vida e obra de agostinho neto

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INTRODUÇÃO Desenvolver este trabalho não foi fácil mas conseguiu- se atingir os níveis satisfatórios, a partir deste estudo desenvolveu-se uma linha de argumentação acerca da obra e percurso da vida de cada escritor e poeta, onde será possível entender os conceitos dos principais pontos abordados nesta pesquisa. Na primeira linha de pesquisa destacou-se detalhadamente sobre o trajecto acadêmico e político de Agostinho Neto e as suas respectivas datas. E de seguida reflectiu-se sobre os diversos pontos comuns que são encontrados em todos os capítulos que são determinantes para o discernimento da matéria como vida e obra.

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Vida e Obra de Autores Angolanos

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INTRODUO

Desenvolver este trabalho no foi fcil mas conseguiu-se atingir os nveis satisfatrios, a partir deste estudo desenvolveu-se uma linha de argumentao acerca da obra e percurso da vida de cada escritor e poeta, onde ser possvel entender os conceitos dos principais pontos abordados nesta pesquisa.

Na primeira linha de pesquisa destacou-se detalhadamente sobre o trajecto acadmico e poltico de Agostinho Neto e as suas respectivas datas. E de seguida reflectiu-se sobre os diversos pontos comuns que so encontrados em todos os captulos que so determinantes para o discernimento da matria como vida e obra.

UNIDADE I - AGOSTINHO NETO

1.1 - BIOGRAFIA E ACTUAO

Agostinho Neto nasceu na aldeia de Kaxicane, regio de Icolo e Bengo, a cerca de 60 km de Luanda. O pai era pastor e professor da Igreja Metodista e, a sua me, era igualmente professora. Aps ter concludo o curso liceal em Luanda, trabalhou nos servios de sade e viria a tornar-se rapidamente uma figura proeminente do movimento cultural nacionalista que, durante os anos quarenta, conheceu uma fase de vigorosa expanso em Angola.

Decidido a formar-se em Medicina, embarca para Portugal em 1947 e matricula-se na Faculdade de Medicina de Coimbra, e posteriormente na de Lisboa. Dois anos depois da sua chegada Portugal, foi-lhe concedida uma bolsa de estudos pelos Metodistas Americanos.

Envolve-se desde muito cedo em actividades polticas sendo preso em 1951, quando reunia assinaturas para a Conferncia Mundial da Paz em Estocolmo. Aps a sua libertao, retoma as actividades politicas e torna-se representante da Juventude das colnias portuguesas junto do Movimento da Juventude Portuguesa, o MUD juvenil. E foi no decurso de um comcio de estudantes a que assistiam operrios e camponeses que a PIDE o prendeu pela segunda vez, em Fevereiro de 1955 s vindo a ser posto em liberdade em Junho de 1957.

Por altura da sua priso em 1955 veio ao lume um opsculo com poemas seus, que denunciavam as amargas condies de vida do Povo angolano.A sua priso desencadeou uma vaga de protestos em grande escala. Realizaram-se encontros; escreveram-se cartas e enviaram-se peties assinadas por intelectuais franceses de primeiro plano, como Jean-Paul Sart, Andr Mauriac, Aragon e Simone de Beauvoir, pelo poeta cubano Nicols Gulln e pelo pintor mexicano Diogo Rivera, e em 1957, Agostinho Neto,foi eleito Prisioneiro Poltico do Ano pela Amnistia Internacional.

Em 1958, Agostinho Neto licenciou-se em Medicina e, casou com Maria Eugnia, no prprio dia em que concluiu o curso. Neste mesmo ano, foi um dos fundadores do clandestino Movimento Anticolonial (MAC), que reunia patriotas oriundos das diversas colnias portuguesas. Em 30 de Dezembro de 1959. Neto voltou ao seu Pas, com a mulher, Maria Eugnia, e o filho de tenra idade, e passou a exercer a medicina entre os seus compatriotas. Em 8 de Junho de 1960, o director da PIDE veio pessoalmente prender Neto no seu Consultrio em Luanda. Uma manifestao pacfica realizada na aldeia natal de Neto em protesto contra a sua priso foi recebida pelas balas da polcia. Trinta mortos e duzentos feridos foi o balano do que passou a designar-se pelo Massacre de Icolo e Bengo.

Receando as consequncias que podiam advir da sua presena em Angola, mesmo encontrando-se preso, os colonialistas transferiram Neto para uma priso de Lisboa e, mais tarde enviaram-no para Cabo Verde, para Santo Anto e, depois para Santiago, onde continuou a exercer a medicina sob constante vigilncia poltica. Foi durante este perodo, eleito Presidente Honorrio do MPLA. Por mostrar a alguns amigos em Santiago (Cabo Verde) uma fotografia, em que um grupo de jovens soldados portugueses sorriam para a cmara, segurando um deles uma estaca em que foi espetada a cabea de um angolano e inserta em diversos jornais (por exemplo, no Afrique Action, semanrio que se publica em Tunes)Agostinho Neto foi preso na cidade da Praia em 17 de Outubro de 1961 e transferido depois para a priso de Aljube em Lisboa. Sob forte presso, interna e externa, as autoridades fascistas viram-se obrigadas a libertar Neto em 1962, fixando-lhe residncia em Portugal. Todavia, pouco tempo depois da sada da priso, Agostinho Neto, em Julho de 1962, saiu clandestinamente de Portugal com a mulher e os filhos pequenos, chegando a Lopoldville (Kinshasa), onde o MPLA tinha ao tempo a sua sede exterior. Em Dezembro desse ano, foi eleito presidente do MPLA durante a Conferncia Nacional do Movimento. Em 1970 foi-lhe atribudo o Prmio Ltus, pela Conferncia dos Escritores Afro-Asiticos com a "Revoluo dos Cravos" em Portugal e a derrocada do regime fascista de Salazar, continuado por Marcelo Caetano, em 25 de Abril de 1974.

O MPLA considerou reunidas as condies mnimas indispensveis, quer a nvel interno, quer a nvel externo, para assinar um acordo de cessar-fogo com o Governo Portugus, o que veio a acontecer em Outubro do mesmo ano.

Agostinho Neto regressa a Luanda no dia 4 de Fevereiro de 1975, sendo alvo da mais grandiosa manifestao popular de que h memria em Angola. Agostinho Neto que na frica de expresso portuguesa comparvel Lopold Senghor na frica de expresso francesa. Foi um esclarecido homem de cultura para quem as manifestaes culturais tinham de ser, antes de mais, a expresso viva das aspiraes dos oprimidos, armas para a denncia de situaes injustas, instrumento para a reconstruo da nova vida.

1.2 - OBRAS LITERRIAS

Poesia

1957Quatro Poemas de Agostinho Neto,Pvoa do Varzim, e.a.

1961Poemas,Lisboa, Casa dos Estudantes do Imprio

1974Sagrada Esperana, Lisboa, S da Costa (inclui os poemas dos dois primeiros livros)

1982A Renncia Impossvel,Luanda, INALD (edio pstuma)

Poltica

1974- Quem o inimigo qual o nosso objectivo?

1976- Destruir o velho para construir o novo

1980- Ainda o meu sonho

UNIDADE II - ALDA LARA 2.1 - BIOGRAFIA E ACTUAO

Alda Lara a Faculdade de Medicina em Lisboa, e depois, em Coimbra, onde conclui o curso. Sua tese de licenciatura sobre a psiquiatria infantil foi considerada de grande valia, motivo pelo qual recebeu o convite para ir se especializar em Paris. Foi-lhe assegurada, na poca, a possibilidade de retornar a Lisboa e ocupar um cargo condizente com os seus estudos de ps-graduao, o que no conseguiu, em razo do forte sentimento que lhe prendia a terra natal. Chegou, outrossim, a realizar algumas conferncias como mdica, uma das quais versou os trabalhos missionrios realizados na frica e sobre as questes da assistncia mdica. Suas conferncias tiveram uma enorme repercusso e muitas delas foram publicadas.

2.2 - PERCURSO LITERRIO: EPOCA E GERAO

Poeta da gerao Mensagem, a escritora demonstrou, desde cedo, o seu amor pela arte. Irmo do poeta Ernesto Lara filho e casada com o escritor Orlando Albuquerque, Alda Lara se envolveu, o quanto lhe foi possvel, com a poesia. Tornou-se uma exima declamadora. Nos seus recitais de poesia, em Lisboa e Coimbra, Alda Lara divulgava a poesia dos poetas do alm-mar. Naquela epoca, praticamente ningum conhecia a poesia negra, sobretudo a Africana. Ficou bastante conhecida como poeta, no s porque mantinha uma estreita ligao com a casa dos Estudantes do Imprio CEI, mas tambm porque foi colaboradora em jornais e revistas de relevncia na epoca, tais como a revista Mensagem-CEI, o Jornal de Benguela, o Jornal de Angola, o ABC e Cincia.

Nessas publicaes, surgiram os seus primeiros escritos poticos, tambm publicados em vrias antologias, at surgir o seu primeiro livro, intitulado poesias, em 1960. Em 1969, publica o primeiro livro de contos, intitulado Contos Portugueses do ultramar. Embora a sua obra no seja, de fato, muito extensa, em razo da sua vida atribulada e de muito sacrifcio, sua expresso potica foi profunda em sentimento e angolanidade.

Alda Lara carregava, na palavra, toda a ternura e a firmeza de uma verdadeira mulher africana, que se solidariza com o drama do outro e lhe dirige o olhar de uma atenta mter. Era uma narradora de reconhecido quilate. Tanto assim que, nos dias que antecederam a sua morte, Alda Lara ainda escrevia um livro de contos. Embora no tenha chegado a finaliza-lo, a artista conseguiu, at onde lhe foi possvel, expressar os momentos angustiantes que Angola vivia e, paradoxalmente, o seu sentimento de esperana e f num amanh que ela sabia que no viria a conhecer.

Aps a sua morte, a Cmara Municipal de S da Bandeira, actual Lubango, decidiu instituir o Prmio Alda Lara de Poesia.

2.3 - OBRA POTICA: CRONOLOGIA E PUBLICAES

1958 Antologia de Poesias angolanas.

1959 Amostra de poesia. In: Estudos Ultramarinos.

196? Antologia da Terra Portuguesa.

1962 Poetas angolanos.

1963 Poetas e contistas africanos.

1963 Mkua 2 antologia potica.

1963 Makua 3 antologia potica.

1963 Antologia potica angolana.

1966 Poemas. Obra Completa de Alda Lara.

1969 Contos portugueses do ultramar.

1973 Tempo de chuva. Lobito: Coleco Capricrnio.

1979 Poesia. Cadernos de Lavras e Oficina.

1984 Poemas.

2.4 - CRITICAS LITERRIA

Sobre a sua formao, a prpria escritora afirmou:

Ingressei em 1948 na Faculdade de Medicina de Lisboa. Uma s vontade me animava, um desejo nico fazer um curso que me pudesse tornar til em Angola. Desejava apenas realizar uma vasta aco social em Angola, queria organizar postos de assistncia gratuitos, cursos de puericultura e informao sanitria para as mulheres indgenas e quantas coisas mais.

Sobre Alda Lara, escreveu Francisco Soares:

Ela nunca deixou de partilhar as preocupaes da angolanidade, soube escrever aproveitando a superao lrica do neo-realismo realizada pelos poetas da Tvola Redonda, ainda que mantenha por vezes um tom conclamatrio e didtico que de l lhe ter vindo.

Maria Nazareth Soares Fonseca emCorpo e voz em poemas brasileiros escritos por mulher, retoma algumas consideraes a respeito da produo das escritoras africanas, referindo-se escrita feminina de Alda Lara como a expresso da fase dura das lutas contra o regime colonial, em que o fazer poesia significou um comprometimento com a luta pela libertao. Afirma que seus versos cantam as belezas do continente ou denunciam as atrocidades impostas pela colonizao, uma vez que tinham, por misso, fazer com que os africanos redescobrissem a frica que existia por detrs da opresso.

A autora reafirma ainda o seu pensamento, dizendo que possvel degustar, nos versos de Alda Lara, os encantos de terra e a pujana de suas cores, o que exemplifica pelos versos: Minha terra... /Minha ternamente... Terra das accias, dos dongos, dos clios baloiando, mansamente... / Terra! Lembra tambm que, em outros momentos, o poema faz-se espao de denncia e os versos acolhem a dor das mulheres mes, noivas e filhas, como em: Nos olhos dos fuzilados, / Dos sete corpos tombados / De borco, no cho impuro, Eis! ... sete mes soluando... Nas faces dos fuzilados, Nas sete faces torcidas De espanto ainda, e receio ...sete noivas implorando...

Sobre a narrativa de Alda Lara, Ana Maria Martinho tambm lembra:

Os seus textos so anti-novelas, na medida em que rejeitam a linearizao do acontecimento e a natureza activa da sucessividade diegtica. A composio ficcional de uma realidade que se constri como totalidade alternativa aos mundos visveis e quotidianos... no da preocupao pela realidade exterior ao texto, no perspectiva naturalista que admite a insero de comentrios retricos autorais sempre que necessrio, mas da reflexo sobre o no visvel, sobre a condio humana na sua ambigidade.

Inocncia Mata, ensasta so-tomense radicada em Portugal h mais de 20 anos e professora de Literatura Africana da Faculdade de Letras de Lisboa, tambm d-nos uma exacta noo da obra de Alda Lara, ao dizer que:

Na sua poesia, a mulher sempre sujeito ou figura potica e na tematizao do homem oprimido, Alda Lara concentra na mulher as direces do sonho de libertao nos anos 50-60. E o sonho portador de extrema esperana, mas e a reside a diferena com a maior parte da poesia dos seus contemporneos, nutrindo-se de ideais intemporais e universais como justia, fraternidade/solidariedade, amor e paz, vo alm da construo da nao... A fora desse sonho percorre a sua poesia, em cuja enunciao discursiva no h espao para as contradies e as aspiraes de sentir individual.

UNIDADE III - MRIO ANTNIO FERNANDES DE OLIVEIRA

3.1 - BIOGRAFIA E ACTUAO

Mrio Antnio Fernandes de Oliveira nasceu em Maquela do Zombo a 5 de Abril de 1934 e faleceu em lisboa no dia 7 de Fevereiro de 1989.

Desde criana que vivia em Luanda, onde fez os seus estudos primrios e secundrios. Trabalhou como metereologista. Em 1963 foi viver para Portugal, onde permaneceu at morrer. Licenciou-se em Cincias Sociais e Poltica Ultramarina e doutorou-se em 1987 em Estudos Portugueses (Literaturas Africanas de Expresso Portuguesa).

Foi professor auxiliar da Faculdade de Cincias Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, director do Servio para a Cooperao com os Novos Estados Africanos, da Fundao Calouste Gulbenkian e presidente da Seco de Literatura da Sociedade de Geografia de Lisboa.

Foi activista poltico, ligado criao do Partido Comunista de Angola (PCA) e do Partido de Luta Unida dos Africanos de Angola (PLUAA), conjuntamente com Viriato da Cruz, Antnio Jacinto e Ildio Machado. Por represso da polcia poltica abandonou as actividades polticas.

Pertenceu gerao "Mensagem", colaborou com diversos publicaes em Angola, Portugal e outros pases, como Mensagem (ANANGOLA), Mensagem (CEI), Cultura (I) e (II), Jornal de Luanda, A Provncia de Luanda, Boletim da Cmara Municipal de Luanda, O Brado Africano, Itinerrio, Colquio, Ultramar, etc. Figura na maioria das antologias de poesia e prosa africanas. Foi vencedor de diversos prmios literrios entre os quais.

3.2 - OBRAS POTICAS

Poesias, 1956, Lisboa, e. a.;

Poemas & Canto Mido, 1961, S da Bandeira, Coleo Imbondeiro;

Chingufo, 1962, Lisboa,

100 Poemas, 1963, Luanda, Ed. ABC;

Era Tempo de Poesia, 1966, S da Bandeira, Coleo Imbondeiro;

Rosto de Europa, 1968, Braga, Ed. Pax;

Corao Transplantado, 1970, Braga, Ed. Pax;

Afonso, o Africano, 1980, Braga, Ed. Pax;

50 Anos - 50 Poemas, 1988, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda;

Obra Potica (inclui todos os livros anteriores), 1999, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda.

UNIDADE IV - VIRIATO CLEMENTE DA CRUZ 4.1 - BIOGRAFIA E ACTUAO

Poeta foi funcionrio pblico e grande ativista poltico, Viriato saiu de Angola em 1957, para encontrar-se com Mrio Pinto de Andrade e, com este, desenvolver intensa atividade poltica. Foi cofundador do MPLA e exerceu, nos primeiros anos, o cargo de secretrio-geral, mas acabou por entrar em dissidncia com outros dirigentes, indo exilar-se na China, onde veio a falecer em 1973.

4.2 - PERCURSO LITERRIO: POCA E GERAO

considerado um dos impulsionadores da poesia regionalista angolana, nas dcadas de 40 e 50. Foi um dos promotores do Movimento dos Novos Intelectuais de Angola, em 1948, e da Revista Mensagem, publicada em Luanda.

Alguns dos seus poemas foram j musicados e cantados por cantores angolanos e portugueses, como Rui Mingas e Fausto. O seu poema Namoro considerado um clssico da literatura angolana. Viriato da Cruz publicou um nico livro de poemas, mas colaborou, ainda que de forma dispersa, em diversos peridicos, como Cultura I e II, Mensagem, em Luanda e no CEI, Jornal de Angola e Diria de Luanda. Sua obra consta de diversas antologias, destacando-se, dentre elas, No Reino de Caliban: Antologia Panoramica da Poesia Africana de Expresso Portuguesa, de 1976, e Nuvem Passageira: Antologia dos Poetas D Alm, publicada em 2005. O livro Poemas, publicado em 1961, editado pela casa dos Estudantes do Imprio CEI, de Lisboa, inclui seis dos doze poemas reconhecidos de sua autoria.

Dentre estes, encontram-se nomeadamente: Makz; S Santo; Namoro; Sero de menino; Rimane da Menina da Roa; Mam negra (canto de esperana); S Bandeira; Dois poemas a terra e Na encruzilhada. Cabe destacar, na obra de Viriato da Cruz, uma intensa e vibrante tradio oral, a mesma das avs contadoras de histrias que fundou propriamente toda uma nao e a quem toda reverncia nunca demais.

4.3 - OBRAS POTICAS: CRONOLOGIA E PUBLICAES

1961 Poemas.

Antologias:

1976 No Reino de Caliban: Antologia Panormica da Poesia Africana de Expresso Portuguesa.

2005 Nuvem Passageira: Antologia dos Poetas D Alm.

4.4 - CRITICA LITERRIA:

Pires Laranjeira salienta, em sua obra intitulada Literaturas Africanas de Expresso Portuuesa, que nos poemas de Viriato da Cruz

notria a estrutura, com interferncias do quimbundo e dos termos angolinizados na Lngua-Padro portuguesa, o ritmo oralizante e musical, em discurso potico de forte tendncia narrativizada... Os poemas de Viriato tiveram sempre uma recepo extraordinria, que ultrapassa a fatalidade da sua irrisria escassez. So peas inquestionveis dos fundamentos literrios da nacionalidade, aprendidas pelo povo angolano, as vezes, como textos annimos, to forte o seu poder oral e evocativo, e no h antologia que os possa ignorar.

UNIDADE V - ANTNIO JACINTO5.1 - BIOGRAFIA E ACTUAO

Antnio Jacinto do Amaral Martins nasceu no Golungo em 28 de Setembro de 1924 e realizou seus estudos liceais em Luanda.Foi empregado de escritrio e tcnico de contabilidade. Destacou-se como poeta e contista da gerao Mensagem e, como membro do Movimento de Novos Intelectuais de Angola. tendo colaborado com produes suas em diversas publicaes nomeadamente "Notcias do Bloqueio", "Itinerrio", "O Brado Africano"

Por questes polticas foi preso em 1960 sendo desterrado para Campo de do Tarrafal, em Cabo Verde, onde cumpriu pena at 1972, ano em que foi transferido para Lisboa sendo-lhe imposto o regime de liberdade condicional, por cinco anos.Em 1973 evadiu-se de Portugal e foi para Brazzaville, onde se juntou guerrilha do MPLA.

Aps a independncia de Angola foi co-fundador da Unio de Escritores Angolanos, e participou activamente na vida poltica e cultural angolana, sendo Ministro da Cultura de 1975 a 1978.

Ganhou vrios prmios, nomeadamente o Prmio Noma, Prmio Lotus da Associao dos Escritores Afro-Asiticos e Prmio Nacional de Literatura.Em 1993, o Instituto Nacional do Livro e do Disco (INALD), instituiu em sua homenagem o Prmio Antnio Jacinto de Literatura. A 23 de Junho de 1991, faleceu com 66 anos de idade.

5.2 - OBRAS POTICAS

Poemas(1961),

Vov Bartolomeu (1979),

Poemas (1982, edio aumentada),

Em Kilunje do Golungo (1984),

Sobreviver em Trrafal de Santiago (1985; 2ed.1999),

Prometeu (1987),

Fbulas de Sanji (1988)

UNIDADE VI - MANUEL RUI MONTEIRO 5.1 - BIOGRAFIA E ACTUAO

Manuel Rui Alves Monteiro nasceu no Huambo em 1941, tendo vivido durante anos em Coimbra onde se licenciou em Direito. Em Portugal foi advogado e membro da direco da revista "Vrtice", de que foi colaborador. Regressou a Angola em 1974, onde ocupou diversos cargos polticos, tendo sido Ministro da Informao do Governo de Transio. Foi tambm professor universitrio e Reitor da Universidade de Huambo, um dos principais ficcionistas Angolanos.

5.2 - OBRA POTICA

Poesia sem Notcias, 1967, Porto, e. a.;

A Onda, 1973, Coimbra, Ed. Centelha;

11 Poemas em Novembro (Ano Um), 1976, Luanda, Unio dos Escritores Angolanos;

11 Poemas em Novembro (Ano Dois), 1977, Luanda, Unio dos Escritores Angolanos;

11 Poemas em Novembro (Ano Trs), 1978, Luanda, Unio dos Escritores Angolanos;

Agricultura, 1978, Luanda, Ed. Conselho Nacional de Cultura / Instituto Angolano do Livro;

11 Poemas em Novembro (Ano Quatro), 1979, Luanda, Unio dos Escritores Angolanos;

11 Poemas em Novembro (Ano Cinco), 1980, Luanda, Unio dos Escritores Angolanos;

11 Poemas em Novembro (Ano Seis), 1981, Luanda, Unio dos Escritores Angolanos;

11 Poemas em Novembro (Ano Sete), 1984, Luanda, Unio dos Escritores Angolanos;

Cinco Vezes Onze Poemas em Novembro (Rene os 5 primeiros livros da srie 11 Poemas em Novembro), 1985, Lisboa, Edies 70;

11 Poemas em Novembro (Ano Oito), 1988, Luanda, Unio dos Escritores Angolanos;

Assalto, sem data, Lisboa, Pltano Editora.

CONCLUSO

Ao longo de todo o percurso do trabalho procurou-se tirar delas as concluses mais acertadas de acordo com o meu conhecimento, clareando assim tudo que passou-se na vida dessas grandes pessoas que contriburam politicamente e socialmente no progresso continuo do nosso pas, eles dedicavam-se arduamente nos seus desafios, e tinham como foco os interesses sociais, eles deram origem a diversas obras que expandiram os valores scio-culturais e que tiveram o um impacto positivo no mbito poltico e social.