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“Quien no conoce el bosque del sur de Chile, no conoce este planeta”

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“Quien no conoce el bosque del sur de Chile, no

conoce este planeta”

Pablo Neruda, Confieso que he vivido, 1974.Mauricio Almeida Faraon Rafael Dal Pont

Alexandre Dalcanale Daniel Ferreira

Robson Resende Leonardo Sanches Lima

Renan Leite

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SUMÁRIO

1–INTRODUÇÃO...............................................................................................................03

2 –OBJETIVOS...................................................................................................................04

3 – JUSTIFICATIVA...........................................................................................................05

4 – METODOLOGIA...........................................................................................................06

5 – RESULTADOS...............................................................................................................13

6 – ORÇAMENTO................................................................................................................14

7 – EQUIPE ......................................................................................................................... 15

8 – CRONOGRAMA ...........................................................................................................15

9- REFERÊNCIAS...............................................................................................................16

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1 – INTRODUÇÃO

De uma forma crescente, a mídia vem divulgando dados relacionados às perdas muitas vezes

irrecuperáveis ao meio ambiente. A saúde física e mental das pessoas é ameaçada pela urbanização

acelerada, pelo adensamento populacional dos grandes centros e pela grande desigualdade social. O

modelo de desenvolvimento que vivenciamos estimula o consumo inconsciente e inconsistente

gerando imensas pressões sobre o meio. O consumismo insaciável de satisfação imediatista é um

fator que contribui para a degradação ambiental. Essa é uma realidade mundial. A cultura e prática

consumista é acumulativa e assustadora: "Só o Brasil produz 240 mil toneladas de lixo por dia. O

aumento excessivo da quantidade de lixo se deve ao aumento do poder aquisitivo e ao perfil de

consumo de uma população.” - AjudaBrasil.

A proposta do momento é o Desenvolvimento Sustentável, por meio do qual se atenderiam

as necessidades do presente sem comprometer o direito das futuras gerações de atender suas

próprias necessidades. A retirada desgovernada de insumos da natureza sem considerar a capacidade

de reposição e o descarte de restos indesejados - processos marcados pelo desperdício - pressionam

os ecossistemas, de maneira tal, que trazem à reflexão a responsabilidade social e ambiental. É

realmente explícito que correr, caminhar, escalar, velejar como também PEDALAR é preciso!

Acompanhando diariamente os grupos virtuais de discussão, associações, eventos e

manifestações em defesa do uso da Bicicleta, acreditamos estar no caminho certo. O uso desse

veículo relativamente simples e eficiente acaba se tornando um hábito que sem querer nos envolve

em tantas discussões, traz idéias de inovação e faz irmos em busca de nossos limites, acendendo

dentro de nós uma chama que nos mantém vivos: perceber que lutamos por algo que não sabíamos

ou não acreditávamos que éramos capazes. A partir do momento que isso toma um formato coletivo,

e percebe-se a importância de unir pessoas à quebrar paradigmas, acreditar em diferentes

alternativas e superar seus próprios limites, surge um sentimento positivo e comovente, que faz

refletirmos que lutamos por um mundo melhor. E é com essa motivação que nos unimos por mais

um experiência cicloativista, através da biorota Carretera Austral. Através desta deslumbrante

dinâmica meditação buscamos trancender na aventura mais importante e ao mesmo tempo perigosa

de todas: a descoberta do eu interior. Lugar este, que pode oferecer maiores perigos, que a travessia

de um deserto. É com esta satisfação de saber que as sementes que plantamos nas palestras, áudio-

visual, exposições fotográficas e relatos das viagens anteriores, estão brotando. Somos esse ano um

dos três grupos de alunos da UFSC que se organizaram em torno do objetivo comum de utilizar a

Bicicleta como meio de transporte em longas distâncias. E temos também o prazer de idealizar o

presente projeto em parceria com um grupo de ciclistas chilenos com ideais e interesses em comum.

Eis a descoberta da Bicicleta como instrumento de socialização e articulação em busca de

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denominadores comuns. Tal parceria chama também nossa atenção a conhecer a problemática atual

de nossos amigos continentais, e mais uma vez nos mostra que compartilhamos situações bastante

semelhantes e temos muito o que aprender com as experiências um do outro. A região aqui tomada

como roteiro, exerce fascínio em qualquer um que se depara com relatos de pessoas que por ali

pedalaram. As altas latitudes, as condições extremas de terreno, clima e isolamento, despertam uma

vontade imensurável de chegar aos confins do continente com o esforço das próprias pernas. A

garantia do bem-estar físico e mental ao final da pedalada nos dá a certeza de que estaremos

fazendo a escolha que nos garante nossa auto-preservação, tanto pelo que provoca ao ser como pelo

que não provoca ao meio.

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2 – OBJETIVOS

2.1 - Objetivo Geral

Percorrer o trajeto que separa as cidades de Puerto Montt - Chile e Ushuaia – Argentina,

utilizando a bicicleta como meio de mobilidade e socialização, conhecendo práticas da conservação

dos recursos naturais e desenvolvimento sustentável como também promover práticas do turismo

ecológico.

2.2 - Objetivos Específicos

Mapear, visitar e documentar as Unidades de Conservação ao longo do percurso, como

também estabelecer um intercâmbio das práticas de Educação Ambiental e espaço da

bicicleta dentro dos Parques.

Conhecer a problemática Patagônia Sin Represas, movimento contrário a construção de

usinas hidroelétricas e infra-estruturas de transmissão na região da Patagônia;

Continuar o intercâmbio de experiências com o Ministério dos Transportes do Chile

acerca do Plan Santiago en Bicicleta, iniciadas em maio de 2009 (Santiago);

Promover o uso da bicicleta como veículo de transporte sustentável e ecológico.

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3 – JUSTIFICATIVA

Na busca da solução dos problemas socioambientais, os países não têm medido esforços

para elaboração dos meios legais nacionais e internacionais que preconizem a busca pela

conservação da natureza. No entanto, a implementação efetiva dessas regulamentações não tem

ocorrido de maneira eficiente, principalmente pelo fato do seu acesso não estar disponível às

populações locais.

Para que haja um real engajamento local no atendimento desses objetivos, torna-se

necessário a elaboração de instrumentos de divulgação das estratégias existentes no âmbito da

conservação dos recursos naturais, tendo-se as áreas protegidas e os meios de mobilidade mais

limpos como dois importantes instrumentos de preservação e qualidade da vida no planeta.

Devido a limitações financeiras e aos compromissos acadêmicos e profissionais da equipe, o

grupo optou por iniciar a travessia já em solo chileno, retornando em direção ao Atlântico. O ideal

seria que pudéssemos utilizar a bicicleta desde nossas casas até o destino final, voltando também de

bicicleta. Mas, dentro das limitações colocadas, foi decidido que a equipe fará o trajeto de

Florianópolis até o Chile em ônibus coletivo, pois assim teremos a oportunidade de conhecer um

maior número de cidades, de ecossistemas, de unidades de conservação e de centros de educação

ambiental. Na volta, a equipe retorna da Argentina também de ônibus coletivo, devido também à

alta periculosidade já conhecida das estradas do sul do Brasil.

Visando suprir a carência de iniciativas, propõe-se a execução dessa expedição, usando-se a

bicicleta como único meio de mobilidade no trajeto proposto, o qual transcorrerá uma região da

América do Sul de notável beleza cênica, circundada por um grande número de áreas naturais

protegidas e institucionalizadas, situadas entre os países Chile e Argentina, incutindo na equipe um

sentimento de liberdade e de percepção da realidade local, propiciando o resgatar e divulgar as

principais experiências e projetos encontrados durante o trajeto que busquem a promoção do

patrimônios naturais e culturais locais registrados.

“Quando se está viajando de bicicleta o contato com o meio é muito maior mais intenso, se

comparado a outros meios de viagem. Os canais de percepção ficam mais abertos. Os instintos e os

sentimentos aguçam-se naturalmente. Senti-se os odores do local pairando na atmosfera. Nota-se

coisas que jamais se perceberia viajando de outra maneira. As emoções ficam a flor da pele. Têm-

se a sensação de estar-se de outra maneira. As emoções ficam a flor da pele. Têm-se a sensação de

estar-se narcotizado, embebedado. Neste estado todo e qualquer esforço físico, por maior que

possa parecer, é imediatamente recompensado pelo nutrir da alma. Sente-se mais vivo do que

nunca, como se fosse capaz de observar o funcionamento de cada célula do nosso corpo”, Narbal

Andriani.

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4 – METODOLOGIA

4.1 – Planejamento

O projeto conhecido como Travessia Pacífico Atlântico

(www.travessiapacificoatlantico.ufsc.br), tinha como um de seus objetivos difundir práticas

sustentáveis e incentivar o uso da bicicleta para viagens em longas distâncias. No decorrer do

projeto este grupo encontrou outros aventureiros compartilhando da mesma forma de viver. A

interação de troca de idéias, experiências, crenças e a maneira de viver foi algo realmente

importante para iniciarmos um novo experimento que toma forma e ganha força a cada dia. Um

grupo de chilenos ciclo ativistas realizarão um projeto chamado Projeto Travessia Ecobike –

Patagonia Sin Represas (travesiaecobike2010.blogspot.com) que influenciou-nos para iniciarmos

nossas atividades. O grupo multidiciplinar formado por estudantes da Universidade Federal de

Santa Catarina e um cinegrafista realizam reuniões semanais para estabelecer diretrizes e criar

planos de ação, na busca de tornar algo com que nos identificávamos uma realidade. Definimos

nossos objetivos, resultados, logística e suprimentos, equipamentos, cronograma, custos, contatos,

e busca por patrocínio.

4.2 – Unidades de Conservação

As Unidades de Conservação (UC’s) são um dos principais instrumentos políticos para a

preservação da biodiversidade, para a garantia da conservação de parcelas representativas dos

ecossistemas e dos recursos naturais, e para possíveis desenvolvimentos de atividades econômicas

de baixo impacto, como o turismo educacional ecológico e a pesquisa científica, tornando a UC

uma ferramenta de inclusão social. Dentro desse viés, a idéia apresentada se faz na perspectiva de

que a qualidade ambiental é um dos vários indicadores que influenciam na qualidade de vida. No

contexto urbano são notáveis as diferenças de qualidade de vida entre as populações que vivem em

áreas relativamente preservadas, com algum contato com a natureza, seja através de parques,

praças, jardins e aquelas que não usufruem deste contato.

Neste sentido, acreditando na construção coletiva do espaço de viver e na gestão

participativa dos recursos naturais nas Unidades de Conservação, serão visitados Parques e

Reservas pra verificar sua eficácia de uso comum e focar na acessibilidade para bicicletas bem

como para o ecoturismo, fatores essenciais que podem orientar a vocação econômica local

sustentável e a capacitação dos trabalhadores de novas Unidades de Conservação que estarão sendo

criadas no futuro, como por exemplo, no município de Itapema, SC. Acreditamos que planejar as

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políticas públicas ambientais no sentido de inserir a sociedade no contexto conservacionista da

natureza, se faz na perspectiva de integração entre ambos, não sendo por meio do isolamento de

áreas naturais protegidas, e sim através da participação popular e coletiva aliada aos usos diversos

que caracterizem positivamente a relação sociedade-natureza (DIEGUES, 1996).

O intercâmbio de experiências bem sucedidas no Brasil e no exterior e o apoio técnico

especializado serão as ferramentas utilizadas para suprir esta demanda.

As áreas preservadas que pretendemos visitar está divida entre Parques Nacionais, que

podemos destacar: Ilha de Chiloé, Los Glaciares, Torres del Paine, Terra del Fuego.

4.3 – Movimento Patagônia Sin Represas.

Nós como todos os seres humanos, devemos prezar pela preservação do nosso planeta. O

desenvolvimento de maneira consciente e com o mínimo de impactos ambientais possível, torna-se

necessário para a manutenção da vida e equilíbrio no ambiente onde vivemos. A consciência precisa

ser disseminada por todos e a todos, a percepção do bem estar unindo o contato a natureza é de

extrema urgência por nos seres humanos.

O movimento Patagônia Sin Represas é formado por moradores, órgãos, entidades e

empresas para luto em pró de um bem comum.

Diante disso estaremos também conhecendo de perto a situação do atual projeto de

instalação de represas e linhas de transmissão na região da Patagônia. Dentre os possíveis impactos

ambientais e sociais podemos destacar:

Destruição da Biodiversidade Marinha: Represando os rios Baker e Pascua haveria uma

significativa diminuição na sedimentação de materiais orgânicos e inorgânicos que são vitais

ao ecossistema litoral da Patagônia. Essa alteração poderia causar problemas muito maiores

se estendendo aos fiordes patagônicos ao norte, a região dos lagos e ao sul na região de

Magalhães

Manutenção de um grande preço na energia: Com a construção das represas a empresa

responsável por tal constituiria a detenção de 90% da geração da energia local, e devido a

ser uma grande instalação, possivelmente a energia se tornaria mais cara para arcar com os

custos da instalação.

Monopólio da Água: A água é um bem comum e um direito humano fundamental que o

Estado deve regulamentar e garantir acesso equitativo da população aos serviços

energéticos.

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Danos aos Parques Nacionais: Esses tidos como grande patrimônio do Chile por resguardar

uma grande biodiversidade de fauna e flora bem como paisagens muito belas devem ser

preservados. A construção das represas exigiria a implantação de torres de transmissão nos

mesmos o que iria ter um impacto direto tanto na vida do local como na paisagem.

Impacto Social: Apesar de o governo ter garantido o reassentamento da população que mora

na região onde será inundada, seu modo de vida, economias locais e redes sociais jamais

serão restauradas.

Impacto Cultural: A extinção de um povo começa com a degradação da sua cultura. Cultura

essa que hoje em dia se encontra muito ameaçada na região da Patagônia devido a um mega

projeto hidroelétrico que está querendo ser implantado.

Frente a todos esses motivos iremos vivenciar a atual situação da região e a real necessidade

de instalação das mesmas.

Em detrimento a atual situação do planeta, devemos nos ater a importância da preservação

de todos os ecossistemas presente em nosso planeta. A manutenção da biodiversidade da Patagônia

chilena é de vital importância para toda a humanidade assim como se tem um grande interesse na

preservação da Amazônia por exemplo.

Ratificamos o apoio ao movimento Patagônia Sin Represas e pretendemos durante o nosso

trajeto não só apoiá-lo como divulgar seus ideais, e também outras idéias nas quais acreditamos

serem capazes de tornar o mundo melhor.

4.4 – Plan Santiago en Bicicleta

Dentre os resultados obtidos no projeto Travessia Pacífico-Atlântico, pode-se afirmar que

dos mais gratificantes foi a oportunidade de conhecer o ambicioso Plan Santiago en Bicicleta,

alicerçado no compromisso assumido pela prefeitura de atingir os 690km de ciclovias até 2012. Ao

sermos recebidos por engenheiros do Ministério dos Transportes do Chile, tivemos a abertura

necessária para conhecer os âmbitos político, econômico e técnico da empreitada. E com grande

alegria, tivemos em maio de 2009 a notícia do início das obras de implantação do plano. Dentre os

questionamentos levantados durante as reuniões com os técnicos do Ministério dos Transportes, a

priorização de regiões para início das obras recebeu especial atenção, e a estratégia por eles adotada

serve de exemplo a outras iniciativas. As obras foram iniciadas em dois pontos da cidade, sendo

que um deles foi escolhido por ser a área com piores indicadores de qualidade do ar, lembrando que

o Plan Santiago en Bicicleta soma esforços e recebe incentivo da política municipal de despoluição

urbana. O outro local que recebeu prioridade no início do plano é representado por uma rota pela

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qual se pode sair da cidade em direção a um lago, representando uma alternativa de entretenimento

saudável àqueles que vivem em um grande centro urbano e poderão contar com a bicicleta ao

buscar um momento de descontração e vida saudável. A maneira como o processo foi conduzido

vale ser aqui citada. A metodologia participativa, com iniciativas vindas de organizações ligadas a

diversos setores de interesse da sociedade, inclui organizações não governamentais ligadas ao

espaço da bicicleta no meio urbano, Ministério dos Transportes do Chile, usuários da rede

cicloviária de Santiago e governo municipal.

Fig. 2 – Interseções perigosas Fig. 3 – Trechos de uso intenso

Dos produtos resultantes de tais encontros, destacamos aqui a identificação dos pontos de

interseções perigosas (Fig. 2), recebendo especial atenção quanto a necessidade de acessórios, como

sinalização e semáforos.

Através de pesquisa realizada junto aos usuários, levantou-se também os trechos com mais

alto nível de serviço, representadas em linhas verdes (Fig. 3), sobrepostas ao traçado completo

original do plano, representado em linhas amarelas. Lembrando aqui, que tais definições foram

realizados por zonas, dividindo a área urbana em grandes bolsões e dividindo o processo decisório

entre os usuários específicos de cada área.

Uma outra atividade de grande valor frente ao processo de priorização decisória, foi a

criação de indicadores que representem os aspectos que se deseja encontrar em uma ciclovia

eficiente, abaixo apresentados:

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Segurança

Fluidez

Comodidade

Atratividade

Coerência

Em análise quanto aos principais problemas encontrados frente ao uso eficiente da rede

cicloviária, vários aspectos foram citados e quantificados, dando origem a relação percentual abaixo

apresentada:

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Fig. 4 – Percentual representativo de problemas no uso da rede cicloviária

Como ciclovias sozinhas não são suficientes para a efetiva popularização do transporte

cicloviário, concluiu-se que além da rede de ciclovias, outras iniciativas se mostram essenciais a

uma operação representativa, sendo elas:

- Semáforos para ciclistas – atuando não só na segurança em interseções, quanto na fluidez

do movimento, não sendo necessária uma redução de velocidade ao aproximar-se de uma

interseção, caso o semáforo sinalize a preferência instantânea ao usuário da ciclovia.

- Estacionamento para bicicletas nos terminais de ônibus e metrô – possibilitando a

integração entre os diversos modais logísticos presentes na estrutura de transporte municipal

- Sistemas de bicicletas públicas – representando uma alternativa de iniciação ao modal de

transporte ciclístico, aliado a versatilidade que possibilita uma isenção de responsabilidades como

manutenção, estacionamento e posse de uma bicicleta.

Destacamos aqui as recomendações e prioridades surgidas durante o processo de idealização

do Plan Santiago en Bicicleta:

- Segurança e interseções – A prioridade máxima do plano é a segurança, e dado que o principal

problema de segurança presente na rede cicloviária se intensifica nas interseções, decidiu-se dar

prioridade ao projeto de interseções seguras

- Não só ciclovias – Interseções, pontos de entrada e saída das ciclovias, ruas de mão única usadas

por ciclistas e setores de alta velocidade representam situações que necessitam de acessórios que

viabilizem a operação segura do sistema.

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- Indicadores de qualidade – Deverão ser estabelecidos de modo que a construção de toda a rede

atinja um padrão mínimo em diversos aspectos a serem considerados

- Avaliar e melhorar o que já existe – Parte da estrutura presente e operante, não atende aos

padrões de qualidade que se deseja do plano em si, devendo ser feita uma avaliação participativa de

modo a nivelar todos os setores constituintes da rede

- Qualidade da rede – Um nível de integração dos trechos da rede deve ser mantido, sem “trechos

perdidos” não ligados a rede geral. Para tal, é introduzido o conceito de refinamento de malha,

representado pela distância máxima aceita entre trechos da ciclovia.

- Estacionamentos – Os estacionamentos para bicicletas devem ser incorporados ao plano mestre

- Presença de perguntas relacionadas a ciclistas na prova de obtenção da carteira de

habilitação – Os exames de obtenção da carteira de habilitação aplicada aos futuros motoristas de

Santiago deve incluir perguntas referentes a presença de ciclistas no trânsito, representando uma

alternativa simples e eficaz no reconhecimento dos ciclistas em meio a massa do trânsito

- Limitação da velocidade a 30km/h em zonas residenciais – em trechos compartilhados por

pedestres, ciclistas e crianças, a sinalização conveniente deverá ser implementada, a partir de um

pedido realizado pelos moradores.

Após muito planejamento e pesquisa enfim as obras tiveram início em maio de 2009, com o

intuito de presenciar essa magnífica obra da engenharia iremos visitar seu andamento, como

também trocar experiências com os engenheiros do Ministério dos Transporte no Chile.

4.5 - Transporte Sustentável

O conceito de Mobilidade Sustentável surge como resposta aos impactos sociais,

econômicos e ambientais derivados do uso intensivo dos veículos a motor. O transporte particular

resulta ser o transporte que mais espaço ocupa, que mais combustível consome, e mais

exterioridades gera acidentes, contaminação, ruído, intrusão visual, congestionamento.

A necessidade de políticas de planejamento relacionadas ao transporte é inquestionável.

Segundo a UNEP (United Nations Environmental Programme) o setor de transportes é responsável

por um quarto das emissões de dióxido de carbono, e essas emissões tendem a crescer 57% no

mundo no período de 2005 a 2030, sendo 80% deste crescimento contribuição direta dos países em

desenvolvimento. Ainda, a grande maioria dos Gases Efeito Estufa liberados no setor de transportes,

inclusive a estimativa de crescimento, são provenientes dos carros particulares e caminhões.

Além da evidente questão das mudanças climáticas, os efeitos colaterais do sistema de

transporte coletivo deficitário presente em todas as capitais em desenvolvimento tornaram-se rotina

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em nossas vidas e entre esses efeitos podemos citar: congestionamentos, poluição do ar local,

ruídos, problemas de saúde, diminuição da produtividade, stress, entre outros. Além disso a bicicleta

poupa espaço e energia. Não provoca ruído nem poluição. Contribui para a mobilidade sustentável e

para o bem estar público e é eficiente e saudável.

Os casos de acidentes com bicicleta são alarmantes e os índices de letalidade envolvendo

ciclistas assustam até mesmo os adultos. O número de crianças andando de bicicleta é cada dia

menor. O Brasil, assim como em outros países, o maior problema não está na falta do incentivo do

uso da bicicleta e sim pela péssima educação de seus motoristas, logo a implantação de estruturas

cicloviarias torna-se necessária.

Temos como objetivo, incentivar o cicloturismo e o ecoturismo. Lutamos para que o uso da

bicicleta seja cultivado de forma permanente e benéfica, promovendo-a como veículo de

transporte, lazer e esporte ético e sustentável.

4.6 – Percurso

4.7 - Logística

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Sairemos de ônibus Florianopolis no dia 03/01/2010 em direção a cidade de SanTiago do

Chile, com o intuito de visitar as obras do “Plan Santiago en bicicleta” relações da troca de

experiências entre as práticas do transporte sustentável. Então seguiremos de ônibus a cidade de

Puerto Montt onde iniciaremos a expedição.

4.8 - Ciclodesafio

O trajeto proposto terá como início a cidade de Puert Montt localizada as margens do

Oceano Pacífico. Em seguida seguiremos a expedição em direção da ilha de Chiloé, um dos mais

belos refúgios da vida marinha nesta região. Onde está localizado a primeira Unidade de

Conservação a ser visitada, Parque Nacional da Ilha de Chiloé. No vilarejo mais ao sul da ilha

tomaremos um barco até a cidade de . Apartir daí percorreremos a Carretera Austral ou Ruta 7, em

sua maior parte é constituída de estrada de chão ou rípio. Até a cidade de Perito Moreno, que então

entraremos a Ruta 40 considerada uma das travessias mais temidas e difíceis em todo o território

americano. O principal motivo é pelo fato de poucos pontos de abastecimento durante o percurso

principalmente até a cidade de Rio Gallegos. Neste trecho percorreremos aproximadamente 800 km

de puro rípio que dificultara ainda mais o seu trafego. Sem falar do vento extremamnte forte. Há

relatos de ciclistas perderem a estabilidade por razão das fortes rajadas de ventos

predominantemente oestes nesta região. O respeito às forças da natureza é algo imprescindível para

o bem estar dos integrantes. Queremos dizer que precisaremos entender qual o ciclo de vento, quais

os horários de maior intensidade. Passaremos pelo povoado de El Chaitén, porta de entrada norte do

Parque Nacional Los Glaciares. Neste parque encontra-se as famosas montanhas Cerro Torre e Fitz

Roy, com aproximadamente 3.400 m de altitude. A próxima cidade será El Calafate que é a porte de

entrada sul do Parque Nacional Los Glaciares. É neste ponte que saem a maioria dos passeios que

levam os turistas a visitarem um dos maiores espetáculos da natureza, o famoso glaciar Perito

Moreno. Seguiremos em direção ao povoado de Cancha Carretas, em seguida cruzaremos a cidade

de Puerto Natales, que fica localizada a poucos quilômetros do Parque Nacional Torres del Paine.

Seguiremos então para Punta Arenas ultima cidade chilena do percurso. Finalmente entraremos na

ilha daTerra do Fogo, a primeira cidade sra Porvernir, em seguida Tolhuin coração da grande ilha.

Para então chegarmos a cidade de Ushuaia, nosso destino final, onde se localiza o Parque Nacional

Terra do Fogo.

4.9 – Documentação

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A captura de imagens será feito através de câmeras fotográficas, câmeras de vídeo mini dv e

câmera de vídeo integrada ao capacete. Com um total de 3, 2, 1 respectivamente. Cada integrante

estará suportando um desses equipamentos para garantir o sucesso da produção de material áudio

visual e fotográfico. Um dos integrantes atua como cinegrafista e designer gráfico, isso trará um

profissionalismo nesta importante atividade que terá vital importância no sucesso dos resultados

esperados. Para a gestão eficiente dos dados gerados por aparelhos eletrônicos de captação de

imagem portaremos um netbook para realizar o upload dos dados.

4.10 – Energia Alternativa

Obteremos a maior parte da energia dos alimentos que através deles nosso corpo, a máquina

mais perfeita e insuperável, transformará em energia. Que através dele dará condições de atingirmos

nossos objetivos. Além disso, precisaremos de energia para carregarmos nosso equipamentos de

captação de imagem entre outros. Para isso entramos em contato com professores da UFSC para

maiores instruções. Sabendo que nesta época do ano nesta região o dia durá muitas horas e o vento

sopra constantemente. Utilizaremos um painel de energia solar para subrir as necessidades. O

Professor Ricardo Ruther do Departamento de Engenharia Civil, Ph.D na área de Sistemas Solares

Fotovoltáico, dará suporte ao grupo neste experimento.

4.11 – Alimentação

Este tipo de expedição onde o alimento tem um papel primordial na qual é a fonte de

energia, ou seja, combustível, que para garantir o bem estar, saúde e condições físicas para concluir

com êxito as metas propostas. Nosso cardápio será composto da alimentação mais natural possível.

Alguns alimentos estratégicos como: mel, pólen(fonte de aminoácidos), granola, frutas

secas(passas, damasco, tamaras), sementes (girassol, caju, linhaça), proteína de soja e do leite,

garantirão sucesso na empreitada. Também temos que nos precaver com o excesso de peso

proveniente dos alimento. Em sua grande maioria será comprado ao longo do caminho. Estaremos

em uma região de muitos lagos e perto do oceano pacífico, o que ficará facilitado a aquisição de

peixes e outros alimentos provenientes do meio aquático. Equipamentos como fogareiros e panelas

serão úteis na coquição e preparo.

4.12 – Preparações física e psicológica

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Todos os integrantes realizam pedaladas diárias na busca de um ótimo condicionamento.

Também outros esportes como capoeira, surf, futebol, trekking, escalada, natação, são

corriqueiramente ótimas opções. Também práticas de yoga e meditação são fontes de inspirações e

preparo tanto para a flexibilidade como autoconhecimento e bem estar psicológico.

4.13 – Trabalho em equipe

O comprometimento e a inter-relação de todos os integrantes da equipe terá foco prioritário

nesta expedição para garantir o atingimento das metas. Dentro de um grupo formado por 7

cicloviajantes teremos um grande desafio a busca do equilíbrio harmonioso em torno do grupo. A

divisão das tarefas relacionadas ao projeto como também da viagem serão determinadas para

efetivar um bom trabalho. Características pessoais que terão impacto positivo no bem estar de todos

como pró-atividade, respeito, ética e pensamento coletivo, trarão o sucesso deste relacionamento em

equipe.

4.13 – Plano de Mídia

As estratégias da divulgação do projeto serão através da produção de website, palestras,

áudio-visual, exposição fotográfica, participação em eventos, como também, durante

operacionalização da expedição. Através de panfletos e cartões de visita. Pretendemos não apenas

atingir a comunidade universitária, mas a sociedade como um todo, pretendemos divulgar nosso

trabalho nas mídias de televisão, rádio, jornal e revista.

A divulgação do Estado de Santa Catarina potencial do turismo ecológico no Sul do país

será realização através da distribuição de livretos, principalmente em espanhol fornecidos pela

Santur.

4.14 – Manutenção das bicicletas

Nosso veículo de transporte terá suporte técnico realizado por Leonardo., pós graduando em

Engenharia Mecânica. As ferramentas necessárias serão carregadas junto a bagagem.

5 – RESULTADOS

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Na expedição vivenciaremos todos os dias novas e excitantes experiências. Com o intuito de

tornar público o conhecimento adquirido teremos como meta produzir os seguintes

produtos:

Desenvolver um material digital na forma de website, blog e áudio visual das experiências

durante o projeto;

Produzir exposições fotográficas e palestras em universidades, escolas, empresas, divulgado

as experiências do projeto;

Plantar Árvores Nativas na região de Florianópolis para neutralizar os efeitos dos gases

provenientes de outras formas de transporte como ônibus;

Construir uma base de dados com o maior número de cicloaventureiros e ativistas para

futuro contato e propostas de parcerias de práticas sustentáveis;

Mostrar os benefícios do uso da bicicleta como meio de transporte não poluente, baixo

custo, benéfico a saúde e forma de integração e socialização;

Consolidar a parceria entre grupos promotores do uso da bicicleta no Brasil e no Chile;

Comprovar os benefícios físicos aos integrantes da equipe por meio de avaliação física antes

e depois da viagem;

Divulgar o potencial turístico do Estado de Santa Catarina através de guias,

6 – ORÇAMENTO

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Materiais quantidade unitário Total (R$)    4180

fitas Mini DV 15 10 150Barracas a prova d´água Aztec Nepal 3 550 1650Acton Camera p/ capacete 2 175 350Camisetas divulgacao Projeto 60 8 480Adesivos 150 2 300Revelação de Fotos + suporte 50 25 1250Passagens 7385Florianópolis - Santiago 7 350 2450Santiago - Puerto Mont 7 95 665Ushuaia - Buenos Aires 7 240 1680Buenos Aires - Florianópolis 7 190 1330Barcos – travessia lagos 7 180 1260Equipamentos 4120Segunda Pele 7 80 560Bolsa de guidão 3 110 330Fogareiro montanhês 2 250 500Calça ciclista 7 100 700Camiseta para pedalar manga longa/ 7 60 420Caramanhola 7 40 280Isolante 7 20 140Paralama 7 80 560Pneu 7 60 420Saco Estanque 7 30 210TOTAL 15685

7 – EQUIPE

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Nome Idade Profissão Naturalidade Contato MatriculaMauricio Almeida Faraon

25 Estudante Engenharia de Produção Civil

Chapecó-SC [email protected] 3142140

Rafael Dal Pont Pereira

23 Estudante Administração de Empresas

Araranguá-SC [email protected] 5201310

Renan Leite do Santos

23 Estudante Geografia Lavras-MG [email protected] 6209032

Leonardo Sanches Lima

29 EstudantePós-Graduando Eng. Mecânica

São Paulo-SP [email protected]  

Robson Ricardo 28 Estudante Eng. Sanitária e Ambiental

São José-SP [email protected]  2240157

Daniel Ferreira 24 Estudante Eng. Sanitária e Ambiental

Florianopolis-SC

[email protected]  03140 150

Alexandre Brandão

31 Cinegrafista  São Paulo-SP [email protected]   

8 – CRONOGRAMA

Atividades / Datas 1/10 15/10 1/11 15/11 1/12 15/12 1/1 15/1 1/2 15/2 1/3 15/3Definir objetivos e cronograma Planejar roteiro Levantar equipto. necessário Definir custos e despesas Buscar patrocínio Contactar Parques e Reservas Organizar equipto e itinerário Executar travessia Elaborar relatório final Realizar mostra fotográfica Relizar doc. audio-visual

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9 – REFERÊNCIAS

http://www.patagoniasinrepresas.cl/final/contenido.php?seccion=quienessomos – Site organizado por cidadãos do mundo inteiro que lutam pela preservação da Patagônia

http://www.ocioproject.cl/travesiaecobike2010.html - Site de um grupo chileno que luta pela preservação da Patagônia e pretende realizar uma viagem de bicicleta pela região em defesa desse direito.

http://www.pnud.cl/proyectos/fichas/transporte-sustentable.asp

http://www.turismochile.com/datos/datos_practicos.php?id_nodo=319&show=articulos&id_articulo=1165http://www.emol.com/noticias/documentos/index.asp

http://www.ciudadviva.cl/sitio/index.php?option=com_content&view=article&id=101&Itemid=109

http://mesaciudadaniagobierno.files.wordpress.com/2009/06/gore_mesa_vi-09.pdf