incidência não acumulativa pis e cofins

Upload: claudemir-de-oliveira-morel

Post on 05-Jul-2015

155 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Incidncia Empresas Tributadas Pelo Lucro Real Sumrio 1. Consideraes Iniciais

No-Cumulativa

2. Pessoas Jurdicas Sujeitas Incidncia No-Cumulativa Das Contribuies 2.1 - Cooperativas Agropecurias e as de Consumo 3. Pessoas Jurdicas No Sujeitas Incidncia No-Cumulativa Das Contribuies 3.1 - Entidades Imunes e Isentas 4. Receitas No Sujeitas ao PIS/PASEP e COFINS No-Cumulativa 5. Base de Clculo 5.1 - Excluses ou Dedues da Base de Clculo 6. Alquotas 6.1 - Papel Para Impresso de Peridicos 6.2 - lcool Para Fins Carburantes 6.3 - Receitas Financeiras 6.4 - Alquotas Para as Vendas Realizadas Por Empresas Estabelecidas na Zona Franca de Manaus 6.5 - Alquota 0 (Zero) 6.6 - Suspenso da Incidncia 6.6.1 - Venda Para Pessoa Jurdica Tributada Com Base no Lucro Real 6.6.2 - Vendas de Desperdcios, Resduos e Aparas 7. Crditos do PIS/PASEP e da COFINS No-Cumulativa 7.1 - Conceito de Insumo 7.2 - Regras Especiais Para Aproveitamento Dos Crditos 7.2.1 - Crditos Nas Compras de Mercadoria Produzida Por Pessoa Jurdica Estabelecida na Zona Franca de Manaus 7.2.2 - Compras Pelas Pessoas Jurdicas Estabelecidas na Zona Franca de Manaus 7.2.3 - Revendedor de Papel Imune a Impostos 7.2.4 - Crditos Referentes Aos Estoques de Abertura 7.2.5 - Verso de Bens e Direitos na Fuso, Ciso e Incorporao 7.2.6 - Pessoa Jurdica Com Incidncia Parcial Das Contribuies na Modalidade No-Cumulativa 7.3 - Limitaes ao Desconto de Crditos 7.3.1 - Regra Geral 7.3.2 - Bens Furtados, Roubados, Inutilizados, Deteriorados ou Destrudos Estorno de Crditos 7.4 - Crdito Presumido 7.5 - Tratamento Fiscal Dos Crditos 8. Exemplo 9. Utilizao Dos Crditos do PIS/PASEP e da COFINS 10. Controle Dos Crditos do PIS/PASEP e da COFINS 11. Deduo Dos Valores Retidos no Pagamento Das Contribuies

12. Recolhimento Das Contribuies 13. Informaes Receita Federal - DACON 14. Guarda de Documentos

1. CONSIDERAES INICIAIS Neste trabalho abordamos as normas para o clculo e pagamento das contribuies mensais ao PIS/PASEP e COFINS, devidas sobre a receita bruta das Empresas Tributadas com base no Lucro Real, na modalidade de incidncia no-cumulativa. Salientamos que as pessoas jurdicas que apuram o Imposto de Renda pelo lucro presumido ficam sujeitas s contribuies na modalidade cumulativa, devendo observar as normas examinadas no Bol. INFORMARE n 16/2005, deste caderno. Da mesma forma, as pessoas jurdicas que aufiram receitas da venda ou revenda de produtos includos em regimes diferenciados de tributao (combustveis, inclusive GLP e gs natural, biodiesel, veculos, auto-peas, medicamentos, cosmticos, cervejas e refrigerantes, inclusive suas embalagens), alm das normas gerais, devem observar as normas especficas relativas incidncia monofsica das contribuies. Nota: As normas para apurao e recolhimento das contribuies sob a forma de incidncia monofsica foram publicadas nos seguintes Bols. INFORMARE abaixo relacionados: - Bebidas e Embalagens - Bol. INFORMARE n 06/2004; - Cervejas, Refrigerantes, guas e Embalagens - Bol. INFORMARE n 39/2004; - Cigarros - Bol. INFORMARE n 34/2004; - Combustveis - Bol. INFORMARE n 30/2004; - Veculos, Partes, Peas e Acessrios - Bol. INFORMARE n 32/2004; - Medicamentos e produtos de higiene e perfumaria - Bol. INFORMARE n 39/2005. As incorporadoras devem observar, tambm, o Regime Especial de Tributao (RET), institudo pelo art. 1 da Lei n 10.931/2004, regulamentado pela Instruo Normativa SRF n 474/2004. Esclarecemos, ainda, que as entidades imunes e isentas, tais como associaes, fundaes e sindicatos, desde que atendidos os requisitos da legislao, sujeitamse ao pagamento do PIS/PASEP na modalidade folha de salrios, na forma examinada no Bol. INFORMARE n 34/2003, deste caderno. 2. PESSOAS JURDICAS SUJEITAS INCIDNCIA NO-CUMULATIVA DAS CONTRIBUIES Esto sujeitas incidncia no-cumulativa das contribuies ao PIS e COFINS as pessoas jurdicas de direito privado, e as que lhe so equiparadas pela legislao do Imposto de Renda, que apuram o IRPJ com base no lucro real. 2.1 - Cooperativas Agropecurias e as de Consumo De acordo com a nova redao dada ao inciso VI do art. 10 da Lei n 10.833/2004, pelo art. 21 da Lei n 10.865/2004, as cooperativas de produo agropecuria e as de consumo esto includas no regime da no-cumulatividade do PIS/PASEP e da COFINS. Desta forma, essas cooperativas, desde 1 de agosto de 2004, passam a sujeitarse modalidade no-cumulativa do PIS/PASEP e da COFINS, de que tratam as Leis ns 10.637/2002 e 10.833/2003. O total das receitas, sem prejuzo das dedues de que trata o art. 15 da Medida Provisria n 2.158-35/2001 e o art. 17 da Lei n 10.684/2003, ser submetido incidncia no-cumulativa das contribuies, a elas no se aplicando a proporcionalizao do crdito prevista no 7 do art. 3 das Leis ns 10.637/2002 e 10.833/2003.

3. PESSOAS JURDICAS NO SUJEITAS INCIDNCIA NO-CUMULATIVA DAS CONTRIBUIES A incidncia das contribuies ao PIS/PASEP e da COFINS na modalidade nocumulativa no se aplica s pessoas jurdicas que apurarem o Imposto de Renda com base no lucro presumido ou arbitrado e s microempresas e empresas de pequeno porte, optantes pelo SIMPLES Federal. A incidncia no-cumulativa das contribuies tambm no se aplica s seguintes pessoas jurdicas: I - operadoras de planos de sade; II - empresas de securitizao de crditos; III - bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econmicas, sociedades de crdito, financiamento e investimento, sociedades de crdito imobilirio, sociedades corretoras, distribuidoras de ttulos e valores mobilirios, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crdito, empresas de seguros privados e de capitalizao, agentes autnomos de seguros privados e de crdito e entidades de previdncia privada abertas e fechadas; IV - rgos pblicos, as autarquias e fundaes pblicas federais, estaduais e municipais, e as fundaes cuja criao tenha sido autorizada por lei, referidas no art. 61 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias da Constituio de 1988; V - empresas particulares que explorem servios de vigilncia e transporte de valores na forma da Lei n 7.102/1983 (Instruo Normativa SRF n 358/2003); e VI - sociedades cooperativas, exceto as agropecurias e as de consumo. 3.1 - Entidades Imunes e Isentas As pessoas jurdicas imunes a impostos como os templos religiosos, partidos polticos, inclusive suas fundaes, entidades sindicais dos trabalhadores, instituies de educao e de assistncia social, sem fins lucrativos, que atendam os requisitos legais, no se sujeitam s contribuies na modalidade nocumulativa. Tais entidades ficam sujeitas ao recolhimento da contribuio ao PIS, sobre a folha de pagamento. Cabe observar que as entidades relacionadas no art. 13 da Medida Provisria n 2.158-35/2001, isentas do PIS e da COFINS, quando auferirem receitas no decorrentes de suas atividades prprias, estaro sujeitas incidncia nocumulativa em relao a essas receitas. 4. RECEITAS NO SUJEITAS AO PIS/PASEP E COFINS NO-CUMULATIVA No compem a base de clculo do PIS/PASEP e da COFINS na modalidade nocumulativa, ainda que auferidas por pessoa jurdica tributada pelo Lucro Real, devendo ser computadas na base de clculo do PIS/PASEP e da COFINS normal ou do regime prprio a que se sujeitam, as receitas: I - sujeitas ao regime de tributao aplicvel ao Mercado Atacadista de Energia Eltrica (MAE), nos termos dos arts. 21, 41 e 42 da Instruo Normativa SRF n 247/2002, com redao dada pela Instruo Normativa SRF n 358/2003; II - relativas s operaes de venda de veculos usados, adquiridos para revenda, bem assim dos recebidos como parte do preo da venda de veculos novos ou usados, quando auferidas por pessoas jurdicas que tenham como objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a compra e venda de veculos automotores; III - auferidas a partir de 1 de fevereiro de 2004, decorrentes da venda de bens do ativo permanente; IV - decorrentes da prestao de servios de telecomunicao; V - auferidas a partir de 1 de fevereiro de 2003, decorrentes de prestao de servios das empresas jornalsticas e de radiodifuso sonora e de sons e imagens;

VI - decorrentes de prestao de servios de transporte coletivo rodovirio, metrovirio, ferrovirio e aquavirio de passageiros; VII -decorrentes de prestao de servios das empresas de call center, telemarketing, telecobrana e de teleatendimento em geral (Insero do inciso XIX ao art. 10 da Lei n 10.833/2003 pelo art. 21 da Lei n 10.865/2004); VIII - decorrentes de servios prestados por hospital, pronto-socorro, clnica mdica, odontolgica, de fisioterapia e de fonoaudiologia, e laboratrio de anatomia patolgica, citolgica ou de anlises clnicas, bem assim os servios de dilise, raios X, radiodiagnstico e radioterapia, quimioterapia e de banco de sangue (Nova redao dada ao inciso XIII do art. 10 da Lei n 10.833/2003 pelo art. 21 da Lei n 10.865/2004 e das disposies do art. 15 da Lei n 10.833/2003, em sua nova redao); IX - relativas a contratos firmados anteriormente a 31 de outubro de 2003 (Instruo Normativa SRF n 468/2004): a) com prazo superior a 1 (um) ano, de administradoras de planos de consrcios de bens mveis e imveis, regularmente autorizadas a funcionar pelo Banco Central; b) com prazo superior a 1 (um) ano, de construo por empreitada ou de fornecimento, a preo predeterminado, de bens ou servios; c) de construo por empreitada ou de fornecimento, a preo predeterminado, de bens ou servios contratados com pessoa jurdica de direito pblico, empresa pblica, sociedade de economia mista ou suas subsidirias, bem como os contratos posteriormente firmados decorrentes de propostas apresentadas, em processo licitatrio, at aquela data; Nota: Sobre os procedimentos a serem observados por essas empresas, vide matria publicada no Bol. INFORMARE n 51/2004, deste caderno. X - decorrentes de prestao de servios de educao infantil, ensinos fundamental e mdio e educao superior; XI - decorrentes da execuo por administrao, empreitada ou subempreitada, de obras de construo civil, at 31 de dezembro de 2006 (Insero do inciso XX ao art. 10 da Lei n 10.833/2003 pelo art. 21 da Lei n 10.865/2004); XII - auferidas por parques temticos, e as decorrentes de servios de hotelaria e de organizao de feiras e eventos, conforme definido pela Portaria Interministerial dos Ministros da Fazenda e do Turismo n 33/2005 (Insero do inciso XXI ao art. 10 da Lei n 10.833/2003 pelo art. 21 da Lei n 10.865/2004); Nota: Sobre as normas a serem observadas por essas empresas, vide matria publicada no Bol. INFORMARE n 17/2005, deste caderno. XIII - das lojas francas referidas no art. 15 do Decreto-lei n 1.455/1976 (Insero do inciso XV ao art. 10 da Lei n 10.833/2003 pelo art. 21 da Lei n 10.865/2004); XIV - auferidas por pessoas jurdicas, decorrentes da edio de peridicos e de informaes neles contidas, que sejam relativas aos assinantes dos servios pblicos de telefonia (Insero do inciso XVII ao art. 10 da Lei n 10.833/2003 pelo art. 21 da Lei n 10.865/2004); XV - decorrentes de venda de jornais e peridicos (Nova redao dada ao inciso IX do art. 10 da Lei n 10.833/2003 pelo art. 21 da Lei n 10.865/2004 e nova redao ao art. 15 da Lei n 10.833/2003); XVI - decorrentes de prestao de servio de transporte coletivo de passageiros, efetuado por empresas regulares de linhas areas domsticas, e as decorrentes da prestao de servio de transporte de pessoas por empresas de txi- areo (Insero do inciso XVI ao art. 10 da Lei n 10.833/2003 pelo art. 21 da Lei n 10.865/2004); XVII - a partir de 26 de julho de 2004 (Art. 10 da Lei n 10.833/2003 com redao dada pelo art. 5 da Lei n 10.925/2004):

a) as receitas decorrentes da prestao de servios postais e telegrficos prestados pela Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos; b) as receitas decorrentes de prestao de servios pblicos de concessionrias operadoras de rodovias; c) as receitas decorrentes da prestao de servios das agncias de viagem e de viagens e turismo; XIV - a partir de 1 de agosto de 2004, as receitas auferidas pelas pessoas jurdicas produtoras (usinas e destilarias) com as vendas de lcool para fins carburantes (Ato Declaratrio Interpretativo SRF n 03/2005); XX - a partir de 30.12.2004, as receitas auferidas por empresas de servios de informtica, decorrentes das atividades de desenvolvimento de software e o seu licenciamento ou cesso de direito de uso, bem como de anlise, programao, instalao, configurao, assessoria, consultoria, suporte tcnico e manuteno ou atualizao de software, compreendidas ainda como softwares as pginas eletrnicas; XXI - das operaes sujeitas substituio tributria das contribuies; XXII - desde 14 de outubro de 2005, as receitas relativas s atividades de revenda de imveis, desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporao imobiliria e construo de prdio destinado venda, quando decorrentes de contratos de longo prazo firmados antes de 31 de outubro de 2003 (includo pelo art. 43 da Lei n 11.196/2005). 5. BASE DE CLCULO A base de clculo da Contribuio para o PIS/PASEP e COFINS, na modalidade nocumulativa, o valor do faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurdica, independentemente de sua denominao ou classificao contbil (Lei n 10.637/2002, art. 1, 1 e 2, e Lei n 10.833/2003, art. 1, 1 e 2). 5.1 - Excluses ou Dedues da Base de Clculo Para fins de determinao da base de clculo, podem ser excludos do faturamento, quando o tenham integrado, os valores (Lei n 10.637/2002, art. 1, 3, e Lei n 10.833/2003, art. 1, 3; Instruo Normativa SRF n 247/2002, art. 24): I - das receitas isentas ou no alcanadas pela incidncia da contribuio ou sujeitas alquota 0 (zero); II - das vendas canceladas; III - dos descontos incondicionais concedidos; IV - do IPI; V - do ICMS, quando destacado em Nota Fiscal e cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos servios na condio de substituto tributrio; VI - das reverses de provises e das recuperaes de crditos baixados como perdas, que no representem ingresso de novas receitas; VII - dos resultados positivos da avaliao de investimentos pelo valor do patrimnio lquido; VIII - dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisio, que tenham sido computados como receita; e IX - das receitas no-operacionais, decorrentes da venda de bens do ativo permanente; X - das receitas de revenda de bens em que a contribuio j foi recolhida pelo substituto tributrio; XI - das receitas excludas do regime de incidncia no-cumulativa, constantes do art. 10 da Lei n 10.833/2003, relacionadas no item 4.

6. ALQUOTAS Sobre a base de clculo das contribuies sero aplicadas as alquotas de: a) 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centsimos por cento) para o PIS/PASEP; e b) 7,6% (sete inteiros e seis dcimos por cento) para a COFINS. As pessoas jurdicas que aufiram receitas da venda ou revenda de produtos includos em regimes diferenciados de tributao (combustveis, inclusive GLP e gs natural, veculos, autopeas, medicamentos, cosmticos, cervejas e refrigerantes, inclusive suas embalagens) devem observar alquotas especficas. Nota: As normas para apurao e recolhimento das contribuies sob a forma de incidncia monofsica foram publicadas nos seguintes Bols. INFORMARE, do ano de 2004, deste caderno: - Bebidas e Embalagens - Bol. INFORMARE n 06; - Cervejas, Refrigerantes, guas e Embalagens - Bol. INFORMARE n 39; - Cigarros - Bol. INFORMARE n 34; - Combustveis - Bol. INFORMARE n 30; - Veculos, Partes, Peas e Acessrios - Bol. INFORMARE n 32; - Medicamentos e Produtos de Perfumaria - Bol. INFORMARE n 39/2005. 6.1 - Papel Para Impresso de Peridicos Por meio da nova redao dada ao art. 2 da Lei n 10.833/2003 e da Lei n 10.637/2002, pelos arts. 21 e 37 da Lei n 10.865/2004, as contribuies na modalidade no-cumulativa incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda de papel imune a impostos de que trata o art. 150, inciso VI, alnea d, da Constituio Federal, quando destinado impresso de peridicos, foi fixada em 3,2% (trs inteiros e dois dcimos por cento) para a COFINS e 0,8% (oito dcimos por cento) para o PIS/PASEP. Entretanto, esto reduzidas a 0 (zero), de acordo com o art. 28 da Lei n 10.865/2004, as alquotas da contribuio para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda, no mercado interno, de: I - papel destinado impresso de jornais, pelo prazo de 4 (quatro) anos a contar da data de vigncia desta Lei ou at que a produo nacional atenda 80% (oitenta por cento) do consumo interno, na forma a ser estabelecida em regulamento do Poder Executivo; II - papis classificados nos cdigos 4801.00.10, 4801.00.90, 4802.61.91, 4802.61.99, 4810.19.89 e 4810.22.90, todos da TIPI, destinados impresso de peridicos pelo prazo de 4 (quatro) anos a contar da data de vigncia desta Lei ou at que a produo nacional atenda 80% (oitenta por cento) do consumo interno. 6.2 - lcool Para Fins Carburantes De acordo com a nova redao dada ao inciso IV do art. 1 da Lei n 10.833/2003 pelo art. 21 da Lei n 10.865/2004, a partir de 1 de agosto de 2004, as receitas auferidas pelas pessoas jurdicas produtoras (usinas e destilarias) com as vendas de lcool para fins carburantes foram excludas da incidncia monofsica das contribuies. Portanto, essas receitas esto sujeitas incidncia cumulativa da Contribuio para o PIS/PASEP e da COFINS, s alquotas de 0,65% (sessenta e cinco centsimos por cento) e de 3% (trs por cento), respectivamente (Ato Declaratrio Interpretativo SRF n 01/2005). Nas sadas das distribuidoras o PIS/PASEP e a COFINS sero calculados, respectivamente, com base nas seguintes alquotas (Art. 3 da Lei n 9.990/2000): a) 1,46% (um inteiro e quarenta e seis centsimos por cento) para o PIS/PASEP; e b) 6,74% (seis inteiros e setenta e quatro centsimos por cento) para a COFINS.

6.3 - Receitas Financeiras Os Decretos ns 5.164/2004 e 5.442/2005 reduziram a 0 (zero) as alquotas da Contribuio para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre as receitas financeiras , inclusive decorrentes de operaes realizadas para fins de hedge, auferidas pelas pessoas jurdicas sujeitas incidncia no-cumulativa das referidas contribuies, ainda que somente sobre partes de suas receitas. O benefcio no alcana as receitas financeiras oriundas de juros sobre capital prprio. As pessoas jurdicas no includas na incidncia no-cumulativa das contribuies devem continuar tributando as receitas financeiras s alquotas normais de 0,65% (sessenta e cinco centsimos por cento) para o PIS/PASEP e de 3% (trs por cento) para a COFINS. 6.4 - Alquotas Para as Vendas Realizadas Por Empresas Estabelecidas na Zona Franca de Manaus Foram estabelecidas alquotas especiais, em decorrncia da insero do 4 ao art. 2 da Lei n 10.637/2002 e 5 ao art. 2 da Lei n 10.833/2003, pela Lei n 10.996/2004, para clculo das contribuies ao PIS/PASEP e da COFINS na modalidade no-cumulativa sobre a receita bruta auferida por pessoa jurdica industrial estabelecida na Zona Franca de Manaus, decorrente da venda de produo prpria, de acordo com o projeto aprovado pelo Conselho de Administrao da SUFRAMA: PESSOA JURDICA DESTINATRIA DA VENDA Estabelecida na Zona Franca de Manaus ALQUOTAS PIS 0,65% COFINS 3% 3% 6%

Estabelecida fora da Zona Franca de Manaus, que apure a 0,65 Contribuio para o PIS/PASEP no regime de no-cumulatividade Estabelecida fora da Zona Franca de Manaus, que apure o Imposto de Renda com base no lucro presumido Estabelecida fora da Zona Franca de Manaus, que apure o Imposto de Renda com base no lucro real e que tenha sua receita, total ou parcialmente, excluda do regime de incidncia no-cumulativa da Contribuio Para o PIS/PASEP/COFINS Estabelecida fora da Zona Franca de Manaus e que seja optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuies - SIMPLES rgos da administrao federal, estadual, distrital e municipal 1,3% 1,3% 1,3%

1,3%

6%

6% 6%

Ressaltamos que as alquotas especiais no se aplicam s vendas por empresas estabelecidas na Zona Franca de Manaus de produtos includos na modalidade de incidncia monofsica de tributao (combustveis, produtos farmacuticos e cosmticos, mquinas e veculos, autopeas, pneus novos de borracha, cmarasde-ar de borracha, querosene de aviao, gua, refrigerante, cerveja e preparaes compostas e de embalagens destinadas ao envasamento destes produtos). 6.5 - Alquota 0 (Zero) As alquotas do PIS/PASEP e da COFINS esto reduzidas a 0 (zero) quando aplicveis sobre a receita bruta decorrente:

I - da venda de gasolinas (exceto gasolina de aviao), leo diesel e gs liquefeito de petrleo, por distribuidores e comerciantes varejistas; II - da venda de lcool para fins carburantes, por comerciantes varejistas; III - da venda dos produtos farmacuticos de higiene pessoal classificados nas posies 30.01, 30.03, exceto no cdigo 3003.90.56, 3004, exceto no cdigo 3004.90.46, e 3303.00 a 3307, nos itens 3002.10.1, 3002.10.2, 3002.10.3, 3002.20.1, 3002.20.2, 3006.30.1 e 3006.30.2 e nos cdigos 3002.90.20, 3002.90.92, 3002.90.99, 3005.10.10, 3006.60.00, 3401.11.90, 3401.20.10 e 9603.21.00, todos da TIPI, pelas pessoas jurdicas no enquadradas na condio de industrial ou importador; IV - da venda dos produtos classificados nos cdigos 84.29, 8432.40.00, 84.32.80.00, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5, 87.01, 87.02, 87.03, 87.04, 87.05 e 87.06, da TIPI, por comerciantes atacadistas e varejistas, exceto pela empresa comercial atacadista adquirente dos produtos resultantes da industrializao por encomenda, equiparada a industrial na forma do 5 do art. 17 da Medida Provisria n 2.189-49/2001; V - da venda dos produtos classificados nas posies 40.11 (pneus novos de borracha) e 40.13 (cmaras-de-ar de borracha), da TIPI, por pessoas jurdicas comerciantes varejistas e atacadistas; VI - da venda de nafta petroqumica s centrais petroqumicas; Nota: Considera-se nafta petroqumica a nafta normal-parafina classificada no cdigo 2710.11.41 da TIPI. VII - da venda de gs natural canalizado e de carvo mineral, destinados produo de energia eltrica pelas usinas integrantes do Programa Prioritrio de Termoeletricidade, nos termos e condies estabelecidas em ato conjunto dos Ministros de Estado de Minas e Energia e da Fazenda; e VIII - do recebimento dos valores relativos intermediao ou entrega de veculos, pelos concessionrios de que trata a Lei n 6.729/1979; IX - da venda no mercado interno, a partir de 26 de julho de 2004, de feijo, arroz e farinha de mandioca, classificados nos cdigos 0713.33.19, 0713.33.29, 0713.33.99, 1006.20, 1006.30 e 1106.20 da Tabela de Incidncia do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto n 4.542/2002; X - da comercializao no mercado interno, a partir de 1 de agosto de 2004, de: a) adubos ou fertilizantes classificados no Captulo 31, exceto os produtos de uso veterinrio, da TIPI, e suas matrias-primas; b) defensivos agropecurios classificados na posio 38.08 da TIPI e suas matriasprimas; c) sementes e mudas destinadas semeadura e plantio, em conformidade com o disposto na Lei n 10.711/2003, e produtos de natureza biolgica utilizados em sua produo; d) corretivo de solo de origem mineral classificado no Captulo 25 da TIPI; e) inoculantes agrcolas produzidos a partir de bactrias fixadoras de nitrognio, classificados no cdigo 3002.90.99 da TIPI; e f) vacinas para medicina veterinria; XI - decorrente da venda, no mercado interno, de produtos hortcolas e frutas, classificados nos Captulos 7 e 8, e ovos, classificados na posio 04.07, todos da TIPI (Art. 28 da Lei n 10.865/2004, inciso III); XII - aeronaves, classificadas na posio 88.02 da TIPI, suas partes, peas, ferramentais, componentes, insumos, fluidos hidrulicos, tintas, anticorrosivos, lubrificantes, equipamentos, servios e matrias-primas a serem empregados na manuteno, conservao, modernizao, reparo, reviso, converso e montagem

das aeronaves, seus motores, partes, componentes, ferramentais e equipamentos (Art. 6 da Lei n 10.925/2004); Nota: A reduo a 0 (zero), a partir de 26.07.2004, ser concedida somente s aeronaves e aos bens destinados manuteno, reparo, reviso, conservao, moder-nizao, converso e montagem de aeronaves utilizadas no transporte comercial de cargas ou de passageiros. At 25.07.2004 a reduo a 0 (zero) somente se aplicava s vendas, no mercado interno, de partes e peas da posio 88.03 destinadas aos veculos e aparelhos da posio 88.02 (Avies, Helicpteros, Veculos especiais, Satlites e Veculos suborbitais). XIII - da venda no mercado interno dos seguintes produtos (Nova redao dada ao art. 2 da Lei n 10.833/2003 e da Lei n 10.637/2002 pelos arts. 21 e 37 da Lei n 10.865/2004 e Decreto n 5.127/2004): a) qumicos e farmacuticos, classificados nos Captulos 29 e 30 da Nomenclatura Comum do MERCOSUL - NCM, relacionados no Anexo I do Decreto n 5.127/2004); b) destinados ao uso em laboratrio de anatomia patolgica, citolgica ou de anlises clnicas classificados nas posies 30.02, 30.06, 39.26, 40.15 e 90.18 da NCM, relacionados no Anexo II do Decreto n 5.127/2004; c) smens e embries da posio 05.11 da NCM; XIV - livros em geral, conforme definido no art. 2 da Lei n 10.753/2003 (Lei n 11.033/2004, art. 7); XV - a partir de 30.12.2004 (Lei n 11.051/2004, art. 29): a) farinha, grumos e smolas, gros esmagados ou em flocos, de milho, classificados, respectivamente, nos cdigos 1102.20, 1103.13 e 1104.19, todos da TIPI; b) pintos de 1 (um) dia classificados no cdigo 0105.11 da TIPI; e c) leite fluido pasteurizado ou industrializado, destinados ao consumo humano; na forma ultrapasteurizado,

XVI - a partir de 1 de maro de 2006 (Art. 51 da Lei n 11.196/2005): a) leite em p, integral ou desnatado, destinados ao consumo humano; b) queijos tipo mussarela, minas, prato, queijo coalho, ricota e requeijo. 6.6 - Suspenso da Incidncia 6.6.1 - Venda Para Pessoa Jurdica Tributada Com Base no Lucro Real A incidncia da Contribuio para o PIS/PASEP e da COFINS fica suspensa na hiptese de venda, para a pessoa jurdica tributada com base no lucro real: I - dos produtos in natura de origem vegetal, classificados nas posies 09.01, 10.01 a 10.08, exceto os dos cdigos 1006.20 e 1006.30, 12.01 e 18.01, todos da NCM, efetuada pelos cerealistas que exeram cumulativamente as atividades de secar, limpar, padronizar, armazenar e comercializar os referidos produtos; II - de leite in natura, quando efetuada por pessoa jurdica que exera, cumulativamente, as atividades de transporte, resfriamento e venda a granel; e III - efetuada por pessoa jurdica que exera atividade agropecuria ou por cooperativa de produo agropecuria, de insumos destinados produo de mercadorias de origem animal ou vegetal, classificadas nos captulos 2, 3 (exceto os produtos vivos desse captulo) e 4, 8 a 12, 15, 16 e 23, e nos cdigos 03.02, 03.03, 03.04, 03.05, 0504.00, 0701.90.00, 0702.00.00, 0706.10.00, 07.08, 0709.90, 07.10, 07.12 a 07.14, exceto os cdigos 0713.33.19, 0713.33.29 e 0713.33.99, 1701.11.00, 1701.99.00, 1702.90.00, 18.01, 18.03, 1804.00.00, 1805.00.00, 20.09, 2101.11.10 e 2209.00.00, todos da NCM, destinados alimentao humana ou animal. Nota: Essa suspenso no se aplica no caso de vendas efetuadas por pessoas jurdicas que exeram as atividades de padronizar, beneficiar, preparar e misturar

tipos de caf para definio de aroma e sabor (blend) ou separar por densidade dos gros, com reduo dos tipos determinados pela classificao oficial. (Lei n 10.925, de 2004, art. 9 - Lei n 11.051, de 2004, art. 29) 6.6.2 - Vendas de Desperdcios, Resduos e Aparas A partir de 1 de maro de 2006, a incidncia da contribuio para o PIS e Cofins fica suspensa no caso de venda de desperdcios, resduos ou aparas de plstico, de papel ou carto, de vidro, de ferro ou ao, de cobre, de nquel, de alumnio, de chumbo, de zinco e de estanho, classificados, respectivamente, nas posies 39.15, 47.07, 70.01, 72.04, 74.04, 75.03, 76.02, 78.02, 79.02 e 80.02, da TIPI - Tabela de Incidncia do IPI (Art. 48 da Lei n 11.196/2005). Neste caso, ficar vedada a constituio do crdito das contribuies para o PIS/PASEP e da COFINS no regime no-cumulativo, referente aquisio dos produtos citados, cuja incidncia das contribuies estar suspensa (Art. 47 da Lei n 11.196/2005). Cabe observar que a suspenso da incidncia das contribuies, citada acima, no se aplica s vendas efetuadas por pessoa jurdica optante pelo Simples ( nico do art. 48 da Lei n 11.196/2005). 7. CRDITOS DO PIS/PASEP E DA COFINS NO-CUMULATIVA Dos valores de Contribuio para o PIS/PASEP e COFINS apurados, a pessoa jurdica submetida incidncia no-cumulativa poder descontar crditos, calculados mediante a aplicao das alquotas de 7,6% (sete inteiros e seis dcimos por cento) (COFINS) e 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centsimos por cento) (Contribuio para o PIS/PASEP) sobre os valores: I - das aquisies de bens para revenda efetuadas no ms; Nota: O crdito, na hiptese de aquisio, para revenda, de papel imune a impostos, de que trata o art. 150, inciso VI, alnea d, da Constituio Federal, quando destinado impresso de peridicos, ser determinado mediante a aplicao da alquota de 3,2% (trs inteiros e dois dcimos por cento) (COFINS) e 0,8% (oito dcimos por cento) (Contribuio para o PIS/PASEP). II - das aquisies, efetuadas no ms, de bens e servios utilizados como insumos na fabricao de produtos destinados venda ou na prestao de servios, inclusive combustveis e lubrificantes; III - dos bens recebidos em devoluo, no ms, cuja receita de venda tenha integrado o faturamento do ms ou de ms anterior, e tenha sido tributada no regime de incidncia no-cumulativa; Nota: O crdito ser determinado mediante a aplicao das alquotas incidentes na venda sobre o valor ou unidade de medida, conforme o caso, dos produtos recebidos em devoluo no ms. IV - das despesas e custos incorridos no ms, relativos: a) energia eltrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurdica; b) a aluguis de prdios, mquinas e equipamentos, utilizados nas atividades da empresa; Nota: vedado o crdito relativo a aluguel de bens que j tenham integrado o patrimnio da pessoa jurdica. c) a contraprestao de operaes de arrendamento mercantil pagas a pessoa jurdica, exceto quando esta for optante pelo SIMPLES; Nota: vedado o crdito relativo contraprestao de arrendamento mercantil de bens que j tenham integrado o patrimnio da pessoa jurdica. d) armazenagem de mercadoria e frete na operao de venda, nos casos dos ns I e II, quando o nus for suportado pelo vendedor; V - dos encargos de depreciao e amortizao, incorridos no ms, relativos a mquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado

adquiridos a partir de 1 de maio de 2004, ou fabricados, a partir de 1 de dezembro de 2005, para locao a terceiros ou para utilizao na produo de bens destinados venda, ou na prestao de servios (Art. 31 da Lei n. 10.865/2004 e art. 43 da Lei n 11.196/2005); VI - dos encargos de depreciao e amortizao, incorridos no ms, relativos a edificaes e benfeitorias em imveis prprios ou de terceiros, adquiridas ou realizadas a partir de maio de 2004, utilizados nas atividades da empresa. Notas: 1) O direito ao desconto de crditos de que tratam os ns V e VI no se aplica ao valor decorrente da reavaliao de bens e direitos do ativo permanente. 2) vedado tomar crditos sobre os encargos de depreciao acelerada incentivada, a que se refere o art. 313 do Regulamento do Imposto de Renda - RIR de 1999 e na hiptese de aquisio de bens usados. As vendas efetuadas com suspenso, iseno, alquota 0 (zero) ou no-incidncia da Contribuio para o PIS/PASEP e da COFINS no impedem a manuteno, pelo vendedor, dos crditos vinculados a essas operaes (Art. 17 da Lei n 11.033/2004). Desde 1 de maio de 2004, com o incio da incidncia do PIS/PASEP e da COFINS na importao, as pessoas jurdicas sujeitas apurao das contribuies internas na modalidade no-cumulativa podero descontar crdito, para fins de determinao dessas contribuies, em relao s importaes tributadas. A pessoa jurdica, que adquirir imvel para venda ou promover empreendimento de desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporao imobiliria ou construo de prdio destinado venda, utilizar o crdito referente aos custos vinculados unidade construda ou em construo somente a partir da efetivao da venda (Instruo Normativa SRF n 458/2004). 7.1 - Conceito de Insumo Entende-se como insumos: I - utilizados na fabricao ou produo de bens destinados venda: a) as matrias-primas, os produtos intermedirios, o material de embalagem e quaisquer outros bens que sofram alteraes, tais como o desgaste, o dano ou a perda de propriedades fsicas ou qumicas, em funo da ao diretamente exercida sobre o produto em fabricao, desde que no estejam includas no ativo imobilizado; b) os servios prestados por pessoa jurdica domiciliada no Pas, aplicados ou consumidos na produo ou fabricao do produto; II - utilizados na prestao de servios: a) os bens aplicados ou consumidos na prestao de servios, desde que no estejam includos no ativo imobilizado; e b) os servios prestados por pessoa jurdica domiciliada no Pas, aplicados ou consumidos na prestao do servio. 7.2 - Regras Especiais Para Aproveitamento Dos Crditos 7.2.1 - Crditos Nas Compras de Mercadoria Produzida Por Pessoa Jurdica Estabelecida na Zona Franca de Manaus Com a insero do 12 ao art. 3 da Lei ns 10.637/2002 e 17 ao art. 3 da Lei n 10.833/2003, pela Lei n 10.996/2004, a partir de 16 de dezembro de 2004, na aquisio de mercadoria produzida por pessoa jurdica estabelecida na Zona Franca de Manaus, consoante projeto aprovado pela SUFRAMA, o crdito ser determinado mediante a aplicao da alquota de 1% (um por cento). 7.2.2 - Compras Pelas Pessoas Jurdicas Estabelecidas na Zona Franca de Manaus

A Lei n 10.996/2004 reduz a 0 (zero) as alquotas da Contribuio para o PIS/PASEP e da Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) incidentes sobre as receitas de vendas de mercadorias destinadas ao consumo ou industrializao na Zona Franca de Manaus (ZFM), por pessoa jurdica estabelecida fora da ZFM. O 2 do art. 2 da referida Lei esclarece que a reduo a 0 (zero) no gera direito a crdito para o adquirente na modalidade de incidncia no-cumulativa. 7.2.3 - Revendedor de Papel Imune a Impostos O revendedor de papel imune a impostos, quando a venda for a pessoa jurdica que destinar o papel impresso de peridicos, poder se creditar pelas alquotas de: a) 0,8% (oito dcimos por cento) para o PIS/PASEP; e b) 3,2% (trs inteiros e dois dcimos por cento) para a COFINS. Entretanto, enquanto perdurar a reduo a 0 (zero) nas aquisies e na importao, no h direito a crdito nas aquisies de: a) papel destinado impresso de jornais, pelo prazo de 4 (quatro) anos a contar da data de vigncia desta Lei ou at que a produo nacional atenda 80% (oitenta por cento) do consumo interno, na forma a ser estabelecida em regulamento do Poder Executivo; b) papis classificados nos cdigos 4801.00.10, 4801.00.90, 4802.61.91, 4802.61.99, 4810.19.89 e 4810.22.90, todos da TIPI, destinados impresso de peridicos pelo prazo de 4 (quatro) anos a contar da data de vigncia desta Lei ou at que a produo nacional atenda 80% (oitenta por cento) do consumo interno. A vedao ao crdito na revenda somente se aplica ao papel destinado impresso de jornais e peridicos, adquirido ou importado com alquota 0 (zero). 7.2.4 - Crditos Referentes Aos Estoques de Abertura Os estoques de abertura de bens destinados venda e de bens e servios utilizados como insumos na fabricao de produtos destinados venda ou na prestao de servios, de que tratam o art. 3, I e II, das Leis ns 10.637/2002 e 10.833/2003, inclusive estoques de produtos acabados e em elaborao, existentes na data de incio da incidncia no-cumulativa da Contribuio para o PIS/PASEP e da COFINS, do direito ao desconto de crdito presumido. Inclusive, os estoques de produtos destinados fabricao de produtos sujeitos incidncia concentrada, que no geraram crdito na aquisio por terem sido adquiridos na poca em que a incidncia monofsica no estava integrada no-cumulatividade, exceto nos casos em que os produtos foram adquiridos com a alquota 0 (zero), isentos, ou no foram alcanados pela incidncia das contribuies. O montante do crdito da Contribuio para o PIS/PASEP e da COFINS, referente a estoques, ser igual ao resultado da aplicao dos percentuais de 0,65% (sessenta e cinco centsimos por cento) e de 3% (trs por cento), respectivamente, sobre o valor dos estoques. No caso dos estoques de produtos destinados fabricao de produtos sujeitos incidncia concentrada, que no geraram crdito na aquisio, o crdito presumido ser calculado mediante a aplicao dos percentuais de 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centsimos por cento) (Contribuio para o PIS/COFINS) e 7,6% (sete inteiros e seis dcimos por cento) (COFINS). Os crditos assim calculados podem ser utilizados em 12 (doze) parcelas mensais, iguais e sucessivas, a partir do ms em que iniciar a incidncia no-cumulativa. A pessoa jurdica sujeita incidncia no-cumulativa da Contribuio para o PIS/PASEP, em relao apenas a parte de suas receitas, deve apurar crdito apenas em relao aos estoques vinculados s receitas sujeitas incidncia nocumulativa. No caso de estoques de bens vinculados s receitas sujeitas incidncia no-cumulativa e quelas submetidas ao regime de incidncia cumulativa, os crditos sero determinados pelo mtodo de apropriao direta ou rateio proporcional, conforme o caso.

7.2.5 - Verso de Bens e Direitos na Fuso, Ciso e Incorporao A verso de bens e direitos, em decorrncia de fuso, incorporao e ciso de pessoa jurdica domiciliada no Pas, considera-se aquisio, para fins do desconto do crdito previsto no art. 3 das Leis ns 10.637, de 2002, e 10.833, de 2003, somente nas hipteses em que fosse admitido o desconto do crdito pela pessoa jurdica fusionada, incorporada ou cindida. 7.2.6 - Pessoa Jurdica Com Incidncia Parcial Das Contribuies na Modalidade No-Cumulativa Os crditos s podem ser apurados em relao a custos, despesas e encargos vinculados a receitas sujeitas incidncia no-cumulativa da Contribuio para o PIS/PASEP e da COFINS, observado o seguinte: I - no caso de custos, despesas e encargos vinculados s receitas sujeitas incidncia no-cumulativa e quelas submetidas ao regime de incidncia cumulativa, os crditos sero determinados, a critrio da pessoa jurdica, pelo mtodo de: a) apropriao direta, aplicando-se ao valor dos bens utilizados como insumos, aos custos, s despesas e aos encargos comuns, adquiridos no ms, a relao percentual entre os custos vinculados receita sujeita incidncia no-cumulativa e os custos totais incorridos no ms, apurados por meio de sistema de contabilidade de custos integrada e coordenada com a escriturao; ou b) rateio proporcional, aplicando-se ao valor dos bens utilizados como insumos, aos custos, s despesas e aos encargos comuns, adquiridos no ms, a relao percentual existente entre a receita bruta sujeita incidncia no-cumulativa e a receita bruta total, auferidas no ms; II - os crditos s podem ser utilizados para desconto dos valores da Contribuio para o PIS/PASEP e da COFINS apurados sobre as receitas sujeitas incidncia no-cumulativa. Ou seja: contribuinte que tem parte das receitas sujeitas incidncia no-cumulativa e parte sujeita incidncia cumulativa no pode utilizar o crdito para diminuir o valor da Contribuio para o PIS/PASEP e da COFINS calculados sobre as receitas sujeitas incidncia cumulativa. 7.3 - Limitaes ao Desconto de Crditos 7.3.1 - Regra Geral O direito ao crdito aplica-se, exclusivamente, em relao: I - aos bens e servios adquiridos de pessoa jurdica domiciliada no Pas; II - aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurdica domiciliada no Pas; III - aos encargos de depreciao e amortizao de bens adquiridos de pessoa jurdica domiciliada no Pas. Nota: Excetua-se a esta limitao o direito ao crdito em relao s contribuies efetivamente pagas na importao de bens e servios, na forma da Lei n 10.865/2004. IV - no permitem o crdito: a) a aquisio para revenda de bens submetidos a alquotas concentradas, de mercadorias em relao s quais a contribuio seja exigida da empresa vendedora, na condio de substituta tributria, e de lcool para fins carburantes; b) o valor da aquisio de bens ou servios no sujeitos ao pagamento da contribuio, inclusive no caso de iseno, esse ltimo quando revendidos ou utilizados como insumo em produtos ou servios sujeitos alquota 0 (zero), isentos ou no alcanados pela contribuio; c) o pagamento de que trata o art. 2 da Lei n 10.485/2002, devido pelo fabricante ou importador, ao concessionrio, pela intermediao ou entrega dos veculos classificados nas posies 87.03 e 87.04 da TIPI;

d) os valores dos gastos com seguros, nas operaes de vendas de produtos ou mercadorias, ainda que pagos ou creditados a pessoas jurdicas domiciliadas no Pas (Ato Declaratrio Interpretativo SRF n 02/2005); e) o valor da mo-de-obra paga a pessoa fsica, empregado ou no; f) o IPI incidente na aquisio, quando recupervel, no integra o custo dos bens; g) a aquisio de bens ou servios que gozam de iseno das contribuies, quando revendidos ou utilizados como insumo em produtos ou servios sujeitos alquota 0 (zero), isentos ou no alcanados pela contribuio ( 2 do art. 3 da Lei n 10.833/2003 e da Lei n 10.637/2002, com redao dada pelos arts. 21 e 37 da Lei n 10.865/2004). 7.3.2 - Bens Furtados, Roubados, Inutilizados, Deteriorados ou Destrudos - Estorno de Crditos Em decorrncia da insero do 13 ao art. 3 da Lei n 10.833/2003 pelo art. 21 da Lei n 10.865/2004, dever ser estornado o crdito do PIS/PASEP e da COFINS relativo a bens adquiridos para revenda ou utilizados como insumos na prestao de servios e na produo ou fabricao de bens ou produtos destinados venda, que tenham sido furtados ou roubados, inutilizados ou deteriorados, destrudos em sinistro ou, ainda, empregados em outros produtos que tenham tido a mesma destinao. 7.4 - Crdito Presumido O art. 8 da Lei n 10.925/2004 trata de hiptese de deduo de crdito presumido sobre a aquisio de insumos utilizados por pessoas jurdicas agroindustriais, inclusive cooperativas, que produzam as mercadorias de origem animal ou vegetal nele relacionadas e destinadas alimentao humana ou animal. O art. 15 da Lei n 10.925/2004 trata de hiptese de deduo de crdito presumido sobre a aquisio de insumos utilizados por pessoas jurdicas, inclusive cooperativas, que produzam vinhos de uvas frescas. (Lei n 10.925, de 2004, arts. 8 e 15; Lei n 11.051, de 2004, art. 9) Nota: As hipteses de crdito presumido permitidas pela legislao sero analisadas em matria que ser publicada no prximo Bol. INFORMARE deste caderno. 7.5 - Tratamento Fiscal Dos Crditos O valor dos crditos apurados na modalide no-cumulativa no constitui receita bruta da pessoa jurdica para fins de incidncia do PIS/PASEP e da COFINS, servindo somente para deduo do valor devido da contribuio, no ensejando tambm atualizao monetria ou incidncia de juros sobre os respectivos valores. 8. EXEMPLO Considerando-se que determinada empresa apurou a contribuio ao PIS nocumulativo, referente ao ms de janeiro de 2006, com base nos seguintes dados hipotticos: Receitas de Vendas no Ms..................................................... R$ 450.000,00 Devoluo de Vendas............................................................. R$ 20.000,00 Despesas de Depreciao de Mquinas...................................... R$ 17.000,00 Despesa de Aluguel do Prdio Pago Empresa.................................................................... R$ 50.000,00 Compras de Mercadorias para Revenda...................................... R$ 200.000,00 Vendas canceladas................................................................ R$ 10.000,00 Notas: 1) a devoluo de vendas refere-se venda efetuada no prprio ms; 2) a depreciao contabilizada mensalmente;

3) o saldo de crdito do PIS sobre o valor dos estoques vem sendo utilizado em 12 parcelas mensais iguais e sucessivas de R$ 433,33 cada uma; 4) no h saldo de crditos do PIS do ms anterior; 5) no consideramos as retenes na fonte, em relao contribuio. I - apurao do valor do PIS incidente sobre as receitas: Receitas de Vendas no Ms............................................................. R$ 450.000,00 (-) Vendas canceladas................................................................... R$ 10.000,00 (=) Base de clculo do PIS.............................................................. R$ 440.000,00 (X) Alquota.................................................................................... 1,65% (=) Valor do PIS apurado no ms...................................................... R$ 7.260,00 II - apurao dos crditos: crdito do PIS sobre o valor das mercadorias devolvidas (R$ 10.000,00 x 1,65%)............................................................................. R$ 165,00 crdito do PIS sobre o valor da depreciao (R$ 17.000,00 x 1,65%).............................................................................. R$ 280,50 crdito do PIS sobre a despesa de aluguel (R$ 50.000,00 x 1,65%)............................................................................... R$ 825,00 crdito do PIS sobre compras (R$ 200.000,00 x 1,65%)............................................................................. R$ 3.300,00 crdito mensal de 1/12 do PIS sobre o saldo de esto-que................................... R$ 433,33 (=) valor total dos crditos apurado ms........................................................................................................ 5.003,83 III - apurao do PIS a recolher: Valor do PIS apurado no ms......................................................................... R$ 7.260,00 Valor total dos crditos apurados no ms......................................................... R$ 5.003,83 (=) Valor do PIS a recolher............................................................................ R$ 2.256,17 9. UTILIZAO DOS CRDITOS DO PIS/PASEP E DA COFINS Os crditos da contribuio para o Programa de Integrao Social - PIS e da Contribuio para Financiamento da Seguridade Social - COFINS, escriturados por pessoa jurdica que tenha auferido receitas submetidas ao regime de tributao no-cumulativa, de que tratam as Leis ns 10.637/2002 e 10.833/2003, so utilizados na deduo dos dbitos das mesmas contribuies, decorrentes de suas receitas tributadas. Com o advento da Lei n 11.116/2005, passou a ser permitido que os crditos da Contribuio para o PIS/PASEP e da COFINS, que no puderem ser utilizados na deduo de dbitos das respectivas contribuies, podero ser utilizados na compensao de dbitos prprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos e contribuies federais. no R$

As compensaes ou ressarcimentos sero efetuadas pela pessoa jurdica, mediante apresentao SRF do pedido gerado a partir do Programa PER/DCOMP ou, na impossibilidade de sua utilizao, mediante a apresentao SRF dos formulrios constantes dos Anexos da Instruo Normativa RFB n 563/2005, ao qual devero ser anexados documentos comprobatrios do direito creditrio. Nota: Os procedimentos a serem observados para a compensao ou ressarcimento dos crditos das contribuies foram examinados no Bol. INFORMARE n 38/2005, deste caderno. 10. CONTROLE DOS CRDITOS DO PIS/PASEP E DA COFINS De acordo com a Instruo Normativa SRF n 387/2004, a pessoa jurdica sujeita incidncia no-cumulativa dever manter controle de todas as operaes que influenciem a apurao do valor devido das contribuies e dos respectivos crditos a serem descontados, deduzidos, compensados ou ressarcidos. Salientamos que, embora no tenha havido a instituio de um livro fiscal prprio para controle dos crditos do PIS/PASEP e da COFINS, aconselhvel que a pessoa jurdica faa controles extra-contbeis ou efetue adaptaes em seu plano de contas contbeis, de forma a identificar os dispndios mensais que geram crditos, na deduo do PIS/PASEP e da COFINS apurados em cada ms. 11. DEDUO CONTRIBUIES DOS VALORES RETIDOS NO PAGAMENTO DAS

Do valor do PIS/PASEP e da COFINS devidos, a pessoa jurdica poder, ainda, deduzir do valor a pagar: a) os valores de PIS/PASEP e da COFINS retidos na fonte por outras pessoas jurdicas para as quais prestou servios sujeitos reteno ou por rgos pblicos e estatais federais ou estaduais sobre os recebimentos decorrentes de fornecimento de bens ou prestao de servios em geral, inclusive obras; b) os pagamentos indevidos ou a maior em perodos anteriores, de PIS/PASEP e da COFINS ou de outros tributos e contribuies, mediante preenchimento da Declarao de Compensao a que se refere a Instruo Normativa SRF n 600/2005. 12. RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIES O valor das contribuies ao PIS e Cofins dever ser recolhido de forma centralizada, na matriz da pessoa jurdica, at o ltimo dia til da primeira quinzena do ms subseqente ao de apurao. O PIS/PASEP a pagar dever constar em DARF sob o cdigo 6912. A COFINS a pagar dever constar em DARF sob o cdigo 5856. 13. INFORMAES RECEITA FEDERAL - DACON As pessoas jurdicas de direito privado e as que lhes so equiparadas pela legislao do Imposto de Renda, submetidas apurao da Contribuio para o PIS/PASEP e da Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), nos regimes cumulativo e no-cumulativo, inclusive aquelas que apuram a Contribuio para o PIS/PASEP com base na folha de salrios, devero apresentar o DACON, de forma centralizada pelo estabelecimento matriz, mensalmente, se estiverem obrigadas entrega da Declarao de Dbitos e Crditos Tributrios Federais (DCTF) mensal, nos termos do art. 2 da Instruo Normativa SRF n 482/2004. As pessoas jurdicas no enquadradas na obrigato-riedade de entrega mensal devero apresentar, semestralmente, o DACON, de forma centralizada pelo estabelecimento matriz, podendo, por opo, entregar mensalmente. Essa opo ser exercida mediante apresentao do primeiro DACON, sendo essa opo definitiva e irretratvel para todo o ano-calendrio que contiver o perodo correspondente ao demonstrativo apresentado.

14. GUARDA DE DOCUMENTOS As pessoas jurdicas devem manter, durante o prazo de 10 (dez) anos, em boa guarda, disposio da Receita Federal, os registros contbeis ou planilhas que permitam a comprovao dos valores recolhidos, bem como o valor dos crditos utilizados. Fundamentos Legais: Leis ns 11.051/2004, 10.925/2004, 10.865/2004, 10.833/2003, 10.637/2002, 10.684/2003, 10.426/2002, art. 7, com redao dada pela Lei n 11.051/2004; Instrues Normativas SRF ns 404/2004, 247/2002, 358/2003; Atos Declaratrios Interpretativos SRF ns 01/2005, 25/2003 e 21/2002. PIS/PASEP/COFINS/CSLL Reteno na Fonte Das Contribuies Sociais Sumrio 1. Introduo 2. Incidncia 3. Servios Alcanados Pela Reteno 4. Dispensa da Reteno 4.1 - Prestador de Servio Optante Pelo SIMPLES 4.1.1 - Modelo da Declarao 4.2 - Casos em Que Haver a Reteno Somente da CSLL 4.3 - Pagamentos de Valor Igual ou Inferior a R$ 5.000,00 (Cinco Mil Reais) 5. Base de Clculo e Alquotas 6. Prazo Para Recolhimento e Cdigos de Receita 6.1 - Prazo Para Recolhimento 6.2 - Cdigos de Receita 7. Tratamento Dos Valores Retidos 8. Operaes Com Cartes de Crdito ou Dbito 9. Documentos de Cobrana 10. PIS/PASEP, COFINS ou CSLL Com Exigibilidade Suspensa 11. Informao da Reteno no Documento Fiscal 12. Comprovante Anual de Reteno 12.1 - Modelo do Comprovante de Reteno 13. Apresentao da DIRF

1. INTRODUO A Reteno na Fonte de PIS/PASEP, COFINS e CSLL foi instituda pelo art. 30 da Lei n 10.833/2003, e vem sendo cobrada desde 1 de fevereiro de 2003. As normas para reteno e recolhimento foram disciplinadas pela Instruo Normativa SRF n 459/2004, as quais examinamos neste trabalho. 2. INCIDNCIA Os pagamentos efetuados pelas pessoas jurdicas a outras pessoas jurdicas de direito privado, pela prestao de alguns servios determinados na legislao, esto sujeitos Reteno na Fonte da Contribuio Social sobre o Lucro Lquido - CSLL, da COFINS e da contribuio para o PIS/PASEP, alcanando inclusive os pagamentos efetuados por: I - associaes, inclusive entidades sindicais, federaes, confederaes, centrais sindicais e servios sociais autnomos;

II - sociedades simples, inclusive sociedades cooperativas; III - fundaes de direito privado; ou IV - condomnios edilcios. Nota: A reteno das contribuies sociais independente da reteno do Imposto de Renda na Fonte. 3. SERVIOS ALCANADOS PELA RETENO Os servios sujeitos reteno so os seguintes: I - limpeza, conservao ou zeladoria, compreendidos os servios de varrio, lavagem, enceramento, desinfeco, higienizao, desentupimento, dedetizao, desinsetizao, imunizao, desratizao ou outros servios destinados a manter a higiene, o asseio ou a conservao de praias, jardins, rodovias, monumentos, edificaes, instalaes, dependncias, logradouros, vias pblicas, ptios ou de reas de uso comum; II - manuteno ou conservao de edificaes, instalaes, mquinas, veculos automotores, embarcaes, aeronaves, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer bem, quando destinadas a mant-los em condies eficientes de operao, exceto se a manuteno for feita em carter isolado, como um mero conserto de um bem defeituoso; III - segurana e/ou vigilncia entendidos como os servios que tenham por finalidade a garantia da integridade fsica de pessoas ou a preservao de valores e de bens patrimoniais, inclusive escolta de veculos de transporte de pessoas ou cargas; IV - locao de mo-de-obra; V - assessoria creditcia, mercadolgica, gesto de crdito, seleo e riscos, administrao de contas a pagar e a receber, inclusive quando prestados por empresa de factoring ( 9, art. 1, da Instruo Normativa SRF n 459/2004); VI - servios profissionais relacionados no 1 do art. 647 do Decreto n 3.000/1999, inclusive quando prestados por cooperativas ou associaes profissionais, aplicando-se, para fins da reteno das contribuies, os mesmos critrios de interpretao adotados em atos normativos expedidos pela Secretaria da Receita Federal para a Reteno do Imposto de Renda (Inciso IV, 2, do art. 1 da Instruo Normativa SRF n 459/ 2004). 4. DISPENSA DA RETENO No esto obrigadas a efetuar a reteno das contribuies sociais: I - as pessoas jurdicas optantes pelo SIMPLES; II - quando se tratar de pagamentos efetuados: a) Itaipu Binacional; b) s empresas estrangeiras de transporte; c) s cooperativas, relativamente CSLL. A reteno no se aplica quando a prestadora de servios for cooperativa de consumo. 4.1 - Prestador de Servio Optante Pelo SIMPLES O prestador de servio optante pelo SIMPLES deve apresentar fonte pagadora declarao de sua condio, de acordo com o modelo constante no Anexo I da Instruo Normativa SRF n 459/2004, reproduzido abaixo. A pessoa jurdica tomadora dos servios arquivar a 1 via da declarao, que ficar disposio da Secretaria da Receita Federal, devendo a 2 via ser devolvida ao interessado, como recibo. 4.1.1 - Modelo da Declarao DECLARAO

Ilmo. (pessoa jurdica pagadora)

Sr.

(Nome da empresa), com sede (endereo completo), inscrita no CNPJ sob o n..... DECLARA (nome da pessoa jurdica pagadora), para fins de no-incidncia na fonte da Contribuio Social sobre o Lucro Lquido (CSLL), da Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), e da Contribuio para o PIS/PASEP, a que se refere o art. 30 da Lei n 10.833, de 29 de dezembro de 2003, que regularmente inscrita no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuies das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (SIMPLES), nos termos da Lei n 9.317, de 5 de dezembro de 1996. Para esse efeito, a declarante informa que: I - preenche os seguintes requisitos: a) conserva em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data da emisso, os documentos que comprovam a origem de suas receitas e a efetivao de suas despesas, bem assim a realizao de quaisquer outros atos ou operaes que venham a modificar sua situao patrimonial; b) apresenta anualmente Declarao Simplificada da Pessoa Jurdica (SIMPLES), em conformidade com o disposto em ato da Secretaria da Receita Federal; II - o signatrio representante legal desta empresa, assumindo o compromisso de informar Secretaria da Receita Federal e pessoa jurdica pagadora, imediatamente, eventual desenquadramento da presente situao e est ciente de que a falsidade na prestao destas informaes, sem prejuzo do disposto no art. 32 da Lei n 9.430, de 1996, sujeit-lo-, juntamente com as demais pessoas que para ela concorrerem, s penalidades previstas na legislao criminal e tributria, relativas falsidade ideolgica (Art. 299 do Cdigo Penal) e ao crime contra a ordem tributria (Art. 1 da Lei n 8.137, de 27 de dezembro de 1990). Local e data ...................................................... Assinatura do Responsvel 4.2 - Casos em Que Haver a Reteno Somente da CSLL No ser devida a reteno das contribuies ao PIS e COFINS, devendo ser retida somente a CSLL, nos pagamentos: a) a ttulo de transporte internacional de cargas ou de passageiros efetuados por empresas nacionais; b) a ttulo de transporte internacional efetuados por empresa nacional; c) aos estaleiros navais brasileiros nas atividades de conservao, modernizao, converso e reparo de embarcaes pr-registradas ou registradas no Registro Especial Brasileiro - REB, institudo pela Lei n 9.432, de 8 de janeiro de 1997. 4.3 - Pagamentos de Valor Igual ou Inferior a R$ 5.000,00 (Cinco Mil Reais) dispensada a reteno para pagamento de valor igual ou inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais), observando-se que ocorrendo mais de um pagamento no mesmo ms mesma pessoa jurdica, a cada pagamento dever ser: I - efetuada a soma de todos os valores pagos no ms; II - calculado o valor a ser retido sobre o montante obtido, desde que este ultrapasse o limite de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), devendo ser deduzidos os valores retidos anteriormente no mesmo ms; III - na hiptese do n II, caso a reteno a ser efetuada seja superior ao valor a ser pago, a reteno ser efetuada at o limite deste. 5. BASE DE CLCULO E ALQUOTAS

A Reteno na Fonte de PIS/PASEP, COFINS e CSLL ser determinada mediante a aplicao, sobre o montante a ser pago, do percentual de 4,65% (quatro inteiros e sessenta e cinco centsimos por cento), correspondente soma das alquotas de 1% (um por cento), 3% (trs por cento) e 0,65% (sessenta e cinco centsimos por cento), respectivamente, observado o seguinte: I - a base de clculo da reteno o valor bruto do documento fiscal; II - sobre qualquer forma de pagamento, inclusive os pagamentos antecipados por conta de prestao de servios para entrega futura; III - no caso de pessoa jurdica beneficiria de iseno, na forma da legislao especfica, de uma ou mais das contribuies (PIS/PASEP, COFINS ou CSLL), a reteno dar-se- mediante a aplicao da alquota especfica correspondente s contribuies no alcanadas pela iseno. 6. PRAZO PARA RECOLHIMENTO E CDIGOS DE RECEITA 6.1 - Prazo Para Recolhimento Os valores retidos devero ser recolhidos ao Tesouro Nacional pela pessoa jurdica que efetuar a reteno ou, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurdica, at o ltimo dia til da quinzena subseqente quela quinzena em que houver ocorrido o pagamento pessoa jurdica prestadora dos servios. 6.2 - Cdigos de Receita O recolhimento deve ser feito por meio de DARF, utilizando-se o cdigo de receita 5952. Quando a pessoa jurdica prestadora do servio for beneficiria de iseno ou dispensa em relao a uma ou mais das contribuies (PIS/PASEP, COFINS ou CSLL), o recolhimento deve ser feito separadamente para cada contribuio, atravs dos seguintes cdigos: - 5987, no caso de CSLL; - 5960, no caso de COFINS; - 5979, no caso de Contribuio para o PIS/PASEP. 7. TRATAMENTO DOS VALORES RETIDOS Os valores retidos sero considerados como antecipao do que for devido pelo contribuinte que sofreu a reteno, em relao s respectivas contribuies, observado o seguinte: I - os valores retidos na forma desta Instruo Normativa podero ser deduzidos, pelo contribuinte, das contribuies devidas de mesma espcie, relativamente a fatos geradores ocorridos a partir do ms da reteno; II - o valor a ser deduzido, correspondente a cada espcie de contribuio, ser determinado pelo prprio contribuinte mediante a aplicao, sobre o valor bruto do documento fiscal, das alquotas respectivas s retenes efetuadas. 8. OPERAES COM CARTES DE CRDITO OU DBITO Nos pagamentos pela prestao de servios efetuados por meio de cartes de crdito ou dbito, a reteno ser efetuada pela pessoa jurdica tomadora dos servios sobre o total a ser pago empresa prestadora dos servios, devendo o pagamento com o carto ser realizado pelo valor lquido, aps deduzidos os valores das contribuies retidas, cabendo a responsabilidade pelo recolhimento destas pessoa jurdica tomadora dos servios. 9. DOCUMENTOS DE COBRANA Nas Notas Fiscais, nas faturas, nos boletos bancrios ou quaisquer outros documentos de cobrana que contenham cdigo de barras, com exceo das faturas de carto de crdito, devero ser informados o valor bruto do preo dos servios e os valores de cada contribuio incidente sobre a operao, devendo o

seu pagamento ser efetuado pelo valor lquido, aps deduzidos os valores das contribuies retidas. 10. PIS/PASEP, COFINS OU CSLL COM EXIGIBILIDADE SUSPENSA No caso de pessoa jurdica amparada pela suspenso, total ou parcial, da exigibilidade do crdito tributrio nas hipteses de depsito integral do dbito, concesso de medida liminar em mandado de segurana, concesso de medida liminar ou tutela antecipada em outras espcies de aes judiciais, ou por sentena judicial transitada em julgado, determinando a suspenso do pagamento de qualquer das contribuies objeto da Reteno na Fonte, a pessoa jurdica que efetuar o pagamento dever calcular, individualmente, os valores das contribuies considerados devidos, aplicando as alquotas correspondentes, e efetuar o recolhimento em DARF distintos para cada um deles, na forma citada no subitem 6.2. Cabe ao prestador do servio, a cada pagamento, comprovar fonte pagadora que o direito no-reteno continua amparado por medida judicial. 11. INFORMAO DA RETENO NO DOCUMENTO FISCAL A empresa prestadora do servio sujeita reteno das Contribuies Sociais na forma citada dever informar no documento fiscal o valor correspondente reteno das contribuies incidentes sobre a operao. As pessoas jurdicas beneficirias de iseno ou de alquota 0 (zero) devem informar esta condio na nota ou documento fiscal, inclusive o enquadramento legal, sob pena de, se no o fizerem, sujeitarem-se reteno das contribuies sobre o valor total da nota ou documento fiscal, no percentual total de 4,65% (quatro inteiros e sessenta e cinco centsimos por cento). 12. COMPROVANTE ANUAL DE RETENO Todas as pessoas jurdicas que efetuarem a reteno devero fornecer pessoa jurdica beneficiria do pagamento comprovante anual da reteno, at o ltimo dia til de fevereiro do ano subseqente, conforme modelo constante no Anexo II da Instruo Normativa SRF n 459/2004, reproduzido abaixo. O comprovante pode ser disponibilizado pela Internet, atravs do endereo eletrnico do beneficirio do pagamento. 12.1 - Modelo do Comprovante de Reteno

ANEXO 13. APRESENTAO DA DIRF

As pessoas jurdicas que efetuarem a reteno de PIS/PASEP, COFINS e CSLL devero apresentar Declarao de Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF), at o ltimo dia til de fevereiro do ano subseqente, nela discriminando, mensalmente, o somatrio dos valores pagos e o total retido, por contribuinte e por cdigo de recolhimento. Fundamentos Legais: Lei n 10.833/2003 e Instruo Normativa SRF n 459/2004