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FILOSOFIA

Filosofia é arte, a de fazer perguntas...

Sem buscar respostas certas.

É buscar um caminho

Sem saber exatamente onde ele o levará.

Filosofar é ter certeza

Que a certeza nunca vai chegar.

É compreender o universo em seu ser,

E o seu ser no universo.

Filosofia é a arte

De buscar

E de se encontrar.

(Victor Borém - 12º ano)

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Informativo Colégio Rudolf Steiner de Minas Gerais. Reg: 81294. Rua Nossa Senhora de Fátima, 190, Jardinaves, Nova Lima, MG, (31) 3286 5264

CONSELHO EDITORIAL Prof. de Libras Lucas Ramon, Gabriela Hilarino, katryn Claude, Lilia Armendan, Lourdinha Greco, Luzia Araújo, Mariana Fonseca,

Selma Santos, Thais Ribeiro.JORNALISTA RESPONSÁVEL Andrea Gallo-MTB 23775

ILUSTRAÇÕES Anna GöbelFOTOGRAFIAS Patrícia Rocha e Gabriela Hilarino

CAPA Desenho de Victor e Nayara do 12º anoCAPTAÇÃO DE RECURSOS Anamaria Peró e outrosFORMATAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Bruno Crepaldi

IMPRESSÃO Bigráfica Editora TIRAGEM 1.300 exemplares

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Pais de alunos, escolas Waldorf e instituções comerciais e educacionais

www.colegiorudolfsteiner.com.br

A GINÁSTIC A BOTHMER...

A Ginástica Bothmer foi criada por Graf Fritz Von Bothmer em 1922, quando iniciou seu trabalho como professor de Educação Física na primeira escola Waldorf, em Stuttgart. A partir de um pedido de Rudolf Steiner, ele desenvolveu esta ginástica escolar que serviria como ferramenta na “educação do movimento” dos alunos nas escolas Waldorf.

A Ginástica Bothmer diferenciou-se de todos os movimentos ginásticos conhecidos na época e contou com a sua profunda veneração pela �gura humana e com seu o longo caminho de autoeducação antroposó�ca. Conde Bothmer tratou de desenvolver exercícios corporais para as aulas de ginástica de tal maneira que elas se encaixassem harmoniosamente com o desenvolvimento dos alunos, e que não fosse um corpo estranho no currículo.

Os exercícios de Ginástica Bothmer iniciam-se no 3º ano do ensino fundamental e vão até o 12º ano do Ensino Médio. Recomenda-se que eles sejam trabalhados todos os dias pelo professor como parte importante das aulas de Educação Física.

No 3º, 4º e 5º anos, quando iniciamos o ensino de Educação Física, os alunos começam suas vivências na Ginástica Bothmer através das cirandas. Estas, por sua vez, são cirandas ritmadas e servem como alimento para o importante desenvolvimento dessa fase. Durante a execução das cirandas, são trabalhados aspectos como o ritmo, respiração, cooperação, individualidades, entre outras características.

Do 6º ao 12º ano, Conde Bothmer criou exercícios que dessem a oportunidade aos alunos de vivenciar, através da Ginastica Bothmer, movimentos plenos de sentido, a �m de contribuir para o desenvolvimento físico, anímico e espiritual das crianças e jovens.

Em janeiro de 2017, aconteceu a formatura do II Curso de Formação Livre em Ginástica Bothmer Brasil.

A Formação aconteceu no Colégio Rudolf Steiner de São Paulo com apoio da Federação das Escolas Waldorf do Brasil e teve duração de 3 anos. A primeira turma formou-se em 2009 e desde então os coordenadores e professores já formados vem estimulando e organizando encontros para o estudo e a prática de matérias pertinentes ao currículo da Educação Física das escolas Waldorf, como jogos e brincadeiras, atletismo, ginástica de aparelhos, Ginástica Bothmer, entre outros.

Gabriela Hilarino – Professora de Educação Física e Ginástica Bothmer

do 3º, 4º,5º e 6º ano do CRSMG – Informações: [email protected]

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EURITMIA NO ENSINO FUNDAMENTAL

“Eu amo minha estrela, que brilha, brilha com toda sua luz” Nossos “pequenos” estão recebendo a professora Neiele que irá, através da Euritmia, conduzir as crianças para a conquista das possibilidades de “brilharem com toda a sua luz”! Mas, o que é Euritmia?Euritmia é uma arte de movimento que propõe a religação do ser humano com forças criadoras. Foi desenvolvida por Rudolf Steiner que recomendou a inclusão no curriculum das escolas Waldorf a partir dos 03 anos (até os 18 anos). No primeiro setênio de suas vidas, as crianças estão formando o germe de algumas capacidades básicas que serão permanentemente transformadas e desenvolvidas no decorrer da vida. A conquista paulatina da tridimensionalidade do espaço é uma das capacidades que tornam a criança mais segura e autônoma. Posteriormente ela alcançará o equilíbrio anímico.

Segundo a professora Neiele, “a criança constrói sua casa e toma conta desse espaço

que ela mesma criou”. Através da proposta: “meus pés podem falar, minhas mãos podem

cantar”, trabalha-se o alfabeto. O alfabeto é o “grande organismo do corpo etérico” e o silêncio

(ou pausa) entre um movimento (gesto) e outro “cria a oportunidade” para a criança ficar mais

presente em “sua casa”...A comunidade do Colégio Rudolf Steiner sente-

se feliz e muito grata por esse trabalho que a professora Neiele está iniciando junto às crianças do Ensino Fundamental. E vamos, com alegria, aguardar e divulgar as apresentações que virão...

“Os reinos da natureza são os fonemas e o ser humano é a palavra.”(Paracelsus)

Professora Luzia Araújo

AS AULAS OPTATIVAS NO ENSINO MÉDIODesde o ano de 2016, as matérias optativas são oferecidas no Ensino Médio no Colégio Rudolf Steiner de Minas Gerais. As aulas de Orquestra, Jardinagem, Alemão e Espanhol entraram no quadro de horários alternativos e as experiências do ano passado foram fundamentais para consolidar esta proposta. Ao longo do ano, várias atividades foram desenvolvidas durante as aulas e o ápice das produções foi o Sábado com Arte, o evento das Línguas e Artes do Colégio. O ano de 2016 encerrou-se com um gostinho de quero mais e com uma importante semente germinando: para 2017, as turmas cresceram e as optativas ganharam um lugar significativo no dia adia do Ensino Médio. Agora as aulas são realizadas nas tardes de terça. As tradicionais aulas de

Orquestra, com a professora Adriana Soares e de Jardinagem, com o professor Genaro continuam acontecendo. As aulas de Alemão com a professora Caroline Siqueira ganharam mais uma turma, totalizando três e as aulas de Espanhol com a professora Carolina Correa, também contam com mais uma turma, no total de duas.Para este ano tivemos duas grandes novidades: os mini cursos, com duração de aproximadamente 10 semanas cada, trouxeram uma série de novas e antigas atividades: Marcenaria, Informática, Primeiros Socorros e Culinária. E a cereja do bolo é a realização da aula da Língua Brasileira de Sinais, a LIBRAS, com o professor Lucas.

Caroline Siqueira e Carolina Correa, professoras de Alemão e Espanhol

2º ANO WALDORF - ENSINO E APRENDIZ AGEM Na escola Waldorf, a criança aprende a escrever bem tranquilamente. A leitura vem depois. De certa forma, ela repete o desenvolvimento da escrita na história da humanidade. A partir de contos e imagens, de forma bem artística, vão surgindo as formas da escrita latina impressa, primeiro as maiúsculas. Ao mesmo tempo, a criança é levada à essência do som de cada letra. Usando a imagem, o som, surge a escrita como um desenho. No segundo ano, as crianças são convidadas cada vez

mais a criar seus próprios textos. A ortografia ainda não é uma preocupação. O objetivo aqui é deixar a criança livre para se expressar espontaneamente. Aí, os adultos, os irmãos e amigos mais velhos precisam esquecer seus preconceitos ortográficos.Aqui estão alguns textos de crianças do segundo ano quando estávamos trabalhando o CH, LH e NH. Vamos ver quem consegue ler com os ouvidos!

Professora Ana Luiza Versiani

Nossos “pequenos” estão recebendo a professora Neiele que irá, através da Euritmia, conduzir as crianças para a conquista das possibilidades de “brilharem com toda a sua luz”!

Euritmia é uma arte de movimento que propõe a religação do ser humano com forças criadoras. Foi desenvolvida por Rudolf Steiner que recomendou a inclusão no curriculum das escolas Waldorf a partir

No primeiro setênio de suas vidas, as crianças estão formando o germe de algumas capacidades básicas que serão permanentemente transformadas e desenvolvidas no decorrer da vida. A conquista paulatina da tridimensionalidade do espaço é uma das capacidades que tornam a criança mais segura e autônoma. Posteriormente ela alcançará o

constrói sua casa e toma conta desse espaço que ela mesma criou”. Através da proposta:

“meus pés podem falar, minhas mãos podem cantar”, trabalha-se o alfabeto. O alfabeto é o

“grande organismo do corpo etérico” e o silêncio (ou pausa) entre um movimento (gesto) e outro

“cria a oportunidade” para a criança ficar mais presente em “sua casa”...

A comunidade do Colégio Rudolf Steiner sente-se feliz e muito grata por esse trabalho que a professora Neiele está iniciando junto às crianças do Ensino Fundamental. E vamos, com alegria, aguardar e divulgar as apresentações que virão...

“Os reinos da natureza são os fonemas e o ser humano é a palavra.”

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Segundo o nosso querido tutor Aquiles: “O mundo está sempre em constante movimento”. Sendo assim, é concebido o dever de nos adequarmos a ele.Pois tudo muda e se transforma, tudo mesmo. E às vezes nem nos damos conta!Você por acaso já se deparou com uma situação em que de repente percebeu que aquela música, livro ou filme que você adorava se tornou tão... diferente?E você passou a não gostar tanto daquilo... Por quê, heim? Afinal a música, o enredo do livro e o filme permanecem iguais...Então é porque você mudou!E esse é exatamente a sensação de estar no Ensino Médio: todas aquelas coisas que antes tanto lhe afligiam, de repente se tornam quase frívolas.Neste grande passo, crescemos. E com a maturidade, vem também a tal da independência e aquela conhecida responsabilidade, que tanto ouvimos falar. E liberdade também! Liberdade de questionar, de se expressar e ser quem você é. Afinal, não é por isso que lutamos? Pela tão desejada individualidade de cada ser?No Ensino Médio, isso existe, é algo vivo.

As relações também são diferentes: o grupo anda unido e os professores são honestos conosco. Bom, na verdade eles sempre foram, mas agora não há aquela “figura materna” representada pela Professora de Classe. Ou seja, é preciso correr atrás de seus desejos!Pois no Ensino Médio também aprendemos a nos interessar cada vez mais e procurar por nós mesmos.O tutor dá ajuda e suporte sim, ele nos oferece a chave de diversas portas para novas possibilidades. Lembre-se: com esforço e força de vontade é possível superar qualquer obstáculo!Quando olhamos para trás somos preenchidos com o deleite de várias memórias. Contudo, ao excogitar o que vem a seguir... Xiii, é um tal de: “Ah não, biografia?”.Gera apreensão sim, é claro (e quem já passou por isso sabe)! Às vezes bate um nervosismo, né? Mas e as outras coisas que já enfrentamos? Também não davam?E sobre aquela música que você tanto gostava, heim? Assim como as coisas se transformam, elas crescem. E as pessoas também!

Amadurecem. E às vezes até florescem!

Alunos do 9º ano

ENSINO MÉDIO?

ENSINO MÉDIO NO PRÉDIO NOVOEste ano tivemos a oportunidade de fechar um ciclo de imensa importância: finalmente, a escola possui classes do maternal ao 12º ano! Ao fecharmos um ciclo, sentimo-nos mais conectados e cientes de cada etapa do processo de formação Waldorf. Agora, constantemente penso comigo mesma: o que seria de uma borboleta que nunca foi larva, ou de uma fruta que nunca foi semente? Concluo que as etapas devem ser cumpridas para que o propósito final seja estabelecido. Hoje, podemos experimentar com mais vivacidade o que é viver em comunhão e conhecer o fruto, tão claro como o dia, da convivência em sociedade na Pedagogia Waldorf.

So�a Rossi, aluna do 10º ano.

O APRENDER “LÍNGUA PORTUGUESA” NO ENSINO MÉDIO

No início deste ano de 2017 trabalhamos na aula de Português a análise de verbos regulares mas, principalmente, irregulares dando foco aos verbos Ser e Amar:Quem somos? Ser, verbo assim tão irregular, diferente em todas as conjugações, não poderia deixar de ser assim, afinal cada um é um ser único.Amar é regular, e como um justo rei, distribui a todos igualmente suas riquezas.E assim, o pensamento correu livre nas produções de textos sobre esses dois verbos grandiosos.

Alice Solis e So�a Ribeiro, alunas do 11º ano

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Amar

“Amor; força que transforma a dore gera a alma para o BeatíficoVerbo pluralQue engloba o universoAmo,Amei,Amava,Amara...Em todos os temposAmar é união,Junção,Colisão,Explosão,Explosão dos sentimentos que criam a VidaAmar,Amar,Amar-te...Será que vou a Marte?ou apenas amo a arte?Arte de viverArte de serArte de Amar

Arte de Amor” Yurika Renan, aluna do 11º ano

“Ser assimSer tão simplesSertão só de sentimentoSe a razão já não com-senteLevo a chama dentro de mimDo puro querer ardenteQuando a seca me assolarSe meu ser já não germinaMergulho fundo dentro de mimMágoas se tornam salinaViro um mar de pensamentos” Alice Solis, aluna do 11º ano

“Quem eu sou?Sou aquele que éaquele que voae que destoaE não sou isso simplesmente por sermas sim por Ser vontade de viver.”

Uriel Soares, aluno do 11º ano

“Se eu tivesse amadoquando ameiteria te apaixonadoteria te dadoo verbo amarseria o que disse:Amei!mas amou apenas a essência(a)mar” Francesco, aluno do 11º ano

TRABALHO DE INGLÊS

The nature is our body,

its spirits whisper in my ears

a prayer of peace. The earth is our body,

its spirits give me all my strength. Our destiny is determined day after day.

With our actions,

with our thoughts.

A natureza é o nosso corpo,

seus espíritos sussurram em meus ouvidos

uma oração de paz. A terra é o nosso corpo,

seus espíritos me concedem toda a minha força. Nosso destino é traçado a cada dia.

Por nossos corações, por nossos pensamentos.

Hanna Clara, aluna do 10º ano

“Amor; força que transforma a dore gera a alma para o Beatífico

imagem / alunos 10º ano

imagem / alunos 10º ano

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Em um mundo utópico, a medicina respeitaria o ser humano, considerando todos os corpos que ele possui; a arquitetura teria um sentido além do estético e do prático; a agricultura se curvaria à natureza e se uniria a ela em uma produção harmoniosa e estável; a educação ensinaria às crianças a pensar, sentir e fazer. Seria ensinado também, que o mundo é bom, belo e verdadeiro; e as artes permeariam as vidas ensinando sentido e criatividade.Esse mundo utópico, não passa de uma realidade para alguns pontinhos de luz espalhados pelo mundo. Pontinhos esses, que trazem uma mudança para o tradicional que não funciona; trazem cor e música para o mundo que precisa ser colorido.

Se esses pontinhos se concentrassem por alguns dias, quanta luz poderia ser produzida? Quanta troca poderia acontecer? Fazer do encontro, o melhor possível é até simples, principalmente com tantas pessoas dispostas a compartilhar e receber ensinamentos, onde todos são iguais e todos são igualmente importantes. Não existe hierarquia e todos são ouvintes e expositores e se todos se respeitam, o produto de muita luz, só poderia ser maravilhoso.

Clara Lamacié, aluna do 11º ano 2016

UNI 11- 2016

Encontro entre 11ºs anos de Escolas Waldorf do Brasil no Colégio Rudolf Steiner de MG

ASSOCIAÇ ÃO COMUNITÁRIA MONTE A ZUL - SP / VIVÊNCIA DOS ALUNOS DO 11º ANO EM 2016

WWW.MONTEA ZUL.ORG.BR

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MARCENARIA NOVO LOCAL

EDUC AÇ ÃO INFANTIL REFORMA

LABORATÓRIO NOVO QUADRA NOVO PRÉDIO

JOGOS GREGOS 5º ANO EM 2016

BIBLIOTECA NOVO LOCAL

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Em 27 de fevereiro de 1861, há 156 anos, nasceu Rudolf Steiner, bem longe em um pequeno vilarejo na Áustria. Era de família humilde e teve o privilégio de crescer rodeado de belas montanhas e florestas.Na escola sempre foi um ótimo aluno, empenhado, que sempre ajudava os colegas. Apaixonara-se pela literatura, pelas artes e por todas as ciências. Era tão dedicado nas matérias que chegou a ser professor particular de vários alunos.Após formar-se, aos 18 anos, mudou-se para Viena, onde começou o seu vasto estudo acadêmico sobre a matemática, a geometria, filosofia, entre outros.Mais velho, com pouco mais de 30 anos, mudou-se para Weimar, na Alemanha, e dedicou-se profundamente aos trabalhos e estudos de Johann Wolfgang von Goethe, um sábio filósofo e escritor alemão, com quem se identificou e aprofundou os seus trabalhos sobre o Ser Humano e a Natureza.Rudolf Steiner era extremamente inteligente, mas, além disso, desde criança fora presenteado com uma imensa sabedoria, a sabedoria do Mundo Espiritual, o mais profundo saber sobre o Ser Humano. E, durante toda sua vida, teve como trabalho trazer essa grande sabedoria para a Humanidade.Escreveu vários e vários livros e ensinou a inúmeras ??? esse saber do Ser Humano, essa Antroposofia. Trouxe-a na forma de medicina, agricultura, artes, religião, arquitetura, ciências e em ainda mais um âmbito, importantíssimo para a Humanidade: a educação.

Estruturou um lindo método pedagógico que conhecemos como Pedagogia Waldorf, que cresceu, espalhou-se, e que, ainda hoje, continua crescendo e pulsando forte em escolas como a nossa, espalhadas por todo o mundo.

Ravi de Queiroz, aluno do 11ºano

ANIVERSÁRIO DE RUDOLF STEINER

Uma escola Waldorf tem sua estrutura trimembrada, composta pelo Conselho Pedagógico (professores), Conselho de Pais (pais) e por uma Associação, a mantenedora, que é responsável pela personalidade jurídico-financeira (pais e professores). Estas 3 instâncias são responsáveis pela gestão de uma Escola Waldorf.Rudolf Steiner quando criou a Pedagogia Waldorf baseou-se nos tripés Pensar-Sentir-Querer e na Liberdade-Igualdade-Fraternidade.Assim, a Mantenedora (Pensar-Liberdade), Conselho Pedagógico (Sentir-Igualdade) e Conselho de Pais (Querer-Fraternidade) se orientam na gestão da Escola Waldorf.No Colégio Rudolf Steiner de MG, a personalidade jurídica (mantenedora) é a Associação Pedagógica Itacolomi (API).Composta atualmente por 6 membros (pais e professores), ela é responsável pela gestão do Colégio, nos aspectos legais, jurídicos, financeiros, funcionários, prestadores de serviços e estrutura física.Este grupo se reúne semanalmente e atua no dia-a-dia da gestão do colégio.

Realiza duas reuniões abertas a toda a comunidade. Uma em maio, para prestação de contas do ano anterior e outra em Novembro, na realização do Orçamento Participativo, onde são definidos e aprovados os investimentos, despesas e valor da mensalidade para o próximo ano.Uma Escola Waldorf é feita pelas Famílias, Professores e Funcionários.

Participe:Com ações, reuniões de classe orientadas pelos professores, Conselho de Pais, comissões, orçamento participativo, preparação das festas, mutirões, etc Existe sempre um grupo de atuação onde você pode se encaixar.A qualidade de uma Escola Waldorf está diretamente relacionada ao nível de envolvimento e participação das pessoas que a formam.Cordialmente,

Associação Pedagógica Itacolomi (API)

A GESTÃO DE UMA ESCOLA WALDORF

O TÓPICO HOJE É: MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS Colégio Rudolf Steiner de MG

Nosso colégio cresceu e hoje atende mais de 400 alunos diariamente. Possui uma Gestão Trimembrada que é compartilhada pela API (Mantenedora), Corpo Pedagógico e Conselho de Pais.Toda a renda obtida através das mensalidades é re-investida no próprio Colégio por meio de manutenção, melhorias, recursos humanos e várias outras frentes.A equipe de Mobilização de Recursos está nascendo e visa iniciativas de arrecadação extra para atender demandas específicas.

A comissão de mobilização de recursos é composta por professores e pais da comunidade. Já temos um plano e contamos com suas ideias e habilidades!Nossos encontros acontecem na primeira quinta-feira do mês às 18h no colégio.

Vamos juntos somar forças e talentos, participe desta iniciativa!

•Ampliar e democratizar a oferta de bolsas de estudo;•Oferecer cursos sobre pedagogia Waldorf para professores da rede pública.

•Construção do Auditório do Colégio; •Construção de um espaço multiuso ao lado do prédio do ensino médio (poderá atender a lojinha, feira orgânica, reunião de conselho de pais...);

Vamos mobilizar recursos para:

Equipe de Mobilização de Recursos Fernanda Payão, Roberta Manata, Anna Gobel, Carolina Correa e Débora Pacheco

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O Ipemarelo Instituto foi criado em 2015 com o propósito de ajudar a enriquecer, preservar e recuperar a natureza. Este trabalho vem se materializando a partir do plantio de árvores nativas e da educação ambiental. Dentro desta respectiva o Ipemarelo plantou em 2016 cerca de 30 árvores nativas na área de APP do Colégio Rudolf Steiner de

MG. Este plantio teve a participação de colaboradores da Accenture Consultoria, empresa instalada em Nova Lima, que concomitantemente com a participação nos plantios recebeu palestras sobre sustentabilidade. Este é um dos trabalhos que o Ipemarelo vem realizando para contribuir para um futuro melhor para todos. O planeta agradece! Saiba mais sobre o Ipemarelo Instituto no site: www.ipemareloinstituto.org.br

Por que escolhi a escola WALDORF para meu filho?Alguns anos antes de nosso casamento, Ana Heloisa trabalhava em uma escola particular de Belo Horizonte. Em uma reunião pedagógica da escola, a diretora comentou sobre uma outra escola que não alfabetizava as crianças antes dos sete anos de idade. Por inquietude gerada por certa insatisfação com os processos de alfabetização precoce, além de uma certa curiosidade, Ana resolveu buscar maiores informações sobre tal escola e, por coincidência do destino, descobriu que estava agendada uma palestra sobre essa “Pedagogia Que Não Alfabetiza Precocemente”, além de um Curso de Formação organizado pela diretoria da API (Associação Pedagógica Itacolomi) da época em conjunto com o Instituto Elo de Botucatu.A palestra a empolgou e, sem dúvidas, matriculou-se no curso onde, entre professores e colegas, conheceu pessoas valorosas.Eu entrei de carona nesse processo, uma vez que sempre estava presente nas atividades abertas e extra curso.Dessa forma conhecemos a Antroposofia e a Pedagogia Waldorf. Após o nascimento do Miguel não tínhamos dúvidas de que queríamos para ele uma educação que fosse embasada na formação plena do ser humano; que não atropelasse fases de seu desenvolvimento, muito menos que formasse um indivíduo para o mercado em detrimento do contexto social, filosófico e humano ao qual possa se inserir.

Com isso buscamos a escola e quando completou dois anos e meio surgiu a vaga para o Miguel. Ele se envolveu imediatamente com a escola. Vemos nele alegria em sua rotina escolar, o que nos leva a crer que o acolhimento em um ambiente saudável seja decisivo para um desenvolvimento adequado.Por fim, vemos que, além da criança, a família que se envolve efetivamente na filosofia dessa Pedagogia é chamada naturalmente para um processo de auto-educação que nos leva a uma evolução humana, familiar e social, tão importante para a formação de nossos filhos, assim como para a missão que os envolve.

Railson e Ana Heloisa, pais do Miguel Kfuri, aluno do 5º Ano do Prof. Bernardo.

Durante o Carnaval recebemos o querido casal Evelyn e Joel para mais um módulo do curso de Pedagogia Curativa e Terapia Social. Já na segunda turma e com fôlego crescente, essa iniciativa vem aquecendo nossos corações. O tema desse encontro: “Biografia Humana, Morte e Renascimento” nos “mergulhou” nos mistérios do “Eu sou”; nos “convidou” a meditar sobre a importância de vivermos cada etapa do biográfico trabalhando sobre nós mesmos, porém com o ideal de “servir ao próximo”. Assim, inspirados, um pequeno grupo reuniu-se para expressar gratidão partilhando uma “chave” para viver o tempo presente.

II MÓDULO DO 2º CURSO DE PEDAGOGIA CURATIVA E TERAPIA SOCIAL

ESCOLA DE PAISNo início desse ano nosso colégio recebeu a Dra Regina Cançado : O QUE É ANTROPOSOFIA – PALESTRA E ATIVIDADE RÍTMICA, em 18 de fevereiro. Aconteceu também o “MINI-CURSO : O ENSINO FUNDAMENTAL NA PEDAGOGIA WALDORF”, fundamentos da Pedagogia Waldorf e currículo do Ensino Fundamental – 03, 04 e 05 de março 2017 – Profs. Andrea Gallo e Eva Pimenta. Participaram cerca de 50 pessoas.

IPEMARELO INSTITUTO

NOVA PROGRAMAÇ ÃO DA ESCOLA DE PAIS 2017!

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Quando buscamos nos Evangelhos os relatos sobre a Páscoa, deparamo-nos com as surpreendentes palavras do anjo às mulheres que naquela manhã de domingo foram à tumba: “Buscai a Jesus, o Nazareno, Ele não está aqui! Ele ressuscitou!”“Ide e dizei a Pedro e aos discípulos que Ele vai a vossa frente à Galileia, ali o vereis como Ele vos disse...” Poderíamos concentrar-nos um momento nestas palavras: “... Ele não está aqui!... Ele vai a vossa frente!” Ir à frente, estar mais adiantado que o Ser Humano! – é o que o anjo anuncia!Desde aquele momento, se o ser humano quer encontrar o Cristo, deve refletir seriamente nestas palavras. Não é olhando para trás, pensando num acontecimento passado que O vamos encontrar, Ele está à nossa frente, adiantado no tempo, como que antevendo acontecimentos os quais nós, somente mais tarde, chegaremos a reconhecer! Foi assim também naquele mesmo dia quando as mulheres chegaram à casa e contaram a notícia aos discípulos e eles não puderam crer...Logo a seguir, porém, Ele mesmo lhes apareceu e lhes repreendeu sua falta de fé.Quantas vezes Jesus já lhes havia anunciado que tudo isto aconteceria e, ainda assim, eles não conseguiram entender... Esta mesma situação - Ele vai a vossa frente - encontramos descrita nos Evangelhos em outras passagens, como por exemplo, na multiplicação dos pães. O milagre nos adianta algo que se torna realidade na última ceia, quando Jesus toma o pão e o entrega como seu corpo. O Evangelista João, no relato sobre a multiplicação dos pães (João 6), nos conta que Jesus perguntou a Felipe onde conseguir pão para a toda aquela gente, ainda que Ele mesmo já soubesse o que queria fazer. Felipe não sabe o que dizer ou pensar... Contudo foi o discípulo André que arriscou uma resposta: “... aqui está um menino com cinco pães e dois peixes...”. Surpreendentemente Jesus aceita a oferta e com os cinco pães alimenta os cinco mil homens.Fiquemos um instante com a pergunta de Jesus: DE ONDE PÃO? (pode parecer estranho, mas é assim que se encontra na versão original grega do Novo Testamento)Se Ele sabia o que iria fazer, porque necessita saber de onde vem o pão?

Ele sabe o que pretende fazer, mas nós sabemos como podemos colaborar?Nem sempre...Ele está à nossa frente, por isto pergunta para ajudar-nos a ver melhor o que temos à nossa volta e que pode servir de ajuda para Seus planos futuros. De onde pão? ... De onde já existe! “... aqui está um menino com cinco pães...”. Precisamos aprender a ver o que podemos ver, a encontrar o que está à nossa disposição e trabalhar com isto, ainda que nos pareça pouco ou insignificante. Ele, que está bem à nossa frente, pode ver o que aqui e agora não vemos e, mesmo sendo pouco, se o tomamos em sério, isto pode ter a força potencial de crescer. Cristo está disposto a aceitar aquilo que o Ser Humano lhe possa oferecer! Com isto Ele transforma o presente e cria impulsos para o futuro.Naquela tarde da multiplicação, no alto da montanha, próximo ao lago da Galileia os discípulos lhe trouxeram uns poucos pães. Ele os tomou, os abençoou e os multiplicou. Na quinta-feira santa Ele torna a tomar o pão, o abençoa e o dá, desta vez mostrando que Ele mesmo está unido a este pão. Este ato garante o futuro do próprio cristianismo, tornando-se o símbolo central na Eucaristia!Aqui também podemos ver como Cristo está bem mais à frente do que a Humanidade. O Cristianismo não avança ao longo da história porque surgem pessoas com brilhantes ideias ou potentes impulsos. Cristo, desde o futuro, à nossa frente, pergunta-nos: De onde conseguir as forças/os impulsos para transformar o presente e prosseguir em direção ao futuro?O que podemos fazer: ficar perplexos como Filipe, ou, como André, olhar à nossa volta e ver o que há à disposição. O sentido de celebrar a Páscoa na realidade, não é relembrar um acontecimento passado. É querer sentir-se como os discípulos naquela manhã da ressurreição, sem esquecer, entretanto, a mensagem do anjo: ELE VAI A VOSSA FRENTE! Celebramos dignamente a Páscoa hoje quando aprendemos a olhar à nossa volta e buscamos encontrar o que está na medida de nossas capacidades e, sem deixar de olhar para frente, Lhe oferecemos isto. Então mesmo com as “portas fechadas” (quando parece que não há saída) Ele pode se manifestar em nosso meio, tomar o que Lhe oferecemos e fazer disto um alimento/uma força/um impulso para o futuro!

Renato Gomes, Sacerdote da Comunidade de Cristãos de Botucatu - SP

PÁSCOA

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Iniciamos o ano letivo com entusiasmo e esperança de que novos passos serão dados em nossa escola em direção à expressão máxima da nossa proposta pedagógica. Para uma pedagogia que tem como meio e como meta a autoeducação, que olha para todos os âmbitos e todas as fases de desenvolvimento dos seus alunos e para o propósito único de cada indivíduo, torna-se premente ampliar a sua atuação para atingir sua meta. Faz-se necessário expandir sua abordagem metodológica para alcançar o que seu olhar e sua observação percebem: um ser humano por inteiro capaz de agir no mundo, de sentir com o mundo e pensar o mundo por si. O que distingue a nossa pedagogia de outras linhas, é que o ensinar está envolto no educar e não exposto como matéria a ser assimilada pelos alunos. Envolver-se no educar significa criar vínculos profundos, duradouros entre o professor e o aluno, entre o aluno e o mundo, entre pais e professores, entre o espaço escola e espaço lar. Vínculos são criados a partir do cultivo dos encontros. Importa aqui o que pode emergir qualitativamente dos encontros e não o quanto se assimilou dos conteúdos. Eis o motivo da importância que damos ao diálogo entre pais e professores e às reuniões, em que acordos são feitos visando o melhor para os alunos em cada fase de seu desenvolvimento. Nossa escol, como outras 1000 escolas em todo o mundo, chamadas de Escolas Waldorf, pratica a Pedagogia que cultiva os encontros. São eles os meios para uma educação plena em todas as etapas de desenvolvimento e também a meta máxima para a qual miramos.

Para as crianças menores da Educação Infantil os encontros são mais que indispensáveis, são essenciais. É que a criança pequena, a partir do seu nascimento até o seu sétimo ano de vida, está gradativamente formando seu vínculo com a terra, com seu ambiente familiar e com seu próprio corpo. Com todos os seus sentidos disponíveis, com toda a sua inocência e abertura, ela pede experiências intensas de encontros bons e verdadeiros. Mas ela não tem o discernimento que nós, adultos, já formamos por meio da nossa consciência crítica que nos afasta de tudo que pode nos ameaçar e nos aproxima daquilo que escolhemos como benéfico para nós.

A criança acolhe tudo. Todas as impressões, experiências que chegam até ela, atuam diretamente em todo o seu ser inconsciente, indistintamente. Atuam na alma infantil ainda ligada ao seu corpo em formação. Isso significa que todas as ações e gestos ao seu redor atuam na formação da sua estrutura física e predisposições de ânimos.

Em nossos acordos com os pais no início do ano letivo, prezamos muito pela pontualidade de horários na entrada e na saída dos pequenos. A princípio a hora marcada parece ser um dado apenas quantificável em “mais ou menos cedo” e “mais ou menos tarde”. Em nosso caso, estamos falando de dar qualidade à entrada e saída na escola, pois se queremos cultivar ritmo, outro elemento essencial que envolve o aprendizado, precisamos estabelecer horários no dia a dia de uma criança pequena que, por si, já significa dar qualidade àquilo que irá acontecer com ela.

Mas será que para a criança pequena basta ela entrar na escola e de lá sair pontualmente? A professora precisa abrir a porta para a chegada das crianças na hora certa previamente estabelecida, os pais precisam estar na hora certa previamente estabelecida para saída das crianças. Mas isso ainda não é tudo.

“Se tu vens a qualquer momento, não saberei a hora de preparar meu coração... É preciso ritos.”

O que acontece de fato são encontros e eles pedem precisão, para os adultos, mas principalmente para as crianças pequenas. Como estamos vivendo (ou não vivendo) este encontro com hora marcada? Nosso ritmo ansioso com agendas cheias de compromissos foi socorrido por recursos que agilizam nosso dia agitado (tablets, celulares, computadores, fones). Quanto mais eficientes são os recursos, tanto mais eles nos distanciam do momento presente, dos verdadeiros contatos. Ocupam indiscriminadamente todo o nosso tempo e espaço e esquecemos de nos dedicar aos breves momentos de encontro olho no olho, de abertura de coração para um bom dia, para um reencontro cheio de expectativas. Sem percebermos, demos início a um estilo de vida que contradiz tudo o que estamos buscando para nossos filhos. Não escolhemos isso e de repente nos vimos imersos como em um sonho, nas malhas da virtualidade, sendo vítimas de seus efeitos.

Estamos na quaresma, momento de preparo para a celebração do único grande encontro que teve a humanidade com as forças de revigorização e rejuvenescimento da sua própria natureza humana que se encontrava em risco de se deteriorar.

A Páscoa da ressurreição trouxe também a possibilidade para cada um, em seu processo de conscientização, buscar o encontro com a essência do seu próprio ser e do próximo. Para nossos filhos, nossos alunos, a própria pedagogia aponta para este intento e se queremos ser coerentes com ela, precisamos nos esforçar para distinguir o essencial do supérfluo. Deixar para trás o que aparentemente é urgente para vivermos o que é importante viver. O horário marcado com os nossos filhos e alunos é tão ou mais importante do que um turno de trabalho em nossa rotina. E ele ocupa um tempo quantificável como menos, dentro de todo horário que dedicamos às outras tarefas em nosso dia a dia. Por que não nos preparamos para este momento? Por que não nos colocamos livres de todos os outros assuntos para viver o olho no olho, a postura aberta de dar e receber nos preciosos encontros de nossas vidas? O que devo deixar para trás, para que aconteça um verdadeiro encontro neste breve momento?

A escola é uma comunidade em que a força de cada indivíduo se espelha e em que cada indivíduo pode viver da força da comunidade. Nela, pais e professores podem se apoiar para enfrentar os grandes desafios do nosso tempo. Entre eles, está o fazer valer a vontade individual ante tudo que quer entrar em nossas vidas, em nossos hábitos diários, sorrateiramente extinguindo os valores que ainda vigem em nosso coração. Acordos fazem parte do processo de fortalecimento da nossa vontade para alcançarmos nossos objetivos comuns. Eles partem do coração e chegam ao bom senso da nossa razão. Preparemos!

Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos ol-hos”. (Saint-Exupéry)

Rosa Fantini, professora do Ensino Infantil

A PEDAGOGIA DO ENCONTRO (PEL A PRESERVAÇ ÃO DA INFÂNCIA)

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Parece que foi em outra vida, a época em que eu estudava na Pólen. Talvez seja por que faz muito tempo mesmo: meu nono ano foi em 2012 e naqueles tempos longínquos não existia o Ensino Médio na escola (que na época era Pólen mesmo e não Colégio Rudolf Steiner de Minas Gerais). Por isso, o fim daquele ano foi comparável à época de vestibular: todos fazendo prova de seleção em mil colégios diferentes e aquele clima de despedida, uma antecipação de mudança grande no ar. No meio dessa turbulência (que para a minha cabecinha de 15 anos era muita) resolvi ir estudar no Colégio Santo Antônio.É um lugar bem diferente da Pólen, onde as provas são a principal forma de avaliação e professores prestam bem menos atenção em cada aluno, até por que são muito mais de mil, espremidos naquela grande lata de sardinha. Acabou que gostei muito e me adaptei bem, apesar desse ambiente menos acolhedor. Estava pronta para aprender coisas novas e aprendi. Conheci pessoas maravilhosas que também me marcaram para sempre. Como uma boa aluna Waldorf, já tinha em mim desde pequena, o hábito de focar no “bom” que tudo pode oferecer. Quando chegou a hora de ir para a universidade, decidi que queria cursar arquitetura e urbanismo na UFMG, fiz o famoso e temido e, de fato horrível, ENEM e passei para o segundo semestre.Então, eu tinha seis meses para fazer o que quisesse. Comprei uma passagem para Buenos Aires, sem nada certo sobre o que faria lá ou quanto tempo ficaria.Comecei trabalhando em troca de hospedagem em um hostel, onde fiquei por pouco mais de dois meses, depois trabalhei por outro mês como voluntária num jardim de infância Waldorf e morei com uma família da escola. Me senti muito à vontade naquele ambiente tão familiar e foi muito interessante ver o outro lado do jardim de infância: o das professoras. Foi como me ver no passado pelos olhos da Tia Denise.Depois disso, minha amiga Manu, que conheci quando ainda era aluna do jardim de infância Waldorf, foi me encontrar em Buenos Aires e de lá rodamos todo o norte da Argentina.Em agosto de 2016 comecei a faculdade, e agora é por conta disso que eu estou mesmo. É um mundo totalmente diferente que vou descobrindo aos poucos. Desafiador também, isso de ir virando adulto... Os amigos que fiz na Pólen, ainda vejo sempre, continuamos grudados, mesmo seguindo caminhos diferentes (muitos nem tão diferentes assim). A gente vai e volta, se afasta e se aproxima sempre sabendo que temos esse porto seguro pra se atracar. Com as meninas, temos uma rede de mães e filhas. Os laços de nossas mães são tão fortes quanto os nossos e delas com a gente, uma coisa meio tenda vermelha, em que todas cuidam de todas desde a época da Pólen.Acho que isso é o que eu levo de mais forte da Pólen em mim. O senso de vida em comunidade que sempre foi tão presente lá e é algo tão bonito e humano.

OBRA SUGERIDA PARA LEITURA NO ENSINO MÉDIO:

QUINTANA, Mario. CADERNO H.

O poeta funde em poesia todo o seu estar entre as miudezas (ou as pequenas grandezas) do universo: ri, pensa, divaga, espanta, sensibiliza. O mundo de todos nós ganha os benefícios da revisão ponderada. Um olhar trans�gurador cai sobre as coisas e através dele vemos revelada uma nova face. São as verdadeiras “coisas” do mágico Quintana, nas linhas e (principalmente) nas entrelinhas do Caderno H. (Categoria : Epigramas brasileiros).

MARÇO10/11 – Curso Preparatório Pedagogia Waldorf15 – Reunião do Conselho de Pais18 – Sábado Letivo / Palestra Escola de Pais30 – Encontro das Três Instâncias

ABRIL12/14 – Feriado / Recesso Semana Santa19 – Reunião do Conselho de Pais21 – Feriado Tiradentes29 – Sábado Letivo / Teatro do 12º ano

MAIO01 – Feriado Dia do Trabalhador05 e 06 – Curso Preparatório Pedagogia Waldorf13 – Sábado Letivo / Sábado com Arte14 – Dia das Mães17 – Reunião do Conselho de Pais

JUNHO03 – Sábado Letivo / Festa da Lanterna14 – Reunião do Conselho de Pais15 e 16 – Feriado / Recesso Corpus Christi24 – Festa de São João – Ed. Infantil29 – Encontro das Três Instâncias

10/11 – Curso Preparatório Pedagogia Waldorf

Sofia Ribeiro e Dersu, alunos do 11º ano

APOIO

LOJINHA

TERÇAS E QUARTAS-FEIRASDE 11H00 ÀS 13H00

FEIRINHA FUNDO DE QUINTAL

ALIMENTOS ORGÂNICOS.TERÇA-FEIRA, DE 11:00HS À 13:00HS

20 de março a 21 de junho

Maria Clara Ribeiro