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ANO XIX, Nº 109 JAN-FEV-MAR/2013 Pet Star Conheça o grande vencedor da promoção

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Confira nessa edição: Viajando com o PET, o que é necessário na hora de colocar o pé na estrada com seu animal de estimação. E mais: Conheça o grande vencedor da promoção PET STAR

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ANO XIX, Nº 109 JAN-FEV-MAR/2013

Pet Star Conheça o grande vencedor da promoção

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Ano XIX, Nº 109, Jan-Fev-Mar/2013

VetNews PET é uma publicação trimestral, editada pela MSD Saúde Animal. Opiniões e conceitos emitidos pelos colunistas e colaboradores não representam necessariamente os do informativo. Todos os direitos são reservados. Distribuição gratuita.

DIREÇÃO: Edival Santos. COORDENAÇÃO: Vagner Santos. CONSELHO EDITORIAL: Andrea Bonates, Andrei Nascimento e Glaucia Gigli. TEXTOS: TEIA Editorial. Redação: Érica Nacarato e Fabiana Schoqui. Edição: Danielly Herobetta. DIAGRAMAÇÃO: Four Propaganda. REVISÃO: Liliane Bello.

www.msd-saude-animal.com.br | twitter: @msdsaudeanimal | facebook: MSD Saúde Animal

Sumário As atrações desta edição3

expediente

pet

EditorialDa nossa Redação

e mais, nesta edição:

4 ConexÕes e GiRos As novidades do setor de pet.

8 olho ClíniCoPrevenção é principal arma na luta contra carrapatos.

13 fique liGadoACTIVYLTM e sua eficiência comprovada na prevenção e controle das pulgas.

14 meRCadoConsultoria GS&MD – Gouvêa de Souza apresenta segunda edição do Estudo Pet Brasil.

16 amaVet amapet Conheça os vencedores do trimestre. 17 RaçasPug.

18 uniVeRsidade CoRpoRatiVaO entusiasmo pela vida profissional e a gestão de pessoas.

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féRias sem pReoCupaçÕesCuidados, hotéis e maneiras adequadas de transportar o seu animal de estimação para aproveitar as férias.

pRomoçãoMaui é o vencedor da campanha Pet Star.

Andrei NascimentoGerente Técnico da Linha Pet da MSD Saúde Animal

Caro (a) Leitor (a) da VetNews,

Dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) mostram que o Brasil é o segundo maior mercado do mundo em faturamento, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. O setor movimentou mais de R$ 13 bilhões em 2012 e tem uma população estimada de 50 milhões de animais de companhia. Em um cenário de crise econômica mun-dial e de gastos mais contidos, esse mer-cado destaca-se a cada ano, tornando-se cada vez mais lucrativo.

O lucro reflete também na rede hotelei-ra, quando o assunto são as férias. Para levar seu pet em uma viagem de carro, avião ou ônibus, são necessários alguns procedimentos básicos, e os estabele-cimentos que já estão adaptados têm muito a comemorar!

Junto com as férias, os meses mais quen-tes e úmidos favorecem a rápida proli-feração de pulgas, carrapatos, moscas e mosquitos dentro do ambiente domés-tico, colocando em risco não só a saúde dos pets, mas de toda a família, se um controle efetivo não for feito. Para tratar e prevenir essas infestações, a MSD Saúde Animal oferece uma linha ectoparasiticida completa, eficiente e segura para qual-quer que seja a situação, como é o caso de ACTIVYLTM, o único antipulgas com a tecnologia da bioativação, que expõe minimamente os animais, proprietários e o ambiente ao ingrediente ativo, uma vez que sua ação inseticida ocorre somente no interior da pulga (veja mais sobre ele na página 13). Outro exemplo é a coleira SCALIBOR®, mundialmente recomendada para o combate ao vetor da leishmanio-se visceral canina e que, ainda, oferece benefícios adicionais, auxiliando na prote-ção contra carrapatos e pulgas.

Uma ótima leitura e que possamos estar juntos em mais um ano, compartilhando notícias e novidades do setor!

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Novidades e principais assuntos do setor

Conexões e Giros4

Regalias nas alturas

Depois de hotéis e restaurantes, chegou a vez de um local exclusi-vo para eles também nas alturas: uma aeronave com um ambien-te recheado de mordomias para os pets, serviço oferecido pela empresa britânica de aluguel de jatos particulares Victor. Segundo a companhia, o serviço é de primeira classe e os donos podem acompanhar os animais ou colocá-los em um voo junto com mais pets, dividindo os custos com outros usuários. Cada cão – aliás, passageiro – tem direito de sentar em uma poltrona individual e, caso esteja desacompanhado, é atendido por um pro-fissional treinado.Será o fim das gaiolinhas de transporte em voos?

Eles também ajudam no seudesempenho no trabalho

Um estudo da Universidade de Hiroshima, no Japão – um dos países com a jornada profissional mais longa do mundo –, mostrou que manter a foto de um animal no ambiente de trabalho, de preferência um filhote de cachorro ou de gato, aumenta a concentração em até 10% e também a performance. Para os especialistas, olhar para algo ‘fofo’ desperta emoções positivas, que geram motivação e são associadas a tudo que traz felici-dade, alegria ou diversão.O estudo foi feito com três grupos de estudantes, expos-tos a fotos de filhotes, de animais adultos e de comidas saborosas. Após os voluntários serem submetidos a testes de concentração, o primeiro grupo alcançou resultados melhores do que os demais. Já a equipe que visualizou

imagens de animais adultos demons-trou concentração 5% maior. As

imagens de comida não surti-ram efeito. A conclusão dos autores é que fotos de filhotes fazem com que os objetos

pareçam mais amigáveis, induzindo compor-tamentos mais cui-

dadosos.Está espe-

rando o quê para ‘decorar’

a sua mesa?

Férias x abandono

Segundo levantamento da Associação Paulista de Pet Shops (Aspapet), o abandono de cães e gatos nos meses de férias cresce cerca de 80% na região do Grande ABC. Nos meses de janeiro e julho, cerca de 4 mil animais são deixados nas ruas dessas regiões anualmente. Nos outros meses, esse número pode chegar a 2 mil, sendo 400 em cada município. Alguns dos principais motivos para o abandono são o comércio desenfreado de filhotes e as viagens de férias. Com a possibilidade de um passeio, as pessoas optam por abandonar os animais ao invés de procurar um hotel ou alguém para cuidar deles. E engana-se quem pensa que a rua é o local preferido para o abandono: muitos proprietários contratam o serviço de pet shops apenas para deixar o animal e não o buscar mais. Os estabelecimentos que se veem nessa situação acabam direcio-nando os animais para adoção ou para o Centro de Zoonoses (CCZ)

do município. Dois dados são unânimes em todos os CCZs do Grande ABC: os animais mais abandonados são os vira-latas e os mais difí-ceis de serem adotados são os pit bulls. Mesmo assim, todos os centros realizam regularmente campanhas de adoção.

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Novidades e principais assuntos do setor

Conexões e Giros

Trabalho de pet é des-taque no 14º Prêmio de Pesquisa Clínica MSD Saúde AnimalRealizado há 14 anos pela MSD Saúde Animal, em parceria com a revista A Hora Veterinária, o Prêmio de Pesquisa Clínica consagrou, em sua 14ª edição, o projeto “Perfil lipídico e muscular de cães saudáveis suplementados com óleo de arroz (GAMA DOG®)”, realizado pela Médica Veterinária Camila Martos Thomazini, de Botucatu/SP. “Já conhecia o prêmio e essa foi a segunda vez que participei. O nosso trabalho foi feito exclusivamente para ele, com o pro-duto que consideramos mais interessante, levando em conta a nossa área de patolo-gia clínica. Ele durou cerca de três meses e o resultado foi muito positivo, além do que esperávamos, uma vez que o GAMA DOG® serviu não só como suplemento, mas também como controle quando associado a uma terapia”, conta a vencedora.O trabalho foi um dos premiados na cate-goria profissional e colocou a unidade de animais de companhia em destaque. Os outros quatro premiados foram de avicultura, suinocultura e pecuária, espe-cialidade que levou também o prêmio na categoria estudante.O Prêmio Pesquisa Clínica MSD Saúde Animal tem por finalidade gerar apri-

MSD Saúde Animal anuncia novo presidenteno Brasil

Edival Santos é o novo Presidente da MSD Saúde Animal no Brasil, substituindo Vilson Simon, que assumiu a liderança global de operações comerciais da empresa, em Summit, New Jersey, nos Estados Unidos.Edival ocupava o cargo de Gerente Geral da MSD Saúde Animal na Espanha e pas-sou a exercer a nova função em janeiro, reportando-se ao vice-presidente da América Latina, Ralph Cabezas. “Depois de um bem-sucedido desafio internacional, liderando a MSD Saúde Animal na Espanha, estou muito feliz de voltar para o Brasil, agora como Gerente Geral da segunda maior subsidiária global da empresa”, alegra-se. Edival Santos é Médico Veterinário, graduado pela Universidade de São Paulo (USP), e possui MBA em Administração pelo IBMEC. Iniciou sua carreira no campo, tra-balhando nas áreas técnica e de marketing para a Coopers e a Novartis. Ingressou na Intervet Brasil em 2000, cresceu profissionalmente na companhia e, em 2005, foi nomeado Diretor de Marketing Global de Ruminantes, sediado em Boxmeer, na Holanda. Em 2010, passou a ocupar o cargo de Gerente Geral na Espanha da antiga Intervet/Schering-Plough, atual MSD Saúde Animal.

moramento científico e tecnológico para estudantes e Médicos Veterinários, valorizá-los e, acima de tudo, incentivar a pesquisa. Os demais vencedores do Prêmio foram os profissionais Gabriel da Silva Proença, Gustavo Pitrez Dariva e Laís Mendes Viei-ra, além do estudante Douglas Perazzoli. Eles foram premiados na noite de 5 de

dezembro, durante o 39° Congresso Bra-sileiro de Medicina Veterinária. Os cinco autores terão direito a participar de um evento veterinário a sua escolha, em qual-quer parte do mundo, com todas as des-pesas pagas pela MSD Saúde Animal. As inscrições para o 15º PPC já estão aber-tas. Acesse www.msd-saude-animal.com.br e inscreva-se.

Edival Santos é o novo presidente daMSD Saúde Animal no Brasil

Camila Martos Thomazini, vencedora do 14º PPC, e Carlos Henrique Lavorini, da MSD Saúde Animal

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Pet Star

Promoção6

Pet VENCEDOR ESTAMPARá A PRóXIMA CAMPANHA PUBLICITáRIA DA EMPRESA E PRESENTEOU SUA PROPRIETáRIA COM UM CARRO ZERO kM

Maui: a estrelade 2013

a

Maui e Tatiana Canelhas

Cartaz que Tatiana criou para divulgar a promoção no Facebook e pedir votos para Maui

pós seis meses de promoção, 1.564 fotos recebidas, 118.470 opções ‘cur-tir’ e 8.326 compartilhamentos, a pro-

moção Pet Star chegou ao fim, com um grande campeão: Maui. Da raça weimaraner, ele ficou entre os 20 mais curtidos, e um comitê da MSD Saúde Animal o escolheu como vencedor. Sua proprietária, a analista de sistemas Tatiana Cane-lhas, de Brasília/DF, ganhou um carro zero km – o novo Uno Vivace 1.0 – e ainda terá a chance de ver seu melhor amigo se transformar na estrela da próxima campanha publicitária da MSD Saúde Animal. “Sinto que ganhei um presente de Deus. Não pelo carro, mas pelo meu cachorro. O Maui é muito querido, companheiro, educado, brinca-lhão, um amigão. Quando soube da promoção, logo resolvi participar e não podia ter alegria maior do que vê-lo vencedor”, conta Tatiana.

Além da analista de sistemas, a balconista Mariana Olivatti e o Médico Veterinário Pedro Henrique Arosteguy Siqueira, da clí-nica veterinária e pet shop Point Animal, que atende Maui, também foram premiados com uma moto zero km e equipamentos veteriná-rios no valor de R$ 6 mil, respectivamente.

Para participar bastava ter em mãos o cupom promocional, fazer o cadastro e postar a foto do cão ou gato na página da campanha no Face-book, lançada em maio. As vinte fotos mais cur-

tidas foram para a final e um júri da MSD Saúde Animal elegeu o vencedor. “Sempre comprei na Point Animal e foi lá que ganhei o cupom para a promoção. Fiz muita campanha junto a meus amigos. Para começar, criei um cartaz com o Maui e divulguei no Facebook. Depois, ficava

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Pet Star

Promoção

Raça: WeimaranerIdade: 10 anos

Adora exercícios físicos, principalmente na água. Brincalhão e muito dócil, gosta de estar perto de

sua proprietária até nas horas de estudo, sendo um excelente companheiro!

Tatiana, Maui e Mariana Olivatti

horas pedindo votos na internet, juntamente com minha mãe e irmã, que me ajudaram na campanha”, conta Tatiana sobre sua estratégia para ter Maui na final.

O resultado positivo, consequência de muito empenho e marketing da vencedora, veio em boa hora, já que ela e o marido estavam precisando do veículo.

Cliente fielConsumidora dos produtos MSD Saúde Ani-

mal, Tatiana usa principalmente SCALIBOR® e PULVEX®, tanto em Maui como nas suas duas shitzus – Nala e Suri. E foi em uma dessas compras que recebeu o cupom da promoção. Além disso, a fidelidade com a Point Animal ajudou no resulta-do, uma vez que os profissionais contribuíram com a divulgação da foto.

Mariana Olivatti, a balconista do pet shop, conta: “Entreguei o cupom para aproximada-mente 200 clientes e cheguei a ver a foto de alguns deles na fanpage, mas a Tatiana estava muito empenhada em ganhar e fez uma forte campanha.” Ela conta, ainda, que a Pet Star foi diferente de todas as promoções que já presen-ciou, pois abrangeu não só o cão e seu proprietá-rio, mas também os profissionais que ajudam no cuidado de sua saúde e bem-estar.

O Médico Veterinário do campeão, Pedro Henrique Arosteguy, dividiu seus votos entre os

demais clientes participantes e ficou feliz pelo resultado ter consagrado um deles. “Só tenho elogios pela iniciativa da MSD Saúde Animal, principalmente pela seriedade com que a empre-sa realizou a campanha Pet Star”, diz ele.

Para a gerente de Produtos Andrea Bonates, os números finais expressam o sucesso desse tipo de ação interativa. “Nossa ideia era fidelizar

e nos aproximarmos dos pontos de vendas e clientes. A melhor forma foi escolher um animal para ser a estrela das campanhas publicitárias da unidade pet em 2013 e ainda premiar seu dono, o Veterinário e o pet shop, já que todos são parcei-ros importantes para nós. Ao todo, tivemos mais de 2 milhões de pessoas envolvidas com a marca MSD Saúde Animal”, conta.

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8 Olho ClínicoCarrapatos

CAUSADORES DE DIVERSOS MALES, ESSES áCAROS SãO UM PROBLEMA CONSTANTE NAS CLíNICAS VETERINáRIAS. PREVENçãO É A ARMA MAIS EFICAZ PARA COMBATê-LOS

A interminável luta contra os

Por conta das temperaturas ele-vadas, os proprietários de pets e os Médicos Veterinários vol-

tam a se preocupar com a reprodução dos carrapatos. Isso porque esses artrópodes estão entre os principais vetores de doenças causadas por vírus, bactérias – como as riquétsias – e protozoários, transmitidas para os animais e os homens. Sendo assim, combatê-los de forma adequada, inibindo a sua presença e o possível contágio, é a prin-cipal saída para proteger a saúde de todos.

“Embora os casos aumentem durante os períodos quentes, algumas espécies de carrapatos se reproduzem ao longo de todo o ano, havendo a sobreposição de gerações”, explica João Fábio Soares, Médico Veteri-nário pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), mestre em Epidemiolo-gia Experimental Aplicada às Zoonoses e doutorando na mesma área pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP).

Existem muitos produtos carrapaticidas no mercado, voltados tanto para o animal como para o ambiente. Entre os compos-tos utilizados, destacam-se a permetrina, a selamectina, o amitraz, os piretróides, o fipronil e a deltametrina, com suas diferen-tes formas de aplicação.

O amitraz (TRIATOX® - MSD Saúde Animal), por exemplo, é indicado para o tratamento das sarnas demodécica e sarcóp-tica, e também para controlar a infestação de carrapatos em cães. É aplicado no corpo do animal após ser diluído em água. Já a permetrina (PULVEX® POUR ON - MSD Saúde Animal) é eficaz contra carrapatos, pulgas, moscas e piolhos, auxiliando tam-bém a picada de mosquitos transmissores de doenças como a leishmaniose e a dirofilariose. Tem forte ação sobre os ectoparasitas.

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Olho ClínicoCarrapatos

carraPatosEmbora muito conhecida como

repelente de flebótomos, a deltametrina (SCALIBOR® - MSD Saúde Animal) auxilia no controle de carrapatos. A prevenção, com a aplicação do produ-to indicado pelo Médico Veterinário, é fundamental. A inspeção periódica no animal, à procura de ectoparasi-tas, também auxilia na descoberta de infestações. “Qualquer alteração no esta-do de saúde dos pets nos quais foram encontrados carrapatos é um alerta para procurar a assistência de um profissional Veterinário”, diz a Médica Veterinária Mitika Kuribayashi Hagiwara, doutora em Saúde Pública e professora titular da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP.

Os cuidados com o espaço físico também são importantes. Segundo Soa-res, a pulverização de medicamento no

ambiente em que o cão pernoita deve ser feita de forma estratégica, ou seja, com três a quatro aplicações, com intervalos de sete dias entre elas e atenção especial aos buracos na parede e no chão, quinas, fres-tas, muros, portões e áreas altas, uma vez que o carrapato possui geotropismo negati-vo, ou seja, prefere os locais superiores.

Doenças

São muitas as doenças trans-mitidas pelos carrapatos. Entre elas, a erliquiose, a babesiose e a febre macu-losa são as mais conhecidas. “Podemos incluir nessa lista a ‘peste de sangue’, como é conhecida popularmente a doença causada pelo protozoário Ran-gelia vitalii. Embora descrita no Brasil em 1910, foi esquecida por ter sido considerada sinônimo da Babesia canis.

No final de 2011, publicamos um artigo provando que são espécies diferentes e, por isso, há necessidade de diagnósticos específicos”, conta Soares.

Segundo ele, a Rangelia vitalii manifesta-se de forma aguda e pode matar o animal. O protozoário infecta células do endotélio vascular, leucócitos e hemácias, causando severas alterações hematológicas, além de distúrbios cir-culatórios oriundos do processo, como a plaquetopenia e a anemia, as quais, por conseguinte, levam a sangramentos espontâneos e hipóxia tecidual.

A babésia, por sua vez, é um proto-zoário que infecta hemácias, causando anemia grave. Já a erliquia infecta os leucócitos e os monócitos, sendo que a célula infectada circula por todo o corpo, gerando uma reação do sistema imunológico e um processo inflamatório grave que resulta em artrite, diminuição do número de plaquetas, uveíte e infla-mação no cérebro. Isso ocasiona con-vulsões, edema, febre e uma diminuição gradativa das células sanguíneas, o que predispõe o animal a infecções secun-dárias. A bactéria Anaplasma platys, por fim, infecta as plaquetas, estruturas necessárias para a coagulação do sangue.

Perigo para humanosEntre os humanos, a febre maculosa

é a enfermidade causada pelo carrapato mais comum no Brasil, e a sua letali-dade pode chegar a 80% em casos não tratados – contra cerca de 10% nos cães não tratados. “A enfermidade é grave e tem sintomas semelhantes a outras doenças. No Estado de São Paulo, é transmitida, principalmente, pelo carra-pato Amblyomma cajennense. Geralmen-te, aparece entre junho e julho, período em que a ninfa do carrapato é encontra-da no ambiente”, informa Soares. No município de São Paulo, outro vetor da febre maculosa é o carrapato Amblyomma aureolatum, que não apresenta sazonali-dade definida.

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CapaFérias com o animal de estimação10

ANTES DE SAIR EM VIAGEM COM SEU ANIMAL DE ESTIMAçãO, MUITOS DETALHES DEVEM SER LEVADOS EM CONSIDERAçãO

De Malas Prontas coM seu pet

Pedro com seu pet , Juca

Feriados, finais de semana e férias são sempre uma oportunidade para viajar com a família toda, incluin-

do o animal de estimação. E, assim como as pessoas são protegidas pelo cinto de segurança em situações de impacto, o pet também precisa estar em segurança durante o percurso.

A começar pelo transporte, a atenção deve estar voltada para o artigo 235 do Código de Trânsito Brasileiro, que caracteriza a condu-ção de animais na parte externa do veículo como infração grave (cinco pontos na carteira) e passível de multa e retenção do automóvel. Isso significa que é proibido levar o cão pela guia, por exemplo, de dentro do carro em movimento, ou mesmo em caixas ou gaiolas sobre o teto do veículo.

Além disso, o artigo 252 do Código prevê que o motorista pego segurando animais à sua esquerda, no colo, entre os braços ou as pernas, no momento em que estiver dirigindo, incorrerá em infração média e também levará multa. Isso porque qualquer movimento do animal pode atrapalhar a visão do motorista, provocando um possível acidente.

Mas, então, qual é a forma mais adequa-da para levar o seu melhor amigo para curtir as férias longe de casa? “No carro, depende do comportamento dele. Os gatos realmente devem ser transportados em caixas específicas e o tamanho ideal, tanto para cães quanto para gatos, é aquele em que o animal consegue entrar e virar sozinho lá dentro, sem dificulda-des, mas também não deve ser muito grande”, afirma a Veterinária Raquel Ruiz. “Já os cães podem se adaptar ao cinto de segurança e à cadeirinha, pois se forem muito agitados tal-vez não gostem de ficar fechados nas caixas. O mais importante, contudo, é transportá-los no banco de trás”, explica.

Em viagens de ônibus, as empresas geral-mente exigem guia de vacinação e comprovação de bom estado de saúde via atestado sanitário, emitido por um Veterinário. Os animais podem ser transportados na cabine com seus proprie-tários, sempre dentro de caixas específicas para

esse fim ou então em compartimentos especiais que tenham ventilação, iluminação e seguran-ça, garantindo o seu bem-estar. Vale a pena entrar em contato com a empresa de transporte rodoviário com bastante antecedência da data da viagem a fim de garantir que os documentos exigidos fiquem prontos a tempo.

Patas na estrada“Juca é mais rodado que muita criança da

idade dele”, afirma o advogado Pedro Gustavo Pinheiro Machado, um típico apaixonado por animais que leva seu cão da raça lhasa apso, hoje com seis anos, para onde vai. O mascote já conhece várias cidades do interior de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, e tem seu espaço garantido no carro desde que era um filhote. “Ele tem sua ‘casa própria’ e é dentro dela que viaja sempre, com toda a segu-rança, no banco de trás. Eu e minha esposa já deixamos de dar carona para várias pessoas por-que a caixa do Juca ocupa metade do banco”, explica o dono.

Além da caixa, a família carrega garrafa de água para o pet e ração caso ele tenha fome no caminho. Os postos de combustíveis são para-

das obrigatórias para o descanso, de forma que a viagem seja tranquila e sem contratempos.

Assim como Juca, muitos cães são com-panheiros de seus donos em viagens de carro, ônibus e até avião. O pequeno bulldog fran-cês Chico, de um ano e meio, também viaja

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CapaFérias com o animal de estimação

Roberto com seu bulldog francês Chico

com seus ‘pais’, tanto para visitar parentes quanto para passear. Da última vez, ele pas-sou o final de semana em uma pousada em Gonçalves/MG. Seu dono, o engenheiro civil Roberto Perez, diz que a viagem só foi possí-vel porque encontraram um local que aceitava a presença do animal no mesmo quarto. “Eu e minha namorada ficamos dias programan-do e procurando um hotel que recebesse o Chico e o deixasse permanecer com a gente. Alguns fizeram ressalvas, mas fechamos com o primeiro que aceitou. Afinal, ele faz parte da família”, defende.

Saúde em primeiro lugarGarantir que o animal esteja em perfeitas

condições de saúde antes de viajar é essen-cial, principalmente se o percurso for longo. Alguns cuidados são imprescindíveis, como verificar se as vacinas, vermífugos e a coleira SCALIBOR® estão em dia.

Segundo Ruiz, dependendo do destino é importante informar-se sobre as doenças infecciosas que acometem os animais de esti-mação daquela região específica, a fim de garantir a prevenção. Uma das mais preocu-pantes é a leishmaniose. “Recomendo o uso

de SCALIBOR® e geralmente peço para ser colocada uns 20 dias antes da viagem. Além de repelir os mosquitos transmissores da pato-logia, também controla ectoparasitas, como pulgas e carrapatos”, alerta.

Levar a ração de costume em quantidade suficiente para todos os dias também é muito importante. “Uma vez embalei uma quantidade menor e, na época, o Juca comia ração especial. Conclusão: não encontrei para comprar no interior e tive que pedir para um amigo trazer de outra cidade para não interromper o trata-mento”, contou Gustavo.

Nas alturasPara transportar animais em aeronaves, os

cuidados são redobrados. Cada empresa possui regras específicas, que constam, geralmente, em seus sites.

Na Gol, o transporte aéreo de animais vivos pode ser feito como carga ou então como bagagem em embalagens apropriadas e devida-mente identificadas, como é o caso de cães e gatos de até 30 quilos e a partir de quatro meses de idade, com exceção de algumas raças, entre outros requisitos que devem ser cumpridos. Os demais animais só são transportados pela Gollog e os donos devem ficar atentos, pois não são feitas reservas para o transporte de animais vivos aos finais de semana e feriados.

Na Azul, as regras são um pouco diferentes. Lá existe o Pet na Cabine, ou seja, o animal vai pertinho do dono dentro da cabine da aeronave,

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CapaFérias com o animal de estimação12

Eduardo e Leonardo, marido e filho da Giovanna, com a Duda, chowchow da família, na Suíça

por uma taxa de R$ 100,00. Mas o benefício só é possível se o peso total (animal e container) for, no máximo, de cinco quilos e o pet estiver limpo, saudável e sem odor desagradável, fora algumas documentações que comprovem sua boa saúde. São permitidos apenas três animais domésticos (cães e gatos) por voo, com mais de quatro meses de idade e em embalagem apropriada com dimensões específicas e piso interno revestido com material que contenha e absorva urina e fezes, evitando vazamento durante o transporte.

Já na TAM, os procedimentos de embar-que de animais variam de acordo com o voo. Os domésticos, como cães e gatos, são aceitos na cabine de passageiros caso o peso total (animal e container) não ultrapasse 10 quilos e a emba-lagem seja apropriada em tamanho, resistência, segurança e higiene. Também é preciso apre-sentar documentações específicas do animal. A taxa é de R$ 90,00, mais uma tarifa que varia de acordo com o trecho.

Ultrapassando fronteirasPara despachar um animal vivo para o

exterior são necessários documentos específicos que devem ser levantados com cada companhia aérea e também com o Ministério da Agricul-tura, já que cada país tem uma norma específi-ca. “É necessário um documento denominado CZI (Certificado Zoosanitário Internacional), emitido pelo Ministério. O proprietário deve

comparecer no dia agendado com seu animal e apresentar um certificado sanitário (atestado de saúde) emitido pelo Veterinário particular, contendo todos os dados do animal e do pro-prietário, carteira de vacinação atualizada com assinatura e carimbo do Veterinário, etiqueta da vacina com informações do fabricante, data de validade e número da partida da mesma. Esse certificado sanitário tem validade de três dias”, comenta Raquel Ruiz.

“Ressalto que é de fundamental importân-cia se informar com antecedência sobre toda a documentação que o país de destino exige, pois certos procedimentos devem ser agendados, as vacinas têm prazos e, se for necessário fazer algum exame, o mesmo pode demorar um pouco para ficar pronto”, complementa.

A jornalista Giovanna Landini Basili mora na Suíça há quatro anos e quando foi embora do Brasil levou sua cachorra Duda, uma chowchow de cinco anos, para morar na Europa. Já acos-tumada com toda a burocracia exigida, toda vez que retorna de férias para visitar a família no interior de São Paulo traz a companheira na viagem, que dura, em média, 17 horas. Duda é transportada no compartimento de bagagens em sua caixa especial e toma um remédio para dormir durante as primeiras cinco horas, para depois seguir firme o restante do trajeto.

O que acaba dando mais trabalho para o transporte da cadela são os trâmites necessários para sua entrada e saída nos dois países. “São

exigidos documentos, vacinas, exame de saúde, atestado, chip, caixa adequada, enfim, muitos detalhes. Todos os documentos são válidos por apenas três dias, então somos obrigados a fazer tudo um dia antes de viajar para valer até o dia da chegada ao Brasil, ou vice-versa”, afirma. “Até aprendermos tudo isso foram necessários muitos contatos no aeroporto de Guarulhos, no Ministério da Agricultura, no Consulado. Pas-sei meses fazendo consultas pela internet e pro-curando pessoas que já tinham feito o mesmo com seu melhor amigo”, declara a jornalista.

Check in animalCada vez mais as redes de hotéis estão

aceitando hospedar animais de estimação dos seus clientes, tamanha a procura por esse tipo de serviço em todo o Brasil. Segundo matéria publi-cada no site UOL Viagem, “a política pet-friendly se espalha por hotéis de luxo, hotéis-fazenda, pousadas aconchegantes, hospedagens de todos os tipos e preços, localizadas em centros urbanos, nas montanhas ou próximas do mar”. A publica-ção traz uma lista dos hotéis que aceitam pets. Tradicionais da hotelaria, como Copacabana Palace, Fasano, Hilton, Mercure e Atlantica Hotels, são alguns deles.

Um detalhe importante é sempre checar os locais onde o animal poderá ter circulação livre, como jardins, varandas e lagos. Geralmente sua presença é proibida em áreas de alimentação e recepção, mas em alguns estabelecimentos eles

já contam com mimos que podem ou não estar inclusos na diária, como vasilhas para água e comida, brin-quedos, cama confortável e muitos outros luxos.

O site Turismo 4 Patas também se dedica a orientar os donos sobre hospedagens para curtir o descanso junto com o melhor amigo. Preen-chendo alguns dados, como locali-zação pretendida e porte do animal, o interessado obtém uma relação de estabelecimentos que são favoráveis a recepcionar os mascotes. Além disso, traz o Manual do Pet Viajan-te, que oferece dicas importantes sobre transportes aéreo e terrestre, documentações necessárias em cada situação, check-list da bagagem do pet e muitas outras informações fundamentais para quem pretende viajar com seu animal de estimação com toda segurança, conforto e tranquilidade.

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Fique LigadoACTIVYLTM13

MEDICAMENTO CONTROLA EFETIVAMENTE AS PULGAS EM CãES E GATOS E NO AMBIENTE DOMÉSTICO, IMPEDINDO REINFESTAçõES actiVYltMResultados positivos para

m estudo* de campo comprovou a eficácia de ACTIVYLTM no com-bate a pulgas. O produto, indicado

para cães e gatos, apresenta uma nova tecno-logia na prevenção e controle das infestações, aliando alto poder inseticida à tecnologia inovadora da bioativação, que expõe mini-mamente os animais e seus proprietários ao ingrediente ativo, uma vez que sua ação ocorre somente no interior da pulga. Além disso, faz o controle do ambiente dos animais tratados, eliminando as formas imaturas em desenvolvimento, quebrando assim o ciclo de vida das pulgas.

No estudo foram cadastrados 207 cães e 197 gatos infestados por pulgas, que foram divididos aletoriamente em grupos para rece-ber, a cada quatro semanas, três aplicações de ACTIVYLTM ou de outro medicamento à base de fipronil.

Os exames físicos e a contagem de pulgas foram realizados antes do início do tratamen-to, sendo repetidos em seis ocasiões durante o processo.

Ao final do estudo, a eficácia de ACTI-VYLTM foi de 98,9% em cães e 95,6% em gatos. O concorrente chegou a 84,9% e 87,7%, respectivamente. A porcentagem de redução de pulgas em lares com cães e gatos também foi maior com o uso de ACTIVYLTM frente ao uso de fipronil (veja gráficos 3 e 4 abaixo).

Como resultado positivo, após três meses ACTIVYLTM eliminou pulgas em ambas as espécies de maneira significativa em todos os domícilios estudados, com índice acima do obtido pelo concorrente direto.

Cepas australianas Um outro estudo realizado na Austrália

com cepas de campo de pulgas australianas

testou a eficácia de ACTIVYLTM versus fipronil plus S-methoprene. Dos 11 cães tratados com fipronil plus S-methoprene, apenas um terminou o protocolo de trata-mento de três meses, 1 proprietário desistiu de participar no meio do experimento e os outro 9 cães do grupo foram transferidos para o tratamento com ACTIVYLTM no meio do processo, devido à insatisfação de seus donos em relação à eficácia alcançada pelo concorrente.

Ao final de quatro semanas, a porcentagem de redução das pulgas em cães tratados com ACTIVYLTM foi de 97,2%, frente aos 51,3% alcançados com fripronil plus S-methoprene.

Ao longo das semanas de estudo, ACTI-VYLTM continuou reduzindo drasticamente as pulgas em cães, chegando a 98,9% e 99,4% de eficácia em oito e em doze sema-nas, respectivamente.

u

•ACTIVYLTM reduz drasticamente a infestação de pulgas em cães e gatos.

•ACTIVYLTM produz uma redução significativamente maior na contagem de pulgas em cães e gatos do que outros medica-mentos à base de fipronil.

•ACTIVYLTM controla efetiva-mente as pulgas em ambientes domésticos e impede a reinfes-tação.

•ACTIVYLTM promove ação alta-mente seletiva contra as pulgas adultas e aquelas em estágio de desenvolvimento presentes no ambiente do animal tratado.

•ACTIVYLTM também mostra-se eficaz no controle e tratamento da dermatite alérgica à picada de pulga (DAPP).

efiCáCia CompRoVada

Cães livres de pulgas (%) após três mesesp=0.0042

*Field Efficacy. Field efficacy of Activyl® for flea control in dogs and cats. Merck Animal Health. Veterinary Technical Services

Gatos livres de pulgas (%) após três mesesp=0.0204

Porcentagem de redução de pulgas em cães e gatos após três meses de tratamento

Cães Gatos

Porcentagem de redução de pulgas em lares com cães e gatos após três meses de tratamento

10%

0%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%98.9%

84.9%

Activyl®(n=110)

Fipronil(n=97)

10%

0%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Porcentagem de lares com todos os cães livres de pulgas após três meses

p=0.0003

Casas com cães

98.4%

Activyl®(n=63)

Fipronil(n=58)

10%

0%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

97.4%87.7%

Activyl®(n=97)

Fipronil(n=100)

Casas com gatos

Porcentagem de lares com todos os gatos livres de pulgas após três meses

p=0.0762

10%

0%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

96.1%

85.7%

Activyl®(n=51)

Fipronil(n=49)

77.6%

Page 14: VetNews PET 109

Mercado Estudo Pet Brasil14

MERCADO CRESCE A CADA ANO NO BRASIL E PESSOAS PASSAM A TER MAIS ACESSO A SERVIçOS RELACIONADOS à SAúDE E AO BEM-ESTAR ANIMAL

a vez é deles

Quase 50 Milhões De PetS

Um em cada quatro brasileiros possui animal de estimação. A maioria é representada pelos cães, que somam um total de aproximadamente 29 milhões.

• Cães: 29.328.000

• Gatos: 9.803.000

• Pássaros: 5.624.000

• Peixes: 2.450.000

• outros: 1.004.000

consultoria GS&MD - Gouvêa de Souza apresentou, no final de 2012, a segunda edição do estudo Pet Bra-

sil, no qual constatou-se que esse mercado vem crescendo constantemente no País. Em 2010, quando foi realizada a primeira edição da pes-quisa, o setor representava R$ 10,1 bilhões, e em 2011 esse número passou para R$ 11,3 bilhões. Em 2012, a expectativa é que tenha alcançado R$ 12,7 bilhões.

Esses números apontam para uma tendên-cia que vem crescendo no Brasil e no mundo: cada vez mais as pessoas prezam pelo bem-estar de seus pets e não medem esforços para propor-cionar o melhor, dentro de suas possibilidades, para seus amigos.

Além disso, o estudo comprovou que houve um aumento da população de animais de esti-mação no Brasil. De acordo com a amostra, existem hoje quase 50 milhões deles, o que quer

dizer que um em cada quatro brasileiros possui animal de estimação. A maioria é representada pelos cães, que somam um total de aproxima-damente 29 milhões.

Com 20 anos de formação, o Médico Veterinário Marcelo Quinzani, diretor clínico do Pet Care, centro e hospital veterinário de São Paulo/SP, nota que, desde a sua inicia-ção profissional, houve uma mudança grande quanto à preocupação das pessoas com os seus

a

PetS:

Fonte: Estudo Pet Brasil 2011

Page 15: VetNews PET 109

pets. “Antigamente o animal vivia no quintal e seu dono não percebia quando ele começava a ficar doente. Hoje, com muitos vivendo dentro de apartamentos, é possível notar rapi-damente qualquer alteração.”

O crescimento econômico do Brasil, alia-do ao acesso fácil à informação, também justifica o constante crescimento desse mer-cado, de acordo com o Médico Veterinário Anderson Nogueira, da clínica veterinária Mato Grosso, em Cuiabá/MT. “A informação está mais presente na vida das pessoas, o que ajuda na conscientização sobre a importância de cuidar da saúde dos animais de estimação. Com isso, e com condições econômicas mais favoráveis, cresceu a procura, o interesse e o conhecimento pelas patologias e pelo bem--estar do pet.”

Produtos e serviçosPara entender melhor como funciona esse

mercado, o estudo Pet Brasil aprofundou-se sobre os seus nichos, constatando que alimen-tação responde por quase 25% do faturamento dos pet shops. Em seguida vêm os serviços de higiene e embelezamento, com 14%, medi-camentos veterinários, com 10%, e serviços veterinários, também com 10%.

Entre as categorias de varejo, 88% dos estabelecimentos consultados comercializam ração; 87%, produtos de higiene e embeleza-mento; 85%, snacks e petiscos; 85%, acessó-rios; 83%, antipulgas e carrapaticidas; 81%,

medicamentos veterinários; 81%, serviços de higiene e embelezamento; 79%, vitaminas; 60%, serviços veterinários; 56%, outros ser-viços, como hotel, leva e traz, entre outros; e 15%, venda de filhotes.

Outra revelação é que os pet shops são lojas que atendem clientes rápidos e decididos, considerando que o tempo de permanência médio na loja é de apenas nove minutos e 62% buscam sozinhos o produto desejado. Além disso, a cada dez pessoas que entram na loja, cerca de sete efetuam uma compra.

Com crescimento constante e acesso mais fácil aos serviços, a responsabilidade do Médi-co Veterinário aumenta – ele deixa de ser apenas um cuidador da saúde do animal para se transformar em um disseminador de informações e de ações que abranjam o maior número de pessoas possível. “Para conscien-tizarmos cada vez mais a população quanto à importância de cuidar do pet e de levá-lo constantemente à clínica veterinária, fizemos parcerias com pet shops e agropecuárias que não têm um Médico Veterinário ou estrutura para realizar procedimentos como cirurgias. Assim atraímos o público e podemos informá--lo sobre a atenção e os cuidados necessários com os animais”, conta Nogueira.

OportunidadeAlém de traçar um panorama do setor

pet, o estudo mostrou uma oportunidade de negócio que ainda é pouco explorada: o

ambiente on-line. De acordo com a consul-toria GS&MD, 74% dos estabelecimentos consultados não possuem website, 68% não participam de redes sociais e 87% não ven-dem pela internet. “Se fosse possível agendar banhos, consultas e até fazer o pagamento on-line, por exemplo, facilitaria muito. Além disso, a compra de ração e de mimos para minha poodle pela web certamente seria outro serviço do qual eu seria usuária assí-dua”, conta a jornalista Ana Bertran, dona de duas cachorrinhas.

Mercado Estudo Pet Brasil

Devidamente encoleirada com SCALIBOR®, Kikinha é uma das cachorrinhas de Ana Bertran

Médico Veterinário Anderson Nogueira, da clínica veterinária Mato GrossoMédico Veterinário Marcelo Quinzani, diretor clínico do Pet Care

Page 16: VetNews PET 109

16

CONHEçA OS PREMIADOS DOS PROGRAMAS DE RELACIONAMENTO AMAVET E AMAPET, DA MSD SAúDE ANIMAL, NESTE TRIMESTRE

reconheciMento

MUITOS PRêMIOS Os programas AMAVet e AMAPet são direcionados, respectivamente, às principais clínicas veterinárias e pet shops do Brasil. Como prêmio, os vencedores ganham equipamentos de excelente qualidade, que modernizam os estabelecimentos e contribuem para facilitar o dia a dia dos profissionais, agilizar a venda e melhorar o atendimento aos clientes.

MarcoC.V. Latidos e MiadosSalvador/BAEstetoscópio

Dra. ManuelaPet CenterVitória/ESChiller Unit

CesarZimbaVetImbituba/SCChiller Unit

ElianeAgropecuária AzevedoJataizinho/PRMonitor 18’

RebecaPet BambinaRio de Janeiro/RJMesa de tosa dobrável

Marco e IoniseC.V. Latidos e MiadosSalvador/BAFrigobar

EdgarC.V. GrossCuritiba/PRChiller Unit

ErgonSOS AnimalMaringá/PRPanoptic

Cristiano HenriqueCasa PantanalFernandópolis/SPUltrassom extrator de tártaro

JonasC. V. BicharadaPortão/RSChiller Unit

JulinaldoAgrotettusLondrina/PRAutoclave

PaulaToca do MascoteCuritiba/PRChiller Unit

LarissaAlcântara e BrandãoLondrina/PRFrigobar 80 l

LuigiC. V. PetscãoCampo Grande/MSTelevisores 32’

Domingos CristianoAgropecuária PatrícioIbiporã/PRChiller Unit

Raphael e MarceloClínica Mr. ZooAracaju/SEChiller Unit

Maria FernandaNosso PetCuritiba/PRChiller Unit

AMAVet-AMAPetProgramas de relacionamento

Prêmios úteis para o seu dia a dia e

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riginados na China, muito dóceis e amigos, os pugs conseguem conquis-tar até aqueles que têm aversão a cães.

Muito disso se deve a sua razão de viver: estar à disposição de seus donos, servindo como compa-nhia e alegrando o ambiente. Por isso, esqueça-o caso precise de um animal para caça ou guarda, pois ele recebe os intrusos tão bem quanto um amigo da família.

De porte pequeno, os pugs geralmente atin-gem o tamanho máximo de 28 centímetros quando adultos, com peso entre 6 e 8 quilos. As cores homologadas pela Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC) – responsável pelas regras e normas para criação, registro, emissão de pedigrees e exibição de raças de cães no Brasil – são abricot, preto e prata, podendo variar de acordo com a linhagem, a alimentação e outros fatores que alteram o resultado final.

No entanto, com o aumento da procura pela raça e sua grande evidência, encontrá-los tem se tornado tarefa árdua. Na maioria das vezes não existe disponibilidade de entrega imediata de um filhote, somente com reserva. Mas quem conse-guir segurar a ansiedade não se arrependerá.

Recomendado para pessoas de todas as ida-des, os pugs podem viver bem tanto em aparta-mento como em casa, sendo que uma das poucas restrições que apresenta refere-se à ventilação do local, que deve ser constante. Atualmente, são usados até para auxiliar no tratamento de doenças

como síndrome do pânico, na terapia de crianças portadoras de necessidades especiais e em outros tratamentos que utilizam terapia com pets.

CuidadosMesmo sendo o pug um cão tão amável e de

fácil adaptação, é importante se atentar a alguns cuidados básicos. Os banhos, por exemplo, devem ser ministrados no máximo duas vezes por mês, evitando, assim, a proliferação de fungos de pele. É necessário também realizar a limpeza de olhos, ouvidos e rugas uma vez por semana.

A obesidade é outro fator preocupante da raça, o que torna importante acompanhar dia-riamente a quantidade de ração e suplementos oferecidos ao animal. O ideal é utilizar sempre

ração super premium de boa qualidade e respeitar a tabela informada no verso da embalagem.

Devido à sua fisiologia braquiocefálica (braço e cabeça curtos), é possível que o cão dessa raça tenha problemas respiratórios. Para evitar isso, recomenda-se mantê-lo em local sempre fresco e arejado, com água em abun-dância. Mas vale ressaltar que cães que apre-sentam, ao longo da vida, prolapso de traqueia podem ter sido gerados por meio de acasala-mentos que nunca deveriam ter sido feitos. Por isso, é de extrema importância eleger um bom canil para adquirir o seu novo amigo, que faça acasalamentos selecionados e que de fato veri-fique se existe ou não consanguinidade entre os padreadores e matrizes.

CruzaA cruza da raça também merece atenção.

Como os cães podem não conseguir realizar a cobertura natural, é preciso realizar inseminação artificial, que deve ser feita somente por profis-sionais qualificados.

Além disso, a gestação, de aproximadamente 60 dias, é diferente da dos demais cães, pois difi-cilmente as fêmeas conseguem realizar o parto sozinhas. Na maioria das vezes, será necessária a intervenção humana para que o procedimento seja bem-sucedido.

17

coraçõesRaçasPug

APAIXONANTES E DóCEIS, OS PUGS VêM SE TORNANDO OS qUERIDINHOS DOS BRASILEIROS

Conquistadores de

o

* Artigo escrito por Claudio Ferreira e Priscila Cristina, criadores e proprietários do Canil Pugs Marines.www.pugsmarines.com.brTel. (21) 7893-6366 e (21) 3013-0846Email: [email protected]

da China paRa o mundo

Vindos do Oriente, os precursores do pug, conhecidos como short mouthed dogs, ou cães de boca curta, datam de aproximadamente 700 a.C. Dessa época até o final do século 16, quando a China começou a negociar com paí-ses europeus como Portugal, Espanha, Holanda e Inglaterra, os cães começa-ram a ser levados ao Ocidente pelos comerciantes como presentes, o que deu início à ascensão da popularidade do pug na Europa.

O maior impacto na raça ocorreu em 1868, quando dois pugs de linhagens chinesas puras, provenientes do palácio do imperador em Pequim, chegaram à Inglaterra. Esses dois cães, Lamb e Moss, produziram um filho chamado Click, que foi fundamental no desenvol-vimento da raça moderna, pois intro-duziu características que, associadas à combinação das linhagens Willoughby e Morrison, resultaram no desenvolvimen-to do fenótipo atual da raça.

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Universidade CorporativaO entusiasmo pela vida profissional e a gestão de pessoas18

o entusiasMo Pela ViDa ProFissional

em sido comum em encontros de empresários e profissionais de recur-sos humanos o relato de que os

jovens não mais se entusiasmam pelos bons empregos em empresas conceituadas da região, como faziam antigamente. Jamais pesquisei o tema por meio de uma pesquisa científica com grandes amostras de jovens pretendentes ao primeiro emprego, mas a minha percepção é a mesma. Muitos jovens consideram o trabalho regular, seja na indústria, no comércio ou no segmento de serviços, como algo desinteressan-te e que deve ser evitado. Abrir o seu próprio negócio tem sido um desejo cada vez mais constante. Embora sem uma pesquisa profun-da, algumas pistas nos induzem à reflexão.

O primeiro fio que eu puxaria seria o dos critérios utilizados na seleção dos profissionais, que valoriza excessivamente o curso superior completo, em especial se o candidato cursou uma das chamadas faculdades de primeira linha. Certamente, alunos de excelentes escolas receberam uma carga conceitual de bom nível. Porém, não há como discriminar um aluno medíocre que fez uma faculdade de excelente pontuação pelo MEC de um outro brilhante, que cursou outra não tão bem posicionada.

Além disso, no Brasil, aqueles que cursam as melhores faculdades pertencem às camadas de maior renda. Pode ser que as melhores condições de vida arrefeçam o entusiasmo pela conquista de um posto mesmo em uma grande empresa. Para esse jovem, o final do processo seletivo não é conquista, mas destino, levando-o a olhar sem entusiasmo para o emprego conquistado.

Outro fio que eu puxaria seria a hipótese de que o jovem que chegou entre os cem melhores do processo seletivo está entre os cem melhores do processo de diversas empresas, algo que me parece bastante possível. E, talvez, a falta de entusiasmo se deva ao fato de aquela empresa específica para a qual foi selecionado não ser a sua favorita, o que explicaria até mesmo a sua frustração.

Uma terceira possibilidade, entre muitas outras, é que, talvez, o que se diz de uma deter-minada empresa nas redes sociais, o que falam seus funcionários e fornecedores nem sempre

são elogios. Às vezes comenta-se que não há políticas de recursos humanos, que os critérios de promoção não são justos, que as pessoas são tratadas pelos chefes com agressividade, que a empresa não paga em dia os seus fornecedores, que atrasa o pagamento de impostos, ou seja, que não tem uma conduta adequada junto a seus parceiros de negócios e à comunidade onde está inserida.

Stakeholders são todos os personagens que interferem na forma como a empresa atinge os seus objetivos. Dentre eles estão a comuni-dade, o governo, a imprensa, a concorrência, os clientes, os fornecedores, os funcionários e ex-funcionários, além de tantos outros que com ela estabelecem contato. Agir conscien-temente na comunidade é fundamental para atrair bons profissionais.

A preocupação com a retenção de funcio-nários é nova no Brasil. Motivar para reter é o mesmo que tornar a empresa um excelente lugar para se trabalhar e, nesse caminho, a liderança é de crucial importância. Se liderar é influenciar pessoas, o primeiro passo para um bom líder é conhecer as pessoas que traba-lham consigo. Sob a denominação impessoal de empregado, funcionário ou colaborador

há um ser humano que tem uma história de vida, uma família, uma trajetória que ajudou a formar a sua identidade.

Motivar para reter nos obriga a despertar nos líderes sensibilidade para as questões humanas, cultivar o agir com generosidade, desenvolver habilidades de comunicação com foco na linguagem e nas formas de expressão do outro. Essa poderia ser uma relevante contribuição para a retenção de talentos. Pense nisso!

t

e a gestão de pessoas

Célia Marcondes FerrazDiretora de Educação Executiva da ESPM

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Mudou-seDesconhecidoRecusadoEndereço insuficiente

REINTEGRADO AO SERVIÇO POSTAL EM ___/___/___

___/___/___ ______________________________ RESPONSÁVEL

Informação escrita pelo porteiro ou síndicoFalecidoNão existe o nº indicado

AusenteNão procurado

IMPRESSO – Envelopamento fechado pode ser aberto pela ECT

DEVOLUÇÃOGARANTIDA CORREIOS

Endereço para devolução: av. Sir Henry Wellcome, 335, Moinho Velho, Cotia-SP, 06714-050