verbetes enciclopédicos: linha do tempo e mapa

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Série Verbetes Enciclopédicos Diversidade de Linguagens no Ensino Médio Volume 1: Linha do Tempo e Mapa

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Série Verbetes EnciclopédicosDiversidade de Linguagens no Ensino Médio

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AngelA PAivA Dionisio (org.)

VerbetesenciclopédicosLinha do Tempo e Mapa

Pipa ComunicaçãoRecife - 2013

Série Verbetes EnciclopédicosDiversidade de Linguagens no Ensino Médio

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IMAGEM DA CAPAWatercolour chart of the city of Recife (Brazil) in the 17th century. 1665. Johannes Vingboons Domínio Público. Disponível em http://nl.wikipedia.org/wiki/Bestand:Recife-Map1665.jpg

CAPA, PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃOKarla Vidal e Augusto Noronha (Pipa Comunicação - www.pipacomunicacao.net) EQUIPE PIBID LETRAS UFPE

Ágnes Christiane de SouzaAmanda Alves de OliveiraAndrea Silva MoraesAngela Paiva DionisioBibiana Terra Soares CavalcantiCássia Fernanda de Oliveira CostaDaniella Duarte Ferraz Elilson Gomes do Nascimento Getulio Ferreira dos SantosHellayne Santiago de AzevedoJoão Alberto Barbosa de Gusmão

Juliana Serafi m dos Santos Larissa Ribeiro Didier Leila Janot de VasconcelosMagda Evania Vila Nova Maria de Lourdes Cavalcante Chaves Maria Medianeira de SouzaMariana Bandeira Alves FerreiraMaura Lins Dourado RodriguesRaquel Lima Nogueira Renata Maria da Silva FernandesSaulo Batista de Souza

O trabalho Série Verbetes Enciclopédicos - Diversidade de Linguagens no Ensino Médio de Angela Paiva Dionisio, PIBID Letras UFPE e Pipa Comunicação foi licenciado com uma Licença Creative Commons -

Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.Com base no trabalho disponível em http://www.pibidletras.com.br/.

Podem estar disponíveis autorizações adicionais ao âmbito desta licença em http://www.pibidletras.com.br/.

Catalogação na publicação (CIP)Ficha catalográfi ca produzida pelo editor executivo

D592

Dionisio, Angela Paiva. Verbetes enciclopédicos: linha do tempo e mapa / Angela Paiva Dionisio [org.]. - Recife: Pipa Comunicação, 2013. 66p. : Il.. (Série verbetes enciclopédicos: diversidade de linguagens no ensino médio) Inclui bibliografi a. ISBN 978-85-66530-04-9

1. Língua Portuguesa. 2. Gêneros Textuais. 3. Linha do Tempo. 4. Mapa. I. Título. II. Série.

400 CDD811.134.3 CDU

c.pc:03/13ajns

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

REITORIAAnísio Brasileiro de Freitas Dourado

PRÓ-REITORIA PARA ASSUNTOS ACADÊMICOSAna Maria Santos Cabral

COORDENAÇÃO INSTITUCIONAL DO PIBID - UFPESérgio Ricardo Vieira Ramos

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA DO PIBID - UFPEEleta Freire

CHEFIA DO DEPARTAMENTO DE LETRASJosé Alberto Miranda Poza

COORDENAÇÃO DO SUBPROJETO PIBID LETRAS - UFPEAngela Paiva Dionisio

GRADUANDOS PIBID LETRASÁgnes Christiane de Souza, Amanda Alves de Oliveira, Bibiana Terra Soares Cavalcanti, Cássia Fernanda de Oliveira Costa, Daniella Duarte Ferraz, Elilson Gomes do Nascimento, Hellayne Santiago de Azevedo, João Alberto Barbosa de Gusmão, Juliana Serafim dos Santos, Larissa Ribeiro Didier, Magda Evania Vila Nova, Maria de Lourdes Cavalcante Chaves, Mariana Bandeira Alves Ferreira, Raquel Lima Nogueira, Renata Maria da Silva Fernandes

SUPERVISORES PIBID LETRAS

Maura Lins Dourado Rodrigues (EREM Diário de Pernambuco)Saulo Batista de Souza (Escola Senador Novaes Filho)

COLABORADORES PIBID LETRASAndrea Silva Moraes (Mestrado PG Letras-UFPE); Getulio Ferreira dos Santos (Graduação de Letras – UFPE); Leila Janot de Vasconcelos (Neuropsicóloga, pesquisadora – NIG UFPE); Maria Medianeira de Souza (Professora Departamento de Letras, pesquisadora – NIG UFPE);

TRADUÇÃO INGLÊS-PORTUGUÊS:Tradução: Larissa Cavalcanti (UFPE-FAFIRE) Supervisão da Tradução: Lúcia Bodeman (Cultura Inglesa)

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Volume 2 Linha do Tempo e Mapa

Evolution of the Bicycle with years, names and inventors, in French. Ilustração de Fiestoforo.Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File%3ABicycle_evolution-fr.svg

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Sumário

09 PREFÁCIO

VERBETES ENCICLOPÉDICOS: CAPTURAM A IMPERMANÊNCIA E ENSINAMMaria Auxiliadora Bezerra

13 APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO

VERBETAR: FAZER VERBETES E ORGANIZÁ-LOS, EIS O NOSSO DESAFIO!Angela Paiva Dionisio

21 VERBETES

LINHA DE TEMPOAmanda Alves de OliveiraJoão Alberto Barbosa de GusmãoMagda Evania Vila Nova

MAPALarissa Ribeiro DidierRaquel Lima Nogueira

57 O TEMA EM CENA...

TRANSCRIÇÕES

61 UMA PITADA DE HUMOR

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— PREFÁCIO —Verbetes enciclopédicos

!

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Verbetes enciclopédicos: capturam a impermanência e ensinam

A Série Verbetes Enciclopédicos apresenta, de for-ma clara, interativa e substancial, informações sobre gêneros multissemióticos, que são intrinsecamente dinâmicos, pois suas semioses estão em constante de-vir. São, por exemplo, diagramas, que se constituem de formatos variados; são mapas, que mudam de feição, segundo as representações que fazem da realidade; são linhas do tempo, que se apresentam horizontal ou ver-ticalmente, mas também em zigue-zague... Ou seja, são gêneros que se transformam, mas que se deixam capturar, sendo apresentadas, nos verbetes, suas possi-bilidades de configurações.

A leitura do verbete Desenho Anatômico nos faz lembrar o artista gráfico norte-americano Eric Drooker, que usa a técnica de raio X para representar os tipos hu-manos, como se estivessem sendo vistos por dentro. A leitura do verbete Mapa nos faz associá-lo ao livro El Hacedor, de Jorge Luis Borges, especificamente o tex-to Museo, que aborda a arte da cartografia, mostrando a impossibilidade de um mapa coincidir exatamente com o que ele representa.

Relacionando-a à educação formal, a Série Verbe-tes Enciclopédicos proporciona ao professor do Ensino Médio (mas também do segundo segmento do Ensi-no Fundamental) um trabalho de leitura, que não se

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restringe apenas ao professor de Língua Portuguesa. A seleção dos gêneros multissemióticos explorados aten-de a todas as áreas do conhecimento que constituem conteúdo curricular da Educação Básica: o desenho anatômico, o diagrama, o mapa, a linha do tempo, por exemplo, são gêneros que se materializam nos mate-riais didáticos com o intuito de mostrar conteúdos conceituais de Biologia, de Geografia, de História, de Literatura, de Química, de Artes Visuais, etc. e de con-tribuir para que os alunos desse nível de escolaridade os dominem, ampliando seu conhecimento enciclopé-dico e seu letramento multissemiótico tão necessário em nossa sociedade atual.

Mas essa Série não pode ser objeto de estudo ape-nas para o professor em serviço, ela também deve ser estudada em cursos de formação inicial ou continuada de professores. Se a habilidade de leitura dos mais va-riados tipos de textos e nas mais variadas linguagens é uma necessidade para alunos, saber como desenvolvê-la e trabalhá-la na escola também o é para os futuros professores. Assim, a série Verbetes Enciclopédicos se caracteriza como um material propício às práticas de ensino, aos estágios supervisionados, enfim, às ativida-des de ensinar como ensinar.

Vale ressaltar a interatividade dessa Série, que possibilita ao usuário o acesso a todos os exemplos re-tirados de vídeos que se encontram na web, bastando apenas estar conectado à internet e clicar no endereço eletrônico dado. Assim, a dinamicidade dos verbetes enciclopédicos favorece o acesso por parte dos alunos a textos de gêneros muito flexíveis e seu estudo.

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A imagem de verbetes construídos de forma está-tica dá lugar a uma outra que procura mostrar a vida do gênero textual nos variados domínios discursivos, dando aos alunos um conhecimento sistematizado desses gêneros e mostrando que é possível ensiná-los sem enrijecê-los.

Maria Auxiliadora BezerraUniversidade Federal de Campina Grande

Campina Grande, janeiro de 2013.

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— VAMOS —verbetar

!

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Verbetar: fazer verbetes e organizá-los,

eis o nosso desafio!

Vamos verbetar! Esta foi a decisão tomada após algumas reuniões da equipe PIBID Letras UFPE, ao estudarmos gêneros textuais, investigando questões de avaliações de programas que buscam traçar perfis dos nossos alunos de educação básica, ao analisarmos manuais didáticos do ensino médio de disciplinas diversas e ao buscarmos respaldo teórico para defi-nições de alguns gêneros multissistêmicos recorrentes em diferentes áre-as de conhecimento no ensino fundamental e médio, tais como desenho anatômico, diagrama, fotografia, infográfico, linha do tempo, tabela. To-dos nós com um letramento mais formal podemos ler cada um deles, com certa facilidade, sem que isto nos cause entrave mais sério no processo de compreensão, certo? Porém, como sujeitos responsáveis pela elaboração de atividades didáticas que orientam a formação de leitores, precisamos nos apropriar melhor dos gêneros textuais que circulam em nosso con-texto educacional, em nosso dia a dia. Conhecer apenas não é suficiente e apropriação exige domínio! A tarefa não foi tão simples, como mostrare-mos no decorrer desta apresentação.

Voltando aos aspectos motivadores da nossa decisão em verbetar esta série Verbetes Enciclopédicos, uma situação bastante significativa foi vivenciada em uma das escolas estaduais recifenses nas quais estamos atuando. Durante a realização de um teste piloto, envolvendo a compre-ensão de enunciados com gêneros multissistêmicos, uma aluna não res-pondeu a uma questão, pois, segundo ela, não sabia o que era charge, termo que iniciava o enunciado da questão, transcrita abaixo (01). Não estamos, neste momento, questionando a elaboração do enunciado em si, mas alguns fatores merecem ser pensados, tais como (i) a importância

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Introdução

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da nomeação do gênero para o aluno-leitor e sua influência no momento de avaliação (não saber o significado do termo não poderia ser atenuado com a verificação ou a leitura do gênero em si? E no enunciado em análise a nomeação está equivocada, temos uma tirinha; jamais uma charge!); (ii) a não flexibilidade cognitiva do aluno-leitor para realizar tarefa solicitada, desistindo no primeiro entrave, o que nos revela, talvez, uma orientação metodológica de que é necessário conhecer o significado de cada palavra para entendermos o texto.

(01):Na charge, a arrogância do gato com relação ao comportamento alimentar da minhoca, do ponto de vista biológico:

(A) não se justifica, porque ambos, como consumidores, devem “cavar” diariamente o seu próprio alimento.(B) é justificável, visto que o felino possui função superior à da minhoca numa teia alimentar(C) não se justifica, porque ambos são consumidores primários em uma teia alimentar(D) é justificável, porque as minhocas, por se alimentarem de detritos, não participam das cadeias alimentares(E) é justificável, porque os vertebrados ocupam o topo das teias alimentares.ENEM, 2002, http://www.inep.gov.br/Acessado em 26/09/2011

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Paralelamente a observações como estas, constatamos também o uso crescente, ao longo dos anos, de gêneros multissistêmicos para o ensino de conteúdos e para situações de avaliação. Gráficos, tabelas, desenhos anatômicos, infográficos, mapas, histórias em quadrinhos, entre outros gêneros veiculados na mídia impressa e digital, simbolizam alguns dos gêneros textuais que migraram para o domínio educacional. Muitos des-tes gêneros são originalmente produzidos em outros domínios discursi-vos e estão inseridos em outros gêneros, tais como reportagens, relatórios do IBGE, da ONU, da UNESCO, do INMETRO; atlas do IBGE, do INPE.

Tomamos para nós, equipe PIBID Letras UFPE, o desafio de estu-darmos melhor alguns destes gêneros, especialmente aqueles que não são muito recorrentes para o ensino de leitura e de escrita nos materiais didáticos de língua materna. Isto se deve ao fato de um dos objetivos do projeto A Leitura de Linguagens Diversas ser compreender a natureza e as características dos textos multissistêmicos, com o objetivo principal de oferecer subsídio teórico-metodológico para o tratamento dos mesmos nas atividades de leitura em sala de aula. Decidimos, então, selecionar os gêneros. Usamos como critérios a recorrência de gêneros em áreas distintas de conteúdos curriculares, as dificuldades de leitura sinaliza-das nas situações de avaliação que realizamos com aproximadamente 200 alunos do primeiro ano do ensino médio de duas escolas recifenses, a não consciência do gênero pelos membros da equipe PIBID Letras, embora sejamos seus leitores. Chegamos, então, ao seguinte conjunto de gêne-ros: desenho anatômico, esquema, diagrama, fotografia, gráfico, infográ-fico, história em quadrinhos, linha do tempo, mapa e tabela. Os passos seguintes foram pesquisar sobre eles, pensar na organização da escrita dos verbetes, e, finalmente, verbetar! Eita, tarefa complicada!

Estes gêneros transitam por domínios discursivos e áreas de conhe-cimentos as mais diversas, ou seja, sob as mais diversas rubricas. A título de exemplificação, tomemos o termo diagrama no “Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa” e no “Dicionário de Comunicação”. Ambos tra-zem acepções para cinema, televisão, artes gráficas, música, informática,

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Introdução

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editoração. Tivemos que optar por desenvolver definições mais voltadas para a divulgação de informações, uma vez que o nosso interesse está nos usos destes gêneros com propósitos informativos, científicos. Então, es-colher a acepção foi o ponto de partida, mas isto não invalida a incursão pela história do gênero e sua tipologia. Mas, se definir é um ato discursivo cotidiano nosso, não significa que seja simples, não é, Zaqueu?

(02) Narradores de Javé: [00:11:30 – 00:12:16]Para assistir: http://goo.gl/2g6DE

ZAQUEU – Só que tem uma coisa: eles falaram lá que só tem validade esse trabalho se for assim... Científico.ARISTEU – Que coisa é científico, Zaqueu?ZAQUEU – Científico é... ó, é assim, como por exemplo... é... é que não pode ser as patacoadas mentirosas que ocês inventam! As patranha duvidosa que ocês gostam de dizer e contar.

Quando pensamos em verbetes, acessamos imediatamente nossa história de leitores de dicionário de línguas e os estudos de vocabulário. Não lembramos se tivemos uma professora como aquela existente nas memórias de Lygia Bojunga Nunes que “achava impossível a gente viver sem um dicionário perto”, mas certamente achamos em algum momento

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de nossas vidas que um dicionário era “exagero de papel”, “uma monta-nha de palavras desabando em cima da gente”, “uma letrinha supermiú-da de tanto quererem espremer mais quer-dizer-isso e mais quer-dizer-aquilo!”, “então, era só tirar a dúvida se tinha dois ss mesmo, ou se era um s em vez de um z, e pronto, eu fechava ele logo” (1995, p. 39, 41).

Ao trazermos o depoimento de Lygia Bojunga Nunes, queremos também trazer os nossos...

“ler um verbete inteiro, olhar bem pra cara de uma palavra e ver se eu achava ela simpática ou não, e pensar se eu ia ficar me lembrando dela, e me perguntar se eu ia gostar de me encontrar com ela outra vez (quem sabe a gente podia ser companheira de um outro jogo, não precisava ser só programa de rádio, a gente podia até se juntar de novo pra fazer letra de samba. Já pensou?) – não. Não mesmo. Que-rer saber mais da vida daquela palavra era coisa que não me aconte-cia, ah, então tá, você tem um acento no a, e fim de papo: fechava o dicionário na cara dela” (1995, p. 41).

Lygia começou a trabalhar para o rádio e para a TV, começou a es-crever livros “e foi nesse encontro com a Literatura que (Lygia) começou a ter curiosidade de ler um verbete inteiro, e de querer experimentar os caminhos que o dicionário (lhe) mostrava, conferindo uma palavra com outra (...)” (1995, p. 41). No meu caso, pesquisei sobre definições e adi-vinhações orais em interações conversacionais (DIONISIO, 1998; 2003), orientei dissertações sobre estudo do vocabulário e uso de dicionários em língua materna (LEAL, 2003; VIANA, 2003), escrevi uns poucos capítulos de livros sobre a abordagem de vocabulário/verbete na sala de aula (DIO-NISIO, 2002 [2010]). Mas assim como Lygia disse que deu “pra ficar tão contente com as (suas) (...) descobertas” (1995, p. 41), também comecei a me encantar com as mudanças trazidas para o estudo do vocabulário com Linguística de Texto, Linguística Aplicada e Teorias de Gênero!

Assim como Lygia, eu gostava “cada vez mais de assuntar: o texto que o dicionário usava pra dar exemplo de uma palavra, ah, que graça!

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Introdução

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eles pegaram uma marchinha de carnaval do Lamartine Babo pra mostrar que palhaço também quer dizer fantasia de palhaço, olha aí, ‘rasguei a minha fantasia, o meu palhaço cheio de laço e balão ...’ (quanta coisa eu ia poder imaginar lá na tal ilha lendo os versos dessa marchinha)” (NUNES, 1995, p.41, 42).

“Olha só pra isso!” (NUNES, 1995, p. 41), a equipe PIBID Letras pegou rápido o hábito de assuntar o tema do verbete em domínios discursivos diversos! Desenho anatômico em videoclipe de Madonna? Linha do Tempo na cabeleira dos Beatles? Diagrama usado como teaser de uma mostra de vídeo-dança?

Então, “as coisas científicas” de que iremos tratar nestes cinco pri-meiros volumes da Coleção Verbetes Enciclopédicos são:

a) Desenho anatômico e Diagrama (Volume 1)b) Linha do Tempo e Mapa (Volume 2)c) Fotografia e História em Quadrinhos (Volume 3)d) Gráfico e Infográfico (Volume 4)e) Esquema e Tabela (Volume 5)

Em 2002, quando escrevi a primeira versão do capítulo Verbete: um gênero além do dicionário, (Dionisio, 2010, p. 136), achei bem interessante a metáfora criada por Hoey (2001:75), ao comparar a organização de di-cionários, glossários, enciclopédias a colmeias, cujas propriedades seriam:

a) o significado não deriva de uma sequência, b) as unidades adjacentes não formam uma prosa contínua, c) não há um frame contextual, d) não há um autor individual,e) um componente pode ser usado sem referência aos demais, f) os componentes podem ser reimpressos ou reutilizados em trabalhos subsequentes, g) os componentes podem ser acrescentados, removidos ou alterados, h) muitos componentes podem servir à mesma função e i) há uma sequência alfabética, numérica ou temporal.

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Duas palavrinhas finais. Quando chegamos à versão que conside-ramos final dos nossos verbetes, recorremos a alguns colegas profissio-nais e professores de outras áreas, a coordenadores de outros PIBID da UFPE, solicitando suas colaborações como leitores críticos. Registramos aqui os nossos agradecimentos a Aldemir Dantas Barbosa, a Judith Ho-ffnagel, a Karla Vidal, a Marina Marcuschi, a Paulo Gileno Cysneiro, a Renê Montenegro, a Simone de Campos Reis. E para os nossos leitores, três dicas: as letras dos nossos verbetes não são miúdas, o nosso verbete é multissemiótico e a nossa escrita não é muito obediente às estruturas típicas do gênero...

Acredito que você, leitor, vai gostar de assuntar nossos verbetes enciclopédicos!

Angela Paiva DionisioRecife, dezembro de 2012.

RefeRências:

ABREU, Luis e CAFFÉ, Eliane. Narradores de Javé. São Paulo, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo: Cultura – Fundação Padre Anchieta, 2004.

DIONISIO, Angela. Imagens na oralidade. Recife: UFPE (Tese), 1998.

DIONISIO, Angela. Definições na oralidade. IN: DIONISIO, A. & BESERRA, N. Tecendo textos, construindo experiências. Lucerna: Rio de Janeiro. 2003.

DIONISIO, Angela. Verbete: um gênero além do dicionário. In: DIONISIO, Angela, MACHADO, Anna Rachel, BEZERRA, Maria Auxiliadora (orgs.) Gêneros textuais e ensino. São Paulo: Parábola, 2010.

HOUAISS, Antônio e VILLAR, Mauro. Dicionário Houaiss da língua portuguesa, Rio de Janeiro: Agir, 2001.

LEAL, Audria. Os exercícios de vocabulário: o léxico no livro didático. Recife: UFPE (Dissertação), 2003.

NUNES, Lygia Bojunga. Livro: um encontro com Lygia Bojunga. Rio de Janeiro: Agir, 1995.

RABAÇA, Carlos e BARBOSA, Gustavo. Dicionário de comunicação. Editora Campus: Rio de Janeiro, 2001.

VIANA, Karine, O dicionário: do livro didático à sala de aula. Recife: UFPE (Dissertação), 2003.

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Continental Drift. Stamford Learning Resource & Media CenterFonte: https://sites.google.com/site/saislibrary1/ict/grade-3-ict/continentaldrift

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Verbetes

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Linha

do tempoAmanda Alves de Oliveira

João Alberto Barbosa de GusmãoMagda Evania Vila Nova

Passando pelo tempo...

(01): Linha do Tempo (Vinicius Castro)

Passam fatos e dados e datasNesta areia que mede o momentoPassam meses e marcos e marcasCaminhando na linha do tempo

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=Qh_gXWYj_iIAcessado em 10/10/2012

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Linha do Tempo

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Fatos, dados, datas, marcos, momentos, emoções... constituem história de cada um de nós, de nossa família, de nossa comunidade, de nosso país. Se organizamos historicamente fatos, datas, personalidades, podemos traçar perfis de sociedade, traçamos linhas do tempo. É o que se pode verificar em Portal Brasil, (www.brasil.gov.br), onde dentre os vários temas está a participação da mulher na sociedade brasileira. Destacamos, em (02), os fatos ocorridos em 2000 e 2010:

(02) Tema Mulher - Brasil

2000: Ellen Gracie torna-se a primeira ministra do Supremo Tribunal Federal. Em 2006, chega à presidência do tribunal.2010: Dilma Rousseff é empossada como a primeira presidente mulher da República do Brasil. A primeira mulher a se tornar chefe de Estado de um país ocidental foi Isabel Perón, na Argentina. Até então, apenas descendentes da família real haviam chegado ao posto.

Fonte: http://goo.gl/6Yk9T Acessado em 23/10/2012

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Amanda Alves de Oliveira, João Alberto Barbosa de Gusmão e Magda Evania Vila Nova

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Entrando na linha do tempo...

LINHA DO TEMPO s.f. (s. XV) 1. “Uma linha do tempo é um gráfico de eixo único usado para expor eventos passados ou futuros, atividades, requerimentos etc., na ordem que ocorreram ou espera-se que ocorram. A principal função da linha do tempo é consolidar e expor graficamente informações cronológicas para fins de análise e comunicação. (03). Além de permitir que o leitor veja graficamente quando as coisas aconteceram ou irão acontecer, a linha do tempo permite que os leitores avaliem os intervalos de tempo entre os eventos.” (HARRIS, 1999, p. 416)1.

(03): Linha do tempoFonte: http://goo.gl/2kBp0Acessado em 23/10/2012

2. Surgiu paralelamente ao estudo da Cronologia: “estudo do tempo e de suas divisões com o objetivo de distinguir a ordem de ocorrência dos fatos; cronografia.” (HOUAISS, 2009, p. 577); a linha do tempo é um re-curso visual utilizado para dar ao leitor uma visão ampla de um deter-minado período histórico. Serve também como auxílio para lembrar que

1 “(...) Generally a time line chart is a one-axis chart used to display past and/or future events, activities, re-quirements, etc., in the order they occurred or are expected to occur. The major function of time line charts is to consolidate and graphically display time-related information for purposes of analysis and communica-tion. In addition to enabling the viewer to see graphically when things occurred or are to occur, a time line lets the viewer asses the time intervals between events.”

Passado Presente Futuro

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Linha do Tempo

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determinado fato aconteceu depois de outro (‘A’ aconteceu depois de ‘B’) e, por isso, não podemos falar que ‘A’ influenciou ‘B’. Classificação. Os fatos pontuais são marcados graficamente na horizontal (acima ou abai-xo) (04) ou verticalmente (à esquerda ou à direita) (05). Numa linha do tempo, os fatos são postos em relação a outras informações como datas específicas (meses de um determinado ano), horários ou tempo decor-ridos (primeiro ano, segundo ano; 10 minutos, 20 minutos). Portanto, dados diferenciados podem ser expostos numa linha do tempo, favore-cendo aos leitores a visualização dos intervalos de tempo entre fatos. (cf. HARRIS, 1999).

(04): Linha do Tempo HorizontalFonte: http://goo.gl/uINEy Acessado em 23/10/2012

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Amanda Alves de Oliveira, João Alberto Barbosa de Gusmão e Magda Evania Vila Nova

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A evolução das conquistas femininas ao longo dos séculos XIX e XX - Brasil

1838 - Primeira escola exclusiva para meninas1879 - Mulheres no Ensino Superior1887 - Primeira brasileira a ter diploma universitário1899 - Primeira mulher no Tribunal de Justiça1906 - Maior organização das mulheres em sindicatos1917 - Ingresso da mulher no serviço público1919 - Conselho Feminino Internacional do Trabalho1921 - Primeira partida de futebol feminino1922 - Federação Brasileira pelo Progresso Feminino1927 - Primeira alteração na lei para o voto feminino1928 - Primeira disputa oficial feminina em Olimpíadas1932 - Direito de voto às mulheres1933 - Primeira deputada federal1934 - Consagração dos direitos femininos1941 - Primeira mulher piloto no País1951 - Igualdade feminina no trabalho1960 - Auge da carreira da maior tenista brasileira1962 - Código Civil alterado: mulher casada incapaz1975 - Ações do movimento feminista1975 - Ano Internacional da Mulher1975 - Movimento Feminino pela Anistia (MFA)1977 - Lei do Divórcio1979 - Convenção mundial pelo fim da discriminação1980 - Dia Nacional da Mulher1982 - Primeira mulher ministra1985 - Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher1985 - Conselho Nacional dos Direitos da Mulher1996 - Lei de Cotas2000 - Presença feminina no STF2003 - Ministério de Políticas para as Mulheres2006 - Lei Maria da Penha2011 - Primeira mulher na Presidência

(05): Linha do Tempo VerticalFonte: http://goo.gl/aQ42J Acessado em 23/10/2012

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Linha do Tempo

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Além das representações gráficas nas formas horizontal e vertical, a linha do tempo pode se dar em zigue-zague (06), em infográfico (07), em árvore genealógica (08), entre outros.

(06): Linha do tempo em zigue-zague.Fonte: http://goo.gl/9cVre Acessado em 30/11/2012

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(07): Linha do tempo em iconografi aFonte: http://goo.gl/i46JgAcessado em 23/10/2012

(08): Árvore Genealógica de Expedita Ferreira, criação de Germana G. de Araújo, 2010.Fonte: Bonita Maria do Capitão, organização de Vera Ferreira e Germana Gonçalves de Araújo, EDUNEB, Salvador, 2010, p. 83.

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Linha do Tempo

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A natureza didática do gênero linha do tempo pode ser percebida pela sua presença no domínio escolar – em livros didáticos (04), em questões de avaliação de conhecimento (09) –, no domínio propagandístico (10), no domínio interpessoal (11).

(09): Linha do tempo extraída do ENEM 2007, avaliação de Ciências Humanas.Fonte: http://www.inep.gov.brAcessado em 14/11/2012

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Amanda Alves de Oliveira, João Alberto Barbosa de Gusmão e Magda Evania Vila Nova

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(10): Mais de 200 anos de tradição e inovação – Folder Roger & GalletFonte: Folder Roger & Gallet

Na rede social Facebook, por exemplo, a linha do tempo serve como um aplicativo de interatividade, que mostra uma sequência temporal de tudo o que já foi postado no mural do usuário (11).

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Linha do Tempo

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(11): Perfil Linha do Tempo da rede social Facebook.Fonte: http://www.facebook.com/joaoagusmao?fref=tsAcessado em 01/11/2012

Para finalizar, uma linha do tempo construída pela equipe do PIBID Letras da UFPE, sob a edição de Hellayne Santiago (12). “Gêneros em Livros (2002-2012)” é uma produção que busca sistematizar, organizar ao longo destes 10 anos, a publicação dos livros que se dedicaram ao estudo dos gêneros textuais com enfoques voltados para o ensino de língua materna.

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Amanda Alves de Oliveira, João Alberto Barbosa de Gusmão e Magda Evania Vila Nova

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(12): Linha do Tempo: Gêneros em Livros – edição de Hellayne Santiago.

Para assistir: http://www.4shared.com/embed/3306611118/1d55e695

RefeRências:

CORTI, Ana Paula; MENDONÇA, Márcia & SOUZA, Ana Lúcia Silva. Letramentos no ensino médio. São Paulo: Parábola, 2012.

HARRIS, Robert L. Information Graphics: a comprehensive illustrated reference. New York: Oxford University Press, 1999.

HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2009.

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MapaLarissa Ribeiro Didier

Raquel Lima Nogueira

Saindo do mapa...

Mapa-Múndi. Thiago Pethit (Música e Letra)

Me escreva uma carta sem remetenteSó o necessário e se está contenteTente lembrar quais eram os planosSe nada mudou com o passar dos anosE me pergunte o que será do nosso amor?

Descreva pra mim sua latitudeQue eu tento te achar no mapa-múndiPonha um pouco de delicadezaNo que escrever e onde quer que me esqueçasE me pergunte o que será do nosso amor?

(01): Mapa-Múndi (Thiago Pethit)Fonte: http://goo.gl/KrTcg Acessado em 12/10/2012

Assista ao vídeo Mapa-Múndi

(02): Mapa-Múndi. Dirigido por: Renata Chebel. Editado por: Edu Porfirio. Direção de Arte: Frank Dezeuxis e Renata ChebelFonte: http://goo.gl/LrJCh Acessado em 12/10/2012

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Mapa

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Um mapa, assim como um dicionário, geralmente, nós consultamos com um objetivo muito prático, bem definido. No nosso dia a dia, queremos orientações sobre como chegar a tal lugar, ou onde fica determinada rua. Com a tecnologia disponível, a cartografia GPS (do inglês Global Positioning System) (Geo-posicionamento por satélite) tem se popularizado, pois não apenas setores especializados, mas pessoas comuns a têm utilizado para encontrar uma direção a ser seguida, o melhor caminho com menor percurso. Mas como vimos na letra de Mapa-Mundi, mapa traz também uma concepção metafórica. Delicadeza é uma informação só identificável por GPS do mundo dos sentimentos. Em 1997, os cartógrafos holandeses Louise van Swaaij e Jean Klare elaboraram um mapa do mundo dos sentimentos. Dois anos depois, com incentivo editorial, haviam produzido o Atlas da Experiência Humana, com 23 mapas cujos acidentes geográficos são segredos, lar, tédio, paixão, caos, montanhas de trabalho, prazer, mortalidade, conhecimento etc. Moacyr Scliar finaliza um artigo publicado na Folha de São Paulo sobre o referido Atlas, chamando a atenção para o fato de que “é possível que alguém rotule esse livro como autoajuda. Mesmo que esse fosse o caso, estaríamos diante de uma autoajuda diferente, culta, informada, divertida. Uma Ilha de Inteligência no Oceano da Mediocridade.” Neste atlas, o mapa da Paixão, por exemplo, é assim construído:

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(03): Mapa da Paixão Fonte: Atlas da Experiência Humana, Swaaij e Klare, 2004, p. 51

Voltando ao mapa...

MAPA. s. m. (C1537-1583) [Do lat. mappa] 1. “CART representação car-tográfi ca, em escala reduzida, da superfície total ou parcial da Terra, de uma região, da esfera celeste etc.; carta <m. do Brasil> <m. astronômico> <o m. de uma propriedade>.” (HOUAISS, 2009, p. 1239) 2. “(...) forma de linguagem mais antiga que a própria escrita.” (ALMEIDA, 2010, p.16). Em

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Mapa

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cada representação cartográfica, estavam explícitos os aspectos culturais da sociedade que a produzia; sendo, assim, a cartografia de cada, povo par-ticular, construída socialmente, (cf. DUARTE, 2008). Um dos mapas mais antigos de que se tem conhecimento é o Mapa de Ga-Sur (04 e 05), con-feccionado em uma pequena placa de barro pelos babilônios, representa a hidrografia circundante ao rio Eufrates, na região da Mesopotâmia.

(04 e 05): Mapa Mesopotâmico de Ga Sur de 3800 a 2500 a. C.Fonte: Extraído de Aroucha (2008, p. 8)http://www.pgletras.com.br/dissertacoes-mestrado-2008.htm

Para os habitantes dessa região, “o universo era um disco plano cercado de água”, segundo o documentário A história dos mapas:

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(06): A História dos MapasFonte: http://goo.gl/E8urw Dublado em português. Acessado em 25/10/12

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Esta representação cartográfi ca babilônica foi feita em uma pequena pla-ca de barro e se encontra, (cf. AROUCHA, 2008), no Museu Semítico da Universidade de Harvard. Além do mapa dos babilônios, temos o Mapa de Catal Hyük, considerado uma das primeiras interações entre os povos (cf. AROUCHA, 2008), datada de antes mesmo do surgimento da escrita.

(07): Mapa de Catal Hyük de 6.200 a.C., aproximadamenteFonte: http://www.pgletras.com.br/dissertacoes-mestrado-2008.htm(Extraído de Aroucha, 2008, p.8)

(08): Mapa de Catal Hyük de 6.200 a.C., aproximadamenteFonte: http://www.pgletras.com.br/dissertacoes-mestrado-2008.htm(Extraído de Aroucha, 2008, p.8)

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Em 1963, escavadores encontraram-no em Ancara, pintado “na parede de uma caverna por volta de 6.200 a.C” (AROUCHA, 2008, p.06). A imagem cartográfica semelhante a uma colmeia, símbolo de “uma habitação típi-ca da Antiguidade” (AROUCHA, 2008, p. 08) e outra de um vulcão em erupção (Hasan Dag, hoje extinto). Eratóstenes de Cirene (276 a 196 a.C), estudioso grego de mapas, com base na Geometria, mediu a circunferên-cia da Terra através das medidas distanciais e angulares entre as cidades de Alexandria e Siena. Outro grande responsável pela evolução dos mapas foi Ptolomeu, como mostra o documentário A História dos Mapas (09), responsável por sintetizar todo o conhecimento cartográfico do mundo antigo e introduzir a Cartografia Científica. Por essa razão, foi considera-do o primeiro cartógrafo do mundo ocidental. Registrou mais de 800 no-mes de lugares com as respectivas latitudes e longitudes (ainda não muito precisas). Mitologia e religião influenciaram ao longo de muitos anos a confecção dos mapas, que geralmente tinham como ponto central uma montanha ou uma cidade (cf DUARTE, 2008). Um exemplo disto é o que encontramos nos mapas T em O, ou Orbis Terrarum, em que a Terra Santa (Jerusalém) era o centro da representação. Disseminados pelos romanos durante a Idade Média e traçados de forma simples, esses mapas parecem caracterizar um retrocesso na história dos mapas. No Renascimento, mar-cado pelas viagens ultramarinas, os exploradores europeus começaram a navegar por lugares nunca dantes navegados e mapeá-los, motivados por dinheiro, poder e religião. A partir disso, especialistas começaram a surgir e acompanhar os navegadores para relatar as viagens. O resultado desse interesse foi uma reprodução mais barata e aperfeiçoada, que viabilizou à população em geral o acesso aos mapas. Temos, neste período, como um dos nomes mais importantes, Gerhard Mercator, um “novo Ptolomeu”, responsável por reformar a Geografia e inaugurar uma nova época para a Cartografia. É conferido a Mercator, como podemos ver no documentário A História dos Mapas (09), o mérito do estudo das projeções cartográficas e a origem da palavra “atlas”, que tem como significado conjunto de mapas.

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Mapa

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(09): A História dos MapasFonte: http://goo.gl/eXqExDublado em português. Acessado em 25/10/12

Na França, a infl uência de Mercator é perceptível nos trabalhos de Nico-lau Sanson (1600 - 1667), maior fi gura da história dos mapas franceses. Como grandes exploradores do período em questão, os franceses levaram às nações conquistadas o estudo da cartografi a vigente em sua socieda-de. Tal fato também aconteceu com Portugal, que introduziu no Brasil seu sistema cartográfi co. A Cartografi a brasileira começou, por assim di-zer, com os exploradores que percorreram todo o litoral fazendo registros cartográfi cos da região. Um desses exploradores foi Cristóvão Colombo, responsável pela descoberta da América e grande estudioso da Cartografi a, como podemos ver no trecho do fi lme 1492 - A Conquista do Paraíso, que narra vinte anos da vida do explorador (10). Colombo baseava seus estudos cartográfi cos nos gregos Eratóstenes e Ptolomeu (11), o que gerou, para a religião, uma discussão a respeito da credibilidade do estudo, visto que os religiosos acreditavam ser impossível a navegação.

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(10): 1492: A Conquista do ParaísoFonte: http://www.youtube.com/watch?v=imdedHQAe-oAcessado em 25/10/2012

(10): 1492: A Conquista do ParaísoFonte: http://www.youtube.com/watch?v=EMvCEyaqrIgAcessado em 25/10/12

3. “(...) meio de armazenamento de conhecimentos sobre a superfície ter-restre, [que tem] como fi nalidade principal não só conhecer, mas, mui-to principalmente, administrar e racionalizar o uso do espaço geográfi co envolvente.” (DUARTE, 2008, p. 19). O mapa aparece como instrumento facilitador para a exploração e estudo de novos territórios durante a evolu-ção da humanidade e acaba por consistir “um produto cultural dos povos”

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Mapa

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(DUARTE, 2008, p. 21) 4. “(...) instrumento de trabalho, registro e arma-zenamento de informação, além de um modo de expressão e comunica-ção, uma linguagem gráfi ca.” (ALMEIDA, 2010, p.16) 5. “(...) modelo da realidade [que] pode tudo: representar o passado, o futuro desconhecido ou imaginado, considerando o científi co e a arte, os fatos e a fi cção.” (NO-GUEIRA, 2009, p. 32). 6. “(...) representação dos aspectos físicos naturais ou artifi ciais, ou aspectos abstratos da superfície terrestre, numa folha de papel ou monitor de vídeo, que se destina para fi ns culturais, ilustrativos e para análises qualitativas ou quantitativas genéricas.” (NOGUEIRA, 2009, p. 34); 7. “(...) representação, geralmente plana (existe técnica de confecção em alto-relevo), parcial (12) ou total (13) da superfície de um astro (Terra, Lua, Marte, etc.) ou mesmo do céu, em escala reduzida, mostrando seus componentes por meio de símbolos e, às vezes, cores também, concebidos arbitrariamente ou respeitando o estabelecido em planos técnicos.” (DU-ARTE, 2008, p.124).

(12): Representação parcial. Fonte: http://goo.gl/oWgxoAcessado em 04/10/2012

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(13): Representação total. Fonte: http://goo.gl/nNoqiAcessado em 04/10/2012

Geralmente, a escala usada nos mapas é pequena; já nas cartas (14), que representam os aspectos físicos (naturais ou artifi ciais) e “as relações es-paciais entre eles” (GASPAR, 2000: p. 05), ou seja, “distâncias, direções e localização geográfi ca de pontos, áreas e detalhes” (NOGUEIRA, 2009, p. 34), é mais comum a opção por escalas médias ou grandes.

(14): Carta. Fonte: http://goo.gl/KAC5G Acessado em 04/10/2012

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Mapa

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As plantas (15), por sua vez, são construídas em escalas muito grandes, já que servem à representação de pequenas áreas, o que torna a representa-ção da curvatura da Terra dispensável. Nas plantas, a representação do espaço se dá, sobretudo, através de ângulos retos e a escala é preservada “em qualquer ponto ou direção” (NOGUEIRA, 2009, p. 34).

(15): Planta. Fonte: http://goo.gl/HgVeR Acessado em 04/10/2012

8. “(...) fi guração plana da superfície da Terra, ou de outro corpo celeste, na qual são representadas as posições relativas dos vários objetos, numa de-terminada escala e numa determinada projecção cartográfi ca.” (GASPAR, 2000, p. 4). A projeção cartográfi ca pode ser classifi cada em: Cilíndrica Conforme (16) ou Projeção de Mercator – “conserva a forma das massas

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continentais, mas distorce suas áreas relativas” (ALMEIDA, 2010, p. 26); Cilíndrica Equivalente (17) ou Projeção de Peters - “conserva as dimensões relativas dos territórios representados, mas distorce os ângulos da latitude e da longitude de um ponto na superfície terrestre” (ALMEIDA, 2010, p. 26); Cônica (18) - “meridianos retos e paralelos curvos. É geralmente usada para representar um só hemisfério e retrata com maior perfeição apenas as regiões de altas latitudes” (ALMEIDA, 2010, p. 26); Central (19), Zenital ou Azimutal - “usada sobretudo para representar pequenas áreas, pois as deformações aumentam com o distanciamento do ponto central do mapa. Essa projeção é geralmente escolhida para representar rotas de navegação”. (ALMEIDA, 2010, p. 26).

(16): Cilíndrica Conforme ou Projeção de Mercator. Fonte: http://goo.gl/t7CI9Acessado em 08/10/2012

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(17): Cilíndrica Equivalente ou Projeção de Peters. Fonte: http://goo.gl/9WrfwAcessado em 08/10/2012

(18): Cônica. Fonte: http://goo.gl/4wY5o Acessado em 08/10/2012

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(19): Central, Zenital ou Azimutal. Fonte: http://goo.gl/NVZltAcessado em 09/10/2012

“Com a utilização de escalas e projeções adequadas e a elaboração de uma legenda detalhada, para deixar claro o signifi cado do conjunto de sinais usados na representação, os mapas podem retratar os fenômenos geográfi -cos com certa fi delidade” (ALMEIDA, 2010. p. 29). Por se tratar de um com-plexo de informações, em que nada está ao acaso, o mapa tem sua signifi ca-ção expressa na junção de cada um dos seus elementos constitutivos. A es-colha de determinada linha, cor ou símbolo em detrimento de outros para a representação cartográfi ca está intimamente relacionada com o objetivo do autor e a função social a que o mapa se destina. As linhas, por exemplo, “são usadas para representar fenômenos de distribuição linear - como fer-rovias, rodovias, rios, canais, fronteiras - ou fenômenos de mesma intensi-dade por meio das isaritmas” (ALMEIDA, 2010. p. 29). A legenda, mais um integrante das representações cartográfi cas, está a serviço, também, de um signifi cado global. Serve, por sua vez, para nortear a leitura, na medida em

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Mapa

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que indica ao leitor a “função” de cada elemento gráfico ali disposto. 9. Re-presentação visual, limitada e subjetiva de um espaço geográfico. Limitada porque a realidade é muito mais complexa do que a figuração pode contem-plar. Subjetiva porque é orientada pelo ponto de vista de quem a constrói, bem como pela motivação a que se presta, (cf. MARTINELLI, 2008), que o mapa seja a “(...) expressão do raciocínio que seu autor empreendeu diante da realidade, apreendida a partir de um determinado ponto de vista: sua concepção de mundo.”; 10. Representação que serve à orientação e à mobi-lidade mundana e varia significativamente quanto ao formato: fundamento que especifica o propósito do mapa (analítico, educacional, de monitora-mento, de planejamento físico, de codificação etc.). 11. Comunicação visual determinada pela linguagem gráfica de caráter bidimensional e atemporal – imagem de significado único (monossêmica). Possui, então, um conjunto de elementos escritos e gráficos (tamanho, valor, granulação, orientação, cor, forma, dimensões do plano) que representam um determinado aspecto sobre/da geografia física. Tais características permitem classificar os mapas a partir de sua aparência e propósito. Classificação. Mapas de caracterís-ticas gerais; mapas de características especiais; mapa temático qualitativo; mapa temático quantitativo. Os mapas de características gerais (mapa de referência/mapa de base – (20), são os que apresentam “objetos naturais ou artificiais do meio ambiente dando ênfase à localização e mostrando uma variedade de feições do mundo ou parte dele.” (NOGUEIRA, 2009, p. 46). Os mapas de características especiais (mapa temático – (21)), representam “fenômenos físicos e culturais ou de ideias abstratas, além de distâncias e direções, padrões de localização ou atributos espaciais de mudanças de tamanho e magnitude” (NOGUEIRA, 2009, p.46). “Os mapas mais utiliza-dos em Geografia são temáticos” (LUCCI, BRANCO e MENDONÇA, 2010, p. 37), uma vez que a quantidade reduzida de informações que é peculiar a esse tipo de mapa facilita a compreensão dos dados expostos. Os mapas temáticos podem ser qualitativos – (22) – voltados para “mostrar a distri-buição espacial ou localização de algum fenômeno geográfico” (NOGUEI-RA, 2009, p. 46) - ou quantitativos – (23) – encarregados de mostrar “os

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aspectos espaciais em dados numéricos” (NOGUEIRA, 2009, p. 46), i.e., a quantidade do que está sendo representado.

20: Mapa de Referência ou Mapa de Base. Fonte: http://goo.gl/mWM2IAcessado em 12/10/2012

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(21): Mapa Temático. Fonte: http://goo.gl/oWtllAcessado em 12/10/2012

(22): Mapa temático qualitativo. Fonte: http://goo.gl/ND83CAcessado em 12/10/2012

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(23): Mapa temático quantitativo. Fonte: http://goo.gl/iexIqAcessado em 12/10/2012

É certo que “todos, de alguma maneira, em algum momento, com maior ou menor frequência, com as mais variadas finalidades, recorrem ao mapa para se expressarem espacialmente” (ALMEIDA, 2010 p.16). No en-tanto, quem nunca errou um caminho mesmo seguindo um mapa? Ou quem nunca teve dúvidas sobre a precisão dos mapas? Ou quem nunca se perguntou:

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Mapa

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(24): Algumas curiosidades sobre os mapas, por Denis Lee.Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=56WKwh5P2ssAcessado em 12/10/2012

RefeRências:

ALMEIDA, Mauricio de. Geografi a global 1. São Paulo: Escala Educacional, 2010.

ALMEIDA, Rosângela Doin de (org). Cartografi a escolar. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 2010.

AROUCHA, Cecília B. L. Uma análise linguístico-visual de mapas da cidade do Recife. Recife: UFPE ( Dissertação), 2008.

DUARTE, Paulo Araújo. Fundamentos de cartografi a. 3ª ed. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2008.

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GASPAR, Joaquim Alves. Cartas e projecções cartográficas. Lisboa: Lidel, 2000.

HARRIS, Robert L. Information graphics: a comprehensive illustrated reference. New York: Oxford University Press, 1999.

HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2009.

LUCCI, Elian A.; BRANCO, Anselmo L. & MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. São Paulo: Editora Saraiva, 2010.

MARTINELLI, Marcello. Cartografia temática: Caderno de Mapas. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2003.

MARTINELLI, Marcello. Mapas da geografia e cartografia temática. 5ª ed. São Paulo: Contexto, 2010.

NOGUEIRA, Ruth E. Cartografia: representação, comunicação e visualização de dados espaciais. 3ª ed. (revista e ampliada). Florianópolis: Editora da UFSC, 2009.

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— O TEMA —em cena

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Transcrições

Fonte: 1492 - A Conquista do Paraíso (1992)1492: Conquest of Paradise (original title)

TRANSCRIÇÃO DA CENA:

(Crianças brincando na rua)

UNIVERSIDADE DE SALAMANCA 1491

Membro da Igreja 1: Infelizmente, Colombo, é aí que nossas opiniões diferem. Conhece a obra de Aristóteles? Erastótenes? Ptolomeu?

Colombo: Conheço, Eminência.

Membro da Igreja 1: Então, não ignora que conforme os cálculos deles a circunferência da Terra é de aproximadamente 22 mil léguas, o que faz o mar impossível de se atravessar. Mas você pode ter achado nova evidência... provando que esses sábios estavam totalmente enganados.

(Os outros membros da Igreja riem)

Colombo: Conhecem as declarações de Tyr?

Membro da Igreja 2: Conhecemos.

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O tema em cena

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(Todos cochicham)

Membro da Igreja 3: Silêncio. Senhores. Estamos aqui para examinar a proposta deste homem ou não? Suponhamos que Marin de Tyr esteja certo. Em sua opinião, quanto tempo demoraria a viagem?

Colombo: Sete semanas, seis durante os meses de verão.

Membro da Igreja 1: Marin de Tyr está errado. E foi corrigido muitas vezes pelos melhores geógrafos. Sua viagem, Sr. Colombo, levaria um ano!

Membro da Igreja 3: Suponhamos que cruze o oceano e alcance a Ásia. O que a Espanha faria lá?

Colombo: Negociar, Sua Excelência. Marco Pólo disse que a China é um dos reinos mais ricos do mundo. Mesmo as construções mais simples têm telhado de ouro.

Membro da Igreja 1: Isso é tudo o que interessa? Ouro?

Colombo: Não. Eu levarei esse povo a Deus e torná-los súditos de Castela e Aragão. Em vez de um reino, a Espanha será um império.

Membro da Igreja 1: Se Deus quisesse nossa proximidade com a Ásia, acha que Ele esperaria que você a mostrasse ao mundo?

Colombo: Escolheu o filho de um carpinteiro para se revelar ao mundo.

Membro da Igreja 1: Então se considera um escolhido?

Colombo: A Ásia pode ser achada no Ocidente, e eu irei prová-lo.

Para assistir: http://goo.gl/FuYU2

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— UMA PITADA DE —humor

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Fonte: Almanhaque 1949, Primeiro Semestre, ou, “Almanhaque d’A Manha, Aparício Torelly, o Barão de Itararé. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Imprensa Oficial do Estado, 2003. (Coleção Almanhaques do Barão de Itararé).

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Fonte: Almanhaque 1949, Primeiro Semestre, ou, “Almanhaque d’A Manha, Aparício Torelly, o Barão de Itararé. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Imprensa Oficial do Estado, 2003. (Coleção Almanhaques do Barão de Itararé).

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Fonte: Almanhaque 1949, Primeiro Semestre, ou, “Almanhaque d’A Manha, Aparício Torelly, o Barão de Itararé. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Imprensa Oficial do Estado, 2003. (Coleção Almanhaques do Barão de Itararé).

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COMISSÃO EDITORIAL

Editores ExecutivosAugusto Noronha e Karla Vidal

Conselho EditorialAngela Paiva DionisioAntonio Carlos XavierCarmi Ferraz SantosCláudio Clécio Vidal EufrausinoClecio dos Santos Bunzen JúniorPedro Francisco Guedes do NascimentoRegina Lúcia Péret Dell’IsolaUbirajara de Lucena PereiraWagner Rodrigues Silva

Prefi xo Editorial: 66530

INFORMAÇÕES GRÁFICAS

FORMATO: 210 x 297 mmTIPOLOGIA: Constantia / Myriad Pro

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