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DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA DA BEIRA LITORAL Direcção de Serviços de Agricultura – Divisão de Protecção das culturas ESTAÇÃO DE AVISOS DA BAIRRADA BALANÇO FITOSSANITÁRIO E RELATÓRIO DE ACTIVIDADES DO ANO AGRÍCOLA DE 2006 Dolores Ribeiro Dias Madalena Neves (consultora externa) ANADIA 2006

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DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA DA BEIRA LITORAL

Direcção de Serviços de Agricultura – Divisão de Protecção das culturas

ESTAÇÃO DE AVISOS DA BAIRRADA

BALANÇO FITOSSANITÁRIO E RELATÓRIO DE ACTIVIDADES DO ANO AGRÍCOLA DE 2006

Dolores Ribeiro Dias Madalena Neves (consultora externa)

ANADIA 2006

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ÍNDICE INTRODUção............................................................................................................... 3 BATATEIRA ............................................................................................................... 6 POMÓIDEAS............................................................................................................. 10

Pedrado............................................................................................................... 16 Pragas ................................................................................................................. 17

OLIVEIRA ................................................................................................................. 19 VINHA....................................................................................................................... 24

Míldio da videira................................................................................................. 24 Oídio................................................................................................................... 29 Podridão cinzenta................................................................................................ 30 Escoriose e Doenças do lenho ............................................................................. 31 Cochonilhas ........................................................................................................ 32 Traça da uva........................................................................................................ 34

Organização e tratamento de dados meteorológicos..................................................... 37 Trabalhos de experimentação desenvolvidos ............................................................... 44

Estudo da incidência de podridão cinzenta na casta Baga – época de tratamentos.... 44 Estudo de um meio luta biotécnica–confusão sexual-no controlo da traça da uva .... 49 Implementação do estudo da Intensidade de Infecção Potencial de Olho de Pavão .. 50

Elaboração e expedição de listas de produtos fitofarmacêuticos homologados por cultura e por inimigo............................................................................................................... 52 Organização e tratamento de dados meteorológicos..................................................... 53 Actualização da base de dados de utentes inscritos na Estação de Avisos da Bairrada. 70 Expedição de Circulares de Avisos ............................................................................. 71 Emissão de pareceres .................................................................................................. 72 Acções de Parceria com entidades públicas – CONCURSO DAS MELHORES VINHAS DA BAIRRADA ......................................................................................... 73 Acções de Parceria com entidades privadas – Associação de Protecção e Produção Integrada da Vinha da Bairrada – APIBAIRRADA..................................................... 74 Participação em Acções de Divulgação ....................................................................... 75 Frequência de Acções de divulgação........................................................................... 76 Frequência de Acções de formação ............................................................................. 77 Apoio técnico a agricultores........................................................................................ 78

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INTRODUÇÃO Durante o ano de 2006 foram emitidas 18 circulares contendo informações e/ou recomendações de tratamentos para as culturas da batata, macieiras e pereiras, olival e vinha.

Circular nº Cultura Inimigos Anexos Vinha Cochonilhas

Doenças do lenho Nº 1 de 26 de Janeiro

Olival Caruncho Tuberculose Mosca da azeitona

Ficha de inscrição para o ano 2006 e de inquérito. Referência a medidas culturais.

Vinha Cochonilhas Escoriose

Olival Olho de pavão

Nº 2 de 14 de Março

Pomóideas Formas hibernantes de insectos e ácaros

Indicação das substâncias activas para cada um destes inimigos nesta fase.

Nº 3 de Março Pomóideas Pedrado Estados fenológicos C a D das macieiras e pereiras.

Pomóideas Pedrado Aranhiço vermelho

Lista de produtos homologados para o pedrado das macieiras e pereiras. Indicação das substâncias activas para o aranhiço.

Olival Olho de pavão Indicação das substâncias activas

Nº 4 de 4 de Abril

Batata Míldio Lista de produtos homologados para o míldio da batateira.

Pomóideas Pedrado Afideos

Indicação das substâncias activas para os afídeos.

Batata Míldio

Nº5 de 11 de Abril

Vinha Oídio Míldio

Indicação das substâncias activas para o oídio nesta fase.

Vinha Míldio Oídio

Indicação do modo de acção do anti-míldio.

Batata Míldio Indicação do modo de acção do fungicida.

Pomóideas Pedrado

Nº6 de 24 de Abril

Olival Algodão Traça da oliveira

Indicação das substâncias activas para cada um destes inimigos nesta fase.

Vinha Míldio Oídio

Indicação do modo de acção do fungicida anti-míldio.

Batata Míldio

Nº7 de 3 de Maio

Pomóideas Pedrado Afídeos Aranhiço vermelho

Indicação das substâncias activas para afídeos e

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aranhiço em macieira e pereira.

Vinha Míldio Oídio Traça da uva

Lista de produtos homologados para o míldio, oídio, podridão cinzenta, traça da uva e cochonilhas da vinha.

Batata Míldio

Nº 8 de 16 de Maio

Pomóideas Pedrado Afídeos Bichado Cochonilha de S.José

Indicação das substâncias activas para bichado e cochonilha de S. José.

Vinha Podridão cinzenta Nº 9 de 22 de Maio Olival Algodão

Traça da oliveira Indicação das substâncias activas para os dois inimigos.

Vinha Míldio Oídio Traça da uva Cochonilhas

Indicação do modo de acção do fungicida anti-míldio. Indicação das substâncias activas ovicidas para a traca da uva. Referência às técnicas culturais.

Batata Míldio Indicação do modo de acção do fungicida anti-míldio.

Nº 10 de 5 de Junho

Pomóideas Pedrado Bichado Afídeos Aranhiço vermelho

Vinha Míldio Oídio Traça da uva

Referência às técnicas culturais.

Batata Míldio Pomóideas Pedrado

Nº 11 de 13 de Junho

olival Traça da oliveira Indicação das substâncias activas homologadas.

Vinha Míldio Oídio Podridão cinzenta Traça da uva

Referência às técnicas culturais.

Pomóideas Bichado

Nº 12 de 28 de Junho

Olival Traça da oliveira Vinha Míldio

Oídio Podridão cinzenta Traça da uva

Referência às técnicas culturais.

Pomóideas Pedrado Bichado Aranhiço Vermelho

Nº 13 de 17 de Julho

Olival Cochonilha H Indicação das substâncias activas homologadas.

Nº 14 de 4 de Agosto Vinha Traça da uva

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Podridão cinzenta Pomóideas Mosca da fruta

Bichado Indicação das substâncias activas homologadas para cada um dos inimigos.

Olival Mosca da azeitona Lista de produtos homologados para a mosca da azeitona.

Olival Gafa Mosca da azeitona

Indicação das substâncias activas homologadas.

Nº 15 de 17 de Agosto

Pomóideas Mosca da fruta Nº 16 de 18 de Setembro Olival Gafa

Olho de Pavão Cercosporiose Mosca da azeitona

Indicação das substâncias activas homologadas.

Olival Gafa Nº 17 de 26 de Outubro Pomóideas Pedrado

Cancro Indicação do tipo de produto a utilizar nesta fase.

Nº 18 de 18 de Dezembro Vinha Cochonilhas Doenças do lenho

Indicação de medidas culturais profilácticas.

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BATATEIRA Para a cultura da batateira foi implementada a metodologia de previsão de míldio de Guntz-Divoux em três postos meteorológicos convencionais: Bencanta, Oliveirinha e Tamengos.

Embora na Região seja frequente a existência de plantações precoces, os avisos foram emitidos apenas para as plantações de época normal, emergência a partir de meados de Março e colheita em finais de Junho, tendo-se efectuado uma estimativa de risco potencial face à intensidade de ataque do inimigo nas plantações precoces.

As datas de infecção e de aparecimento provável de sintomas e sinais da doença encontram-se esquematizadas na seguinte tabela:

QUADRO RESUMO DA PREVISÃO - MÍLDIO DA BATATEIRA - 2006

DATA PREVISTA DE APARECIMENTO DE MANCHAS

POSTOS DE APLICAÇÃO DA METODOLOGIA DE PREVISÃO - MÉTODO GUNTZ-DIVOUX

Data de infecção Bencanta Oliveirinha Tamengos

17-Mar 23-Mar 24-Mar 24-Mar 18-Mar 24-Mar - 25-Mar 22-Mar 28-Mar 29-Mar 28-Mar 23-Mar 29-Mar 30-Mar 29-Mar 29-Mar - 04-Abr 04-Abr 05-Abr 11-Abr 11-Abr 11-Abr 06-Abr - - 12-Abr 14-Abr 19-Abr 20-Abr 20-Abr 16-Abr - 22-Abr - 20-Abr 25-Abr - 25-Abr 21-Abr 26-Abr 26-Abr 26-Abr 21-Mai - 26-Mai - 13-Jun 18-Jun 18-Jun 18-Jun 14-Jun 19-Jun 19-Jun 18-Jun

15-Jun 20-Jun - -

Como se pode verificar foi nos meses de Março, Abril e Junho que se verificaram mais condições propícias à ocorrência de infecções deste inimigo. A título exemplificativo apresentam-se os quadros termopluviométricos do posto de Bencanta nos referidos meses.

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Bencanta - Março 2006

0.00

5.00

10.00

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ºC)

Precipitação

temperatura média

Bencanta - Abril 2006

0.00

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10.00

15.00

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data

pre

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5.00

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20.00

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Precipitação

temperatura média

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Bencanta - Junho 2006

0.00

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dat a

pre

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ão (

mm

)

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

tem

per

atu

ra (

ºC)

Precipitação

temperatura média

Nos quadros que se seguem encontram-se reunidas as datas de emissão das circulares e as recomendações efectuadas para a cultura, assim como um breve resumo da incidência de míldio da batateira na Região.

QUADRO RESUMO DOS AVISOS EMITIDOS PARA A CULTURA DA BATATEIRA NO ANO DE 2006

Nº da circular

Data da circular

Inimigos

4 4-04 Míldio da batateira 5 11-04 Míldio da batateira 6 24-04 Míldio da batateira 7 3-05 Míldio da batateira 8 16-05 Míldio da batateira

10 5-06 Míldio da batateira 11 13-06 Míldio da batateira

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QUADRO RESUMO DAS RECOMENDAÇÕES/AVISOS EMITIDOS PARA O MÍLDIO DA BATATEIRA EM 2006

Nº da circular

Data da circular

Recomendação Situação na Região

4 4 de Abril

Existe na Região um número significativo de plantações temporãs que já possuem um elevado desenvolvimento vegetativo. Embora já se tenham verificado condições para a ocorrência de infecções, não foi ainda detectado qualquer sintoma da doença. No sentido de evitar a sua instalação e propagação, aconselha-se a realização imediata de um tratamento preventivo (consulte a lista em anexo).

Ataque inexistente

5 11 de Abril

Como referido anteriormente, prevê-se a ocorrência de tempo instável, com queda de precipitação que irá originar uma nova infecção nas plantações já desprotegidas. Aconselha-se a realização de um tratamento preventivo, antes da chuva, ou curativo, logo a seguir à mesma (consulte a lista enviada na circular nº4).

Ataque inexistente

6 24 de Abril

Já foram detectados alguns focos da doença em algumas plantações da Região. Caso tenha verificado a presença de sintomas no batatal, efectue um tratamento dando preferência a produtos de contacto ou contacto+penetrante.

Ataque ligeiro

7 3 de Maio

Face à previsão meteorológica e ao desenvolvimento vegetativo da cultura, aconselha-se a manter o batatal protegido.

Ataque ligeiro a médio

8 16 de Maio

A humidade matinal, a previsão de instabilidade climatérica e a fase de desenvolvimento da cultura, apresentam-se propícias à instalação e desenvolvimento da doença. Mantenha a sua plantação protegida.

Ataque médio

10 5 de Junho

Nos batatais em pleno desenvolvimento, face às particularidades da cultura, recomenda-se a realização de um tratamento utilizando preferencialmente produtos de contacto ou superfície.

Ataque ligeiro

11 13 de Junho

A queda pluviométrica registada até à elaboração desta circular não foi suficiente para lavar o produto aplicado anteriormente. No entanto, se houver um aumento que provoque a sua lavagem, deve renovar o tratamento, em particular nas plantações em pleno desenvolvimento.

Ataque ligeiro a médio

Os primeiros focos da doença foram detectados no início do 2º decêndio do mês de Abril, sendo durante o 2º decêndio do mês de Maio que se detectou a maior intensidade da doença. Pese embora a existência de sintomas até aos finais do mês de Junho não se considera ter havido perdas significativas de produção na Região.

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POMÓIDEAS

Durante o ano de 2006 a cultura das pomóideas foi considerada em 14 dos 18 avisos emitidos pela Estação de Avisos da Bairrada. A biomonitorização de pragas e doenças e a evolução do estado fenológico foram efectuadas em Amoreira da Gândara e na Mealhada.

QUADRO RESUMO DOS AVISOS EMITIDOS PARA A CULTURA DAS POMÓIDEAS NO ANO DE 2006

Nº da circular

Data da circular

Inimigos

2 14-03 Formas hibernantes de insectos e ácaros 3 23-03 Pedrado 4 4-04 Pedrado e aranhiço vermelho 5 11-04 Pedrado e afídeos 6 24-04 Pedrado 7 3-05 Pedrado, afídeos e aranhiço vermelho 8 16-05 Pedrado, afídeos, bichado e cochonilha de S. José 10 5-06 Pedrado, afídeos, bichado e aranhiço vermelho 11 13-06 Pedrado 12 28-06 Bichado 13 17-07 Pedrado, bichado e aranhiço vermelho 14 4-08 Mosca da fruta e bichado 15 17-08 Mosca da fruta 17 26-10 Pedrado e cancro.

Sendo os meses de Abril, Maio e Junho os meses em que se foram visados um maior número de inimigos.

QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DOS AVISOS EMITIDOS PARA A CULTURA DAS POMÓIDEAS AO LONGO DO ANO DE 2006

Março Abril Maio Junho Julho Agosto Outubro TOTAL Afídeos 1 2 1 4 Aranhiço Vermelho

1 1 1 1 4

Bichado 1 2 1 1 5 Cancro 1 1 Cochonilha de S. José

1 1

Formas hibernantes

1 1

Mosca do mediterrâneo

2 2

Pedrado 1 3 2 2 1 1 9

O pedrado foi o inimigo para o qual foram emitidas mais recomendações, para tal em muito contribuíram as precipitações que se fizeram sentir nos referidos meses e, em particular, as dos meados Abril e Junho. A titulo de exemplo coloca-se o gráfico termopluviométrico dos referidos meses da Estação Meteorológica Convencional de Bencanta.

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Bencanta - Março a Junho

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1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29

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Tem

epra

tura

(ºC

)

Precipitação-Março

Precipitação-Abril

Precipitação-Maio

Precipitação-Junho

Temperatura-Março

Temperatura-Abril

Temperatura-Maio

Temperatura-Junho

Durante o ano de 2006 foram efectuadas ao todo 27 recomendações para os 8 inimigos da cultura das pomóideas, repartidos por 14 boletins e 7 meses, 2 dos quais com recomendações a tratamentos preventivos ou de Inverno.

QUADRO RESUMO DAS RECOMENDAÇÕES E AVISOS EMITIDOS PARA A CULTURA DAS POMÓIDEAS NO ANO DE 2006

Nº da circular

Data da circular

Inimigo Recomendação Situação na Região

2 14 de Março

Formas hibernantes Nos pomares onde se tenham observado

ataques de aranhiço vermelho, cochonilha de S. José e/ou afídeos (piolhos) deve realizar um tratamento a alto volume a alta pressão com um produto à base de malatião + óleo mineral (Malatiol e Klik) ou óleo de verão (Citrol; Garbol; Oleofix; Verol; Olmar; Fitanol; Jovitóleo; Soleol e Pomorol), o mais próximo da rebentação, com tempo seco e molhando bem as árvores.

3 23 de Março

pedrado As pereiras e as variedades mais precoces de macieira encontram-se entre o abrolhamento e o botão verde. Estas fases de desenvolvimento são muito sensíveis ao pedrado e, uma vez que as condições climatéricas vão continuar instáveis, aconselha-se a realização de um tratamento o mais breve possível.

Nas variedades mais tardias, aconselha-se o tratamento à medida que forem atingindo as referidas fases de desenvolvimento fenológico.

Ataque inexistente

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pedrado O Instituto de Meteorologia prevê a ocorrência de precipitação para os próximos dias, encontrando os pomares já desprotegidos face à última recomendação. Na impossibilidade de realizar um tratamento preventivo antes da chuva, deve efectuá-lo imediatamente a seguir com um produto de acção curativa (consulte a lista em anexo).

Ataque inexistente

4 4 de Abril

Aranhiço vermelho A eclosão dos ovos de Inverno atingiu o seu

valor máximo. Observe 100 folhas (2 folhas x 50 árvores) do terço inferior do ramo, se contabilizar 50 a 65% dessas folhas nas macieiras ou 40% nas pereiras com formas móveis, deverá efectuar um tratamento acaricida com um produto de acção larvicida.

Ataque inexistente

11 de Abril

pedrado Já foram detectadas as primeiras manchas de pedrado decorrentes da precipitação ocorrida nos finais de Março. Uma vez que o Instituto de Meteorologia prevê tempo instável para o fim da semana e que os pomares já se encontrarão desprotegidos face à última recomendação, aconselha-se a realização de um tratamento antes da chuva. Na impossibilidade deste, deve efectuá-lo imediatamente a seguir com um produto de acção curativa (consulte a lista enviada na circular nº4).

Ataque ligeiro

5

afídeos Observaram-se colónias de piolhos em alguns pomares da Região. Observe os jovens rebentos do seu pomar, se encontrar piolho cinzento ou 15% desses rebentos com presença de piolho verde, deve efectuar um tratamento com um produto à base de: acetamiprida (GAZELLE; EPIK); alfa-cipermetrina (FASTAC 30; ALPHA-ZIPPER; BESTSELLER 10 EC); deltametrina* (CISOR; DECIS AVANTAGE; SPENDOUR); diazinão (LAIDAN; DIAZOL 600 EC; BASUDINE 600); esfenvarelato (a) (SUMI-ALPHA); endossulfão (THIODAN CS; THIONEX 350EC; SAOEC 350; ENDOVANCE 350; ENDOQUISA; ENDOFEX); fosalona* (FOSALONA 30WP; ZOLONE); imidaclopride (GAUCHO; CONFIDOR; KOHINOR 20SL; COURAZE; CORSÁRIO)); lambda-cialotrina (KARATE with ZEON Technologie); malatião (MALATHANE; ACUAFIN); metidatião (SUPRATHION; NUFARCIDE 40 EC; ULTRACIDE 40E; ULTRACIDE 40M; METACIDINE 40M); metomil; (LANNATE L; METHOMEX 20SL) oxidemetão-metilo (METASYSTOX R); pirimicarbe (APHOX GD; PIRIMOR G; STOPPER); tau-fluvalinato* (KLARTAN); tiaclopride (b)

Ataque ligeiro

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(CALYPSO); tiametoxame (ACTARA 25WG).

6 24 de Abril

pedrado As particularidades climáticas, de entrega postal e outras podem ter influenciado para uma realização inoportuna do tratamento preconizado na circular anterior. No sentido de evitar a instalação e desenvolvimento da doença, recomenda-se a realização de um novo tratamento antes do dia 30.

Ataque ligeiro

pedrado Os pomares, de uma maneira geral, estarão desprotegidos aquando das próximas chuvas. Realize um tratamento, de preferência antes das mesmas.

Ataque ligeiro

afídeos Ainda persistem colónias deste inimigo em alguns pomares da Região. Mantenha a vigilância do seu pomar, observe 100 rebentos (2 por árvore) e se encontrar 2 a 5% com piolho cinzento ou 15% com piolho verde, deve efectuar um tratamento com um produto à base de: acetamiprida (GAZELLE; EPIK); alfa-cipermetrina (FASTAC 30; ALPHA-ZIPPER; BESTSELLER 10 EC); deltametrina* (CISOR; DECIS AVANTAGE; SPENDOUR); diazinão (LAIDAN; DIAZOL 600 EC; BASUDINE 600); esfenvarelato (a) (SUMI-ALPHA); endossulfão (THIODAN CS; THIONEX 350EC; SAOEC 350; ENDOVANCE 350; ENDOQUISA; ENDOFEX); fosalona* (FOSALONA 30WP; ZOLONE); imidaclopride (GAUCHO; CONFIDOR; KOHINOR 20SL; COURAZE; CORSÁRIO)); lambda-cialotrina (KARATE with ZEON Technologie); malatião (MALATHANE; ACUAFIN); metidatião (SUPRATHION; NUFARCIDE 40 EC; ULTRACIDE 40E; ULTRACIDE 40M; METACIDINE 40M); metomil; (LANNATE L; METHOMEX 20SL) oxidemetão-metilo (METASYSTOX R); pirimicarbe (APHOX GD; PIRIMOR G; STOPPER); tau-fluvalinato* (KLARTAN); tiaclopride (b) (CALYPSO); tiametoxame (ACTARA 25WG).

Ataque ligeiro

7 3 de Maio

Aranhiço vermelho De forma a limitar as populações de Verão,

deve estar atento à evolução desta praga na sua parcela. Proceda à observação de 100 folhas (2 folhas x 50 árvores) do terço inferior do ramo, se contabilizar 50 a 65% dessas folhas nas macieiras ou 40% nas pereiras com formas móveis, deverá efectuar um tratamento acaricida com um produto de acção larvicida: abamectina* (VERTIMEC; BOREAL; APACHE); acrinatrina (RUFAST AVANCE); azocicloestanho* (PEROPAL); bifentrina (TALSTAR); cihexaestanho (PENNSTYL 660L; ACARPEC 600FL;

Ataque incipiente

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14

ACAROX; ACARPEC; ACARSTIN; PENNSTYL 25WP; PLICTRAN 25W; ACARIX); fenazaquina (MAGISTER FLOW); fenepiroximato (DINAMITE); piridabena* (NEXTER; NEXTER 20); propargite (OMITE 570EW) e tebufenepirade (MASAI).

Pedrado A ocorrência de chuva encontrará os pomares desprotegidos, provocando uma nova infecção. Realize um tratamento, de preferência antes da chuva.

Atque incipiente

Afídeos Continuamos a observar colónias deste inimigo em alguns pomares da Região. Mantenha a vigilância do seu pomar, observe 100 rebentos (2 por árvore) e se encontrar 2 a 5% com piolho cinzento ou 15% com piolho verde, deve efectuar um tratamento.

Ataque ligeiro

Bichado Encontram-se reunidas todas as condições necessárias para o ataque desta praga. É aconselhável a realização de um tratamento com um produto de acção larvicida à base de uma das seguintes substâncias activas:. alfa – cipermetrina (FASTAC 30; FASTAC); azinfos-metilo (GUSATHION M-25; COTNION M 25WP; AZINFOS SAPEC); beta-ciflutrina (BULLDOCK); carbaril (PERMUTEX; VISENE; RAVYON); ciflutrina (BAYTHROID); clorpirifos (Vários); clorpirifos – metilo + deltametrina (DECISPRIME); clorpirifos + hexaflumurão (DELFOS 3); deltametrina (DECIS, CISOR; DECIS SPLENDOUR); diazinão (BASUDINE 600 EW; DIAZOL 600 EC; LAIDAN; BASUDINE 10 G; DIAZOL 10 G); fosalona (ZOLONE; FOSALONA 30 WP); fosmete (IMIDAN BT; FOSDAN 50; FOSLETE); lambda-cialotrina (KARATE +; KARATE with ZEON technology); malatião (MALATHANE; ACUAFIN); metidatião (SUPRATHION 40 EC; NUFARCIDE 40 EC; ULTRACIDE 40 E; METACIDINE 40 M; ULTRACIDE 40 M); tau-fluvalinato (KLARTAN; MAVRIK); tiaclopride (CALYPSO).

Ataque incipiente

8 16 de Maio

Cochonilha de S. José Nos pomares habitualmente atacados por esta

praga, deve realizar de imediato um tratamento.

Ataque incipiente

pedrado No caso de se continuarem a verificar as condições meteorológicas dos últimos dias não é necessário tratar.

Bichado Continuamos a capturar adultos nos nossos postos biológicos. Assim sendo, recomenda-se a renovação do tratamento.

Ataque ligeiro

10 5 de Junho

Afídeos Mantenha a vigilância do seu pomar, observe 100 rebentos (2 por árvore) e se encontrar 2 a 5% com piolho cinzento ou 15% com piolho

Ataque ligeiro

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15

verde, deve efectuar um tratamento. Dê preferência a produtos que combatam em simultâneo o bichado.

Aranhiço vermelho

As condições são favoráveis ao desenvolvimento da praga. Observe 100 folhas ao acaso do terço médio do ramo, se contabilizar ocupadas com formas móveis 50 a 75 % de folhas de macieira ou 50% de pereira, deve efectuar um tratamento.

Ataque incipiente

11 13 de Junho

pedrado A precipitação ocorrida encontrou os pomares desprotegidos, devendo verificar-se o aparecimento de manchas a partir do dia 19. Aconselha-se a realização de um tratamento o mais próximo possível desta data.

Ausência de ataque

12 28 de Junho

bichado O vôo e as perfurações de bichado continuam significativos em alguns dos nossos postos biológicos. Renove o tratamento afim de manter o pomar protegido.

Atqque ligeiro

Pedrado Nos pomares onde ainda persistam sintomas, deve renovar o tratamento.

Ataque ligeiro

Bichado Deve renovar o tratamento assim que termine o período de acção do último produto que utilizou.

Ataque ligeiro

13 17 de Julho

Aranhiço vermelho As condições têm sido propícias ao

desenvolvimento deste inimigo pelo que se torna necessário estar atento à sua evolução no pomar. Observe 100 folhas (colhidas no terço médio do ramo), se contabilizar 50 a 75% em macieiras ou 50% em pereiras ocupadas com formas móveis deste inimigo, deve efectuar um tratamento.

Ataque incipiente

14 4 de Agosto

Mosca da fruta O nº de capturas de mosca nas garrafas mosqueiras, instaladas nos nossos postos de observação biológica é significativo. Realize um tratamento para a mosca utilizando uma das seguintes substâncias activas: diazinão,fosmete, malatião e triclorfão.

Repita o tratamento mal termine a acção do produto aplicado.

Ataque ligeiro

bichado Renove o tratamento afim de manter o pomar protegido. Opte por um produto que combata simultaneamente a mosca, tais como produtos à base de uma das seguintes substâncias activas: diazinão ,fosmete ou malatião.

Ataque ligeiro

15 17 de Agosto

Mosca da fruta Tenha em atenção o referido na circular anterior.

Ataque ligeiro a médio

17 26 de Outubro

Pedrado Nos pomares que tenham sofrido ataques de pedrado durante o ano em curso, é

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aconselhável antes da queda das folhas a aplicação de Ureia a 5%.

A calda deve ser dirigida para a copa e para as folhas caídas no chão.

Esta pulverização tem como objectivo, a decomposição mais rápida das folhas contribuindo assim para a interrupção do ciclo do fungo.

cancro Nas parcelas de pomar ou variedades sensíveis a esta doença e onde é visível a presença de sintomas, recomenda-se a realização de um tratamento à queda da folha com um produto à base de cobre.

Pedrado Para o pedrado foi implementada a metodologia clássica de previsão apoiada no ábaco de Mills-Laplace, com gravidade do ataque em função do número de horas de folha molhada e a temperatura média do período de humectação.

QUADRO RESUMO DA PREVISÃO - PEDRADO - 2006

Data prevista de aparecimento de manchas POSTOS BIOLÓGICOS

Data de infecção Anadia Bencanta

23-Mar 10-Abr 08-Abr TRATAMENTO A 25 DE MARÇO

29-Mar 15-Abr 13-Abr TRATAMENTO A 7 DE ABRIL

05-Abr 22-Abr 20-Abr MANCHAS PRIMÁRIAS A 10 DE ABRIL (AMOREIRA)

TRATAMENTO A 13 DE ABRIL

14-Abr 01-Mai 25-Abr 30-Abr 25-Abr

20-Abr 04-Mai 29-Abr 04-Mai 29-Abr TRATAMENTO A 28/29 DE ABRIL

TRATAMENTO A 5/6 DE MAIO 13-Jun 21-Jun 21-Jun 14-Jun 22-Jun 15-Jun 23-Jun

TRATAMENTO A 19 DE JUNHO O primeiro tratamento foi recomendado ao estado fenológico C3-D (boletim nº 3, de 23 de Março), como refere a metodologia, mesmo que se tenha aplicado a metodologia de previsão para a detecção de manchas primárias. Os tratamentos recomendados nos boletins nº4 a nº 8, inclusivé, foram resultado da implementação da metodologia de previsão. Os restantes tiveram carácter preventivo face às previsões de condições climáticas que originariam novas infecções. Os quadros de implementação da metodologia de previsão podem ser consultados no final deste capítulo.

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Pragas

Aranhiço vermelho

A biomonitorização deste inimigo teve início antes do abrolhamento com a colocação das placas vaselinadas com partes de ramos onde se encontravam aglomerados de posturas. Após a sua colocação foi feita a contagem semanal do número de larvas eclodidas, a eclosão teve inicio em finais de Fevereiro :

ESTUDO DA ECLOSÃO DE OVOS DE INVERNO DE ARANHIÇO VERMELHO 2006

Nº da placa Data de

observação Placa nº1

Placa nº2

Placa nº3

Placa nº4

Placa nº5

Total de eclosões

13-02-2006 Colocação das placas vaselinadas

20-02-2006 0 0 0 0 0 0 27-02-2006 74 121 52 57 139 443 06-03-2006 384 407 261 136 402 1590 14-03-2006 681 463 217 225 455 2041 24-03-2006 753 239 149 574 438 2153 04-04-2006 1237 429 417 1089 1324 4496 11-04-2006 185 112 149 201 67 714 18-04-2006 26 18 21 35 12 112

Eclosão dos ovos de Inverno de Aranhiço Vermelho - 2006

0

5 0 0

10 0 0

15 0 0

2 0 0 0

2 5 0 0

3 0 0 0

3 5 0 0

4 0 0 0

4 5 0 0

5 0 0 0

Da t a

Placa nº1

Placa nº2

Placa nº3

Placa nº4

Placa nº5

Tot al de eclosões

O tratamento foi aconselhado ao pico das eclosões que se verificaram a 4 de Abril. Ao longo do ciclo vegetativo da cultura foi avaliada a intensidade de ataque deste inimigo no posto de observação biológica e, como referido, em árvores isoladas, não se tendo verificado ataques intensos em nenhuma das parcelas.

Bichado, Blancardella, Scitella e Mosca do mediterrâneo

Apenas em árvores abandonadas isoladas foram observados estragos de bichado com alguma intensidade e estragos ligeiros de blancardella. No posto de observação biológica não foram detectados estragos de nenhum destes inimigos.

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No quadro seguinte encontram-se as curvas de voo destes inimigos, tendo-se assinalado os respectivos tratamentos.

Pomóideas - Pragas 2006

0

5

10

15

20

25

30

35

40

4530

-Mar

6-A

br

13-A

br

20-A

br

27-A

br

4-M

ai

11-M

ai

18-M

ai

25-M

ai

1-Ju

n

8-Ju

n

15-J

un

22-J

un

29-J

un

6-Ju

l

13-J

ul

20-J

ul

27-J

ul

3-A

go

10-A

go

17-A

go

24-A

go

31-A

go

7-S

et

Data

de

adu

lto

s ca

ptu

rad

os

bichado

blancardella

scitella

mosca do mediterrâneo

Em Anadia obtivemos os seguintes dados:

Pomóideas -pragas - Anadia 2006

0

20

40

60

80

100

120

140

31-M

ar

7-A

br

14-A

br

21-A

br

28-A

br

5-M

ai

12-M

ai

19-M

ai

26-M

ai

2-Ju

n

9-Ju

n

16-J

un

23-J

un

30-J

un

7-Ju

l

14-J

ul

21-J

ul

28-J

ul

4-A

go

11-A

go

Data

de

ad

ult

os

ca

ptu

rad

os

Blancardella

Scitella

Bichado

Mosca do mediterrâneo

Cochonilha de S. José e afídeo verde

No que se refere a estes dois inimigos apenas no piolho verde se atingiu o nível económico de ataque, no entanto os estragos observados não foram significativos. A cochonilha de S. José, e embora se tenham colocado fitas em troncos de árvores com sintomas, não foi detectada nas cintas nem nas armadilhas. Nos postos de observação biológica não foram detectados sintomas desta praga.

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OLIVEIRA

Durante o ano de 2006 a cultura das Oliveira foi considerada em 12 dos 18 avisos emitidos pela Estação de Avisos da Bairrada. A biomonitorização de pragas e doenças e a evolução do estado fenológico foram efectuadas em 2 olivais localizados em Cerdeiras e no Rabaçal.

QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DOS AVISOS EMITIDOS PARA A CULTURA DA OLIVEIRA AO LONGO DO ANO DE 2006

Janeiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro TOTAL Tuberculose 1 1 Caruncho 1 1 Mosca da azeitona

1 2 1 4

Olho de pavão

1 1 1 3

Algodão 1 1 2 Traça da oliveira

1 1 2 4

Cochonilha H 1 1 Gafa 1 1 1 3 Cercosporiose 1 1

Durante o ciclo vegetativo, após o início do crescimento, as recomendações efectuadas para as doenças tiveram em consideração as fases de sensibilidade da cultura e as condições climáticas. Para as pragas foi feita a biomonitorização com recurso a armadilhas sexuais e cromotrópicas, e a estimativa de risco, avaliando-se a intensidade de ataque das diferentes pragas. Foi ainda monitorizado o lepidóptero Euzophera pingüis, com recurso a armadilha sexual. No Inverno (Janeiro) foram recomendadas a adopção de medidas culturais que limitem a instalação e o desenvolvimento de alguns inimigos tais como: a mosca da azeitona, o caruncho e a tuberculose ou ronha. O maior número de recomendações incidiu sobre a traça e a mosca da azeitona, seguidas pelo olho de pavão e pela gafa. Esta última veio a manifestar-se com grande intensidade a partir dos meados do mês de Outubro, resultado da precipitação e, principalmente, dos elevados teores de humidade relativa do ar que se fizeram sentir nos meses de Setembro a Novembro. A gafa foi responsável por grandes quebras de produção, em particular nos olivais onde foram descurados os tratamentos nos meses de Setembro e Outubro.

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20

CERDEIRAS 2006

0

20

40

60

80

100

120

Jane

iro

Fev

erei

ro

Mar

ço

Abr

il

Mai

o

Junh

o

Julh

o

Ago

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Set

embr

o

Out

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Nov

embr

o

Dez

embr

o

mm

0

5

10

15

20

25

30

35

ºC

Humidade relativa máxima

Humidade relativa média

Humidade relativa mínima

Precipitação

Temperatura máxima

Temperatura média

Temperatura mínima

As recomendações foram as seguintes:

QUADRO DE RECOMENDAÇÕES PARA A CULTURA DA OLIVEIRA NO ANO DE 2006

Nº da circular

Data da circular

Inimigo Recomendação

1 26 de Janeiro

Tuberculose ou ronha da oliveira

Esta doença é disseminada principalmente pelos instrumentos de corte, devendo ter o cuidado de proceder à sua desinfecção sobretudo antes de intervir em olivais jovens. As feridas de poda devem ser desinfectadas com uma pasta de cobre, em particular nos olivais onde este inimigo se encontre presente.

Caruncho Temos observado ultimamente fortes ataques em alguns olivais. Como medida preventiva aconselha-se os senhores olivicultores a retirar e destruir toda a lenha de poda de forma a reduzir a população hibernante.

Mosca da azeitona

As pupas desta praga passam normalmente o Inverno enterradas no solo e as mobilizações do terreno têm um papel importante na sua destruição. Se optar por esta prática deve realizá-la o mais cedo possível.

2 14 de Março

Olho de pavão A oliveira encontra-se muito sensível a este fungo desde o início do ciclo vegetativo até ao aparecimento dos botões florais.

Este inimigo manifesta-se por manchas circulares nas folhas, que atrofiam o desenvolvimento da planta e pode

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originar uma queda precoce e intensa das mesmas, com consequências ao nível da produção. Por esta razão deve ter a cultura protegida, sempre que as condições climatéricas sejam propícias ao desenvolvimento da doença (temperaturas entre os 15 a 20ºC e ocorrência de chuva). As substâncias activas homologadas são: hidróxido de cobre, óxido cuproso, oxicloreto de cobre e zirame.

4 4 de Abril

Olho de pavão As condições climatéricas (precipitação e temperatura elevada) são propícias ao desenvolvimento da doença. Estando a planta numa fase de desenvolvimento sensível a este inimigo (até ao inchamento dos botões florais – estado fenológico D), aconselha-se a manter o olival protegido, optando por produtos cúpricos (calda bordalesa, hidróxido ou oxicloreto de cobre).

6 24 de Abril

algodão Este insecto realiza a postura nas folhas dos rebentos terminais no início da Primavera. Após a eclosão, as ninfas dirigem-se para os botões florais, formando colónias de aspecto algodonoso. Alimentam-se da seiva, prejudicando o vingamento das flores e o desenvolvimento da planta, com particular gravidade nas oliveiras jovens.

Este inimigo não causa habitualmente grandes estragos, no entanto mantenha a vigilância do seu olival. Em plantações jovens, se detectar uma significativa presença deste inimigo, proceda a uma pulverização a alta pressão sobre as colónias de algodão com um insecticida à base de dimetoato (PI).

Traça da oliveira O número de capturas nas armadilhas sexuais está elevado. Embora não se tenham observado grandes sintomas e esta geração não cause habitualmente estragos significativos, aconselha-se a vigilância em particular dos olivais jovens. Observe 20 árvores ao acaso, e em cada uma 5 gomos terminais. Se contabilizar 10% de gomos atacados, deve efectuar um tratamento com uma das seguintes substâncias activas: Bacillus thuringiensis (PI), carbaril, dimetoato, fentião (PI) ou malatião.

9 22 de Maio

Algodão Temos observado, em alguns olivais a Sul de Coimbra, forte presença deste inimigo com elevado número de colónias em botões florais. Observe 120 inflorescências (2 x 60 árvores), se 25% estiverem atacadas deve realizar um tratamento com um produto à base de dimetoato.

Traça da oliveira Está a decorrer a geração antófaga da traça da oliveira, a qual se alimenta de botões florais, deixando-os ligados entre si por fios de seda. Embora esta geração não cause habitualmente grandes estragos, deve estar atento à sua evolução no olival, em particular naqueles onde se verifica um reduzido número de inflorescências. Observe 10 cachos florais x 20 árvores, se 5 a 11% estiverem atacados deve aplicar um insecticida homologado.

11 13 de Junho

Traça da oliveira As capturas e o número de posturas têm vindo a intensificar-se. Tendo-se constatado uma baixa taxa de vingamento, aconselha-se o combate à geração carpófaga com a realização de um tratamento à base de uma das seguintes substâncias activas: carbaril, dimetoato, fentião* ou malatião.

12 28 de Junho

Traça da oliveira Tenha em atenção o referido na circular anterior. Se não tratou, deve fazê-lo de imediato enquanto o caroço não se

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encontra duro.

13 17 de Julho

Cochonilha H Temos observado a presença desta praga em alguns olivais. Uma vez que a praga se encontra na fase de maior sensibilidade aos tratamentos (jovens larvas ou larvas recém eclodidas), caso detecte sintomas no seu olival, em particular nos de copas mais fechadas, deve efectuar um tratamento com insecticida à base de óleo de verão ou metidatião, de preferência apenas nas árvores com presença deste inimigo.

14 4 de Agosto

Mosca da azeitona

As condições climáticas e a evolução fenológica da cultura são favoráveis à intensificação do ataque desta praga. Recomenda-se a realização imediata de um tratamento com uma das seguintes substâncias activas.

15 17 de Agosto

Gafa A precipitação ocorrida favorece o desenvolvimento desta doença, pelo que deve ser efectuado um tratamento com um produto à base de uma das seguintes substâncias activas: hidróxido de cobre, oxicloreto de cobre ou sulfato de cobre.

Mosca da azeitona

O vôo continua intenso, tendo-se atingido em alguns locais o nível económico de ataque estabelecido para a mosca da azeitona (8 – 12% de frutos com larvas vivas). Aconselha-se a realização de um novo tratamento logo que termine a persistência do produto aplicado anteriormente.

16 18 de Setembro

Gafa, olho de pavão e cercosporiose

Estas doenças são responsáveis por desfoliações intensas e redução do vigor das árvores, conduzindo a uma perda significativa da produção e, até mesmo, diminuição da qualidade do azeite.

A precipitação ocorrida, bem como a previsão de instabilidade climática para os próximos dias, recomenda a realização de um novo tratamento contra estas doenças. Utilize uma das seguintes substâncias activas: hidróxido de cobre, oxicloreto de cobre ou sulfato de cobre.

Mosca da azeitona

Na última observação realizada nos nossos postos biológicos não se tinha atingido o nível económico de ataque. No entanto, dadas as condições climatéricas e o estado de desenvolvimento da azeitona, aconselha-se os Srs. Agricultores a manterem a vigilância a este inimigo. Observe 10 frutos x 20 árvores e se contabilizar 8 a 12% dos mesmos com formas vivas, deve efectuar um tratamento.

17 26 de Outubro

gafa A precipitação que se tem feito sentir provocou novas infecções nos frutos que se irão traduzir por queda precoce e/ou diminuição da qualidade do produto final, quer se destine a azeite ou a conserva. Aconselha-se a realização imediata de um novo tratamento contra esta doença, nos olivais de colheita tardia. Utilize um produto à base de cobre, de preferência que contenha um aderente, para tal é indispensável proceder à leitura do rótulo.

Da monitorização de pragas resultaram as seguintes curvas de voo. De realçar que em nenhum destes inimigos foram observados ataques de grande intensidade.

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Cu

rvas de vô

o - C

erdeiras 2006

0 50

100

150

200

250

15-Fev

22-Fev

1-Mar

8-Mar

15-Mar

22-Mar

29-Mar

5-Abr

12-Abr

19-Abr

26-Abr

3-Mai

10-Mai

17-Mai

24-Mai

31-Mai

7-Jun

14-Jun

21-Jun

28-Jun

5-Jul

12-Jul

19-Jul

26-Jul

2-Ago

9-Ago

16-Ago

23-Ago

30-Ago

6-Set

13-Set

20-Set

27-Set

4-Out

11-Out

18-Out

25-Out

1-Nov

Data

nº de adultos capturados

traça

mo

sca

euzo

phera

Cu

rvas de vô

o - R

abaçal 2006

0

50

10

0

15

0

20

0

25

0

30

0

35

0

40

0

45

0

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traça

mo

sca

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ra

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VINHA

Durante o ano de 2006 a cultura da Vinha foi considerada em 17 dos 18 avisos emitidos pela Estação de Avisos da Bairrada. A biomonitorização de pragas e doenças e a evolução do estado fenológico foram efectuadas em 8 postos, designadamente: Aguieira, Amoreira da Gândara, Anadia, Cerdeiras, Cordinhã, Mealhada, Ourentã e Pedralvites.

QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DOS AVISOS EMITIDOS PARA A CULTURA DA VINHA AO LONGO DO ANO DE 2006

Janeiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Dezembro TOTAL Cochonilhas 1 1 1 1 3 Escoriose e doenças do lenho

1 1 1 3

Míldio 2 2 3 1 8 Oídio 2 2 3 1 8 Traça da uva 1 3 1 1 5 Podridão Cinzenta

1 1 1 1 4

Os inimigos que mais se manifestaram durante o presente ano foram o míldio da videira, com maior incidência no mês de Junho, e a podridão cinzenta por altura da colheita, em particular devido às condições climáticas que se fizeram sentir a partir do 2ª decêndio de Setembro.

Míldio da videira

Para o míldio da videira foi implementada a metodologia clássica de previsão, avaliadas as condições climáticas e a intensidade de ataque nos postos de observação biológica e fenológica na Região.

Em 21 de Fevereiro iniciou-se a recolha de fragmentos, colocados no campo no Outono do ano anterior, com vista a avaliar a maturidade dos oósporos. No posto de Mealhada obteve-se germinação de macroconídios após 24 horas, enquanto que noutros postos só se verificou ao fim de 48 ou mais horas.

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No quadro seguinte apresenta-se o estudo da germinação dos oósporos.

ESTUDO DA MATURAÇÃO DOS OÓSPOROS - 2006

Nº de dias de permanência em estufa Data de colocação em

estufa

Posto biológico

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 21-02-2006 Anadia 0 1 5 S D 11 C 0 0 0 S D

Cordinhã 0 2 3 S D 18 C 23 17 11 S D Mealhada 7 1 47 S D 77 C 95 23 9 S D Ourentã 0 0 0 S D 4 C 6 9 3 S D Pedralvites 0 0 0 S D 0 C 0 0 0 S D

23-02-2006 Cordinhã 4 S D 11 C 1 0 1 S D 0 0 Aguieira 0 S D 0 C 0 0 0 S D 0 0

06-03-2006 Águeda 0 68 192 362 S D 658 - 297 128 25 S Amoreira 0 0 0 0 S D 0 - 0 0 0 S Anadia 0 0 0 4 S D 13 - 6 2 0 S

07-03-2006 Cordinhã 0 0 0 S D 0 - 0 0 0 S D Mealhada 63 111 210 S D 348 - 148 79 13 S D Ourentã 0 2 8 S D 366 - 617 174 101 S D Pedralvites 0 0 0 S D 0 - 0 6 2 S D

20-03-2006 Águeda 112 174 152 131 S D 12 8 0 0 0 S Amoreira 0 0 0 0 S D 0 0 0 0 0 S Anadia 47 58 43 19 S D 7 3 0 0 0 S

27-03-2006 Mealhada 0 0 0 0 S D 0 0 0 0 0 S Pedralvites 0 0 0 0 S D 0 0 0 0 0 S Ourentã 0 0 0 0 S D 0 0 0 0 0 S Cordinhã 0 0 0 0 S D 0 0 0 0 0 S

04-04-2006 Anadia 0 0 0 0 S D 0 0 0 0 0 S 05-04-2006 Pedralvites 0 0 S D 0 0 0 0 0 S D

Ourentã 0 0 S D 0 0 0 0 0 S D Cordinhã 0 0 S D 0 0 0 0 0 S D Mealhada 0 0 S D 0 0 0 0 0 S D

18-04-2006 Amoreira 146 287 397 S D 227 159 43 9 3 S D Agueda 0 0 0 S D 0 0 0 0 0 S D

Em 5 de Abril encontravam-se reunidas 3 das 4 condições necessárias para a ocorrência da infecção primária, apenas o desenvolvimento vegetativo era inferior a 10 cm de pâmpano na esmagadora maioria das vinhas da Região. Mesmo assim aplicou-se a metodologia de previsão, tendo-se estimado o aparecimento de manchas entre o dia 17 e 20 de Abril, confirmando-se o seu aparecimento a 18 de Abril na casta Chardonnay da Quinta do Encontro e da EVB (talhão da poda mínima).

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QUADRO RESUMO DA PREVISÃO - MÍLDIO DA VINHA - 2006 Data prevista de aparecimento de manchas

POSTOS BIOLÓGICOS Data de infecção Aguieira Bencanta Ourentã Tamengos

Oósporos maduros a 22 de Fevereiro

05-Abr 18-Abr 17-Abr 18-Abr 20-Abr 14-Abr 29-Abr 27-Abr 29-Abr 29-Abr 21-Abr 01-Mai 01-Mai 01-Mai 01-Mai

Circular nº 6 de 24 de Abril, recomenda tratamento antes do dia 29 de Abril. Embora se tenham detectado as manchas primárias a 18 de Abril, nas casta Chardonnay (Quinta do Encontro) e poda mínima (EVB). A "verdadeira" infecção primária deverá ter ocorrido nas chuvas da Páscoa, a partir de 14 de Abril. Verificou-se o aparecimento de elevado número de manchas a partir do dia 1 de Maio. Estas manchas são provenientes da infecção do dia 21 a 23 de Abril. Embora com tratamentos efectuados com penetrantes e outros, antes do dia 29, verificaram-se os três tipos de manchas: curadas, esporuladas e de óleo numa mesma parcela.

Circular nº 7 de 3 de Maio, recomenda tratamento antes das chuvas previstas para sábado dia 6 de Maio, uma vez que a persistência de tratamento anterior está a finalizar ou já finda. Pretende-se, ainda, diminuir a incidência da doença face aos focos presentes. NÃO SE VERIFICOU CHUVA MAS CONTINUA HR MUITO ELEVADA.

Circular nº 8 de 16 de Maio, refere que a persistência do tratamento recomendado na circular nº 7, de 3 de Maio, estará terminado ou prestes a terminar, deixando as videiras desprotegidas face à precipitação prevista pelo Instituto de Meteorologia para o final da semana. Assim sendo, recomendou-se a realização de um tratamento com um fungicida anti-míldio penetrante ou sistémico (desde que não existam manchas esporuladas), de preferência antes da precipitação. ESSA PRECIPITAÇÃO VERIFICOU-SE A 21 DE MAIO, ESTANDO AS VIDEIRAS PROTEGIDAS, no entanto foi implementada a metodologia de previsão, mesmo sem se ter emitido nenhuma circular de Avisos.

08-Mai 19-Mai

A 8 de Maio no posto de Aguieira foi registada precipitação, implementou-se a metodologia, no entanto a vinha estava protegida pelo tratamento nº2 recomendado na circular nº7 de 3 de Maio.

21-Mai 30-Mai 28-Mai 25-Mai 31-Mai

Na circular nº 10 de 5 de Junho fez-se o seguinte ponto de situação para o MÍLDIO -As condições climatéricas não têm sido propícias ao desenvolvimento e instalação do fungo. A manterem-se estas condições não se afigura necessário renovar o tratamento. Só se houver aumento da humidade se justifica a realização de um novo tratamento. Neste boletim foi já recomendada a utilização de produtos com cobre.

13-Jun 19-Jun 19-Jun 18-Jun 19-Jun

Na circular nº 11 de 13 de Junho face à queda pluviométrica intensa e ao término da persistência do tratamento aconselhado já há aproximadamente 1 mês, fez-se a recomendação de um tratamento aplicando a metodologia com base nas temperaturas médias dos 3 dias anteriores. Assim sendo o aparecimento de manchas seria para 17 de Junho. No entanto implementou-se a metodologia de forma igual às anteriores infecções dando os resultados anteriores.

A 19 de Junho foram detectadas manchas de óleo em vinhas de Cantanhede, algumas a iniciar a esporulação, situação que se manteve durante a quase totalidade da semana. No final da semana, dias 22 e 23, começaram a surgir os primeiros bagos com sintomas de rot brune, situação que se tornou mais grave a partir de 27 de Junho, independentemente da data e do produto utilizado no tratamento anterior. Surgiram, ainda, algumas situações semelhantes a COITRE (conidiella diplodiella) a partir de 2 de Julho.

Na circular nº 12 de 28 de Junho face à existência de intensos focos de rot brune, à previsão de tempo instável, a elevadas humidades matinais e ao término da persistência do tratamento aconselhado a 13 de Junho. Fez-se a recomendação de um novo tratamento.

No final do mês de Junho (a partir de 28) e até ao dia 5 de Julho tem-se intensificado o aparecimento de sintomas, que inicialmente se asemelhavam a COITRE (conidiella diplodiella) mas que, nesta data se afiguram como BLACK_ROT, face à existência de pontuações negras nos bagos emurchecidos.

18-Jul 22-Jul 22-Jul 22-Jul 22-Jul

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As recomendações preconizadas para o míldio da vinha, assim como a situação na Região à data da sua emissão foram as seguintes.

Míldio da Vinha - 2006

Nº da

circular Data da circular Recomendação

Situação na Região

5 11 de Abril MÍLDIO - ponto da situação

Para que ocorra a infecção primária de míldio é necessário que se encontrem reunidas em simultâneo várias condições, ligadas quer ao fungo, quer às condições climatéricas, quer ao desenvolvimento vegetativo da videira. Embora se tivessem verificado algumas destas condições, nomeadamente as do fungo e as climatéricas, a esmagadora maioria das videiras da Região não possuía desenvolvimento vegetativo suficiente. Assim sendo, AINDA NÃO É NECESSÁRIO EFECTUAR QUALQUER TRATAMENTO.

6 24 de Abril

As chuvas ocorridas no início do mês de Abril provocaram a infecção primária de míldio, em vinhas com desenvolvimento vegetativo igual ou superior a 10 cm de pâmpano, tendo-se observado já as respectivas manchas. Dada a precipitação que se fez sentir na última semana e a diversidade de desenvolvimento vegetativo das vinhas da Região, prevê-se o aparecimento de manchas de míldio a partir do dia 29 de Abril. Recomenda-se a realização de um tratamento o mais próximo possível desta data, opte por produtos contacto+ penetrante.

Ataque inexistente

7 3 de Maio

O Instituto de Meteorologia prevê a ocorrência de tempo instável e que se irá manter durante a próxima semana. Por esta altura a persistência do tratamento recomendado anteriormente estará terminado ou prestes a terminar, deixando as videiras desprotegidas. Assim sendo, recomenda-se a realização de um tratamento com um fungicida anti-míldio penetrante ou sistémico (desde que não existam manchas esporuladas), de preferência antes da precipitação.

Ataque ligeiro a médio

8 16 de Maio

A persistência do tratamento recomendado na circular nº 7, de 3 de Maio, estará terminado ou prestes a terminar, deixando as videiras desprotegidas face à precipitação prevista pelo Instituto de Meteorologia para o final da semana. Assim sendo, recomenda-se a realização de um tratamento com um fungicida anti-míldio penetrante ou sistémico (desde que não existam manchas esporuladas), de preferência antes da precipitação.

Ataque médio

10 5 de Junho MÍLDIO-Ponto da situação

As condições climatéricas não têm sido propícias ao desenvolvimento e instalação do fungo. A manterem-se estas condições não se afigura necessário renovar o tratamento. Só se houver aumento da humidade se justifica a realização. Nesta situação pode já recorrer a produtos com cobre.

Ataque ligeiro

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11 13 de Junho

A chuva que tem ocorrido em alguns locais da Região provocou uma nova infecção secundária de míldio, cujas manchas devem aparecer a partir do dia 17 de Maio. Uma vez que as vinhas se encontravam desprotegidas sugere-se a realização imediata de um tratamento com um fungicida penetrante, de preferência com cobre, dada a previsão de continuidade de tempo instável.

Ataque ligeiro

12 28 de Junho

Temos observado manchas de míldio esporuladas em alguns locais. Como se prevê alguma instabilidade do tempo, e se verifica também a presença de humidade matinal nas folhas, deve realizar um tratamento com um fungicida à base de cobre.

Ataque médio a intenso

13 17 de Julho

Embora as condições meteorológicas não se tenham afigurado propícias ao desenvolvimento deste inimigo, ainda persistem alguns sintomas em cachos (bagos enegrecidos e duros que se desprendem facilmente) e em folhas jovens (manchas de óleo esporuladas) em algumas vinhas. No sentido de conter o desenvolvimento da doença, aconselha-se a realização de um tratamento com um fungicida que contenha cobre, após ter efectuado a desponta (supressão da extremidade dos pâmpanos, onde se encontra a maioria das folhas atacadas) e adoptado medidas que levem à queda ou supressão dos bagos atacados.

Ataque médio

Os ataques mais intensos surgiram em Maio e Junho, resultado das precipitações concentradas nos dias 19 a 21 de Maio e 14 a 16 de Junho, que originaram lavagem dos tratamentos. Embora se tenham detectado sintomas ao longo de grande parte do ciclo vegetativo da videira, estas infecções originaram sintomas severos que em algumas vinhas se traduziram numa redução de produção próxima dos 10%, segundo os proprietários. De notar que, foi frequente os agricultores referirem não perceberem a razão de tal intensidade de ataque, uma vez que teriam procedido à realização de um tratamento dias antes da ocorrência da precipitação de Maio.

PEDRALVITES - MAIO 2006

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0 .5

1

1.5

2

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Data

mm

0

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Precipitação

Temperatura média

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Bencanta - Junho 2006

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ºC)

Precipitação

temperatura média

Oídio

Durante o ano de 2006 foram emitidos 8 recomendações de tratamentos para o oídio da vinha, baseados nas épocas de maior sensibilidade da videira em função do seu desenvolvimento fenológico– saída das folhas, floração-alimpa e bago de ervilha-cacho fechado – e em função das condições climáticas previstas e/ou ocorridas na Região.

No quadro que se segue encontram-se as recomendações efectuadas, assim como uma breve análise da intensidade de ataque deste inimigo nas vinhas da Região, sendo que, apenas em meados de Junho se detectaram os primeiros focos, alguns de grande importância em vinhas mal arejadas e/ou conduzidas. De uma maneira geral não foram observados sintomas na esmagadora maioria das vinhas.

Oídio da vinha – 2006

Nº da circular

Data da circular Recomendação

Situação na Região

5 11 de Abril

Após a vindima foram detectados ataques fortes desta doença em algumas vinhas da Região, deixando uma grande quantidade de inoculo potencial para esta campanha. Uma vez que as condições climatéricas e o estado de desenvolvimento da videira são propícios ao desenvolvimento deste inimigo, aconselha-se a realização de um tratamento, de preferência com enxofre na

Ataque inexistente

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formulação pó.

6 24 de Abril

As condições climáticas continuam favoráveis ao desenvolvimento da doença. Mantenha a sua vinha protegida.

Ausência de ataque

7 3 de Maio

As condições climatéricas e fenológicas continuam propícias à instalação e desenvolvimento deste inimigo. Mantenha a sua vinha protegida.

Ausência de ataque

8 16 de Maio

As vinhas da Região encontram-se entre o estado fenológico de botões florais separados e a floração, fase muito sensível a este inimigo. Assim sendo, e uma vez que as condições climatéricas se mantém propícias ao seu desenvolvimento, deve manter a vinha protegida, dando preferência ao enxofre na formulação pó polvilhável à medida que as vinhas forem entrando em floração

Ausência de ataque

10 5 de Junho

O estado fenológico bago de chumbo/bago de ervilha são particularmente sensíveis a este inimigo. Deve efectuar um tratamento, em especial em vinhas com grande vigor, mal arejadas ou com outras particularidades onde se reúnam condições favoráveis ao fungo.

Realça-se a importância das técnicas culturais que promovem o arejamento do interior da videira e dos cachos, no controlo deste inimigo e na eficácia do tratamento.

Ausência de ataque

11 13 de Junho

A vinha encontra-se numa fase de desenvolvimento de grande sensibilidade a este inimigo. Deve manter a vinha protegida.

É IMPORTANTE A ADOPÇÃO DE MEDIDAS QUE PROMOVAM O

AREJAMENTO DO INTERIOR DA VIDEIRA E DOS CACHOS.

Ausência de ataque

12 28 de Junho

Existem alguns focos de oídio, em particular nas vinhas pouco arejadas e o desenvolvimento fenológico ainda é, de grande sensibilidade à doença. Mantenha a vinha protegida.

Ataque ligeiro

13 17 de Julho

Temos observado a existência de alguns focos de oídio, com maior incidência em videiras pouco arejadas. Uma vez que a vinha ainda se encontra sensível a este inimigo, aconselha-se manter a vinha protegida.

Ataque ligeiro

Podridão cinzenta

Para esta doença foram recomendados os tratamentos segundo o método standart – floração-alimpa, fecho dos cachos, início do pintor e 3-4 semanas antes da vindima. Os primeiros focos da doença foram detectados em meados de Junho, em especial em vinhas mal arejadas. Deu-se grande importância à adopção de medidas culturais como importante meio de luta no controlo e combate a este inimigo.

A grande incidência da doença teve lugar no final da maturação, mês de Setembro, devido às condições climáticas adversas (temperaturas baixas e teores de humidade elevados e/ou precipitação).

No quadro que se segue apresentam-se as recomendações efectuadas, assim como a situação de incidência de ataque da doença verificada.

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Podridão cinzenta - 2006 Nº da

circular Data da circular Recomendação

Situação na Região

9 22 de Maio

À medida que as vinhas forem atingindo o estado fenológico J – floração-alimpa deve efectuar um tratamento contra esta doença, em particular nas parcelas onde esta surge mais cedo ou com maior intensidade. (Consulte a lista de produtos homologados para a podridão cinzenta enviada com a circular anterior)

Ausência de ataque

12 28 de Junho

Têm surgido focos de podridão cinzenta em algumas vinhas da Região, em particular nas castas de cachos mais fechados, com deficiente arejamento e/ou mais sensíveis. Assim sendo, nestas vinhas e nas que habitualmente apresentam sintomas, deve efectuar um tratamento na fase de cacho fechado.

É IMPORTANTE A ADOPÇÃO DE MEDIDAS QUE PROMOVAM O

AREJAMENTO DO INTERIOR DA VIDEIRA E DOS CACHOS.

Ataque ligeiro

13 17 de Julho

À medida que vai aumentando o teor em açúcar dos cachos ao longo do pintor, aumenta a sensibilidade a este inimigo. Assim sendo, recomenda-se a aplicação de um fungicida anti-podre ao início do pintor, em particular nas vinhas onde este inimigo causa habitualmente estragos e, em especial, naquelas onde se instala cedo.

É IMPORTANTE A ADOPÇÃO DE MEDIDAS QUE

PROMOVAM O AREJAMENTO DO INTERIOR DA

VIDEIRA E DOS CACHOS.

Ataque muito ligeiro

14 4 de Agosto

Nas parcelas e/ou castas onde habitualmente surgem focos desta doença na altura da colheita, deve efectuar um tratamento 3 a 4 semanas antes da vindima.

Ataque muito ligeiro

Escoriose e Doenças do lenho A incidência deste grupo de doenças tem vindo a aumentar na Região pelo que urge adoptar medidas que limitem o seu desenvolvimento. No ano de 2006 foram referidas em 3 boletins, tendo-se efectuado recomendações de controlo no âmbito das lutas cultural e química. Esta última foi acompanhada de uma listagem de substâncias activas homologadas e o seu posicionamento em função da estratégia de protecção adoptada. Embora se detecte muito inoculo potencial de escoriose são reduzidas as vinhas onde se detectam sintomas significativos da doença.

Escoriose e Doenças do lenho - 2006 Nº da

circular Data da circular Recomendação

Situação na Região

1 26 de Janeiro

DOENÇAS DO LENHO – medidas profilácticas

A incidência de doenças do lenho: esca, eutipiose e de escoriose tem aumentado na Região. Nas vinhas atacadas sugere-se a retirada e destruição da lenha de poda, o mais próximo possível da data de realização desta operação.

2 14 de Março

O tratamento a esta doença deve ter carácter preventivo. Nas vinhas atacadas, deve iniciar o controlo a este inimigo logo a seguir à rebentação, optando por uma das seguintes estratégias de luta:

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•••• ESTRATÉGIA 1 : Realização de duas aplicações: uma com 30 a 40% dos gomos no estado fenológico D (saída das folhas) e outra com 40% dos gomos no estado fenológico E (folhas livres), utilizando uma das seguintes substâncias activas: enxofre, folpete, mancozebe, metirame, propinebe ou fosetil de alumínio + mancozebe.

ou

•••• ESTRATÉGIA 2 : Realização de uma única aplicação no estado fenológico D (saída das folhas) utilizando a mistura do fungicida sistémico fosetil de alumínio com folpete.

As substâncias activas azoxistrobina e azoxistrobina+folpete podem ser utilizadas em ambas as estratégias. Contudo, tenha em atenção que só pode efectuar o máximo de 3 tratamentos, por ano no total das doenças, com este ou outro fungicida deste grupo químico.

18 18 de Dezembro

DOENÇAS DO LENHO – medidas profilácticas

A incidência de doenças do lenho: esca, eutipiose e de escoriose tem aumentado na Região. O controlo destas doenças tem que passar obrigatoriamente pela adopção de medidas de luta preventiva, dada a sua forma de disseminação e de desenvolvimento.

Assim sendo, recomenda-se:

� Realizar a operação de poda com tempo seco, frio e sem vento.

� Deixar as videiras doentes para podar em último lugar.

� Evitar os cortes de grandes dimensões e os muito rentes.

� Os cortes devem ser em bisel e lisos, por forma a evitar acumulação de humidade no seu interior.

� Proteger as feridas de maior dimensão com pincelagem de uma pasta fungicida (carbendazime + flusilazol – ESCUDO), com unguento de enxertia ou betume industrial.

� Desinfectar, com frequência, os instrumentos de poda com lexívia.

� Cortar, tanto quanto possível, as varas com sintomas de escoriose e de esca, por forma a deixar a maior quantidade de varas sãs na vinha.

� Retirar a madeira de poda da vinha e não deixar os montes de lenha junto à vinha durante o Inverno, pois constituem focos de disseminação destas doenças.

� A madeira de poda infectada para além de retirada da parcela, deve ser queimada.

Cochonilhas Na Região podemos encontrar vinhas atacadas ora por cochonilhas lecanídeas ora por pseudococcídeas ora por ambas. A incidência desta praga tem vindo a aumentar, com maior intensidade nos últimos anos, caracterizados por verões quentes e secos,

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observando-se quer um aumento de vinhas atacadas quer um aumento do número e tamanho de focos com sintomas.

Durante o ano de 2006 foram referidos em 4 boletins, onde foram recomendadas estratégias de luta cultural e química. Nesta última o tratamento de Inverno e o de Primavera-Verão à eclosão das primeiras larvas. Para tal foram colocadas cintas de dupla face adesiva no tronco de videiras atacadas da casta Chardonnay – talhão da poda mínima da EVB, tendo-se efectuado a recomendação de tratamento após a detecção das primeiras larvas nesta cintas armadilha (início de Junho).

Cochonilhas - 2006 Nº da

circular Data da circular Recomendação

Situação na Região

1 26 de Janeiro COCHONILHAS – MEDIDAS PROFILÁCTICAS

Nas últimas campanhas tem-se observado um aumento da intensidade de ataque de cochonilhas nas vinhas da Região. As videiras apresentam um aspecto enegrecido, “ferrujão”, podendo também observar-se a presença de “aglomerados” de algodão ou umas pequenas “lapas” de aspecto acastanhado, quer no tronco quer nas varas, folhas e cachos. O “ferrujão” é devido à fumagina, fungo que se instala sobre a melada que as cochonilhas produzem. Estas para além de se alimentarem directamente da videira dificultam a produção de açúcares, diminuindo a qualidade e, em casos graves, de longevidade da cepa.

Recomenda-se, nas videiras atacadas, retirar e queimar a casca do tronco (local preferencial de hibernação) e a lenha de poda.

A aplicação de Óleo de Verão ou de Óleo mineral+malatião nas videiras atacadas deverá decorrer durante o repouso vegetativo, o mais próximo possível da rebentação.

2 14 de Março

As videiras encontram-se já muito perto do abrolhamento. Se ainda não efectuou o tratamento com Óleo de Verão ou de Óleo mineral+malatião nas videiras atacadas por este inimigo deve realizá-lo em breve.

10 5 de Junho

Já se detectou a eclosão das primeiras larvas. Nas parcelas onde se observem sintomas: “ferrujão”, adultos ou larvas e a presença de formigas, deve efectuar um tratamento de preferência localizado. Consulte a lista enviada com a circular nº 8.

18 18 de Dezembro COCHONILHAS – medidas profilácticas

O número de vinhas atacadas por este inimigo na Região tem vindo a aumentar nos últimos anos. As videiras apresentam-se enegrecidas, “ferrujão”, podendo ser observada a presença de “aglomerados” de algodão ou umas pequenas “lapas” de aspecto acastanhado, quer no tronco quer nas varas, folhas e cachos. O “ferrujão” é devido a um fungo, fumagina, que se instala sobre a melada que as cochonilhas produzem.

Para além de se alimentarem directamente da videira, as cochonilhas dificultam a produção de açúcares, diminuindo a qualidade e, em casos graves, comprometem a longevidade da cepa.

Recomenda-se que se retire e queime a casca do tronco (local

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preferencial de hibernação) das videiras atacadas, e a lenha de poda nas vinhas onde existam focos deste inimigo. Com esta operação pretende-se que fiquem mais expostas ao Inverno e aos tratamentos.

A aplicação de Óleo de Verão ou de Óleo mineral+malatião nas videiras atacadas, preferencialmente descascadas, deverá decorrer durante o repouso vegetativo, o mais próximo possível da rebentação.

Traça da uva A biomonitorização da Eudémis e da Cochylis foi efectuada através de armadilhas sexuais e da observação visual de cachos. A Cochylis foi apenas monitorizada em Ourentã e em Pedralvites, não se tendo obtido capturas em nenhuma das armadilhas ao longo de todo o ciclo vegetativo.

À semelhança de outros anos a Eudémis teve 3 gerações completas e o início de um 4º vôo, este ano muito reduzido face às condições climatéricas que se fizeram sentir a partir dos meados de Setembro.

O 1º vôo teve início no 1ª decêndio de Março, tendo-se verificado o pico de vôo em meados de Abril, no entanto, as condições fenológicas e climáticas não eram favoráveis ao seu desenvolvimento, pelo que os primeiros ninhos só surgiram na fase final do vôo (2º decêndio de Maio). Foi neste vôo que se obteve o maior número de adultos capturados, a intensidade de ataque desta geração foi muito reduzida, apenas se tendo atingido o NEA na Cordinhã.

O 2º vôo teve início em finais de Maio-Junho e o 3º em meados de Julho (informação cruzada entre os POB’s da EABairrada e os POB’s da APIBAIRRADA). De uma maneira geral, e embora se tenha atingido o NEA em muitas vinhas da Região, a intensidade de ataque foi muito reduzida em ambas as gerações. Excepto algumas vinhas de castas de maturação mais tardia habitualmente atacadas por este inimigo em que não houve a implementação de uma estratégia de protecção de proximidade à colheita.

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Traça da uva - Pedralvites 2006

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Para a traça da uva foram feitas 5 recomendações de tratamentos, uma para a 1ª geração e 2 para cada uma das restantes gerações, tendo em conta a estratégia adoptada – ovicida ou larvicida . Foi referida a realização da estimativa de risco como base para a tomada de decisão, caso fosse atingido o NEA.

Traça da uva - 2006 Nº da

circular Data da circular Recomendação

Situação na Região

8 16 de Maio

Já foram observados os primeiros ninhos com lagartas. Esta geração, embora possa apresentar elevado número de ninhos, não causa grandes estragos. No entanto recomenda-se alguma vigilância, se observar 100 a 200 ninhos em 100 cachos, pode efectuar um tratamento com um insecticida de acção larvicida.

Ataque ligeiro

10 5 de Junho

Já teve início o 2º vôo desta praga. Caso opte por uma estratégia ovicida, deve efectuar brevemente o tratamento com um produto à base de uma das seguintes substâncias activas: fenoxicarbe; flufenoxurão; lufenurão; metoxifenozida ou tebufenozida. Consulte a lista enviada com a circular nº 8. Se preferir a estratégia larvicida, aguarde pelas próximas circulares.

Ataque incipiente

11 13 de Junho

Caso tenha optado por uma estratégia de controlo larvicida, deve agora efectuar o tratamento. Consulte a lista enviada com a circular nº 8.

Ataque incipiente

12 28 de Junho

O vôo continua intenso em alguns dos nossos postos biológicos. Em função da estratégia adoptada anteriormente, proceda à observação de 100 cachos, se detectar entre 1 a 10% dos mesmos com sinais representativos deste inimigo, renove o tratamento.

Ataque incipiente

13 17 de Julho

Teve início o 3º voo da traça da uva na Região. Se optar por uma estratégia ovicida, deve efectuar o tratamento durante a próxima semana, após ter observado 100 cachos e contabilizado 1 a 10% com posturas ou perfurações recentes.

Ataque incipiente

14 4 de Agosto

Caso não tenha efectuado o tratamento preconizado no boletim anterior e tenha optado por uma estratégia de controlo larvicida, deve fazê-lo de imediato. Consulte a lista enviada com a circular nº8.

Ataque ligeiro

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ORGANIZAÇÃO E TRATAMENTO DE DADOS METEOROLÓGICOS A Estação de Avisos da Bairrada possui 11 Postos Meteorológicos Clássicos e 5 Estações Meteorológicas Automáticas. Os dados registados, pelos leitores dos postos meteorológicos clássicos, em postais próprios são digitados em ficheiros criados para o efeito, que permitem a sua organização directa em meses, em ficheiros anuais por posto e o cálculo do somatório de temperaturas para diferentes valores de temperatura mínima de desenvolvimento por inimigo e por posto. Estes dados encontram-se na pasta Meteorologia Clássica – 2006.

AMOREIRA DA GÂNDARA - 2006

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

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35.00

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o

Dez

embr

o

mês

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0.00

50.00

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150.00

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250.00

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Precipitação

temperatura máxima

temperatura mínima

temperatura média

Termómetro seco

Termómetro húmido

Page 38: BALANÇO FITOSSANITÁRIO E RELATÓRIO DE ACTIVIDADES … · Face à previsão meteorológica e ao desenvolvimento vegetativo da cultura, aconselha-se a manter o batatal protegido

38

BENCANTA - 2006

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

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30.00

35.00

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iro

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erei

ro

Mar

ço

Abr

il

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embr

o

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embr

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50.00

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250.00

300.00

mm

P recipitação

T ermómetro seco

T ermómetro húmido

temperatura máxima

temperatura mínima

temperatura média

LAGOA DE PODENTES - 2006

0.00

5.00

10.00

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25.00

30.00

35.00

Jane

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embr

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0.00

50.00

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mm

Precipitação

Termómetro seco

Termómetro húmido

temperatura máxima

temperatura mínima

temperatura média

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39

MIRANDA DO CORVO 2006

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

35.00

Jane

iro

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embr

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50.00

100.00

150.00

200.00

250.00

mm

P recipitação

T ermómetro seco

T ermómetro húmido

temperatura máxima

temperatura mínima

temperatura média

OLIVEIRINHA 2006

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

Jane

iro

Fev

erei

ro

Mar

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Abr

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ubro

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embr

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embr

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ºC

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50.00

100.00

150.00

200.00

250.00

mm

Precipitação

Termómetro seco

Termómetro húmido

temperatura máxima

temperatura mínima

temperatura média

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40

PÓVOA DO LOUREIRO 2006

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

35.00

Jane

iro

Fev

erei

ro

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sto

Set

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Out

ubro

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embr

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Dez

embr

o

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ºC

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50.00

100.00

150.00

200.00

250.00

300.00

mm

P recipitação

T ermómetro seco

T ermómetro húmido

temperatura máxima

temperatura mínima

temperatura média

QUINTA DA AGUIEIRA 2006

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

35.00

40.00

Jane

iro

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erei

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ço

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embr

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ºC

0.00

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100.00

150.00

200.00

250.00

mm

P recipitação

T ermómetro seco

T ermómetro húmido

temperatura máxima

temperatura mínima

temperatura média

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QUINTA DO CEDRO 2006

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

35.00

Jane

iro

Fev

erei

ro

Mar

ço

Abr

il

Mai

o

Junh

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Julh

o

Ago

sto

Set

embr

o

Out

ubro

Nov

embr

o

Dez

embr

o

mês

ºC

0.00

50.00

100.00

150.00

200.00

250.00

300.00

mm

P recipitação

T ermómetro seco

T ermómetro húmido

temperatura máxima

temperatura mínima

temperatura média

Salreu 2006

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

Jane

iro

Fev

erei

ro

Mar

ço

Abr

il

Mai

o

Junh

o

Julh

o

Ago

sto

Set

embr

o

Out

ubro

Nov

embr

o

Dez

embr

o

mês

ºC

0.00

50.00

100.00

150.00

200.00

250.00

300.00

mm

P recipitação

T ermómetro seco

T ermómetro húmido

temperatura máxima

temperatura mínima

temperatura média

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TAMENGOS 2006

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

35.00

Jane

iro

Fev

erei

ro

Mar

ço

Abr

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Mai

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Junh

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Julh

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Set

embr

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Out

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Nov

embr

o

Dez

embr

o

mês

ºC

0.00

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100.00

150.00

200.00

250.00

300.00

mm

P recipitação

T ermómetro seco

T ermómetro húmido

temperatura máxima

temperatura mínima

temperatura média

VILARINHO DO BAIRRO 2006

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

35.00

Jane

iro

Fev

erei

ro

Mar

ço

Abr

il

Mai

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Julh

o

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Set

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ubro

Nov

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o

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o

mês

ºC

0.00

50.00

100.00

150.00

200.00

250.00

300.00

mm

Precipitação

Termómetro seco

Termómetro húmido

temperatura máxima

temperatura mínima

temperatura média

Os dados recebidos são principalmente utilizados na implementação de metodologias de previsão – míldio da videira e da batateira e pedrado das pomóideas. Para estas últimas

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são ainda tratados os dados provenientes das cintas dos termohigrógrafos e do termopluviohumectógrafo.

No que se refere às Estações Meteorológicas Automáticas e uma vez que a recolha é, regra geral automática, os dados são organizados em ficheiros mensais por Estação, sendo utilizados na implementação de metodologias de previsão. Em situação de anomalia foi feita a recolha manual dos dados e a sua consequente organização. No ano de 2006 foram organizados os dados de Setembro a Dezembro 2005 e de 2006 das Estações de Pedralvites, Poço do Lobo, Silvã e Cerdeiras. Para as restantes Estações – Canas, Foz de Arouce, Penalva do Castelo, Montemor e Soure foram organizados em ficheiros mensais, todos os dados horários e diários disponíveis no programa DeLogger desde o seu início de funcionamento. Todos os dados provenientes das Estações Meteorológicas Automáticas encontram-se na pasta Meteorologia da pasta AGRO 8.2-2ª candidatura.

PEDRALVITES 2006

0

50

100

150

200

250

300

mês

mm

0

10

20

30

40

ºC Humidade relativa máxima

Humidade relativa média

Humidade relativa mínima

Humidade da folha máxima

Humidade da folha média

Humidade de folha mínima

Precipitação

Temperatura máxima

Temperatura média

Temperatura mínima

Velocidade do vento máxima

Velocidade do vento média

Direcção média do vento

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44

TRABALHOS DE EXPERIMENTAÇÃO DESENVOLVIDOS No ano de 2006 foram implementados 2 trabalhos de experimentação em vinha– ensaio da podridão cinzenta-épocas de tratamentos e o ensaio de confusão sexual de traça da uva. Estes trabalhos foram implantados em vinhas da Estação Vitivinícola da Bairrada, o ensaio de podridão cinzenta na Quinta da Pedralvites na casta Baga e o de confusão sexual de traça da uva em todas as castas das vinhas da Estação Vitivinícola em Anadia, e em ambos foi feita uma avaliação à colheita da intensidade de ataque de vários inimigos por observação visual de 100 cachos. Foi ainda realizado um

Estudo da incidência de podridão cinzenta na casta Baga – época de tratamentos Da implementação do estipulado no protocolo do ensaio no que respeita às datas dos tratamentos fitossanitários, tipo de produto fitofarmacêutico e sua distribuição nas linhas do ensaio, resultou um relatório denominado “RELATÓRIO PROVISÓRIO DO ENSAIO DA PODRIDÃO CINZENTA”. Este relatório, que a seguir se apresenta, não inclui a avaliação da intensidade de ataque à colheita.

RELATÓRIO DO ENSAIO DA PODRIDÃO CINZENTA – 2006

DATAS DE REALIZAÇÃO DOS TRATAMENTOS E ALGUMAS NOTAS

Tratamento A – época de realização : floração - alimpa

Tratamento B – época de realização : bago de ervilha - fecho do cacho

Tratamento C – época de realização : pintor

Tratamento D – época de realização : 3 a 4 semanas antes da vindima

TRATAMENTO A Data de realização: 6 de Junho de 2006

Nº de talhões sujeitos a tratamento: 6 talhões de área unitária 890,56 m2, num total de 5343, 36 m2

Observações: foram preparados 200 litros de calda, com 1,5 Kg de Teldor (fenehexamida) (dose 1,5 Kg/ha), foram distribuídos 125 litros de calda. Débito do pulverizador com 3 bicos abertos – 200 litros por ha, assim sendo deveriam ter sido distribuídos na área do ensaio = (200 l * 5343,36 m2)/10 000 m2 = 107 litros.

Posição relativa dos talhões sujeitos ao tratamento:

� Linhas 5 a 8 (R2M1-ABC)

� Linhas 9 a 12 (R2M2-AC)

� Linhas 17 a 20 (R2M4-AB)

� Linhas 29 a 32 (R1M2-AC)

� Linhas 37 a 40 (R1M1-ABC)

� Linhas 41 a 44 (R1M4-AB)

TRATAMENTO B Data de realização: 21 de Junho de 2006

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45

Nº de talhões sujeitos a tratamento: 6 talhões de área unitária 890,56 m2, num total de 5343, 36 m2

Observações: foram preparados 120 litros de calda, com 1,05 Kg de Rovral (iprodiona) (dose 1,5 Kg/ha), foram distribuídos 100 litros de calda. Débito do pulverizador com 3 bicos abertos – 180 litros por ha, assim sendo deveriam ter sido distribuídos na área do ensaio = (180 l * 5343,36 m2)/10 000 m2 = 96 litros.

Posição relativa dos talhões sujeitos ao tratamento:

� Linhas 5 a 8 (R2M1-ABC)

� Linhas 13 a 16 (R2M3-BC)

� Linhas 17 a 20 (R2M4-AB)

� Linhas 33 a 36 (R1M3-BC)

� Linhas 37 a 40 (R1M1-ABC)

� Linhas 41 a 44 (R1M4-AB)

Nota: Por lapso na indicação dos talhões durante a aplicação do fungicida, o tratamento foi feito da seguinte maneira:

� Na repetição 1: num bloco de 3 talhões, compreendendo as linhas 33 a 44, em vez das linhas 25 a 32 e a 37 a 40.

� Na repetição 2: nas linhas 5 a 8 e nas linhas 13 a 20, em vez das linhas 5 a 8 e das linhas 9 a 16.

O erro foi decorrente de uma troca da localização das repetições no campo. Tendo-se refeito o erro e adoptado uma nova distribuição dos talhões pelas modalidades, garantindo-se a totalidade do ensaio. Assim sendo as alterações de distribuição são as seguintes:

1ª REPETIÇÃO 2º REPETIÇÃO

48-45 44-41 40-37 36-33 32-29 28-25 24-21 20-17 16-13 13-9 8-5 4-1

6

T

2

AC

1

ABC

5

D

4

AB

3

BC

5

D

2

AC

3

BC

4

AB

1

ABC

6

T

6

T

4

AB

1

ABC

3

BC

2

AC

5

D

5

D

4

AB

3

BC

2

AC

1

ABC

6

T

TALHÕES EM QUE HOUVE ALTERAÇÃO DECORRENTE DO ERRO

TALHÕES QUE SE MANTIVERAM

TALHÕES ONDE FOI FEITA APLICAÇÃO DO TRATAMENTO B (Bordadura a negrito)

TRATAMENTO C Data de realização: 22 de Julho de 2006

Nº de talhões sujeitos a tratamento: 6 talhões de área unitária 890,56 m2, num total de 5343, 36 m2

Observações: foram preparados 100 litros de calda, 1,5 Kg de Scala (pirimetanil) (dose 2.0 Kg/ha), foram distribuídos, aprox. 75 litros de calda. Débito do pulverizador com 2 bicos abertos – 120 litros por ha, assim sendo deveriam ter sido distribuídos na área do ensaio = (120 l * 5343,36 m2)/10 000 m2 = 60 litros.

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Posição relativa dos talhões sujeitos ao tratamento:

� Linhas 5 a 8 (R2M1-ABC)

� Linhas 9 a 12 (R2M2-AC)

� Linhas 13 a 16 (R2M3-BC)

� Linhas 29 a 32 (R1M2-AC)

� Linhas 33 a 36 (R1M3-BC)

� Linhas 37 a 40 (R1M1-ABC)

TRATAMENTO D Data de realização: 28 de Agosto de 2006

Nº de talhões sujeitos a tratamento: 2 talhões de área unitária 890,56 m2, num total de 1781.12m2

Observações: foram preparados 80 litros de calda, 1,05 Kg de Rovral (iprodiona) (dose 1.5 Kg/ha), foram distribuídos, aprox. 30 litros de calda. Débito do pulverizador com 2 bicos abertos – 120 litros por ha, assim sendo deveriam ter sido distribuídos na área do ensaio = (120 l * 1781.12 m2)/10 000 m2 = 20 litros.

Posição relativa dos talhões sujeitos ao tratamento:

� Linhas 21 a 24 (R2M5-D)

� Linhas 25 a 28 (R1M5-D)

Nota: As observações realizadas a cachos dos talhões testemunha, antes (23-08) e depois (28-08) da realização do tratamento D, indicam a presença de um número significativo de focos de podridão cinzenta e de dimensão também significativa. Temos assim, muitos cachos com focos de média a grande dimensão, geralmente cachos tochados onde se observa o extravasamento de mosto, a podridão vem do interior do cacho para fora, detectando-se a presença de traça da uva (L2 a L3). No entanto a traça apenas é responsável pela podridão de parte do cacho, frequentemente sem ligação com o foco do interior. Observam-se com frequência bagos rachados onde se instalaram podridões secundárias (Aspergillus, Penicillium, etc). Nos focos de maiores dimensões e no interior há um grupo de bagos mais atacados, esvaziados de conteúdo, com elevada incidência de esporulação de Botrytis na zona peduncular.

Acredita-se que a precipitação ocorrida dos dias 16 a 18 de Agosto, levou a um aumento do volume dos bagos (já por sí números, face a uma elevada taxa de vingamento), provocando um aumento da compressão dos bagos do interior e seu consequentemente rachamento. As temperaturas elevadas que se fizeram sentir imediatamente após as chuvas levou ao desenvolvimento das podridões secundárias no exterior, mas no interior do cacho iniciou-se o desenvolvimento da podridão cinzenta nos bagos rachados e desprendidos. A evolução desta podridão deu-se de forma lenta com as temperaturas elevadas que se seguiram, mas logo que houve uma diminuição da temperatura e, principalmente, um aumento da humidade relativa (neblinas matinais intensas e até orvalhadas) retomou o seu desenvolvimento (a partir de 23-08).

A avaliação à colheita teve lugar no início do 3º decêndio do mês de Setembro, coincidindo com a época de colheita da casta na Região e na exploração onde decorreu o ensaio. Para tal foram observados 100 cachos, 1 por videira, do interior da videira e dos mais desenvolvidos, nas linhas centrais de cada repetição. Foram avaliados os seguintes parâmetros: � Incidência de podridão cinzenta (% de cacho atacado) � Incidência de traça da uva ( % de cachos atacados) � Incidência de podridão cinzenta devido à traça da uva (% de cachos atacados) � Incidência de podridão acética (% de cachos atacados)

E registados em folha de registo, que a seguir se apresenta:

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47

AVALIAÇÃO À COLHEITA DA INTENSIDADE DE ATAQUE DE PODRIDÃO CINZENTA - 2006

Data: 26-09-

2006

Observador: Madalena e Dolores

Modalidade: T2 Linhas: 2 e 3

Observação nº % C.A. Traça da uva

(P/A) T&P (s/n) P A (s/n)

1 40 1 1 0 2 40 1 0 0 3 80 0 0 1 4 25 1 1 0 5 50 0 0 0 6 10 1 1 0 7 80 1 1 0 8 50 1 1 0 9 80 1 1 0

10 0 0 0 0 11 30 1 1 0 12 60 1 1 0 13 0 0 0 0 14 0 0 0 1 15 30 0 0 0 16 0 0 0 0 17 0 0 0 0 18 0 0 0 0 19 40 0 0 0 20 10 0 0 0 21 10 0 0 1 22 0 1 0 0 23 15 1 1 0 24 20 0 0 0 25 30 1 1 0

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48

Da implementação da metodologia de avaliação à colheita obtiveram-se os seguintes resultados:

AVALIAÇÃO À COLHEITA DA INTENSIDADE DE ATAQUE DE PODRIDÃO CINZENTA - 2006

Modalidade Modalidade

Podridão Cinzenta (%

média de c.a.)

Traça da uva (nº c.a.) T&P (nº c.a.) P A (nº c.a.)

M6R1 T1 47.2 10 5 16 T M6R2 T2 28 12 10 3

M1R1 ABC1 13.8 18 4 11 ABC M1R2 ABC2 7.8 11 9 4

M2R1 AC1 30.8 19 16 8 AC M2R2 AC2 12 16 10 9

M3R1 BC1 57.4 18 8 10 BC M3R2 BC2 27 15 13 4

M4R1 AB1 31 16 5 16 AB M4R2 AB2 7.4 10 7 2

M5R1 D1 31.6 13 8 3 D M5R2 D2 7.2 10 9 4

PODRIDÃO CINZENTA - 2006

0

10

20

30

40

50

60

70

T1

T2

AB

C1

AB

C2

AC

1

AC

2

BC

1

BC

2

AB

1

AB

2

D1

D2

modalidades

Podridão Cinzenta (% média de c.a.)

Traça da uva (nº c.a.)

T&P (nº c.a.)

P A (nº c.a.)

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49

Da análise dos dados obtidos à colheita resultaram algumas considerações,

Considerações: A repetição 2 (mais perto da EMA) apresenta valores mais baixos de podridão cinzenta e de podridão ácida, embora tendo valores mais elevados de cachos atacados por podridão devido à acção da traça da uva. A conjugação destes dois aspectos confirma que a traça da uva não foi a responsável pelos ataques de podridão cinzenta. A maior incidência de podridão na repetição 1 pode ser devida à maior humidade provocada pela proximidade de uma zona com dificuldades de drenagem e não descurando as condições climáticas que se fizeram sentir a partir da 2ª semana de Setembro. Observaram-se também muitos focos de podridão verde na repetição 1.

Estudo de um meio luta biotécnica–confusão sexual-no controlo da traça da uva Este estudo foi implementado em todas as castas presentes na Quinta da Estação Vitivinícola da Bairrada em Anadia. O Talhão da Mina (vinhas por trás do Hotel do Cabecinho) foi a parcela Testemunha, em que foi monitorizado o vôo de traça da uva e avaliada a evolução da praga ao longo de todo o ciclo vegetativo da videira por observação visual. Nos talhões da Avenida, do Poço, do Colégio, da Cooperativa e da Adega, contíguos aos edifícios da Estação Vitivinícola, foram distribuídos os difusores tipo “spaguetti” (7 de Abril), 500 difusores por ha com reforço das bordaduras, colocada uma armadilha sexual com 2 difusores de feromona e avaliada a evolução da praga ao longo de todo o ciclo vegetativo. À colheita foi avaliada a intensidade de ataque da traça e a incidência de podridão cinzenta por observação visual de 100 cachos nas duas castas mais representativas da Região presentes nos talhões, Fernão Pires e Baga, sendo a casta Arinto a escolhida na parcela testemunha. Na avaliação da intensidade de traça foram contabilizados ovos, perfurações e lagartas presentes e quantificada intensidade de colheita destruída pela podridão cinzenta e a influencia da traça da uva nessa mesma podridão.

AVALIAÇÃO À COLHEITA DA INTENSIDADE DE ATAQUE DE TRAÇA NA UVA ENSAIO DA CONFUSÃO SEXUAL - 2006

Observador: Madalena e Dolores

Casta Data de observação

ovos (% de c.a.)

perfurações (% de c.a.)

lagartas (% c.a.)

podridão (% ) T&P (% )

Baga 22-Set 5 2 0 2.02 0

Fernão Pires 21-Ago 5 1 0 0.09 0

Arinto 14-Set 3 6 0 0.14 0

Para cada uma das parcelas avaliadas foi elaborado um pequeno relatório que se anexa.

Nota de relatório - BAGA: Após a queda de precipitação ocorrida entre os dias 16 a 18 de Agosto começaram a observar-se bagos rachados, com extravasamento de mosto e a presença dos primeiros focos de podridão acética, em especial nas primeiras filas/videiras junto ao muro na parte superior e lateral da parcela. Foram também

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observados já muitos bagos perfurados por moscas, vespas e abelhas, estas últimas em grande número nos cachos.

Desde esssa data que o aumento de podridão acética se tem intensificado, quer pelo aumento do número de cachos e videiras atacadas, quer pelo aumento da área de cacho atacado, verificou-se um ligeiro abrandamento no início da 2ªsemana de Setembro após a semana de 4 a 8 de Setembro, em que se verificaram temperaturas muito elevadas. A partir dos meados da referida semana retomou o seu desenvolvimento embora não tão intensamente como no início. No que se refere à podridão cinzenta teve início após as chuvas de Agosto com focos de 1 a 3 bagos e teve um desenvolvimento moderado (exceptuando situações de videiras mal arejadas ou cachos sobrepostos), tendo evoluído de maneira significativa a partir dos meados de Setembro, altura a partir da qual se verificou uma diminuição da temperatura e aumento da nebulosidade matinal.

A 8 de Setembro teve lugar uma troca de impressões sobre a situação da traça da uva na parcela com a Engª Maria do Carmo e Engª Lília da empresa SAPEC, que tem um ensaio de um anti-botrytis na parcela. Dessa conversa resultou o consenso quanto à intensidade de podridão acética, no entanto não houve unanimidade quanto à sua causa.

As colegas da SAPEC alegaram a traça como causa, referindo que observaram um ataque intenso, incluso com presença de larvas em estadios de desenvolvimento já muito avançados, o que vinha em desacordo ao que se tinha verificado na parcela ao longo do ciclo vegetativo e, em particular nas semanas anteriores.

A 11 de Setembro foi efectuada uma nova avaliação da intensidade de ataque da traça da uva na parcela, tendo sido apenas detectados 2 cachos com presença de teias típicas da traça e um outro com uma larva L1 a L2 em 100 cachos.

Notas de relatório-ARINTO: Os ovos observados encontravam-se inviáveis, assim como as perfurações detectadas se encontravam vazias,sendo frequente observar-se apenas um pequeno orifício e a perfuração seca. Já no que respeita à podridão cinzenta foram observados, essencialmente, focos de 1 a 5 bagos atacados, sem esporulação e resultado de avançada naturação, na zona média e exterior do cacho.

Nota de relatório-FERNÃO PIRES: Foram observadas muitas vespas a alimentarem-se de bagos e outros já perfurados (alguns já secos) decorrentes da sua alimentação. Detectou-se ainda cachos escaldados e videiras com desfoliação muito intensa, onde predominavam cachos escaldados. Em alguns cachos foram detectados bagos com esporulações típicas de Balck-Rot, tendo-se também detectado sintomas em folhas (provávelmente resultado das chuvas ocorridas entre os dias 16 a 18 de Agosto). Os escassos focos de podridão observados eram essencialmente constituídos por 1 a 3 bagos e, na sua maior parte, resultado de uma maturação já avançada e bagos muito cheios (chuvas anteriores).

Implementação do estudo da Intensidade de Infecção Potencial de Olho de Pavão Dando cumprimento a um dos objectivos propostos por esta Direcção Regional na sua candidatura à medida 8.2 do Programa AGRO, foi implementada a metodologia proposta de avaliação de Índice Total de Infecção de olho de Pavão e comparada com a metodologia existente. O estudo incidiu em 2 olivais- Cerdeiras e Rabaçal, onde foram

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colhidas 100 e 200 folhas de cada vez, pretende-se avaliar qual o impacto da validade dos dados se a amostra for reduzida para 50%.

Cerdeiras Rabaçal 100 folhas 200 folhas 100 folhas 200 folhas 11-10-2006 59 % 63.5% 63.5 % 66% 30-10-2006 26 % 22,5% 23% 22% 06-11-2006 21 % 22.5% 18 % 21% 15-11-2006 20.5% 23% 19% 20.5

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ELABORAÇÃO E EXPEDIÇÃO DE LISTAS DE PRODUTOS FITOFARMACÊUTICOS HOMOLOGADOS POR CULTURA E POR INIMIGO. Face à nova legislação aplicada à homologação de produtos fitofarmacêuticos houve em 2005 um elevado número de substâncias activas e de autorizações de venda retiradas do mercado. De forma a informar melhor os utentes da Estação de Avisos da Bairrada foram elaboradas e expedidas listas para alguns inimigos das culturas cobertas pela referida Estação de Avisos.

Cultura Inimigos Observações Vinha Míldio

Oídio Podridão cinzenta Traça da uva Cochonilhas Escoriose Doenças do lenho

Apenas a escoriose e as Doenças do lenho foram incluídas no texto da Circular de Avisos.

Pomóideas Pedrado Bichado Cochonilha de S. José Formas hibernantes de insectos e ácaros Aranhiço vermelho Afídeos

O pedrado foi e anexo à Circular de Avisos, enquanto que para os restantes inimigos foram incluídas no texto.

Batateira Míldio Em anexo à circular de Avisos

Oliveira Traça da oliveira Mosca da azeitona Gafa Cercosporiose Olho de Pavão Cochonilha H Algodão

Todas incluídas no texto da circular de Avisos

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ORGANIZAÇÃO E TRATAMENTO DE DADOS METEOROLÓGICOS A Estação de Avisos da Bairrada possui 11 Postos Meteorológicos Clássicos e 5 Estações Meteorológicas Automáticas. Os dados registados, pelos leitores dos postos meteorológicos clássicos, em postais próprios são digitados em ficheiros criados para o efeito, que permitem a sua organização directa em meses, em ficheiros anuais por posto e o cálculo do somatório de temperaturas para diferentes valores de temperatura mínima de desenvolvimento por inimigo e por posto. Estes dados encontram-se na pasta Meteorologia Clássica – 2006.

AMOREIRA DA GÂNDARA - 2006

0.00

5.00

10.00

15.00

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Precipitação

temperatura máxima

temperatura mínima

temperatura média

Termómetro seco

Termómetro húmido

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BENCANTA - 2006

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

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30.00

35.00

Jane

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o

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ubro

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embr

o

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embr

o

mês

ºC

0.00

50.00

100.00

150.00

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250.00

300.00

mm

P recipitação

T ermómetro seco

T ermómetro húmido

temperatura máxima

temperatura mínima

temperatura média

LAGOA DE PODENTES - 2006

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

35.00

Jane

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erei

ro

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o

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ubro

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embr

o

Dez

embr

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mês

ºC

0.00

50.00

100.00

150.00

200.00

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mm

Precipitação

Termómetro seco

Termómetro húmido

temperatura máxima

temperatura mínima

temperatura média

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MIRANDA DO CORVO 2006

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

35.00

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Nov

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o

Dez

embr

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mês

ºC

0.00

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100.00

150.00

200.00

250.00

mm

P recipitação

T ermómetro seco

T ermómetro húmido

temperatura máxima

temperatura mínima

temperatura média

OLIVEIRINHA 2006

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

Jane

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erei

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embr

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ºC

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150.00

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Precipitação

Termómetro seco

Termómetro húmido

temperatura máxima

temperatura mínima

temperatura média

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PÓVOA DO LOUREIRO 2006

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

35.00

Jane

iro

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erei

ro

Mar

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ubro

Nov

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embr

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mês

ºC

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50.00

100.00

150.00

200.00

250.00

300.00

mm

P recipitação

T ermómetro seco

T ermómetro húmido

temperatura máxima

temperatura mínima

temperatura média

QUINTA DA AGUIEIRA 2006

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

35.00

40.00

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Mar

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Nov

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embr

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150.00

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mm

P recipitação

T ermómetro seco

T ermómetro húmido

temperatura máxima

temperatura mínima

temperatura média

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QUINTA DO CEDRO 2006

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

35.00

Jane

iro

Fev

erei

ro

Mar

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Abr

il

Mai

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Junh

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Julh

o

Ago

sto

Set

embr

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Out

ubro

Nov

embr

o

Dez

embr

o

mês

ºC

0.00

50.00

100.00

150.00

200.00

250.00

300.00

mm

P recipitação

T ermómetro seco

T ermómetro húmido

temperatura máxima

temperatura mínima

temperatura média

Salreu 2006

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

Jane

iro

Fev

erei

ro

Mar

ço

Abr

il

Mai

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Junh

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Julh

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Ago

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Set

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Out

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Nov

embr

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embr

o

mês

ºC

0.00

50.00

100.00

150.00

200.00

250.00

300.00

mm

P recipitação

T ermómetro seco

T ermómetro húmido

temperatura máxima

temperatura mínima

temperatura média

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TAMENGOS 2006

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

35.00

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Abr

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Out

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mês

ºC

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100.00

150.00

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250.00

300.00

mm

P recipitação

T ermómetro seco

T ermómetro húmido

temperatura máxima

temperatura mínima

temperatura média

VILARINHO DO BAIRRO 2006

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

35.00

Jane

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ro

Mar

ço

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Mai

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Julh

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mês

ºC

0.00

50.00

100.00

150.00

200.00

250.00

300.00

mm

Precipitação

Termómetro seco

Termómetro húmido

temperatura máxima

temperatura mínima

temperatura média

Os dados recebidos são principalmente utilizados na implementação de metodologias de previsão – míldio da videira e da batateira e pedrado das pomóideas. Para estas últimas

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são ainda tratados os dados provenientes das cintas dos termohigrógrafos e do termopluviohumectógrafo.

No que se refere às Estações Meteorológicas Automáticas e uma vez que a recolha é, regra geral automática, os dados são organizados em ficheiros mensais por Estação, sendo utilizados na implementação de metodologias de previsão. Em situação de anomalia foi feita a recolha manual dos dados e a sua consequente organização. No ano de 2006 foram organizados os dados de Setembro a Dezembro 2005 e de 2006 das Estações de Pedralvites, Poço do Lobo, Silvã e Cerdeiras. Para as restantes Estações – Canas, Foz de Arouce, Penalva do Castelo, Montemor e Soure foram organizados em ficheiros mensais, todos os dados horários e diários disponíveis no programa DeLogger desde o seu início de funcionamento. Todos os dados provenientes das Estações Meteorológicas Automáticas encontram-se na pasta Meteorologia da pasta AGRO 8.2-2ª candidatura.

PEDRALVITES 2006

0

50

100

150

200

250

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mês

mm

0

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20

30

40

ºC Humidade relativa máxima

Humidade relativa média

Humidade relativa mínima

Humidade da folha máxima

Humidade da folha média

Humidade de folha mínima

Precipitação

Temperatura máxima

Temperatura média

Temperatura mínima

Velocidade do vento máxima

Velocidade do vento média

Direcção média do vento

Como forma de minimizar um conjunto de anomalias de recolha e de envio de dados pelo programa DeLogger foi, periodicamente, reiniciado o computador onde se encontra esta aplicação e avaliado o seu funcionamento. Estas tarefas deram origem a várias comunicações orais e a 3 relatórios datados de 6 de Março, 19 de Maio e 31 de Agosto.

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RELATÓRIO DE SITUAÇÃO DE RECOLHA E ORGANIZAÇÃO

DE DADOS DAS ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS

AUTOMÁTICAS PELO COMPUTADOR CENTRAL – DeLogger

6 DE MARÇO DE 2006 No dia 6 de Março de 2006 e após detectadas algumas irregularidades na recolha de dados pelo computador central foi feita uma consulta aos dados existentes nos ficheiros diários, horários e de precipitação constantes na pasta utilizador-replay, da qual resulta a seguinte situação (vermelho- situações mais graves, laranja-medianamente graves, verde-menos graves, sem anomalias-preto): Estação Meteorológica Automática

Ficheiro Diário

Ficheiro Horário

Ficheiro Precipitação

Canas Último dado de 11/11/2005

Tem recolha anormal (não horária) de apenas 2 dias (7 e 8/3) do ano de 2014.

Tem recolha anormal (não de 15 em 15 minutos) e incompleta de apenas 2 dias (26 e 31/1 de 2006)

Cerdeiras De 1 a 3 de Março de 2006, com hora de recolha às 00:33.

De 1 a 6 de Março de 2006.

De 1 a 6 de Março de 2006.

Foz de Arouce Dados de 1 a 4 de Janeiro de 2006, com hora de recolha às 21:03.

De 1 a 5 de Janeiro de 2006, mas no dia 2 não houve recolha das 2 às 14, inclusivé.

De 1 a 5 de Janeiro de 2006, mas no dia 2 não houve recolha das 2 às 14, inclusivé.

Montemor De 31/12/2004 a 31/12/2005 - Não estão no arquivo. Janeiro de 2006 está no arquivo-DRABL. Do dia 2 a 22 de Fevereiro, com hora de recolha às 23:55

De 1/1/2005 a 31/12/2005 - Não estão no arquivo. Janeiro de 2006 está no arquivo-DRABL. Do dia 2 a 23 de Fevereiro, última hora de recolha às 8:56

Não se consegue abrir o ficheiro, dá erro e o DeLogger encerra.

Penalva do Castelo

De 01/01/2006 a 05/03/2006. Não transitaram para o arquivo-DRABL os meses de Janeiro e Fevereiro.

De 01/03/2006 a 06/03/2006. Os meses de Janeiro e Fevereiro transitaram para o arquivo-DRABL, mas estão num único ficheiro.

De 01/03/2006 a 06/03/2006. Os meses de Janeiro e Fevereiro transitaram para o arquivo-DRABL, mas estão num único ficheiro.

Pedralvites De 01/01/2006 a 05/03/2006. Não

De 01/03/2006 a 06/03/2006. Os

De 01/03/2006 a 06/03/2006. Os

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transitaram para o arquivo-DRABL os meses de Janeiro e Fevereiro.

meses de Janeiro e Fevereiro transitaram para o arquivo-DRABL, mas estão num único ficheiro.

meses de Janeiro e Fevereiro transitaram para o arquivo-DRABL, mas estão num único ficheiro.

Poço do Lobo De 01/01/2006 a 05/03/2006. Não transitaram para o arquivo-DRABL os meses de Janeiro e Fevereiro.

De 01/03/2006 a 06/03/2006. Os meses de Janeiro e Fevereiro transitaram para o arquivo-DRABL, mas estão num único ficheiro.

De 01/03/2006 a 06/03/2006. Os meses de Janeiro e Fevereiro transitaram para o arquivo-DRABL, mas estão num único ficheiro.

Silvã De 1 a 24/10/2005. De 1 a 25/10/2005. De 1 a 25/10/2005. Soure De 01/01/2006 a

2/03/2006. Não transitaram para o arquivo-DRABL os meses de Janeiro e Fevereiro.

De 01/03/2006 a 03/03/2006. Os meses de Janeiro e Fevereiro transitaram para o arquivo-DRABL, mas estão num único ficheiro.

De 01/03/2006 a 03/03/2006. Os meses de Janeiro e Fevereiro transitaram para o arquivo-DRABL, mas estão num único ficheiro.

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RELATÓRIO DE SITUAÇÃO DE RECOLHA DE DADOS DAS

ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS AUTOMÁTICAS PELO

COMPUTADOR CENTRAL – DeLogger

19 DE MAIO DE 2006 No dia 19 de Maio de 2006 após a recepção do mail da DGPC, que referia a situação de recolha das EMA’S afectas à Estação Central da Beira Litoral foi feita uma consulta aos dados existentes nos ficheiros diários, horários e de precipitação constantes na pasta utilizador-replay, da qual resulta a seguinte situação, referindo a data da última recolha e, em caso de irregularidades, alguma pesquisa quanto à sua resolução: Estação Meteorológica Automática

Situação Ficheiro Diário

Ficheiro Horário

Ficheiro Precipitação

Canas Consegue-se estabelecer ligação manualmente com a estação durante a janela de tempo. A EMA está a recolher dados mas não os transmite.

Último dado de 11/11/2005

Tem recolha anormal (não horária) de apenas 2 dias (7 e 8/3) do ano de 2014.

Tem recolha anormal (não de 15 em 15 minutos) e incompleta de apenas 2 dias (26 e 31/1 de 2006)

Cerdeiras Apenas irregularidade da hora de recolha diária.

Recolha normal, mas mantém como hora de recolha as 00:33 em vez das 23:59

Recolha normal

Recolha normal

Foz de Arouce Mantém a situação verificada a 6 de Março. Não se consegue estabelecer ligação manual.

Dados de 1 a 4 de Janeiro de 2006, com hora de recolha às 21:03.

De 1 a 5 de Janeiro de 2006, mas no dia 2 não houve recolha das 2 às 14, inclusivé.

De 1 a 5 de Janeiro de 2006, mas no dia 2 não houve recolha das 2 às 14, inclusivé.

Montemor Recolha normal

Recolha normal

Não se consegue abrir o ficheiro, dá erro e o DeLogger encerra.

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Penalva do Castelo

Recolha normal

Recolha normal

Recolha normal

Recolha normal

Pedralvites Recolha normal

Recolha normal

Recolha normal

Recolha normal

Poço do Lobo Recolha normal

Recolha normal

Recolha normal

Recolha normal

Silvã Mantém a situação verificada a 6 de Março. Não se consegue estabelecer ligação manual.

De 1 a 24/10/2005.

De 1 a 25/10/2005.

De 1 a 25/10/2005.

Soure Consegue-se estabelecer ligação manualmente com a estação durante a janela de tempo. A EMA está a recolher dados mas não os transmite.

De 01/01/2006 a 2/03/2006.

De 01/03/2006 a 03/03/2006.

De 01/03/2006 a 03/03/2006.

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RELATÓRIO DE SITUAÇÃO DE RECOLHA E ORGANIZAÇÃO

DE DADOS DAS ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS

AUTOMÁTICAS PELO COMPUTADOR CENTRAL – DeLogger

DE 21 a 31 de Agosto

Entre os dias 21 e 31 de Agosto foi feita uma consulta aos dados existentes nos ficheiros diários e horários constantes na pasta drabl-arquivo (desde Julho 2003 até 31 Julho 2006), com vista a organizar todos os dados diários e horários existentes até ao final do mês de Julho de 2006 na base de dados criada para o efeito no âmbito do Projecto 8.2 – 1ª e 2ª candidatura. NOTA: Foram organizados os dados diários e horários disponíveis (NÃO FORAM ORGANIZADOS OS DADOS DE PRECIPITAÇÃO) de todas as Estações Meteorológicas Automáticas ligadas à Estação Central desde o início de recolha –Julho de 2003- até 31 de Julho de 2006. Os dados organizados foram recolhidos dos ficheiros da pasta drabl-arquivo, utilizador-replay, ora de ficheiros criados na pasta utilizador-replay para recolhas manuais. Uma vez organizados estes últimos foram eliminados. Foram apenas analisadas a existência ou não de dados e não outro tipo de irregularidades (por ex. horas de recolha, consistência dos dados, etc). Para as Estações Meteorológicas Automáticas afectas à Estação de Avisos da Bairrada (Pedralvites, Poço do Lobo, Cerdeiras e Silvã) que já tinham sido alvo de organização de dados no âmbito da 1ª candidatura à Medida 8.2 do Programa AGRO apenas foram considerados os anos de 2005 e 2006. Da referida consulta, resulta as seguintes anotações/irregularidades:

Estação Meteorológica

Automática

Ficheiro Diário

Ficheiro Horário

OBSERVAÇÕES GERAIS

Canas (28-08-2006) 2003 � Julho – apenas do dia

4 ao dia 7. � Agosto – apenas de 28

a 31.

� Julho – apenas do dia 4 ao dia 7.

� Agosto – apenas de 28 a 31.

� Não existem dados de 7 de Julho a 28 de Agosto.

� Nos meses de Setembro a Dezembro não foram detectadas anomalias.

2004 � Os meses de Maio e Junho estão no mesmo ficheiro do arquivo.

� Não há ficheiro, nem dados dos meses de Setembro, Novembro e Dezembro.

� O mês de Outubro só tem dados do dia 1 ao dia 18.

� Os meses de Maio e Junho estão no mesmo ficheiro do arquivo.

� Não há ficheiro, nem dados dos meses de Setembro, Novembro e Dezembro.

� O mês de Outubro só tem dados do dia 1 ao dia 19.

� Existem os dados dos meses de Janeiro a Agosto.

� Não existem os dados dos meses de Setembro, Novembro, Dezembro e do último decêndio de Outubro (a partir do dia 18 (D) e 19 (H)).

2005 � Não existem os dados dos meses de Junho a Setembro e de Dezembro.

� Só há dados do mês de Outubro a partir do dia 13.

� Só há dados do mês de Novembro até ao dia 11 e estão no utilizador-replay.

� Não existem os dados dos meses de Junho a Setembro e de Dezembro.

� Só há dados do mês de Outubro a partir do dia 13.

� Só há dados do mês de Novembro até ao dia 11 e estão no utilizador-replay.

� Nos meses de Janeiro a Maio não foram detectadas anomalias.

� Não existem os dados dos meses de Junho a Setembro e de Dezembro.

� Faltam ainda a 1ª quinzena de Outubro (até dia 13) e da 2ª quinzena de Novembro (a partir do dia 11).

� Mostra que houve recolha de

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13 de Outubro a 11 de Novembro. Enquanto Outubro transitou para o arquivo, Novembro manteve-se no utilizador.

2006 � Não há dados de 1 a 25 e de 27 a 30 de Janeiro.

� Dados de 26 e 31 de Janeiro irregulares.

� Faltam os dias 1 a 5 de Fevereiro.

� Faltam dados de 28 de Março até 31 de Agosto.

� Não há dados de 1 a 25 e de 27 a 30 de Janeiro.

� Dados de 26 e 31 de Janeiro irregulares.

� Faltam os dias 1 a 5 de Fevereiro.

� Faltam dados de 19 de Maio até 31 de Agosto.

No utilizador-replay mantém-se os dados de Novembro de 2005, até ao dia 11. Foram efectuadas recolhas manuais até ao dia 18 de Maio, no entanto, a estação revelou algumas irregularidades de recolha e organização. Após este dia já não se conseguiu ligação manual. DIÀRIO - No mês de Janeiro apenas tinha os dados do dia 26 e 31 e com irregularidades de recolha. De seguida só aparecem dados de 6 de Fevereiro a 27 de Março. HORÁRIO – Mês de Janeiro com irregularidades iguais ao ficheiro diário. De seguida surgem os dados de 6 de Fevereiro a 18 de Maio.

Cerdeiras (24-08-2006)

2005 Recolha normal, mas mantém como hora de recolha as 00:33 em vez das 23:59

Ficheiro anual organizado.

Recolha normal, mas mantém como hora de recolha as 00:33 em vez das 23:59, irregularidade com início no dia 1 de Março.

2006 Os meses de Janeiro e Fevereiro estão no mesmo ficheiro no drabl-arquivo.

Os meses de Janeiro e Fevereiro estão no mesmo ficheiro no drabl-arquivo.

Recolha normal, mas mantém como hora de recolha as 00:33 em vez das 23:59, irregularidade com início no dia 1 de Março de 2005. O mês de Julho já se encontra no drabl-arquivo.

Foz de Arouce (28-08-2006)

2003 Dados de 3 de Julho a 31 de Dezembro e organizados nos respectivos ficheiros.

2004 � Os meses de Maio e Junho estão no mesmo ficheiro no drabl-arquivo.

� No mês de Julho só existem dados de 1 a 11.

� Os dados de Agosto tem início no dia 3.

� Não existem os meses de Setembro, Outubro e Novembro.

� Os meses de Maio e Junho estão no mesmo ficheiro no drabl-arquivo.

� No mês de Julho só existem dados de 1 a 12 às 8:59.

� Os dados de Agosto tem início no dia 3.

� Não existem os meses de Setembro, Outubro e Novembro.

� Não foram detectadas anomalias de Janeiro a Abril, nem em Dezembro.

� Maio e Junho no mesmo ficheiro no arquivo.

� Julho incompleto. � Agosto de 3 a 31. � Não há dados de Setembro a

Novembro, inclusivé.

2005 Não foram detectadas anomalias os ficheiros diário e horário estão, aparentemente, completos

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2006 Os dados encontram-se no replay-utilizador, não há nenhum ficheiro em arquivo. Dados de 1 a 4 de Janeiro de 2006, com hora de recolha às 21:03.

Os dados encontram-se no replay-utilizador, não há nenhum ficheiro em arquivo. De 1 a 5 de Janeiro de 2006, mas no dia 2 não houve recolha das 2 às 14, inclusivé.

� Não há dados de 5 de Janeiro até a data deste relatório.

� De 1 a 5 de Janeiro de 2006, mas no dia 2 não houve recolha das 2 às 14, inclusivé.

Montemor (30-08-2006)

2003 Dados de 3 de Julho a 31 de Dezembro e organizados nos respectivos ficheiros.

2004 � Os meses de Maio e Junho estão no mesmo ficheiro no drabl-arquivo.

� Não existem os meses de Setembro, Outubro e Novembro.

� Os meses de Maio e Junho estão no mesmo ficheiro no drabl-arquivo.

� Não existem os meses de Setembro, Outubro e Novembro.

� Não foram detectadas anomalias de Janeiro a Abril, nem em Dezembro.

� Maio e Junho no mesmo ficheiro no arquivo.

� Não há dados de Setembro a Novembro, inclusivé.

2005 � No ficheiro correspondente a Janeiro encontram-se os dados de Janeiro, em duplicado, e o mês de Fevereiro.

� Existe o ficheiro só com os dados de Fevereiro.

� No ficheiro correspondente a Maio encontram-se os dados de Maio, em duplicado, e o mês de Junho.

� Existe o ficheiro só com os dados de Junho.

� Os meses de Julho e Agosto estão no mesmo ficheiro.

� Os meses de Outubro e Novembro estão no mesmo ficheiro.

� No ficheiro correspondente a Janeiro encontram-se os dados de Janeiro, em duplicado, e o mês de Fevereiro.

� Existe o ficheiro só com os dados de Fevereiro.

� No ficheiro correspondente a Março encontram-se os dados de Março e o mês de Abril.

� Existe o ficheiro de Abril com os dados a partir do dia 24.

� No ficheiro correspondente a Maio encontram-se os dados de Maio, em duplicado, e o mês de Junho.

� Existe o ficheiro só com os dados de Junho.

� Os meses de Julho e Agosto estão no mesmo ficheiro.

� Os meses de Outubro e Novembro estão no mesmo ficheiro.

� Ficheiro de Janeiro e de Maio, com os dados de Fevereiro e de Junho incluídos, respectivamente, e com o mês correspondente ao ficheiro em duplicado. Existindo os ficheiros individuais de Fevereiro e de Junho.

� O ficheiro de Agosto e o de Outubro, com os dados dos mês seguinte incluído.

2006 Os dados de Julho encontram-se no replay-utilizador juntamente com os de Agosto.

� De Janeiro a Junho organizado no arquivo.

� No ficheiro horário Julho transitou para o arquivo,

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Não há ficheiro de Julho no arquivo.

enquanto que o mensal não transitou.

Penalva do Castelo (28 e 30-08-2006)

2003 � Julho com dados não consecutivos nem em hora, nem em dias de 7 a 31.

� Agosto só com o dia 1.

� Setembro com dados de 25 a 30.

� Julho com dados não consecutivos nem em hora, nem em dias de 7 a 31.

� Agosto só com o dia 1.

Setembro com dados de 25 a 30.

� Recolha de dados de forma irregular de 7 a 31 de Julho.

� Não recolha de Agosto a partir de dia 1 e até 25 de Setembro.

� Recolha e organização normal de Outubro a Dezembro.

2004 � Mês de Junho com dados de 1 a 7.

� Mês de Julho tem dia 9, retomando de 19 a 31.

� Mês de Setembro e até 10 de Outubro, não constam no arquivo, nem no replay.

� Meses de Setembro a Dezembro não constam no replay.

� Mês de Maio desconfigurado.

� Mês de Junho com dados de 1 a 8.

� Mês de Julho tem dia 9, retomando de 19 a 31.

� Mês de Setembro e até 10 de Outubro, não constam no arquivo, nem no replay.

� Meses de Setembro a Dezembro não constam no replay.

� Recolha irregular nos meses de Junho, Julho, Setembro e Outubro.

� Meses de Setembro a Dezembro não constam no replay.

2005 � Não há ficheiros no arquivo de Janeiro a Setembro.

� Não há ficheiros no arquivo de Janeiro a Setembro.

� Não há ficheiros no arquivo de Janeiro a Setembro.

2006 � Os dados de Julho encontram-se ainda no replay-utilizador.

� Os meses de Janeiro e Fevereiro estão no mesmo ficheiro de arquivo.

� Os dados de Julho já se encontra no replay-utilizador.

� Nos dados horários meses de Janeiro e Fevereiro juntos no mesmo ficheiro.

� O mês de Julho horário já transitou para o arquivo, mas o diário ainda não.

Pedralvites (21-08-2006)

2005 Recolha e organização sem anomalias detectadas

2006 � Os dados de Julho encontram-se ainda no replay-utilizador.

� Os meses de Janeiro e Fevereiro estão no mesmo ficheiro de arquivo.

� Os dados de Julho já se encontra no replay-utilizador.

� Nos dados horários meses de Janeiro e Fevereiro juntos no mesmo ficheiro.

� O mês de Julho horário já transitou para o arquivo, mas o diário ainda não.

Poço do Lobo (22-08-2006)

2005 Recolha e organização sem anomalias detectadas.

2006 � Os dados de Julho encontram-se ainda no replay-utilizador.

� Os meses de Janeiro e Fevereiro estão no mesmo ficheiro de arquivo.

� Os dados de Julho já se encontra no

� Nos dados horários meses de Janeiro e Fevereiro juntos no mesmo ficheiro.

� O mês de Julho horário já transitou para o arquivo, mas o diário ainda não.

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replay-utilizador. Silvã (28-08-2006)

2005 � Não há no arquivo os meses de Outubro a Dezembro.

� Existem dados até 24 de Outubro e no replay.

� Não há no arquivo os meses de Outubro a Dezembro.

� Existem dados até 24 de Outubro e no replay.

Recolha e organização sem anomalias detectadas até ao mês de Setembro.

2006 � Não há dados. Painel solar partido.

Soure (30 e 31-08-2006)

2003 � Mês de Outubro passou a horário e só tem os dados do dia 1 ao dia 10.

� Os meses de Outubro, Novembro e Dezembro não estão no arquivo.

� Os meses de Outubro, Novembro e Dezembro não estão no arquivo.

� Mês de Outubro diário com dados horários e incompleto.

� Não há ficheiros de Outubro, Novembro e Dezembro.

2004 � Não há ficheiros dos meses de Janeiro e de Julho a Novembro, inclusivé.

� Mês de Fevereiro com dados só a partir de 17.

� Ficheiro de Maio com os dados de Maio e Junho.

� Não há ficheiros dos meses de Janeiro e de Julho a Novembro, inclusivé.

� Mês de Fevereiro com dados só a partir de 17.

� Ficheiro de Maio com os dados de Maio e Junho.

� Faltam os ficheiros dos meses de Janeiro e de Julho a Novembro, inclusivé.

� Mês de Fevereiro com dados só a partir de 17.

� Ficheiro de Maio com os dados de Maio e Junho.

2005 � Março e Abril juntos no ficheiro de Março.

� Abril com dados apenas até ao dia 5.

� Não existe o ficheiro de Maio.

� De 5 de Abril a 5 de Junho não há dados.

� Março e Abril juntos no ficheiro de Março.

� Abril com dados apenas até ao dia 5.

� Não existe o ficheiro de Maio.

� De 5 de Abril a 5 de Junho não há dados

� Ficheiro de Março com 2 meses (Abril incompleto)

� Não houve recolha nem organização de 5 de Abril a 5 de Junho.

2006 � No mês de Março só tem os dias 1 e 2.

� Não há o mês de Abril.

� O mês de Maio com dados de 19 a 31.

� Junho ainda no replay e com dados até dia 29.

� Não há dados do mês de Julho no replay.

� No mês de Março só tem os dias 1 e 2.

� Os dados do mês de Maio (de 19 a 31) estão no ficheiro de Abril.

� Junho ainda no replay e com dados até dia 29.

� Não há dados do mês de Julho no replay..

� De Março a Junho, todos os meses incompletos.

Durante todo o ano foram enviados mensalmente, após organização, para a Divisão de Programação, Recolha e Tratamento de Dados, da Direcção de Serviços de Planeamento

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e Política Agro-Alimentar da Direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral, os dados meteorológicos dos postos de Bencanta, Salreu, Penalva do Castelo e Pedralvites.

Este serviço é também solicitado por entidades externas que pretendem dados meteorológicos, nomeadamente para apoiar alguns trabalhos de experimentação. Os dados são fornecidos após a confirmação da sua liquidação nos serviços administrativos ou, no caso de trabalhos de fim de curso, na presença de documento comprovativo da Instituição de Ensino a que pertencem, após a devida autorização do Sr. Director Regional de Agricultura da Beira Litoral.

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ACTUALIZAÇÃO DA BASE DE DADOS DE UTENTES INSCRITOS NA ESTAÇÃO DE AVISOS DA BAIRRADA. Após a emissão da Circular de Avisos nº1 de 26 de Janeiro de 2006, em que foi enviada a ficha de inscrição para o corrente ano, teve início a actualização da base de utentes pagantes inscritos neste serviço. A actualização da base de dados consistiu na introdução de novos utentes – nome, morada, telefone, telemóvel, NIF, nº de cliente, ano de inscrição, envio SMS, data e nº da Venda a dinheiro, culturas e data de introdução – e na actualização dos dados existentes e introdução de novos dados para os utentes já constantes no ficheiro. Ao todo a Estação de Avisos da Bairrada teve um total de 1135 utentes inscritos no ano de 2006.

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EXPEDIÇÃO DE CIRCULARES DE AVISOS A expedição de uma Circular de Avisos compreende tarefas que vão desde a preparação dos envelopes para envio por via postal, a elaboração, duplicação, dobragem e envelopagem manual da Circular, a sua colocação na Estação de Correios local, o seu envio via correio electrónico para os utentes com endereço electrónico e serviços oficiais e colocação no website do SNAA. Em situações pontuais quando é necessário um alerta urgente é emitido um SMS, que após elaborado é enviado para a Divisão de Informática desta DRA que procede ao seu envio aos utentes que usufruem deste serviço.

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EMISSÃO DE PARECERES Durante o ano de 2006 a Estação de Avisos da Bairrada foi solicitada para emitir pareceres de conformidade de Programas de Produção Integrada das culturas da vinha, do olival e de actinídea, segundo os critérios estabelecidos pela Direcção Geral da Protecção das Culturas no documento “Normas Internas para avaliação dos Programas de Protecção e Produção Integradas”. Assim sendo foram analisados os seguintes Programas de Produção Integrada:

Entidade Cultura Associação de Agricultores de Trás-os-Montes - AATM

Vinha

Associação de Produtores Agrícolas da Sobrena - APAS

Vinha

Associação Portuguesa de Kiwicultores - APK

Actinídea

Associação para a Valorização Agrícola em Produção Integrada - AVAPI

Olival

Associação para a Valorização Agrícola em Produção Integrada - AVAPI

Vinha

Associação de Produção Integrada do Dão - APIDÃO

Vinha

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ACÇÕES DE PARCERIA COM ENTIDADES PÚBLICAS – CONCURSO DAS MELHORES VINHAS DA BAIRRADA À semelhança do ano anterior a Divisão de Protecção das Culturas da DRABL foi solicitada para participar na componente fitossanitária – elaboração dos critérios de pontuação e realização da avaliação fitossanitária na 2ª e 3ª visitas do 3º Concurso das Melhores Vinhas da Bairrada, sendo os técnicos da Estação de Avisos da Bairrada requisitados para colaborar nessas tarefas.

Data Tarefa executada 10 de Janeiro Reunião do júri - critérios 17 de Janeiro Reunião do júri - critérios 24 de Janeiro Reunião do júri - critérios 26, 27 e 28 de Julho 2ª visita-avaliação fitossanitária 31 de Agosto, 12 e 13 de Setembro 3ª visita-avaliação fitossanitária As pontuações dadas por inimigo em cada vinha-concorrente foram referidas no momento de cada uma das visitas ao representante da Comissão Vitivinícola e a seguir digitadas e enviadas.

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ACÇÕES DE PARCERIA COM ENTIDADES PRIVADAS – ASSOCIAÇÃO DE PROTECÇÃO E PRODUÇÃO INTEGRADA DA VINHA DA BAIRRADA – APIBAIRRADA Dando cumprimento ao protocolo existente entre a DRABL e a APIBAIRRADA, esta entregou nesta Estação de Avisos os dados biológicos e fenológicos dos seus postos de observação biológica. A Estação de Avisos contribui com a cedência de utilização de alguns equipamentos e de apoio técnico. De referir que esta parceria tem possibilitado abarcar melhor as particularidades da Região, permitindo melhorar o acompanhamento fitossanitário e apoio técnico aos inimigos da cultura da vinha na Bairrada.

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PARTICIPAÇÃO EM ACÇÕES DE DIVULGAÇÃO A equipa técnica da Estação de Avisos da Bairrada foi convidada a participar nas seguintes acções de divulgação:

Data Designação da Acção Tema apresentado 23 de Fevereiro 2º Encontro Fitossanitário

da Estação de Avisos de Leiria –promovida pela EALeiria

Traça da uva – Estratégia de protecção.

26 de Maio Acção solicitada pelo Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro

Funcionamento de uma Estação de Avisos Agrícolas

30 de Maio Acção de Divulgação – Pragas e Doenças da Vinha- promovida pelo AZAPBS

Pragas e Doenças da Vinha

22 de Junho Principais inimigos da Vinha – promovida pela Adega Cooperativa de Cantanhede

Míldio, Podridão Cinzenta, Traça da Uva e Cochonilhas – Do reconhecimento ao controlo.

21 de Julho Jornadas Técnicas de Agricultura – promovida pelo AZAPBS

Principais inimigos da Vinha

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FREQUÊNCIA DE ACÇÕES DE DIVULGAÇÃO Os técnicos da Estação de Avisos da Bairrada estiveram presentes nas seguintes acções: Data Designação da Acção 2 de Março Encontro Fitossanitário sobre Escoriose e Cochonilhas

da vinha –promovido pela APIBAIRRADA 20 de Abril 1º Encontro de estimativa do Risco – promovido pela

APH e IP de Castelo Branco 8 de Junho Jornadas de Horticultura – promovida pela DRABL 27 de Setembro Acção de esclarecimento do Dec.-Lei nº 173/2005 –

promovida pela DRABL.

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FREQUÊNCIA DE ACÇÕES DE FORMAÇÃO Os técnicos da Estação de Avisos da Bairrada frequentaram as seguintes acções: Data Designação da Acção 5-9 de Setembro 100º Curso Intensivo de Vinificação –promovido pela

DRABL 16 a 20 e 24 a 25 de Outubro

Produção Integrada do Olival – promovido pela IDRH

20 a 30 de Outubro Produção Integrada de Hortícolas- Família das Fabáceas – promovido pela CNA

7 a 20 de Novembro Produção Integrada de Hortícolas- Família das Solanáceas – promovido pela CNA

4 a 13 de Dezembro Produção Integrada de Hortícolas- Família das Brassicáceas – promovido pela CNA

As acções de culturas hortícolas foram frequentadas pela Engª Madalena Neves, a do olival pela Engª Técnica Dolores Ribeiro Dias e o 100º Curso Intensivo de Vinificação foi frequentado por ambas.

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APOIO TÉCNICO A AGRICULTORES Durante o ano de 2006, e à semelhança de anos anteriores, a Estação de Avisos da Bairrada recebe um elevado número de solicitações de apoio técnico nas mais variadas culturas, embora seja na vinha, no olival, nas macieiras e na batata que recai o maior número. A resposta é dada em gabinete e/ou na parcela do agricultor, quando necessário. Sempre que persista dúvida quanto à causa que deu origem à solicitação do agricultor é contactado e/ou procede-se ao encaminhamento do agricultor para o serviço da DRABL ou outro mais conveniente (DGPC, por ex.) O maior número de solicitações vem por telefone o que dificulta a sua contabilização, agravada por surgirem durante a fase de desenvolvimento activo das culturas, época de pico de actividade deste Serviço, pelo que qualquer número será uma mera aproximação do valor real. Cultura Nº de solicitações Actinídea 5 Batata 15 Citrinos 25 Hortícolas 10 Olival 30 Pomóideas 25 Prunóideas 10 Vinha 250 Ornamentais 5