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22 DE FEVEREIRO DE 2016 Segunda-feira ANALISTAS E GOVERNO APONTAM ATALHOS PARA CONTORNAR A CRISE ECONÔMICA PARA EXECUTIVOS, CRESCIMENTO VOLTA APÓS 2017 RECESSÃO LEVA EMPRESAS BRASILEIRAS A BUSCAR OPORTUNIDADES FORA DO PAÍS PREFEITURAS PERDEM RECEITA COM CRISE NO SETOR INDUSTRIAL BRASIL É O 10º PAÍS MAIS COMPLEXO DO MUNDO PARA FAZER NEGÓCIOS, DIZ CONSULTORIA EMPRESA DEMITE 25 MIL, MAS SUPERBÔNUS A DIRETOR EXECUTIVO TRABALHADORES DECIDEM MANTER OCUPAÇÃO NAS FÁBRICAS DA MABE EM SP DIESELGATE PODE ATINGIR CARROS MERCEDES-BENZ JR DIESEL REGISTRA AUMENTO DE 45% NA PROCURA DE PEÇAS USADAS EM 2015 VW ALEMÃ CUMPRE METADE DOS RECALLS DE AMAROK ARTEB PARA EM PROTESTO CONTRA 370 DEMISSÕES FÁBRICA DA ISCAR NO BRASIL IRÁ OPERAR EM DOIS TURNOS FORD AVANÇA NA PESQUISA E USO DE BIOMATERIAIS TRUCKVAN INVESTE NA PRODUÇÃO DE CONTÊINERES MÁQUINAS: INDÚSTRIA ALEMÃ PREVÊ CRESCIMENTO MODERADO INDIAN CANCELA ABERTURA DE NOVAS REVENDAS USIMINAS FAZ REESTRUTURAÇÃO PARA ALCANÇAR EFICIÊNCIA AVANÇO DE MEIS ACENDE ALERTA PARA INADIMPLÊNCIA E FALÊNCIAS GM ESTUDA CANCELAR INVESTIMENTO NO BRASIL COM FIM DO HORÁRIO DE VERÃO, CONSUMIDOR DEVE TENTAR ECONOMIZAR ENERGIA DESEMPREGO BATE NO TRABALHO QUALIFICADO BRASIL PASSARÁ A SER 10º MAIOR COTISTA DO FMI APÓS REVISÃO, DIZ BC

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22 DE FEVEREIRO DE 2016Segunda-feira

ANALISTAS E GOVERNO APONTAM ATALHOS PARA CONTORNAR A CRISE ECONÔMICA PARA EXECUTIVOS, CRESCIMENTO VOLTA APÓS 2017 RECESSÃO LEVA EMPRESAS BRASILEIRAS A BUSCAR OPORTUNIDADES FORA DO PAÍS PREFEITURAS PERDEM RECEITA COM CRISE NO SETOR INDUSTRIAL BRASIL É O 10º PAÍS MAIS COMPLEXO DO MUNDO PARA FAZER NEGÓCIOS, DIZ

CONSULTORIA EMPRESA DEMITE 25 MIL, MAS DÁ SUPERBÔNUS A DIRETOR EXECUTIVO TRABALHADORES DECIDEM MANTER OCUPAÇÃO NAS FÁBRICAS DA MABE EM SP DIESELGATE PODE ATINGIR CARROS MERCEDES-BENZ JR DIESEL REGISTRA AUMENTO DE 45% NA PROCURA DE PEÇAS USADAS EM 2015 VW ALEMÃ CUMPRE METADE DOS RECALLS DE AMAROK ARTEB PARA EM PROTESTO CONTRA 370 DEMISSÕES FÁBRICA DA ISCAR NO BRASIL IRÁ OPERAR EM DOIS TURNOS FORD AVANÇA NA PESQUISA E USO DE BIOMATERIAIS TRUCKVAN INVESTE NA PRODUÇÃO DE CONTÊINERES MÁQUINAS: INDÚSTRIA ALEMÃ PREVÊ CRESCIMENTO MODERADO INDIAN CANCELA ABERTURA DE NOVAS REVENDAS USIMINAS FAZ REESTRUTURAÇÃO PARA ALCANÇAR EFICIÊNCIA AVANÇO DE MEIS ACENDE ALERTA PARA INADIMPLÊNCIA E FALÊNCIAS GM ESTUDA CANCELAR INVESTIMENTO NO BRASIL COM FIM DO HORÁRIO DE VERÃO, CONSUMIDOR DEVE TENTAR ECONOMIZAR

ENERGIA DESEMPREGO BATE NO TRABALHO QUALIFICADO BRASIL PASSARÁ A SER 10º MAIOR COTISTA DO FMI APÓS REVISÃO, DIZ BC PREVISÃO PARA IPCA DE 2016 SOBE DE 7,61% PARA 7,62%, REVELA

RELATÓRIO FOCUS DO BC ARTIGO: MAIS CARROS: NÃO FOI BURRICE, FOI SAGACIDADE

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AGRAVAMENTO DA CRISE PROVOCA SALTO EM ABERTURA DE NOVOS NEGÓCIOS EMPRESAS ORIENTAM FUNCIONÁRIOS SOBRE PLANEJAMENTO PARA A

APOSENTADORIA CRISE ENCOLHE PRODUÇÃO DE CÉDULAS E MOEDAS E FAZ FALTAR DINHEIRO

TROCADO COBRE SOBE EM LONDRES E NOVA YORK COM APETITE POR RISCO GERADO POR

CHINA ARTIGO: A QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL BRASILEIROS SE DESTACAM NO 'VALE DO SILÍCIO' BRITÂNICO MINÉRIO DE FERRO SALTA 7% NA CHINA COM RECUPERAÇÃO NOS PREÇOS DO AÇO PREVIDÊNCIA DOS ESTADOS TEM ROMBO DE R$ 2,4 TRILHÕES

Fonte: BACEN

Analistas e governo apontam atalhos para contornar a crise econômica 22/02/2016 – Fonte: Gazeta do Povo

A presidente Dilma Rousseff tem repetido que “uma crise é muito dolorosa para ser desperdiçada”, e que este é o momento “para construir soluções criativas e duradouras”.

O que ela fez, desde o início do ano, foi lançar um pacote de estímulo ao crédito, insistir no retorno da CPMF, propor uma reforma da Previdência e apresentar uma reforma fiscal que começa por metas ainda mais brandas para as contas públicas.Parte das medidas não têm nada de original ou permanente.

CÂMBIO

EM 22/02/2016

Compra Venda

Dólar 3,950 3,951

Euro 4,355 4,357

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Das propostas de caráter estrutural, a mudança nas regras para aposentadoria ganha elogios pela capacidade de resgatar alguma confiança no futuro das contas públicas e da economia.

Mas não é consenso nem dentro do governo e, ainda que passe pelo Congresso, vai demorar anos a dar resultado. Na reforma fiscal, chama atenção o teto para os gastos. Mas ele também não valerá para este ano, e não se sabe qual será.

Economistas de vertentes opostas dizem que o curto prazo exige mais ousadia. De um lado, há quem pregue uma forte redução na taxa de juros, para derrubar os gastos com a dívida pública e estimular o crescimento. Opção que, argumentam seus defensores, animaria consumidores e empresários, ainda que deflagrasse uma disparada da inflação.

No outro extremo, a proposta é um corte brutal nos gastos públicos, algo que, embora muito impopular, seria capaz de alterar a trajetória assombrosa da dívida pública e segurar a alta de preços. Poucos ainda defendem uma alta nos juros, vista como pouco eficaz no cenário atual.

Para economistas ouvidos pela Gazeta do Povo, o que mais surpreende é o desinteresse do governo em tocar uma agenda muito menos custosa, e talvez a mais importante para o futuro da economia – a da melhoria do ambiente de negócios e do aumento da eficiência da economia. “É uma questão-chave, mas que não é colocada”, diz Marcelo Curado, professor de Economia da Universidade Federal do Paraná.

Menos juros, mais gastosPara economistas heterodoxos, a saída para a crise está em um corte substancial na taxa básica de juros (Selic), que derrubaria rapidamente a despesa com a dívida e afastaria o risco de insolvência do país.

A tese, de grande apelo popular e defendida há tempos pelo PT, ganhou um surpreendente defensor, o economista-chefe da S&P para a América Latina, Joaquín Cottani.

Nas contas dele, a queda da Selic para 7,25% e o fim da intervenção do BC no câmbio derrubariam o déficit público – hoje acima de 10% do PIB – para 2,5% em dois anos.

A queda dos juros, argumentam seus adeptos, ainda abriria espaço para gastos públicos e estimularia a atividade econômica. Para o economista Luciano Nakabashi, da USP de Ribeirão Preto, a ideia já foi testada e reprovada.

“O Banco Central fez isso no passado recente e desajustou ainda mais a economia. A inflação já está elevada, e descuidar disso agora pode nos levar a algo parecido com o que passamos nos anos 1980.”

Ajuste fiscal e ambiente de negóciosA solução ortodoxa se chama ajuste fiscal. Ao cortar gastos, o governo tiraria pressão da inflação e pouparia dinheiro para pagar os juros da dívida, recolocando-a numa trajetória sustentável.

É uma decisão impopular, e não há consenso sobre o ritmo em que se pode executá-la. Renato Friedmann, consultor de Política Econômica do Senado, defende um ajuste rápido e profundo, com grande corte de gastos e aumento temporário de impostos.

“Em conjunto com um pacote de medidas para melhorar o ambiente de negócios, isso reverteria a trajetória da economia em um ano, um ano e meio”, estima. Mas o

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economista Marcelo Curado, da UFPR, avalia que a retração da economia e da arrecadação impedem milagres no curto prazo.

“Mais importante é aprovar mudanças que apontem para uma melhora das contas no longo prazo, começando pela Previdência”, diz. “E, fora do campo fiscal, aprovar medidas para deixar a economia mais eficiente.”

CPMF,reforma da Previdência e teto para gastosO governo federal gasta, sozinho, quase um quinto do PIB. Na sexta-feira (19), o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, anunciou uma proposta de reforma fiscal, a ser enviada ao Congresso apenas em abril, que estabelecerá para os próximos anos um teto – ainda desconhecido – para as despesas.

Em último caso, até o salário mínimo pode deixar de ter aumento real. Outra proposta para o longo prazo é a reforma da Previdência. Para o momento, o Planalto propõe metas fiscais ainda mais flexíveis e a volta da CPMF.

Uma vez que a equipe econômica não cogita elevar a taxa de juros e já admite um novo déficit primário nas contas públicas, resultado que pressiona a inflação, não existe, na prática, uma ação para conter a alta de preços – a não ser a torcida para que o desemprego e a recessão avancem até cumprir essa tarefa, como deu a entender, dias atrás, um diretor do Banco Central.

Para executivos, crescimento volta após 2017 22/02/2016 – Fonte: Automotive Business

Grande parte dos executivos da indústria automotiva no Brasil espera que 2016 seja o último ou penúltimo ano de queda nas vendas antes da recuperação, com retorno do crescimento, ainda que em ritmo modesto, a partir de 2017 ou 2018.

É o que pensam 86% dos 514 integrantes do setor que responderam às 54 questões da terceira edição da Pesquisa de Perspectivas realizada com exclusividade pela consultoria internacional Roland Berger entre os leitores de Automotive Business.

O estudo foi conduzido entre dezembro e janeiro passado e observou substancial avanço de 60% no número de participantes em relação a 2015, com a captura da visão sobre o futuro do segmento de atividade de executivos com alto nível de senioridade (55% deles com mais de 20 anos de experiência no setor) e no topo da escala de comando – quase 50% têm cargo de presidente ou diretor.

A pesquisa ouviu todos os principais atores do setor: a maioria dos participantes (243) atua em fornecedores de primeiro nível (tier 1), 89 trabalham nos fabricantes de veículos, 77 estão em empresas da cadeia de fornecimento tiers 2, 3 e 4, os demais são prestadores de serviços, concessionários e membros de associações representativas da indústria.

No curto prazo, a pesquisa Perspectiva da Indústria Automotiva 2016 Roland Berger/AB detectou que para o mercado de veículos leves existe uma divisão quase equânime entre aqueles que projetam retração leve de 5% a 10% nas vendas este

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ano (40%) e os que esperam por estagnação (35%) em relação a 2015, com variação para cima ou para baixo não maior do que 5%.

Para o segmento de veículos comerciais a divisão é parecida: 35% dos executivos ouvidos previram queda moderada e 33% projetam estabilidade. Na opinião dos pesquisados, os principais fatores que impactarão ambos os mercados são o desenvolvimento econômico nacional, o crédito e as políticas tarifárias/regulação, conforme já havia sido observado no estudo em 2015.

Em relação ao volume de veículos leves exportados, é esperado crescimento leve (5% a 10%), sendo que os executivos apontam o câmbio favorável como principal fator determinante.

RETOMADA

Sobre a expectativa de retomada pós-crise, nova divisão quase equânime: 44% avaliaram que o crescimento volta em 2017, enquanto 42% esperam isso para 2018. Mais pessimistas, 12% dos entrevistados acreditam que a recuperação ocorrerá somente mais tarde, a partir de 2019. E apenas 2% enxergam alguma expansão das vendas em 2016.

Para 54% dos executivos, a volta ao pico histórico do mercado de veículos leves (3,6 milhões de unidades emplacadas em 2012) somente ocorrerá no médio prazo, entre 2018 e 2020, e 43% avaliam ser necessário um período mais longo para atingir esse patamar, somente a partir de 2021.

MEDIDAS PARA SUPERAR A CRISE

Como principais medidas implementadas para superar a crise em 2015 foram mencionadas a redução da capacidade de produção e mão de obra (67%), a redução de despesas (overhead) da área administrativa (54%) e o aumento das exportações (46%).

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Como medidas a serem adotadas em 2016 para encarar o cenário de crise, foram citadas aumento das exportações (55%), redução de despesas (overhead) da área administrativa (43%) e a corte da capacidade de produção e mão de obra (43%).

Os executivos que participaram da pesquisa também elencaram medidas internas necessárias para fazer a indústria retomar seu vigor. A grande maioria apontou o aumento da produtividade da força de trabalho (62%), a revisão dos processos (53%) e a revisão/renovação do portfólio de produtos (49%) como pontos essenciais para melhorar os resultados.

Na opinião dos executivos da indústria automotiva, um programa de renovação da frota (65% das respostas), redução de impostos e encargos (57%) e facilitação de acesso ao crédito (55%) são as medidas do governo que mais poderiam afetar positivamente o mercado e antecipar a retomada do crescimento no setor.

MONTADORAS

Ao apontar os principais desafios a serem enfrentados em 2016, conforme já observado nas pesquisas realizadas em 2014 e 2015, a capacidade ociosa e a lucratividade são apontadas como principais desafios das montadoras no momento.

As estratégias esperadas para este ano são guerra de preços e expansão para novos mercados.

As principais tendências tecnológicas de 2016 para os veículos leves são o desempenho dos motores, com a continuação do movimento de downsizing (redução de tamanho) e mais eletrônica embarcada/conectividade.

Para os veículos pesados os executivos colocam a redução de emissões atmosféricas e a melhoria do desempenho dos motores como principais objetivos.

FORNECEDORES

Entre os fabricantes de autopeças, 39% dos executivos ouvidos esperam que o

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relacionamento dos fornecedores com as montadoras fique ainda mais deteriorado em comparação com 2015, outros 39% esperam que tudo fique igual.

Assim como em 2014 e 2015, a lucratividade é vista como principal preocupação dos fornecedores em 2016, seguida pela crescente ociosidade das linhas de produção. O insourcing, com maior número de atividades e produtos feitos dentro da própria empresa, é visto por 61% dos pesquisados como principal tendência esperada no mercado de fornecedores tier 2, seguida por um movimento de consolidação (59%), com redução do número de companhias.

A infraestrutura logística (63%), o custo das matérias-primas (62%) e da mão de obra (60%) são apontados como principais barreiras para aumentar a competitividade internacional e assim elevar a exportação de autopeças.

Quanto à eficácia dos incentivos do governo para a competitividade da cadeia de fornecedores, é possível avaliar que a maioria dos executivos considera que serão insuficientes em 2016 (conforme em 2015).

CONCESSIONÁRIAS

Os principais desafios a serem enfrentados pelo setor de distribuição de veículos em 2016 são os mesmos apontados pelos concessionários em 2015: pressão sobre as margens nos negócios de veículos novos (80%), volume reduzido de vendas de zero-quilômetro (78%) e aumento de estoques (33%).

As regiões Nordeste (31%) e Centro-Oeste (27%) devem apresentar maior crescimento do número de concessionárias. A região Sudeste (65%) deve apresentar a maior redução no número de pontos de venda.

As perspectivas futuras em relação à consolidação dos grupos de concessionárias em 2014 apontavam entrada de investidores internacionais; para o ano de 2015 e 2016 os executivos esperam pela realização de novas consolidações.

CONSUMIDORESPara 53% dos executivos participantes da pesquisa, a lealdade do consumidor em relação às marcas de veículos deve se deteriorar. Outros 43% acreditam que a lealdade deve ficar igual.

O ar-condicionado novamente foi considerado como o opcional mais valorizado pelos clientes brasileiros (conforme em 2015), seguido pelo câmbio automático/automatizado.

O segmento de carroceria mais procurado nos próximos anos deverá ser o SUV.

Recessão leva empresas brasileiras a buscar oportunidades fora do país 22/02/2016 – Fonte: EM.com

A crise econômica, agravada pelo cenário político turbulento, tem acelerado os planos de expansão de empresas brasileiras no exterior. Com o real desvalorizado, muitas companhias, sobretudo as de commodities, buscam ampliar as exportações. Boa parte também tem arriscado a abrir subsidiárias em outros países, como forma de diversificar receita e reduzir a dependência do mercado interno.O fluxo maior de expansão no exterior, segundo especialistas ouvidos pelo Estado, é para os Estados Unidos, reflexo do maior potencial do mercado consumidor americano.

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As consultas para investir nos EUA saltaram 70% no ano passado, para 7,6 mil, de acordo com a Câmara Americana de Comércio (Amcham), com base em downloads baixados no site da Amcham por interessados em fazer negócio nos EUA.

O mesmo movimento, um pouco mais contido, foi observado para o Reino Unido. No mesmo período, houve acréscimo de 30% em consultas para investir na região, segundo a agência britânica de comércio e investimentos (UKTI), que conta com 82 empresas brasileiras, de diferentes portes, e espera crescimento de 20% este ano.

"Há uma tendência geral em momentos de crise: empresas tentam diversificar sua receita e buscam outros mercados", diz Welber Barral, ex-secretário de comércio exterior, à frente da consultoria Barral MJorge.

Barral, que faz consultorias para agências governamentais e empresas, vê um forte movimento de companhias que buscam oportunidades nos EUA e no mercado europeu. "Na Europa, a Inglaterra torna-se principal opção, por sua forte referência como centro financeiro global e porta de entrada para os países europeus, mais protecionistas."

TransferênciaA mineradora Magnesita, produtora de materiais refratários - usados pelas indústrias siderúrgicas -, controlada pela GP Investments, está se preparando para transferir sua sede para Londres.

A empresa, que aprovou a criação da holding Mag Internacional no fim de 2015, pretende listar suas ações na London Stock Exchange e seus principais executivos - presidente, diretor financeiro e jurídico e de relações institucionais - já preparam a mudança.

Em um momento crítico para o setor de mineração e siderurgia, com baixos preços do minério de ferro e superoferta global de aço, a transferência da Magnesita não poderia ser mais oportuna, diz Luiz Gustavo Rossato, diretor jurídico e de relações internacionais.

"A Bolsa de Londres é referência de preços internacionais de minério e podemos captar dinheiro mais barato", afirma. A empresa manterá a produção no Brasil e continuará listada na BM&FBovespa.

Não à toa, os dois principais bancos privados brasileiros (Itaú e Bradesco) transferiram sua sede na Europa para Londres. Antes em Luxemburgo, o Bradesco se mudou no ano passado para se aproximar dos investidores globais, diz Marcelo Cabral, executivo do Bradesco na Europa.

Em franco processo de internacionalização, o Itaú transferiu em 2012 a sede de Portugal para Londres. Renato Lulia, presidente do Itaú BBA Internacional, diz que a mudança foi estratégica.

De Londres, Lulia também coordena as operações da Ásia e Oriente Médio. "Vale lembrar que há mais estrangeiros interessados em investir no Brasil, porque o País está barato. Como um banco internacional, ampliamos daqui as operações de fusões e aquisições."

O exigente mercado europeu, mais protecionista, também está na mira das empresas de alimentos. No ano passado, o JBS avançou no Reino Unido com a aquisição da Moy Park, na Irlanda, que era do grupo Marfrig. A BRF (dona de Sadia e Perdigão) anunciou no fim de 2015 a compra da Universal Meats, com foco em alimentação fora do lar na Inglaterra, por £ 34 milhões.

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"Entre os 28 países da comunidade europeia, a Inglaterra é o que mais importa carne de frango", diz Roberto Banfi, presidente da BRF na Europa. "O investimento na Europa responde por uma fatia importante do faturamento da BRF no exterior."

No processo de internacionalização, a BRF comprou ainda uma operação na Argentina e outra na Tailândia que, com a Universal Meats, vão dobrar a capacidade de produção fora do Brasil, para 8% do total.

Prefeituras perdem receita com crise no setor industrial 22/02/2016 – Fonte: EM.com

Surpreendidas pela crise que afeta a produção da indústria em vários setores, da mineração à siderurgia e aos bens de consumo em geral, cidades dependentes da renda gerada por uma única e grande atividade ou empresa enfrentam como novo desafio a forte retração da economia brasileira.

Ficou mais difícil buscar alternativa para as próprias empresas afetadas pela turbulência e para reverter efeitos negativos, como a queda das receitas municipais, aumento do desemprego e a redução do consumo que afeta o comércio local.

Vivendo essa pressão, Fortaleza de Minas, no Sul do estado, tenta sem sucesso se recuperar do baque sofrido há pouco mais de dois anos com a decisão da Votorantim Metais de paralisar a produção no município de matte de níquel, usado na fabricação de aços inoxidáveis e ligas.

A usina empregava 450 trabalhadores no fim de 2013, empregos que à época representavam quase 10% da população. Sustentava, também, o repasse de receitas aos cofres municipais, incluindo os royalties da atividade – a Contribuição Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) – e o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).

“Sem outra atividade aqui, os que ficaram desempregados foram para outras cidades e o comércio estagnou. Com a crise, é muito difícil atrair investimentos”, lamenta o secretário municipal da Fazenda, José Balduino da Silva Júnior.

Prestadores de serviços à Votorantim Metais deixaram Fortaleza de Minas e a receita do ISS, que havia alcançado quase R$ 1,2 milhão em 2012, caiu a cerca de R$ 300 mil em 2015, obrigando a prefeitura a adotar uma era de cortes de despesas, a qual, de acordo com Balduino, deverá alcançar o próprio quadro de pessoal se a situação persistir. A presidente da Associação Comercial e Empresarial da cidade, Andreia Dutra Vieira Souza, diz que não foi feito um planejamento adequado para conter os impactos do fechamento da unidade.

“Acredito também que recursos gerados pela própria atividade não tenham sido aproveitados. Agora vivemos uma crise geral que todo o país enfrenta”, afirma.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Votorantim Metais informou que no ano passado obteve a licença que permitiu implantar na unidade um processo para

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obtenção de ácido sulfúrico, sub-produto da operação de matte de níquel, e recontratou 73 ex-empregados.

O desamparo em que vivem municípios como Fortaleza de Minas não fica limitado à população local, tendo em vista que a dependência da economia está, em parte, associada ao perfil da produção de Minas Gerais, concentrada em boa parte nos chamados bens intermediários, do minério ao aço e ao cimento, lembra a economista Aparecida Sales, da Fundação João Pinheiro.

Juntas, somente as 26 cidades que ela selecionou afetadas por esse fenômeno participam com 11,15% do PIB de Minas, fatia nada desprezível, com base em dados de 2013, os mais recentes disponíveis.

Debaixo de lama, em busca de saídas

Em 5 de novembro do ano passado, a Barragem do Fundão, em Mariana, se rompeu destruindo, com uma avalanche de 62 milhões de metros cúbicos de lama, o distrito de Bento Rodrigues. A lama também atingiu as localidades de Paracatu de Baixo, Águas Claras, Ponte do Gama e Pedras, além da cidade de Barra Longa.

O maior desastre ambiental do país deixou 17 mortos, além de tirar a vida do Rio Doce. A lama que saiu de Minas chegou ao mar do Espírito Santo, e as causas do acidente ainda são investigadas.

A Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP, é a principal fonte de receitas de Mariana, onde 89% da arrecadação municipal vem dos impostos pagos pela mineração.

O rompimento da barragem fez o desemprego na cidade crescer em mais de cinco vezes, entre novembro de 2015 e janeiro de 2016. A histórica Mariana busca agora saídas para além da mineração.

Brasil é o 10º país mais complexo do mundo para fazer negócios, diz consultoria

22/02/2016 – Fonte: Gazeta do Povo

O Brasil é o décimo país mais complexo do mundo para fazer negócios, segundo pesquisa da consultoria TMF Group. O ranking, que mede a complexidade para as empresas multinacionais cumprirem a regulamentação e legislação corporativa, tem 95 países e é liderado por Argentina, Indonésia e Colômbia. O país menos complexo é a Irlanda.

Apesar da avaliação ruim, a classificação do Brasil melhorou bastante, já que na edição anterior da pesquisa o País era o segundo mais complexo do mundo. Segundo a TMF, o Brasil tem feito progressos no sentido de combater a corrupção e melhorar o ambiente corporativo, embora ainda tenha muitos obstáculos burocráticos e gargalos processuais.

A consultoria também vê um esforço do governo em aumentar a eficiência na arrecadação de imposto de renda corporativo e da tributação sobre a folha de pagamento, incluindo a informatização nessas áreas.

No lado negativo, o relatório aponta que a inflação no Brasil está no maior nível em 12 anos e o dólar subiu quase 50% ao longo do último ano.

“Embora esses fatores não afetem diretamente a conformidade, eles são um indicativo de que a economia está sob pressão e, assim, é improvável que o governo

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seja capaz de implementar as reformas necessárias para melhorar no ranking de complexidade no curto a médio prazo”, aponta o texto.

Dos dez países mais complexos do mundo, cinco são da América Latina. Segundo a TMF, embora a região ofereça muitas oportunidades para as empresas multinacionais, a complexidade é elevada em função dos altos níveis de burocracia e investimento limitado nas estruturas reguladoras.

De acordo com a TMF, as empresas que procuram investir e operar na América Latina podem enfrentar quantidades significativas de protocolos que abrangem a maioria das modalidades de negócios, incluindo saúde e segurança, recursos humanos e fiscal.

Este impacto é multiplicado pela necessidade de obedecer às leis que muitas vezes são difíceis de interpretar e aplicadas de maneira inconsistente.

“A instabilidade política contínua também desempenha um papel importante, porque tem atrasado significativamente algumas das peças-chave da legislação destinadas a simplificar o ambiente de negócios em alguns destes países”, afirma o relatório.

A consultoria diz que, embora seja difícil atribuir diretamente a complexidade à instabilidade política, a maioria dos países com pior desempenho no ranking atualmente enfrenta consideráveis turbulências nessa área.

“Isso afeta todos os aspectos de uma economia e a infraestrutura legal de um país, impactando a criação e manutenção de um ambiente de governança corporativa estável”.

Empresa demite 25 mil, mas dá superbônus a diretor executivo 22/02/2016 – Fonte: Gazeta do Povo

As empresas costumam usar resultados financeiros e o cenário econômico para justificar demissões. Em 2015, a Schlumberger – prestadora de serviços no setor de petróleo – amargou queda de 17% nas receitas e de 41% nos lucros. E, ao longo do ano passado, demitiu 25 mil pessoas, segundo o site CNN Money.

Os cortes representaram uma redução de 20% da força de trabalho da companhia, informou o site.

A empresa atribui tanto as dispensas quanto os resultados fracos à forte queda nas cotações do barril do petróleo.

Os números mostram um cenário nada favorável para quem trabalha na companhia. Mas a crise não parece ter atravessado a porta do escritório do diretor executivo da Schlumberger. É que, de acordo com o site, as gratificações dadas pela empresa a Paal Kibsgaard em 2015 somaram US$ 18,3 milhões.

O valor, sem dúvida, é alto, mas representa uma leve queda em relação ao que ele recebeu em 2014: US$ 18,5 milhões. A diferença, o site explica, deve-se ao desempenho do plano de previdência do executivo.

De acordo com o CNN Money, tanto a base salarial quanto as ações que ele detém aumentaram em relação a 2014, e o total de dinheiro que ele recebia de fato avançou 12%, para US$ 5,2 milhões.

Trabalhadores decidem manter ocupação nas fábricas da Mabe em SP 22/02/2016 – Fonte: Gazeta do Povo

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Os metalúrgicos da empresa de eletrodomésticos Mabe (dona da Dako e da Continental) decidiram manter a ocupação das fábricas em Campinas e Hortolândia, no interior de São Paulo. A ocupação, que está em seu quinto dia, foi iniciada depois de a empresa ter a falência decretada pela Justiça.

Nesta sexta-feira (19), os trabalhadores votaram em assembleia a manutenção do acampamento depois de a administradora da massa falida propor um mutirão de RH para auxiliá-los no andamento das demissões e acesso a benefícios desde que houvesse a liberação das fábricas.

“Com a realização do mutirão do RH, as conquistas iriam além da baixa das carteiras”, disse a administradora, em nota, acrescentando que “lamenta a posição do sindicato e o resultado das assembleias, tendo em vista os esforços realizados em conjunto para a regularização da situação dos trabalhadores”.

Na quinta-feira (18), a Justiça já havia resguardado aos trabalhadores o direito de receberem as guias de saque do FGTS e do seguro desemprego junto à Caixa. Segundo o sindicato, a decisão de manter a ocupação é porque não há garantia de pagamento de outros direitos trabalhistas, como a multa de 40% sobre o FGTS.

O objetivo da ocupação é impedir que o maquinário seja removido para que possa ser usado como possível fonte de receita. A Mabe passou três anos em recuperação judicial e desde dezembro demitiu 342 funcionários.

Para a administradora da massa falida, “sem a desocupação das fábricas as atividades (de RH) não poderão ser efetuadas em função da falta de garantia de segurança interna e externa dos membros da força tarefa e dos próprios trabalhadores”.

Dieselgate pode atingir carros Mercedes-Benz 22/02/2016 – Fonte: Automotive Business A Daimler é acusada de utilizar um dispositivo de corte em modelos Mercedes-Benz BlueTec diesel que faz com que os veículos ultrapassem os padrões de emissão quando funcionam em temperaturas abaixo de 10 graus Célsius.

O processo foi aberto em Nova Jersey por um escritório de advocacia especializado em direitos do consumidor. A informação foi divulgada pelo site Automotive News e o caso tem contornos semelhantes ao chamado dieselgate que atingiu o Grupo Volkswagen.

"A alegação é infundada. Todos os nossos veículos estão em conformidade com os padrões determinados”, afirmou o porta-voz da Daimler Joerg Howe. A acusação de que a montadora usa o dispositivo para desligar o sistema voltado à redução de emissões de óxido de nitrogênio (NOx) foi feita pelo dono de um Mercedes em Illinois.

Dessa forma, os motores estariam emitindo 19 vezes mais NOx que o permitido pelas normas americanas e algumas leituras instantâneas superaram em 65 vezes o valor máximo tolerado quando o dispositivo desliga o sistema de controle de emissão.

O escritório de advocacia embasou-se, em parte, em um artigo da revista alemã Der Spiegel. A publicação informa que a Mercedes admitiu que o desligamento ocorre para proteger o motor.

Os advogados também citam um estudo realizado pela agência de testes

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independente TNO para o Ministério Holandês de Infra-Estrutura e Meio Ambiente. Em medições reais, o Mercedes C 220 emite mais NOx do que o volume aferido em resultados laboratoriais.

“É comum haver medições reais com resultados diferentes dos obtidos em testes de laboratório, mas não nessa proporção”, afirma a porta-voz da TNO, Monique de Geus.

Testes da empresa mostraram que vários veículos vendidos na Europa apresentaram emissões muito mais elevadas do que o permitido e que modelos Mercedes BlueTec estavam entre os testados.

A ação pretende forçar a Mercedes-Benz a fazer um recall dos modelos afetados ou substituí-los, além de reparar outros danos decorrentes do problema. Entre os modelos atingidos estariam os utilitários esportivos GLE, ML320, ML 350 e também modelos das Classes E e S.

As reivindicações são semelhantes àquelas que atingiram 11 milhões de veículos a diesel do Grupo Volkswagen no fim de 2015, levando a uma grande investigação que resultou na mudança de boa parte da cúpula do Grupo VW.

A primeira denúncia que deu origem ao dieselgate ocorreu nos Estados Unidos e a Justiça americana está processando a VW em US$ 46 bilhões por violações do direito ambiental.

JR Diesel registra aumento de 45% na procura de peças usadas em 2015 22/02/2016 – Fonte: Automotive Business

A JR Diesel, empresa de desmonte de veículos comerciais pesados com sede em Osasco (SP), registra crescimento de 45% na procura de peças usadas em 2015, segmento que tem sido impulsionado principalmente pela queda na venda de veículos novos. Na contramão da crise, a companhia, especializada na venda deste tipo de peça, elevou seu faturamento em 12% no ano passado, superando os R$ 50 milhões.

Em 2015, alcançou o volume de 12 mil caminhões desmontados ao longo dos seus quase 31 anos de atuação no ramo. Em média, a empresa recicla cerca de 1 mil unidades por ano, entre caminhões e ônibus. Até hoje, mais de 75 mil clientes já adquiriram peças usadas da empresa.

Para dar conta da crescente demanda, foram contratados 30 novos funcionários em janeiro, elevando o quadro de funcionários para mais de cem.

Segundo a empresa, uma peça usada ou seminova em bom estado pode custar até 50% menos do que um item novo. Os componentes destinados à venda são selecionados e recebem um selo do Detran, além de possuírem um QR Code que permite ao consumidor consultar a origem e legalidade do material.

Cerca de 95% dos veículos desmontados são adquiridos pela JR Diesel em leilões oficiais de bancos e seguradoras, enquanto a outra parte é comprada diretamente de frotistas com pagamento de até 30% da tabela Fipe.

Do total do caminhão desmontado, 85% das peças são encaminhadas para reuso, outros 10% para reciclagem, como óleo, bateria e pneus, e os demais 5% são descartados.

PERSPECTIVA POSITIVA

O mercado de peças usadas está em franco crescimento e mantém esta tendência

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para os próximos anos. A Lei do Desmanche, em âmbitos estadual e federal, representa um pilar importante neste cenário, uma vez que vai impulsionar a entrada no mercado do seguro popular, o seguro de veículos com preços bem mais acessíveis e que permitirá o uso de peças usadas na reparação destes veículos, prática que atualmente é proibida pela Susep, órgão responsável pelo setor segurador no País.

De acordo com um estudo feito pela consultoria Roland Berger, o setor automotivo de reposição movimentou R$ 23 bilhões no Brasil em 2014.

A previsão é que o setor supere os R$ 85 bilhões até 2020. Já o crescimento anual da categoria deve ficar em 4,6% também para os próximos quatro anos, incluindo peças genuínas, originais, alternativas e usadas, para veículos leves e pesados.

VW alemã cumpre metade dos recalls de Amarok 22/02/2016 – Fonte: Automotive Business

A Volkswagen afirma ter atendido 50% das Amarok vendidas na Alemanha e convocadas por utilizar o motor 2.0 diesel EA 189. Até quinta-feira, 18, cerca de 4,3 mil picapes já haviam passado pelo recall necessário para enquadrá-las nos limites legais de emissão de NOx. As medidas técnicas foram apresentadas em dezembro pelo Grupo VW após descobertas de fraude nas emissões desses motores (dieselgate).

A Amarok foi o primeiro modelo convocado, no fim de janeiro. Conforme acordado com a KBA, a VW começou com os motores EA 189 2.0. Em março tem início o chamado aos Passat equipados com esse propulsor.

No fim do segundo semestre as medidas se estenderão à versão 1.2. Completando o recall, as correções para os veículos com motores diesel EA 1.6 serão realizadas a partir do terceiro trimestre de 2016.

As três versões do EA 189 (1.2, 1.6 e 2.0) passarão por atualização de software e os 1.6 receberão também um tubo orientador de fluxo montado na frente do sensor do ar de admissão, o que explica a maior demora para o início da convocação.

O tempo estimado para a correção na oficina também é maior, 45 minutos. Nos 2.0 e 1.2 o período aproximado é de meia hora.

Arteb para em protesto contra 370 demissões 22/02/2016 – Fonte: Automotive Business

Após assembleia na tarde de quinta-feira, 18, os trabalhadores da Arteb, em São Bernardo do Campo (SP), decidiram paralisar as atividades em protesto contra a demissão de 370 dos 1,4 mil funcionários, ou 26,4% do quadro.

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Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, as demissões foram efetivadas em 11 de janeiro e no dia seguinte a empresa teria ingressado com pedido de recuperação judicial.

Ainda de acordo com a entidade, as demissões causaram surpresa e incerteza aos trabalhadores, inclusive em relação ao pagamento das rescisões, o que, segundo José Paulo da Silva Nogueira, diretor executivo do Sindicato, contribuiu para a decisão de parar a fábrica.

“Até segunda-feira a Arteb ficará parada, aí faremos nova assembleia para deliberar os próximos passos.”

Nogueira recorda que a possibilidade de uso da legislação de recuperação judicial pode deixar o trabalhador sem previsão de quando irá receber a indenização.

Fábrica da Iscar no Brasil irá operar em dois turnos 22/02/2016 – Fonte: Usinagem Brasil

A Iscar do Brasil vai implantar o segundo turno na fábrica de ferramentas especiais de Vinhedo (SP). Desde o início do ano passado, a unidade vinha operando em apenas um turno, mas o aumento da demanda por ferramentas especiais - em especial para atender os setores eólico, aeroespacial e o automotivo (nacionalização de peças) - levou a empresa a ampliar a capacidade de produção.

Eduardo Ribeiro, diretor-presidente da filial brasileira, explica que por enquanto a operação do segundo turno será parcial, envolvendo cerca de metade das máquinas. Para o executivo, a tendência na área de especiais é de crescimento.

“Para ser mais competitivas, as empresas estão em busca de melhorias, procurando soluções que aumentem a produtividade e reduzam custos”, informa.

Essa tendência, na avaliação de Ribeiro, já vinha dando sinais no semestre passado. Tanto que a empresa, mesmo tendo reduzido um turno, optou por manter os profissionais.

“O mesmo fizemos na área de engenharia de processos. Trata-se de mão-de-obra qualificada, na qual investimos bastante e que não se encontra facilmente no mercado”. Ribeiro explica que a empresa estava participando de vários projetos, muitos deles em parceria com fabricantes de máquinas, o que aliás tem exigido bastante da área de engenharia.

Mas o esforço foi compensado e a empresa conquistou vários deles. “Inclusive alguns para exportação”, destaca, explicando que foram desenvolvidos para empresas instaladas no Brasil com filiais no México.

De acordo com Ribeiro, vários fatores têm contribuído para o aumento na procura por especiais, mas o principal deles é que as empresas estão vendo a necessidade de promover melhorias na produção, nos processos.

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“Muitas empresas que preferiam não mexer nos processos, agora estão demonstrando maior abertura para a apresentação de novas soluções, inclusive nos procurando para conhecer essas soluções”.

Para o executivo, 2016 ainda deve ser um ano difícil, com possibilidades de ser um pouco melhor que 2015. “Estou otimista. Acredito que vamos ter um crescente, com cada trimestre sendo melhor que o anterior”, prevê. “A Iscar do Brasil deve fechar este ano com resultado melhor do que o obtido em 2015”.

Ford avança na pesquisa e uso de biomateriais 22/02/2016 – Fonte: Usinagem Brasil

A Ford segue avançando na pesquisa de biomateriais na indústria automotiva e já utiliza vários desses produtos na fabricação de seus veículos, como soja, coco, casca de arroz, palha de trigo e sisal. Outros materiais também se encontram em fase de testes para entrar nessa lista, como cana-de-açúcar, milho, bambu, dente-de-leão, algas e até fibra de tomate.

A montadora tem como meta atingir em todos os seus carros globais índice de 95% de materiais recicláveis e renováveis - que podem ser empregados para produção de energia. Os biomateriais fazem parte dessa estratégia para redução do impacto ambiental.

No Brasil, os caminhões Cargo usam um composto de fibra de sisal no painel de instrumentos desenvolvido localmente. Além de leve e altamente resistente, esse material sem cheiro é encontrado em abundância no estado da Bahia e se adequa com facilidade aos processos de moldagem e injeção de peças.

Todos os carros da marca produzidos na América do Sul, incluindo as linhas Ka, New Fiesta, Focus, EcoSport, também já utilizam de 5 a 7 kg de PET reciclado em seus carpetes, forro de teto, caixas de roda e mantas de forração acústica, além de sobras de tecidos como jeans em estofamentos, carpetes e forros.

O Ka, por exemplo, utiliza o equivalente a 39 garrafas PET de dois litros na versão hatch, e até 41 garrafas PET no modelo Ka+. Ambos também trazem o equivalente a seis calças jeans. O Focus Hatch e o Focus Fastback contêm cerca de 11 kg de materiais reciclados.

“Antes de serem aprovadas, todas essas matérias-primas têm de apresentar a mesma qualidade do material novo e atender os requisitos globais da Ford de desempenho, segurança, aparência e sustentabilidade.

Na Europa, por exemplo, já é obrigatório por lei que os veículos tenham uma porcentagem de materiais reciclados na sua fabricação. O Brasil futuramente deve seguir o mesmo caminho e já estamos preparados”, diz Cristiane Gonçalves, supervisora de Engenharia de Materiais da Ford América do Sul.

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Na América do Norte, todos os carros da Ford trazem espuma de soja na composição dos bancos. Roupas de algodão, garrafas plásticas, fibra de madeira e palha de trigo são outros materiais usados em modelos como o Escape, Focus Electric e Flex.

Pó de coco, extraído da casca do fruto, entra na composição dos protetores de porta-malas de alguns modelos. Desde 2014, a Ford também pesquisa em parceria com a Heinz o uso da fibra de tomate para o desenvolvimento de um material alternativo ao plástico para a produção de suportes de fiação e porta-objetos.

Truckvan investe na produção de contêineres 22/02/2016 – Fonte: Usinagem Brasil

Após ampliar em 135% sua produção de food trucks e dobrar seu faturamento neste segmento em 2015, a Truckvan, maior fabricante de unidades móveis do Brasil, decidiu apostar em contêineres para atender a esse mercado em plena expansão. A empresa acaba de entregar seis modelos para a multinacional Levy Restaurants, integrante do grupo do GRSA/Compass.

“É mais uma opção de mobilidade que a Truckvan oferece para empresas e empreendedores, com a vantagem de realizar o atendimento no nível do solo e ter uma estrutura interna maior para operação”, destaca o sócio-diretor da empresa, Alcides Braga.

Segundo o executivo, os contêineres são mais indicados para situações em que ficarão fixos em um determinado local por mais tempo e farão pequenos deslocamentos. “Apesar de o investimento ser menor do que de um food truck, o custo logístico de um contêiner é superior ao do veículo sobre chassi, pois é necessário um guindaste para transportá-lo”, ressalta.Os seis contêineres produzidos pela Truckvan para a Levy Restaurants estão sendo usados para comercializar hambúrgueres, cachorros-quentes, cafés e sanduíches naturais no Expo Center Norte, em São Paulo.

O modelo faz parte do projeto de renovação da área de alimentos e bebidas do centro de exposições, que agora conta também com três restaurantes fixos e food bikes.

Fundada em 1992, a Truckvan é líder brasileira no mercado de soluções sobre rodas, tendo produzido cerca de 45 mil baús de alumínio e entregado cerca de 600 unidades móveis para as áreas de saúde, capacitação e treinamento profissional, eventos, serviços e defesa e segurança.

Conta com mais de 400 funcionários e em 2014 faturou R$ 145 milhões, o que corresponde a um crescimento de 625% nos últimos seis anos. Atualmente, a empresa possui quatro fábricas, sendo duas em São Paulo, uma em Guarulhos (SP) e uma em Duque de Caxias (RJ).

Máquinas: indústria alemã prevê crescimento moderado 22/02/2016 – Fonte: Usinagem Brasil

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“O ano de 2016 será de crescimento moderado para a indústria alemã de máquinas-ferramenta”, disse com certo otimismo o presidente da VDW (Associação dos fabricantes de máquinas-ferramenta da Alemanha), Dr. Heinz-Jürgen Prokop, durante a conferência anual realizada no dia 11 de fevereiro em Frankfurt.

Ele espera um volume de crescimento no ano de cerca de 1% sobre o total produzido ano passado.

A VDW chegou a essa estimativa com base em dois prognósticos. Primeiro, os investimentos planejados para 2016 pelos principais consumidores de máquinas, aí incluídos a indústria automobilística, a indústria eletroeletrônica, a de transformação e a de máquinas, que no final do ano passado sinalizavam crescimento no consumo de máquinas em torno dos 4% para esse ano.

O segundo ponto considerado foram os dados sobre a entrada de pedidos firmes coletados junto aos associados da VDW.

O crescimento no consumo mundial de máquinas-ferramenta deve ser de 4,2% para esse ano, sendo que a Europa vai puxar esse índice com crescimento de 4,6%, seguido da Ásia com 4,5% e dos Estados Unidos com 2,5%.

O ano de 2015 foi novamente um ano recorde para esse setor industrial na Alemanha, com crescimento de 4% em relação a 2014 e um faturamento de 15,1 bilhões de euros - sendo que desse valor 9,4 bilhões de euros foram exportados, ou seja, cerca de 70% do total.

Contrariando as expectativas, a exportação para países europeus teve crescimento de 8% e a Ásia apresentou recuo de 5%, devido à instabilidade do mercado da China. Mesmo assim, esse país representa cerca de um quinto das exportações de máquinas da Alemanha.

Também cresceu em 2015 o número de trabalhadores no setor, que emprega atualmente 68.500 pessoas, um adicional de 1,5% sobre 2014. O volume de pedidos fixos gira em torno de 6,8 meses e a utilização da capacidade produtiva média dessas indústrias está em 88%. Dificuldades - Porém o próprio Dr. Prokop alerta que o mercado deve se tornar mais difícil e com pouco poder de influência dos fabricantes. Países como a Rússia, com uma moeda fraca e um mercado dependente do preço do petróleo, o Brasil mergulhado em uma grave recessão, além da China com um crescimento menor e de algumas instabilidades geopolíticas, devem puxar para baixo o crescimento.

Ao mesmo tempo está se criando ao redor do mundo novas possibilidades de negócios como, por exemplo, a modernização da indústria de suporte ao gás e petróleo no Irã, bem como sua indústria automotiva.

Outro país com um grande potencial para esse ano é o México, principalmente sua indústria automobilística e aeronáutica. O potencial de compra desse país é de 1,5 bilhão de euros, sendo que a industria alemã participa com 14% desse volume.

Finalizando o Dr. Prokop diz que, para permanecer competitiva a indústria alemã deve continuar apostando no desenvolvimento de novas tecnologias e principalmente oferecer ao mercado soluções que outros países fabricantes ainda não têm.

Como palavra-chave ele cita a indústria 4.0, além disso, cada vez mais se fala na utilização de máquinas híbridas, que combina o processo de produção convencional com a “additive manufacturing”, que é a produção de peças por impressão 3D.

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Porém o emprego desse tipo de equipamento só é rentável se o cliente conseguir agregar valores adicionais ao processo de usinagem, que compensem o maior custo de produção.

“Isso é realizável com certa facilidade na produção de lotes pequenos ou peças complexas, porém ainda é um desafio na produção de lotes médios e grandes”, disse o presidente da VDW.

Indian cancela abertura de novas revendas 22/02/2016 – Fonte: Automotive Business

A queda no mercado de motos fez a Indian adiar a abertura de novas concessionárias e manterá até o fim do ano apenas as quatro já inauguradas. Porém, ainda espera vender 800 motos no Brasil em 2016, mesmo volume estimado no segundo semestre do ano passado, quando iniciou a produção e venda no Brasil.

“Ainda vamos decidir onde abrir, em 2017, as duas próximas. Uma será no Nordeste e outra no Sul. Quando houver uma sétima será em Goiás ou em Brasília (DF)”, afirma o diretor-geral da marca, Rodrigo Lourenço.

As quatro casas já abertas ficam nas capitais São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Florianópolis.

“As vendas estão dentro do esperado, num volume crescente depois do Salão Duas Rodas. Desde o começo da operação já repassamos à rede cerca de 200 motos”, revela o diretor-geral.

Desde novembro há três modelos disponíveis: Scout, com motor refrigerado a líquido de 1.100 cc e tabela de R$ 49.990, Chief Classic e Chief Vintage, estas duas com um baita 1.800 cc arrefecido a ar e óleo e preços, respectivamente, de R$ 79.990 e R$ 89.990.

Elas vêm sendo montadas em Manaus (AM) dentro da fábrica da Dafra. Ducati, BMW, KTM e MV Agusta também estão abrigadas nesse mesmo teto. “É a melhor opção enquanto não temos volume”, diz Lourenço.

As Indian vêm desmontadas dos Estados Unidos e recebem como itens nacionais pouca coisa além dos pneus. A marca nasceu em 1901.

Mudou de mãos mais de uma vez. Desde 2011 pertence à empresa Polaris, que já revendia no Brasil seus quadriciclos fabricados nos EUA e México e queria um pedaço do mercado de motos de alta cilindrada, que vinha crescendo até 2014, quando superou 50 mil unidades emplacadas, mas registrou queda de quase 5% em 2015.

No caso da Harley-Davidson, a concorrente mais direta da Indian, as vendas no ano passado encolheram 11%.

Queda de mercado, desvalorização cambial, alta dependência de conteúdo importado... Seria mesmo o momento de montar uma operação no Brasil para vender menos de mil motos num ano?

Quando questionado se em algum momento pensou em adiar a operação ou se já era tarde demais, Lourenço garantiu: “Nunca pensamos em adiar, mas a crise nos obrigou a redimensionar várias vezes a operação.”

A fábrica onde as motos são montadas nos Estados Unidos fica em Spirit Lake, Iowa. Nas próximas semanas chegarão mais dois modelos de 1.800 cc, a Chieftain e a

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Roadmaster, com diferenças de acabamento, mas muito parecidas na essência com as outras duas Chief, até por utilizar o mesmo motor.

Na prática o concessionário terá no showroom uma moto menor e de projeto mais ousado (Scout) e quatro variações sobre um mesmo tema (Chief). Esse talvez seja o maior desafio, atrair compradores com apenas dois projetos realmente diferentes.

Usiminas faz reestruturação para alcançar eficiência 22/02/2016 – Fonte: EM.com

O plano de reestruturação financeira e produtiva da Usiminas prevê o reforço das medidas que a companhia já tem adotado para melhorar a eficiência das operações na usina de Ipatinga, no Vale do Aço mineiro.

Em entrevista ao Estado de Minas, o presidente da siderúrgica, Rômel Erwin de Souza, afirmou que a unidade não será objeto do ajuste drástico realizado de outubro do ano passado ao início deste mês em Cubatão (SP), que resultou na demissão de 1,8 mil trabalhadores diretos e no remanejamento de outros 300 empregados.

Toda a chamada área primária de fabricação de aço – altos-fornos, coquerias, sinterizações e aciaria – foi paralisada na fábrica paulista, como estratégia de adequação da empresa à crise vivida pela indústria siderúrgica no Brasil e no mundo.

Na usina de Cubatão, só permaneceram em funcionamento as laminações e o terminal portuário. “Não prevemos nenhum ajuste dessa natureza em Ipatinga”, disse ao EM o presidente da Usiminas.

Segundo o executivo, o duro ajuste na unidade paulista, que produz aços de menor valor agregado destinados à exportação, foi necessário para que a empresa não continuasse a sofrer a pressão de fazer embarques ao mercado internacional à custa de margem financeira baixa ou negativa.

Os resultados positivos da medida, de acordo com Rômel Souza, começarão a ser observados no balanço da companhia no segundo trimestre deste ano.

Em razão de baixos preços oferecidos nas exportações, o volume embarcado pela Usiminas no quarto trimestre de 2015 caiu 24,4% na comparação com o trimestre anterior. Em Ipatinga, a companhia mantém a produção mais direcionada para atender à demanda de aços com alto valor agregado.

A usina mineira recebeu investimentos em desenvolvimento tecnológico nos últimos seis anos, incluindo aportes numa segunda linha de galvanização inaugurada em 2011, para aperfeiçoamento da produção de aços destinados à indústria automotiva.

A empresa adotou, ainda em Ipatinga, processo inovador no Brasil de resfriamento de chapas grossas, que atende a especificações técnicas de clientes do setor de óleo e gás.

“Esses investimentos, somados ao laminador a quente que continua operando em Cubatão, são estratégicos para o desenvolvimento da Usiminas e do mercado”, afirmou o presidente da siderúrgica.

Especulações sobre medidas de paralisação de atividades em Ipatinga surgiram na semana passada em meio ao impacto negativo causado pelo prejuízo anunciado de R$ 1,627 bilhão que a Usiminas amargou no quarto trimestre de 2015.

Produção e vendas

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A produção de aço bruto das unidades de Minas e São Paulo somou 1,2 milhão de toneladas de outubro a dezembro de 2015, representando aumento de 6,6% na comparação com o trimestre anterior.

Do total das vendas, 73% foram realizadas no mercado interno e 27% tiveram clientes no exterior como destino.

O volume global comercializado no quarto trimestre de 2015, de 1,205 milhão de toneladas, cresceu 2% na mesma base de comparação, mas foi insuficiente, ante a queda de 11% das vendas totais do ano passado, de 4,915 milhões de toneladas, quando comparado ao registrado no quarto trimestre de 2014.

No mercado interno, a companhia teve um desempenho melhor nas vendas do terceiro para o quarto trimestre.

A Usiminas comercializou 882,1 mil toneladas no país, representando acréscimo de 17,4% em relação ao realizado no trimestre anterior. O avanço foi atribuído à performance melhor no período analisado do setor de distribuição de aço e da construção civil.

Avanço de MEIs acende alerta para inadimplência e falências 22/02/2016 – Fonte: EM.com

O aumento expressivo de microempreendedores individuais acende um alerta amarelo para a taxa de inadimplência e para a expansão prevista de falências e recuperações judiciais no País.

Especialistas consultados pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, dizem que pequenos negócios estão sendo abertos no âmbito da crise econômica e, portanto, na urgência de uma fonte de renda.

Na falta de planejamento necessário, a inadimplência ou a morte da companhia é quase certa, influenciando em avanço desses indicadores. Por outro lado, os bancos estão vendo o segmento uma oportunidade para reforçar suas carteiras de crédito, minimizando o risco de potenciais devedores.

"Há um risco elevado de transitarmos de uma taxa de inadimplência elevada - maior que 5% - para uma altíssima, já que o custo do capital de giro hoje é quase inviável", ressaltou o diretor de Pesquisas Econômicas da GO Associados, Fábio Silveira.

Conforme dados do Banco Central (BC), a taxa de inadimplência no mercado de crédito com recursos livres no País ficou em 5,3% em dezembro de 2015 ante 4,3% em 2014. Para pessoa física, a taxa foi de 6% e para as empresas, em 4,5%.

Segundo o especialista, a provável bancarrota futura dos microempreendedores individuais (MEIs) só engrossará a tendência de alta nos próximos períodos para o indicador. "Enquanto tivermos uma taxa de juros elevada, esse sinal amarelo que se acendeu vai continuar", destacou.

De acordo com a Serasa Experian, no ano passado, número de novas empresas no Brasil cresceu 5,3%, impulsionado pelo avanço dos MEIs, que representaram 75,9% ou 1.491.485 do total de 1.963.952 das empresas criadas no País em 2015.

Dados do Sebrae indicam que os MEIs ultrapassaram o número de micro e pequenas empresas (MPEs) e que desde sua criação, em 2008, até janeiro último essa categoria tem soma 5.720.194 microempreendedores individuais, quase 20% maior que o de MPEs abertas no período (4.777.069).

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Segundo Luiz Rabi, economista da Serasa, a onda mais recente de microempreendedores é "uma questão de sobrevivência e não de oportunidade de negócio", em movimento que responde à piora da economia, embora também seja facilitada pelos incentivos fiscais e menor burocracia.

O que corrobora o pessimismo dos especialistas é a taxa de mortalidade desse porte de empresa. Conforme o Sebrae (dado mais recente é de 2010), entre as companhias com até dois anos de atividade e que nasceram em 2007, a taxa de mortalidade é de 24,4%. "Podemos atingir em breve um porcentual de mais de 30%.

Se é abertura por necessidade e ele considera esse novo negócio um complemento de renda, a empresa não aguentará nem dois anos", disse o consultor do Sebrae SP, João Carlos Natal.

"Além disso, hoje há um choque de demanda", completou. O especialista disse que o Sebrae tem recebido retorno de que o receita das pequenas, médias e micro-empresas tem caído em até 50%.

Ele também alerta que o aumento da inadimplência não seria só oriundo da pessoa jurídica. Segundo Natal, o mais natural é que antes de abrir uma conta corrente jurídica, o microempreendedor individual opte pelo financiamento mais caro disponível para pessoa física, como o cheque especial e cartão de crédito. "Até porque as instituições financeiras fazem mais exigências para uma companhia recém-criada", disse.Microcrédito e visão de bancosOs bancos, por sua vez, estão encontrando no microcrédito - que engloba financiamentos não só para MEIs, mas também para micro e pequenas empresas - um potencial para engordar sua carteira de crédito.

Conforme dados do Banco Central, o saldo da carteira de microcrédito destinado a microempreendedores no País em dezembro último era de R$ 5,396 bilhões, praticamente estável ante 2014 (R$ 5,301 bilhões), mas 9,7% maior na comparação com 2013 (R$ 4,829 bilhões), quando o nível de desemprego começou a subir no País.

O superintendente de microcrédito do Santander, Jerônimo Ramos, informou que atualmente a carteira de microcrédito do banco está em R$ 290 milhões, com 143 mil empresas ativas e crescendo cerca de 10% ao ano no últimos três anos, mesma taxa esperada para 2016.

"O banco investiu R$ 3,2 bilhões nos últimos 10 anos no segmento", ressaltou. Questionado sobre o risco de aumento de inadimplência, Ramos disse que hoje a taxa está estável e deve ficar assim por um bom tempo.

"Na hora da concessão fazemos um levantamento socioeconômico e temos também o grupo solidário, um aval em grupo formado pela união de 3 ou 4 microempreendedores que assumem, solidariamente, a responsabilidade pelo pagamento das parcelas do empréstimo", destacou.

Para o diretor da Ativa Wealth Management, Arnaldo Curvello, o Brasil ainda possui pouca experiência em microcrédito, o que faz que a representatividade desse segmento seja ainda pequena perante linhas para outros portes de empresas.

"Pode ser um risco bem pequeno de inadimplência para as instituições financeiras. Além disso, a base do microcrédito também é grande e os MEIs, por exemplo, mesmo que haja o risco de inadimplência, são diluídos. Mas se houver um volume relevante, pode ser uma ameaça", falou.

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Ele defende, ao contrário dos outros especialistas, que a taxa de inadimplência do País não está alta se comparado ao spread bancário sobre a taxa básica. "No microcrédito, os juros ainda compensam a inadimplência", afirmou.

Para outro economista-chefe de uma corretora, a preocupação dos bancos hoje é muito mais com as empresas de grande e médio portes do que as micro e pequenas companhias. "Risco existe, mas não é relevante para a carteira total no momento", declarou.

GM estuda cancelar investimento no Brasil 22/02/2016 – Fonte: EM.com

A General Motors pode rever seu plano de investimento no Brasil de R$ 6,5 bilhões, anunciado em julho passado, e com previsão de cobrir gastos até 2019. O presidente mundial da empresa, Dan Ammann, teme que o País continue com a economia paralisada, o que impedirá a reação do mercado automobilístico nos próximos anos.

“Tenho esperança de ver sinais de avanços políticos e econômicos nos próximos 6 a 12 meses, o que vai nos permitir seguir o curso do investimento planejado.” Do contrário, afirma ele, “vamos reavaliar”.

Número dois no comando da GM global - ele se reporta à executiva Mary Barra -, Ammann esteve no País na terça-feira e na quarta-feira para ver o andamento de novos projetos.

Em entrevista ao Estadão, mostrou-se bastante preocupado com a situação local. “Estamos aqui há 91 anos e estamos acostumados com ciclos de altas e baixas no Brasil e na América do Sul, mas o que mais nos preocupa agora é que pode não haver solução nos próximos três anos.”

Em julho de 2015, Ammann esteve com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília, e anunciou o aporte de R$ 6,5 bilhões, boa parte para o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias.

Na época, o mercado automobilístico como um todo já registrava queda de vendas na casa dos 20%. Mas, de lá para cá, o cenário piorou. Os negócios caíram 26,6% em relação a 2014.

Fábricas suspenderam a produção várias vezes e reduziram o quadro de pessoal em 14,7 mil trabalhadores. Este ano, o mercado começou com nova queda de quase 40% nas vendas anualizadas em janeiro.

Ammann ressalta que o novo pacote de investimento só começará a ser efetivamente aplicado em 2017, o que dá tempo para avaliar seu cancelamento. “Dividimos nossas responsabilidades com os acionistas e qualquer investimento tem de ser avaliado à luz de um retorno”, reforça Barry Engle, presidente da GM para a América do Sul.

Com fim do horário de verão, consumidor deve tentar economizar energia 22/02/2016 – Fonte: EM.com Adorado por muitos, odiado por outros tantos, o horário de verão é polêmico em muitos aspectos. Alguns reclamam de ter que acordar quando ainda está escuro, mas muita gente comemora porque pode voltar para casa no fim do dia ainda com sol, e quem sabe até curtir uma praia ou um happy hour com amigos.

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O horário de verão, que começou em outubro do ano passado, terminou à zero hora de hoje (21), e os relógios foram atrasados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Controvérsias à parte, o fato é que a medida, adotada no Brasil desde 1931, proporciona uma economia para o país, com um menor consumo de energia no horário de pico (entre 18h e 21h), graças ao aproveitamento maior da luminosidade natural.

Com isso, o uso de energia gerada por termelétricas pode ser evitado, reduzindo o custo da geração de eletricidade.

Menos gastosCom o fim do horário de verão, os consumidores devem redobrar a atenção nas pequenas ações do dia a dia que podem resultar em uma redução na conta de luz no fim do mês.

Algumas dicas são conhecidas como apagar a luz ao sair de um ambiente; usar lâmpadas fluorescentes compactas; preferir a luz natural durante o dia e desligar o chuveiro enquanto se ensaboa.

Outras orientações não tão conhecidas também podem ser adotadas, de acordo com uma cartilha da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que orienta os usuários sobre o uso racional da energia.

Por exemplo, a pintura de paredes internas e teto com cores claras, que refletem melhor a luz natural. A Aneel também aconselha a não reaproveitar a resistência do chuveiro queimada, porque, além de perigosa, a prática aumenta o consumo de energia.

Na cozinha, a geladeira deve ser aberta o mínimo possível de vezes, retirando todos os itens de uma só vez. Os alimentos não devem ser guardados quentes e o eletrodoméstico não deve ter as prateleiras forradas, porque isso aumenta o consumo de energia. A borracha da porta da geladeira deve ser mantida em boas condições, porque veda o interior do refrigerador, evitando um maior consumo de eletricidade.

Na área de serviço, uma das dicas é acumular o máximo de roupas possível para lavar de uma só vez na máquina e usar pouco sabão, para não ter que enxaguar a roupa várias vezes.

O mesmo vale para o ferro de passar, que deve ser ligado para passar mais roupas da mesma vez, pois o aparelho consome muita energia sempre que é acionado. Além disso, o ferro deve ser regulado de acordo com a temperatura indicada para cada tecido.

Ao comprar um eletrodoméstico, a dica é preferir os que trazem o selo Procel ou etiqueta A do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que indicam os mais econômicos.

Outra prática importante é não ligar vários aparelhos na mesma tomada porque, além de ser perigoso, consome mais energia. Os consumidores também devem evitar o uso de aparelhos elétricos no horário de pico de consumo (das 18h às 21h).

Nos últimos dez anos, a adoção do horário de verão tem possibilitado uma redução média de 4,5% na demanda por energia no horário de maior consumo e uma economia absoluta de 0,5%, o que equivale, em todo o período do horário de verão, aproximadamente ao consumo mensal de energia em Brasília, com 2,8 milhões de habitantes.

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Desemprego bate no trabalho qualificado 22/02/2016 – Fonte: O Estado de S. Paulo

A rápida deterioração do mercado de trabalho já começou a atingir os trabalhadores mais qualificados. Pelos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, no ano passado, foram fechados 115 mil postos de trabalho com carteira assinada para os brasileiros com Ensino Superior incompleto ou concluído – um sinal preocupante da piora acelerada da atividade econômica em 2015 e que deve continuar neste ano.

A retração no saldo marca uma importante virada. No período entre 2004 e 2014, o País sempre criou empregos para os mais escolarizados. No auge, em 2010, quando o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 7,6%, houve abertura de 306 mil empregos com carteira assinada para os trabalhadores com Ensino Superior completo ou incompleto.

A demanda das empresas foi tão grande que tivemos um apagão de mão de obra qualificada no País, situação que se prolongou até o início de 2014.O cenário começou a mudar com o desencadeamento da Operação Lava Jato e com os sinais de que a crise econômica veio mais forte do que se esperava. Tanto para 2015 como para 2016, os economistas estimam que a atividade deve recuar 4,0%. Se os números se confirmarem, será o pior desempenho econômico desde 1901. 

Na esteira da retração do PIB, o mercado de trabalho passou por uma intensa piora num curto espaço de tempo, diz o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), João Saboia.

“Normalmente, os empregados com mais qualificação são os últimos a perder o emprego porque as empresas seguram ao máximo esses profissionais, temendo dificuldade para recontratá-los no futuro.”

Perda gradativa. O saldo de emprego para os mais escolarizados vinha caindo gradativamente nos últimos anos, embora ainda permanecesse positivo. Para os trabalhadores com Ensino Médio completo, por exemplo, houve abertura de mais de 1 milhão de postos em 2010 e 2011. Nos dois anos seguintes, o saldo caiu para 700 mil, depois para 400 mil em 2014 até chegar ao fechamento de 490 mil vagas no ano passado.

“Em termos de emprego formal, no ano passado, o País perdeu o equivalente ao que ganhou em 2013 e 2014. Neste ano, podemos perder mais dois anos em termos de criação de emprego”, diz Saboia. Ele afirma que historicamente o mercado de trabalho é o último a reagir numa retomada da economia. 

“Como no Brasil é muito difícil ajustar o trabalho tanto para cima como para baixo, as empresas optam por cortar outros custos. Nos últimos anos, foi possível perceber esse comportamento: o PIB vinha desacelerando, mas o emprego se mantinha”, diz Eduardo Zylberstajn, pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). “Agora, dado o tamanho da nossa crise, será preciso melhorar muito o ambiente e a confiança para as empresas voltarem a contratar”, afirma. 

O “atraso” do mercado de trabalho para responder ao avanço da economia fica evidente na projeção dos analistas. Embora haja a expectativa de que a economia possa parar de piorar no segundo semestre deste ano, as projeções para o desemprego são de forte alta e por um período mais prolongado. 

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Deve piorar. No cenário da economista Alessandra Ribeiro, sócia da Tendências Consultoria Integrada, a situação do mercado de trabalho está longe de melhorar. As projeções apontam para um índice de desemprego de dois dígitos ao final deste ano.

Pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que inclui as regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, o índice fecha 2016 acima de 10%, diz ela.

Já na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), que abrange todo o País, a taxa ficará próxima de 13%. Até o ano passado, os dois índices estavam em 6,9% e 9,0%, respectivamente. “Acredito que vai piorar bem o mercado de trabalho este ano.” 

Alessandra destaca que, apesar dos setores de indústria e construção civil já estarem numa crise intensa e demitindo há 21 meses seguidos, a área de serviços estava mais resistente e só começou a demitir há oito meses.

“Esse é um setor que contrata muito, pois inclui comércio e instituições financeiras que empregam muitos trabalhadores qualificados.” Na opinião de Saboia, uma recuperação do mercado de trabalho só começará a dar sinais em 2018. Até lá, alguns milhares de trabalhadores vão engrossar a fila dos desempregados, que até novembro do ano passado somava 9,1 milhões de pessoas.

“Prevejo muita piora até meados deste ano. No segundo semestre, pode haver uma ligeira melhora por causa da sazonalidade da economia.”

Brasil passará a ser 10º maior cotista do FMI após revisão, diz BC 22/02/2016 – Fonte: R7 O Brasil vai subir quatro posições e passará a ser o 10º maior cotista do Fundo Monetário Internacional (FMI) após a integralização do aumento de sua cota, informou o Banco Central nesta segunda-feira.

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Com a 14ª Revisão Geral de Cotas do FMI, o processo de integralização será concluído nas próximas semanas e a participação do Brasil chegará a 2,32 por cento, contra 1,78 por cento anteriormente.

Em nota, o BC destacou que o resultado líquido do aumento de cotas não afeta o nível das reservas internacionais do Brasil.

Segundo o FMI, quatro países emergentes --Brasil, Rússia, Índia e China-- estarão pela primeira vez entre os dez maiores cotistas do FMI e, de acordo com o comunicado do BC, esses países terão juntos 14,2 por cento em cotas, ou 13,5 por cento em poder de voto.

Previsão para IPCA de 2016 sobe de 7,61% para 7,62%, revela Relatório Focus do BC

22/02/2016 – Fonte: R7

O Relatório de Mercado Focus trouxe nesta segunda-feira, 22, a oitava rodada seguida de alta das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano. No documento divulgado pelo Banco Central, a mediana das previsões para a inflação de 2016 apresentou apenas leve correção ao subir de 7,61% para 7,62%. Com isso, distancia-se ainda mais do teto da meta deste ano de 6,50%.

O presidente do BC, Alexandre Tombini, reforçou na semana passada que continua trabalhando para evitar que o índice extrapole esse patamar. Quatro semanas atrás, a mediana na Focus estava em 7,23%.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do índice no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das expectativas manteve-se em 8,13% de uma semana para outra - um mês antes, estava em 7,92%.

No caso de 2017, a mediana da pesquisa geral voltou a ficar congelada em 6,00% de um levantamento para o outro - quatro edições atrás estavam em 5,65%. A previsão do mercado, portanto, segue exatamente no teto de 6,00% da meta do ano que vem.

Essa barreira, no entanto, já havia sido ultrapassada em muito pelo grupo Top 5 de médio prazo. Entre esses analistas, a perspectiva para a taxa passou de 6,40% para 6,50%. Um mês antes, essas instituições apontavam para um IPCA de 7,19%.

Para a inflação suavizada 12 meses à frente, a mediana também subiu, saindo de 6,81% para 6,83% de uma semana para outra - há um mês, estava em 6,91%. Para o curto prazo, houve correção das expectativas para cima para a taxa para fevereiro de 2016 (de 0,91% para 0,95%).

Um mês antes, estava em 0,85%. Já para março, a direção da mediana das previsões foi de baixa, passando de 0,58% para 0,57% de uma semana para a outra. Há quatro edições Focus, estava em 0,60%.

De acordo com o último Relatório Trimestral de Inflação, divulgado em dezembro, o BC projeta que a inflação encerre este ano em 6,2% no cenário de referência e em 6,3% pelo de mercado.

Para 2017, a estimativa da autoridade monetária está em 4,8% pelo cenário de referência e de 4,9% pelo de mercado. Na ata mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom), a instituição informou que houve aumento desses porcentuais nos dois casos em ambos cenários.

Preços administrados

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As projeções do mercado financeiro para os preços administrados finalmente deram um pequeno alívio no Relatório de Mercado Focus. Vilões da inflação de 2015, ao subirem 18,07%, a expectativa agora é de que terão alta de 7,50% este ano e não mais de 7,70%, como constava do boletim anterior. Quatro semanas atrás, a mediana estava em 7,62%.

No caso de 2017, a mediana das expectativas permaneceu em 5,50% pela 11a semana consecutiva. O BC conta com forte desinflação desse segmento este ano para levar o IPCA para o intervalo de 4,5% a 6,5%.

Conforme informaram Tombini e o diretor de Política Econômica, Altamir Lopes, a expectativa é a de que, apenas no primeiro semestre deste ano haja uma desinflação de 2 pontos porcentuais. Entre outros pontos, eles contam com a ajuda dos preços monitorados ou administrados pelo governo.

No último Relatório Trimestral de Inflação de dezembro, o BC escreveu que, em 2016, a dinâmica dos preços administrados, aliados a outros componentes, são "fatores importantes do contexto em que decisões futuras de política monetária serão tomadas, com vistas a assegurar a convergência da inflação para a meta de 4,5% estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), em 2017".

Na mais recente ata do Copom, a previsão do BC para os administrados saiu de 5,9% para 6,3% e a de 2017 ficou em 5%. No documento, o BC enfatizou a alta dos preços das tarifas de transporte público ocorrida em várias capitais do País. Há a expectativa de que o segmento de energia ainda possa dar um alívio à inflação.

Artigo: Mais carros: não foi burrice, foi sagacidade 22/02/2016 – Fonte: A Folha de S. Paulo

Pessoalmente, nunca duvidei da inteligência de Lula, o líder metalúrgico depois tornado político profissional. Por isso mesmo sempre estranhei o fascínio de sua administração e da sucessora Dilma pelos incentivos fiscais à indústria automobilística.

Vanguarda do capitalismo industrial no século 20, as fábricas de carros são hoje desertas de gente, replicam um produto de baixo valor agregado e tecnologia ultrapassada.

Desertas de gente porque se utilizam cada vez mais de robôs que automatizam as tarefas; baixo valor agregado porque a concorrência e a disseminação do consumo impôs a comoditização dos veículos; tecnologia ultrapassada como solução de mobilidade (o carro provoca congestionamentos insuperáveis e por isso mesmo induz à paralisia das cidades e não ao movimento); tecnologia ultrapassada também quanto à propulsão (as condições dos mercados ainda impõem o absoluto domínio do motor a explosão, poluente e insustentável).

Por tudo isso, não faz sentido dar dinheiro na forma de financiamento e incentivos fiscais para a indústria automobilística implantar mais fábricas no Brasil e, assim, vender mais carros e engarrafar ainda mais as cidades brasileiras.

Não gera empregos e não desenvolve a indústria brasileira; sobrecarrega a infraestrutura viária, gerando custos para Estados e municípios; provoca doenças, pressionando o já precário sistema público de saúde.

Reservadamente, os capitães da indústria automobilística já admitiam, antes da crise, que o Brasil não tem mercado para todo o potencial produtivo das fábricas instaladas ou em construção; e ao mesmo tempo, nossos custos não permitem imaginar o país se tornando um dos maiores exportadores de carros do planeta.

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Estávamos gestando uma grande crise estrutural para o fim desta década. Com a recessão, a saturação chegou uns tantos anos mais cedo. Mas o governo segue oferecendo incentivos às fábricas de carros.

Da mesma forma, nunca houve explicação racional para manter praticamente congelado por 12 anos o preço da gasolina, incentivando o consumo que resultou em mais poluição (e decorrentes custos para a saúde pública) e mais trânsito (onerando as prefeituras e toda a economia das grandes cidades) além de destruir, muito mais do que a corrupção, o valor da Petrobrás, que era a maior empresa brasileira e hoje está à beira da falência.

Por que um presidente sagaz como Lula manteve-se de joelhos por tantos anos engraxando sapatos da indústria automobilística?

Cheguei a pensar na dialética do senhor e do escravo de Hegel: ambos convergem para os mesmos fins porque dependem da plenitude das experiências um do outro. Lula precisaria da sobrevivência das fábricas de automóveis para manter viva a aura do herói que supera a condição de operário, se torna um líder político e depois um milionário.

Pensei também numa forma peculiar da síndrome de Estocolmo, aquela paixão que certos sequestrados desenvolvem por seus sequestradores (o caso mais famoso foi o da milionária norte-americana Patricia Hearst). No caso em questão, ao chegar ao poder, o operário manifesta imensa paixão pelo ex-patrão.

Sempre acabava pensando: que burrice pode levar um governo de esquerda a dar incentivos fiscais a uma indústria que emprega robôs e desemprega operários, que representa a vanguarda do atraso e produz um transporte individual, símbolo pequeno-burguês que é a antítese do esquerdismo. Enfim, um setor que liderou o desenvolvimento tecnológico até meados do século 20, mas hoje é um dinossauro à espera da reinvenção ou da morte.

Foi por isso um alívio ver surgirem os fatos detectados pela operação Zelotes e constatar que, afinal, não foi tudo uma sucessão de burradas. Ao contrário, havia uma esperteza em toda a arquitetura daquelas medidas que beneficiavam só a indústria automobilística enquanto faziam mal aos trabalhadores (por dar emprego a robôs), à saúde pública, à mobilidade urbana, aos cofres públicos (por jogar fora dinheiro do BNDES e reduzir arrecadação de impostos), ao interesse nacional, ao clima do planeta e ao aquecimento global mas que faziam bem ao bolso dos heróis do povo brasileiro.

Mais carros ferram todo mundo. Mas alguém ganhou e mostrou que havia sagacidade atrás dos erros. Burro, afinal, era o Leão.

(Leão Serva- Ex-secretário de Redação da Folha, é jornalista e escritor.)

Agravamento da crise provoca salto em abertura de novos negócios 22/02/2016 – Fonte: A Folha de S. Paulo

O agravamento da crise econômica provocou um salto no grupo de brasileiros que buscam abrir seu próprio negócio por necessidade.

Segundo a nova pesquisa do Monitor Global de Empreendedorismo, realizada simultaneamente em 60 países, a taxa dos empreendedores estreantes no Brasil em 2015 pulou de 29% para 44%.

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"É o retrato do desemprego, obrigando o brasileiro a sair da sua zona de conforto e a enfrentar o risco de ser dono de seu próprio negócio", diz o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.

A entidade e o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade financiam no Brasil a pesquisa, feita em 60 países (83% do PIB global). A pesquisa no Brasil foi feita entre setembro e novembro e fez 2.000 entrevistas, além de ouvir mais de 74 especialistas em empreendedorismo. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

No país, o levantamento mostrou que, de cada 10 brasileiros adultos (entre 18 e 64 anos), quatro já possuem ou estão envolvidos com a criação de pequena ou média empresa.

Em 2015, a taxa total de empreendedores (entre iniciantes e já estabelecidos) atingiu 39,3% da faixa da população entre 18 e 64 anos, o maior índice dos últimos 14 anos e quase o dobro de 2002, quando era de 20,9%.

A taxa dos novos negócios abertos por causa de uma "oportunidade" caiu de 71% para 56% entre 2014 e 2015. A dos movidos por necessidade saltou quase 50%.

A pesquisa mostra que os brasileiros que buscam abrir seu negócio próprio miram as áreas tradicionais, como alimentação, vestuário, turismo e serviços em geral, mas há também os que buscam o setor de inovação tecnológica.

NEGÓCIO FIRME No ranking mundial, o Brasil ocupa a segunda posição na taxa de empreendedores já estabelecidos, com negócio firme. Em relação ao número dos que decidiram partir para o negócio próprio no ano passado, está em oitavo.

Na visão dos especialistas ouvidos pela pesquisa, a falta de crédito é um dos principais fatores limitantes ao empreendedorismo no Brasil.

Segundo eles, o custo do capital no país é elevado, as exigências de garantias são proibitivas e falta uma oferta de financiamento para esse setor da economia.

Para o presidente do Sebrae, uma saída para estimular o empreendedorismo no país passa por um processo de "aliviar, desregulamentar e desburocratizar" a vida desses brasileiros que se arriscam no mundo dos negócios.

"Temos de livrar os empreendedores dos exterminadores do seu futuro: entraves e custos elevados das áreas fiscal e burocrática."

Empresas orientam funcionários sobre planejamento para a aposentadoria 22/02/2016 – Fonte: A Folha de S. Paulo

Eduardo Koatz, 65, está dedicando a aposentadoria para perseguir o sonho de ser jogador de futebol. De botão.

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Ele decidiu sair da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) quando deixou o cargo de vice-diretor em Brasília, em 2011, o ponto mais alto da carreira de 17 anos na empresa.

A decisão de trocar a mesa de trabalho pelo futebol de mesa, porém, não foi simples. "Eu me perguntava 'será que o dinheiro vai dar conta? O que eu vou fazer?'", diz.

À época, a Fiocruz estava no segundo ano do Programa de Preparação para a Aposentadoria (PPA), iniciativa destinada a ajudar funcionários a fazer essa transição.

O interessado em participar é entrevistado pelo RH e, depois, convidado para nove encontros em que são discutidos temas como regras para aposentadoria, planejamento financeiro e relações sociais e familiares. A ideia é que, ao final, o participante tenha um "projeto de vida" claro para os anos pós-trabalho. Sem a rotina do emprego, muitos desenvolvem problemas de saúde, principalmente depressão, diz Conceição Robaina, integrante da equipe que coordena o PPA.

Problemas emocionais também foram uma das motivações para a mineradora Anglo American iniciar em julho do ano passado o programa Saber Viver.

"Vimos casos de depressão e alcoolismo entre nossos ex-funcionários por se sentirem incapacitado", afirma Elias Silva, diretor de RH da unidade em Cubatão (SP).

"No fundo, é o seguinte: qualquer empresa pega você e molda sua cabeça durante o tempo que você está lá. Então, quando você sai, lá pelos 60 anos, fica desorientado mesmo, sem saber o que fazer da vida", diz Koatz.

Por isso, a família tem um papel importante para ajudar o aposentado a lidar com as mudanças. No Saber Viver, o funcionário é encorajado a levar companheiro ou companheira e filhos aos encontros.

Gilson Evangelista, 56 anos de idade e 30 de Anglo American, participou da primeira turma do programa acompanhado pela mulher. A principal preocupação do casal para quando ele se aposentar é o sustento dos filhos.

"Eu achava que não serviria mais para nada quando parasse de trabalhar, mas agora estou com o projeto de abrir uma fábrica de gelo", diz.

PÓS-CARREIRA No Grupo BB e Mapfre, o programa deixou de se chamar "pré-aposentadoria" para tornar-se "pós-carreira" (PPC) há seis meses.

Segundo Cynthia Betti, diretora de RH da empresa, a mudança aconteceu para deixar claro que não se trata de um incentivo à aposentadoria, mas um estímulo para o funcionário pensar no que fará quando deixar o emprego.

Os encontros são divididos por faixa etária: um grupo formado por pessoas entre 40 e 49 anos, e outro por aquelas com 50 anos ou mais. Os temas abordados são planejamento financeiro, saúde e projeto de vida.

Quem está mais perto de se aposentar também pode optar por um coaching personalizado, diz Betti.

Depois de ir aos encontros, Glória Pires, 52, gerente de negócios funcionais da área de TI, fez mais um plano de previdência privada para cobrir os gastos futuros com saúde -algo que não havia levado em conta.

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Quando se aposentar, ela não pretende parar de trabalhar. O plano é seguir a carreira de cuidadora, diz.

Bento Zanzini, 64, passou pelo PPC no ano passado, antes de deixar o cargo de executivo do grupo, e hoje participa como palestrante e "história de sucesso".

Zanzini emendou o fim da carreira executiva com dois novos projetos: tornar-se "coach", criando uma empresa em parceria com a filha, e presidir a Associação para o Desenvolvimento Integral do Down, que mantém uma escola para pessoas com síndrome de Down.

"Minha vida hoje é muito agitada, mais animada, mas sem a pressão de quando era executivo", afirma.

BEM-ESTAR O interesse pelas empresas na transição para a aposentadoria do funcionário começou nos anos 1980, mas ganhou nova roupagem nos últimos anos.

Inicialmente, o objetivo desses programas era incentivar a saída de funcionários mais velhos para renovar o quadro, diz a consultora Lúcia França, que trabalha há 25 anos na área.

"Era uma preparação 'vapt vupt' para as pessoas saírem. Não havia de fato uma preocupação com o trabalhador."

Com o envolvimento de profissionais de gerontologia, o foco mudou. O Estatuto do Idoso, promulgado em 2003, estabelece que o poder público "criará e estimulará" programas de preparação dos trabalhadores para a aposentadoria, com antecedência mínima de um ano.

Atualmente, há iniciativas disponíveis até para quem ainda está na faixa dos 40 anos, como o Programa Pós Carreira, do Grupo BB e Mapfre.

"Não é que a empresa esteja sendo boazinha ao pensar no funcionário aposentado. É uma questão de ações que valorizam a imagem dela, de responsabilidade social", afirma França.

Para João Marcio Souza, diretor da consultoria de RH Talenses, as organizações exploram pouco o tema no Brasil.

Ele recomenda que, independentemente da empresa, a pessoa comece a se preparar para a aposentadoria quando chegar a um cargo gerencial.

Outra dica do diretor da Talenses é investir na rede de contatos. "Você vai perder o rótulo de 'fulano da empresa tal' e terá que ser reconhecido no mercado pelo seu valor individual", afirma.

Mas continuar uma vida profissional não é obrigação. Segundo Souza, é importante permitir-se parar depois de anos de carreira. "Você já deu o suficiente e pode colocar um ponto final nisso."

SOSSEGOVeja dicas de especialistas para se preparar para a nova fase:

FinançasNão deixe para poupar dinheiro a cinco anosde se aposentar, nem conte apenas com o INSS. Quem estiver na faixa dos 40 anos deve buscar um plano de previdência privada. Mas, mesmo tendo reservas, tenha em mente que, sem salário e benefícios, é provável que o padrão de vida caia.

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Saúde física e mentalAlém de fazer exercícios e ter uma boa alimentação, leve em conta que você precisará fazer um plano de saúde pessoal -uma vez que não terá mais o benefício da empresa. Não minimize a importância do lado emocional: a quebra de rotina leva muitos a desenvolverem depressão. Se possível, faça um acompanhamento psicológico.

FamíliaO companheiro ou companheira e os filhos também sentem o impacto da aposentadoria. Consulte sua família para montar seu planejamento e, para quem for casado, prepare-se para mudanças na relação.

AtividadesCrie uma nova rotina, com base naquilo que você gosta de fazer e nas coisas que você sempre quis fazer e nunca conseguiu. Isso pode ser uma nova carreira, um trabalho voluntário ou simplesmente uma atividade que te dê prazer. O mais importante é se sentir produtivo e útil, com um sentido na vida.

QUANDO ME APOSENTO?Para receber o benefício integral, a soma da idade e do tempo de contribuição ao INSS deve ser 85 para mulheres e 95 para homens. Por idade, o mínimo é 60 para mulher e 65 para homem, além de 15 anos de contribuição. Calcule aqui em que ano você poderá parar de trabalhar.

Crise encolhe produção de cédulas e moedas e faz faltar dinheiro trocado 22/02/2016 – Fonte: A Folha de S. Paulo

Dono de uma lanchonete na região central de Brasília, Carlos Pinto fica mudo por alguns instantes toda vez em que um cliente lhe estende uma nota de R$ 20 ou R$ 50. "Será que tem troco?", pergunta o comerciante, que não trabalha com cartões.

Dados do Banco Central mostram que o valor total das cédulas e moedas em circulação no país cresceu apenas 2,1% em 2015, menor expansão desde a criação do Plano Real, em 1994. Descontada a inflação, o valor do meio circulante encolheu 8,4%.

É a segunda vez nestes 22 anos que isso ocorre. A outra foi em 2003, quando gastos na produção de dinheiro foram limitados para conter a despesa pública.

O problema deve se repetir neste ano, devido ao corte de 7% no orçamento previsto para a produção de numerário em relação a 2015.

Entre 2014 e 2016, essa despesa deve somar R$ 1,35 bilhão. Somente em 2013 foi de R$ 1,23 bilhão.

No ano passado, o número de notas que saíram de circulação, principalmente as cédulas mais antigas da primeira família do real, superou a produção de dinheiro novo, da segunda família. Com isso, a quantidade de cédulas disponíveis encolheu 1%.

Caiu o número de notas de R$ 5, R$ 10 e R$ 20 em circulação, entre 5% e 9%. Por outro lado, houve aumento de 6% no numerário de R$ 100, o que explica, por exemplo, por que caixas eletrônicos passaram a entregar mais notas desse valor.

FLANELINHAS

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Mas o problema do "seu Carlos", o dono da lanchonete no Distrito Federal, é, principalmente, a falta de moedas. O pequeno aumento no número das peças de metal em circulação (3%) parece não ter sido suficiente para cobrir a demanda.

Por isso, o comerciante afirma recorrer aos lavadores de automóveis da região em que trabalha na busca por trocados.

"Todos os comerciantes daqui vão ao estacionamento trocar dinheiro com os flanelinhas", diz. Outra tática, de acordo com ele, é negociar moedas de R$ 1 da série especial dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, muito procuradas por colecionadores, por outras de menor valor.

Os números do Banco Central mostram que o aumento na produção se deu, principalmente, nessa série especial. O número de moedas de R$ 1 cresceu 6%, praticamente o dobro do acréscimo na circulação daquelas de menor valor.

MOEDA NO BOLSO De acordo com a autoridade monetária, a disponibilidade hoje é de R$ 29 em moedas ou 118 peças por habitante, acima do patamar considerado adequado.

A instituição informou que a produção de numerário tem sido impactada desde 2014 pela redução da despesa pública federal, mas que tem administrado os estoques disponíveis com a finalidade de atender da forma mais equânime possível às demandas.

"Em 2016, como nos anos anteriores, o BC administrará os estoques disponíveis de numerário com a finalidade de atender à demanda do público em âmbito nacional", afirma a instituição.

Pesquisas sobre o uso do numerário pelo comércio, de acordo com o Banco Central, mostram que, na impossibilidade de obtenção de cédulas ou moedas nos bancos, o procedimento mais utilizado é a troca com estabelecimentos próximos.

Outra estratégia é a obtenção de moedas de bancos ou de consumidores que as mantêm fora de circulação, guardadas em casa, segundo o BC. Neste ano, o metrô de São Paulo chegou a reduzir a tarifa de R$ 3,80 para R$ 3,75 em algumas estações devido à falta de troco.

Cobre sobe em Londres e Nova York com apetite por risco gerado por China 22/02/2016 – Fonte: Isto É Negócios

Os futuros de cobre operam em alta em Londres e Nova York nesta manhã, com o apetite por risco alimentado por notícias positivas da China, o maior consumidor mundial de metais básicos.

A principal bolsa chinesa, a de Xangai, subiu 2,4% no pregão de hoje, em reação à decisão de Pequim de conceder novos incentivos para a compra de imóveis e de substituir o presidente do órgão regulatório de valores mobiliários do país.

Por volta das 8h25 (de Brasília), o cobre para três meses negociado na London Metal Exchange (LME) subia 1,3%, a US$ 4.676,50 por tonelada. Na Comex, a divisão de metais da bolsa mercantil de Nova York (Nymex), o cobre avançava 2,14%, a US$ 2,1210 por libra-peso, às 8h44 (de Brasília).

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Artigo: A quarta revolução industrial 22/02/2016 – Fonte: DCI

A automação está mudando a dinâmica das organizações e tende a transformar cada vez mais as relações de trabalho e a sociedade. Quando se assiste aos episódios da série britânica "Black Mirror" (Espelho Negro, em português), temos noção - muitas vezes incômoda - do que a tecnologia pode se transformar em alguns anos se a relação homem x máquina ou máquina x máquina não for problematizada e discutida com a devida responsabilidade.

Ao contrário da série, focada no aspecto negativo da tecnologia, considero todas as novidades atuais ou a caminho, como inteligência artificial, internet de todas as coisas, máquinas cada vez mais potentes e impressão 3D, como forma de acompanhar as novas tendências diante de uma quarta revolução industrial, como anunciado em Davos pelo Fórum Econômico Mundial.

De acordo com o Fórum, 5 milhões de empregos desaparecerão até 2020. Por outro lado, tantos outros milhões de empregos serão criados em novas áreas, exigindo capacitação para as demandas do futuro.

Trabalhos considerados de escritório ou administrativos serão substituídos por máquinas; profissionais que ocupavam essas funções repetitivas terão a oportunidade de investir em áreas mais estratégicas. Por exemplo, a substituição do agente humano nos Contact Centers por equipamentos com inteligência artificial.

A 4ª revolução industrial já começou. Nosso próximo passo é investir em educação, pesquisa e desenvolvimento, de forma a preparar pessoas mais qualificadas para assumir os desafios da nova economia, que exigirá mais informação, competência e flexibilidade.

Embora gere incertezas, a economia do futuro é menos sombria do que parece. Com as adaptações ao novo cenário, a revolução trará mais avanços do que desequilíbrios. Se na ficção a máquina sempre vence o homem, aqui máquina e homem serão complementares no trabalho voltado ao crescimento.

Marco Stefanini- CEO global do GrupoStefanini.

Brasileiros se destacam no 'Vale do Silício' britânico 22/02/2016 – Fonte: R7

Quando decidiu ir para Inglaterra, há 10 anos, o carioca Henrique Olifiers foi com "a cara e coragem" para trabalhar em uma empresa desenvolvedora de jogos para celular em Cambridge.

Em 2010, optou pela carreira solo e com sua mulher, Roberta Lucca, e outro sócio, o húngaro Imre Jele, criou a Bossa Studios, uma empresa desenvolvedora de games para diversas plataformas.

O sucesso veio rápido. Dois anos após sua fundação, a Bossa ganhou um Bafta (considerado o Oscar britânico) pela criação do game para rede social Monstermind.

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Olifiers, de 43 anos, que começou sua empresa do zero, emprega hoje cerca de 40 pessoas, de 12 nacionalidades diferentes, e tem no mercado cerca de 10 jogos.

Ele faz parte de uma geração de empreendedores da chamada "indústria criativa", alvo de interesse do governo do Reino Unido.

A empresa tem sede na chamada Tech City, antigo bairro desvalorizado de Londres que virou polo de empresas de tecnologia. Com cerca de 4,5 mil empreendedores, a região tem a ambição de ser um "Vale do Silício" - polo de startups da Califórnia, nos EUA, e berço de gigantes como Google e Facebook.

Olifiers não divulga o faturamento da Bossa, mas diz que o carro-chefe da empresa, o Surgeon

Simulator já vendeu 2,5 milhões de cópias (receita acumulada de cerca de US$ 60 milhões). A empresa não é mais considerada uma startup, mas é referência para empreendedores que querem expandir no Reino Unido.

Na primeira semana de fevereiro, o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) levou para o Reino Unido um grupo de jovens empreendedores brasileiros do Programa InovAtiva, que incentiva startups.

Dois projetos brasileiros chamaram a atenção do empresário inglês Andrew Humphries, que ajuda a agência britânica de comércio e investimento (UKTI) a selecionar talentos.

Um deles é a UkkoBox, que tem entre os sócios Rafael Libardi, que desenvolveu um programa de armazenagem de dados para pequenas e médias empresas, dividido em vários arquivos criptografados que evitam a invasão de hackers.

Libardi já se instalou em Londres, com a ajuda de uma aceleradora (que dá suporte a startups).

O outro projeto é do engenheiro Lincoln Lepri, que desenvolveu o Snake Robot, um robô cobra que entra em asas de avião para trabalhos até então feitos manualmente em locais considerados insalubres. Lepri está à procura de um investidor-anjo para tocar seu projeto fora do País.

IncentivoApós a crise financeira global, em 2008, o governo britânico intensificou seu programa para atrair investimentos para a região.

Por meio do UKTI, presente em mais de 100 países, busca empresas de diversos países para atuar e em setores considerados estratégicos, como tecnologia da informação, ciências da vida e aeroespacial, por exemplo.

De acordo com o coordenador do UKTI para países emergentes, Daniel King, EUA, China e Índia estão entre os maiores investidores diretos do Reino Unido, mas o bloco quer atrair outros países.

"O Reino Unido tem uma economia estável e uma plataforma de expansão global. Os impostos aqui são competitivos comparados a outros países (taxa corporativa de 20%), além de leis trabalhistas mais flexíveis."

King reconhece que as empresas da Inglaterra, que liderou a revolução industrial a partir dos séculos 18 e 19, migraram para países com custos de produção mais baixos.

"Queremos atrair empresas e talentos que agreguem conhecimento.

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Não apenas capital especulativo ou investidores do mercado imobiliário." Em 2014, o grupo Safra, da família do banqueiro brasileiro Joseph Safra, adquiriu o icônico prédio Gherkin por R$ 3 bilhões.

Para atrair investidores do Brasil, a equipe de investimento do UKTI, que tinha atuação apenas em São Paulo, abriu escritório no Rio de Janeiro no ano passado, ampliando sua estrutura para selecionar potenciais empresas que possam investir fora. Uma vez detectado o potencial investidor, o UKTI conta com o apoio de agências de promoção que dão suporte na Inglaterra, como a London & Partners, para investir em Londres, e outras, como a Manchester’s Investment and Development Agency (Midas), e Invest Liverpool, cidades do norte da Inglaterra, importantes polos industriais e opções mais baratas para quem não quer investir em Londres.

Minério de ferro salta 7% na China com recuperação nos preços do aço 22/02/2016 – Fonte: R7

Os preços do minério de ferro no mercado à vista da China saltaram 7 por cento nesta segunda-feira, para mais de 50 dólares por tonelada, acompanhando movimento de alta nos mercados futuros de minério de ferro e de aço, em meio a sinais de recuperação da demanda.

"Os baixos estoques de aço, a recuperação sazonal da demanda após o feriado de Ano Novo na China e um aumento na utilização de altos-fornos resultaram em uma alta nos preços do aço e do minério de ferro", disse a analista da Argonaut Securities Helen Lau em nota a clientes.

O minério com entrega imediata no porto chinês de Tianjin subiu 7 por cento, para 50,30 dólares por tonelada, o maior nível desde 27 de outubro, segundo dados compilados pelo The Steel Index.

O índice de referência do minério saltou quase 9 por cento na semana passada, maior alta semanal desde abril.

Previdência dos estados tem rombo de R$ 2,4 trilhões 22/02/2016 – Fonte: O Globo

O peso dos gastos com aposentadoria dos servidores nas contas públicas e a crise fiscal dos estados impõem a necessidade de incluir na reforma da Previdência — prometida pelo governo federal — os chamados regimes próprios (União, estados de municípios).

Essa é a conclusão de um estudo inédito do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), prestes a ser publicado, que faz um diagnóstico sobre a sustentabilidade desses regimes no longo prazo.

De acordo com o levantamento, o déficit atuarial (necessidade de financiamento para pagar todos os benefícios presentes e futuros) dos estados alcançou R$ 2,4 trilhões em 2014 — o equivalente a 43,9% do Produto Interno Bruto (PIB) e um custo per capita (por servidor ou pensionista) de R$ 543 mil. Somando a União, o rombo pula para R$ 3,6 trilhões ou 65,8% do PIB.

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Equilibrar as contas dos estados está nos planos da equipe econômica para o ajuste fiscal. Na semana passada, o Ministério da Fazenda acordou com governadores o alongamento da dívida dos estados com a União, em troca de medidas de redução de gastos, como congelamento de salários de servidores e limites para aumentos de despesas correntes.

No caso dos regimes de Previdência, o estudo do Ipea mostra que as reformas são necessárias. Das 27 unidades da federação, 13 (incluindo os municípios) não têm recursos suficientes sequer para pagar um ano de benefícios.

Nesses estados, a despesa previdenciária corrente já representa o dobro da arrecadação, de acordo com o levantamento. Estão na lista São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina, Bahia, Goiás, Ceará, Paraíba, Distrito Federal, Alagoas, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Paraná.

No ano passado, o regime de aposentadoria da União fechou com déficit de R$ 40 bilhões para pagar 980 mil aposentados e pensionistas. Já no setor privado, o rombo foi de R$ 85,8 bilhões para um número maior de beneficiários: 28,3 milhões. E o conjunto dos estados, mais o Distrito Federal, registrou saldo negativo de R$ 60,9 bilhões, segundo dados oficiais.

O autor do estudo e pesquisador do Ipea, Marcelo Caetano destaca que, para pagar aposentados e pensionistas, alguns estados já vêm sacrificando a própria folha, como adiantamento de 13º salário, diluição do pagamento do salário e suspensão do pagamento da dívida com a União. O Rio é um deles.

— Isso já demonstra o grau de fragilidade — afirma Caetano.

Ele observou que o quadro tende a piorar, diante do envelhecimento da população (o universo de idosos com 65 anos subirá de 8% em 2015 para 27% em 2060). Com a mudança na demografia, haverá menos servidores na ativa para ajudar custear o pagamento de aposentados e pensionistas.

A proporção atual entre ativos e inativos nos estados é de 1,5 servidor por beneficiário. Na virada da década de 2050 e 2060, essa proporção cairá para 0,65% (ou seja, não será nem de um para um).GOVERNO QUER REGIME ÚNICO

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No caso dos municípios, o resultado em 2015 foi superavitário em R$ 6,7 bilhões, mas este quadro tende a se reverter no longo prazo, aponta o estudo do Ipea. Atualmente existem 3,6 servidores municipais ativos por beneficiário. Em 2060, essa proporção cairá para 1,4.

A situação das entidades está relativamente confortável porque o fluxo de pagamento com aposentadorias e pensões ainda é baixo, pois os regimes foram criados a partir da Constituição de 1988, sendo que 60% dos municípios continuam vinculados ao INSS.

Segundo Caetano, para trazer os déficits para uma trajetória sob controle, é preciso acabar com as aposentadorias especiais (mulheres, professores e militares), fixar a idade mínima (acima de 60 anos), acabar com a paridade entre ativos e inativos no caso de aumento salarial e reduzir o valor das pensões por morte para um montante equivalente a 70% do valor do beneficio.

O gasto com policiais e professores, que se aposentam mais cedo, tem peso relevante nas contas de estados e municípios, que arcam com despesas com segurança e educação.

Caetano observou que as reformas realizadas até aqui foram benevolentes, com regras de transição para aliviar o peso das mudanças para quem já estava trabalhando na época — o que minimizou os efeitos das iniciativas e não assegurou sustentabilidade aos regimes de aposentadoria.

As duas últimas foram realizadas em 1998, com foco no regime geral (INSS) e em 2003, nos regimes dos servidores públicos. Essas mudanças ajudaram a reduzir a distância entre o regime de funcionalismo e a iniciativa privada, mas não acabaram com as distorções.

No estudo, Caetano ressalta que as principais regras para os regimes de aposentadoria dos funcionários públicos estão definidas no artigo 40 da Constituição Federal e se aplicam a qualquer ente da federação. Portanto, bastaria aprovar uma emenda constitucional, com apoio dos governadores, explica.

A intenção do governo — apresentada no Fórum da Previdência — é fazer uma reforma mais ampla: com mudanças no INSS e nos regimes próprios. A ideia é adotar no país um regime único de aposentadoria, apesar da rejeição das centrais sindicais e do próprio PT.

GASTOS NOS ESTADOS SOBEM HÁ DEZ ANOSUm estudo do especialista e consultor da comissão de orçamento da Câmara dos Deputados, Leonardo Rolim, mostra que a crise fiscal dos estados tem relação direta com a Previdência e foi estimulada pelo próprio governo federal.

O levantamento mostra que, a partir de 2006, os gastos com pessoal dos estados entraram em trajetória ascendente.

A data, afirma Rolim, coincide com a chegada do ex-secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, que baixou uma portaria permitindo que estados pudessem abater dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) o déficit com os regimes de aposentadoria.

Com isso, o crescimento real acumulado dos gastos com pessoal foi de 73%, entre 2005 e 2014. Ele explicou que a LRF permite abater apenas despesas com inativos, pagas com as contribuições dos servidores e demais receitas e não déficits. E quando o limite de gastos é extrapolado (49% para o Executivo e 60% somando todos os Poderes), os entes são obrigados a tomar medidas para se enquadrar.

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O ex-secretario Arno Augustin foi procurado, mas não foi localizado. Em nota, a Secretaria do Tesouro Nacional contesta e diz que “não houve flexibilização das regras relacionadas ao limite de gastos com pessoal.

Houve, sim (...) a inclusão de orientações mais claras sobre esse item, com a finalidade de evitar que sejam deduzidas, para cômputo da despesa total com pessoal, as despesas custeadas com recursos repassados pelo tesouro do ente quando os regimes de previdência apresentam déficits financeiros”, diz a nota.