zoneamento agroecológico uma abordagem das leguminosas
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SolosSolos
Zoneamento agroecológico do Rio de Janeiro e uma abordagem das leguminosas
José Francisco Lumbreras Pesquisador da Embrapa Solos
SolosSolos
José Francisco Lumbreras Francesco PalmieriUebi Jorge Naime Elaine Cristina Cardoso FidalgoAmaury de Carvalho Filho Sebastião Barreiros CalderanoKlaus Peter Wittern Antonio Ivo de Menezes MedinaEdgar Shinzato Jorge PimentelMarcelo Eduardo Dantas Cesar da Silva Chagas
Alexandre Ortega Gonçalves Lucieta Guerreiro MartoranoUebi Jorge Naime Letícia Costa de Oliveira SantosJosé Francisco Lumbreras
Sergio Gomes Tôsto Guilherme Tinoco dos AnjosElizabeth Santos Brandão
Fernando Cézar Saraiva do Amaral Klaus Peter WitternUebi Jorge Naime Leonidas da Costa Schalcher ValleJosé Francisco Lumbreras Nilson Rendeiro PereiraJorge Araújo de Sousa Lima Alfredo Melhem Baruqui
Rachel Bardy Prado Ronaldo Pereira de OliveiraElaine Cristina Cardoso Fidalgo Mario Luiz Diamante Aglio
Geoprocessamento
Equipe do Zoneamento AgroecológicoUnidades Agroecológicas
Caracterização Climática
Socioeconomia
Indicação de Culturas
SolosSolosSumário• I - Introdução
• II - Procedimentos Metodológicos
Levantamento de solos
Aptidão agrícola
• III – Resultados e Discussão
Domínios bioclimáticos
Unidades de proteção ambiental e agroecológicas
Aspectos socioeconômicos
Atividades Agrícolas - ênfase em leguminosas
SolosSolosI - Introdução
• Avaliar as potencialidades e limitações dos solos
• Subsidiar ações de projetos de desenvolvimento regional
• Propor alternativas de uso sustentável das terras
• Identificar novas opções de culturas, com ênfase em leguminosas
• Auxiliar na melhoria da qualidade de vida e na fixação
do homem no campo
SolosSolos
Lei 8.171, de 17 de janeiro de 1991
Dispõe sobre política agrícola
Capítulo VI – Proteção ao Meio Ambiente e da Conservação
dos Recursos Naturais - Artigo 19, Inciso III, prevê que o poder
público deverá:
Realizar zoneamentos agroecológicos que permitam
estabelecer critérios para o disciplinamento e ordenação da
ocupação espacial pelas diversas atividades produtivas;
SolosSolos
Projeto - Plano de reorganização e retomada do
desenvolvimento agrícola do Estado do Rio de Janeiro
Subprojeto 1 - Ajustes nos delineamentos e redefinição de
unidades de solos, escala 1:250.000 ...
Subprojeto 2 - Reavaliação da aptidão agrícola das terras ...
Subprojeto 3 - Atualização do zoneamento agroecológico...
Antecedentes
• Solos, aptidão agrícola e zoneamento agroecológico
• Convênio com a CPRM – Projeto Rio de Janeiro
• Oficialização do projeto no Sistema Embrapa de Pesquisa:
SolosSolosII - Procedimentos Metodológicos (adaptado da FAO, 1997)
O zoneamento agroecológico define zonas homogêneas que apresentam uma combinação similar de limitações e potencialidades para o uso das terras. Serve como ponto de referência para recomendações visando melhorar as condições existentes, seja incrementando a produção ou limitando a degradação dos recursos naturais.
Unidade Agroecológica
Indicação de Culturas
Áreas Protegidas
Clima
Vegetação Natural
Solos
Potencialidade Agrícola
Domínios Geoambientais
(recorte espacial)
Socioeconomia
(complementarmente)
análise da sustentabilidade de atividades agrícolas e impacto ao ecossistema.
Entidade espacial na qual as formas de relevo, o solo, a vegetação natural e o clima, formam um conjunto relativamente homogêneo.
sobreposiçãoe
interpretação
SolosSolos
• Escala regional – 1:250.000.
• Área mínima mapeável de 50 hectares.
• As unidades do mapa de solos em geral são compostas de associações de classes de solos e de relevo. • Em vista disso, utilizou-se /M após o símbolo para indicar haver na associação, em menor proporção, terras com vocação superior à representada; e /P para indicar haver na associação, em menor proporção, terras com vocação inferior à representada.
• Devido à escala do trabalho, não foram espacializadas algumas áreas protegidas pela legislação (Leis nos 4771/1965 e 7803/1989), tais como as áreas de:Preservação Permanente e Reserva Legal
Características do trabalho
SolosSolos Mapa de Solos do Estado do Rio de Janeiro
escala 1:250.000
- Grande variedade de ambientes (relevo, clima, mat. de origem)
- Ocorrem quase todas as classes de solos
• Fotointerpretação (fotos 1:60.000) • Procedimentos cartográficos
base 1:50.000 e 1:250.000
Mapa simplificado
SolosSolos
SolosSolos
Percentual de ocorrência de Terras Altas e Terras Baixas
Outros5% Terras
Baixas14%
Terras Altas81%
Síntese do Levantamento
SolosSolos
PV
PVA
PA+ LA
CX
0
5
10
15
20
25
30
35
Distribuição das principais unidades de mapeamento das Terras Altas (81% da área do Estado) (CARVALHO FILHO et al., 2003).
%
Principais unidades de mapeamento
LVA
SolosSolosLatossolo Amarelo Ácrico húmico, textura argilosa, gibbsítico-oxídico,
mesoférrico, fase floresta tropical subperenifólia, relevo montanhoso
• 1º nível categórico (ordem) - Latossolo
• 2º nível (subordem) - Amarelo
• 3º nível (grande grupo) - Ácrico
• 4º nível (subgrupo) - húmico
• 5º nível (família) - textura argilosa, gibbsítico-
oxídico, mesoférrico
• fase - floresta tropical subperenifólia, relevo
montanhoso
Foto: Amaury de Carvalho Filho
SolosSolos
EK+ESK
RY+CY
GM+GX
GZ+GJ+OJ
OX
SX
0
5
10
15
20
25
30
Distribuição das principais unidades de mapeamento das Terras Baixas (14% da área do Estado) (CARVALHO FILHO et al., 2003).
%
Principais unidades de mapeamento
SolosSolos
Planossolo Nátrico Sálico gleissólico, textura média, A moderado, Ta, epissolódico, endossálico, fase floresta tropical caducifólia, relevo plano, substrato sedimentos colúvio-aluvionares
• 1º nível categórico (ordem) - Planossolo
• 2º nível (subordem) - Nátrico
• 3º nível (grande grupo) - Sálico
• 4º nível (subgrupo) - gleissólico
• 5º nível (família) - textura média, A moderado, Ta, epissolódico, endossálico• fase - floresta tropical caducifólia, relevo plano, substrato sedimentos colúvio-aluvionares
Foto: Amaury de Carvalho Filho
SolosSolos Mapa de Aptidão Agrícola das Terras
escala 1:250.000Fatores limitantes• Deficiência de fertilidade• Deficiência de água• Excesso de água (ou deficiência de oxigênio)• Suscetibilidade à erosão• Impedimentos à mecanização
Metodologia: Ramalho Filho & Beek (1995)
Mapa simplificado
SolosSolosFolha SF-23-Z-B Rio de Janeiro
SolosSolos
Terras do Grupo 6 - inapta26,1%
SolosSolos
Terras do grupo 3 - restrita36,1%
SolosSolos
Terras do grupo 2 - regular8,0%
SolosSolos• Séries mensais e anuais de temperatura e precipitação de 82 estações meteorológicas
TemperaturaPrecipitaçãoDeficiência hídricaMeses secos
• Mapa de isoietas totais anuais• Vegetação Natural
III – Resultados e discussão - Mapa de Domínios Bioclimáticos
(Alfonsi et al., 2003; Brandão et al., 2001; Carvalho Filho et al., 2003)
Escarpas e afloramentos de rochaÁrea urbanaCorpo de água
- (1)- (2)- (3)b(1)b(2) bm(1)bm(2) m(1)m(2) ma(1)ma(2)a
Símbolo
Outros
SolosSolos
SolosSolos
Símbolo** Altitude média (m)
Tempera-tura
média anual (ºC)
Precipitação média anual
(mm)
Déficit hídrico
anual*** (mm)
Nº de meses com
menos de 60mm
Vegetação natural Tipo de clima
1 0 - 200 23 - 25 800 - 1000 300 - 500 4 - 6
flor. subcaducifólia, caducifólia,
caducifólia/caatinga hipoxerófila e restinga
tropical, seco
2 0 - 300 22 - 25 900 - 1250 150 - 400 4 - 6 flor. subcaducifólia tropical, seco
3 300 - 600 21 - 23 1100 - 1350 60 - 150 4 - 5 flor. subcaducifóliatropical e
subtropical, subúmido
b1 0 - 300 22 - 24 1250 - 1800 0 - 60 2 - 4 flor. subperenifólia tropical, úmido e subúmido
b2 0 - 400 23 - 24 1600 - 2400 0 0 flor. perenifóliatropical,
úmido/superúmido e superúmido
Legenda do Mapa dos Domínios Bioclimáticos* do estado do Rio de Janeiro
* Adaptado de Golfari & Moosmayer (1980).** A condição climática das unidades de mapeamento do Zoneamento Agroecológico é indicada pelos
sufixos b, bm, m, ma e a, combinados com os Domínios Geoambientais.*** Para capacidade de água disponível (CAD) no solo de 100mm (Thornthwaite & Mather, 1955).
SolosSolosLegenda do mapa do zoneamento agroecológico
Proteção Ambiental
PR1 e PR2 - Unidades de Conservação da Natureza (14,05%)
PR3 e PR4 - Remanescentes da Mata Atlântica (29,39%)
PR5 e PR6 - Dunas e Mangues (0,32%)
PR7 e PR8 - Escarpas e Afloramentos de Rocha (1,67%)
Atividades Agrícolas (descritas adiante)
Recuperação Ambiental
RE1 - Recomposição Florestal da Mata Atlântica (6,11%)
RE2 - Recomposição da Vegetação de Restinga (0,94%)
RE3 - Recomposição das Planícies Fluviolagunares (2,49%)
RE4 - Recuperação das Áreas de Mineração (0,01%)
SolosSolos
Faixa Litorânea
Planalto do AltoItabapoana
Norte – Noroeste Fluminense
Serra daMantiqueira
Serra da Bocaina – Litoral Sul Fluminense
Planalto da Região Serrana
Médio Vale do Rio Paraíba do Sul
Serra dos Órgãos
Unidades de Conservação da Natureza e Domínios Geoambientais
(Castro et al., 2001; Dantas et al., 2001; IEF/RJ, 2003)
PR1 - Proteção Integral (6%)PR2 - Uso Sustentável (8%)
SolosSolosRemanescentes da Mata Atlântica e Domínios Geoambientais
(Dantas et al., 2001;Fundação CIDE, 2003)
Faixa Litorânea (11%)
Planalto do AltoItabapoana (35%)
Norte – Noroeste Fluminense (10%)
Serra daMantiqueira
(72%)
Serra da Bocaina – Litoral Sul Fluminense (81%)
Planalto da Região Serrana (30%)
Médio Vale do Rio Paraíba do Sul (20%)
Serra dos Órgãos (61%)
PR3 – Remanescentes Florestais (28%)PR4 – Remanescentes de Restinga(2%)
SolosSolos
PR7 – Escarpas e ARPR8 – Escarpas e AR
Altimontanos
Terras desmatadas, inaptas para atividades agrícolas. Incluem pequenas áreas adequadas para lavouras perenes e pecuária de corte.
RelevoErosão
RE1 – Recomposição Florestal da Mata Atlântica (6%)
SolosSolos
Unidades de Conservação da Natureza 33%
Áreas inaptas para atividades agrícolas 25%
Áreas de relevo montanhoso e forte ondulado
36%
Outras áreas 5%
Localização dos RemanescentesFlorestais
RE1 – Recomposição Florestal da Mata Atlântica
(terras desmatadas, inaptas, situadas em ambientes
florestais da MA - 6,11%)
Terras Inaptas paraAtividades Agrícolas (12%)
PR3 - Remanescentes Florestaisda Mata Atlântica (27,64%)
SolosSolos
Terras arenosas desprovidas de vegetação nativa, inaptas para atividades agrícolas. Incluem áreas para cultivos especiais, dependentes de manejo cultural.
FertilidadeTexturaDrenagem
RE2 – Recomposição da Vegetação de Restinga – 0,94%
PR5 – DunasPR6 - Mangues
SolosSolos
Terras de campos alagados. Inaptas para atividades agrícolas, incluem áreas que admitem pecuária de corte.
FertilidadeDrenagem
RE3 – Recomposição das Planícies Fluviolagunares – 2,49%
PR6 - Mangues
SolosSolosAtividades Agrícolas
• Produção Agrícola IntensivaAI1 – Agricultura IntensivaAI2 – Agricultura Intensiva• Produção Agrícola Semi-IntensivaAS1 – Agricultura Semi-IntensivaAS2 – Agricultura Semi-IntensivaAS3 – Agricultura Semi-IntensivaAS4 – Agricultura Semi-Intensiva• Lavouras especiaisLP1 – Lavouras Perenes LP2 – Lavouras PerenesLA – Lavouras AnuaisHO - Hortaliças• PastagensPa1 – PastagensPA2 - Pastagens• ReflorestamentoRN – Reflorestamento Preferencialmente com Espécies Nativas
SolosSolosRN – Reflorestamento Preferencialmente
com Espécies Nativas – 2,71%
Indicadas para reflorestamento com espécies protetoras do solo. Incluem, em menor proporção, áreas adequadas para lavouras perenes e pecuária de corte.
RelevoErosão
- b bm m a
SolosSolosPA1 – Pastagens – 16,37%
Adequadas para pecuária de corte com pastagens protetoras do solo, preferencialmente em sistemas silvipastoris, marginais para o cultivo de lavouras perenes e silvicultura adaptadas.
RelevoErosãoMecanizaçãoClimaFertilidade
- m a
SolosSolosLP1 – Lavouras Perenes – 10,58%
Indicadas para culturas perenes, preferencialmente em sistemas agroflorestais e silvipastoris. São também adequadas para silvicultura e pecuária de corte, adotando-se técnicas de conservação de solos.
RelevoErosãoMecanizaçãoClimaFertilidade
bmmaa
SolosSolosLA – Lavouras Anuais – 2,45%
Indicadas para lavoura de arroz, admite lavouras anuais tolerantes ao excesso de umidade. Aptas para irrigação por gravidade (inundação) ou métodos de aspersão, gotejamento ou micro-aspersão. São também adequadas para pecuária intensiva de leite ou corte.
BaixadasDrenagemFertilidade
-b(m)(a)
SolosSolosAS4 – Agricultura Semi-Intensiva – 2,24%
Indicadas para lavouras anuais e perenes tolerantes ao eventual encharcamento e presença de lençol freático em subsuperfície. Aptas para irrigação métodos de aspersão, gotejamento ou micro-aspersão. São também adequadas para pecuária intensiva de leite ou corte.
Terraços e baixadasDrenagemTextura
-b(m)
SolosSolosAS1 – Agricultura Semi-Intensiva – 6,88%
Indicadas para lavouras anuais e perenes. Aptas para agricultura irrigada por métodos de aspersão, gotejamento ou micro-aspersão. São também adequadas para silvicultura e pecuária intensiva de leite ou corte.
RelevoErosãoMecanização
-bm
SolosSolosAI1 – Agricultura Intensiva - 5,35%
Indicadas para lavouras anuais e perenes. Aptas para agricultura irrigada por métodos de aspersão, gotejamento ou micro-aspersão. São também adequadas para silvicultura e pecuária intensiva de leite ou corte.
TabuleirosDrenagemFertilidade
-bm
SolosSolos
-(b)m
TerraçosDrenagemFertilidade
Indicadas para lavouras anuais e perenes tolerantes ao eventual encharcamento e presença de lençol freático em subsuperfície. Aptas para irrigação por gravidade ou métodos de aspersão, gotejamento ou micro-aspersão. São também adequadas para pecuária intensiva de leite ou corte.
AI2 – Agricultura Intensiva – 1,47%
SolosSolosÁreas indicadas para atividades agrícolas
no Estado do Rio de Janeiro
1
2
3
4
56
7
8
9
1 - Unidades de Conservação da Natureza - 6.143,09km² (14,05%)
2 - Agricultura Intensiva - 2.978,00km² (6,81%)
3 - Agricultura Semi-Intensiva - 4.552,54km² (10,45%)
4 - Lavouras Perenes - 4.685,41km² (10,72%)
5 - Lavouras Anuais - 1.070,32km² (2,45%)
6 - Hortaliças - 210,05km² (0,48%)
7 - Pastagens - 7.666,17km² (17,54%)
8 - Reflorestamento - 1.185,98km² (2,71%)
9 - Áreas não indicadas para atividades agrícolas 15.225,99km² (34,83%) 9
8
7
6
5
4
3
2
1
SolosSolosTerras mecanizáveis adequadas para atividades agrícolas
Áreas com restrições climáticas (tropical, seco) - 82,40% da área mecanizável
Área total: 21,46% do estado
• Terras altas mecanizáveis
Ligeiras limitações - relevo e risco de erosão (5,89%)
Moderadas limitações - relevo e risco de erosão (7,60%)
• Terras baixas aptas e mecanizáveis
Ligeiras limitações – drenagem e solo (7,98%)
SolosSolosTerras aptas para irrigação
(Estados Unidos, 1989)
SoloTopografiaDrenagem
• Terras altas - solos bem drenados (12,23%)
Métodos de aspersão, gotejamento ou micro-aspersão
• Terras baixas – restrições de drenagem
Métodos de gravidade, aspersão ...(4,40%)
Métodos de aspersão ...(2,93%)
SolosSolos
SolosSolosIV - Aspectos socioeconômicos
Fonte: IBGE (2003)
SolosSolos
Área
(ha) Quantidade Percentual Total (ha) Percentual
< 10 28.439 53,0 98.053 4,1
10 - 100 20.005 37,3 681.970 28,2
100 - 1.000 5.011 9,3 1.261.971 52,2
> 1.000 200 0,4 374.306 15,5
Total 53.655 100,0 2.416.300 100,0
Fonte: IBGE (2003)
Obs.: A superfície total dos estabelecimentos compreende 55,2 da área do estado do RJ.
Estrutura Fundiária do estado do Rio de Janeiro
Estabelecimentos Superfície
SolosSolosPrincipais Lavouras segundo a área plantada
e produtividade média (2015)
Lavouras Área1 ProdutividadeCana-de-açúcar (ton) 81.703 49,37Banana (ton) 20.144 7,00Café (beneficiado) (ton) 14.649 1,19Milho (em grão) (ton) 2.440 2,63Mandioca (ton) 12.416 13,84Feijão (em grão) (ton) 1.707 1,06Coco-da-baía (mil frutos) 3.384 13,26Laranja (ton) 5.948 12,78Abacaxi (mil frutos) 7.284 25,8Tomate (ton) 2.532 73,50
(IBGE, 2016)
1 Área cultivada com estas lavouras no Estado – 152.568 ha (3,48%)
SolosSolosTaxa de crescimento da área plantada das
lavouras, 1997 a 2006
Lavouras Tx crescimento Lavouras Tx crescimentoPalmito 32,21 Batata - doce 0,70Mamão 23,00 Caqui 0,56Coco-da-baía 18,51 Cana-de-açúcar 0,05Abacaxi 18,27 Tangerina -0,16Melancia 11,49 Tomate -2,27Figo 11,45 Mandioca -2,47Manga 7,10 Banana -2,70Café 5,59 Feijão -4,55Goiaba 5,44 Milho -6,65Limão 1,88 Arroz -9,81Maracujá 1,11 Laranja -10,79
(IBGE, 2007)
SolosSolos
Produtos com maior valor da produção no RJ entre 1997 e 2006
0
50000
100000
150000
200000
250000
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Mil
Rea
is
Cana-de-açúcar
Tomate
Banana
Mandioca
Abacaxi
Café(beneficiado)
Laranja
Coco-da-baía
Valor da Produção das Principais Lavouras
SolosSolos
Vacas ordenhadas e produtividade em 2005, taxa
de crescimento de 1997 a 2005 2005 Tx crescVacas ordenhadas 391.938 0,77Produtividade (mil litros) 1,19 -0,58
Efetivo de rebanho bovino (2005) e taxa de crescimento (1997 a 2005)
2005 Tx crescEfetivo do rebanho 2.092.748 1,61
Área ocupada com pastagens no Estado – 2.160.000ha (49,40%) (CIDE, 2003)
(IBGE, 2007)
SolosSolos
Segundo as exigências edáficas e climáticas das culturas, visando a produção agrícola sustentável em sequeiro e sob irrigação, segundo o recorte espacial dos domínios geoambientais
V - Indicação de Culturas
• 102 lavouras anuais e perenes – tanto em sequeiro como sob irrigação
• 90 espécies florestais
• 37 gramíneas e leguminosas forrageiras
SolosSolos
- Mais de 650 gêneros e 20.000 espécies
- Ampla ocorrência e adaptação nos diversos biomas brasileiros
- Forte competitividade dessa família – FBN (mais de 500 kg ha-1 ano-1 de
N)
- Usos e sistemas de exploração (lavouras, florestas e forrageiras)
Cultura solteira, rotação de culturas, consórcio (ou cultivos múltiplos),
integração lavoura-pecuária (sistemas agropastoris), integração lavoura-
floresta (sistemas agroflorestais), integração lavoura-pecuária-floresta
(sistemas agrosilvipastoris), cobertura verde, paisagismo, arborização de
pastagens, recuperação de áreas degradadas, recomposição da Mata
Atlântica (APPs e Reserva Legal)
Família Leguminosae
SolosSolosProdução anual de serapilheira - leguminosas arbóreas
0
2
4
6
8
10
12Matéria seca (t/ha/ano)
Mimosacaesalpiniifolia
Acacia mangium
Acacia holosericea
Fonte: Andrade et al. (1997)
SolosSolos
Lavouras anuais (inclui olerícolas) Temperatura média (C) Fertilidade do solo Demanda hídrica
22 - 26 18 -22 14 - 18 alta média baixa alta média baixa
Amendoim - Arachis hypogeae L. X X X
Arroz - Oryza sativa X X X
Ervilha - Pisum sativus X X X
Fava italiana - Vicia fava X X X X
Feijão - Phaseolus vulgaris X X X X
Mandioca - Manihot esculenta X X X
Milho - Zea mays X X X
Tomate - Lycoperscicum esculentum
X X X
Vagem - Phaseolus vulgaris X X X
Parâmetros de temperatura, fertilidade do solo e demanda hídrica - lavouras anuais (inclui olerícolas).
SolosSolos
Parâmetros de temperatura, fertilidade do solo e demanda hídrica - lavouras perenes.
Lavouras perenesTemperatura média (C) Fertilidade do solo Demanda hídrica
22 - 26 18 - 22 14 - 18 alta média baixa alta média baixa
Abacaxi - Ananas comosus X X X Banana - Musa spp. X X X X Café - Coffea arabica L. X X X Café - Coffea canephora Pierre, cv. robusta
X X X
Cana-de-açúcar - Saccharum officinarum
X X X
Citros laranja - Citrus spp. X X X Coco - Cocus nucifera L. X X X Goiaba - Psidium guayava raddi X X X Graviola - Anona muricata L. X X X Macadâmia - Macadamia integrifolia, mtetraphylla
X X X
Mamão - Carica papaya L. X X X Manga - Mangifera indica L. X X X Maracujá - Passifora spp. X X X Palmito pupunha - Bactris gasipaes H.B.K.
X X X
Uva - Vitis vinifera X X X X
SolosSolos
Indicação de lavouras anuais e perenes
Culturas anuais e perenes Anual/perene
FAIXA LITORÂNEA
AI1 AI1b AI2 AI2b AS1 AS1b AS2 AS3 AS4 AS4b LP1b LP2 LA LAb HO HObAmendoim - Arachis hypogeae L. anual x x x x x x x x x Arroz - Oryza sativa anual x x x x x x x x x x x x x xErvilha - Pisum sativus anual Fava italiana - Vicia fava anual Feijão - Phaseolus vulgaris anual x x x x x x x x x x x x x xMandioca - Manihot esculenta anual x x x x Milho - Zea mays anual x x x x x x x x x Tomate - Lycoperscicum esculentum anual x x x x x Vagem - Phaseolus vulgaris anual x x x x x x x x x x x x xAbacaxi - Ananas comosus perene x x x Banana - Musa spp. perene x x x x x x x x x x Café - Coffea arabica L. perene Café - Coffea canephora Pierre, cv. robusta perene x x x x x x x x x Cana-de-açúcar - Saccharum officinarum perene x x x x x x x x x Citros laranja - Citrus spp. perene x x x x x x Coco - Cocus nucifera L. perene x x x x x x x x x Goiaba - Psidium guayava raddi perene x x x x x x Graviola - Anona muricata L. perene x x x x x x x Macadâmia - Macadamia integrifolia, mtetraphylla perene x x x x x Mamão - Carica papaya L. perene x x x x x x x Manga - Mangifera indica L. perene x x x x x x x x x Maracujá - Passifora spp. perene x x x x x Palmito pupunha - Bactris gasipaes perene x x x Uva - Vitis vinifera perene x x x x x
SolosSolos
Parâmetros de temperatura, fertilidade do solo e demanda hídrica - espécies florestais
Espécies florestaisTemperatura média (ºC) Fertilidade do solo Demanda hídrica
22 - 26 18 - 22 14 - 18 alta média baixa alta média baixa
Acacia auriculiformis X X X Acacia longifolia X X X Acacia mangium X X X X X Albizia guachapelle X X X X Albizia lebbek X X X X X X XAlgaroba - Prosopis juliflora X X X X X XAndiroba - Carapa guianensis X X X Angico vermelho - Piptadenia macrocarpa
X X X X X
Bracatinga - Mimosa scabrella X X X Canafístula - Peltophorum dubium X X X X XEucalipto - Eucalyptus camaldulensis X X XEucalipto - Eucalyptus cloesiana X X X Gliricidia sepium X X X X X X Guapuruvu - Schizolobium parahyba X X X Ingá - Inga marginata X X X X X Jacarandá da bahia - Dalbergia nigra X X X Leucena - Leucaena leucocephala X X X X X Maricá - Mimosa bimucronata X X X X X Pau-jacaré - Piptadenia gonoacantha X X X X X X Sabiá - Mimosa caesalpinaefolia X X X X X X XSibipiruna - Caesalpinia peltophoroides X X X Sombreiro - Clitoria fairchildiana X X X X X Vinhático - Plathymenia foliolosa X X X X
Fonte: Golfari & Pinheiro Neto (1980); Barros et al. (1990); Lorenzi (1992) e Carpanezzi (1996).
SolosSolosEspécies florestais
FAIXA LITORÂNEA
AI1 AI1b AI2 AI2b AS1 AS1b AS2 AS3 AS4 AS4b LP1b LP2 LA LAb HO HOb PA1 PA2 PA2b RN RNbm
Acacia auriculiformis x xAcacia longifolia x xAcacia mangium x xAlbizia guachapelle Albizia lebbek x xAlgaroba - Prosopis juliflora x x x x x x x xAndiroba - Carapa guianensis x x x x x x xAngico vermelho - Piptadenia macrocarpa x x x x x x x xAnthocephalus cadamba x x x xBracatinga - Mimosa scabrella x xCanafístula - Peltophorum dubium x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x xEucalipto – E. camaldulensis x x x x x xEucalipto – E. cloesiana x x xGliricidia sepium x xGuapuruvu - Schizolobium parahyba x xIngá - Inga marginata x x x x xJacarandá-da-bahia - Dalbergia nigra x x x x x x xLeucena - Leucaena leucocephala x x x x x x x xMaricá - Mimosa bimucronata x x x x xPau-jacaré - Piptadenia gonoacantha x xSabiá - Mimosa caesalpinaefolia x x x x x x x xSibipiruna - Caesalpinia peltophoroides Sombreiro - Clitoria fairchildiana x x x x xVinhático - Plathymenia foliolosa x x x x x
Indicação de espécies florestais
SolosSolos
Parâmetros de temperatura, fertilidade do solo e demanda hídrica - forrageiras
Gramíneas e leguminosas forrageirasTemperat média (C) Fertilidade do solo Demanda hídrica*22-26 18-22 14-
18alta média baixa alta média baixa
Amendoim bravo – Arachis pintoi X X X Aveia forrageira – Avena spp. X X X Calopogônio – Calopogonium mucunoides X X X Capim angola – Brachiaria mutica X X X Capim braquiarão – Brachiaria brizantha cv. Marandu X X X X Capim braquiária de morro - Brachiaria decumbens X X X X Capim coast-cross – Cynodon dactylon x C. nlemfuensis X X X Capim colonião - Panicum maximum cv. Colonião X X X X Capim elefante – Pennisetum purpureum X X X X Capim estrela africana - Cynodon nlemfuensis X X X Capim massai - Panicum maximum cv. Massai X X X X Capim mombaça - Panicum maximum cv. Mombaça X X X X Capim pentziana - Digitaria pentzii x D. milangiana X X X Capim quicuio - Brachiaria humidicola X X X X Capim suázi - Digitaria suazilandensis X X X X Capim survenola - Digitaria umfolozi X X X Capim tanzânia - Panicum maximum cv. Tanzânia 1 X X X X Capim tifton 85 - Cynodon spp. X X X X Centrosema, jitirana – Centrosema pubescens X X X X Desmodium ovalifolium X X X Estilosantes - Stylosanthes spp. X X XGalactia – Galactia striata X X X XGuandu – Cajanus cajan X X X XKudzu tropical – Pueraria phaseoloides var. Javanica X X X Lablab - Dolichos lab-lab X X X X Mucuna preta - Stizolobium aterrimum X X X Siratro – Macroptilium atropurpureum X X X Soja perene - Neonotonia Wightii X X X
SolosSolos
Indicação de gramíneas e leguminosas forrageiras
Gramíneas e leguminosas forrageiras FAIXA LITORÂNEAAI1 AI1b AI2 AI2b AS1 AS1b AS2 AS3 AS4 AS4b LP1b LP2 LA LAb HO HOb PA1 PA2 PA2b
Amendoim bravo - Arachis pintoi x x x x x x x x x x x x x x x x xAveia forrageira – Avena spp. Calopogônio - Calopogonium mucunoides x x x x x x x x x x x x x x x x x xCapim angola - Brachiaria mutica x x x x x x x x x xCapim braquiarão - Brachiaria brizantha cv. Marandu x x x x x x x xCapim braquiária de morro - Brachiaria decumbens x x x x x x x xCapim coast-cross - Cynodon dactilon x C. nlemfuensis x x x x x x x x x x x x x x x x x xCapim colonião - Panicum maximum cv. Colonião x x x x xCapim elefante - Pennisetum purpureum x x x x x x x x x x x x x xCapim estrela africana - Cynodon nlemfuensis x x x x x x x x x x x x x x x x x xCapim massai - Panicum maximum cv. Massai x x x x xCapim mombaça - Panicum maximum cv. Mombaça x x x x x x x x x x x x x xCapim pentziana - Digitaria pentzii x D. milangiana x x x x x x x x x x x x x x x x x xCapim quicuio - Brachiaria humidicula x x x x x x x x x x x x x x x x x xCapim suázi - Digitaria swazilandensis x x x x x x x x x x x x x x x x x x xCapim survenola - Digitaria X umfolozi x x x x x x x x x x x x x x x x x x xCapim tanzânia - Panicum maximum cv. Tanzânia x x x x xCapim tifton 85 - Cynodon spp. x x x x x x x x x x x x x x x x x xCentrosema, jitirana - Centrosema pubescens x x x x x x x x x x x x x x x x xDesmodium ovalifolium x x x x x x x x x xEstilosantes - Stylosanthes spp. x x x x x x x xGalactia - Galactia striata x x x x x x x xGuandu – Cajanus cajan x x x x x x x xKudzu tropical - Pueraria phaseoloides, P. javanica x x x x x x x x x x x x x x x x x xLablab - Dolichos lab-lab x x x x x x x xMucuna preta - Stizolobium aterrimum x x xSiratro - Macroptilium atropurpureum x x x x x x x xSoja perene - Neonotonia wightii x x x x x x x x
SolosSolosCAFÉ E FRUTICULTURA
SoloTopografiaDrenagem
• Coffea canephora Pierre, cv. Robusta• Fruticultura tropical irrigada – abacaxi, coco, goiaba,graviola, mamão, manga, maracujá ...
• Coffea arabica L.• Fruticultura temperada - ameixa, caqui,maça, nectarina (variedade aurojima ...),nêspera, pera, pêssego ...
SolosSolosPastagens – Gramíneas e Leguminosas Forrageiras
• Adaptadas a terrenos moderadamente drenados – estrela africana, suázi, tifton 85, mombaça, cana forrageira, calopogônio, amendoim bravo …
• Tolerantes ao encharcamento - angola, suázi …
• Pouco protetoras do solo contra a erosão (hábito cespitoso) - elefante, tanzânia, mombaça, massai, colonião, amendoim bravo, estilosantes …
• Protetoras do solo contra a erosão (hábito estolonífero) - suázi, braquiárias, estrela africana …
SolosSolos Morro do Radar – Aeroporto do Galeão
Principais Problemas
• Taludes de corte expostos
• Topo do Morro decapitado
• Erosão em sulcos e voçorocas
• Sistema de drenagem danificado
Fonte: Andrade et al. (2004)
SolosSolos Morro do Radar – Aeroporto do Galeão
SolosSolos
2004
2000
Recomposição da vegetação no Morro do Radar
SolosSolosLevantamento de reconhecimento de baixa intensidade dos solos do
estado do Rio de Janeiro (escala 1:250.000)
Disponível em: http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/139517/1/BPD-
32-Levantamento-Solos-Rio-de-Janeiro.pdf
Zoneamento agroecológico do estado do Rio de Janeiro – ano 2003
(escala 1:250.000)
Disponível em:
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/338523/1/
bpd332003zoneamentorj.pdf
Contato
Site do SAC da Embrapa: https://www.embrapa.br/fale-conosco/sac/
Telefone do SAC da Embrapa Solos: (21) 21794507