidade suficiente para atender a sua demandademanda
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1-) Metabolismo de Proteínas1-) Metabolismo de Proteínas
Proteína de alto valor biológico:Proteína de alto valor biológico:
Fonte = animal/vegetalFonte = animal/vegetal
Tratamento com calor: pode disponibilizar ou indisponibilizar Tratamento com calor: pode disponibilizar ou indisponibilizar uma proteínauma proteína
Digestão e Absorção dos Componentes Nitrogenados no Digestão e Absorção dos Componentes Nitrogenados no Ruminantes:Ruminantes:
Como ???Como ???
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1-) Metabolismo de Proteínas1-) Metabolismo de Proteínas
A proteína é essencial para a manutenção, crescimento, A proteína é essencial para a manutenção, crescimento, reprodução e lactaçãoreprodução e lactação
A demanda protéica de um animal é dada pela somatória dos A demanda protéica de um animal é dada pela somatória dos aminoácidos necessários para suprir cada uma destas aminoácidos necessários para suprir cada uma destas funções biológicasfunções biológicas
Os aminoácidos são supridos através da digestão intestinal Os aminoácidos são supridos através da digestão intestinal da proteína microbiana e proteína dos alimentos que da proteína microbiana e proteína dos alimentos que escapam da degradação ruminalescapam da degradação ruminal
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1-) Metabolismo de Proteínas1-) Metabolismo de Proteínas
Digestão e Absorção dos Componentes Nitrogenados no Digestão e Absorção dos Componentes Nitrogenados no Ruminantes:Ruminantes:
Proteínas são “quebradas” em moléculas menores pela ação de Proteínas são “quebradas” em moléculas menores pela ação de microorganismos (proteolíticas) : microorganismos (proteolíticas) :
A-) peptídeos (formados por 2 ou mais aminoácidos)A-) peptídeos (formados por 2 ou mais aminoácidos)B-) aminoácidos livresB-) aminoácidos livres
C-) Amônia (NHC-) Amônia (NH33))
Desaminação = separação do N dos aminoácidos = processo Desaminação = separação do N dos aminoácidos = processo fermentativo bacteriano, com produção de NHfermentativo bacteriano, com produção de NH33, CO, CO22 e AGV´s e AGV´s de cadeia curtade cadeia curta
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1-) Metabolismo de Proteínas1-) Metabolismo de Proteínas
60 a 70% da proteína da dieta é degradada no rúmen em 60 a 70% da proteína da dieta é degradada no rúmen em peptídeos, aminoácidos ou amôniapeptídeos, aminoácidos ou amônia
peptídeos
aminoácidos
amônia
Fontes de N para os microorganismo
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1-) Metabolismo de Proteínas1-) Metabolismo de Proteínas
Bactérias: utilizam a NHBactérias: utilizam a NH33 disponível no conteúdo ruminal como disponível no conteúdo ruminal como
principal fonte de N para síntese de proteína microbiana principal fonte de N para síntese de proteína microbiana (PM)(PM)
Uréia: fonte de Nitrogênio Não Protéico (NNP) – rapidamente Uréia: fonte de Nitrogênio Não Protéico (NNP) – rapidamente hidrolisada pelas bactérias ruminais em NHhidrolisada pelas bactérias ruminais em NH33, formada muito , formada muito
rapidamente (4x superior a sua velocidade de incorporação à rapidamente (4x superior a sua velocidade de incorporação à PM)PM)
Bactérias:Bactérias: consomem consomem energiaenergia para “metabolizar” a NH para “metabolizar” a NH33, logo, , logo,
em dietas com elevadas concentrações protéicas devemos em dietas com elevadas concentrações protéicas devemos sempre fornecer energia (CHO´s) no rúmen para que haja a sempre fornecer energia (CHO´s) no rúmen para que haja a digestão equilibrada de alimentos protéicosdigestão equilibrada de alimentos protéicos
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1-) Metabolismo de Proteínas1-) Metabolismo de Proteínas
As bactérias do rúmen transformam a amônia (NH3) em proteína microbiana (PM)
A amônia que não se transforma em proteína microbiana é absorvida pela parede do rúmen caindo na circulação sanguínea, indo para o fígado onde se transforma em uréia, sendo novamente aproveitada na saliva ou excretada via urina ou leite
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1-) Metabolismo de Proteínas1-) Metabolismo de Proteínas
Existem 3 categorias de proteínas utilizadas pelos ruminantes:Existem 3 categorias de proteínas utilizadas pelos ruminantes:
Proteína Solúvel: é a fração da proteína alimentar que foi Proteína Solúvel: é a fração da proteína alimentar que foi rapidamente degradada no rúmen. Ex.: Uréia, Caseínarapidamente degradada no rúmen. Ex.: Uréia, Caseína
Proteína Degradável no Rúmen (PDR/RDP): equivale a Proteína Degradável no Rúmen (PDR/RDP): equivale a fração da proteína da dieta que é degradável no rúmen (nela fração da proteína da dieta que é degradável no rúmen (nela está inclusa a proteína solúvel)está inclusa a proteína solúvel)
Cerca de 50% da fração protéica da maioria das dietas é Cerca de 50% da fração protéica da maioria das dietas é constituída por PDRconstituída por PDR
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1-) Metabolismo de Proteínas1-) Metabolismo de Proteínas
Proteína Não Degradável no Rúmen (PNDR/RUP):Proteína Não Degradável no Rúmen (PNDR/RUP):
Também conhecida como “by pass”Também conhecida como “by pass”
É a proteína que “atravessa” o rúmen, sem sofre ataque É a proteína que “atravessa” o rúmen, sem sofre ataque microbianomicrobiano
A meta de todo nutricionista é maximizar a síntese de proteína A meta de todo nutricionista é maximizar a síntese de proteína microbiana no rúmenmicrobiana no rúmen
Para animais de alta produção, não interessa somente a Para animais de alta produção, não interessa somente a quantidade de proteína mas sim a qualidade desta proteínaquantidade de proteína mas sim a qualidade desta proteína
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1-) Metabolismo de Proteínas1-) Metabolismo de Proteínas
No passado, No passado,
Atualmente,Atualmente,
PROTEÍNA = % PB
PROTEÍNA =
% PB%PDR%PNDRAminoácidos (perfil)
Definem a qualidadeda proteína ingerida
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1-) Metabolismo de Proteínas1-) Metabolismo de Proteínas
Qualidade da fonte protéica: teor de aminoácidosQualidade da fonte protéica: teor de aminoácidos
Referência: Proteína do Leite = CaseínaReferência: Proteína do Leite = Caseína
Proteína Microbiana (PM) = perfil de aa´s semelhante ao da Proteína Microbiana (PM) = perfil de aa´s semelhante ao da caseínacaseína
Fontes de proteína = Alimentos: cada um possui um perfil de aaFontes de proteína = Alimentos: cada um possui um perfil de aa´s´s
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1-) Metabolismo de Proteínas1-) Metabolismo de Proteínas
Avaliação química em relação à proteína do leite:Avaliação química em relação à proteína do leite:
FonteFonte LISLIS METMET IAAEIAAE
F. SangueF. Sangue 9191 4545 6060
ProtenoseProtenose 1818 100100 5151
F. PenaF. Pena 1313 2323 3434
F. Carne/OssoF. Carne/Osso 5555 4949 5151
F. PeixeF. Peixe 8080 100100 6868
F. SojaF. Soja 7070 5656 7171
Proteína MicrobianaProteína Microbiana 100100 9797 8282
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1-) Metabolismo de Proteínas1-) Metabolismo de Proteínas
Não basta apenas suplementar com proteína “by pass” ou Não basta apenas suplementar com proteína “by pass” ou PNDR, com intuito de oferecer um “plus” de aa´s no intestino PNDR, com intuito de oferecer um “plus” de aa´s no intestino da vaca/boida vaca/boi
É necessário que a composição desta proteína seja “nobre”É necessário que a composição desta proteína seja “nobre”
Proteínas “nobres” = Proteína Verdadeira (PV). Ex.: F. de Soja, Proteínas “nobres” = Proteína Verdadeira (PV). Ex.: F. de Soja, F. de Algodão, RefinazilF. de Algodão, Refinazil
Uréia = NNP = no rúmen = PDR = NHUréia = NNP = no rúmen = PDR = NH33 (somente) (somente)
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1-) Metabolismo de Proteínas1-) Metabolismo de Proteínas
Erro muito comum: Erro muito comum: excesso de preocupação com o teor de PBexcesso de preocupação com o teor de PB
%PB de uma dieta ou concentrado (ou ração comercial) não %PB de uma dieta ou concentrado (ou ração comercial) não quer dizer nada!!!!:quer dizer nada!!!!:
Devemos “fechar” o balanceamento e prestar muita atenção Devemos “fechar” o balanceamento e prestar muita atenção na quantidade de PDR no rúmen, que não pode ser na quantidade de PDR no rúmen, que não pode ser “excessiva”“excessiva”
Para termos PDR, precisamos de CHO´s que venham a Para termos PDR, precisamos de CHO´s que venham a possibilitar o aproveitamento da mesmapossibilitar o aproveitamento da mesma
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1-) Metabolismo de Proteínas1-) Metabolismo de Proteínas
Aula 4. Metabolismo: Proteínas, Carboidratos, LipídiosAula 4. Metabolismo: Proteínas, Carboidratos, Lipídios1-) Metabolismo de Proteínas1-) Metabolismo de Proteínas
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2-) Metabolismo de Carboidratos2-) Metabolismo de Carboidratos
Carboidratos (CHO´s)Carboidratos (CHO´s)
Na média contribuem com 70 a 80% da matéria seca da dietaNa média contribuem com 70 a 80% da matéria seca da dieta
CHO´s = fonte primária de energia para microorganismos do CHO´s = fonte primária de energia para microorganismos do rúmenrúmen
Dividos em 2 categorias:Dividos em 2 categorias:
Estruturais (Fibrosos) = CE ou CF Estruturais (Fibrosos) = CE ou CF
Não Estruturais (Não Fibrosos) = CNE ou CNF (NFC, inglês)Não Estruturais (Não Fibrosos) = CNE ou CNF (NFC, inglês)
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2-) Metabolismo de Carboidratos2-) Metabolismo de Carboidratos
Estruturais - compostos por:Estruturais - compostos por:
CeluloseCelulose
HemiceluloseHemicelulose
LigninaLignina
Não Estruturais - compostos por:Não Estruturais - compostos por:
AmidoAmido
Açúcares (em geral)Açúcares (em geral)
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2-) Metabolismo de Carboidratos2-) Metabolismo de Carboidratos
Açúcares são encontrados naturalmente nas células de Açúcares são encontrados naturalmente nas células de crescimento das plantascrescimento das plantas
Amido = forma armazenada de energia na maioria dos grãos de Amido = forma armazenada de energia na maioria dos grãos de cereaiscereais
CHO´s estruturais são aqueles que conferem rigidez à estrutura CHO´s estruturais são aqueles que conferem rigidez à estrutura da planta (parede celular)da planta (parede celular)
Lignina – não é um CHO, mas é classificada como componente Lignina – não é um CHO, mas é classificada como componente estrutural (associada à rigidez e proteção da planta)estrutural (associada à rigidez e proteção da planta)
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2-) Metabolismo de Carboidratos2-) Metabolismo de Carboidratos
Digestão: CHO´s estruturais e não estruturaisDigestão: CHO´s estruturais e não estruturais
Estruturas Complexas = convertidas via fermentação ruminalEstruturas Complexas = convertidas via fermentação ruminal
Ataque microbiano = Ácidos Graxos Voláteis (AGV´s)Ataque microbiano = Ácidos Graxos Voláteis (AGV´s)
AGV´s = 60 a 80% do requerimento em energia dos ruminantesAGV´s = 60 a 80% do requerimento em energia dos ruminantes
São absorvidos no rúmen e transportados pela circulação São absorvidos no rúmen e transportados pela circulação sanguínea até o fígado, glândula mamária e tecidossanguínea até o fígado, glândula mamária e tecidos
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2-) Metabolismo de Carboidratos2-) Metabolismo de Carboidratos
Produtos da digestão de CHO´s (principais):Produtos da digestão de CHO´s (principais):
Ácido AcéticoÁcido Acético
Acido PropiônicoAcido Propiônico
Ácido ButíricoÁcido Butírico
A produção destes ácidos varia de acordo com a composição A produção destes ácidos varia de acordo com a composição do alimento ingeridodo alimento ingerido
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2-) Metabolismo de Carboidratos2-) Metabolismo de Carboidratos
Alimentos ricos em fibra (CHO´s fibrosos):Alimentos ricos em fibra (CHO´s fibrosos):
Promovem crescimento de bactérias celulolíticasPromovem crescimento de bactérias celulolíticas
Maior formação de ácido acéticoMaior formação de ácido acético
Acido acético = precursor de gordura no leite (aumenta)Acido acético = precursor de gordura no leite (aumenta)
Promovem aumento na formação de ácido butíricoPromovem aumento na formação de ácido butírico
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2-) Metabolismo de Carboidratos2-) Metabolismo de Carboidratos
Alimentos ricos em amido (CHO´s não fibrosos):Alimentos ricos em amido (CHO´s não fibrosos):
Maioria dos grãos (cereais = ricos em amido)Maioria dos grãos (cereais = ricos em amido)
Promovem crescimento de bactérias amilolíticasPromovem crescimento de bactérias amilolíticas
Aumenta produção de ácido propiônicoAumenta produção de ácido propiônico
Ácido propiônico = precursor de glicose (fígado)Ácido propiônico = precursor de glicose (fígado)
Aumenta produção de ácido láticoAumenta produção de ácido lático
Se fornecido em excesso pode haver queda de pH ruminalSe fornecido em excesso pode haver queda de pH ruminal
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2-) Metabolismo de Carboidratos2-) Metabolismo de Carboidratos
CHO´s
CHO´s
AGV´s:
AcéticoPropiônico
Butírico
Fígado
GLICOSE
LACTOSE
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3-) Metabolismo de Lipídios3-) Metabolismo de Lipídios
Lipídios = Gordura (na dieta)Lipídios = Gordura (na dieta)
Geralmente encontrada/fornecida em menores concentraçõesGeralmente encontrada/fornecida em menores concentrações
2 a 3% (usual)2 a 3% (usual)
Suplementação com gordura = alternativa para aumentar a Suplementação com gordura = alternativa para aumentar a densidade energética da dietadensidade energética da dieta
Quando os níveis de CHO´s já estão no limite e precisamos Quando os níveis de CHO´s já estão no limite e precisamos ainda de um maior aporte de energiaainda de um maior aporte de energia
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3-) Metabolismo de Lipídios3-) Metabolismo de Lipídios
Consumo de gordura = impactos no ambiente ruminalConsumo de gordura = impactos no ambiente ruminal
Gordura e óleos são consumidos na forma de:Gordura e óleos são consumidos na forma de:
TriglicerídeosTriglicerídeos
ouou
Ácidos Graxos Livres (AGL´s)Ácidos Graxos Livres (AGL´s)
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3-) Metabolismo de Lipídios3-) Metabolismo de Lipídios
No rúmen, microorganismos realizam a hidrólise dos No rúmen, microorganismos realizam a hidrólise dos triglicerídeos em ácidos graxos e glicerol (parcela da fração triglicerídeos em ácidos graxos e glicerol (parcela da fração gordura)gordura)
Ácidos Graxos – Classificação:Ácidos Graxos – Classificação:
SaturadosSaturados
InsaturadosInsaturados
Microorganismos ruminais realizam hidrogenação parcial de Microorganismos ruminais realizam hidrogenação parcial de ácidos graxos insaturados (dupla ligação), formando mais ác. ácidos graxos insaturados (dupla ligação), formando mais ác. graxos saturadosgraxos saturados
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3-) Metabolismo de Lipídios3-) Metabolismo de Lipídios
Ácidos Graxos Insaturados:Ácidos Graxos Insaturados:
Originários, geralmente de óleos vegetais, encontrados na Originários, geralmente de óleos vegetais, encontrados na forma líquida (maioria dos casos)forma líquida (maioria dos casos)
Contém uma ou mais duplas ligaçõesContém uma ou mais duplas ligações
Quando os hidrogênios se encontram do mesmo lado são Quando os hidrogênios se encontram do mesmo lado são chamados de chamados de ciscis e quando de lados opostos de e quando de lados opostos de transtrans
Uma dupla ligação = monoinsaturadosUma dupla ligação = monoinsaturados
Duas ou mais duplas ligações = poliinsaturadosDuas ou mais duplas ligações = poliinsaturados
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3-) Metabolismo de Lipídios3-) Metabolismo de Lipídios
Ácidos Graxos Saturados:Ácidos Graxos Saturados:
Originários, geralmente de gordura animal, encontrados Originários, geralmente de gordura animal, encontrados geralmente na forma sólida (Ex.: sebo)geralmente na forma sólida (Ex.: sebo)
Não apresenta duplas ligações, ou seja, uma ligação para cada Não apresenta duplas ligações, ou seja, uma ligação para cada molécula de carbono (moléculas saturadas)molécula de carbono (moléculas saturadas)
Ácidos Graxos Insaturados = podem exercer toxicidade para as Ácidos Graxos Insaturados = podem exercer toxicidade para as bactérias digestoras de fibra (celulolíticas)bactérias digestoras de fibra (celulolíticas)
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3-) Metabolismo de Lipídios3-) Metabolismo de Lipídios
Fornecimento de gordura na dieta: deve ser limitadoFornecimento de gordura na dieta: deve ser limitado
O rúmen pode parar de “funcionar”O rúmen pode parar de “funcionar”
Alternativa importante – possuem maior teor de energia que Alternativa importante – possuem maior teor de energia que CHO´sCHO´s
Ômega = última letra grega do alfabetoÔmega = última letra grega do alfabeto
Representa o último carbono de um ácido graxoRepresenta o último carbono de um ácido graxo Indica que a posição da dupla ligação foi contada à partir do Indica que a posição da dupla ligação foi contada à partir do
último carbonoúltimo carbono
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3-) Metabolismo de Lipídios3-) Metabolismo de Lipídios
Como fornecer gordura para ruminantes?Como fornecer gordura para ruminantes?
De forma parcelada (várias vezes ao dia/gradual)De forma parcelada (várias vezes ao dia/gradual)
Na forma de ácidos graxos saturados (gordura saturada)Na forma de ácidos graxos saturados (gordura saturada)
Rúmen: 80 a 90% = ambiente aquosoRúmen: 80 a 90% = ambiente aquoso
Triglicerídeos no rúmen = não se misturam, ocorre Triglicerídeos no rúmen = não se misturam, ocorre biohidrogenação: formação de ácidos graxos que se aderem biohidrogenação: formação de ácidos graxos que se aderem às partículas de alimentos (carreadas pelo trato digestivo)às partículas de alimentos (carreadas pelo trato digestivo)
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3-) Metabolismo de Lipídios3-) Metabolismo de Lipídios
Digestão da gordura: Intestino Delgado – DuodenoDigestão da gordura: Intestino Delgado – Duodeno
Sais Biliares: ação “detergente” (dissolução)Sais Biliares: ação “detergente” (dissolução)
No intestino delgado as gorduras são absorvidas (circulação)No intestino delgado as gorduras são absorvidas (circulação)
Exemplos de suplementação com gordura:Exemplos de suplementação com gordura:
Gordura Protegida (MegalacGordura Protegida (Megalac®®) )
Case/Exemplo–Case/Exemplo– gordura com problema (fabricação/proteção gordura com problema (fabricação/proteção sabão cálcico)sabão cálcico)
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Implicações Práticas: Metabolismo de NutrientesImplicações Práticas: Metabolismo de Nutrientes
Para nutrir é necessário conhecer as demandas de um dado Para nutrir é necessário conhecer as demandas de um dado animal, que variam de acordo com:animal, que variam de acordo com:
Peso (Idade)Peso (Idade) SexoSexo RaçaRaça Finalidade (manutenção ou produção: carne/leite)Finalidade (manutenção ou produção: carne/leite) Estágio de desenvolvimento:Estágio de desenvolvimento:
CrescimentoCrescimento
LactaçãoLactação
Período SecoPeríodo Seco
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Aula 4. Metabolismo: Proteínas, Carboidratos, LipídiosAula 4. Metabolismo: Proteínas, Carboidratos, Lipídios
O gráfico acima é valido para toda matriz em produção, seja de O gráfico acima é valido para toda matriz em produção, seja de corte ou leite, no entanto:corte ou leite, no entanto:
Matrizes Leiteiras = mais exigentes nutricionalmenteMatrizes Leiteiras = mais exigentes nutricionalmente
Quanto maior for o potencial genético (mérito) do animal, mais Quanto maior for o potencial genético (mérito) do animal, mais acentuadas serão as curvas do gráfico anterioracentuadas serão as curvas do gráfico anterior
Melhoramento Genético: “supervaca”Melhoramento Genético: “supervaca”
Avanço Genético: máquina de produção!Avanço Genético: máquina de produção!
Desafio: capacidade de ingestão de alimento inferior a Desafio: capacidade de ingestão de alimento inferior a demanda/requerimentos (pressão dos genes) demanda/requerimentos (pressão dos genes)
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Aula 4. Metabolismo: Proteínas, Carboidratos, LipídiosAula 4. Metabolismo: Proteínas, Carboidratos, Lipídios
Início de Lactação: Início de Lactação:
Balanço Energético Negativo (BEN)Balanço Energético Negativo (BEN)
Monitorar: Escore de Condição Corporal (ECC)Monitorar: Escore de Condição Corporal (ECC)
Necessidade de nutrição avançadaNecessidade de nutrição avançada
Ferramentas nutricionais: aditivos, gordura protegidaFerramentas nutricionais: aditivos, gordura protegida
Dietas densas = elevada concentração E + PDietas densas = elevada concentração E + P
Desafios! Desafios!