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VIOLAÇÃO DAS REGRAS DA CONCORRÊNCIA EUROPEIAS – OS ACORDOS RESTRITIVOS DA CONCORRÊNCIA (CARTÉIS) DIREITO DA ECONOMIA 2012/2013

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DIREITO DA ECONOMIA 2012/2013. Violação das regras da concorrência europeias – os acordos restritivos da concorrência (CARTÉIS). Mercado livre assente na actividade económica concorrencial. Empresas evitam a concorrência Como? Fixando as suas próprias regras - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Violação das regras da concorrência europeias – os acordos restritivos da concorrência (CARTÉIS)

VIOLAÇÃO DAS REGRAS DA CONCORRÊNCIA EUROPEIAS – OS ACORDOS RESTRITIVOS DA CONCORRÊNCIA (CARTÉIS)

DIREITO DA ECONOMIA 2012/2013

Page 2: Violação das regras da concorrência europeias – os acordos restritivos da concorrência (CARTÉIS)

ACORDOS RESTRITIVOS DA CONCORRÊNCIA

Mercado livre assente na actividade económica concorrencial.

Empresas evitam a concorrência

Como?

Fixando as suas próprias regras(estratégia anti-concorrencial)

Qual o objectivo?

Afastar os concorrentes do mercado

Page 3: Violação das regras da concorrência europeias – os acordos restritivos da concorrência (CARTÉIS)

ACORDOS RESTRITIVOS DA CONCORRÊNCIA

Certos acordos entre empresas constituem um obstáculo à livre concorrência. O exemplo mais comum é a formação de cartéis.

O que é um cartel?

“Um cartel é um grupo de empresas semelhantes e independentes que seunem para controlar os preços ou repartir os mercados e

limitar a concorrência. Os membros de um cartel podem contar com aparte de mercado que lhes foi atribuída por acordo, não precisando

de oferecer novos produtos ou serviços de qualidade a preços competitivos.

Consequentemente os consumidores acabam por pagar mais por menosqualidade.”

Page 4: Violação das regras da concorrência europeias – os acordos restritivos da concorrência (CARTÉIS)

ACORDOS RESTRITIVOS DA CONCORRÊNCIA

“Política de clemência”

• Incentivo de apresentação de provas da existência de cartéis.

• A primeira empresa membro de um cartel queapresente provas fica isenta de coimas.

Page 5: Violação das regras da concorrência europeias – os acordos restritivos da concorrência (CARTÉIS)

ACORDOS RESTRITIVOS DA CONCORRÊNCIA

GLOBALIZAÇÃO

Carácter internacional das empresas e cartéis

Actividades das empresas de países terceiros podem afectar a concorrência no interior da União Europeia.

Cooperação internacional em matéria de política da concorrência

Page 6: Violação das regras da concorrência europeias – os acordos restritivos da concorrência (CARTÉIS)

ANÁLISE DE DOIS CASOS

Caso 1 - COMP/E-1/37.512 - Vitaminas

Caso 2 - COMP/39482 – Fruta Exótica (Bananas)

Page 7: Violação das regras da concorrência europeias – os acordos restritivos da concorrência (CARTÉIS)

VITAMINAS / FRUTA EXÓTICA (BANANAS)As decisões objecto de estudo impõem coimas porinfracções do:

• Artigo 81.º, n.º 1 do Tratado que Institui aComunidade Europeia e artigo 53.º do Acordo

sobeo Espaço Económico Europeu;

• Artigo 101º do Tratado sobre o Funcionamentoda União Europeia.

Page 8: Violação das regras da concorrência europeias – os acordos restritivos da concorrência (CARTÉIS)

VITAMINAS / FRUTA EXÓTICA (BANANAS)AS REGRAS COMUNS RELATIVAS À CONCORRÊNCIA, À FISCALIDADE E À

APROXIMAÇÃO DAS LEGISLAÇÕESAS REGRAS DE CONCORRÊNCIA

AS REGRAS APLICÁVEIS ÀS EMPRESAS

1. São incompatíveis com o mercado comum e proibidos todos os acordos entre empresas, todas asdecisões de associações de empresas e todas as práticas concertadas que sejam susceptíveis de afectar ocomércio entre os Estados-Membros e que tenham por objectivo ou efeito impedir, restringir ou falsear aconcorrência no mercado comum, designadamente as que consistam em:a) Fixar, de forma directa ou indirecta, os preços de compra ou de venda, ou quaisquer outrascondições de transacção;b) Limitar ou controlar a produção, a distribuição, o desenvolvimento técnico ou os investimentos;c) Repartir os mercados ou as fontes de abastecimento;d) Aplicar, relativamente a parceiros comerciais, condições desiguais no caso de prestações equivalentes colocando-os, por esse facto, em desvantagem na concorrência;e) Subordinar a celebração de contratos à aceitação, por parte dos outros contraentes, de prestaçõessuplementares que, pela sua natureza ou de acordo com os usos comerciais, não têm ligação com oobjecto desses contratos.

Page 9: Violação das regras da concorrência europeias – os acordos restritivos da concorrência (CARTÉIS)

CASO 1 - VITAMINAS Teve como destinatária as

seguintes empresas: F. Hoffmann-La Roche AG (a

seguir designada «Roche»), BASF AG (a seguir designada

«BASF»), Aventis SA (anteriormente

Rhône-Poulenc) (a seguir designada «Aventis»),

Lonza AG (a seguir designada «Lonza»),

Solvay Pharmaceuticals BV (a seguir designada «Solvay»),

Merck KgaA (a seguir designada «Merck»),

Daiichi Pharmaceutical Co. Ltd (a

seguir designada «Daiichi»), Eisai Co. Ltd (a seguir

designada «Eisai»), Kongo Chemical Co. Ltd (a

seguir designada «Kongo»), Sumitomo Chemical Co. Ltd (a

seguir designada «Sumitomo»),

Sumika Fine Chemicals Ltd (a seguir designada «Sumika»),

Takeda Chemical Industries Ltd (a seguir designada «Takeda»),

Tanabe Saiyaku Co. Ltd (a seguir designada «Tanabe»)

Page 10: Violação das regras da concorrência europeias – os acordos restritivos da concorrência (CARTÉIS)

CASO 1 – VITAMINAS Investigação iniciada em Maio de 1999. Comissão Europeia concluiu que 13 empresas

europeias e não europeias participaram em cartéis. Objectivo das empresas: eliminar a concorrência nos

mercados das vitaminas A, E, B1, B2, B5, B6, C e D3 e da biotina (H), ácido fólico (M), beta-caroteno e carotenóides.

Cada cartel tinha um número de participantes e uma duração diferentes, mas todos estiveram em funcionamento entre Setembro de 1989 e Fevereiro de 1999.

Os três maiores produtores de vitaminas do mundo são a Roche, a BASF e a Aventis.

Page 11: Violação das regras da concorrência europeias – os acordos restritivos da concorrência (CARTÉIS)

CASO 1 – VITAMINAS CARTÉIS

Modus operandi: preços “objectivo” e “mínimos”, manutenção do status quo

no que se refere às quotas de mercado e mecanismos de compensação).

-criação de uma estrutura formal e de uma hierarquia aos vários níveis degestão;

-a troca de informações sobre valores e volumes de vendas e preços;

-no caso dos maiores cartéis, a preparação, aprovação e implementação e controlo de um "orçamento" anual.

Page 12: Violação das regras da concorrência europeias – os acordos restritivos da concorrência (CARTÉIS)

CASO 1 - VITAMINASCoimas aplicadas ás 8 empresas: F. Hoffmann-La Roche AG (Suíça): € 462 milhões BASF AG (Alemanha):€ 296.16 milhões Aventis SA (França): € 5.04 milhões Solvay Pharmaceuticals BV (Países Baixos): € 9.10

milhões Merck KgaA (Alemanha): € 9.24 milhões Daiichi Pharmaceutical Co Ltd (Japão): €23.4 milhões Eisai Co Ltd (Japão): € 13.23 milhões Takeda Chemical Industries Ltd (Japão): € 37.05

milhões

Page 13: Violação das regras da concorrência europeias – os acordos restritivos da concorrência (CARTÉIS)

CASO 1 - VITAMINASRestantes cinco empresas: Lonza AG (Alemanha) Kongo Chemical Co Ltd (Japão) Sumitomo Chemical Co Ltd (Japão) Sumika Fine Chemicals Ltd (Japão) Tanabe Saiyaku Co Ltd (Japão)

Não foram aplicadas coimas (prescrição)

Page 14: Violação das regras da concorrência europeias – os acordos restritivos da concorrência (CARTÉIS)

CASO 1 - VITAMINASANO CASO MONTANTE TOTAL

(€MILHÕES)2001 VITAMINAS 855.221998 TACA 272.9402001 GRAPHITE

ELECTRODES218.80

1994 CARTONBOARD 139.2801994 CEMENT 113.3772000 AMINO ACIDS 109.9901999 SEAMLESS STEEL

TUBES99.000

1998 PREINSULATED PIPES 92.2101994 STEEL BEAMS 79.5491986 POLYPROPYLENE 54.613

Page 15: Violação das regras da concorrência europeias – os acordos restritivos da concorrência (CARTÉIS)

CASO 2 – FRUTA EXÓTICA (BANANAS)Teve como destinatárias as seguintes empresas:

Chiquita Brands International, Inc.(EUA); Chiquita Banana Company BV (Países Baixos); Chiquita Itália SpA (Itália).

(denominadas coletivamente «Chiquita»)

FSL Holdings NV (Bélgica); Firma Leon Van Parys NV (Bélgica) Pacific Fruit Company Italy SpA (Itália)

(denominadas coletivamente «Pacific»),

Page 16: Violação das regras da concorrência europeias – os acordos restritivos da concorrência (CARTÉIS)

CASO 2 – FRUTA EXÓTICA (BANANAS) Em 8 de abril de 2005 - a Chiquita apresentou um pedido

de imunidade em matéria de coimas nos termos da Comunicação sobre a clemência de 2002.

Em 3 de maio de 2005 - a Comissão concedeu imunidade condicional em matéria de coimas à Chiquita, em relação a atividades de cartel na venda de bananas e ananases em todo o Espaço Económico Europeu.

Por decisão de 15 de outubro de 2008 - foi concedida à Chiquita, a título definitivo, imunidade em relação a eventuais coimas no quadro de um cartel no mercado das bananas, associadas à fixação de preços no Norte da Europa.

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CASO 2 – FRUTA EXÓTICA (BANANAS)

Entre 28 de Julho de 2004 e 8 de Abril de 2005 a Chiquita e a Pacífic participaram numa infração única e continuada ao artigo 101.º do TFUE;

Objectivo das empresas: coordenação da estratégia em matéria de preços no que respeita aos preços futuros, aos níveis de preços, à evolução e/ou às tendências dos preços e procederam ao intercâmbio de informações sobre o comportamento futuro no mercado em relação aos preços. O comportamento dizia respeito à venda de bananas frescas na Grécia, em Portugal e em Itália.

Este é a segunda decisão europeia em matéria de cartéis, no sector das bananas.

Page 18: Violação das regras da concorrência europeias – os acordos restritivos da concorrência (CARTÉIS)

CASO 2 – FRUTA EXÓTICA (BANANAS)

Na sequência das Orientações de 2006 relativas às coimas, o montante de base da coima a aplicar às empresas em causa deve ser fixado em função do valor das vendas na área geográfica relevante na União.

Tendo em conta a curta duração da infração e o facto de abranger partes de dois anos civis, a Comissão calculou um valor anual indicativo para as vendas, a ser utilizado para o cálculo do montante de base das coimas a aplicar.

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CASO 2 – FRUTA EXÓTICA (BANANAS)

Coimas aplicadas às empresas:

Chiquita Brands International, Inc.

Chiquita Banana Company BV Chiquita Itália SpA

FSL Holdings NVFirma Leon Van Parys NV

Pacific Fruit Company Italy SpA

0 €

Solidariamente responsáveis 8.919 milhões €

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FIM

OBRIGADADisciplina: Direito da EconomiaNome: Ana Filipa Caeiro SimõesNúmero: 002719