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A Revista que se Responsabiliza Doutrinariamente pelos Textos Publicados ATENDIMENTO ESPIRITUAL NO CENTRO ESPÍRITA O OBJETIVO DA VIDA PARÁBOLA ACERCA DA PREVIDÊNCIA Abr/Mai/Jun/2012 | edição 113 | ano X | www.nossolarcampinas.org.br SANTOS DUMONT E A PROFECIA

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A Revista que

se Responsabiliza Doutrinariamente

pelos Textos Publicados

ATENDIMENTO ESPIRITUAL NO CENTRO ESPÍRITA

O OBJETIVO DA VIDA

PARÁBOLA ACERCA DA PREVIDÊNCIA

Abr/Mai/Jun/2012 | edição 113 | ano X | www.nossolarcampinas.org.br

SANTOS DUMONT E A PROFECIA

CHICO XAVIER04. Dificuldades

EXPERIÊNCIA05. A Migalha

DIÁLOGO06. Diálogo com Divaldo Franco

ORIENTAÇÕES08. Atendimento Espiritual no Centro Espírita

CONDUTA10. Alucinógenos, Toxicomania e Loucura

OBSESSÃO13. Em Oração a Deus

CAPA14. Santos Dumont e a Profecia EDUCAÇÃO21. Pão e Luz PARÁBOLA21. Parábola acerca da Providência ORIENTAÇÃO22. O Objetivo da Vida EVOLUÇÃO24. Ação da Lei nos Desvios de Rumos

COM TODAS AS LETRAS26. Letra Intrusa Desvirtua Locuções

MENSAGEM27. Purifiquemo-nos

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sumárioexpediente

Editor Emanuel Cristiano

Jornalista Responsável Renata Levantesi (Mtb 28.765)

Design Gráfico Rodrigo Diniz

Revisão Zilda Nascimento

Administração e Comércio Elizabeth Cristina S. Silva

Apoio Cultural Braga Produtos Adesivos

Impressão Citygráfica

FALE [email protected] (19) 3233-5596

ASSINATURASAssinatura anual: R$50,00(Exterior: US$55,00)

Centro de Estudos Espíritas “Nosso Lar”Rua Dr. Luís Silvério, 120

13042-010 Vila Marieta

Campinas – São Paulo – Brasil

CNPJ: 01.990.042/0001-80

I.E.: 244.933.991.112

FALE CONOSCO ON-LINECADASTRE-SE NO MSN

E ADICIONE O NOSSO ENDEREÇO:

[email protected]

O Centro de Estudos Espíritas “Nosso

Lar” responsabiliza-se doutrinariamente

pelos artigos publicados nesta revista.

Nas infantilidades e irreflexões costumeiras, os crentes recor-dam apenas a luminosa auréola

dos espíritos santificados na Terra.Supõem muitos encontrá-los, facilmen-

te, além do túmulo, a fim de receber-lhes preciosas lembranças.

Não aguardam senão o céu, através de repouso brilhante na imensidade cósmica...

Quantos se lembrarão de Paulo tão-so-mente na glorificação? Entretanto, nesta observação aos colossenses, o grande após-tolo exorta os amigos a lhe rememorarem as prisões, como a dizer que os discípulos não devem cristalizar o pensamento na an-tevisão de facilidades celestes e, sim, refle-tir, seriamente, no trabalho justo pela posse

do reino divino.A conquista da espiritualidade sublimada

tem igualmente os seus caminhos. É indis-pensável percorrê-los.

Antes de fixarmos a coroa resplandecente dos apóstolos fiéis, meditemos nos espinhos que lhes feriram a fronte.

Paulo conseguiu atingir as culminâncias, entretanto, quantos golpes de açoite, pedra-das e ironias suportou, adaptando-se aos en-sinamentos do Cristo, em escalando a mon-tanha!...

— Não mires, apenas, a superioridade ma-nifesta daqueles a quem consagras admira-ção e respeito. Não te esqueças de imitá-los afeiçoando-te aos serviços sacrificiais a que se devotaram para alcançar os divinos fins..

Fonte: XAVIER, Francisco Cândido. Pão Nosso. Págs. 95 – 96. Feb. 2011.

editorial

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chico xavier

Diante da perturbação, Chico aconselha uma vez mais a oração. Não fala em revide,

em esclarecimento. Não menciona de-fesa ou enumera argumentos. Sempre e sempre a oração.

“Relativamente aos livros, todas as tuas ponderações vieram ao encontro das que venho guardando comigo em silêncio. De pleno acordo com os teus pontos de vista, venho estudando, estudando... a situa-ção. Creio que encontraremos uma saída em oportunidade propícia, para o que te peço esperarmos um pouco mais de tem-po, sim? Não deixes de ajudar-me com a tua tolerância. Minha posição não é fácil. Enquanto as provas se verificam na vida associativa, a solução de certos problemas não exige muita meditação, mas quando alcançam o campo familiar os aspectos se modificam. Sei que o Alto nos auxiliará e confiarei na Divina Intervenção.”

Muitas vezes os problemas enfrenta-dos por Chico alcançam-lhe o campo familiar. Não ficamos sabendo, através do texto, do tipo de problema que ele defrontava àquela hora. Entretanto, a citação leva-nos a refletir sobre os incon-

táveis sacrifícios pessoais do médium e o esforço que ele sempre dispensou para que os familiares fossem poupa-dos, tanto quanto possível. Podemos aquilatar-lhe, mesmo que superficial-mente, a renúncia silenciosa e constan-te para dar cumprimento integral à sua missão. Renúncia que ele exerce sem queixas e lamentos. Com a felicidade interior daquele que sabe cumprir o seu dever maior.

“O plágio de que me falas é grave e esquisito. Que coisa séria. Já revirei o Ca-tálogo da Livraria da Federação, tentan-do descobrir que livro é esse que resume o trabalho de Delanne. Nada identifiquei. Sei que o problema deve ser grave e assim deixá-lo-ei para quando conversarmos pessoalmente, de boca para o ouvido neste mundo ou “no outro”. (...)

Chico prudentemente nada comen-ta, preferindo até mesmo deixar o as-sunto para ser tratado pessoalmente, neste mundo ou no outro..

DIFICULDADES

24-11-1946

“(...) O Ismael não apareceu (...) Tornei a reler o trabalho saído naquele jornal que me

mandaste e, sinceramente, quanto mais o releio, mais me capacito de que o nosso com-

panheiro está fundamente per-turbado. Estamos diante de um

caso de oração.”

Fonte: SCHUBERT, Suely Caldas. Testemunhos de

Chico Xavier. Págs. 116 – 117. Feb. 1986.

POR Suely Caldas Schubert

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A MIGALHAexperiência

Fonte: VILELA, Jane Martins. O Gigante Deitado. O Clarim. 2011

Em Tupaciguara, há muitos anos, na dé-cada de 60, Jerônimo

lá estava em campanha pela construção do Centro Es-pírita “Seareiros de Jesus”. Na casa do senhor Orlando da Silva os microfones da rádio rural rogavam auxílio dos irmãos daquela cidade, com madeira e materiais de construção. A comunidade era informada do endereço do senhor Orlando, onde Jerônimo estava.

Cerca de 18 horas, uma senhora velhinha, de 76 anos, apoiando-se no seu bastão, perguntou se ali

se encontrava o moço que havia falado na rádio sobre

a construção do centro. Con-duzida até Jerônimo, ela lhe fa-

lou num tom de profunda bondade: — Olha, meu filho, você, com todas essas di-ficuldades trabalhando ativamente para cons-truir um Centro Espírita, tocou muito forte

POR Jane Martins Vilela

o coração desta velha que já se des-pede da terra. Q ue vergonha para nós, que somos perfeitos e nada faze-mos. Moro distante, meu filho, não possuo quase nada. Mas não podia deixar de oferecer-lhe meu auxílio. Trouxe-lhe meia dúzia de ovos para o senhor tomar como gemada e ficar mais forte. O senhor precisa continuar falando e iluminando as almas com as verdades de nossa doutrina querida. É pouco o que lhe ofereço, mas de todo o coração.

Todos os que assistiram a cena ficaram com lágrimas nos olhos de emoção.

Recorda-se aqui de quando Jesus estava no templo, próximo ao gazo-filácio, e uma pobre viúva ali deposi-tou cinco moedas, tudo o que tinha para seu sustento, a maior dádiva.

Ninguém é tão pobre que não possa dar um sorriso ou uma pa-lavra amiga a quem sofre, quando não pode ajudar materialmente. De fato, só não se ajuda quando não se quer..

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2.12 - Casas Espíritas e Ciên-cia Espírita

P ergunta: — Como as Casas Espíritas podem colaborar

para o desenvolvimento da Ciência Espírita? O conhe-cimento científico é prerro-gativa apenas dos cientis-tas?

DIVALDO: — Não, e nin-guém sabe se é cientista até quan-do começa a fazer investigações. Não podemos dar preferência a um dos aspectos da Doutrina em detrimento dos outros. Por exem-plo, em nossa Casa, — eu narro a nossa experiência — durante muitos anos não nos dedicamos à investigação científica, porque não tínhamos pessoas capazes para realizá-la. Como temos mais fa-cilidade para a vivência religiosa, a aplicação moral dos princípios espíritas, a vivência filosófica, em-bora não sejamos filósofos — não freqüentamos nenhuma academia, mas a filosofia espírita não é tão complexa que um leigo não possa dela aperceber-se e penetrar-lhe no conteúdo — mais nos dedicamos a esses ângulos.

Aguardamos por muitos anos, até que apareceu em nossa Casa um grupo de jovens estudiosos e cultos: um deles é formado em

DIÁLOGO COM

DIVALDO

diálogo

eletrônica, outro é bioquímico, outro mais é biólogo, dois são psi-cólogos. Participaram da nossa Mocidade Espírita, tiveram forma-ção espírita e se interessaram pela investigação. Conversando sobre a Ciência Espírita, sugeri-lhes:

“— Por que vocês não fundam um Instituto de Pesquísas Psíqui-cas aqui, na Mansão do Caminho? Arranjaremos um espaço, que os temos suficientes, e vocês vão re-alizar investigações. Partam do simples para o complexo, busquem o apoio do nosso Dr. Hernani Guimarães Andrade, que reputa-

mos, na América do Sul, a melhor autoridade nesse assunto. Com sua larga experiência, ele tem sido modelo para cientistas internacio-nais. É citado em inúmeras obras de parapsicologja, psicotrônica, psicobiofísica, como investigador sério e honesto. Ademais, nosso amigo-irmão é espírita convicto e homem eminentemente modesto, humilde, bom, evangelicamente bom!”

Sugeri, também, que recorres-sem à ajuda do engenheiro Ney Prietro Perez, que também está envolvido nessa área. Esses jovens,

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que são os nossos continuadores, estão interessados, pesquisando na área da transcomunicação, mon-tando aparelhos, etc. Assim foi fundado o nosso Instituto de Pes-quisas Psíquicas, em Salvador.

As Casas Espíritas que puderem reunir aqueles que têm condições para fazerem experimentos, por que não ensejar-lhes oportunida-de? Mas também podemos fazer experimentos científicos na área da mediunidade, em nossas sessões habituais. No dia em que a Ciên-cia provar que estamos errados em um ponto, abandonemos este pon-to e sigamos a Ciência — disse o Codificador!

O Espiritismo não disse a pri-meira palavra nem dirá a última — igualmente afirmou — deve ter o campo aberto aos novos ex-perimentos. Daí, a Casa Espírita deve, quanto possível praticar a Doutrina nos seus três aspectos. Quem não tiver condições, prati-ca naquele que lhe parecer o mais acessível, o que não quer dizer que seja o preponderante, o melhor, o

único. Nem pela atitude de al-guns amigos que laboram na área científica e que nos subestimam, tentando levar-nos ao ridículo, tampouco nos deteremos na área religiosa, procurando criticar os que são mais doutos do que nós, que têm experiências nesse campo e são os nossos pilares de apoio, porque, sem a confirmação da Ci-ência, as nossas bases ruem. Caso a Ciência não confirmasse a legi-timidade dos fenômenos, como aconteceu até aqui, estaríamos an-dando sobre areia movediça. Não é confortador que Morris Nether-ton, Edith Fiori, Gina Cerminara e outros psicólogos, através da re-gressão a vidas passadas, consta-taram a reencarnação? Eles, que eram céticos, encontraram uma das bases da Doutrina Espírita. Aí está a confirmação científica de um postulado filosófico que desfrutamos. Daí, se for possível, a Casa Espírita deve reservar uma área, um espaço, alguns momentos para análises, tudo quanto enseje observação, crítica, cálculo estatís-

tico, e estaremos realizando ciên-cia experimental..

Fonte:FRANCO, Divaldo. Diálogo com Trabalhadores e Dirigentes Espíritas. U.S.E. 2001.

diálogo

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ATENDIMENTO ESPIRITUAL NO CENTRO ESPÍRITA

orientações

1. FUNDAMENTAÇÃO“Vinde a mim todos vós que estais aflitos e sobrecarregados,que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meujugo e aprendei comigo que sou brando e humilde decoração e achareis repouso para vossas almas, pois ésuave o meu jugo e leve o meu fardo.”Jesus (Mateus, 11:28 a 30; O Evangelho segundo oEspiritismo, cap. VI, it. 1)

2. CONCEITOÉ o conjunto de atividades que visa a atender, adequadamente, as pessoas que buscam e freqüentam o Centro Espírita, visando a obter esclarecimen-to, orientação, ajuda e assistência espiritual e moral.

3. FINALIDADEAcolher as pessoas, por meio de ações fraternas e continuadas, de con-formidade com os princípios do Evangelho à luz da Doutrina Espírita, oferecendo aos que freqüentam o Centro Espírita – em especial aos que o procuram pela primeira vez – o apoio, o esclarecimento, a consolação e o amparo de que necessitam para vencer as suas dificuldades.

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orientações

4. PARTICIPANTESa) Atendentes: Trabalhadores do Centro Espírita, devidamente capa-citados para a tarefa.b) Atendidos: Os que buscam o atendimento:• pela primeira vez;• como freqüentador habitual;• como trabalhador do próprio nú-cleo, em estado de necessidade.

5. DESENVOLVIMENTOO trabalho desenvolvido pelo Aten-dimento Espiritual no Centro Espí-rita abrange as seguintes atividades:a) – Atividade de “Recepção”;b) – Atividade de “Atendimento fra-terno pelo diálogo”;c) – Atividade de “Explanação do Evangelho à luz da Doutrina Espí-rita”;d) – Atividade de “Atendimento pelo Passe”;e) – Atividade de “Irradiação”;f ) – Atividade de “Evangelho no Lar”; eg) – Atividade de “Implantação do Evangelho no Lar”.

ATENDIMENTO ESPIRITUAL NO CENTRO ESPÍRITA

A – ATIVIDADE DE “RECEP-ÇÃO”

1. CONCEITOConsiste em receber os que chegam ao Centro Espírita, de forma frater-na e solidária, conforme orienta o Evangelho à luz da Doutrina Espí-rita.

2. FINALIDADEAcolher fraternalmente os que pro-curam o Centro Espírita, principal-mente os que chegam pela primeira vez, esclarecendo, orientando e in-formando sobre as atividades, reu-niões e cursos realizados na Casa

Espírita.A “recepção” deve estar presente em todas as atividades da Casa Espírita.

B - ATIVIDADE DE “ATENDI-MENTO FRATERNOPELO DIÁLOGO”

1. CONCEITOO Atendimento Fraterno pelo Diá-logo consiste em receber fraternal-mente aquele que busca o Centro Espírita, dando-lhe a oportunidade de expor, livremente e em caráter privativo e sigiloso, suas dificulda-des e necessidades.

2. FINALIDADEAcolher, de forma fraterna e solidá-ria, dentro dos princípios do Evan-gelho à luz da Doutrina Espírita, ouvindo e orientando com respeito, atenção e humildade aquele que:a) Deseja fazer uma visita e/ou in-tegrar-se às atividades do Centro Espírita;b) Deseja receber ajuda material e/ou espiritual;c) Deseja informação ou estudo;d) Necessita de assistência, orienta-ção doutrinária ou amparo;e) Tem interesse em conhecer a Doutrina Espírita e o trabalho espí-rita.

3. PARTICIPANTESa) Um coordenador para organizar, capacitar e coordenar a equipe para a atividade.b) Uma equipe em número sufi-ciente para atender a demanda das atividades de recepção, encaminha-mento e diálogo.c) Os que buscam esclarecimento, amparo, orientação ou consolo.

4. DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADESa) Acolhimento: Acolher fraternal-

mente quem chega, identificando o motivo de sua vinda e oferecendo--lhe os recursos de que o Centro Espírita dispõe para atendê-lo na sua necessidade: cursos, reuniões, evangelização da criança e do jovem e outros.b) Diálogo fraterno:b.1 – Receber o visitante, ouvindo--o e identificando-lhe os problemas, carências ou aspirações, orientando--o segundo os princípios evangélicos à luz da Doutrina Espírita.b.2 – Reerguer a auto-estima e a esperança, esclarecendo-o de que, com apoio espiritual, somente ele poderá mudar o quadro de sua preo-cupação, através da própria posição mental e renovação íntima.b.3 – Orientar, sempre, para a neces-sidade da realização do Evangelho no Lar, estimulando-o para o de-senvolvimento do hábito da leitura saudável e para o estudo, sugerindo os livros adequados da Codificação Espírita e obras complementares.b.4 – Após as devidas orientações, se necessário, encaminhá-lo para a reu-nião de explanação do Evangelho e para o passe.c) Encaminhamento: Quando for o caso, encaminhar o atendido para as palestras, reuniões, cursos ou outras atividades da casa, compatíveis com as suas possibilidades.

5. RECOMENDAÇÃOSelecionar e capacitar, continuada-mente, os colaboradores que tenham um perfil adequado para a tarefa: conhecimento evangélico-doutri-nário, maturidade emocional, bom senso, empatia, alegria, afetividade, naturalidade e segurança..

Fonte:Federação Espírita Brasileira. Orientação ao Centro Espírita. FEB 2007. 1 ed

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conduta

ALUCINÓGENOS, TOXICOMANIA

E LOUCURA POR Joanna de Ângelis / Divaldo Franco

Dentre os gravames in-felizes que desorganizam

a economia social e moral da Terra atual, as drogas

alucinógenas ocupam lugar de destaque, em conside-

rando a facilidade com que dominam as gerações novas,

estrangulando as esperan-ças humanas em relação ao

futuro.

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conduta

Paisagem humana triste, sombria e avassaladora, pe-los miasmas venenosos que

destilam os grupos vencidos pelo uso desregrado dos tóxicos, cons-titui evidência do engano a que se permitiram os educadores do pas-sado: pais ou mestres, sociólogos ou éticos, filósofos ou religiosos.

Cultivado e difundido o hábito dos entorpecentes entre povos es-tiolados pela miséria econômica e moral, foi adotado pela Civilização Ocidental quando o êxito das con-quistas tecnológicas não conseguiu

preencher as lacunas havidas nas as-pirações humanas mais ampla e pro-funda integração nos objetivos nobres da vida.

Mais preocupado com o corpo do que com o espírito, o homem moderno deixou-se engolfar pela comodidade e prazer, deparando, inespe-radamente, o vazio interior que lhe resulta amarga de-cepção, após as secundárias conquistas externas.

Acostumado às sensações fortes, passou a experimentar dificuldade para adaptar-se às sutilezas da per-cepção psíquica, do que resultariam aquisições relevantes promotoras de plenitude íntima e realização trans-cendente.

Tabulados, no entanto, programa-dos por aferição externa de valores ob-jetivos, preocuparam-se pouco os en-carregados da Educação em penetrar a problemática intrínseca dos seres, a fim de, identificando as nascentes das inquietações no espírito imortal, se-rem solvidos os efeitos danosos e ator-mentadores que se exteriorizam como desespero e angústia.

Estimulado pelo receio de enfrentar dificuldades, ou motivado pela curio-sidade decorrente da falta de madure-za emocional, inicia-se o homem no uso dos estimulantes - sempre de efei-tos tóxicos - , a que se entrega, inerme, deixando-se arrastar desde então, ven-cido e desditoso.

Não bastassem a leviandade e in-temperança da maioria das vítimas potenciais da toxicomania, grassam os traficantes inditosos que se encar-regam de arrebanhar catarmas que se lhes submetem ao comércio nefando, aumentando, cada hora, os índices dos que sucumbem irrecuperáveis.

A má imprensa, orientada quase sempre de maneira perturbante, por pessoas atormentadas, colocada para esclarecer o problema, graças à falta de valor e de maior conhecimento da questão por não se revestirem os seus responsáveis da necessária seguran-ça moral, tem contribuído mais para torná-lo natural do que para libertar os escravizados que não são alcança-dos pelos “slogans” retumbantes, po-rém vazios das mensagens, sem efeito positivo.

O cinema, a televisão, o perio-dismo dão destaque desnecessário às tragédias, aumentam a carga das

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informações que chegam vorazes às mentes fracas, aparvalhando-as sem as confortar, empurrando-as para as fu-gas espetaculares através de meandros dos tóxicos e de processos outros dis-solventes ora em voga...

Líderes da comunicação, ases da arte, da cultura, dos esportes não se pe-jam de revelar que usam estimulantes que os sustentam no ápice da fama, e, quando sucumbem, em estúpidas ce-nas de auto-destruição consciente ou inconsciente, são transformados em modelos dignos de imitados, lançados como protótipos da nova era, venden-do as imagens que enriquecem os que sobrevivem, de certo modo causado-res da sua desgraça...

Não pequeno número, incapaz de prosseguir, apaga as luzes da glória mentirosa nas furnas imundas para onde foge: presídios, manicômios, sarjetas, ali expiando, alucinado, a le-viandade que o mortificou...

As mentes jovens despreparadas para as realidades da guerra que estru-ge em todo lugar, nos países distantes e nas praias próximas, como nos intrin-cados domínios do lar onde grassam a violência, o desrespeito, o desamor, arrojam-se, voluptuosas, insaciáveis, ao prazer fugidio, à dita de um mi-nuto em detrimento, afirmam, da angustiosa expectativa demorada de uma felicidade que talvez não fruam...

Fixando-se nas estruturas mui sutis do perispírito, em processo vigoro-so, os estupefacientes desagregam a personalidade, porquanto produzem na memória anterior a liberação do subconsciente que invade a cons-ciência atual com as imagens torpes e deletérias das vidas pregressas, que a misericórdia da reencarnação faz jazer adormecidas... De incursão em incursão no conturbado mundo in-terior, desorganizam-se os comandos da consciência, arrojando o viciado

nos lôbregos alçapões da loucura que os absorve, desarticulando os centros do equilíbrio, da saúde, da vontade, sem possibilidade reversiva, pela de-pendência que o próprio organismo físico e mental passa a sofrer, irresisti-velmente...

Faz-se a apologia de uns alucinóge-nos em detrimento de outros e expli-ca-se que povos primitivos de ontem e remanescentes de hoje utilizavam--se e usam alguns vegetais portado-res de estimulantes para experiências paranormais de incursão no mundo espiritual, olvidando-se que o exercí-cio psíquico pela concentração cons-ciente, meditação profunda e prece, conduz a resultados superiores, sem as conseqüências danosas dos recursos alucinatórios.

A quase totalidade que busca de-senvolver a percepção extra-sensorial, através da usança do estupefaciente, encontra em si mesmo o substractum do passado espiritual que se transfor-ma em fantasmas, cujas reminiscên-cias assomam e persistem, passada a experiência, impondo-se a pouco a pouco, colimando na desarmoniza-ção mental do neófito irresponsável. Vale, ainda, recordar que, adversários desencarnados, que se demoram à espreita das suas vítimas, utilizam-se dos sonhos e viagens para surgirem na mente do viciado, no aspécto perverso em que se encontram, causando pavor e fixando matrizes psíquicas para as futuras obsessões em que se repletarão emocionalmente, famílias da infelici-dade em que se transformam.

A educação moral à luz do Evan-gelho sem disfarces nem distorções; a conscientização espiritual sem alardes; a liberdade e a orientação com bases na responsabilidade; as disciplinas morais desde cedo; a vigilância carinhosa dos pais e mestres cautelosos; a assistência social e médica em contribuição fra-

ternal constituem antídotos eficazes para o aberrante problema dos tóxicos — auto-flagelo que a Humanidade está sofrendo, por haver trocado os valores reais do amor e da verdade pe-los comportamentos irrelevantes quão insensatos da frivolidade.

O problema, portanto, é de educa-ção na família cristianizada, na escola enobrecida, na comunidade honrada e não de repressão policial...

Se és jovem, não te iludas, contami-nando-te, face ao pressuposto de que a cura se dá facilmente.

Se atravessas a idade adulta, não te concedas sonhos e vivências que per-tencem à infância já passada, ansiando por prazeres que terminam ante a fu-gaz e enganosa durabilidade do corpo.

Se és mestre, orienta com elevação abordando a temática sem preconcei-to, mas com seriedade.

Se és pai ou mãe não penses que o teu lar estará poupado. Observa o comportamento dos filhos, mantém--te atento, cuida deles desde antes da ingerência e do comprometimento nos embalos dos estupefacientes e alucinógenos, em cuja oportunida-de podes auxiliá-los e preservá-los. Se, porém, te surpreenderes com o drama que se adentrou no lar não fujas dele, procurando ignorá-lo em conivência de ingenuidade, nem te re-beles, assumindo atitude hostil. Con-versa, esclarece, orienta e assiste os que se hajam tornado vítimas, procurando os recursos competentes da Medicina como da Doutrina Espírita, a fim de conseguires a reeducação e a felicidade daqueles que a Lei Divina te confiou para a tua e a ventura deles..

Fonte: FRANCO, Divaldo P. S.O.S. Família. Págs. 127 – 131. Leal. 1994.

conduta

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obsessão

Ano de 1890.

Vivia em Niterói, numa casinha rústica, uma pobre mulher, viúva e mãe de cinco filhos.

Era vítima de tenaz obsessão.O obsessor era o espírito de sua

própria filha mais velha, desencarnada numa casa vizinha, cujos moradores a acolheram apiedados de sua situação pré-agônica e de miserabilidade moral.

Mesmo na hora da morte, não qui-sera ver sua progenitora e nem seus pequeninos irmãos. Sentia-se vítima da incúria materna. E seu decesso deu-se, portanto, sem que seus familiares lhe dessem o último adeus de despedida...

E, agora, do outro lado da vida, ob-sediava sua própria mãe, a quem cul-pava pela prostituição de seu corpo e a derrota de seu espírito.

Várias confrades tinham ido à casa da pobre irmã assediada.

Nada conseguiram. Ali estava um caso em que a medi-

cina terrestre não conseguia interferên-cia.

O verdugo vampirizava o corpo da vítima, jugulando-lhe o espírito, vin-gando-se à vontade...

Um caso doloroso, que somente po-deria ser solucionado, mercê de Deus, por quem vivesse num clima de jejum e oração. Sim, por quem possuísse amor, força moral capaz de distribuí--los ao espírito adverso, ensejando-lhe o perdão salvador.

E foram procurar Bezerra de Me-nezes, que, inteirado do caso doloroso,

considerou: — Se vocês nada conseguiram, que

poderei fazer?... Mas tanto insistiram, que Bezerra

cedeu, atendendo-lhes o chamado cris-tão.

Foi a Niterói. E, ao ver o quadro pungente, comoveu-se, dizendo, com humildade e amor, ao espírito obsessor:

— Então, minha cara irmã, que co-ragem, que impiedade, obsidiando sua própria progenitora!...

— Foi ela quem me jogou na estra-da do vício e me fez falir e desencarnar derrotada — respondeu-lhe o obses-sor...

— Mas — retrucou-lhe Bezerra — com seu livre-arbítrio e os conselhos de seu guia, poderia ter evitado sua queda. Sua progenitora não é totalmente cul-pada. Você também o é, visto que não soube vencer a tentação do luxo, do di-nheiro fácil, da vaidade, das ilusões da carne...

— Não lhe perdôo... Ela é a mais culpada...

— Orou alguma vez; pediu perdão de suas faltas a Deus?

— Não. Nunca orei, jamais cogitei disto...

— Permita, então, que ore por você? Se quiser, pode fazer... E Bezerra pôs-se de pé e começou a

orar, como somente ele sabia e sabe, na voz do sentimento, na fala do coração e sob a exaltação da poesia das lágrimas.

Em dado momento, o espírito da fi-lha obsediante, olha-o admirada. Sen-te-lhe as palavras sinceras penetrando-

-lhe o íntimo. Comove-se, e, quando ele termina a prece, não se contém, levanta-se incorporada à vítima, sua própria mãe, segura, com as mãos trê-mulas, a cabeça grisalha do bondoso apóstolo, e beija-lhe a fronte, excla-mando em soluços:

— Quem ora assim tem Deus den-tro da alma, algo que não tenho. Está com a verdade!

E parte, deixando sua progenitora livre, desalterando-lhe a paisagem or-gânica.

Mais tarde, no Grupo lsmael, da Federação Espírita Brasileira, presidido por Bezerra, incorpora-se num mé-dium e lhe diz:

— Obrigada. O senhor tem pieda-de e ensina sem ferir. Obrigada pelo bem que me fez. Deus atendeu sua súplica e me salvou, possibilitando-me entender meu dever, o mal que fazia a mim mesmo. E, agora, com sua ajuda, estou sendo medicada, aprendendo a ser melhor e a apagar de meu pretérito as sombras dos meus vícios e dos males que fiz...

Desincorporou-se do médium, so-luçando, e alçou-se à espiritualidade deixando entre os presentes um suave bem-estar, a carícia da sua gratidão, uma como lembrança de seu espírito feliz em caminho da sua redenção e sob o amparo bendito do coração amoroso de Deus! .

EM ORAÇÃO A DEUS POR Ramiro Gama

Fonte: GAMA, Ramiro. Lindos Casos de Bezerra de Me-nezes. Págs. 103 -105.

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SANTOS DUMONT E A PROFECIApor José Passini

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A manifestação de espí-ritos através de pessoas que dispõem da facul-

dade de intermediá-la é conhe-cida no mundo desde tempos remotíssimos. Para não irmos mais longe, analisemos a atua-ção dessas pessoas entre os Ju-deus. Esse povo as conhecia por nebi-in, palavra que, ao serem os textos hebraicos traduzidos em Grego, receberam o nome de profetas. Os profetas exerce-ram enorme influência naquele

povo, mantendo-o unido, em torno do conhecimento da exis-tência do Deus Único, além de manterem acesa a chama da cer-teza da vinda do Messias.

Os profetas fizeram sentir a sua presença entre o povo e os reis de Israel por séculos a fio. Existiram os profetas maiores e os menores; aqueles que se nota-bilizaram pela sua atuação junto aos reis, exortando-os, admoes-tando-os, orientando-os, e ou-tros, que viviam mais em con-

“Vencer o espaço com a velocidade de uma bala de artilharia, em um motor que sirva para conduzir o ho-mem, eis o grande problema que será resolvido dentro de pouco tempo. Esta máquina poderosa de condução, não será uma utopia, não!”

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tato com o povo, como Ágabo, que foi o instrumento de um aviso sobre uma grande fome em todo o mundo, no tempo de Cláudio César (Atos, 11: 27-28). Esse mesmo profeta predisse a prisão de Paulo, pelos Judeus e sua entrega aos gentios (Atos, 21: 10-11). A palavra dos profetas era lem-brada constantemente, conforme se verifica no que diz Pedro, referindo-se ao profeta Joel: “… e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visões, e os vossos ve-lhos sonharão sonhos.” (Atos, 2: 17).

Era tão natural o exercício do pro-fetismo entre os Judeus, que Paulo recomendou o desenvolvimento da faculdade de profetizar: “Segui a ca-ridade, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar.” (I Cor, 14: 1). A atuação dos profetas era tão comum, que Pau-lo fez uma série de recomendações, no sentido de que fossem observados de-terminados princípios norteadores do exercício do profetismo, a fim de que as mensagens fossem úteis ao esclareci-mento das pessoas: “E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois, ou quando muito por três, e por sua

vez, haja intérprete.” (I Cor, 14: 27). Além disso, dá instruções a fim de que sejam analisadas as mensagens, objeti-vando evitar o deslumbramento inope-rante: “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.”(I Cor, 14: 29).

Essa recomendação de Paulo está em perfeita consonância com o que diz João: “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mun-do.” (I Jo, 4: 1).

O exercício do profetismo era tam-bém muito comum nos tempos do Cristianismo nascente, mas nem por isso era prática vulgar. Havia princípios éticos a serem observados, como se pode constatar na recomendação con-tida no “Didaquê”, conforme citado na enciclopédia britânica, no verbete “profeta”: “O profeta para ser digno de respeito e acatamento deve ter pie-dade indubitável e conduta digna do Senhor”.

A missão dos profetas, se era fácil e prazerosa entre o povo, era um tanto

difícil de ser exercida entre os reis, pois, não raro, contrariava os interesses de soberanos prepotentes. Foi exercida e incentivada, como visto, também nos tempos apostólicos. Mas, por que a partir de certo tempo, passou a ser re-primida? É fácil compreender isso. O profeta, quanto mais identificado com a sua missão, mais fielmente se torna-va um porta-voz do Alto, a transmitir orientações e admoestações àqueles que dirigiam o movimento religioso que se formou em torno dos ensina-mentos de Jesus. E quanto mais identi-ficado com a sua missão, mais acatado era pelo povo, tornando-se um verda-deiro líder. Essa liderança, com base na humildade e no desapego de bens materiais, contrariava frontalmente os interesses daqueles interessados no po-der temporal. Por isso, o profetismo foi pouco-a-pouco sendo marginalizado, a ponto de, aqueles que intermediavam mensagens espirituais, serem persegui-dos e mortos durante toda a Idade Mé-dia. Veja-se o exemplo de Joana D’Arc.

Com o passar do tempo, o poder Joana D’Arc

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Fonte:Publicado por Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora em 11 de junho de 2009. Pode ser encontrado, também, em: http://ide-jf.org.br/artigos/jose-passini/santos-dumont-e--a-profecia/

religioso foi perdendo força, e a liber-dade de pensar e agir foi sendo amplia-da. Novamente o profetismo pôde se revelar, conforme se viu, na verdadeira invasão espiritual que ocorreu no sé-culo XIX, através de fenômenos que chamaram a atenção do mundo. Em meados desse século, o Espiritismo foi revelado ao mundo, e o foi através do profetismo. Allan Kardec valeu-se de muitos intermediários nos diálogos que manteve com os Espíritos, mas dentre esses se destacam as duas jovens da família Baudin, uma de quatorze e outra de dezesseis anos. Ao revisar a obra, valeu-se do concurso de outra jovem, da família Jafet, esta com dezes-sete anos.

Allan Kardec, ao codificar o Espiri-tismo, preferiu usar o vocábulo latino médium para designar o profeta dos tempos modernos. Hoje esse vocábulo está sendo inserido – às vezes de forma capciosa – em traduções modernas da Bíblia. No “Novo Dicionário da Bí-blia” de John Davis Douglas, o verbete aparece de forma razoavelmente corre-ta.

Assim como no passado os profetas anunciavam tempos novos, houve no fim do século XIX o anúncio de que se operaria uma verdadeira revolução nos meios de transporte em todo o mundo, bem antes do advento do automóvel. Em agosto de 1883, a revista “O Re-formador” publicou uma mensagem do espírito Estevam Montgolfier, rece-bida pelo médium Ernesto de Castro, em Silveiras, cidade do Estado de São Paulo, recebida em 30 de junho de 1876, época em que Santos Dumont contava apenas três anos de idade. Eis o texto:

“Vencer o espaço com a velocidade de uma bala de artilharia, em um motor que sirva para conduzir o homem, eis o grande problema que será resolvido den-tro de pouco tempo. Esta máquina pode-rosa de condução, não será uma utopia, não! O Missionário, que traz esse aper-feiçoamento à Terra, já se acha entre vós.

O progresso da viação aérea, que tantos prosélitos tem achado e tantas vítimas há feito, não está, portanto, longe de reali-zar-se.

O aperfeiçoamento de qualquer ciência depende do tempo e do estado da Humanidade para recebê-lo. A locomoti-va, esse gigante que avassala os desertos e vence as distâncias, será como um insig-nificante invento ante o pássaro colossal, que, qual condor dos Andes, percorrerá o espaço, conduzindo em suas soberbas asas os homens de vários continentes.

Os balões, meros exploradores e pre-cursores da admirável invenção, nada, pois, serão perante o belo e portentoso pás-saro mecânico. Esse Deus de Bondade e de Misericórdia, que nada concede antes da hora marcada, deixa primeiramente que seus filhos trabalhem em procura da sa-bedoria, e depois que eles se têm esforçado para descobrir a verdade, aí então Ele lhes

envia um raio de Sua divina luz.Já vêem, ó mortais, que a navegação

aérea não será um sonho, não; mas, sim, uma brilhante realidade.

O tempo, que vem próximo, vos dará o conhecimento desse estupendo motor.

Brasil! Tu que foste o berço desta descoberta, serás em breve o país es-colhido para demonstrar a força des-sa grandiosa máquina aérea. Eis o prognóstico que vos dou, ó brasileiros. Estevam Montgolfier”

E ainda há aqueles que dizem ter o profetismo se encerrado com João Ba-tista….

Allan Kardec

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PÃO E LUZ

educação

“Não só de pão viverá o homem, mas de toda a pa-lavra que sai da boca de Deus” - disse Jesus. Essa palavra é a luz, é a verdade.

POR Vinícius

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A luz é para o Espírito o que o pão é para o cor-po. O homem, em sua

expressão real, não se confina exclu-sivamente na carne e no sangue: o homem é uma alma encarnada. Se, pois, o pão é indispensável à vida corpórea, a luz é imprescindível à vida espiritual, considerando que esta é a vida real que sobre aquela

reflete. Daí o ser a mais im-portante, a que requer

mais atenção e cui-dados. Cumpre,

portanto, que o homem não

porfie e lute so-

mente pelo pão que nutre o corpo perecível, mas também, e principal-mente, pela aquisição da luz que ali-menta e dá crescimento ao Espírito imortal. O homem sendo, como ficou dito, uma entidade compos-ta de alma e corpo, não pode, por isso, atender aos reclamos da vida, mantendo-se adstrito ao problema do pão.

Pelo pão, no entan-to, todos porfiam e batem-se com denodo e tenacidade. Pela luz, porém, não fazem o mesmo.

Quem carece de pão protesta desde logo e põe-se em atividade, lançando mão de todos os meios e processos, lícitos ou ilícitos, para adquiri-lo. Aqueles que se acham na escuridão, nela permanecem, à mín-gua de luz, agitando-se no meio da confusão e da incompreensão dos problemas que os afetam. A luz não lhes interessa como o pão interessa ao faminto; por isso, este, quando não pode exigir, pede e implora o pão, enquanto aquele menospreza e desdenha a luz cujo valor desco-nhece. O faminto sabe e sente que lhe falta o pão. O ignorante presu-me que tem luz e, por isso, não a deseja e nem a procura. O faminto está certo e convencido de que sem o pão não pode viver, ao passo que o ignaro não concebe o papel que a luz representa na trama da vida eter-na do Espírito.

A fome do pão para a boca pro-duz efeitos imediatos, que o famin-to busca logo remediar ou prevenir. As funestas e desastrosas consequên-cias da ignorância da verdade são

complexas, e, por vezes, remotas, de modo que as suas vítimas não esta-belecem nenhuma relação entre a causa e seus efeitos.

Não é necessário advertir o fa-minto que ele necessita de pão. No entanto, é mister muito esforço, pa-ciência, engenho e arte para conven-cer o ignorante de que ele tem ne-cessidade de luz. Qualquer um pode distribuir pão. Poucos, porém, estão em condições de espalhar e difundir a luz. O pão é ardentemente deseja-do pelo faminto, enquanto o incien-te rejeita e repele a luz oferecida.

O despenseiro das divinas clari-dades assim se pronunciou a propó-sito deste assunto: “Aquele que não crê em mim já está condenado, e a condenação é esta: a luz foi-lhes ofertada e eles a recusaram”.

Ora, quem rejeita a luz está, real-mente, condenado a permanecer em trevas, suportando os reveses e aci-dentes que decorrem dessa situação.

Se o ignorante sentisse fome de luz, como o faminto sente fome de pão, já não haveria consciências embotadas e corações insensíveis ao bem; o mundo já seria lumino-so. Mas são tão raros os que per-cebem e confessam achar-se sob o império dessa espécie de fome, que Jesus os classificou, como aos humildes, no número dos venturo-sos, dignos da graça divina, dizen-do: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque se-rão fartos”. No entanto, se são mui-tos os que carecem de pão, maior, muito maior é ainda o número dos que perecem à míngua de luz, visto como, nesta rubrica, pode-se com-putar quase a Humanidade inteira, conforme atestam o confusionismo e o estado caótico em que o mundo de nossos dias se debate.

A propósito de tão magno asun-

educação

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-a impraticável? De prático e eficiente, nada. Diviniza-se a paz, porém, so-

mente nos lábios, nas frases literá-rias, nos discursos políticos mais ou menos demagógicos.

A guerra, como, aliás, também a paz, resulta das conseqüências, ine-lutáveis e fatais da con-dição em que se acham estruturadas as organi-zações político-sociais do nosso mundo. En-quanto estas forem iní-quas, prevalecendo a força contra o direito, e a impostura contra a verdade, haverá ine-vitavelmente guerras e convulsões sangrentas.

A paz custa um certo preço. Sem o pagarmos, jamais a teremos. E sa-beis qual é o seu preço?

Eu vo-lo digo sem receio de con-testação. Eu, pobre pária, vos afirmo, desafiando a contradita de todos os magnatas da política — de ontem, de hoje e de amanhã: o preço da paz é a justiça, aquela justiça, porém, da qual disse o Mestre de Nazaré aos seus discípulos: “Se a vossa justiça não for superior à dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino de Deus”. Sem ela, nunca sairemos das garras aduncas e ferozes, das guerras periódicas desencadeadas em deter-minada regiões do planeta, evoluin-do para as grandes conflagrações como as que tivemos ultimamente.

to, vamos rememorar, aqui, as se-guintes estrofes do imortal vate lu-sitano, Guerra Junqueiro:

Acendem-se na rua, à noite, os can-deeiros; Coloca-se um gendarme à porta dos banqueiros; A polícia fareja os becos e as vielas; Dobram-se as precauções, dobram-se as sentinelas; E apesar disto tudo há feras pela rua; O vício não acaba, o roubo continua, E é cada vez maior a criminalidade. Pois bem; iluminai por dentro a so-ciedade: Ponde o trabalho e a honra onde esti-ver a esmola; Uni o amor ao berço e uni o berço à escola. Acendei uma luz em cada coração.

Tal é o remédio apontado pelo grande pensador para debelar o cri-me e moralizar a sociedade. Real-mente, não existe outra panaceia capaz de conjurar os vetustos e re-nitentes males sociais, senão essa. Tudo o mais são paliativos, são re-cursos efêmeros cujo efeito consiste em adiar as crises da enfermidade moral de que padecem os homens. E, assim, de delonga em delonga, de adiamento em adiamento, as doenças do Espírito se radicam e se agravam, zombando do curandeiris-mo irracional e inócuo contra elas aplicado.

Dentre os graves estados mórbi-dos que nos ameaçam está a guerra, esse avejão sinistro, devorador de vidas humanas, devastador impeni-tente dos campos e cidades, anar-quizador por excelência da ordem e do ritmo vital de povos e nações.

O que se tem feito até aqui para extinguir de vez a guerra, tornando-

Em tempos bem longínquos, disse, sentenciosamente, padre An-tônio Vieira em um dos seus céle-bres sermões “Abraçavam-se a justi-ça e a paz, e foi a justiça a primeira que concorreu para esse abraço Jus-titia e Pax, porque a justiça não é a que depende da paz, senão a paz que depende da justiça”.

Esta frase memorável foi profe-rida há perto de 300 anos. Encer-rando, porém, uma evidência, ela é oportuna hoje como outrora. Passa-rão, sentenciou o Verbo Divino, os céus e a Terra, mas minhas palavras permanecerão. Sim, permanecerão por certo, porque a Verdade é a mes-ma em todas as épocas da Humani-dade; e a verdade, acerca do velho e debatido problema da paz, é essa. Não existe outra.

Justiça, portanto, é também um gênero de pão imprescindível à vida espiritual.

E como havemos de incutir as noções de justiça nos Espíritos aqui encarnados? Respondo, tam-bém sem hesitar: pela educação; será tão somente pela educação dos sentimentos, por isso que, o senso de justiça, como, aliás, de todas as virtudes, nasce, cresce e frutifica no coração, e não no cérebro.

Educar, formando o caráter, eis o problema máximo cuja solução o momento reclama angustiosamente.

Portanto, repetimos: Ou o Es-piritismo enfrenta corajosamente a questão educacional, concentrando nela as suas energias, ou terá falha-do àquela finalidade que o Alto lhe assinalou!.

educação

Fonte: VINÍCIUS. O Mestre na Educação. Págs. 95 – 99. Feb. 2009.

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parábola

PARÁBOLA ACERCA DA PREVIDÊNCIA

“Qual de vós, querendo edi-ficar uma torre, não se põe primeiro a fazer conta dos

gastos que são necessários, para ver se tem com que acabá-la? Com isso evita expor-se a que, depois de ha-ver assentado os alicerces e não a po-dendo terminar, todos os que a vi-rem comecem a fazer zombaria dele, dizendo: Este homem principiou o edifício, mas não o pôde concluir.

Ou que rei há que, estando para sair em campanha contra outro rei, não tome primeiro muito pensa-damente as suas medidas, a ver se com dez mil homens poderia ir a encontrar-se com o que traz contra ele vinte mil?

De outra maneira, ainda quando o outro está longe, enviando sua em-baixada, pede-lhe tratados de paz. Assim, pois, qualquer de vós que não renuncie a tudo quanto possua, não pode ser meu discípulo.

O sal é bom, porém, se o sal per-der a força, com que outra coisa se há-de temperar? Ficará sem servir, nem para a terra, nem para o mon-turo, mas lançar-se-à fora.

O que tiver ouvidos de ouvir, ouça.” (Lucas, 14:28-35)

Esta parábola encerra uma ad-vertência muito séria a todos quan-tos pretendam iniciar-se no discipu-lado de Jesus.

A finalidade de sua estada entre nós, e pela qual continua ainda a trabalhar, é a redenção humana, é o estabelecimento do “reino de Deus” em cada coração.

Malgrado, porém, a sublimida-de de seu ministério, sua vida ter-

rena foi uma sucessão de acerbos sofrimentos físicos e morais. Su-portou contínuas perseguições da-queles cujos interesses mesquinhos sua doutrina contrariava; recebeu insultos, açoites e flagelações; pa-deceu a humilhação de carregar a própria cruz em que seria pregado entre malfeitores; e, mais que isso, sofreu a incredulidade de seus pa-rentes, que não confiavam nele; a pusilanimidade de seus seguidores, que fugiram, espavoridos, quando a oposição se fêz mais furiosa; a trai-ção de Judas; a negação de Pedro e a rejeição daquele mesmo povo que, uma semana antes, o aclamara fes-tivamente, querendo fazê-lo seu rei!

Quem se disponha, em nossos dias, a coadjuvá-lo nesse trabalho e colocar-se a serviço do ideal cristão, tem que arrostar, a seu turno, provas igualmente muito difíceis: a risota escarninha dos indiferentes, a in-compreensão da família, os ataques dos que se arvoram em senhores da Religião, e, acima disso tudo, o fas-cínio das posses materiais e as mil e uma formas de convite para deixar o caminho árduo e estreito da hon-radez, da virtude, da moralidade enfim, para tomar a estrada larga e deleitosa da corrupção e dos praze-res mundanos.

Destarte, os principais requisi-tos a serem adquiridos por aqueles que aspiram a esse apostolado são a caridade no sentido mais amplo e a disposição de servir à Humanidade, tal qual ela é, com suas misérias e torpezas, sem se deixar envolver pe-las seduções do mundo.

Achamo-nos muito longe, po-rém, de tal qualificação; portanto, não nos imponhamos sacrifícios superiores às nossas forças, nem as-sumamos compromissos que não possamos cumprir. Procuremos, antes, realizar apenas as tarefas que possamos levar a cabo com êxito. Se, superestimando nossas possibili-dades, metermos ombros a missões elevadas, e falharmos, desmorali-zamo-nos e desservimos o Mestre, pois nosso fracasso fará que aumen-te a desconfiança e o pessimismo no mundo.

“Renunciar a tudo quanto se possua”, condição sem a qual não se pode ser verdadeiro discípulo de Jesus, não significa, certamente, pôr fora os nossos bens, porquanto, se assim o fizéssemos, teríamos que re-correr à ajuda de outrem; o que isso quer dizer é que não devemos ter por eles um apego tal que nos impe-ça de dar-lhes a justa aplicação para que nos foram confiados.

Os que se devotam à evangeliza-ção dos povos, procuram praticar o bem e se empenham em proporcio-nar alívio a todos os que sofrem são “o sal da terra” (Mat., 5:13); todavia, se se deixarem contaminar pelo meio ambiente, e passarem a cuidar ape-nas de si mesmos e de seus interesses pessoais, assemelhar-se-ão ao sal que perde a força, tornando-se insípi-do, e para nada mais se aproveita. Impossível servir a dois senhores....

Fonte: CALLIGARIS, Rodolfo. Parábolas Evangélicas à Luz do Espiritismo. Págs. 85 – 88. Feb. 1969.

POR Rodolfo Calligaris

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orientação

O OBJETIVO DA VIDA

Através da sucessão dos tempos, na superfície de milhares de mundos,

nossas existências desenrolam-se, passam e se renovam: em cada uma delas um pouco do mal que está em nós desaparece, nossas almas se for-tificam, se depuram, penetram mais adiante no nosso caminho sagrado, até que, livres das reencarnações do-lorosas, tenham conquistado pelos seus méritos o acesso aos círculos su-periores, onde irradiam eternamen-te beleza, sabedoria, poder, amor!

Por esses dados, a claridade se faz em nós e em torno de nós; nossa es-trada se determina: sabemos o que somos e para onde vamos.

Desde então, não se trata mais de procurar satisfações materiais, mas de trabalhar com ardor pelo nosso adiantamento. O alvo supremo é a perfeição; o caminho, que a ele con-duz, é o progresso; ele é longo e se percorre passo a passo. O objetivo, distante, parece recuar à medida que se avança, mas, a cada etapa venci-da, o ser recolhe o fruto de seus tra-balhos; enriquece sua experiência e desenvolve suas faculdades.

Nossos destinos são idênticos. Não há privilegiados, nem malditos.

Todos percorrem o mesmo cami-nho e, através de mil obstáculos, são chamados a realizar os mesmos fins. Somos livres, é verdade, para acele-rar ou diminuir nossa marcha, para nos mergulhar nos gozos grosseiros, para nos retardar durante vidas in-teiras no vício ou na ociosidade, mas cedo ou tarde o sentimento do dever se revela, a dor vem sacudir nossa apatia e retomamos, forçosamente, nossa jornada.

Entre as almas só há diferenças de graus, diferenças que lhes é per-mitido transpor no futuro. Usando nosso livre-arbítrio, não caminha-mos com o mesmo passo, e isso explica a desigualdade intelectual e moral dos homens; mas todos, filhos do mesmo pai, devemos nos reaproximar dele na sucessão das nossas existências, para formar com nossos semelhantes uma só família, a grande família dos espí-ritos, que povoa todo o Universo.

Não há mais lu-gar nesse mundo para as idéias de paraí-so e de inferno eterno. Vemos na imensidade apenas se-res que perseguem sua própria educação e que se elevam pelos seus esforços no seio da harmonia universal. Cada um deles cria sua situação pelos seus atos, cujas con-seqüências recaem sobre si mesmo, ligam-no e o prendem. Quando sua vida está entregue às paixões e fica estéril para o bem, o ser se avil-ta; sua situação se apequena. Para lavar suas manchas, deverá reen-

POR Léon Denis

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orientação

carnar em mundos de provas e ali purificar-se pelo sofrimento. Cum-prida essa purificação, recomeça sua evolução. Não há provações eternas, mas uma reparação proporcional às faltas cometidas é necessária.

Não temos outro juiz nem ou-tro carrasco que não seja nossa consciência. Mas esta, assim que se desprende das sombras materiais, torna-se imperiosa e obsessora. Na ordem moral, como na ordem física, só há causas e efeitos, que são regi-dos por uma lei soberana, imutável, infalível. O que, em nossa ignorân-cia, chamamos injustiça da sorte é somente a reparação do passado. O destino humano é o pagamento da dívida contraída para conosco e para com a lei.

A vida atual é, então, a conse-qüência direta, inevitável de nossas vidas passadas, como nossa vida fu-tura será a resultante de nossas ações presentes. Vindo animar um corpo novo, a alma traz com ela, a cada renascimento, a bagagem de suas qualidades e de seus defeitos, todos os bens e os males acumulados pela obra do passado. Assim, na seqüên-cia das nossas vidas, construímos com nossas próprias mãos nosso ser moral, edificamos nosso futuro, pre-paramos o meio onde devemos re-nascer, o lugar que devemos ocupar.

Com a lei da reencarnação, a so-berana justiça reina sobre os mun-dos. Cada ser, tendo chegado a se possuir na sua razão e na sua cons-ciência, torna-se o artesão de seus destinos e forja ou quebra, à vonta-de, as cadeias que o prendem à ma-téria. As situações dolorosas que cer-tos homens suportam se explicam pela ação dessa lei. Toda vida culpa-da deve ser resgatada. Uma hora virá em que as almas orgulhosas renasce-rão em condições humildes e servis, em que o ocioso deverá aceitar pe-nosos trabalhos. Em que aquele que fez sofrer sofrerá a seu turno.

Todavia, a alma não está presa para sempre nessa Terra obscura. De-pois de haver adquirido as qualidades necessá-rias, ela a deixa e parte para mundos mais escla-recidos. Percorre o cam-po dos espaços semeado de esferas e de sóis. Um lugar ser-lhe-á dado no seio das humanidades que os povoam. Progre-dindo ainda nesses novos meios, aumentará conti-nuamente sua riqueza moral e seu saber.

Após um número incalculável de mortes e renascimentos, de quedas e de ascensões, liberta das reencarna-ções, gozará da vida celeste, da qual participará no governo dos seres e das coisas, contribuindo pelas suas obras com a harmonia universal e com a execução do plano divino.

Assim é o mistério de “psiquê”, a alma humana. A alma traz, gravada em si mesma, a lei dos seus destinos. Aprender a soletrar os preceitos, a decifrar esse enigma, eis a verdadei-ra Ciência da vida. Cada centelha arrancada do foco divino, cada con-quista sobre si mesma, sobre suas paixões, sobre seus instintos egoístas, proporciona-lhe uma alegria íntima, tanto mais viva quanto mais lhe te-nha custado essa conquista. E aí está o céu prometido aos nossos esforços. Esse céu não está longe de nós: ele está em nós. Felicidades ou remor-sos, o homem traz, no mais profun-do do seu ser, sua grandeza ou sua miséria, conseqüência de seus atos. As vozes, melodiosas ou severas, que dele se elevam, são as intérpretes fiéis da grande lei, tanto mais poten-

tes quanto mais alto ele tenha subi-do na escala do aperfeiçoamento.

A alma é um mundo, um mundo onde se misturam ainda as sombras e as claridades, e cujo estudo aten-to nos faz caminhar de surpresa em surpresa. Nos seus recônditos todas as potências estão em gérmen, es-perando a hora da fecundação para desabrochar em feixes de luz. À me-dida que se purifica suas percepções aumentam. Tudo o que nos encanta no seu estado presente, os dons do talento, os fulgores do gênio, tudo isso é pouco, comparado ao que um dia adquirirá, quando tiver chegado às supremas altitudes. Ela já possui imensos recursos ocultos, sentidos íntimos, variados e sutis, fontes de vivas impressões, os quais nosso invólucro grosseiro entrava, quase sempre, o exercício.

Apenas algumas almas de elite, desligadas por antecipação das coisas terrestres, depuradas pelo sacrifício, sentiram as primícias nesse mundo. Todavia, não encontraram absoluta-mente expressões para descrever as sensações que as embriagaram. E, na sua ignorância da verdadeira Natu-reza da alma e dos tesouros que ela contém, os homens riram daquilo que chamaram de ilusões e quime-ras..

Fonte: DENIS, Léon. Depois da Morte. Págs. 133 – 136. CELD. 2010.

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evolução

Prova, tentação, expiação, etc. (...) A encarnação objetiva conduzir o Espírito ao progresso, dando-lhe novos conhecimentos e experiên-cias. Para isso, há um programa de vida que determina os lances princi-pais da existência na carne, ou seja, os acontecimentos capazes de influir na evolução do espírito. O trabalho, as lutas materiais, desenvolvem a in-teligência, o estudo e a razão.

No curso da evolução, o espíri-to encarnado é, de vez em quando, submetido a exames pela vida com o fim de verificar o aproveitamento na posição em que se acha. Criam-se situações em torno do indivíduo en-volvendo algumas de suas fraquezas, de maneira a despertá-lo. Situações que estimulam fraquezas (ou im-pulsos inferiores) são denominadas. A tentação é a situação que revela a posição do Espírito — mostra o que somos, de acordo com as nossas tendências. Liga-se sempre a uma fraqueza, ou seja, a um impulso ao qual temos dificuldade para resistir: somos tentados onde somos fra-cos. Por exemplo: a bebida, o sexo, o jogo, o furto, etc. A prova é um exame que consiste em ser subme-tido a uma tentação para avaliar o progresso realizado e sua firmeza. A Lei (vida) prepara as situações de prova, como dizia Adler, nas quais o sujeito, sofrendo uma tentação, pas-sa por uma prova. Esta tem de ser enfrentada e vencida; mas muitos fogem e são derrotados.

Todos aqueles que têm compro-missos de trabalho espiritual, envol-vendo o progresso e a redução do mal, são compelidos a passar por provas ou, segundo expressão clás-sica, testemunhos antes de dar-lhes

início. Aqui são exames prévios des-tinados a demonstrar a firmeza dian-te das tentações agradáveis, que ten-tam desviar a pessoa do rumo certo, e testar perseverança de propósito no serviço do bem. Os médiuns pas-sam por isso, como todos os que se candidatam à reforma interior. Vez por outra surge inesperadamente a situação que pode colher o sujeito desprevenido e fazê-lo vencido.

Em muitos casos, homens com missões importantes no planeta vêem-se na contingência de uma re-núncia aos bens e prazeres materiais ou de não desempenharem o seu pa-pel e fracassam. Sócrates renunciou à política, Buda ao palácio, Kardec à direção de educandários, Gandhi aos favores da casta, Ubaldi à fazen-da, e até você, leitor, que se julga insignificante, terá de fazer suas re-nunciazinhas... ou permanecer do-minado pelas inferioridades da vida exclusivamente material.

A prova, impondo-lhe uma tentação no campo de uma fraqueza paten-te, mede o seu aproveita-mento. Provação é pala-vra que apenas significa sofrimento.

2. Quase sempre, o espírito des-

viou-se do andamento normal da evolução entregando-se ao mal sob múltiplas formas, a imensa maioria das quais acarreta prejuízo para os seus semelhantes. Entra em cena a lei de ação e reação ou causa e efei-to para promover os acertos devidos. Expiação é o castigo imposto pelo

erro praticado; é sofrer o que fez outro sofrer. É proporcional ao ní-vel de adiantamento alcançado pelo Espírito e precisa ser antecedida pelo arrependimento. Enquanto o culpado mostrar-se endurecido, in-diferente ou revoltado, permanecerá nas zonas espirituais de sofrimento (umbral, trevas). Quando desponta o primeiro sinal de arrependimen-to pelo mal praticado, missionários do bem eterno começam a visitar o infeliz, ensinando-o e estimulando--o à auto-reforma; depois, levam-no para casas ali mesmo situadas onde ele é atendido e reeducado até o ponto possível para a reencarnação expiatória. Nasce mais um “desgra-çado”, dizem. Para nós, felicitados por uma compreensão algo supe-

AÇÃO DA LEI NOS DESVIOS DE RUMOPOR Carlos Toledo Rizzini

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evolução

rior, renasceu um irmão necessitado de reforma drástica e urgente; apenas a evolução está em marcha de modo mais saliente.

Numa fase posterior, haverá a re-paração, isto é, o esforço no reajusta-mento da vítima ou a devolução do que lhe é devido. Muitíssimas vidas estão centradas em torno da necessi-dade de reparar males anteriormen-te feitos a outros. Esposos, filhos, parentes, amigos, etc., com freqüên-cia envolvem situações reparatórias. Quando retiramos alguém do seu caminho para servir aos nossos fins pessoais (egocêntricos), mais tarde recebê-lo-emos no lar para ajudá-lo a reequilibrar-se perante a vida... Aqui é preciso aplicar o amor, mediante o esforço pessoal na compreensão dos sofrimentos e deficiências alheias e das próprias dificuldades.

É bom notar que ex-piações e reparações ser-vem também de provas.

Um débito cobrado ou um erro corrigido, mas, ao mesmo tempo, algum setor do espírito submetido

a exame. Se o indivíduo expia seus crimes renascendo sem membros, sua paciência e resignação são testa-das. Se o sujeito casa-se para reparar antigo abuso, com pessoa menos agradável, sua constância e tolerân-cia serão provadas.

3. Nesse contexto, o dever cum-prido torna-se a maneira mais im-portante de viver; é o essencial para a felicidade do Espírito, pois, liberta-o de futuros obstáculos e penas. Felici-dade ou infelicidade não são estados mentais decorrentes de condições exteriores, mas estados de consciência derivados de condições interiores: o dever cumprido ou não, o bem ou o mal feito. Por isso, goza-se a primei-ra e sofre-se a segunda em qualquer lugar. A paz é conquista pessoal e depende da direção conscientemen-te escolhida pelo ser humano, em matéria de princípios e de conduta. Paraíso e Inferno, Umbral e Trevas 1. As considerações acima levam--nos a observar que não há lugares especialmente destinados ao sofri-mento ou à paz e felicidade. Paraíso e inferno, como zonas de gozos e do-res permanentes, não podem existir num Universo regido por uma lei de amor e justiça. Além desta inferên-cia, temos informações seguras a res-peito em número enorme (cf. O Céu e o Inferno, de Kardec, Libertação e Ação e Reação, de André Luiz, e gr.).

Contudo, vimos antes, os Es-píritos congregam-se segundo a afinidade vibratória, que é expres-são do estado moral (do qual a noção de dever é uma súmula). Deste fato origina-se a constitui-ção de “esferas”, “planos” ou mun-dos espirituais — onde eles vivem segundo o grau de adiantamento. Naturalmente, espíritos perturba-dos pela culpa reúnem-se de modo automático pela sintonia em de-terminadas áreas. Seu estado men-tal degradado organiza o ambiente como lhes é possível, cheio de cons-truções sórdidas e de monturos. Aí habitam as entidades voltadas ao mal e para aí são atraídos todos os

que desencarnam em idêntico esta-do íntimo. Tais são colônias de so-frimento e expiação para culpados e mal-intencionados. Colônias co-nhecidas coletivamente como Um-bral, que começa na superfície da Terra e corresponde ao antigo pur-gatório, e como Trevas, na sua pior porção, que corresponde ao clássico inferno. Pode-se afirmar correta-mente que não passam de produ-tos da atividade mental inferior. Ao invés de lugares fixos e definitivos para danação do ser humano — são construções mentais reles, onde os Es-píritos juntam-se por força da atra-ção, porém, transitoriamente; tão pronto mudem as disposições para o mal e passem a desejar o bem, por fracamente que seja, aparecem os li-dadores da Luz, do Amor e do Bem para retirá-los e encaminhá-los à re-generação mediante a reencarnação. (...) Ver instância instrutiva em E a Vida Continua... do citado A. Luiz. Expõe: “as criaturas rebeldes cons-tróem, à custa dos próprios pensa-mentos em desvario, o ambiente desolado que se nos impõe à vista... verdadeira floresta de fluidos con-densados que retratam as idéias e manias, ambições e caprichos, etc”. Por que Deus o permite? É simples: elas devem escolher o caminho da evolução conforme bem o entende-rem — contanto que a justiça nunca falhe! Vê-se logo: livre-arbítrio rela-tivo.

2. De igual sorte, espíritos dos inúmeros graus de superioridade organizam esferas mais ou menos luminosas e ditosas, onde reinam a paz, a harmonia e o trabalho cons-trutivo. Tais planos felizes equiva-lem ao velho paraíso teológico. Mas, este seria um local definitivamente destinado por Deus aos eleitos de sua graça... Na verdade, há múlti-plos planos de luz através dos quais os filhos do Altíssimo vão ascenden-do conforme o mérito alcançado (que se exprime na pureza do peris-pírito)..

Fonte: RIZZINI, Carlos Toledo. Evolução para o Ter-ceiro Milênio. Págs. 143 – 146. EDICEL. 1990.

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com todas as letras

Você encontra algum erro nestas duas locuções: Aos 25 anos, ainda vive às

custas do pai. / O funcionário está em vias de aposentar?

Se não encontrou, cada uma de-las tem um plural indevido. Assim, o certo é: Aos 25 anos, vive à custa do pai. / O funcionário está em via de se aposentar.

Veja por quê: a) Custas, no plural, são apenas

despesas judiciais. Por isso: Subiu à custa de muito esforço. / O animal só anda à custa de pancada.

b) Quando se diz em via de, é como se fosse “a caminho de”: O funcionário está a caminho de se apo-sentar. Da mesma forma: O mico--leão-dourado é uma espécie em via de extinção. / O jovem estava em via de sair.

Ainda quanto a presença do s intruso, jamais escreva “de mo-dos que”, “de maneiras que” e “de formas que”, erros grosseiros. Use apenas as construções corretas: de modo que, de maneira que e de for-ma que.

Em outra locução muito usada, o que existe é um artigo a mais. Por isso use a ponto de e não “ao ponto de “, como se vê com mui-ta freqüência: A multidão estava a ponto de explodir. / Ficou assustado, a ponto de perder a voz. Só use ao ponto de quando ponto for mero substantivo: Bife ao ponto. / Voltou ao ponto de partida. / A água chegou ao ponto de ebulição.

Expressão que dá margem a dú-vidas também é haja vista. Lem-bre-se, porém, de que se trata de locução invariável e de que “haja

visto” não existe: Era assunto polêmi-co, haja vista (e nunca “haja visto”) o decreto do governo. Igualmente: haja vista os protestos, haja vista as decla-rações, etc.

Outras vezes a dificuldade pro-vém da existência de palavras ou locuções que se confundem.

Veja três casos: a) A par equivale a ciente de:

Estava a par (e nunca “ao par”, que constitui erro grave) de tudo. / Con-seguiu ficar a par dos acontecimentos. Ao par indica câmbio equivalente: moeda ao par, título ao par.

b) Afim, em uma palavra só, sig-nifica semelhante ou parente: eram almas afins, vocábulos afins. / Os cunhados são afins. / O sogro é afim da nora. A fim de tem o mesmo sentido de para: Chegue cedo a fim de conseguir lugar. Pode ainda, na linguagem coloquial, mostrar von-tade: Está a fim de sair hoje.

c) À toa, em duas palavras, é lo-cução e quer dizer sem destino, ao acaso, inutilmente: Andava à toa pela cidade. / Fez o sacrifício à toa. / Zangou-se com o irmão à toa. À-toa, com hífen, é adjetivo invariável com o sentido de irrefletido, fácil, desprezível: problema à-toa, serviço à-toa, pessoas à-toa.

Para concluir: use indiferente-mente em pé ou de pé, mas prefira em férias a de férias..

Fonte:MARTINS, Eduardo. Com Todas as Letras. Pág. 87. Editora Moderna. 1999.

LETRA INTRUSA DESVIRTUA LOCUÇÕES POR Eduardo Martins

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mensagem

PURIFIQUEMO-NOS

Em cada dia de luta, é in-dispensável atentar para a utilização do vaso de

nossas possibilidades individuais.Na Terra, onde a maioria das

almas encarnadas dorme ainda o sono da indiferença, é mais que necessária a vigilância do traba-lhador de Jesus, nesse particular.

Quem não guarde os ouvidos pode ser utilizado pela injustiça. Quem não vigie sobre a língua pode facilmente converter-se em vaso da calúnia, pela leviandade ou pela preocupação de sensa-cionalismo. Quem não ilumine os olhos pode tornar-se vaso de falsos julgamentos. Quem não se orientar pelo espírito cristão será naturalmente conduzido a mui-tos disparates e perturbações, ainda mesmo quando a boa-fé lhe incuta propósitos louváveis

Os homens e mulheres, de todas as condições, estão sendo usados pelas forças da vida, diariamente.

Por enquanto, a maioria constitui material utilizado pela malícia e pela viciação. Vasos frágeis e im-perfeitos fundem-se e refundem-se todos os dias, em meio de experiên-cias inquietantes e rudes.

Raríssimos são aqueles que, de interior purificado, podem servir ao Senhor, habilitados para as boas obras. Muitos ambicionam essa po-sição elevada, mas não cuidam de si mesmos. Reclamam a situação dos grandes missionários, exigem a luz divina, clamem por revelações avançadas, contudo, em coisa al-guma se esforçam por se libertarem das paixões baixas.

Observa, pois, amigo, a que prin-cípios serves na lida diária. Lembra--te de que o vaso de tuas possibi-lidades é sagrado. Que forças da vida se utilizam dele? Não olvides, acima de tudo, que precisamos da legítima purificação, a fim de que sejamos vasos para honra e idôneos para uso do Senhor..

“De sorte que, se alguém se purificar

destas coisas, será vaso para honra,

santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda

a boa obra.” - Paulo.”

(II Timóteo 2:21.)

Vinha de Luz / Emmanuel / Chico Xavier

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Conheça nossas atividades e participe.

Cursos gratuitos Dias Horários Início

1º Ano: Curso de Iniciação aoEspiritismo com aulas e projeção de filmes (em telão) alusivos aos temas. Duração 1 ano com uma aula por semana. domingo 10h00 - 11h00 03/03/2013

1º Ano: Curso de Iniciação aoEspiritismo com aulas e projeção de filmes (em telão) alusivos aos temas. Duração 1 ano com uma aula por semana. 2ª Feira 20h00 – 21h00 04/03/2013

2º Ano 3ª Feira 20h00 – 22h00 05/02/2013 Restrito

2º Ano Domingo 09h00 – 11h00 03/02/2013 Restrito

3º Ano 2ª Feira 20h00 – 22h00 04/02/2013 Restrito

3º Ano Domingo 09h00 – 11h00 03/02/2013 Restrito

Evangelização da Infância Domingo 10h00 – 11h00 Fev / Nov Aberto ao público

Mocidade Espírita Domingo 10h00 – 11h00 ininterrupto Aberto ao público

Atendimento ao público

Assistência Espiritual: Passes 2ª Feira 20h00 - 20h40 ininterrupto Aberto ao público

Assistência Espiritual: Passes 3ª Feira 20h00 - 20h40 ininterrupto Aberto ao público

Assistência Espiritual: Passes 4ª Feira 14h00 - 14h40 ininterrupto Aberto ao público

Assistência Espiritual: Passes 5ª Feira 20h00 - 20h40 ininterrupto Aberto ao público

Assistência Espiritual: Passes 6ª Feira 20h00 - 20h40 ininterrupto Aberto ao público

Assistência Espiritual: Passes Domingo 09h00 - 09h40 ininterrupto Aberto ao público

Palestras Públicas Domingo 10h00 - 11h00 ininterrupto Aberto ao público

Rua Dr. Luís Silvério, 12013042-010 Vila MarietaCampinas – São Paulo – Brasil(19) 3233-5596

Ônibus: Vila Marieta nr. 348*Ponto da Benjamim Constant em frente à biblioteca municipal. Conheça mais sobre nós:

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