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Vitaminas Walter Motta Ferreira Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Veterinária - Depto. de Zootecnia

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Vitaminas

Walter Motta Ferreira

Universidade Federal de Minas GeraisEscola de Veterinária - Depto. de

Zootecnia

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Histórico Até o inicio do século XX as vitaminas eram

nutrientes desconhecidos;

Doenças em humanos originadas por deficiências nutricionais como beribéri, escorbuto, pelagra e o raquitismo;

Casimir Funk em 1912 formulou a teoria de uma amina vital; em 1945 provou-se que Funk estava correto.

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Conceito Grupo de substâncias heterogêneas;

ácidos, álcoois, aldeídos, bases nitrogenadas... Funções específicas no organismo; Reações metabólicas vitais; Classificadas pelas funções; Eficiência em pequenas quantidades; Essencial ao metabolismo; Algumas podem ser sintetizadas por m.o.

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Conceito Hormônio;

“Uma substância produzida em um local e que exerce ação em outro”

Vitamina D e talvez as vitaminas A, E e K

Inositol e Colina não são vitaminas.

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Características Ser um componente de um alimento natural, mas

não sendo carboidrato, lipídio ou proteína;

Estar presente em concentrações muito pequenas na maioria dos alimentos;

Essencial para o metabolismo normal dos animais e conseqüentemente necessária para a saúde e funções fisiológicas como crescimento, desenvolvimento, manutenção e reprodução;

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Características Causar uma doença ou síndrome específica,

quando ausente na dieta ou quando mal absorvida ou utilizada;

Quando biossintetizável, não pode o ser em quantidades suficientes para preencher as necessidades fisiológicas, devendo conseqüentemente ser obtida a partir da dieta.

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Nunes (1998)

Vitamina Precursor ÓrgãoA (retinol) Betacaroteno Int. e fig.D3 (colecalciferol) 7 deidrocolesterol PeleD2 (ergocalciferol) Ergosterol PeleC (ác. ascórbico) Glicose FígadoNiacina Triptofano FígadoInositol Glicose FígadoColina Homocisteína Fígado

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ClassificaçãoVITAMINAS

LIPOSSOLÚVEISVitamina AVitamina DVitamina EVitamina K

HIDROSSOLÚVEIS

Complexo B não pertence ao Com.B

Vitamina CLiberadoras de Energia Hematopoiéticas Outras

Piridoxina (B6)Cobalamina

(B12)Ácido Fólico (B9)Tiamina (B1)

Niacina (B3)Riboflavina

(B2)

Biotina (B7) Ác. Pantotênico

(B5)

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Funções que independem da solubilidade

Lipossolúveis HidrossolúveisEstocagem sim não ou mto peq.Excreção lenta (bile) rápida (urina)Controle rígido (A e D) quase ausenteIntoxicação sim (A e D) raraAnafilaxia não sim (tiamina)Funções não enzimáticas coenzimáticas

hormonais não hormonaisEstabilidade mto baixa variável

Nunes (1998)

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Antivitaminas e Antagônicos Alteração da estrutura química; Alteração da atividade e geração de substância

antagônica; Ações:

Interferência na conversão Vitamina coenzima

Substituição da coenzima no sítio de combinação da parte protéica da enzima

Combinação com a proteína Avidina biotina (impede a ação)

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Antivitaminas e Antagônicos Quebrando a tiamina em 2 compostos inertes:

Tiaminose I Carne de peixe cru e na samambaia

Compostos antivitamínicos: Antivitamina K – anticoagulante Antivitamina comp. B

prevenção coccidiose (aves) tratamento da malária (antagonismo ao àc. Fólico – tratamento

protozoonoses)

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Antivitaminas e Antagônicos Aminopterina (derivada do Ác. Fólico);

Anemia, leucopenia, inibe síntese de àcidos nucléicos (tratamento da leucemia)

Antivitamina D; Feno

Tiaminases; Fungos em pastagens

Melaço (confinamento). antitiaminas (polioencefalomalacia)

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Hipervitaminose

Ocasional e esporádico

Erro de formulação

Lipossolúveis (A e D)

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Avitaminose e Hipovitaminose Avitaminose

ausência

Hipovitaminose ou deficiência vitamínica Antivitaminas e/ou substâncias antagônicas; Deficiências nutricionais; Problemas patológicos;

TGI, Fígado, rins

Defeitos hereditários.

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Estabilidade Pontos desfavoráveis;

Umidade, oxidação, temperatura, pH, minerais, redução, luz, tamanho da partícula, solubilidade, agressões físicas e tempo de estocagem

Técnicas de proteção; Cobertura de gelatina CHO´s Antioxidantes Formas físicas (spray seco)

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Premixes Vitaminas;

Individualmente ou em misturas Vitaminas lipossolúveis;

Estabilizante ou antioxidante Vitaminas hidrossolúveis;

Destruição pelo calor ambiente ou fervura Mistura em rações.

Pré-mistura, mistura final

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As Vitaminas

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VITAMINA A Derivados da -ionona; Caroteno - + ativo;

Bons fenos, alguns vegetais e seus óleos Retinol.

Produto animal Óleo de peixe e farinha de fígado

Carotenóides

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Vitamina A Os mais significantes retinóides do metabolismo

animal são:

Álcool; Aldeídos; Ácido retinóico; Retinil ésteres; Retinil--glicuronídio.

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Absorção e Metabolismo

junto com lipídios; Os carotenóides são

normalmente convertidos em retinol na mucosa intestinal;

Os ésteres de retinil da dieta são hidrolisados a retinol no intestino; e absorvidos na forma de álcool (retinol) livre que em seguida é reesterificado na própria mucosa;

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Hipervitaminose A

a toxidez se deve principalmente ao ácido retinóico, bem como ao retinal em face de sua fácil conversão no organismo a ácido retinóico.

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Formas de excreção Biliar, através da conjugação do ácido retinóico

com o ácido glicurônico, sendo que o glicuronídio formado é eliminado na bile.

Pequenas quantidades de glicuronídio e metabólitos finais não identificados são excretados via urina.

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Funções Papel bioquímico na visão noturna. Síntese de glicoproteínas que controlam a

diferenciação celular, e o envolvimento no controle da expressão gênica.

Proteção do epitélio germinativo nos machos e epitélio uterino nas fêmeas, a vitamina A promove um bom desenvolvimento embrionário.

Desenvolvimento do sistema nervoso.

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Funções O beta-caroteno possui algumas funções não

relacionadas com sua atividade pró vitamínica A.

O corpo lúteo das vacas leiteiras contém uma considerável concentração de beta-caroteno.

Baixos níveis estão relacionados com problemas reprodutivos.

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VITAMINA D Importante na calcificação e formação óssea

regulador biológico do metabolismo do Ca e P Reprodução

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Formas Calciferol ou D2

presente em plantas e leveduras Eficiente apenas em mamíferos Ergosterol vitamina D2

Colecalciferol ou D3 Presente em tecidos animais - peixes e fígados Eficiente em mamíferos e aves 7-deidrocolesterol vitamina D3

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Metabolismo e absorção

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VITAMINA E Gérmens de grãos (farinha e óleo de gérmen de

trigo), plantas verdes, fenos bem curados (alfafa).

Derivados do 6-cromanol com atividade biológica do -tocoferol.

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Vitamina E

Estrutura química dos tocoferois e tocotrienois.Dentro de cada grupo os vitâmeros se diferem no número e posição dos grupos metil no anel cromado, designando-se como α , β, ال, e ∆ .

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Vitamina E

Estrutura química dos tocoferóis.

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Absorção e metabolismo absorvida na forma de álcool livre (tocoferol). Lipossolúvel

sua solubilização depende da formação de micelas. Nos mamíferos, o tocoferol absorvido é

transportado pelos quilomicrons da circulação linfática para o fígado, e subseqüentemente para a circulação geral por lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL).

Nas aves e nos peixes, os lipídios absorvidos seguem para o fígado pela circulação portal.

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Absorção e metabolismo O fígado e provavelmente todos os tecidos

extrahepáticos recebem a vitamina E das “VLDL”. Presente nos tecidos na forma de álcool livre.

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Funções antioxidante biológico assegura a respiração normal dos tecidos reações de fosforilação, especialmente aquelas

que geram moléculas de alta energia. Participa no metabolismo dos ácidos nucléicos,

na síntese da vitamina C, da ubiquinona e dos aminoácidos sulfurados.

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Funções Importante na função reprodutiva. Essencial para a manutenção da função testicular

protegendo do epitélio germinativo. Sua carência nas fêmeas causa parada do crescimento

do feto, retenção e reabsorção. Nas aves, a deficiência prolongada leva à esterilidade

nos machos; e morte embrionária. A vitamina E protege o mesoderma e os tecidos dele

originados. Atua no metabolismo da cisteína.

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VITAMINA K 2-metil-1,4-naftoquinona todos os derivados gerados por modificação na posição

(carbono)3, que exibem uma atividade anti-hemorrágica em animais deficientes em vitamina K. K1 ou filoquinona é sintetizada pelas plantas K2 ou menaquinona K3 conhecida por menadiona é uma forma sintética.

Para se tornar ativa a vitamina K3 é alquilada por enzimas presentes no tecido dos mamíferos.

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Estrutura

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Absorção Absorvida do intestino seguindo a via linfática

nos mamíferos

A absorção requer a presença de gorduras, bem como das secreções biliar e pancreática.

Sintetizada adequadamente no TGI

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Deficiência Na deficiência de vitamina K ou na presença de seus

antagonistas, os animais apresentam hemorragias espontâneas.Isso se deve à falta de protrombina “normal”.

Na ausência de vitamina K ou na presença de seus antagonistas, ocorre síntese da protrombina, entretanto, esta permanece na forma anormal. Ela praticamente não se liga ao cálcio e consequentemente é ineficaz no processo de coagulação sanguínea.

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Vitaminas Hidrossolúveis

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VITAMINA B1

Vitamina B1 ou Tiamina Formas

Fosforiladas Não fosforilada - cereais e nas leguminosas O hidrocloreto e o mononitrato de tiamina são

sintetizados para uso nas rações animais. é encontrada nos alimentos nas seguintes formas:

tiamina livre, tiamina fosforilada e tiamina em complexos fosfo-protéicos.

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Absorção e metabolismo No tubo gastrintestinal, as formas de tiamina

ligada a outros compostos são clivadas e a tiamina livre é absorvida principalmente na porção proximal do intestino delgado.

A distribuição tecidual da tiamina parece ser bastante uniforme, sendo encontradas as mais altas concentrações no fígado e no rim.

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Funções forma ativa tiamina pirofosfato (TPP), que é

uma coenzima.

A TPP é cofator na descarboxilação oxidativa de -cetoácidos como o ácido pirúvico e o ácido -cetoglutárico.

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Funções A transformação do ácido pirúvico em acetil CoA

pela descarboxilação oxidativa, gera um grupamento acetil, que pode servir para sintetizar moléculas como a acetilcolina, que é um neurotransmissor; razão pela qual a deficiência de tiamina pode causar distúrbios neuromusculares.

A tiamina pirofosfato atua também como coenzima da transcetolase no ciclo das pentoses-fosfato.

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VITAMINA B2 Riboflavina Formas

coenzimas FMN (flavina mononucleotídio) e FAD (flavina adenina dinucleotídio)

formas predominantes nos tecidos de mamíferos. A forma suplementar para as dietas é geralmente a

riboflavina, embora alguns pesquisadores tenham experimentado o uso de riboflavinato de sódio.

riboflavinato de sódio é mais hidrossolúvel do que a riboflavina.

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Absorção e metabolismo sintetizada pela flora intestinal O tempo de trânsito do bolo absorção

Contudo, não se sabe a eficiência da absorção da fração sintetizada pela microflora nos monogástricos.

Na circulação está ligada a proteínas, inclusive imunoglobulinas.

Absorção ocorre no intestino delgado. A vitamina B2 é rapidamente excretada na urina, o

que explica o fato dos animais necessitarem de reposição constante da mesma.

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Funções

transferência intermediária de elétrons nas reações metabólicas de oxi-redução sob forma de duas coenzimas, FMN e FAD;

importante na síntese de polissacarídeos; Nos estados de estresse quando a necessidade

de hormônios adrenais aumenta, a riboflavina é importante, para a síntese dos referidos hormônios.

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Principais vitaminas hidrossolúveis e suas funções

Reações de transaminação TPP (Tiamina Piro-fosfato) Reações de oxirredução orgânicas (FAD, FADH2) Reações de oxirredução orgânicas-NAD,NADH,NADP, NADPH Reações de descarboxilação e transaminação (Piridoxal-fosfato) Formação das hemácias

Tiamina – B1

Riboflavina – B2Niacina

Piridoxina – B6

FUNÇÃO VITAMINA

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Faz parte da Coenzima-A Metabolismo dos carbohidratos, lipídios e proteínas - reações de ativação de enzimas. Reações de carboxilação Ativação dos processos de síntese de gorduras Coenzima B12 Trasmissão de impulsos nervosos (acetil-colina), componente da esfingomielina e lecitina, reações de doação de grupos metil. Formação do colágeno, Resistência e imunidade Substâncias intercelulares de dentes,ossos,tecidos

Ácido Pantotênico Biotina (vit. H)

Ácido Fólico Vit. B12 (cianocobalamina)

Colina

Ac. Ascórbico (vit. C)

FUNÇÃO VITAMINA

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Tiamina B1Forma ativa: pirofosfato de tiaminaCoenzima•enzimas descarboxilases

•Piruvato AcetilCoAcetoglutarato succinilCoA

•metabolismo CHO - CHO exigência B1

•ciclo das pentoses•Transcetolase (B1 e Mg)

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Woodworth et al. (2000)• suplementação suínos com B1 (21 dias de idade)• durante 35 dias (0-14 e 15-35)• 5,5mg de B1/Kg – ração a base de milho, farelo de soja e soro leite não houve desempenho (GPD, consumo e CA)

Tiamina B1

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Riboflavina B2

Propriedade: reações de oxi-reduções – função biológica compõe as coenzimas:

FMN (flavina mononucleotídeo) – oxidação de aminoácidosFAD (flavina adenina dinucleotídeo) - sistemas de oxi-redução e transferência de elétrons na cadeia respiratória – produção de ATP

*metabolismo CHO, lipídios e proteínas Reprodução ( exigência de riboflavina pelo blastocisto)

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• Síntese de B2 pelos microrganismos intestinais – absorção reduzida

fonte dietética

• Grãos de cereais e fontes de proteína de origem vegetal

• deficientes em B2 biodisponível;• dieta a base de milho/farelo de soja (aves) – 59% da biodisponibilidade da B2 cristalina.suplementar com riboflavina sintética

Riboflavina B2

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1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo 4º ciclo 4,04 ppm 100% 100% 100% 100% 0,77 ppm 100% 90% 20% < 5%

Efeito da dieta adequada ou deficiente em riboflavina sobre a ocorrência de ciclo estral em porcas

Adaptado de Esch et al. (1981)

Animais com deficiência de B2 – manutenção da [17 estradiol] plasmático inibe onda LH falha ovulatória metabolismo esteróides

(FAD carreador de H no complexo citocromo P450)

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Taxa de parição de porcas suplementadas com níveis crescentes de riboflavina (0 – 21 dias de gestação)

Adaptado de Pettigrew et al. (1996); p < 0,05

10mg/ d 60 mg/ d 110 mg/ d 160 mg/ d % parição 66,7 b 85,7 a 93,3 a 86,7 a

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Vitamina B6 (Piridoxinas)

Formas : piridoxol/piridoxal/piridoxamina tecidos – forma coenzimática = fosfato de piridoxalFunção = coenzimametabolismo intermediário dos aminoácidos (transaminação, descarboxilação, racemização, oxidação) triptofano niacina SNC – descarboxilação de derivados de aminoácidos para a síntese de neurotransmissores e neuroinibidores

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Suplementação alimentos - ricos em B6

- biodisponibilidade em aves: milho 40%/ soja 60%Recomendações de suplementação (BASF, 2000)• frangos: 3-5 mg/Kg ração• suínos: inicial 4-6 mg/ Kg ração crescimento 3-5 mg/ Kg ração terminação 2-4 mg/ Kg ração

Vitamina B6 (Piridoxinas)

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Woodworth et al. (2000)• suplementação suínos com B6 (21 dias de idade)• durante 35 dias (0-14 e 15-35)* Dietas continham premix com todas as outras vitaminas.

• 3,9 mg B6/Kg ração GPD (368g x 413g) consumo (434g x 476g) CA = (0,85 x 0,87)

0-14 dias

Vitamina B6 (Piridoxinas)

Page 58: Vitaminas Walter Motta Ferreira Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Veterinária - Depto. de Zootecnia

• Síntese – somente microrganismos• Vegetais não possuem B12

• Fontes: subprodutos de origem animal e de fermentação

Coenzima• 5’desoxiadenosilcobalamina– metilmalonilCoA mutase (rum.)• metilcobalamina– metilação da homocisteína para formar metionina

Cianocobalamina B12

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Kato (2001): suplementação com B12 sobre o desempenho de poedeiras (10g/Kg) produção de ovos não foi influenciada (reserva hepática) peso dos ovos nos períodos finais

B12 ativa grupos metílicos – biossíntese de metionina metionina – tamanho dos ovos

CA – não houve diferença

Cianocobalamina B12

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Ácido fólicoForma ativa – ácido tetraidrofólico - coenzima• transferência de unidades monocarbônicas (ex. síntese de metionina, serina, timidina e bases purínicas)• hidroxilações (fenilalanina, tirosina e triptofano norepinefrina e serotonina)Presente nos alimentos – resíduos de ácido glutâmico hidrólise ( glutamilcarboxipeptidase) libera ácido fólico para absorção (transporte ativo e difusão)

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NRC (1998) – ingredientes + síntese microbiana intestinal atende as exigências de todas as categorias de suínosMatte et al. (1984)• injeções IM de 15mg ácido fólico – dia desmame, 1º dia estro e durante 12 semanas de gestação • tamanho da leitegada e sobrevivência embrionária

Baseado neste estudo e outros contemporâneos: NRC (1998) exigência de ácido fólico para porcas em gestação/lactação para 1,3mg/kg dieta (NRC 1988 – 0,3mg/Kg)

Ácido fólico

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Niacina

Forma: ácido nicotínico (plantas) nicotinamida (animais)• compõe as coenzimas:

NAD (nicotinamida adenosina dinucleotídeo)NADP (nicotinamida adenosina dinucleotídeo fosfato)

sistemas de oxi-redução e transferência de elétrons na cadeia respiratória – produção de ATP

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*metabolismo de CHO, lipídios e proteínas

*síntese de rodopsina (NADP)• transretinol transretinal• 11 cis retinol 11 cis retinal

• síntese de niacina a partir de triptofano (excesso) homem: 60mg 1mg niacina frangos: 45mg 1mg de niacina

• grãos de cereais: quantidade disponibilidade (milho, trigo e sorgo)/ farelo de soja disponibilidade para aves

Niacina

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Deve ser suplementada fonte comercial: ácido nicotínico e nicotinamida**aves – amida é 124x + biodisponível que a ácido

Exigência depende do nível de triptofano na dieta*aves: Fe é cofator de duas enzimas que atuam na formação da niacina a partir do triptofano

Niacina

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Ácido pantotênicoFunções•compõe a coenzima A (CoA)

oxidação de ácidos graxos entrada de acetato e piruvato no TCA síntese de esteróidesmetabolismo de corpos cetônicos

• grupo prostético da proteína transportadora de grupos acila (ACP) da ácido graxo sintase.

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•Biodisponibilidade• baixa: cevada, trigo e sorgo• alta: milho e farelo de soja

• dieta de suínos – todas são suplementadas com ácido pantotênico sintético pantotenato de cálcio

Ácido pantotênico

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BiotinaCoenzima• AcetilCoA carboxilase• Piruvato carboxilase• PropionilCoA carboxilase

síntese lipídiosgliconeogêneseTCA

Presente nos alimentos biodisponibilidade variável• milho e farelo de soja / sorgo, trigo, cevada NRC (1998) – fração da exigência em suínos microflora intestinal