via biliar colelitiase e...
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Via Biliar
Colelitiase e colecistite
Cálculos
Tipos:
Pigmentares: Pretos – Bilirrubinatos de calcio ou de cobre – fica mais na vesícula
Marrons – sal de Ca com pouco colesterol – Via Biliar, associado a infecção
Não Pigmentares: amarelos – Colesterol 80% - fica mais na via biliar
Formação:
Bile Litogênica: Bile Saturada em Colesterol ( Insolúvel )
Ácidos Biliares + Colesterol + Lecitina micela solúvel
Altas concentrações: Ac. Biliares, Lecitina (fosfolípide biliar), principalmente Colesterol Saturação e precipitação
de cristais de Colesterol
Fases
o Não pigmentares de colesterol
Nucleação: Aglomeração de cristais de colesterol para formação de cálculos macroscópicos + fatores pró e anti
nucleação
Estase: Motilidade da Vesícula Biliar, Esvaziamento incompleto da Vesícula Biliar, Resistência Ducto Cístico
Crescimento do cálculo: Conseqüência natural da precipitação e aglomeração dos cristais de colesterol
o Pigmentares
Alteração da solubilidade das bilirrubinas não conjugadas com precipitação de bilirrubinato de Cálcio e sais
insolúveis
Cálculos Negros: Desordens Hemolíticas
Cirrose Hepática: Hiperesplenismo, Capacidade conjugar Bilirrubinas
Cálculos marrons: por desconjugação da bilirrubina por uma enzima bacteriana. Raros.
Fatores de risco
Idade: aumenta idade, aumenta prevalência
Sexo: Mulher > Homens; alto número de gestações e uso de ACHO (progesterona aumenta estase e
estrógeno altera metabol do colesterol) ou hormônio pós menopausa aumenta a prevalência .
Obesidade
o Risco: 2 – 3 x
o 20-30% Pac. com indicação de cirurgia bariatrica tiveram colecistectomia previa
o 10-15% Apresentam colelitíase associado
o Rápida perda de peso aumenta a incidência
Diabetes: Risco Aumentado
Cirrose, vagotomia troncular: risco aumentado
Dieta: grande ingesta de colesterol
Evolução:
A inflamação ocorre quando: ou a saída da vesícula ou o lúmen dos ductos biliares são obstruídos pelos
cálculos onde, a bile remanescente, que não fora expulsa da vesícula, devido a esta obstrução, sofre reações
químicas que provocam autólise e em conseqüência a formação de edema. O edema, pode comprometer o suporte
sanguíneo, pela compressão da artéria cística, vaso sanguíneo que irriga a vesícula biliar, podendo culminar em
necrose gangrenosa da mesma e também em sua perfuração com derrame de secreções nas cavidades corpóreas
adjacentes. Secundário ao processo inflamatório também ocorre à infecção das vias biliares, essa infecção é feita
principalmente por bactérias entéricas formadoras de gases (60% dos casos), agravado ainda mais a quadro clinico,
precipitando o acúmulo de secreções purulentas dentro da vesícula, em alguns casos, acomodando estas secreções
em cavidades e tecidos adjacentes além de provocar a produção e acomodação de gases
Clínica
• Cólica biliar recorrente: contrações da vesícula contra resistência causada pela impactação do cálculo no ducto
cístico ou na região infundibular
o Início 30 – 60 min. Após a alimentação
o Auto limitada
o Acompanhada de náuseas e vômitos. Pode ter febre.
o Localizada em hipocôndrio direito e epigástrio, irradiada para as costas e referida no ombro direito
(pode irradiar para o precordio, simulando angina)
o Inicia fraca e vai aumentando de intensidade com o tempo
o Freqüência imprevisível e sem relação com o número e tamanho dos cálculos
o Pode ter queixa dispéptica
• Colecistite crônica calculosa: Fibrose e discreto espessamento da parede da vesícula devido cólicas recorrentes
ou presença de cálculos por longos períodos
o Queixas dispépticas: intolerância alimentos gordurosos, epigastralgia, desconforto abdominal,
meteorismo, eructações, flatulência
• Pode haver icterícia, com colúria e acolia.
Exame físico
• Ponto cístico doloroso
• Manobra de Murphy +: dor a inspiração profunda na palpação profunda no hipocôndrio direito.
• Resistência da parede abdominal
Exames complementares
Rx: 20% dos cálculos são calcificados
Colecistograma oral:
Acurácia: 95 – 98 %
Dependente da tolerância do paciente
Integridade do tubo digestivo e da função hepática
Obstrução Biliar
USG: escolha
Sensibilidade 95 – 98 %
Independe de: Tolerância do paciente, Função Hepática, Integridade do tubo digestivo
Espessamento da Parede
presença de Coleção Fluida Perivesicular
Cintilografia Hepatobiliar:
• Tecnécio 99
• Acurácia 98 % para diagnóstico de Colecistite Aguda
• Só para obstrução cistica
TC, RNM
Leucocitose 12.000 – 15.000: colecistite aguda
> 20.000 Colecistite Gangrenosa, Perfuração, Colangite
Fosfatase Alcalina
Gama Glutamil Transpeptidase ( γGT )
Bilirrubinas
Alanina aminotransferase ( ALT ou TGP )
Aspartato aminotransferase ( AST ou TGO )
Tratamento
Clínico: não tão eficaz quanto o cirúrgico
Dissolução quimica do cálculo:
o Ácido Quenoxicólico e Ácido Ursodeoxicólico calculo de colesterol
o Eficácia 40 %
o Recorrência
Litotripsia extra-corpórea
o Seleção restrita – 20% dos pctes
o recorrência
Cirurgico:
Colecistectomia aberta:
• Ind: cólica recorrente, colecistite crônica calculosa (CCC), anatomia difícil, neoplasia
1. Incisão de Kocher ou mediana
2. Dissecção do hilo:
a. Identificação do ducto cístico, colédoco e hepático, com a ligadura do cístico
b. Indentificação da artéria cística no trigono de Calot ( borda inferior hepatica, ducto cístico e ducto
hepático) e ligadura após identificar a hepática.
3. Descolamento da vesícula do leito hepático
4. Cateterização pelo colédoco ou pelo cístico para a colangiografia
Colecistectomia por videolaparoscopia:
• Menor Tempo de Internação
• Retorno Mais Rápido Atividades Habituais
• Resultado Cosmético
• Menor Dor Pós-operatória
• Morbidade: > 0,7% de lesão em via biliar
• Taxa de Conversão:
o 2 – 9 % Colelitíase
o 25 – 35 % Colecistite Aguda
1. Pontos de incisão dos trocarters
2. Semelhante a colecistectomia porém as ligaduras são com clipes metálicos
Colangiografia intra-operatória
• Sempre indicada, exceto: bom serviço de CPRE pós cirúrgica ( se calculo na via: se possível, tira com o basket;
se mto grande, deixa uma prótese (dreno) pós calculo e tem que reoperar)
Dreno de Kehr:
• Ind:
o Alt em via biliar (calculo, tumor – obstrução) Se: débito +/- 1000mL CPRE para retirar o cálculo
o Após exploração da via (abriu a via biliar)
• Retirada:
o Após colangiografia pelo dreno ( +/- 14 dias)
o Se débito < 100-150mL
o É só puxar: forma um túnel fibrótico ao redor do dreno que causa uma fistula que exterioriza pela
parede – fecha sozinho, de dentro pra fora em 1 semana
Complicações da cirurgia:
• Coleção ou abscesso sub-hepático: linfa, bile ou sangue drenagem guiada por USG
• Fistula biliar: ductos aberrantes, lesão hepática
• Icterícia: por ligadura do colédoco ou calculo remanescente. Se tardia, pode ser estenose.
• Pancreatite: manuseio do pâncreas intra-op
Complicações da colelitíase:
• Colecistite Aguda
• Coledocolitíase
• Câncer Vesícula
• Pancreatite Aguda
• Íleo Biliar: passagem do cálculo pela fÍstula causando obstrução intestinal ao impactar na papila íleo-cecal
Diagn diferencial
• Apendicite Aguda
• Úlcera Perfurada
• Pancreatite Aguda
• Pielonefrite
• Colangite
• IAM
• Pneumonia Lobar Inferior Direita
Colecistite aguda alitiásica:
Quadro grave: várias condições clínicas ou cirúrgicas
• FR:
o Ventilação Mecânica
o Sepsis
o Queimaduras
o Trauma Grave
o Infeção HIV
o Nutrição Parenteral Total > 3 meses
• Febre, jejum prolongado e desidratação: aumenta a viscosidade biliar
• Tto: Colecistectomia, Colecistostomia percutânea
Colangite
Manifestações clínicas decorrentes da infecção num sistema biliar parcial ou totalmente obstruído
• Febre
• Icterícia Tríade de Charcot
• Dor Abdominal Pentade de Reynolds
• Sintomas de Choque
• Confusão Mental
Etiologia
• Litíase biliar 25%
• Estenose Cicatricial 24%
• Tumores 19%
• Afeções Congênitas 17%
Diang
• Exames Laboratoriais
• Ultra som
• Colangiografia ( CPTH CPRE )
• Colangioressonância
Tto
• Suporte Clínico
• Antibioticoterapia
• Descompressão da árvore biliar
OBS:
Parede abdominal
Camadas da pele até a cavidade abdominal na parede anterolateral (abd inferior):
3. Pele
4. Tec subcutâneo – fáscia de Camper
5. Fáscia de Scarpa – camada fibrotica que continua na fáscia lata da coxa
6. M. obliquo externo
7. M. obliquo interno
8. M. transverso
9. Fascia transversalis
10. Gordura pré-peritoneal
11. Peritônio