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N.° 164 S. Paulo, 5 de Dezembro de 1914 ANNO IV

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O FILHO PRÓDIGO... .^

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Wenceslau volta aos braços do povo.-

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m O PIRRALHO ®

A FELICIDADESociedade Mutua de Pecúlios por NASCIMENTOS, CASAMENTOS e MORTALIDADE

Approváda e autorizada a funccionar em toda a Republica pelos decretos Ns. 10.470 e 10.706

PECÚLIOS PAGOS MAIS DE 35Q:000$000

Todos os que se inscreverem até 31 de Dezembro de 1914, nas séries de casamento

receberão os pecúlios um anno depois da inscripção.

J)epois da inscripção os mutualisias podem casar quando qmzerem.

Quem se inscrever nas séries de nascimento, até o fim do corrente anno, será chamado 10

meses depois da inscripção e receberá de uma só ves o pecúlio que lhe couber. .-

õ nascimento pode dar-se em qualquer tempo.

. Todo o sócio que propuser outro para a sua série terá a seu credito a importância de

cinco contribuições. Depois de completas as séries, por cada oito chamadas feitas, a .sociedade

dispensará as contribuições dos mutualistas para as duas chamadas immediatas. j; j.

Sede Social: RUA S. BENTO N. 47 (sob.) -Caixa Postal, U - Telephone, 2588-=— SÃO PAULO \ \

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Das marcas mais conhecidasSáo estas que causam fé:As mais fortes, mais queridas,São marcas T(enaulf e gerliet

São os melhores da praça!Pasmem todos! Vejam só!Pois custam quasi de graçaOs autos gerliet e Renault

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mPedidos: CASA ANTUNES DOS SANTOS - Rua Direita N. 41

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S. Paulo, 5 de Dezembro de 1914Numero 164

J^^G~^^^^^S? WWSemanário lllustrado

de Importânciao evidente

RedacçãoRUA 15 DE NOVEMBRO, 50-B

Caixa do Correio, 1026

IS PRIMEIRAS VICTORIAS

Quando o sr. Wenceslau Braz assu-miu o governo nós dissemos por estascolumnas que a situação era de es-pectativa.

E tinhamos razão, porque exami-nando com calma o momento políticoviamos que não era possivel ao novopresidente romper de sopetão as hos-tilidades contra o caudilho e a suagente.

A prudência vale mais do que aaudácia e o sr. Wenceslau Braz pre-feriu condescender, evitando assimconseqüências desagradáveis, que na-turalmente, adviriam de uma intran-sigencia firme e resoluta.

Que o novo presidente esteja dis-posto a fazer um governo serio e ho-nesto já não mais se duvida, pois queminicia uma administração escorraçandoos Jangotes e investindo contra o fa-migerado P. R. C. dá uma excellenteprova de si e só pode merecer o apo-io e a confiança de todos quantos mou-rojam sinceramente pela grandeza daPátria.

Em poucos dias de governo o sr.AVenceslan Braz já conseguiu muitasvictorias, mas outras muitas ainda lheestão reservadas.

Que elle continue, portanto, a go-vernar com o direito e com a justiça,combatendo de vez o predominio ne-fasto do caudilho, que o povo estarásempre ao seu lado, erguendo-lhe vi-vas e entoando-lhe hymnos.

E' bonita mas muito namoradeira,diziam a respeito de Rosa, as suas vi-sinhas e se passassem a descrever oseu physico, numa dessas reuniões demoças do mesmo bairro, onde o as-

sumpto principal e quasi exclusivo éfalar da vida alheia, salientavam logoseu nari zinho arrebitado.

Pobre Rosa! ás vezes coitada, numapostura angelical com a alma puraa trescalar innocencia preparava sualição de piano, quando de súbito es-tremecia sentindo um calor exquisitosubir-lhe ao rosto e pouco depois tinhaas orelhas em braza; chorava a po-brezita — o que fiz eu para merecertamanha censura de minhas amigui-nhas!

Namoradeira... e entre lagrimas do-ridas contava á sua inseparável Julia,a infeliz historia de seu primeiro amor.

— Estávamos eu e Pedro no jardhrjcontemplando a natureza tão lindanaquella tarde, admirávamos em ex-tase o beijo de despedida do sol áterra e ante esse extraordinário espec-taculo sentimos ambos nossos coraçõesinvadidos por essa poesia infinita deum occaso de Abril.

Passamos juntos algumas horas es-quecidas na doce illusão de uma feli-cidade completa e innocente.

Mezes depois, Pedro partia, arre-messando de encontro a mihh'almao rosário de esperanças mallogradas.

Data de sua partida a minha infe-licidade!

Julia, esforçando-se por não chorar,abraçava-a ternamente e enxugava assentidas lagrimas de Rosa.

|4ota Politiea

A fuga do caudilho ou é um planoestratégico ou é o aniquillamento...

Dizem que, toda vez que o espiritosatânico do caudilho Machado, querpremeditar algum crime contra a Pa-

tria e a Republica, é na sua solitáriafazenda de Campos que o maior inimi-

go da Pátria, conspira. •

Achamos nisso, un fundo muito lo-

gico. Espirito que se ceva constan-temente no sangue de muitos crimes,só mesmo numa fazenda, ao lado decapangas analphabetos, palia ao hom-bro, bebendo quentes e jogando o truque,só num sitio assim pôde se sentir bem.O caudilho Machado está no seu ele-mento.

Da mesma forma Ruy Barbosa., noremanso da sua bibliotheca, alma che-ia do grande desejo de bem servir aPátria, se sente feliz, produzindo nassuas concepções luminosas o bem do

paiz, fazendo respirar pelos seus pul-mões a opinião da totalidade dos bra-sileiros.

É por isso que o Snr. WenceslauBraz, reflectindo com certeza sobreessas coisas todas, mostra-se dispostoa abandonar o caudilho que machinacontra a Pátria e se unir ao extraor-dinario Ruy, cuja alma nobre e espi-rito rutilante, viveram ao serviçoda Pátria e da Republica.

Outras significações não poderiam tera attitude do Presidente da Republicaanimando e acoroçoando a magníficaapotheose a Ruy Barbosa no dia 28,a retribuição da visita do SenadorBernardo Monteiro pelo conselheirobahiano, o. reconhecimento dos depu-tados paulistas, a harmonia e amizadedo conselheiro Rodrigues Alves com oSnr. Wenceslau e a annunciada visitado chefe do partido liberal ao Cattete.

Convença-se o Snr. Wenceslau de

que, para se unir ao povo brasileiroelle só tem uma medida a adoptar:unir-se ao conselheiro Ruy Barbosa,hoje intimamente mais do que nunca,ligado á opinião nacional.

Para traz pois, com o caudilhismo!...

D.

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AS CARTAS D'ABAM 0 PIQUES

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A prontidó.

Porca miséria,sô dottore! o si-ffnore sabi o chié a prontidó?

A prontidó éun fattimo chi agenti non tê néun tosto nu bor-ço p'ra cumpraunas banana!

Ma che banana!!... né p'ra andainzima o garadura!

Aóra anda una brutta pidemia diprontidó, pur causa da cunfrigaçóoropéia!

Os pissoalo lá da Oropa pigáro tuttosaramo da genti, p'ra cumpra bala ipórva p'ra a guerra i a genti inveizfico na prontidó!

Ma non é só ista as gausa da pron-tido; tê ancora outras gausa moltoimpurtanti come per insempio: — Osgatunagio do Funzega Hermeze i vir-çeverça.

Virçeverça é o Hermeze da Funzega.Tambê o Juó Lagio arrubô p'ra

burro!Tê alê disso a grisia du caffe. A

grisia do caffe si chi é ingraçadima,pur causa chi quano o caffe gustavaventi massoni a arôba, a genti xigavap'ra un fazendiére i gumprimentavaelli: — Bon di só garonello!

Illo inveiz né ligava p'ra genti.Apassava duro come una statua . dimarfigno!

Os otello, os gaffé, o Municipalostavo tutto xiigno di garonello.

Oggi inveiz tutto stá mudado!Os goronello só us pobre rebentadoChi anda p'ra rua umirdementeApidíno una smola p'ra gente.

Bó! istu só os mutive da grisia!Aóra vamos a vê as gunçeguenza.

As gunçeguenza só as falença, asquebradêra, os gatunagio i a prontidó.

Per insempio: — As falença tive ofalecimento da Ingorporadôra, da Gum-

pania Raraquara i també o mignosaló stá in pirighio di falecimente purcausa che o pissoalo non manda maisefazê as barba, che stá tuttos prontona prontidó.

Ahi stá a difíerença entri a falençai a prontidó. A prontidó é quano agenti non tê dignêro i a falença équano a genti tê un negozio i nonpodi asustentá a nota e intó tê di ficha,sino, temos di acunversa co Lacarato.

O gatunagio inveiz é quano o pis-soálo stá cun fome i vai arubá bananap'ra cume.

Ma o principali é a prontidó, purcausa che a prontidó é un male ge-nerale. Tuttos munno anda pronto.

A genti xega p'ra un gompagnêrei pregunta p'ra elli:

Eh! Duardo! vucê vai nu cinema?Che cinema ni nada! Se io tenia

quinhentó p'ra í nu cinema, io ivainveiz p'ra Oropa!

A genti xiga p'ru Belardo i dizep'relli:

Eh! Belardo! vamos pigá unschoppigno ?

Che schoppigno né nada! Non tegnoné un tosto p'ra pigá o garadura!

A genti vai i pregunta p'ru Cezara:Vamoses nu Municipale, Cezara?Stó prontimo!

Porca miséria! Tuttos munno stáprontimo!...

Juó Bananere

CORNELIO PIRES*a£sZi>S<^

") < .

Conferências caipiras promo-vidas pelo pirralho.

Brevemente.

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CIÚMES EM BERLIM

**—' .¦: - -m>^?—-»^rg-^.-—- ., .y t iji^ifv-txsmmmwtSBmmmmimnmmm-mmm^mmB'. -raa—»«w<

— INFAME, TRAIDOR ! DE QUEM É ESTA TRANÇA ?

NÃO MINTA. — ONDE ESTÁ ELLA?

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NOTAS DE ARTE

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GUIOMAR NOVAES E BELEAH DE ANDRADA

A fiOSSA ENQÜETfi

na próximo numero iniciaremos a publicação das respostas ánessa sensacional enquête.

£ provável que seja o sr. Gomes dos Santos o primeiro a respon-der aos quesitos formulados pelo Pirralho sobre a personalidade de

fradique mendes.>

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O PIRE A LHO

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ii

ULISSESA Vicente de Carvalho

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Ulisses, rei de Ithaca, enrija o dorso hercúleo,Vae ao cerco de Tróia., e aos gregos auxilia.Rouba o Palladio e encontra Achilles, certo dia,Mau grado em Scilos se ache e o traje dissimule-o.

Quando a Frigia deixou, ferido pelo aculeoDe dez annos de lucta, esteve em companhiaDe Circe e de Calipso, e a prudência e ousadia,Vencera Polifemo e o velho Mar ceruleo.

Destróe-lhe Eolo as naus. E o heróe, como á ternura,Das Sereias, fugiu, na taboa em qu-í se atraca.,Foge ás ondas e então Penélope procura.Tudo, tudo venceu de empecilho a empecilhoPara depois, no fim da vida, o rei de Ithaca,Vir a sei- morto emfim polo sou próprio filho...

MEDUSABella mal a envolvendo a chlamide, MedusaOra, tem a, attracção de um peccado mortal.E vendo-a, assim Neptuno, altiva, e sem rival,Sacrilego, num templo, illude-a, c dei'a abusa.

E Minerva, que a vê deshonrada e confusa,Seus cabellos transforma em cobras, por seu mal,E deu-lhe, por seu bem, dom sobrenaturalDe a p?dra converter quem a mire ou seduza.

Mas um dia Perseo, antes que ella, o aprizione,Com um talar de Mercúrio, o golpe estuda, e, então,Deccpa-lhe a cabeça, e morre assim Gorgone.E nasceu do seu sangue esse corcel infrene,— O Pégaso famoso, o qual, ferindo o chão,Fez delle rebentar a fonte de Hippocrene...

AFRODITEDeusa, filha, do Mar! quantos dias felizesAlcançou, quanto amor, quantas glorias brilhantes,Nos braços de Vulcano e nos braços de Anchises,Ou mostrando se bella aos deuses e aos amantes! .Com o cesto, um talisman, nos excelsos paizes,Venceu heróes, venceu delfins, venceu gigantes...Do Eleusis toda a corte, eleitos e infelizes,Rojava-se-lhe aos pés a todos os instantes.Em Lesbos e Amathonta, em Pafos e Cithéra,Teve templos e fama, e nella o povo, em coro,Rendeu culto ao Prazer, á Loucura e á Chimera...E em mil peitos abriu mil paixões e mil chagas,Desde quando, alva e núa, esparsa a trança de ouro,Nasceu, em pleno mar de espumas e de vagas...

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Outubro, 1914.Nuto Sant'anna

s

HERALDO VIEIRA BARBOSA

Por telegramma particular foi re-cebida a dolorosa noticia do falleci-mento de Heraldo Barbosa, nossodistincto collega, que se achava, apasseio em Buenos Ayres.

RJ

Heraldo, possuidor do bella, intelli-gencia e dotado dos melhores predica-dos de moral, era, estimadissimo nestaCapital, onde installou sua, tenda, dotrabalho, após haver abandonado acarreira militar.

A noticia impressionou dolorosamenteos seus innumeros amigos.

A' Ex.m!l família, os nossos pezames.

Todos os clias elles passeavam pelaalameda longa e sombria, ciciando do-ces palavras de amor, beijando-se ar-dentemente e phantasiando um futurocôr de rosa, desses tão risonhos e bel-los qne se desmancham ao sopro domais leve raciocínio...

Um dia em que o idyllio parecia maisarrebatado, ella abraçou-o com forçacontra o seu peito e elle zangou-se di-zendo-lhe: "Não me apertes assim con-tra o teu peito, porque me amarro-tas a camisa nova''...

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O PIRRALHO mm

"PIRRALHO" SOC1A1

Domingo passado, diatetrico e nevoento, nadahouve digno de registro,sob o ponto de vista chie.Não se fallando das cor-ridas do Prado, e da reu-nião no Velodromo, ne-nhuma diversão maishouve onde predominas-se o elemento electro-po-sitivo.

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Solennisando a data do anniversario de

sua gentilissima filha a senhorita MarinaMonteiro, que acaba de terminar com gran-de brilhantismo o seu curso na Escola Nor-mal, tendo obtido as notas mais distinetas,o dr. João Monteiro Júnior reuniu sabbadoultimo em sua residência, á rua 13 de Maio294, varias famílias de suas relações, offere-cendo-lhes uma agradável festa.

Notamos a presença de mesdanies: Mata-razzo, Duarte Azevedo, Amaral Gama; mlles.Noemia e Lavinia Fonseca, Dulce e GildaDuarte de Azevedo, Leonor Leitão, MarinaMonteiro, Esther Mesquita, e cavalheiros:srs. dr. Aureliano do Amaral, dr. EdgardRedondo Nascimento, Ango Amaral Gama,Manoel Nóbrega, Carlos de Toledo Piza,dr. Benjamin Monteiro, dr. Souza QueirozMeyer, F. Matarazzo, F. Matarazzo Júniore coronel Duarte Azevedo.

A festa esteve realmente encantadora, ten-do mlle. Marina Monteiro recebido vivasfelicitações de todos os presentes. .

He _4c .-kiA festa de encerramento das aulas do Con-

servatorio Dramático e Musical de S. Paulo,esteve, como as anteriores, brilhantíssima.A assistência, cpie era selecta, applaudiu osabramos que tomaram parte no progi anima,

que foi desempenhado fielmente.Sa'ientarani-se mlles. Maria Dinorah de

Carvalho, Rosa Pimenta, Nobelina Galvão eMaria Lúcia da Silva, que possuem umaexecução admirável e um bello temperamentoartístico.

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M'le., naquelle dia de festa, estava verda-doii\tmente feliz.

Al.i, na sala de visitas, mlle., com os seus

grandes olhos negros fitando o tecto, pare-cia alheia a tudo que a rodeava, e o seu

pensamento parecia voar...Voar por não sei que paragens luminosas,

para se fixar talvez na imagem de alguém

por quem palpita o seu coração. E mr., tam-bom contemplando extaticamente a sua figu-

rinha insinuante, lembrou-se do passado,desse passado cheio de scenas emocionantesde um amor puro, e que depois morreu, co-mo si tora uma corolla perfumada crestada

pelo sol impiedoso...E mlle. ria. Era feliz.E mr. chorava, por que perdera o seu amor,

as suas aspirações... E essas lagrimas quederramara eram como uma aza branca, pai-rando sobre as ruinas da sua desventuraimmen^a...

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O Club Concórdia realizará no próximodia 6 de Janeiro, mais uma de suas partidasdansantes.

A nossa fina sociedade ja se prepara comenthusiasmo pava assistir a essa festa doConcórdia que, a julgar-se pelas que atéagora tem dado, será brilhantíssima.

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Os nossos instantâneos'_t_ü ___""**'_f

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te, o diploma de cirurgião dentista, E' sports-man afamado, sendo dos melhores foot-bal-lers brasileiros.

Em questões de coração é dos mais cons-tantes, sendo inimigo figadal do flirt, porquanto não aprecia também o sentimenta-lismo piegas, apanágio dos namorados de1830. Nesse ponto podemos dizer de mr. omesmo que o poeta disse do seu amigo:

«A constância por dom ou por divisa,cConi perfeição o G. R. symbolisa.

Para termina ¦ diremos que mr. é noivo,realizando brevemente as suas nob:es aspi-rações.

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Mlle. M. M. C.

Baixinha, olhos peq lenos e castanhos, mi-

gnon, pés de japoneza, morena e bem sym-

pathica, mlle. é queridinha de todos.Não perde as soirées chies do Rink, onde

sempre vae em companhia de sua mana gen-tilissima, como, aliás em toda parte. Filhade um dos mais conceituados clínicos cieS. Paulo, mlle. preferiu antes ser professora,que seguir a carreira de seu illustre proge-nitor. Nesse particular, cremos que mlle. fezbem, pois que a medicina é carreira muitoescabrosa para ser abraçada por quem temuma alma tão cândida como ml e.

Ha dias, vendo-a no triângulo, alguémse lembrou dos versos do poeta:

«Cândida toda dos pés até a cabeçacCândida toda da cabeça aos pés.

De res»o, traja-se com apurado gosto e édas moças mais elegantes de S. Paulo.

Mr. G. R.

Mr. é dos rapazes mais bem quistos de

S. Paulo, ja pelo seu gênio expansivo e ale-

gre, ja pelas qualidades optimas que exor-

nam o seu bello caracter.E' insinuante e maneiroso, e sua physio-

nomia sympathica denota logo á primeiravista um coração generoso e uma bella alma,

não obstante o rifão do poeta:«De caras a corações«Ha muitas léguas que andar.

Nas:eu na gloriosa França, vindo creança

para o nosso paiz. E aqui permanece até

hoje, tendo conquistado, num curso brilhan-

Os nossos instantâneos

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O PIRRALHO

Jà|£ .5*2. ^lc

Infeliz Sagitário:Lamento profundamente a tua desgraça

immensa. Sinto muito que a tua adorada teaband nasse no caminho, e te obrigasse aconversar na solidão, com a tua própria dôr.Mas, que fazer? Que remédio lia para essa

perniciosa enfermidade, que tanto te abatee contrista?

E's religioso? Si não o és, suicida-te.Recordas-te do monólogo do Hamlet? Se-guea sua doutrina. Philosoplia um pouco, quedepois concluirás por buscares na ponta friade um punhal o término da tua afflicçãoimmensa...

Os nossos instantâneos

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V i " ^^wÊB\ m

O Elite-Club, a fina associação que acabade se reorganisar em S. Paulo, realizará, na

próxima terça-feira, 8, uma festa campestrena Acclimação. A' frente do Elite está umadistincta e esforçada directoria, que por certolevará a effeito uma festa magnifica, comosempre foram as partidas daquella associa-ção, na sua primeira phase. A directoria pe-de, por nosso intermédio, aos srs. sócios queainda não estão munidos de ingresso, o ob-sequio de comparecerem á rua 15 de Novem-bro, 24, sala 3, primeiro andar.

Recommenda-nos ainda a commissão pro-motora façamos publico que a entrada nojardim é permittida unicamente aos sóciose convidados.

O objectivo da commissõo, tomando essealvitre, é evitar a intromissão de pessoasextranhas, no local da festa, facto que muitopode affectar o bom nome da sociedade, quuás vezes se vê na contingência de responderpor actos que lhe não affectam absolutamente.

E' pois, louvável o alvitre tomado pelacommissão podendo assim pessoas que lácomparecerem gosar as delicias de uma agra-davel festa, na certeza de que estão em boasociedade.

Exemplo digno cie imitação por parte dassociedades congêneres é esse que o Eliteacaba de tomar, para tranqüilidade de quemnão se sujei a a criticas por parte de pes-soas alieias á sociedade...

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Solennisando a data natalicia do fundadorda Assoc ação Protectora da Infância Desvn-lida, Barão de Souza Queiroz, e commemo-ranclo o encerramento do anno lectivo, oInstituto D. Aima Hosa realizará no proxi-mo dia 8 uma festa para a qual recebemosamave' convite, assignado pelo actual presi-dente, senador Albuquerque Lins.

programma, que está bem organisado,abedecerá a ordem seguinte:

I PARTE ás 11 horas

— Hymno Nacional pela Banda do Jnsli-tido

— Discurso de Saudação aos Bemf eitores

pelo alumno Ozório Bocha

— Hymno do Instituto D. Anna Rosa (can-to) acompanhado pela Banda

— 0 Batalhão comedia (cômica)— Caminho das fer'as (poesia) pelo atum-

no José CaccoG — Phantasia para clarinette pelo alumno,

Eulalio de Oliveira

7—De castigo (poesia) pelo alumno LuizMarcondes

<S — Resposta á D. Nicola (poesia)pelo alum-no Armando Pinto

9 — Mazurka - La Mascotte pela banda doInstituto

10 — As 6 caricaturas pelo alumno BenedicíoI. SanfAnna

11 - Minha Terra (poesia) pelo alumno Al-cides de Carvalho

12 — Phantasia para bombardino pelo alum-no Ct/pria no Lncci

II PARTE cie 1 ás 2 horas

Evoluções militares pelo batalhão infantil

(Souza Queiroz)

III PARTE de 2 ás 4 1/2 horas

— Revolta da Armada comedia - cômica

—Pela Pátria (poesia) pelo alumno Alva-ro Conceição

— Phantasia para flautim João Motta

— 0 Trabalho (poesia) pelo alumno Fer-nando Moraes

—Caridade (poesia) pelo alumno RuyLouzadas

— Diabo Vermelho (Phantasia) pela banda

— 0 meu e o teu (poesia) pelo alumnoAbel de Menezes

—Oração de um menino (poesia) peloalumno João de Masio

— Phantasia para piston pelo alumno Mi-

guel Leite

10 — Discurso de despedida pelo alumnoMiguel Feite

11 — Carlos Pacheco (dobrado) pela bandaDISTRIBUIÇÃO DE PRÊMIOS

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Os nossos instantâneos

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Seu Carlos morreu; certamente deveslembrar-te d'elle.

Estava sempre sentado na varandada sua casa e, com o olhar abstràcto,passava o dia embalado pela musicados pássaros, que amava, tanto e queeram os seus únicos e bons amigos.

Todas as vezes que passávamos poi*elle davas-lhe um sorriso, um dos teuslindos sorrisos, recordas-te ? Com assuas longas barbas brancas dava-te,dizias sempre, a impressão de um bomsanto que tivesse vindo passar umatemporada no mundo — românticaque tu és!

Não era mais que um bom velhinhode alma sonhadora como a tua. Tãoidealista que tinha pelo canário quea neta lhe dera, um anno antes dedeixal-o, sorrisos e fallas de avô!

Dir-se-ia estar convicto que elle seincarnara no branco canarinho.

Numa d'essas perfumadas e radiosasmanhans de maio, sentindo-se morrernão se lembrou do teu sorriso mas simdo presente da netinha.

Quando o enterro sahiu o canarinhotrinou longe e tristemente. Na voltado cemitério encontraram-no morto.Quiz também acompanhar Seu Carlosna visita que foi fazer á netinha.

Exageros de romântico — dirás bre-jeira e triumphante.

Pelo teu sorriso, pelo teu lindo sor-riso, juro que é verdade.

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ftS5^

MLLE. CREUSA VAMPR

As linhas da mão

Adelaide B. — Não está muito nítidaa pliotograpliia da palma de suamãozinba. Em todo o oaso possoadiantar-lhe o seguinte: vida longa,doença grave aos 35 annos, casamen-to tardio, G filhos, felicidade no lar,

gosto pelas viagens.

Arthur S. — Linha de vida cortadaentre 40 e 45 annos, temperamentomystico, carecter imitavel, incons-tante, morrerá solteiro, fortuna dif-ficil.

Etelvina (Campinas) — Viuvez pre-coce, dois filhos, pouco juizo, vidalonga, sensibilidade mórbida, for-tuna fácil, saúde boa.

^^S:A DIA CREANÇA

Olha: o teu canário douradoVive tristonho na prisão...— Que crime fez esse coitado?Porque guardal-o encarcerado,

Porque o prender como um ladrão?

Como anda triste o passarinho:Vê — que pezar! vê — que afflicção!

Anjo sem alma e sem carinho,

Esse pezar, como um espinho,

Não te recorta o coração?

Solta, creança, o teu canário!

Deixa-o ir... não p prendas, não!

Que sorte má, que mau fadario,

E' tel-o preso e solitário

Como um bandido na prisão!

Solta-o pois... Ganha essa victoria!

Deixa-o voar pela amplidão,

Que sempre, anjinho, na memória,

Tu guardarás, como uma gloria,O heróico encanto desta acção!

Soltar uma ave da gaiola,Abrir a porta do alçapão,

Faz tanto bem, tanto consola,

Como si fosse uma alta esmola

Que nós largássemos da mão!

Paulo Setúbal

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O PIRRALHO

PERFIS FEMININOSIII

A INGLEZA

Languidá filha cie Albion, tem finas

e brancas mãos; a face côr-de-rosa;

é loira; o azul do céo traz nas retinas;

pouco loqnaz, fleugmatica e nervosa.

Seu corpo, de serpente venenosa,

tem a attracçâo das libras esterlinas;

fria... e, na própria rigidez, formosa

como o nevoeiro das manhãs londrinas...

Não se move, não ri e o seu olhar

tem dous gelados raios de luar;

nelle sua alma inteira se refiécte.

Ninguém, ao vêl-a, em lhe sorrir se atreve;

é fria... mas é fria como a neve

que ao primeiro calor já se derrete!

IV

A JAPONEZA

Envolta em tantas sedas baralhadas,

adeja o leque e passa farfalhante...

Chrysantemo que abriu nas alvoradas

das amarellas bandas do Levante!

Pés pequeninos, formas delicadas,

olhar oblíquo, vivo e provocante:eil-a, sentada em fofas a.lmofadas,

num kiosque leve, exótico e elegante...

E a Geisha, a flor mimosa de Toldo,

assim vestida num kimono esguii»,

toda seda e marfim, vaidosa e ufana,

Sorvendo o chá que tanto lhe appetece,essa filha do Sol até parece

am raro bibelot de porcellana...G. DE ANDRADE E ALMEIDA.

ULTIMO TESTAMENTO DO KAISER

(Revogando todos os testamentos feitos até

aqui e legalmente traduzido do barbam

para o idioma nacional pelo traductor

juramentado Dr. S. von Pre.)

Este é o ultimo testamento do super-louco

imperador dos devoradores de salchichas, queachando-se em perigo de morte violenta, pormeio deste, seu único authentico testamento,

constitue como seu testamenteiro o seu infe-

liz amigo o imperador da Áustria, (com per-missão dos alliados e antes cpie este parta

para a Sibéria.)

X, — Dou e lego á. França, a Alsacia e

Lorena, (sendo isto simplesmente justo porser um caso de restituição de propriedadealheia roubada';; lego-lhe também os bilhões

que esperava receber delia como indemmi-

sação, com os respectivos juros.

2# _ Á Bélgica, como lembrança e recom-

pensa de sua heróica defesa de Liege, lego

a Cruz de Honra e o prêmio Nobel da paz

que me deveria ser conferido este anno, a

minha espada e o direito de zombar de mim

para sempre*

3. — Á Inglaterra, lego o (pie restar da

minha marinha, e restituo-lhe o titulo de"Bainha dos Mares" cpie lhe usurpei, e lego-

lhe também com a condiçâ > de ser exposto

no Museu Britannico, os meus famosos bi-

godes, como lembrança do maior pretenciusoe pedante de todos os tempos.

4. - Á Rússia, lego a Turquia.

5. — Á Servia e ao Montenegro, lego a

Áustria.

6. — A todos os paizes que forcei á mobi-

lisação de tropas, offereço os m us sinceros

pezares por não me ter sido possível visitai-

os com o meu exercito de cães hydrophobos,

para mostrar-lhes como se dança o nosso

tango "A Retirada de Piais".

7. — Á minha alliada a Austra, lego o

meu revolver para que ei!a possa terminar

os seus infortúnios de um modo honrado.

8. — Á minha fortuna (ou desgraça) lego

sem condções ás viuvas, orphãos e a todas

as pessoas ás quaes directa ou indirectamen-te ciusei damno.

9. Á minha família, lego o meu nome

todo-poderoso e o exemplo de uma vida gas-ta nos interesses da paz universal.

10. — Ao resto do mundo, lego os laureis

do meu sonho de "Gloria".

LI. — Convido para servirem como teste-

minhas: Sua Magestade Satânica, o meu

compadre Ananias, e o meu admirador Rau-

lus Freitarum (meu poeta favorito . (assig-nado) Guilherme.

Rei das Salchichas

0 Snr. Azeredo, senador honorário

pelo Matto Grosso deu agora paraopposicionista ao governo Hermes.. Estaria cansado de roubar?! Eo Malho também... E o snr. Bartholomeu da

Tribuna também... E o snr. Mendesde Almeida cio Jornal do Brazil tam-bem...

Que o.snr. Wenceslau de apito á

bocca dê para traz com esses despu-dorados servidores da imprensa mer-cenaria... são os nossos votos.

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O PIRRALHO

Dois dedos de linguagem

Resposta~ao senhor * * *

Recebemos sua carta e as lições quehouve por bem nos ministrar e emboranão merecêssemos elogio nenhum, mui-to nos desvaneceram as encomiasticastiradas que a sua mão de mestre traçoua nosso respeito.

O senhor, que nos parece intelli-

gente, compreenderá sem muito esforço

qne se não pôde fazer uma revista

qne carece circular pontualmente todosos sabbados, e que por Índole é va-riacla, heterogênea, com a correcçâo,o purismo e a vernaculidade exigiveisna factura de um livro sério ou deuma carta com pretenções philologicas...Demais, o senhor não ignora a pre-venção que os srs. typographos teemcom a grammatica e si possivel fosse

perante o direito pátrio a. investigaçãoda paternidade, quantos erros que pas-sam por filhos legítimos dos escrivi-nhadores não iriam augmentar a proledos typographos...

Mas voltemos ao assumpto.Através de sua carta vimos que o

senhor é um estudioso que quer tra-balhar em prol da pureza do nossoidioma.

E' um bello gesto, digno de serimitado.

Mas o senhor, além de estudioso,quer ser também censor e censor se-veríssimo e intransigente, esquecendo-se de que para isto se faz mister umconhecimento vasto e profundo da ma-teria, afim de evitar tropeços gravesou menos graves, mas que são indes-eulpaveis em quem empunha a férulae alardea sabenças.

E é a respeito de seus tropeços queconversaremos um pouquinho.

* *

Ha na sua carta esta phrase: «Ape-zar de tudo tem por lá alguma coisi-nha de mais que pedem glosa».

Nós que não temos pretenção dedar lições a quem quer que seja não

admittiriamos aquelle pedem, mas diga-mos que se trata ahi de mera dis-tracção, aliás imperdoável em quemestá dictando regras, e passemos a-deante.

Para provar que a palavra sucessoé gallicismo, diz o senhor que se es-triba em Ruy Barbosa e Cândido deFigueiredo.

Somos de parecer que devia affastarum pouco mais esses dois nomes, por-que, francamente, o grande oradorbahiano não merece andar em tão du-vidosa companhia.

O senhor, versado como é em quês-toes de língua, deve conhecer o^doutoromanista J. Leite de Vasconcellos edeve saber que no opus culo « 0 gralhodepennado» da lavra do erudito phi-lologo português ficou demonstradoque o sr. Cândido de Figueiredo nâopassa de um vulgarizador espirituoso,que conhece philologia pela rama enão é absolutamente o poço de erudi-ção lingüística que a muitos se afigura.

A respeito de gallicismos escreve osenhor umas coisas com as quaes nãonos conformamos. Que sé diga quesucessbj reclame, confecção, deparar com.etc, etc, são gallicismos, está muitobem, mas taxar de gallicismos palavrasfrancezas por nós escriptas entre aspasou gryphadas é quasi absurdo.

Assim o senhor seria capaz de che-

gar ao dislate de dizer que AnatoleFrance e Renan não devem ser lidos

porque estão abarrotados de gallicis-mos!

Proseguindo sempre na alhetado ineffavel Cândido de Figueiredo,affirma o senhor que se deve dizer,« de acordo com as mais rudimentaresregras de colocação de pronomes»porque se não trata em lugar de porquenão se trata, quando é sabido que emmatéria de collocação de pronomes a

phantasia do autor das Lições praticasengendrou muitas e muitas regrinhas,

que não teem fundamento em coisanenhuma.

Escreve o senhor que as expressõestal e qual e tal qual como são vicio-sissimas e, francamente, não sabemoso porque dessa sua fúria. Consulte os

Estudos da Língua portuguesa do eru-ditissimo Júlio Moreira (vol. II pag. 9)e verá que anda errado condemnandoaquellas locuções.

Em quanto que é de facto conside-rado erro por grammaticos de valor,entretanto fez uso dessa locução ogrande Camillo e o nosso castiço Ma-chado de Assis.

Em vista disso o «Estado de SãoPaulo» que emprega em quanto quenão anda em má companhia.

O vocábulo lição o senhor escrevecom um só c, «porque nem em latimtem cc», mas não é esta uma razãoque se dê. A palavra latina é lectioned'onde veio leiçom, que se transformouem liiçom, liçom e lição. No i de lição,está, pois. fundido o c do latim, quenão carece ser repetido. (Leite de Vas-concellos, Lições do Philologia Portu-guesa, pag. 371).

Quasi no fim de sua carta lê-se estaphrase: «E levanta-se um padeiro ddeshoras » Aquelle a, mera preposição,que recebe as pompas e honrarias deuma contracção, causou-nos espécie,como lá diz o caboclo, porque «vamose venhamos» quem se mette a phiio-logo não pôde escorregar em cousastão elementares.

Poderíamos ainda fazer outras con-siderações sobre o seu modo de escre-ver, mas por ora limitamo-nos a repetiro proloquio «quem tem telhados devidro...

Jacintho Góes.

Drs.

Hntonio Define

Raul Corrêa da Sitoa— e —

Dolor Brito francoADVOGADOS

___ IS _e Novembro, 50-B - (Sala 7]ATTENM DAS 12 ÁS 15

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III. II -

iaSS

O PIRRALHO

Scenas ã&ademicãs dizíamos, a banca premiava com o já cias-sico grau 1 o seu esforço.

A harmonia, cio grau leo digesto de OU-veira Escorei. — Notas, premiando deli-

gencias policiaes. — Lentes processadospor crime de injuria intencional niani-

festada por algarismos.

Entregue de corpo^e alma, á espinhosacarreira policial, o inspirador destas linhassempre preferiu o posto do Cambucy aoslivros de direito. Alumno da nossa Faculda-de, nunca primou pela assiduidade ou peloestudo. Convencido de que todos os númerossão eguaes, excepção feita do zero, que iso-ladamente nada vale, desprezou sempre asnotas altas, tendo apenas um único desejo:ser approvado para substituir a patente decapitão pela carta de bacharel.

Coherente, absolutamente coherente, sem-

pre trabalhou com afinco, afim de conseguir,como conseguiu, grau 1 em todas as cadeiras,desde o primeiro ao quarto anuo. Foi umsuecesso. Seus exames marcaram época. Oscollegas invejavam a sua tenacidade, a suainquebrantavel força de vontade. Era apon-tado como sendo uns dos raros homens de

princípios, nesta quadra de acanalhamentogeral.

No terceiro anno, porém, os lentes exami-nador es pretenderam, com una nota disonante,perturbar a harmonia do grau 1. O nossoheroe teria, no minimo, grau 2 . . .

A noticia chegou aos seus ouvidos, e af-flicto a principio, irritado depois, declarou,peremptoriamente, que não permittiria queisso acontecesse.

E não aconteceu, apezar da boa vontadeda banca.

Qual o meio empregado? Plano previa*mente estudado, ou simplesmente digestãodifficil? Pensamos que foi plano.

Cairá um ponto de direito criminal. Con-trariado por um dos lentes, o nosso amigogritou ao bedel:

Traga o 2.° volume do Digesto.E o bedel, pouco depois, veiu sobraçando

pesadíssimo volume.Correndo-lhe os olhos pela lombada, o sher*

lok, cujo talento, por dentro da calote era-neana travava violenta lueta corporal com amassa cinzenta, vociferou:

Não é este homem! é o outro Digesto...Qual outro ?

—* O do Oliveira Escorei.Confundira o Digesto com o Código Penal.O bedel, escancarando a larga bocea, teve

ímpetos de chamar o policia mas, bom ho-mem, camarada de todos os estudantes, diri-giu-se aos lentes pedindo-lhes que aprovassemo moço...

E, mais uma vez, reconhecendo as apti-does investigadoras do alumno, patenteadasna descoberta de um crime celebre, segundoc noticiário dos jornaes, — mais uma vez,

A historia do Digesto deu resultado. Auniformidade nos votos continnava e prose-guiria firme se um caso de alta relevânciapolicial não tivesse feito recair sobre o sher-lock a attenção pubblica.

Bernardino Barceló y Gomila, degoladorda rua das Marrecas, no Bio, e o aggressorde Helena Dias, em S. Paulo, preso nestacapital, reclamou da nossa policia uma seriede deligencias, todas coroadas de êxito.

O nosso heroe prestou, como em todos oscasos, serviços inestimáveis; a imprensa,excepção feita do Berro do Povo, gemeu;a fama do sherlok augmentou e os lentesdeliberaram estimular o joven alumno ...

E na semana ultima, ao fazer exame dasegunda cadeira do quarto anno, única emque se inscrevera, Sherlock, sem responderás perguntas, sem abrir a bocea, teve a pri-meira approvação plena: — um 6 atrevido aperturbar a harmonia do 1.

Furibundo, louco de raiva, sedento de vin-gança, passou a mão num pesado cacete paracom elle cair de rijo sobre os mestres irreve"rentes.

A intervenção de muitos collegas, porém,fizera com que a aggressão, aliás provo-cada por giusto ãolore, fosse substituída poruma queixa-crime, pois estava mais de ac-côrdo com o direito.

E Sherlock, ouvindo o sábio conselho, foiaos tribunaes, iniciando contra os lentes pro-cesso por « Crime de injuria intencional ma-nifestada por algarismos».

Stiunirio Gama

0 caudilhismo estertóra...A significação politica dos últimos

actos do snr. Dr. "Wenceslau Braz,evidencia a repulsa que á sua con-sciencia de politico sério, causam asnojentas manobras postas em praticapela gentalha do agonisante p. r. c.chefiado pelo caudilho sem escrúpulosque é o Pente-fino, acolytado pelodeshonesto e caricato notario, FonsecaHermes.

Essa gentinha, a esta hora todaatacada de «urucubaca» da «miudi-nha», dizem que quiz obstruir, na Ca-mara, como acto de franca hostilidadeaos políticos de São Paulo, o reconhe-cimento dos Drs. Cezar Lacerda deVergueiro e Francisco Alves dos San-tos, deputados eleitos pelo brilhanteeleitorado deste Estado.

Seria incrível que um partido qneagonisa, ainda pretendesse ter arrancosde vida!....

Uma boa gargalhada, é o que me-rece essa gente....

E o capitão cahiu na sua insignifi-cancia....

Revertere ad locum tuum, capitanis...

"^=^

--Ov-

PLANO ESTRATÉGICO DA TURQUIA

ENVER PA CHÁ: VAE OU RACHA.

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^^1===^ ° PIRRALHO __^= \^5_Ú

|p"Pirralho" Carteiro 5-,

Mr. Joaquim deAzevedo: Recebemose agradeoemos-lhe acommunicaçao que V.S. nos fez de que as-sumiu o exercido dassuas funcções de agen-te geral do nosso coi-lega «Jornal do Com-mércio» do Kio, nestacapital. Ao seu inteirodispor.

Mr. J. R.: Não recebemos a longa carta,nem tampouco, o perfil.

A's suas ordens.M.r Sagitário: Recebemos a sua carta.

Não está própria para um marmanjo... Queculpa temos nós do abandono a que o condem-nou a sua amada? Para essas cousas não haremédio certo. Dê tempo ao tempo. E' só.

A's suas ordens.

M.r Plinio de Oliveira: Recebemos oseu voto e os seus louvores á França. Obri-

gados e ás suas ordens,M.r Lupercio de Escobar: Os seus ver-

sos ainda hoje não saem publicados.Não ha espaço.

M.Ue Dolly: Oomo eu tenho vontade deiazel-a feliz ! Como tenho vontade de fazervoltar aos seus lábios a doçura de mél donectar divino, substituindo o fél da bebidains;pida que M.Ue provou, e que a intoxicou

por ser falsificada.Mas ... não posso. Não a conheço pesso-

almente ... O que propino aos que de mimse acercam, não é essa fatal bebida mas...uma outra melhor, que talvez faça M.lle seembebedar de sonhos, com a alma cheia deluz. Conhece aquella historinha simples

pe está no pórtico do livro Esfinge deAfranio Peixoto? Pois assim *e deu com-inigo. Sonhei um amor ideal . . . não o rea-lizei, decifrei-o e . . . fui o mais infeliz doshomens. São segredos da natura . ..

Estou cheio de sympathia pela sua magua.Adeus. Escreva. Grato e ás suas ordens-

M.Ue Brigida: Está zangadinha comnos-co? Não creio. Como vae? Não nos mandamais nada? Ninguém conhece o seu nomefalso, portanto se quizer mandar algumacoisa sob anonymato é só escrever que nin-guem saberá quem é M.Ue Brigida. Adeus.

M.Ue Qaby: O que está escriptô acima,serve perfeitamente para M.lle.

É só. Como vae M.Ue Cecy?

Maria: Só costumamos noticiar as festasPara as quaes somos convidados.

Por isso, não lhe attendemos o pedido.A's suas ordens.

AZAMBUJA — Administrador'

Theatro Municipal

Diante de regular, porém selectaconcorrência, a senhorita Bellah deAndrada realisou sabbado no theatroMunicipal, o seu annunciado recitalde canto.

De volta da Europa, onde, por con-ta do governo do Estado, fora aper-feiçoar os seus estudos, Mlle. Andradaresolvera dar uma prova publica doseu adiantamento. Impedida pela con-flagração européa, de completar o cur-so iniciado tão auspiciosamente, aindaassim a nossa intelligente patricia de-monstrou não ter perdido o tempo.

O seu concerto, pode dizer-se semlisonja, foi coroado do mais legitimosuccesso. A sua voz é fraca e poucoextensa, porém já bastante malleavelprovando quanto tem sido trabalhadacom intelligente esforço e sabia di-recção. Bem mais do que isso, porém,o que nos surprehencleu gratamentefoi a expressão que m.lle soube daraos trechos interpretados.

Quem tem essa potência de inter-pretação da divina arte, servida poruma intelligencia clara, poderá, bemdirigida, chegar a ser uma artistanotável. Á questão é continuar a estu-

dar, aperfeiçoando-se cada vez mais,não se embriagando com os primei-ros louros colhidos. Não destacare-mos trechos do bem organisado pro-gramma. Deixamos apenas constatadoaqui, em rápidas linhas, a magnificaimpressão que nos causou a intelli-gente mlle. Bellah de Andrada.

Seis « » • •

^2753^2*.

O Zé Fidencio da Costa,caboclo descorontado,é cabra que sempre gostade um tmque bem esquentado.

E si déstão elle aposta,gagnando fica entojado...Com o parceiro Chico Fosta,tem o signal combinado.

E' louco por um truquinho.— «Quem tem porco tem toicinho!Quem bebe pinga é perdido!»

E é de vel-o satisfeito,cheganda as cartas ao peito,tacá um seis no pé-do-uvido!

1914Coenelio Pires

A ENQUÊTE DO « PIRRALHO

"" "^^^^ lT"»fc^i^?V^V. At ,^^r

AQUELLES INFAMES SÃO CAPAZES DE ME ENTREVISTAR. ..

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^^1^ O PIRRALHO

Palcos & Fitas

jjvSâo José — A com-

panliia de revistase operetas que tra-balha neste íheatroandou na semanafinda saltando decá p'ra lá e de láp'ra cá, obtendosempre grandes sue-cessos.

Está annunciada para breve uma

grande novidade — São Paulo em fral-das — revista de costumes paulistase que naturalmente marcará mais umtriumpho para a troupe luso-brasileira-hispano-italiana.

Casino — Os espectaculos destemusic-hall teem sido concorridissimose apezar do calor o pessoal não seencommoda de ficar atulhado e lá vae

para o Casino.Bons os programmas apresentados

nesta semana.[ris — O cinema da rua Quinze

sempre a transbordar. Que o diga onosso Euy Blas freqüentador assiduodaquella optima casa do diversões.

fui Civilista, e da gema, mas sem-

pre pricisei fingir de hermista. Con-veniencias meu amigo, conveniências....

Oomo vão se dar umas vagas dechefes conto com o seu apoio, poissou candidato...

Conflagração Européa

õ NOSSO "CONCURSO n

O filho de um Coronel da Brigada,tendo encontrado um grão bico re-

presentando a figura de Dúdú, disseao pai: — Papai, vou plantar umHermes para tirar a semente e guar-dar para o futuro.

O Cel incafifou...

0 Eletorado do Bixiga, vae suífra-gar o nome de um Cel, ex-veriador

provisório, em 4o turno, nas eleiçõesde Janeiro.

E dizem que não é querido o chei-

PENÚLTIMA APURAÇÃO

Allemanlia ... .179 votos

França. . . , . .403 »

Bélgica 449 »

Inglaterra .... 99 »

Áustria 12 »

Servia . .. . . . . 40 »

Japão % *

Eussia ..-.¦...'« *

Turquia 1 voto

Montenegro .... 1 votoroso:

Cabo Eleitoral.

Papelaria DefineDEFINE & COMP

RUA FL0RENC10 DE ABREU, 88Officinas e Deposito N. 70 —

o- S. PAULO «•»

Das nações envolvidas no conflicto

europeo, qual vos é mais sympathica?

A politica nos bairros

Bella Vista

Um coronel da Bella Vista, ao lercertas linhas na "G-azeta," de 2 —empallideceu.

Alguém que ia ser tenente Coronelnotou isso e perguntou-lhe ironicamen-te — Cel e agora? —

O Coronel não respondeu!!....

INFLUENCIA PA CULTURA ALLEMÃ

Cel Nicola, da 27.A encommendouna Allemanha, na casa "Krupp" umaespada de 42°

O copo d?essa espada será devinho.

Um ofíicial do Correio, encontran-do-se ha dias, com um situacionista na

politica, depois de lhe apertar a mãodisse-lhe: Você sabe que eu sempre

ft_^I4/GÜILHERMÃO DIPLOMATA

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iüÍaS' 6tCA construcçáo destes Compartimentos fechados em cofres fortes de 2m 34 x lm 69 x 0,m75 construídos

pela grande casa «Fichet» de Paris, é idêntica cá dos grandes estabelecimentos do mundo.

Esses compartimentos fecham-se por meio de urna fechadura de toda segurança com chaves especules e

chaves de controle que exige sempre a dupla, intervenção do locatário e do Banco .para a abertura ou fechamento

"° ^'^crrcòmpartimento tem seu segredo Systema de combinação . Fichet» com três botões que permitte formar

um segredo que annula completamente o uso da chave de abertura a vontade do possuidor do compartimento.

Este systema de combinações «Fichet» é o mesmo adoptado em geral em todos os grandes estabelecimentos

da França.Os cofres de locação acham-se depositados na caixa forte

situada no sub-solo do Banco, e a sua construcção garante amais completa segurança.

A caixa forte acha-se aberta á disposição do Publicodas 9 1/2 ás 17 horas, todos os dias úteis.

A tabeliã de locação dos compartimentos de cofres fortesé a seguinte:

^^_|^H.]^rB.1^|.»HHirMHM^i.iVMMnaaMBHH.^».»^»i»^-l--MHan

Dimensões PREÇO»

Profundidade 0,50 _

Altura Largura 3 mezes 0 mezes 1 anno

Modelo n. 1 0,13 0,25 15*000 2Õ$00D 40*000V >> 2 0 20 0,25 18*000 30*000 501000

, b 0,25 0,25 201000 35*000 60íOW» 4 0,25 0,51 40$000 70*000 120*000, 5 O-50 0,25 40*100 70*000 120*000» 6 0;50 0,51 80S000 1401000 240*000

Page 16: O FILHO PRÓDIGOmemoria.bn.br/pdf/213101/per213101_1914_00164.pdf · tremecia sentindo um calor exquisito subir-lhe ao rosto e pouco depois tinha ... Com um talar de Mercúrio, o

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