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S. Paulo, 28 de Junho de 1913

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J. Á^EVEBa & Q.MiM- w*,. wwn . 32 - Endereço Telegrapliica "LOIEflPW,,

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Ordem das extracçoes de Junho

co83 DIAS Maio? PfEÇO

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Segunda-feiraíi v-~ Cf)

20:0000000

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1$800 Meios a |9p0

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yGrande suecesso dnsiliilns «le BiU7zü....

Snr. Bruzzi & C.Eio de Janeiro

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Levo ao conhecimento de voees que tenho applicado em muitas pessoas que soffertdo « gonorrhéas » as Pilulas de Bruzzi, atodos que dellas tem feito uso tem obtidocura radical, venho portanto, felicial-os protão útil medicamento. &

Jequiriçá, 4 de março de 1912.• | Coronel Leonel Marques de Magalhãeà venda em todas as drogarias e pharma.

cias, nos depositários, Bruzzi & Comoíuà do Hospiciò; 144 — Em S. Paulo, Dro

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¦^ Junho de 1913

PIRRALHOhm^àiàmmamimmàÊmààÊÍàâmtm)mÊlmm^^

Asslgnatura por Anno 10^000. Caixa do Correio, 1026NUMERO 97

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^-^»C*-_ rO*^.^^^__MS__""*^^ ^^**^B,!___P-*__^r

Semanário Ulustradod'i_aso;tanoia >« « «« ? ::> « « > oYidontf

Redacção: Roa 15 Novembro, 5Q-!

0 caso da Noroestee o sr. üníonio Azevedo

es ¦..

Anda o sr. Azeredo trabalhandono sentido de obter do sr. ministro daViaçao o pagamento dos 1.200 contosinjustamente pedidos pela CompanhiaNoroeste do Brasil e que com muitarazão foram recusados pelo sr. Bar-bosa Gonçalves.

O senador matto-grossense, queainda ha pouco falava em patriotis-mo, dedicação, etc, esquece-se de queo Brasil aetualmente anda a braçoscom uma crise financeira assustadorae vae matreiramente patrocinar umafalcatrua em beneficio de uma com-panhia que já deve ao Thesouro aimportante cifra de 12.800.000 francosde adeantamento.

Mas tudo se pôde esperar da entou-rage sórdida do marechal, desses ven-dilhões i^nobí-i*- Hpnfr<_ ne .-».--..- _.*_-*_»"*v•_••-•_• _•___.i _. v/o -_-_ítt__ I C"salta como figura de primeira gran-deza o director do Malho cafageste.

Por isso não se assustem si umdia ou outro fôr decretada a fallenciado Brasil.

Coisas da BuaNestes dias da semana que corre a

minha boa Rua — essa minha amadabondosa que tantas e tantas emoçõesme tem dado, deu-me muito pouco.

Houve dias de um nublado garoen-to e enervante; dias em que tudo nosapparecia envolvido na gaze londrinaque só São Paulo sabe ter, mas emcompensação houve dias. dois ou trezapenas, deu uns meios dias formosos equentes* no dizer gracioso de ManoelCarlos, dias em que em estyletes dou-rados o sol se desfaz, e vem nos en-trar pelo nosso corpo a dentro, tra-zendo-nos o fogo animador, vivifiçan-

. ¦

te, enthusiasía e convidativo para ascoisas pagas da Vida.

Houve pjis tudo isto, mas não foia Rua quem me deu. Deu-me a na-tureza, «a mãe piedosa e pura» dosversos magistraes de Olavo Bilac.

A Rua me deu dois factos. O pri-meiro, foi o São João banalissimo dacapital.

Nao foi um São João. Só nc inte-rior, ao lado de uma fogueira; n'umafazenda, no ermo longínquo das capi-taes, se pôde apreciar o folguedo bomde um S. João. Ha muito disto. Festasha, que na capital destoam.

Não servem para o bronhaha dasgrandes cidades. Portanto, afora essebanalissimo S. João de Capital, comfogos, bulões, traques e pistolões fria-mente soltados, o que a Rua me deude mais importante foi a -extracção daLoteria de um milhão de francos.

A anciedade era um facto. Um pro-prietario de casa loterica, encheu acidade de bandas de musica. Fanfar-ras enchiam o ar; as casas lotericas comflores e bandeirinhas, os cambistas aannunciar os últimos pedacinhos, tudoisso trazia um certo ar de anciedadee inquietação na paz suave destas cal-mas ruas de São Paulo. Sobretudoum proprietário de casa loterica eudevo bemdizer aqui. Foi um que es-parramou pela cidade diversas bandasde musica.

Eram philarmonicas desafinadas deoito a dez figuras mas, mesmo assimtraziam nos seus desafinamentos umar festivo para a cidade. Era a lote-ria.

Cada vez que um pobre diabo quetinha no bolso um bilhete da tal lote-ria, ouvia as notas quentes de um do-brado ou de uma marcha na rua,punha-se a scismar e a fazer castelíos.Antevia-se rico. Comprava o mundo.Ia ao Rio, transportava para São Pauloo Pão d'Assucar; comprava o bosque

da Saude; seria barão, fidalgo, homemde lettras, acabaria com o prestigiodo general Machado; seria tudo, tu-do neste paiz azarento de incompe-tentes e de tratantes. Terminava a mu-sica ou quebravam-se e sumiam se aolonge as derradeiras notas da philar-monica eo pobre diabo deixava descismar. Era melhor. Aproximava-sea hora da extracção. Em frente as ca-sas lotericas a aglomeração era gran-de. Indivíduos que tinham compradobilhetes com o maior sacrificio, ou-tros que os haviam por ambição,outros que os haviam de presente, em-fim, todos andavam pela sorte, todosesperavam-n'a.

Correu a loteria. Passava eu nesseinstante em frente a uma casa loterica.Vi então que um preto collocava umcartaz com os seguintes dizeres: ven-dido aqui. Dalli a pouco passava euem frente a outra casa de bilhetes eiitn /-»iifr.outro venaiuo aqui eu vi e io-ram tantos os vendido aqui quantasas casas de loteria de S. Paulo. Aca-bei acreditando, convencidamente, quea sorte tivesse sahido lá na China.

Emfim, a loteria correu. Com ella,muita illusão, muito plano bom, mui-ta vingança, muito ódio, muita espe-rança, muito sonho formoso tomboue correu tambem. E foi isto que arua esta semana me deu.

Mãrcus Priscus

Correio PaulistanoEntrou ante-hontem no seu 60.° an-

niversario o Correio Paulistano, or-gão do partido republicano paulista.

Ao dr. Carlos de Campos e a todosos redactores do importante matutino,O Pirralho envia abraços e felicita-ções.

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O " Pirralho „tenta salvar a nação

Tantas*e tantas voltas deu a~politica queo «[Pirralho » damnou com a" historia e re-solveu empregar toda a sua astucia e ener-

gia para resolver a crise, « para bem do

povo e felicidade geral da Nação ». Esta

phrase não é do « Pirralho >. I' de D. Pe-dro I.

Nestas louváveis'.disposições, enfiou o cha-

peu na cabeça, dirigiu-se ao Bar Itália, pe-diu um chopp e poz-se a architectar o seu

plano de acção.

O « Pirralho > foi immediatamente] bus-car o dr. Jota Jota, que em dois tempos

pol-o fora de perigo, só com um começo deleitura de um principio de artigo seu...

': í, .-«'íi}- ' .'•*

Depois, de muito pensar, exclamou:— Não tem duvida / as cousas estão pre-

tas. E' prenso collocar na presidência umhomem « topetudo >. Ora, «topetudo » é oCapitão; portanto era o Capitão o homem

que lhe servia. - —i—

escolha dos candidatos resolveu Radiar parajoutro dia. E assim fez.

Porem, uma medida se impunha comurgência e era afastar o Campos Salles da

Tomou um taxi e escachou p'ra casa doCapitão. Em poucas palavras expoz-lhe omotivo que o levava lá.

' O sr. é o pilar da garantia nacional, opáu de cebo sobre o qual deverão escorre-gar todas as paixões politicas e todos ospoliticos, inclusive o Pinheiro Machado; apombinha branca que deverá levar o ramode oliveira ao seio das massas agitadas ».

P*3 W=^Êwrinha.

Depois de reflectir alguns minutos agar-rou no Benedicto, um pretinho que foi seucompanheiro da escola, porque não ha quem

Não tem que ver! o Jota Jota é «cumuloda literatice !

Depois deste incidente o « Pirralho »', judicicsamente concluiu que o Capitão nãoservia p'ra presidente, porque tinha verti-

gem e abriu o pala.Só á porta foi que elle reparou qúe Capi-

tão rima com tição, tição é preto, logo oCapitão nasceu na África.

Mas, tivesse elle nascido na África ou naAbssyn'a, o que era preciso era achar umhomem competente para candidato á presi-dencia.

O Capitão, que era topetudo tinha ver-tigens. Tratava-se portanto de arranjar umhomem sem topete.

Olhou em volta e viu, impávido e sem to-pete, sem topete e impávido, mas de car-tolla, o dr. Cartolla de Almeida.

Era portanto elle o homem do momento.T>* =_TL_ - ntror-nn T-iQVfl.¦ ii, > mi ii ,11, ¦ , . ., ; . _Sem vaeillações o « rirramo * avança p

sua exa. e de chapéu na mão, enfia-lhe a2.a edição do discurso infringido ao Capitão,trocando, já se vê, Capitão por dr. Car-tolla.

Acceitol exclamou o Cartolla enthusias-mado e desembestoa pela rua a fora.

O Capitão babava eomo cachorro louco,hermificado pela eloqüência do « Pirralho >.

« De encontro ao seu magestoso topete,deverão quebrar-se as ondas revoltas da po-liticagem e sobre os seus hombros largoscomo os passeios da Avenida, deverá' aguen-tar o bancarrota nacional.

Capitão !!! patriota excelso I! eu o convidopara pr esidente da Republica! »

O Capitão desabou sobre o chão, « verti-ginosamente >.

M

' ._^^^m-f^&Bmwamammm3mMrmwmmm»*mm^^mm'^P,^t

não tenha tido um pretinho por compa-nheiro de escola e mandou-o com um bilhe-tinho ao Campos Salles.

Dizia:« Campos Salles,

« Devido a motivos de ordem. superior,« philosophica, transcendente e de morali-« dade publica, intimo-o a desistir immedia-« tamente da sua candidatura á presidente.

« EÜ (Chefe da Mão Negra) i

Tudo isto e mais a precaução der ser o

¦mi i"iw i um i -• —y*—i

bilhetinho entregue pela mão do Benedicto,atravez da janella foram a causa de um

grande susto a S. Exa. e em seguida estou-rou a bomba. S. Exa. desistiu.

Amen.

O Chico Salles vae dedicar-se á li-teractura com todo o afinco. Parainiciar o seu estudo elle escolheu aobra de José de Alencar, Minas deprata.

Está louco! pensou o « Pirralho ».Já a um quarteirão de distancia S. Exa.

voltou-se e gritou:— Vou jú dar um consta pelo « Commer

cio *.Safa I presidente jornalista nem a páu,

disse o « Pirralho >.Em vista portanto da sua má sorte na

Um leitorNão pubblicamos a Divagação que

nos enviou, porque não queremos en-farar os nossos leitores.

O sr. tem geito p'ra cousa,-mas émais spau do que o authentico Silviode Almeida.

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ANGBL© eUNTU'' í ' i ,'''.'¦; :'.' O ; ' Bilhetes a D, Engracia_^TS-w^Nà^^_^VN_-?N-<—Vt A. í"»í -V

__ Ângelo. .Cantú, o joven rjintòr que ha alguns mezes é nosso hospede,abriu á rua de S. Bento a süa exposição. Cento e tantas telas (óleo, água-rella), algumas simples estudos, outras trabalhos acabados, quadros de con-cepção. A' primeira vista, quem visita a exposição sente que o sr. Cantú éantes de tudo pintor de retratos. Ha paysagens ali, diversas mesmas que sãobem cuidadas, tem perspectiva linear e aérea, feitas largamente, e que seriamapreciadas se não estivessem ao lado de quadros de figura que são trabalhosde mestre. ., ¦ ;

Entre as figuras ha um quadro grande, Uma senhora, que |e talvez o

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Exma. sra.De uns dias para cá, exma. sra.,

ando impossível: inquieto, neurasthernico, abespinhado mesmo.

Não sei a que causa attribuir esfemeu mal e por mais que eu dê tra-tos á bola, não descubro a solução.

Eu que não sou um triste, que,quando escrevo não costumo vestirde luto ás minhas írases (escrevo comtinta azul) e nem emprego palavrasroxas nas palestras, eu emfim que souum gozador da vida, tenho sentidonestes últimos dias um aborrecimentoprofundo, uma nostalgia deletéria.

A politica que atormenta nesta horamilhares e milhares de espíritos a mimnão me dá cuidado, porque em mate-ria de politica eu sou um desligado,sem allusão aos colligados.

O frio que aos velhos e aos cache-ticos faz muito mal aos moços comoéh dá saúde e vigor. Gosto dessesdias de inverno que começam brumo-sos e tristes e que ao meio dia, des-feita a nevoa da manhã, esplendemcheios de luz e de côr, convidando,-nos a amar e a fruir a vida, com to-dos os seus encantos e deslumbra-mentos.

P*f*JM_?W,Wíf^*Çr,t'!

ciou da exposição: uma muiher de preto que calça luvas pretas. Apenas umpedaço do braço á mostra, mas que se sente que é carne. A cabeça é bemcuidada e talvez o modelo auxiliasse muito o artista, porque é bello.

Desastre na mina, tambem grande, que já figurou em Milão, é umbello trabalho quanto á execução e quanto á concepção. Um mineiro, decostas, esforça-se por livrar-se de uma pedra que lhe abateu sobre as pernas.Os companheiros auxiliam-no. No rosto de úm destes (figura quasi de perfil)ha uma dolorosa expressão de angustia; O estudo para este quadro é primo-roso assim como o que serviu para o bispo.

Ultimo raio de sói. Figura de tuberculoso, mãos atiladas, quasi transpa-rentes. O oihar que se fixa dolorosamente para um ponto distante e o narizaquilíno dos moribundos contrastam com a figura triste e bella da mulher.Os amadores de quadros românticos devem de aprecial-o. O ambiente é sug-gestivo: um tom só, mas com gradações, nuances.

Moleque e menino (11 e 42): dois trabalhos de artista. Destes, têm-sea impressão que o artista ao pintal-os estava bem longe de pensar em vendei-os. São trabalhos que um artista não executa para mercantizàl-os. Sapateiro:deste podemos dizer o mesmo que das duas cabeças de creança. E' banal

E nem ás mignardises suaves e

quentes da minha amada me falta-ram nestes últimos dias em que tudome correu ás mil maravilhas.

E assim poderia fali ar de um milhãode cousas e não encontraria a causado meu enfaro.

Nao encontraria, exma. sra., massem querer encontrei, porque me re-feri a um milhão, e lembrei-me domilhão de francos da loteria de SãoJoão a que eu era um dos mais ga-nanciosos pretendentes.

Não ha duvida nenhuma, fòi o meubilhete branco que me trouxe o tédio...

Jaciniho Góes.

Consta que é candidato á vicepresidência da Republica o sr. Fon-seca Hermes.

Irra ! Tudo se pôde aturar, menosós reverso xlo Exmo. Hermes da Fon-seca..

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pelo assumpto, mas é bem ill.uminado e a cabeça é tratada] com largueza.Sob o mo, Tirando o mo, Engraçadinha, Moça do Friuli são encantadores.69 e 0, typos árabes e quasi todos os trabalhos de figura mereciam .seraqui citados e só o nâo fazemos para termos espaçopara dizermos das água-rellas e dos retratos feitos em S. Paulo.

18 — Estudo, c'orso de mulher adoravelrnente desenhado, aguarella gua-chada; Sahindo do banho, mulher calçando os cothurncs, Kimono, Romaria.Gitanita, Cigarro e esse nú delicioso que é Reflexos de cores. Os estudos donú (a olep) Sonhando e despertando são palpitantes.

Passemos aos retratos executados em S. Paulo:M.nie Pinotti-Gàmbà e M.me Cáhtú: ambos muito bem feitos, bem cui-

dado o desenho, muita semelhança, sobretudo o primeiro.Nestor Pestana: é um bello trabalho este, feito com muita arte e de

semelhança extraordinária, Lembramo-nos de um retrato deste jornalista cjije,si não nos fallia a memória, figurou na 2.a exposição brazileira. pra fjmjácjpjppr um desses trombeteados pela imprensa: pois, sobre ser iim mpjijãopétintas, parecia muito pouco com ó modelo.

Prof Chiaffarelli: Atravez o brilho do crystal dqs pciilos, sente-se obrilho humido dos olhos do maestro. A pose é n|t||'f||jyjn^|'j ààpntà$Q,escrevendo, em véspera de compor talvez, ouvindo j|]p? jjfl$

' mejpdjg jpn-ginqua ...

Mello Abreu: retrato de perfil. Neste entrqj} irjaj.s ç\m em nenhumoutro a itião do artista; a barba está num ttájMJjè àjjfí níp é cjo mpçlejo,mas que dá ao retrato um certo não sei que. w mujtp âFtistjçp.

Dr. Freitas Valle: de uma semelhança ex^pf^jngfià1; ££rh degçnhaçjp,sobriamente feito, mas ha muito máo gosto ipte írp^Hp. Q modelo gstáassentado, de frente, pernas cruzadas, á uma gl§ejr|t§||- ^§ty!p epísçppáí,muito alta. E cjepois, ha um mpnogramma fjfí ourp na çadèirà: é assimcomo que ha nobreza na republica. E' um tr#|a||ip''$& mestrç Ià|n| Cljfftenha por contrapeso essa cadeira esquisita.

Para terminar, falemos do nr° 41, Cáb^a. de neai:Q. E' esse preto çjaLight, esse velhinho quasi tão popular cofíp pprelg í^eonçiQ. E'fetto apinceladas e parece que não foi desenhado, pqj§ serjtè-sé gua!qiier coisa de mo-4eJado nessas linhas esbatidas. E' Uma maravflh^'. A impressão qüe tivemosdai exposição Ângelo Caritú foi a de quem vi trabalhos de arte. Na maioriaestudos, estudos feitos por quem quer se aperfeiçoar § nãó çiiída muito' dosuecesso monetário. E! a mesma seriedade artistiça do snr= Sopa Pliiíp.

Com os nossos applausos ficam os desejos q^e fazemos pelo „sucícesso artístico do joven pintor.

SPORTS if \

Manifestação Lacerda Frmçg

__________T__PiM__f . *______! _-F.*.:/--B ___________

FooUBailtíealispu-se domingo, no ground dp Parque

Antarotica, o encontro ei. írè o J.^ e 2.° teainsdo Corintthiáns e do Cantos FooÊ-Ball Cliujbda visinha cidade de Santos.

0 jogo como era de esperar, pouco ounenhum interesse despertou, pois, a f ajj.a de"trainings'' era visível cie ambos ps lados.

Por sua vez o tempo esteve péssimo e aconcurreneia foi muito pequena.

Qbteye a victoria no 1.° team a equipede Santps ppr pU e nos 2.° teams a do/Pprinjjhians" por 2 a 0.

A* Á. das PalmeirasJà repararam nos freqifêptes trainings deste

plub?Pudera! Com aquelle «team? °_ue tem jo-

gado p sympathiçp clulb e sem trftininjs, oquehaveria??l?í*-"í'Íil'

AmericanoConsta que brevemente deve embarcar pa-

ra a Argentina p «equipe» deste club capi-taneado pelo Decio.

puidado com a sova!... Os gringos nãosão biseoutps!

.Paulistanolio dia 6 de Julho jogara novamente para

este club o formidável "beck" Asbury quefoi á Europa, expressamente fazer "trai-ninjs".

Parabéns!

MaokenzieOs sympathicos meninos desta associação

ficaram zangados com a derrota, do Palmeiras:Não foi nada pois bem certo ó o dictado:

Eirà melhor quem rir ppr ultimo.Eaçam trainings e esperem com paciência.

E verão no fim....

IHoçKevI.ealisa*se hoje na pista do querido c'Ska-

ting Palace" o primeiro encontro entre psteams do ;Skating e os Wlinte Star..

Os teams são* os seguintes: ; .,.-... j

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ití '01

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;.0• ¦•-¦( •" n,-. - .i i i .;_Í

SkatingPlínio

Kant ArpucheWlinte Stan

í-ftkyrErasnio r- Rudge y-

Pico — Andréas —. Duprat.,hueta Romana

*i * .Sabemos de fonte limpa, que um grupode distinotos rapazes da "eíite" paulistana

- .está formando uma associação para cultivaros sports e entre elles o salutar sport dalúcta romana, o box tênis etc../

¦ • •¦ - • • ". '

•• ¦ "•

Felicitamos os jovens "sportsmans" pau-S. Excia. entre o coronel Francisco Barbosa e o Presidente da Camara listas portão bella idéia.

*T rj

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kmmá SUGGEST0ES OH LUZ

Nesta manhã clara, estivai,A etherea vastidão azul do espaço ambiente,Torna-se, ao meu olhar, límpida e transparenteComo se fosse de crystal.

Tudo palpita e esplende á uma ascenção do solQue, do levante ao poente, o céo todo illumina,Na apotheose do dia, entreabrindo a cortinaDos nimbos roseos do arrebol.

A luz do sol, com o seu calorLevado por um raio atravez de uma fresta,Vai acordar no seio augusto da florestaA anciã da vida pelo amor.

E, as boas arvores, então,A esse beijo de luz que as anima e arrebata,Estremeceu de amor no coração da matta,Como si os vegetaes tivessem coração.

Tudo desperta para amar:Arvores maternaes que dão fructo e dão sombra,Arbustos e cipós, musgos e relva da alfombra ...E a matta virgem lembra o mar...

i

Um mar que já se affez aos próprios temporaes,Verde, de ondas em flor, é o que nos dá a imagemDa selva a oscillação constante da folhagem,Na confusão dos vegetaes.

A' luz do sol, a alma pagaDa floresta ama e sente, e a esse amor impolluto,

Fremem na florea fronde a folha, a flor e o fructo,Ao fresco orvalho da manhã.

Em cada umbroso gonfalão,Onde o orvalho scintilla em pérolas, em bolhasDe luz, o sol empresta ao concavo das folhasÁureas fulgurações de pennas de pavão.

Arvores verdes, troncos nus...Tudo novas feições e novas fôrmas toma:A luz tenta ser côr, a côr quer ser aromaE o aroma anceia por ser luz.

..;:.•!.

Tudo se transfigura, ante a gloria do azul,Nesta linda manhan, tudo vive de amoresDesde a arvore a vergar de fructos e de floresAos glaucos limos do paul...

YYYY"''-.

Para a floresta o sol é o amor,Que em beijos virginaes lhe dá novos aspectos,Enchendo-a de canções, com os pássaros e insectosQue ella possue no seio em flor.

E' assim que tudo quer amar; 'ílrftE, em anceios sensuaes, desejos e carinhos, -.;,,•;<Noivam os vegetaes, e os pássaros nos ninhos..,b;üE ha beijos na floresta e ruflos de azas no ar.

Na alma feliz de cada ser,Nesta linda manhã, luminosa e garrida,A luz do sol desperta a alegria da vida.— Que dia bom para eu morrer!

BA GOSTA E SILVA.

momento político

Dr. Joaquim Miguel, o ex secretario daFazenda.

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©s nossos instantâneos

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^^ DE eHMftROTE ^=—pcilace Theatre

Jtlexandre de JlzevedoE' um dos typos mais sympathicos

da Companhia Adelina Abranches etambém um dos seus melhores ele-mentos.

E' tão fino como cômico, quantopreciso e intelligente em suas crea-ções dramáticas.

A' primeira vista vê-se que è umapaixonado pela arte e um estudioso.

No < Crime de uma mulher honesta»,peça do gênero Grand-Ouignol hauma scena em que elle nos faz sentir arealidade da vida. E' na morte do ban-queiro, apunhalado pela mulher doseu empregado.

Quem jà teve a desventura de verum homem cahir varado por umapunhala.da, agonizante, não pode ne-gar que Alexandre de Azevedo inter-petra a scena com muita exactidão.

Todos os e3tertoreS; todas as afilie-çôes da agonia, o sangue que lhe sobe

.¦'¦-, ''-¦ '¦¦:F *"..-'-V .¦ - ; '-"¦¦:.' •~''-\±-:>'- *;¦'-%¦*""- ' -"^¦¦V *"-*"íV-';: - ¦Nw,

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hora, sem vacillações, sem um minutode descuido, o estado psychologi-co e physiologico de um typo anor-malisado pei a mudança bruta decondições mesologicas, de um inglezque, sahindo do nevoeiro irio de Lon-dres, se acha de repente mettido nofundo da África, e que soffoca.

No entretanto, na «Menina do Cho-colate» e nas « Aventuras do sr. Ta-vares, é o cômico fino, que sabe ti-rar partido das menores situações.

No primeiro acto da « Menina doChocolate», quando sob a pelle dePaul Normand se encontra, pela pri-meira vez a sós com Suzanna Lápis-tolle tem uma scena admirável, emque só com o jogo da physionomiafaz rir durante cinco minutos, a pia-téa toda.

E' emfim um digno companheiroda extraordinária Adelina Abranches.

JOuciano de CastroLnc'ano do Castro ó o artista que nasceu

artistaAs suas creações são expontâneas, cheias

de franqueza e realidade. Para cada typoque compõe tem elle uma voz difüerente.

Faz desaparecer as suas qualidades pes-soaes, para em lugar d'ella surgir as do per-sonagem que interpreta. E é isto que maisque tudo nos faz admirar Luciano de Castropois commumente, se o artista tem umgesto qualquer característico, um certo mo-do de dizer as cousss, transmitte a todas assuas creações este gesto e este modo. E' o

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»**s»»ssaMBffffT*ra' -i iJãam9BmímímiímmmmmmJsimiSmmmmmWfm^>^^f^^^ ja r, *| MU

á garganta e o faz soffocar,os desfalecimentos e os Iam-pejos da vida prestes a se a-pagar, tudo elle reproduz in-telligentemente, conscieciosa-mente.

Na « Grande Morte » outrapeça do gênero Grand-Guignolelle sabe conservar durante apeça toda, por toda uma meia

que absolutamente não se dà com Luciano-de Castro.

Na peça "Amanhã" do dr. Manoel Laran-geira, um acto de estude social, que muitorecommenda o seu auetor, Luciano de Cas-tro tem uma creação assombrosa.

Aquelle typo de alcoólico philosopho, querouba para matar a fome de um companheirode infortúnio; que conta com voz cavernosao motivo por que é gatuno, e como todos osgatunos vieram a ser, fal-o Luciano com umanaturalidade espantosa. Faz-nos arrepiar oscabellos quando conta a historia do garoti-nho que encontrara cahido na calçada, comfome.

Jà na "Menina do Chocolate" é comple-tamente outro. E' o velho libertino em quetudo é futil.

O andar, a physionomia, os gestos, tudoó novo.

Nas "Aventuras do sr. Tavares" nos mos-tra elle um outro typo de bêbado em quenão ha nem sombras do bêbado do "Ama-nhã". E' um typo já inteiramente differente.

E assim são todas as creações do grandeartista que com Adelina Abranches se vêatirado deante de uma platea inculta, aplatea habitual dos theatros por sessões,,que os não sabem apreciar devidamente.

S. JoséQuarta-feira realisou a sua festa artística

a sympathica c intelligente actriz-cantoraMizzi Wirth, um dos melhores elementos dacompanhia allemã, Tuscher que com tantosuceesso trabalha neste theatro.

As localidades estavam todas tomadas e-à graciosa seratante foram feitas as" mais ca-lorosas ovacões e offerecidos muitos mimosde valor.

polyfhGcimaA duas semanas não damos noticias dos

espectaculos do Polytheama.Não loi por descuido. Apenas falta de es-

paço. Gostamos muito dos espectaculos doexplendido chantant, somos habitues de là ecomo nós todos os que não se deitam as 9 danoite e que têm um boceadinho de bomgosto, o Gonçalves ò tão amável ... O pro-gramma destas ultimas semanas está explen-dido. Geraldos, os duetfcistas brasileiros, ap-plaudissimos; Novelli, a querida Divette, íris,Clysis, a sugestiva dançarina egypciana Gil-berte, Fantini, Iette Arlys, Lea Bianchi, agraciosa mulher de corpo esculptural, queè bisada um milhão de vezes, Francined'Albe, enfim todas as divettes e, o impaga-vel anão na Tourada hilariante dos seuscães. Demais, mesmo que o Polytheama nãotivesse bom programma, tem a fina e esco-lhida assistência feminina. Belezas como aFarmy e outras, lá estão todas as noitesrvirando a cabeça de muita gente bôa.

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SShW-mm_ãfí

_J *•</.

Metaes da Liga—o-

Quem sabe lá que diabo d'isto é aquillo !W um complicado e hostil sacco de gatosEssa colligação... de candidatos,Que desune um partido, para unil-o.

Ha-os de todo geito e todo estylo:Ladrões, traidores, transfugas e ingratos;piy% soldados, brancos e mulatos...(Não vai aqui uma allusão aó Nilo).

Todos tem a ambição como destine...Mas si ao Brazil aguardam novos males,Dos males o maior sabe-o o Sabino:

Minas querer saccar um desses vaíes:O Bueno, que ... requinta de 0ut o finoOu a prata de casa: o Chicp §aHes.

t$U CHALEIRA,

Concursou.-*

¦ ¦ .

4e feiúra

t.

JUsta semana p correio trouxe-nos uma quan-#*3a«> enorme de yptqs. Os feips estão ter-aivelmente assediacjps. Votos por todos os la-•Ç.0-. P resultado desta semana foi o seguinte :.Antônio Souza Valle.ÍVanc-isco Ganaargo PenteadoDr. J. M. Sampaio Vian$a .T>\\ Fernando Goiqes.¦___•= • VJUompnico -aLiigtirami .-Wepqeslau £e QueirozDr. José Martins Pinheiro Júnior•Gustavo Oliva.Aristides Arruda PilhoDr. TJlysses Paranhos-Francisco ArantesCorrêa Vasques QQ"Wolgrand

Nogueira . . ,Dr, Vidal de Aguiajr.Luiz Feliciano de Toledo .Adolpho PereiraXaurindo de Brito ,I3dú Chaves. .Dr. Mario Henriques BarrosoPlinio de BarrosA.ntònio Pinheiro LisbpaFrancisco Carvalho .TBtoani Lacerda,'Sebastião Li.ntzfcra JSetto .,tynli Vieira .•Optavip, Ççiel^p; .•Jlpsó Martins BpnilhaDr. José Getulio Junio?.¦ÍQS^ Antonip da Silva%. Q$ém lippes, dps Anjoa*

Juvenal* de Andrade .^Braz de Souza Arruda

Dr. Nardy FilhoDr. Júlio Marieato . . .Ocjilon Egydio do Amaral SouzaFranklin Imunes 1

1

f CASA FREIRE

Qu v*i ou racha l^ Com vinagre não se apanham moscasMascaras aochloll 0 ^^SZtl'^brecarregado: os alugueis são exorbitantes'as despezas excessivas. Mas que diabo ! paSque esconder mais: o negoeiínte é nmZr-me polvo com garganta de giboia!. .P Nãoha lucro que o contente ! tudo é pouco nadalhe chega 1 Quê gente ! Livra I Vamos darneste mez, o nosso balanço geral, e por issoresolvemos fa** „m grande

ge seisivel aba"timento em todas as mercadorias do nossostocfc - para desse modo provarmos' que ossrao^9-****"***-diz-*» •«

Oceasião única 1 Orgia de coisas palpitan-tíCs!

^ucura de preços! Não habem que sempre dure !... Aproveitar ! Apro-

LJ0**0 ilde f?íça' e íem ° ¥™™ tam'bem de olho... Homem enérgico, caboclodannado, tem-lhe resistido ás manhas !.„ Ahmnndo velho! se toda a gente fosse assim,não haveria tanta falta de um homem parapremente dajftepnblic*,,. «Um fraco governofaz fraca a forte gente.» ' p

üÉ^ídMtff^' ètèÍÈà mefa**finos e objectos para presentes.

ledos á CASA FBEIBE ao monosdarem a vista um momento de gozo.para

:'._Oiífii. *7..:

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« O Pirralho »

CONCUBSQ BE FEIUBAQual'é, na opinião de v. exa. o moço

mais feio de S. Paulo?

.«<* de São Bento, 3t~£fCASA FKEIEE

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Manifestação Lacerda Franep• .•,

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ií'i ,. Os^ manifestantes sahindo da Santa Casa de Misericórdia¦«.'.

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Manifestação Lacerda Franco

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$ Homenagem — Eu queria vêr'; que gosto-tem. Só o Buy que recebe' sempre.

h7^Dftr,,^;LET^AI / . -Imagem — Quando a gente olha no -es-

. pelho vê.r ,<;'?|ír^v", xuia

•_JE* aquillo que eu ganhei. ?0smeus inimigos ficaram com uma raiva, por-que^não""ganharam^tambem.

Iwf"" ¦ - Coisa que puxa. Petropolis é uminifTr

¦úMííWsLETRA J

Jardim ÍJÍ Lugar plantado de plantas e-arvores.

Jasmim — Flor branca, bonita e cheirosa.como eu. *. :

-..-. Jarro— E' parecido com vaso.

t*.«W ¦¦¦¦*¦ -j-v¦ji »\ *:-, íjj/à Sensacional

tó'As senhoritas de Itatiba, tambem gostam do Senador [Lacerda Franco]

DICCIQMRIQ DO HERMES(editado pelo Pirralho)

LETRA A

rj>í{|'í í i * K >

Gaiola — E' a casa dos passarinhos.

LETRA !I

Herva — B*. o capim doméstico.jjonra _ E' uma coisa que se lava com

Felicidade- E* quando a gente é feliz.Folga — Quando eu era sargento eu tinha.

LETRA G iGastronomo - Sujeito que gasta muito.;Gazolina — Coisa que faz andar os auto-

Aguardente — E' a água quando sáe do m0veis.fogão.

¦ Aza — E' aquillo que o pássaro voa.Amendoim — Ih! é gostoso.

LETRA BTtaceavat — -Togo de roleta.ml- Si é da policia é policial, si sangue, porque cem água nao sae

ó do exercito é exercitai.Binóculo — Coisa p'ra enxergar perto nos

theatros. *.:LETRA V

Comia — E' a irmã do rabo.Cauãilho — Cauda pequena. Não sei por-

que que o Pinheiro é.Cadeia — Lugar onde estão os presos.

Chamam a Camara de cadeia velha; não sei

porque, lá não tem nenhum preso.

: ^ v LETRA DDente — Osso que serve p' ra mastigar.Pigmtão— E* o contrario de indigestão.Dedo — Tem nos pés e nas mãos.Os dos pés chamam-se pedestres e os das

mãos manuaes.LETRA E

Era _ Quer dizer que já foi.Emilia — Nome de malher.Emilio — Nome de homem.

:•.> :t^^i:;;#l|.jETRA FFabrica— Lugar onde se faz chapéu, fita,

e até meias.

A Gazeta, descarregando furibunda-mente as suas iras sobre o costadodo sr. Martim Francisco, falou inci-dentemente e com muito pouco res-peito no nome do extraordinário hu-morista Mark Twain. :r

Nada temos com o deputado peloquarto districto, mas não podemos-admittir que a Gazeta pelo facto deestar vergastando um politico paulis-ta, aproveite o ensejo, para sem maisaquella, offender a memória de umhumorista consagrado.

Aqui fica, por tanto, o nosso re-paro e estamos certos de que a jusíl-ça nunca desmentida dos redactoresda Gazeta leval-os-á a uma rectifica-

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Manifestação Lacerda Franco nr

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Grupo de manifestantes

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.____9f"È____.

ANARCHIA, SUCIALISMOLITERATURA, VERVIAFUTURISMO, CAVACO»

"'"^(íi?^'

Organo Indipendento do flbax'o Pigues i do Bó RçtiroPRORPIETÁ DA SUCIETÁ ANÔNIMA JUÓ BANANÈRE & CÜMPANIA

Re.attore e Diretfore: 1Ü0' BAHANÊRE

A festa íiê a gaza miaOS. Juò

Altrodí io stavo pènsano unamanióra di pgá utraveiz agon-sidorüçó suciali che io pirdi purcausa do çaçinato da Juóquna.

Ma, porca miséria, io giá stódannado c* oa pocrisia da su-cietá.

Aóra, só pur causa de ioamatá a molhére ninguê maisequó aparlá cuminigo; tuttosmunno vira atraiz da squinaquano mi inxerga.

Ah! ma io giá sê! illos fugedi mim pur causa che io sópovero. Se io era ricco ugualicome o Benteado i- o gondi diPrateso, intó, tuttos munno, sópur causa di mi adula tenia dii guspí inzima o gadevero daJuóquína.

E^ pur istu amutive che a.genti fica çaçino! Pur causadapocrisia suciale.

Tambê os narclriste i tambeos socialiste só os produttimoda tale pocrisia.E' a mesíma robba uguali

come o uómo co gaxorro.A genti tê un gaxorro i inco-mincia di abate nelli; di tucáelli di casa, di guspi n*elli, diafazê illo larga do osso, ecc,ecc, eco. Intó illo dá o strido imordi a genti.

Stá bó I si a sucietà gontinuaa mi abusa io mordo ella,prontto.

Eh I ma dexa stá I Águas pas-satã non vira muigno. I vamostrata da a festa.

Uh I ma che festa t chique >che io urganisê.

Primiére io mande afazó oscunvitto co prugrammo.Teann a. nnvrn, di (ipnn-

1913 REDAÇQ* IFICIÍIA: Largo do Abafo Pigues piga^o co migaforio

o

H

vida o signore p'ra sisti,oggi, as otto ores da notte,a migna festa che io dó in-da a migna gaza.Cua stima da cunsideraçó

Juó Bn.nanére

jornaliste(Trágico di rigoro)

PWÇJíjftfò-Feata, do sig JnóBananére, pur causa dodia di San Juó.

OGGI Terça fiera OGGI24 di Giugrio_

0 maiore succes-o da epuca. SombrosoüI.ft PARTI

— P oguêra di San Juó, conduas garroça di legna imezza lata di garozeno.Tê tambê batata doce p'raassa na fuguêra.

-— Dança atraiz da fuguêra-Tarantella, zamba i ma*xixi. Tudo dança ! I.

— Cardo di galligna con ponintaliano.-\_accaroni c'oa pomma-•' rolía ingopp.aBiffi a cavallo i sê ca-

vallo.Tudo molto bê fetto.Chi fiz fui a Gurmeli-

gna mia figlia, guzigneraformada p'ra scuola dinormaliste.Fin da primeira parle

5 minutes di iotervaüio2.a PARTI

— Bringadèra di fogo na gia-nella. Pistoló, bombigna,vurcò di' mintira, rodi-nha ecc. ecc.

Tudo bringa!— Prenda, berlindima, divi-

nhaço i lenço gueimado.— Champagno infarsifigato.— Dizê adeuse p'ru dono da

a gaza e i s'imbora.Intó io pigué istus cunvitu i

mande p'ra tuttos minhos ami-go. Mande p'ru cumpadro Ca-pito, p'ru Garonello, minha eu-madra. p'ru Radigero, ptruDio-nisio, p'ru Gartolla, p*ni Spen-sero Vapr'elli, p'ru XiquignoMisquito, p'ru Belizaro, p'ruDidi ecc. ecc. ... s ¦ .

Aóra, quano xigô as otto oresda notte, fui unia billeza. Te-nia garrc_, tamoveis, bondi ituttas specie di vermiculo apa-rado inda a porta, che tenia tra-zido os acunvidado.

As nove ores da notte inco-minciò a feste e'un,disgursimodu Bepipno mio figlio.

Uh ! che piqueno indisgraziatop'ra inventa un disgurso. Apar-Ia piare d*una sogra quello lt-dró di gallinha.

Disposa fumos p*ra fuguêra ipiguêmos fogo neÜa.

Uli! mamma miál che billezalparecia piore di uno inzendio.

As batata stralava eu fogo, oCapito cantava o Vê cá mula-

ta !..., o Piedadó scuitava i oRudigero tambê.

a^__g *Io stavo assano as batata.Disposa piguêmos di danzá.

Io danzê uma bunita tarantellac'oa Marietta ingommadere, cheó migna piquena i o Bargionasechi tambê stava anamorando aminha guzignera, danzó c'oella.

Uhl che fregio gustoso!...

c^-o i^ .

També na ore da ceia fuiotro fregio. O Piedadó s'ingas-gô pur causa di cume nn leitointerigne. O Bargionase fiz nudiscurso inlogiano a Gurmeli-gna i o Capito xuró di intusias-mino.

Nu intervalio cunversemos dapulitica, do çaçinato du tenentoGilligna i tambê dus tempo dainfância.

— Eh I sô Capito! vucê sialembra aquilla vez chi noisinfurquemos a scuola i fumostumá bagno no sgotto, eh! dissiio.

— Uh! si mi allembro ! Stavatambê o Luigi Vampa che miapagnô uma brutta sova purcausa che io impurrê illo den-tro d'água.

Che brutta farra I!...I fumos curversano ató in-

commiciá traveiz a festa.Inda a 2a. parti un maise cotu-

ba furo as divignaçó.

Bar BaróCHOP GERIUIl » 200 reis

Pissoalo / Vamos bringá dedivinhaçó ! Uh! vamoses, vnmo-ses! gridaro tuttos. Intó io in-cominció.

Tá bó ! Intó mi diga o chió una cosa que tê gara di gontimaise non ó genti; tê gabellodi negro maise non é negro ió molto maise feio do maestroBrotero !

E' o Casarunhes grito oCapito.

Mintira 1 é o Pinhére Maxucado.

I o chi é.una cosa chi têuna barbigna molto bunitigna,uns zoglios uguali come duoslampió, i tuttas minina bunittanamora elli? priguntó o Pie-dado.

,—Giá sê! ó o Pipoca!— Non è! sô io.

¦— Intó mi arisponda, dissiio. O chi é una cosa chi têrabbo uguali come o boi maisenon é boi ; tê xifri uguali comeò boi maise non é boi; tê quat-tros pó uguali come o boi maisenon ó boi!

E' lifanto! dissi o Capito!;-—¦ E' gabra! gridó o Rudi-

gero. Non é-I ó garnero, aparlôo Dionisio..,

Uh! ninguê divinhô... óvacca.

. I aóra mi diga : — Chi ó chié burro maise non tê gara diburro; é gretino i tê gara diprisidento da Republiga...

E' o Hermeze da Funzega !spramô ò tPiralhu >.

Molto bê, sô t Piralhu »!o signore ó un minino, maise óintiligenti come uno indisgra-ziato. Gustó da notta!

I aóra p'ra cala a festa, midiga una cos.a Ondi é a gazachi tê lá inda a rua di _.anRento 29 A e dove tê garabinaWinchester maise ligitima i maismaise barato!

E' a gaza D. Roque daSilva; gridáro tuttos no mesimotempo.

TaíJ tuttos munne già sabechi o D. Roque é o!ímigliorebaratióre do 1'Universimo.

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Adelina AbranchesEu também fui vêr Adelina Abran-

ches. Havia pouca gente no theatro eapesar do frio intenso que fazia, o pu-blico não quiz esquentar as mãos, ba-tendo palmas á extraordinária artistaportugueza.

Subia á scena o Gaiato de Lisboa,peça de concepção medíocre e cheiade sentimentalismo vulgar, mas quedesperta certo interesse por se resti-mir quasi que exclusivamente numahabilidosa façanha de um gaiato in-telligente e perspicaz.

E quando o typo desse gaiato en-diabrado é composto por Adelina A-branches, a par do certo interesse quedesperta a peça, sente-se um enthusias-mo forte e vibrante pela magistralcreaçao da consagrada artista.

Tudo é perfeito no trabalho de Ade-lina Abranches.

A velha artista sob as vestes da-quelle gaiato, pula, salta, grita, sapa-teia como um garoto genuíno e nosmenores esgares, no mais insignificantedos movimentos, ria inflexão da voz,em tudo emfim ella se revela de umanaturalidade assombrosa e patenteiauma arte requintada, toda feita1 de es-tudo atilado.e observação intelligente.

Mas não foi só enthusiasmo que eusenti, vendo Adelina trabalhar; tive

também um pezar, urn grande pezarconsiderando que uma artista extraor-dinaria como Adelina Abranches tra-balha por sessões, para um publicodiminuto e indifferente á sua arte fina.e subtil.

Porque, digo-o francamente, perantepúblicos intelligentes, Adelina Abran-ches poderia apresentar-se somente como Gaiato de L;sboa, que. lh_ estariamreservados sempre os mais retumban-tes successos, porque para o seu tri-umpho mais completo e ruidoso, bastaa creação estupenda daquefle gavrocheesperto e insinuante.

Entretanto, em São Paulo, ella passaquasi que completamente despercebi-da, trabalhando por sessões como esses chocarreiros das companhias mana-bembes, que nos visitam, mas que ain-da assim são mais felizes do que ellaporque logram ter um publico nume-

.roso que app'aude, inconsciente, âssuas bamboehatas e patuscadas. ¦

Mas Adelina Abranches não atirapérolas a porcos e aos applaúsos deuma multidão ignara prefere as sin-ceras manifestações desse exiguo nu-mero de pessoas que vibra com ascoisas da arte e que reconhecendo oseu talento, applaude-a com fervor re-ligioso e com eloqüente enthusiasmo.

J. A. LAMEGO.

NO BAR BARON

A única defesa do Marechal'¦',¥;

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Mais um ?

Cinema-Theafre Sfa. CecíliaEealizou-se hontem no magnífico" theatri-

nho da rua da Immaculadi Conceição a se-gunda recita do Grêmio Dramático Sta. Ce-cilia, associação composti de distinctos ra-pazes, com o fim de dar uma serie de espectaculos em beneficio d«_ obras da Egrejade St*. Cecilia.

As peças são sempre escolhidas com cui-dado, e a interpretação que lhes tem dadoos distinctos rapazes tem sido bastante in-telligente.

Não ó injusta pois a bella concurreuciaque teem tido.

Hontem levaram duas comediazinhas emum «cto: Não consultes medico, de Machadode Assis e Simplicio Castanha e Comp. de J.Câmara.

Do esplendido intermezzo, destacava-se omonólogo Varredorojnunicipalo escripto pelonosso companheiro Juó Bananóre.

0 cafagéste:.Qual! Seo Doto Figueira tá perdendo tempo. P'fà de-lendê o Herme só memo porrete e navaia. Isso é cum nois.,.

O caso da PrataO sr. Chico Salles entrando numa

confeitaria diz ao proprietário:O sr. tem queijo ?Sim Senhor.E' de Minas?De Minas não tenho mais, só te-

nho prata.O sr. Salles embatucou e enfiando

o rabo entre as pernas lá se foi semolhar p'ra traz, indignado com o pobreconfeiteiro.

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