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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Ivone Adelina Cavalca O PAPEL DA PROTEÍNA ÓSSEA MORFOGENÉTICA (BMP) NA REPARAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO CURITIBA 2011

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

Ivone Adelina Cavalca

O PAPEL DA PROTEÍNA ÓSSEA MORFOGENÉTICA (BMP) NA

REPARAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO

CURITIBA

2011

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Ivone Adelina Cavalca

O PAPEL DA PROTEÍNA ÓSSEA MORFOGENÉTICA (BMP) NA

REPARAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentada ao Curso de

Especialização em Implantodontia da

Faculdade de Ciências Biológicas e de

Saúde da Universidade Tuiuti do

Paraná, como requisito parcial para à

obtenção do título de Especialista.

Orientador: Dra. Renata Ribas Costa

CURITIBA

2011

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TERMO DE APROVAÇÃO

Ivone Adelina Cavalca

Esse Trabalho foi julgado e aprovado para a obtenção do título de Especialista em Implantodontia do Curso de Pós-Graduação em Implantodontia da Universidade Tuiuti do Paraná.

Curitiba, de de 2011.

Curso de Especialização em Implantodontia

Universidade Tuiuti do Paraná

Orientadora: Prof. Dra. Renata Ribas Costa

Universidade Tuiuti do Paraná/ Vice- coordenadora

Prof. Dr. Luis Carlos do Carmo Filho

Prof. Dr. Marcos R. Pupo B. da Silva

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Dedico este trabalho aos meus pais Adelina e João(in memmorian) pelo amor e

carinho que dispensaram ao longo de minha vida.

Com carinho às minhas irmãs que sempre me apoiaram e souberam compreender

os percalços até aqui decorridos.

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Agradeço em especial a minha orientadora Prof. Dra. Renata Ribas Costa

pela paciência e o tempo precioso que dispensou para a orientação desse

trabalho.

Agradeço aos amigos que comigo partilharam e conviveram ao longo de

todo esse tempo, pelo apoio e socorro nos momentos necessários.

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RESUMO

Por muitos anos tem-se investigado sobre o papel da proteína morfogenética

óssea (BMP), uma substância capaz de induzir a formação de osso

heterotópico em várias espécies animais. Os recentes avanços no

desenvolvimento da biologia, biologia molecular, genética e cicatrização de

feridas, tem mostrado que as BMPs não são apenas responsáveis pela indução

óssea posfetal (incluindo a remodelação óssea normal, de cura e reparação),

mas também são fundamentais durante a embriogênese, não só em relação ao

sistema esquelético, mas principalmente na formação da morfogênese e no

padrão de outros tecidos e órgãos também. Portanto, BMPs têm o potencial

não só de utilidade terapêutica em ortopedia mas, igualmente na odontologia

em reconstruções dento alveolares.

Palavras-chaves: Proteína morfogenética óssea. Indução. Remodelação

óssea. Formação óssea. Implantodia dento alveolar.

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ABSTRACT

For many years, we have investigated the role of bone morphogenetic protein

(BMP), a substance capable of inducing heterotopic bone formation in several

animal species. Recent advances in the development of biology, molecular

biology, genetics and wound healing, have shown that BMPs are not only

responsible for bone induction posfetal (including normal bone remodeling,

healing and repair), but are also critical during embryogenesis not only in

relation to the skeletal system, but mainly in the formation of morphogenesis

and pattern of other tissues and organs as well. Therefore, BMPs have the

potential not only for therapeutic use in orthopedics, but also in dentistry in

dental alveolar reconstruction.

Keywords : bone morphogenetic protein. Induction. Bone remodeling. Bone

formation. Implantodia dento alveolar.

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SUMÁRIO

1. Introdução ................................................................................................... 8

2. Histórico ..................................................................................................... 10

2.1. Conceito .................................................................................................. 13

2.2. Desenvolvimento .................................................................................... 15

2.3. Modo de Ação ......................................................................................... 21

2.4. Células Ósseas: Definição e Classificação .......................................... 29

2.5. Aplicação das BMPs ............................................................................... 30

2.6. Características do Material Osteoindutivo ........................................... 35

2.7. BMPs: Técnicas de Utilização em humanos ........................................ 36

2.8. Classificação ........................................................................................... 44

2.9. O Estado da Arte ..................................................................................... 47

3. Conclusão ................................................................................................... 51

REFERÊNCIAS............................................................................................... 52

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1. INTRODUÇÃO

Capazes de motivar a formação e o crescimento de ossos e cartilagens, as

proteínas morfogenéticas são moléculas pleiotrópicas que são envolvidas na

quimiotaxia, mitose e diferenciação de células mesenquimais no tecido ósseo,

entretanto as BMPs, precisam de um carreador perfeito para que realize uma

osteocondução.

Nos diversos artigos pesquisados, observa-se que as BMPs, quando

implantadas em tecidos animais, se conectam a receptores que estão nas células

osteoinduzidas, passando pelo núcleo da célula receptora agindo de forma a

regulamentar a transcrição de genes formando e calcificando ossos, bem como

reparando tecido lesionados.

Atualmente a proteína óssea morfogenética tem sido utilizada em várias áreas

do conhecimento que abrangem a diferenciação celular e como não poderia deixar

de ser, a Odontologia, com a fantástica evolução e desenvolvimento principalmente

da Implantodontia. Utilizando-se as BMPs para solucionar controvérsias e

insucessos, ocasionando maior aprovação em seu uso para a neoformação e reparo

de tecido ósseo em grandes perdas ósseas, bem como nos defeitos ocasionados

por traumas, doenças e anomalias. Nesse trabalho será traçado o histórico desde os

primeiros estudos até a descoberta de Urist sobre as BMPs.

Por mais de trinta anos os estudos foram realizados para isolar e refinar a

proteína morfogenética do osso (BMP), uma substancia que fosse mostrada para

induzir a formação do osso nas várias espécies animais.

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Os avanços recentes no campo da biologia e o crescimento da biologia

molecular e genética mostraram que as BMPs são não somente responsáveis pela

indução posfetal do osso (incluindo osso normal que remodela e repara as lesões),

mas são igualmente críticos durante a embriogênese, não somente com respeito ao

sistema esqueletal, mas completamente possível na formação da morfogenética e

de testes padrão de outros tecido e órgãos também.

Consequentemente, as BMPs tem o potencial para utilidades terapêuticas na

reconstrução ortopédica e dento - alveolar.

Sabe-se que o enxerto ósseo autógeno da crista ilíaca por muito tempo tem

sido padrão ouro para o reparo e reconstrução óssea, porém a remoção do enxerto

da crista ilíaca está associada com morbidade do sítio doador, especialmente a dor

crônica. As proteínas morfogenéticas ósseas (BMPs) são glicoproteinas solúveis da

matriz óssea que induz a diferenciação de células ósteoprogenitoras em células

ósteogênicas e tem o papel de atuar como substitutos de enxerto osseo autógeno.

As BMPs que podem ser produzidas com tecnologia recombinante é

altamente osteoindutora, induzindo a formação óssea e estimulando a diferenciação

das células mesenquimais em condroblastos e osteoblastos.

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2. HISTÓRICO

Em 1889, Senn notou que o osso descalcificado induzia a consolidação de

defeitos ósseos com osseomielite.

Na década de 30 Levander observou que o extrato bruto de osso induzia a

neoformação óssea quando injetado em tecido muscular.

Lacroix formulou a hipótese do papel osseoindutor de alguma substancia

presente no tecido ósseo, nomeando-o de osseogenina.

Em 1965, Urist implantou uma matriz óssea desmineralizada em tecido de

roedores e verificou que este procedimento induziu a formação de osso e de

cartilagem. Mesmo não sendo possível indicar com exatidão de quantas moléculas

eram compostas o extrato ósseo, identificou como sendo de procedência protéica e

chamou de proteína morfogenética óssea.

O isolamento e a purificação das moléculas causadoras da formação

óssea foi um processo muito difícil por conta da pequena quantidade de proteínas e

a sua forte adesão aos componentes orgânicos e inorgânicos da matriz. Segundo

RIPAMONTI & REDDI (1994), ao ser extraída e inativada com agentes caotrópicos,

a matriz desmineralizada apresenta atividades morfogenéticas restituída

acondicionando-se a frações protéicas solubilizadas, e isso certamente confirma que

existe proteínas morfogenéticas.

Os primeiros questionamentos sobre os processos que determinam a

neoformação óssea, em sítios desprovidos de tecidos ósseos, foram baseados na

descoberta de Urist. Para ele um fator central seria o responsável pelo feito. Esse

fator foi relatado como uma substancia indutora de formação óssea, presente ma

matriz óssea. As células indutoras e as células induzidas eram provenientes do

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hospedeiro e estas mesmas células indutoras seriam descendentes de histiócitos e

células do tecido conjuntivo perivascular. O termo ósteoindução foi designado para

um principio fundamental de regeneração óssea desencadeado pela ação das

proteínas ósseas morfogenéticas.

Há muita informação em relação aos métodos e procedimentos para a

obtenção de resultados positivos na formação óssea, mas pouca informação sobre o

que especificamente esta sendo feito com a indução de ossos nos preenchimentos

de determinados espaços.

Muitas espécies animais foram testadas com implantes de osso

desmineralizado e preparados com produtos químicos agentes em relação à

temperatura, concentração e tempo. Ao rever as suas próprias observações como a

literatura anterior sobre matriz óssea descalcificada, Van de Putte e Urist

perceberam que o implante de osso descalcificado em qualquer ácido nítrico ou

ethylenediaminetetra- ácido acético (FDTA) geralmente conduzia a resultados

negativos e o osso descalcificado em ácido clorídrico levou a resultados positivos.

A matriz óssea descalcificada em ácido nítrico produziu uma intensa

inflamação com uma rápida reação de desintegração do implante, e não a formação

de um novo osso (Van de Putte & Urist 1966), implantes de osso demineralizado em

baixas concentrações de FDTA a 4 ° C e um pH neutro produziu uma formação

óssea limitada em ratos e coelhos, mas nenhum em cobaias e cães (Urist &Strates

1971). A descalcificação óssea no frio (2 ° C) diluida em (0,6 N) HCl por menos de 3

a 5 dias, seguida de lavagem em 0,15 M NaCl ou 70% de álcool, produziu

resultados mais positivos. Modificações do método de preparação ajudaram a mudar

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o foco para os componentes de dentro do osso, que continham a propriedade

morfogenética óssea.

Até o final dos anos 1960, a prova criada foi que a substância responsável

para a indução óssea estava intimamente associada ao colágeno ósseo. No entanto,

haviam incertezas de que a propriedade de indução era devido a uma quimica

específica, ou se a estrutura física de colágeno foi de alguma forma direcionando o

mecanismo de diferenciação celular mesenquimal (Urist et al.1968).

A BMP, clássica de Urist (1965), intitulada "Bone: a formação de auto-

indução", ou o “princípio da indução” (descrita pela primeira vez por Spemann em

1901) é usada para explicar os resultados obtidos com a implantação da matriz

óssea descalcificada. Indução é definida como uma interação entre um tecido

(indutor) e outro (receptor) do tecido, como um resultado do qual o tecido passa por

uma mudança de resposta na sua direção de diferenciação (Gurdon 1987). Fatores

influenciam o processo indutivo de inclusão da resposta (considerando-se o tempo

de exposição necessário, bem como quanto tempo o indutor leva para induzir), a

localização ou proximidade de células competentes capazes de responder e os

processos de concentração.

Em termos de osteoindução, temos uma substância induzindo (proteína

morfogenética óssea) e na qualidade de receptora temos células mesenquimais,

para se tornar um células osteoprogenitora capaz de formar osso. É conhecido que

há muitas outras substâncias que são responsáveis pelo crescimento e regulação

óssea. No entanto, fatores de crescimento (como o TGF) não são capazes de induzir

a formação óssea em sitios ectópicos. Ao contrário, eles agem para modular ou

estimular as já determinadas células osteoprogenitoras em desenvolvimento ou pré-

existente para formar cartilagem e osso (Ripamonti & Reddi , 1994).

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Há, portanto, uma diferença distinta entre a capacidade e a função das

BMPs e fatores de crescimento. As não BMPs só tem efeitos importantes sobre a

direção de diferenciação celular (Gurdon 1987), eles também agem como sinais de

posicionamento (Kay & Smith 1989, Wolpert 1989) e fornecem as informações

necessárias para o padrão de formação. Devido a essas características, as BMPs

mais apropriadamente se encaixam na categoria de morfogenia. O termo morfogenia

foi introduzido por Turing em 1952 e diz respeito ao padrão de formação, conforme

determinado pela distribuição da substância morfogenética.

A classificação do posicionamento e sinalização é semelhante aos

processos indutivos, (em termos de escala e localização do sinal, e o tipo de

concentração de informações dispersas), existindo diferenças distintas entre os dois.

A compreensão do sistema de sinalização, que orquestra a expressão “de genes no

tempo e no espaço” durante o desenvolvimento ainda é muito limitada (Ingham et al.

1993). Talvez as BMPs, sejam verdadeiras morfogenias apenas no estágio de

desenvolvimento embrionário ou tenham como função exclusiva serem osteoindutor

no adulto (Wozney 1995).

2.1. CONCEITO

Proteínas morfogenéticas ósseas (BMPs) são indutores ósseos induzindo

fatores que atuam nas células mesenquimais imaturas, incluindo os osteoblastos,

resultando na osteogênese. Até agora, vários tipos de BMPs têm sido isoladas na

utilização da clonagem molecular e moléculas recombinantes BMP. A rhBMP-2 é

uma molécula que induz poderosamente a regeneração óssea em vivo. No entanto,

para otimizar no local de reparação óssea, rhBMP-2 requer-se um carregador

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adequado. Kusumoto et AL, informou que o colágeno tipo esponja (ACS) é um

instrumento útil portador de osteoindução por rhBMP-2. BMPs endógenos são

normalmente encontrados no corpo a uma concentração inferior a 2 mg / kg em osso

cortical e são difíceis de extrair em quantidades suficientes para uso clínico.

A clonagem do ser humano à partir do gene BMP-2 e da sequencia na

produção de sua forma recombinante (RhBMP-2; dibotermina alfa), em grandes

quantidades foi portanto, um marco. A recombinante humana BMP-2 é altamente

osteoindutora. Os estudos in vitro mostram que mesenquimais das células-tronco,

incubadas com rhBMP-2 tem aumento da atividade da fosfatase alcalina e sofrem

mineralização da matriz . Quando implantados em vivo, rhBMP-2 induz osteoindução

recrutando células-tronco mesenquimais, em seguida, induz a proliferação e

diferenciação destas células em uma linhagem osteoprogenitora.

O osso formado tem exatamente a mesma composição que em outras

partes do corpo. No corpo humano a depuração do tecido de BMPs é rápida,

portanto, é obrigada a manter um efetivo de concentração de rhBMP-2 no local da

implantação.

Os primeiros estudos em animais mostraram defeitos segmentares

explorando os diversos materiais. O colágeno tipo I mostrou- se ser o mais bioativo,

biocompatível e bioreabsorvível transportador, e todos os produtos atualmente

rhBMP no mercado incorporam formas de colágeno I. Na Europa, a rhBMP-2 está

disponível comercialmente como o ingrediente farmacêutico ativo da Inductos kit

implante (Medtronic Sofamor Danek e Wyeth Pharmaceuticals) para o tratamento

agudo da fratura da tíbia. O kit contém rhBMP-2 como um pó liofilizado, que é

dissolvido em água esterilizada e aplicado em uma esponja absorvente de colágeno

(ACS) feito de Tipo I colágeno bovino.

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Na Europa e nos EUA, rhBMP-2 é disponível como enxerto ósseo INFUSE

(Medtronic Sofamor Danek), que inclui uma rosca perfurada, cilíndrica de titânio

cônico com fusão de espaçadores, e está disponível para o tratamento clínico da

doença degenerativa de disco lombar. Poucas complicações foram observadas

durante ensaios clínicos com rhBMP-2 em doses terapêuticas, apesar do fato de que

as BMPs em virtude de sua natureza, têm o potencial de induzir a formação óssea.

Tal como acontece com todas as proteínas de moléculas exógenas, a formação de

anticorpos é uma preocupação. Anticorpos para rhBMP-2 e do colágeno bovino

foram relatados por ocorrer em aproximadamente 6% dos pacientes,

respectivamente, nem seqüelas clínicas foram observadas.

2.2. DESENVOLVIMENTO

De uma sequencia de aminoácidos de extrato altamente purificado,

Wozney ET AL., obtiveram clones de DNA que continham o código A da proteína.

Ao todo, obtiveram oito proteínas e sete delas são denominadas de BMPs e

apresentam características estruturais semelhantes. Através da purificação da BMP

presente em osso bovino chegou-se a detalhes sobre a identificação e clonagem

molecular de fatores com atividades da BMP. Com o isolamento de vários

polipeptídios, os autores determinaram a sequencia de vários aminoácidos e

sintetizaram em uma sonda de oligonucleotidios. Desta forma foi possível a

clonagem das BMPs de 2 a 9 (BMP-2 a BMP-9), que constituem membros da família

de fatores de crescimento transformador beta (TGF). Os membros dessa super

familia podem exercer efeito inibitório ou estimulante sobre as células, dependendo

do estágio de diferenciação celular em que venham a atuar.

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Segundo Wozney, a atividade osteoindutiva das proteínas ósseas

morfogenéticas somando a sua presença no tecido ósseo sugere que elas são

importantes reguladores no processo de reparação óssea e podem estar envolvidas

na manutenção desse tecido. Elas fazem parte da família de fator de crescimento

transformador beta (TGF), e inclui uma subfamília baseada em suas conseqüências

de aminoácidos. E relatou ainda que as BMPs podem se apresentar sob duas

formas: A) proteínas morfogenéticas ósseas derivadas do osso; b) proteínas

morfogenéticas ósseas humanas recombinantes (rhBMP).

Kawai e Urist analisaram as proteínas extraídas dos tecidos dentais

bovinos, quanto a sua atividade osseoindutora e sugeriram que essas proteínas

eram comparáveis as proteínas ósseas morfogenéticas bovinas.

As proteínas ósseas morfogenéticas (BMPs) são as proteínas encontradas

em alguns mamíferos e são detectadas não somente na fase embrionária, mas

também no desenvolvimento dos ossos posfetal (Urist 1994).

Na descoberta da proteína morfogenética ossea no início de 1960, vários

pesquisadores estavam investigando o processo de calcificação em varias séries de

experimentos projetados para testar a teoria trifásica de calcificação, Urist e colegas

de trabalho, descobriram que as amostras de controle do osso descalcificado e

implantado, sendo tratado em malotes muscular de coelhos e ratos resultaram em

nova cartilagem e osso.

A hipótese de formação óssea pela célula indutora atua sobre uma célula

induzida, células do tecido conjuntivo, provocado para se diferenciar em qualquer

uma das células osteoprogenitora ou condroprogenitora (Van de Putte & Urist 1965,

1966, Urist 1965 Urist, et al. Urist, 1967 1994). No entanto, Urist não foi o primeiro a

aludir com esta teoria da formação óssea pela autoindução, ou do hipotético osso

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induzindo substância que mais tarde foram referidas como proteinas morfogenética

óssea.

Em 1938, relatou uma série de experimentos projetados para estudar

regeneração óssea. Inicialmente, ele implantou fragmentos ósseos 1-1,5 cm de

comprimento, por via subcutânea ou por via intramuscular. Estes fragmentos foram

primeiro tratados por raspar o periósteo e em algumas espécies, camadas

superficiais de osso também foi retirado. Após a obtenção de osso regenerado,

Levander foi capaz de mostrar que não era nem periósteo, nem as células na

superfície dentro do enxerto que foram responsáveis para o crescimento ósseo.

Uma vez que era evidente que um novo osso foi formado a partir do tecido

mesenquimal que cercavam o enxerto, ele propôs que devia haver algum agente

estimulante que originou a coaptação em si, possivelmente, uma substância que era

solúvel no tecido linfático.

Lacroix em 1945 relata resultados a partir de experimentos utilizando

cartilagem implantada bem como extratos alcoólicos de epífises cartilaginosas dos

ossos de coelhos, e concluiu que a formação óssea observada é um fenômeno de

indução e originado a partir de uma substância ou um grupo de substâncias dentro

da cartilagem que ele chamou de osteogenia .

Alguns anos mais tarde, Heinen et al. (1949) contestou a hipótese de uma

determinada substância osteogênica como proposto por Levander, Lacroix e outros.

Em um esforço para fundamentar as conclusões do Levander, Heinen descobriu que

um número de animais desenvolveu osso e cartilagem após uma injeção de álcool

somente. Novas investigações com outras substâncias irritantes e condições sem o

uso de extratos alcoólicos de osso revelou um número interessante de achados. A

quantidade de osso ectópico e a formação de cartilagem foram aumentadas

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exercitando os animais, e maior quantidade de osso e cartilagem formada em

animais mais jovens, em comparação aos mais velhos. Heinen concluiu que essa

substância hipotética osteogênica não podia ser provada, e declarou que era

lamentável que as investigações estudadas nessa hipótese tinham utilizado

principalmente o coelho, uma espécie que manifestou uma elevada incidência de

gravidez ectópica da cartilagem e do osso em vários órgãos, na sequência de uma

grande variedade de procedimentos experimentais.

Este estudo examinou o efeito do envelhecimento sobre os ossos na

formação induzida por FCMs rhBMP-2 combinado, implantado na palatal

subperiosteal em ratos de diferentes idades. Os ratos foram selecionados para este

experimento, pois a idade exata era conhecida e também porque um número

suficiente poderia ser obtido em comparação com outros animais experimentais.

A mudanças de peso corporal, neste experimento, durante o período de

observação de 6 semanas, indicou que ratos de 10 semanas de idade foram

crescendo significativamente, ratos de 30 semanas de idade, em um período de

crescimento minimo e os ratos de 70 semanas de idade não cresceram.

Investigações anteriores sobre os efeitos do envelhecimento na formação óssea

induzida pela BMP foram observadas em sítios ectópicos, como por via subcutânea

ou intramuscular locais.

Neste estudo foi avaliada a regeneração óssea usando dois fatores

diferentes de implantes e comparados a capacidade regenerativa do tecido ósseo

desses fatores histologicamente em um animal modelo. A ACS do mesmo tamanho

foi usada como transportadora em todos os grupos, exceto o grupo controle para

fazer a mesma quantidade de espaço disponível para regeneração óssea usando os

fatores diferentes de implante HMG-Co. A redutase é uma das enzimas limitante no

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mevalonato, através do qual o colesterol é biosintetizado. Esta enzima é inibida pela

eficácia da estatina causando uma redução nos níveis de colesterol no sangue.

Outros produtos do mevalonato também são importante, para alguns tipos

de pequenos trifosfatases guanosina (GTPases). O objetivo desta prova de estudo

foi avaliar o potencial de um espaço, fornecendo, dispositivo ePTFF . Definir a

rhBMP-2/ACS, aumento do osso alveolar. Tamanho crítico, supra-alveolar e

defeitos periimplantares, foram criados em quatro cães da raça Labrador. Implantes

dentários de titânio foram colocados cirurgicamente, reduzidos o rebordo alveolar

com a criação de cinco milímetros de defeitos supra-alveolares.

Na mandíbula de todos os animais que receberam também o dispositivo

macroporoso de PTFE, retalhos gengivais foram avançados com o fechamento da

ferida. Radiograficamente, biologicamente e histologicamente, rbBMP-2 induz a

formação óssea, parecendo ser substancialmente combinado ao espaço interior

fornecidos pela TBE e dispositivo de PTFE.

Assim, o volume e a geometria da nova formação óssea em grande parte

parece ser determinada pelas dimensões do dispositivo de PTFE. Em contraste, o

osso formado em locais que recebem rhBMP-2/ACS, consideravelmente variados

em altura e geometria. Houve uma correlação altamente significativa entre o osso

induzido, e a área no espaço fornecido pelo dispositivo PTFF. Estas observações

sugerem o tamanho do espaço, fornecendo dispositivo PTFE , macroporosos define

rhBMP-2/AC, aumento alveolar adequada, prestação de quantidades de ossos para

implantes dentários.

A tecnologia de superfície do implante não parece substancialmente

influênciar na formação óssea. O aumento ósseo vertical vem sendo relatado, para

a implantação de rhBMP-2/ACS em defeitos supra-alveolar periimplantares. No

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entanto, considerável variação, em rhBMP-2/AC, na formação óssea foi observada.

Estes relatórios propõem que a regeneração óssea usanda rhBMP-2 parece ser

influenciada pela natureza do sistema de transporte usado para entregar rbBMP-2.

Fica claro a partir desses estudos que a manutenção do espaço não é um

requisito indispensável para rhBMP-2/ACS-induzindo formação óssea, o espaço de

manutenção parece ser essencial para otimizar tal aumento. No estudo de lesão

cerebral traumática, o dispositivo foi ePTFE macroporoso usado para controlar o

volume e as dimensões espaciais. Coletivamente, as evidências sugerem que o

espaço, fornecendo dispositivo ePTFE macroporosos qualifica não apenas como um

espaço de prestação de dispositivo que impeça o desfavoravelmente o colapso do

implante rhBMP-2/ACS, para otimizar a formação óssea, mas também como um

dispositivo significativamente que reduz a variação, observada em estudos de

anos anteriores.

Além disso, os resultados sugerem que rhBMP-2/ACSinduced óssea pode

ser determinada e controlada, relativamente ao volume e geometria utilizando um

dispositivo ePTFE . Assim, otimizar os resultados funcionais e estéticos rhBMP-

2/ACS-induced densidade óssea apareceu baixo TBE além do espaço, fornecendo

ePTFE macroporosos o dispositivo não afetou a densidade óssea. Uma mandíbula

dividida em quadrantes, em que todos os animais, que receberam também o

macroporosos dispositivo de ePTFE de retalhos gengivais, foram detectados o

fechamento avançado da ferida.

Valores universitários têm sido relatados por Tatakis e colegas que

avaliaram rhBMP-2/ACS, quase idênticas nas construções incluindo rhBMP-2 em

0,05, 0,1 e 0,2 mg / mL, se for o caso, as diferenças de formação óssea, volume e

densidade foram observadas entre os rhBMP-2/ACS construções. Autores

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concluíram que os valores de densidade óssea e a taxa de formação óssea, não

parece ser uma função da rhBMP-2 dose. Com apenas um período de cicatrização

de 8 semanas foi utilizado em ambos os estudos de Tatakis e colegas, a densidade

óssea induzida deve talvez vir a ser baixa. Os procedimentos de aumento dos seios

nos humanos não está claro, as superfícies gravadas nos implantes dentários BIC,

apresentaram-se significativamente maior do que os implantes em locais com o

dispositivo de ePTFE macroporosos , mas não em sites sem o dispositivo de ambos

residentes e rhBMP-2/ACS-induced óssea.

2.3. MODO DE AÇÃO

As BMPs são fundamentais para a reparação das fraturas e durante o

desenvolvimento do esqueleto ósseo. Também se atribui a essa proteína a

capacidade osteoindutiva do enxerto de osso autógeno e ao enxerto de matriz óssea

desmineralizada do osso homógeno. Ela possui essa capacidade por se unir a

específicos receptores das Células Mesenquimais Indiferenciadas (CMI) e

transformá-las em células ósseas formadoras, essas proteínas são em número de

mais de vinte diferentes tipos, mas apenas três, que são as de número 2, 6 e 9, têm

comprovadamente a capacidade de induzir a migração, a proliferação e a

diferenciação de CMI em osteoblastos secretores e formar osso.

Através de um intenso trabalho de pesquisa na engenharia genética,

conseguiram isolar a principal proteína para a regeneração óssea, a morfogenética

tipo 2 (BMP-2), e derivaram sinteticamente esse componente (rhBMP-2), também

chamada proteína recombinante morfogenética tipo 2. Esta tem um grande potencial

osteogênico, basicamente ela induz as células mesenquimais pluripotenciais, com

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capacidade para se diferenciarem em células produtoras de tecido ósseo, chamados

de osteoblastos secretores. São também agentes osteoindutores, sendo produzidas

no interior de diferentes células e estocadas em elementos como plaquetas.

Também podem ser considerados como agentes osseocondutores, pois

proporcionam um arcabouço para o crescimento ósseo, sendo progressivamente

substituídos pelo osso.

Para que ela funcione no rebordo alveolar, devido à ação deletéria das

próteses muco-suportadas, deve haver a presença de uma proteção mecânica. A

qual pode ser através de membranas com reforço de titânio, ou através de placas

de titânio, ou até mesmo através de telas desse mesmo material.

Wang et al, e Wozney et al, afirmaram que a proteína óssea

morfogeneticas recombinante humana 2 (rhBMP-2) pura, quando implantada em

altas doses pode induzir a formação óssea.

O efeito da BMP quanto a formação da dentina reparadora foi examinada

por Nakashima através da implantação das proteínas ósseas morfogenéticas sobre

polpas dentarias amputadas de animais. O autor verificou que essas proteínas

estimularam mitoses das células mesenquimais e induziram a diferenciação de

osteodentinocitos. A osteodentina resultante pode desempenhar alguma função na

diferenciação dos osteoblastos.

Lyons et.al, sugeriram que a BMP-2 desenvolve múltiplas funções na

morfogênese e no padrão de embriões de vertebrados usando a hibridização in situ,

mostraram que RNA da BMP-2 manifestaram-se em uma variadade de tecidos

embrionários como: eptelial, mesenquimal e do sistema esquelético. Desta forma,

RNA da BMP-2 foi encontrado em órgãos como: coração, folículo piloso, botão

dentário, mesenquima crânio facial e outros.

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Bowers et. al, compararam o uso da ostogenia (BMP-3) associado ao

enxerto desmineralizado seco e congelado (DFDBA) com matriz óssea (DFDBA),

com tendão bovino e com tendão bovino combinado com osteogenina, no aumento

dos processos regenerativos periodontais em defeitos infra-ósseos de humanos.

Concluíram que a osteogenina combinada com DFDBA aumentava

significativamente a regeneração dos aparatos de nova inserção e componentes

teciduais, tais como: cemento, osso alveolar e ligamentos periodontais.

Para Toriumi e Robertson, um dos fatores mais importantes que podem

determinar o sucesso ou fracasso do enxerto ósseo indutores em cirugias

reconstrutivas é a eficiência do material carreador. O carreador ideal deve aumentar

a exposição dos tecidos do hospedeiro a substância de crescimento e assegurar

uma distribuição uniforme sem permitir que o material implantado ultrapasse os

limites do espaço. O carreador deve ser absorvido a medida em que for ocorrendo a

formação óssea. Além disso, deve ser seguro, biodegradável, biocompatível e

formulado para permitir tamanhos e formas adequadas para o enxerto.

Saller e Kolb, após uma revisão dos relevantes sucessos das proteínas

ósseas morfogeneticas nas cirurgias buco-maxilo-facial e ortopédicas,

demonstraram a eficiência do purificador, ou seja, do preparo concentrado das

BMPs na indução óssea em áreas com implantes aparentemente perdidos.

Graves e Cochran descreveram a família de cinco fatores de crescimento

que tinha potencial para induzir regeneração periodontal, quando colocados em

contato com osteoblastos e células do ligamento periodontal em vivo e in vitro. Neste

caso incluíram fator de crescimento derivado das plaquetas (PDGF), fator de

crescimento dos fibroblastos (FGB), fator de crescimento transformador beta (TGF),

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fator de crescimento semelhante à insulina (IGF) e as proteínas ósseas

morfogenéticas.

Os autores relataram ainda a existência das seguintes BMPS: BMP-4,

BMP-5, BMP-6 e BMP-7. A partir da BMP-2 à BMP-7, ocorre a presença de

estruturas moleculares dos membros da família do fator de crescimento

transformador beta (TGF).

Ripamonti e Reddi, afirmaram que além de suas funções na osteogenesi

pósfetal, as BMPs podem exercer múltiplas funções no desenvolvimento

embriogênico e organogênico, incluindo esqueletogênese, desenvolvimento crânio

facial e dos tecidos dentais.

Hughes et al., demonstraram, através de teste in vitro, com células

osteoprogenitoras de ratos, que BMP-6, BMP-4 e BMP-2, podem estimular

diferenciação osteoblástica. Sugeriram que uma célula osteoprogenitora precoce é

uma importante célula para ação das MBPs durante indução óssea.

Nevins et. al., analisaram a eficiência, segurança e facilidade técnica em

induzir formação óssea em defeito ósseo em cães, e levantamento da membrana do

seio maxilar com uso de uma esponja de colágeno absorvível impregnada de

rhBMP-2. Os resultados sugeriram substancial formação óssea e em 68% dos

defeitos ósseos tratados, novo osso foi formado.

Lee revisou as bases biológicas das proteínas ósseas morfogenéticas e

suas implicações na reconstrução oral. Relatou que os materiais utilizados como

enxerto ósseo poderiam oferecer uma osteocondução na formação de uma matriz

física ou suporte, ocorrendo dessa forma a deposição de novo osso. Definiu

osteoindução como ato ou processo de estimular a osteogênese, assim os

osteoblastos ajudariam a matriz óssea.

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Ripamonti e Duneas fizeram uma revisão sobre a morfogênese dos

tecidos e a regeneração provocada pelas proteínas ósseas morfogenéticas. Dessa

forma, teríamos atuação de todas as BMPs no desenvolvimento de tecidos e órgãos,

algumas com maior expressão de proteínas específicas como nos rins (BMP-3 e

BMP-7), no sistema nervoso central e periférico, fígado (BMP-9), pulmão (BMP-3 e

BMP-4), coração, dentes, gonodas, pele e fígado (BMP-9).

A capacidade da BMPs de induzir a formação do osso através do

processo endocondral ou intramembranoso, não estava ainda claro. Sugeriram que

uma série de fatores envolvidos como dose da BMP aplicada, local de implantação,

resposta das células no local do implante, vascularização e natureza do material

carreador, seriam os fatores responsáveis pela determinação do tipo de ossificação.

Ripamonti e Tasker, afirmaram que a engenharia de regeneração tecidual

tem se desenvolvido rapidamente no campo da biologia celular e molecular.

Minamide et. al., avaliaram dois sistemas de carreamento para as BMPs, o

primeiro foi uma estrutura porosa chamada true boné ceramics e o outro foi o

colágeno tipo 1. Os resultados mostraram que o primeiro apresentava sua estrutura

porosa preenchida por osso e foi mais eficiente que o colágeno tipo 1, e que

promoveu um rápido crescimento com formação de osso resistente.

Mecanismos de Ação . O papel das BMPs embrionárias

Após a descoberta das BMPs na indução óssea pósfetal, muito

conhecimento tem sido adquirido com relação às BMPs no campo da embriologia.

Como as BMPs estão intimamente relacionadas umas as outras, e BMP-2 através

de BMP-8 cada um pode iniciar um heterotópico de formação óssea, porém é

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preciso considerar a importância desta aparente redundância (Reddi 1992).

Informações sobre a importância das BMPs durante a formação inicial e

desenvolvimento, bem como provas que apoiar a necessidade de múltiplas BMPs,

vem de recentes descobertas nos estudos em camundongos.

Em locais anatômicos específicos em camundongos, como na orelha-

curta, condensações (agregados de células fibroblasto- que formam o padrão para o

desenvolvimento do esqueleto) são alteradas na forma e tamanho, ou ausente

completamente. Tem sido demonstrado que estas alterações no desenvolvimento

devem-se, as mutações envolvendo o gene BMP-5, que se encontra dentro da

região SE do cromossomo. Alterações ou supressões do gene BMP-5, portanto,

afetam a sinalização dos processos necessários para condensações de forma

normal, resultando em alteração ou faltando elementos esqueléticos (Kingsiey et al,

1992, Kingsley, 1994).

Como muitos outros elementos do esqueleto parecem afetados em si por

mutações, a razão pode ser das BMPs, que são as responsáveis para o

desenvolvimento normal destas peças. A evidência foi fornecida pela localização

cromossômica de genes humanos para BMP-1 através da BMP-7, utilizando híbridos

de células somáticas linhas e sondas de hibridização do DNA, BMPs 1 a 7 que

foram mapeados para os cromossomos humanos seguinte: BMP-1 no cromossomo

8, BMP-2 e BMP-7 no cromossomo 20; BMP-3 para cromossomo 4, mais a

sublocalizado 4pl4-q21; BMP-4 no cromossomo 14; BMP-5 ea BMP-6 no

cromossomo 6 (Tabas et al. 1991, Hahn et al 1992,Tabas et al. 1993).

Além do desenvolvimento, foram observados problemas em ratos

mutantes, estes animais também apresentam uma diminuição da capacidade de

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reparar fraturas de costelas,mostrandon-se uma relação entre os sinais utilizados

durante a embriogênese e a reparação pósfetal (Kingsley, 1994).

Outro exemplo que evidencia as BMPs estarem envolvidas desde cedo

nos processos de desenvolvimento envolve BMP-2 e / ou BMP-4, que, como

mencionados anteriormente são considerados os homólogos humanos para a

Drosophila dpp proteína que é responsável para a especificação dorso-ventral

durante embriogênese e, posteriormente, para a formação dos discos imaginais

(Wozney et al. 1988, Gelbart 1989). Tão similares são estas proteínas que podem

ser substituídas em ensaios funcionais.

Portanto, em desenvolvimento embrionário, as BMPs, cada uma com

diferentes graus de importância, cada uma com sobrepostas e distintas atividades,

pode ser empregada em diferentes horários e locais a fim de direcionar a formação

dos tecidos moles.

A osteogênese induzida por células osteoblásticas é caracterizada

por eventos sequenciais de proliferação celular, seguido pela expressão de

marcadores de osteoblastos fenótipo e da síntese de deposição e mineralização de

uma matriz colágena, a formação óssea depende principalmente do número de

células osteoblásticas ao invés de a atividade do osteoblastos. O recrutamento de

células osteoblásticas desempenha um papel crucial na osteogênese. Isto sugere

que a formação de novo osso pode ser visto ao longo de um período de tempo mais

longo no pós-operatório. Dentro de locais de implantação subperiosteal, a BMP

induz a formação de novo osso em heterotróficos intramuscular, e locais ortotópicos

em vivo. Pensa-se que a BMP induz a diferenciação das mesenquimais prevascular

das células do tecido conjuntivo do osso e da cartilagem.

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A formação de novo osso por proteína indutiva ósseas depende da

quantidade de BMPs disponíveis e o sistema de entrega ou suporte utilizado.

Ácido polilático, esponja de gelatina de ácido poliglicólico e colágeno são

considerados adequados como transportadoras de matrizes para BMP e parecem

facilitar os efeitos da BMP. Uma transportadora da BMP deve ser não-tóxica,

biodegradável, e convenientemente esterilizável. A esponja de colágeno parece ser

particularmente promissora como biomaterial para o transporte de BMP.

Inoda et al.18 relataram que, após implantação de rhBMP-2 com o

colágeno em ratos no modelo cervical, a maior parte do colágeno tinha desaparecido

6 semanas após a implantação, e todos os atelopeptide esponja de colágeno tipo 1

foi reabsorvido e substituído por osso maduro nove semanas após o implante.

Em outros estudos, tem sido demonstrado que doses menores do que 5g

de rhBMP-2 pode induzir novos ossos. Considerou-se que os coelhos são

significativamente mais sensíveis a baixas doses de rhBMP-2. Quando a dose

clínica é considerada maior pode ser necessária para uma obtenção de formação

óssea significativa.

No entanto, é dificil avaliar a quantidade de novos ossos pelo tempo

utilizado atualmente no curso de técnicas com agentes fluorescentes, como

tetraciclina, porque a técnica exige exemplares não descalcificadas que são dificeis

para ser observada dentro de uma limitada região. Neste estudo, as fibras de nylon

colocadas na superfície original do osso durante a operação foram escolhidas como

marcadores para distinguir o novo osso do osso original. As fibras de nylon usadas

no estudo parecem não ter nem estimulante, nem efeito inibitório na formação

óssea, embora mínima reação fagocitária tenha sido encontrada em torno deles.

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2.4. CÉLULAS ÓSSEAS: DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO

O osso é uma forma rígida de tecido conjuntivo especializado, tecido que

consiste basicamente de fibras colágenas tipo I.

Apesar desta rigidez, o osso é um tecido dinâmico que está

continuamente sendo remodelados pelas células dentro dele. Este processo permite

que o volume e a substituição da matriz no interior do osso ao longo da vida de um

indivíduo aumente. Três principais tipos de células são encontradas em todo os

extracelulares da matriz óssea: osteoblastos, osteócitos e osteoclastos.

Osteoblastos, que se desenvolvem a partir células-tronco mesenquimais,

são responsáveis pela formação do osso, produção secreção de componentes da

matriz óssea, incluindo o colágeno tipo I, osteocalcina, osteonectina e fosfatase

alcalina. Eles formam vários destinos em seres humanos. Alguns osteoblastos

permanecem ativos na síntese e regulação de deposição e mineralização do osso,

enquanto outros incorporados em suas próprias secreções e presos dentro do osso

duro da matriz mineralizada.

Essas células formam osteócitos, que são incapazes de divisão celular e

são as responsáveis principais para a manutenção óssea.

Os osteoclastos, que estão também presentes na matriz óssea, são

células gigantes multinucleadas que derivam do tronco hematopoética das células

da medula óssea. Estas células estão envolvidas na reabsorção óssea e

remodelação. A ossificação do osso é um processo multifacetado. Células-tronco

mesenquimais são atraídas a anexar-se à matriz óssea, onde se proliferam e se

diferenciam em condrócitos e osteoblastos.

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No mesmo tempo, a proliferação e a diferenciação de células-tronco

hematopoiéticas para formar os osteoclastos permitem a destruição da matriz

original, juntamente com a formação de osso novo.

As BMPs, neovascularizadas e mineralizadas parecem ter papéis na

quimiotaxia mitogênese e na diferenciação de células-tronco mesenquimais, bem

como na promoção de angiogênese.

2.5. APLICAÇÃO DAS BMPS

A maior prova de envolvimento das BMPs na embriogênese é o

isolamento de MRNAs para as BMPs em vários tecidos, novamente sugerindo

múltiplos papéis tanto na formação da morfogênese e no padrão fora do sistema

esquelético.

A hibridização in situ mostrou que MRNA em BMP-2 é expresso em

desenvolvimento dos membros, coração, folículos suiça, germes dentários e

mesênquima craniofacial (Lyons et al. 1990), e vesícula ótica (Wozney 1994). RNAm

para BMP-1, BMP-2 e BMP-4, foram encontradas no cérebro, coração, pulmão, rim,

baço e fígado (Wozney et al. 1990).

A BMP-4 também foi detectada no desenvolvimento de germes de

dentes, na camada odontoblastica, na expressão facial, nas vesículas ótica

posterior, e no assoalho do diencéfalo (Tabas et al. 1993, Ripamonti & Rcddi 1994),

BMP-3 foi detectado nos pulmões e, em menor grau no cérebro (Wozney et al.

1990).

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A presença de quantidades significativas destes BMP mRNAs

provavelmente indica que elas estão envolvidas no crescimento e diferenciação de

processos em outros tecidos do osso e da cartilagem (Wozney 1994).

Sabemos, no entanto, que as celulas e as mudanças bioquímicas que

ocorrem, resultando na formação de cartilagem e osso, após a implantação indutiva

da matriz óssea, desmineralizada ou BMP, tem três fases de osteoindução, sendo

estes de quimiotaxia, mitogênese e a diferenciação (Urist et al, 1968b, Reddi et

al.1987).

Quimiotaxia traz inicialmente leucócitos polimorfonucleares para a área do

implante, seguido por fibroblastos e células anexo à matriz. Na mitose, vemos a

proliferação de células mesenquimais no terceiro dia, esta medida por: Hj-timidina

incorporada ao DNA celular, bem como um aumento da atividade de ornitina

descarboxilase no implante (Al Reddi al. 1987). Coincidindo com a agregação de

células mesenquimais e um aumento de mRNA de colágeno tipo I, que pode ser um

indicador do aumento da atividade dessas células (Sakano et al, 1993).

Diferenciação mesenquimais celulares em condroblastos ocorre por

cinco dias. Acreditando ocorrer através da interação célula-matriz e os resultados na

síntese de componentes extracelular da matriz típica da cartilagem (Wozney 1994),

nova cartilagem pode ser quantificada pela incorporação SO4, em cartilagem

específica e localização de imunofluorescência (Reddi et al, 1987). Após a invasão

vascular, no nono dia, ocorre a maturação dos condrócitos e a mineralização da

cartilagem. Osteoblastos aparecem entre o décimo e o décimo segundo dia, e

formam um novo osso matriz, enquanto os condrócitos são ativos na remoção de

cartilagem calcificada. Há um pico na produção de fosfatase alcalina e neste

momento por ambas a produção de condrócitos e osteoblastos (Wozney 1994,

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Sakano et al, 1993), dos dias 12 a 18, a remodelação dos osteoclastos, a recém-

formada massa óssea e seletivamente, dissolvendo o implante matriz, resultando em

um ossículo, de um novo osso, que se completa com 21 dias (Reddi et al. 1987).

Através de imuno-histoquímica as células do periósteo tem se mostrado

fortemente marcadas pelo anticorpo monoclonal a BMP, indicando que a presença

da BMP no periósteo pode ser importante na geração de novos óssos (Lianjia &

Yan, 1990). Além disso, os baixos níveis de BMP no osso podem estar presentes

para servir como uma "reserva" fonte de Mofogenese (Campbell & Kaplan , 1992).

A importância das BMPs experimentais na consolidação da fratura da

mandilula do coelho tem sido observada por metodos imuno-histoquímica.

Inicialmente, um grande número de células mesenquimais marcadas

positivamente migra e prolifera na abertura da fratura, durante o estágio dentro de 3

dias. No estágio de formação no sétimo dia, células mesemquimais se acumulam em

torno do periósteo e também na medula óssea. Osteoblastos são observados no

décimo quarto dia, junto com o osso e a cartilagem formada. Entre o vigéssimo

primeiro e trigéssimo dias, com a maturação de uma nova massa óssea, a BMP é

liberada na abertura da fratura e ocorre um fator de transcrição, para regular a

proliferação e diferenciação das células mesemquimais de forma semelhante a sua

função ,como visto nas embrionárias. (Campbell & Kaplan 1992.Nakase et al. ,

1994).

Muito tem sido escrito sobre a eventual importância que o colágeno

desempenha no processo de indução óssea. A mancha de imunohístoquimica

mostra que a BMP é distribuída em um estriado padrão ao longo das fibras de

colágeno em matriz óssea (Lianjia & Yan, 1990). Há evidências de que o ossos

colagenos da matriz é um mitógeno conectivo para células do tecido, e também é

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um potente indutor descarboxilase de ornitina (CE 4,1,1 -17, ODC), uma enzima

considerada como um marcador precoce de proliferação celular (Rath & Reddi

1979), é o papel do colágeno osteoindutor em que há ligação das BMPs ou seja

iniciado por osteoindução a difusão de BMP de reabsorção da matriz óssea

(Simmons 1985). Além disso, a geometria da matriz extracelular (Reddi et al, 1987) é

importante para ocorrer a indução do osso. As BMPs recombinantes apresentaram

os meios para testar a importância do vários fatores no processo de indução óssea e

assim, responder a muitas perguntas.

Por exemplo, a concentração aumentada da quantidade de BMP-2

implantada com uma diminuição da matriz, a quantidade de tempo que leva para

formar o osso, em vez do típico de 10 a 12 dias para a matriz óssea aparecer,

grandes quantidade de BMP-2 resulta em significativa quantidade de formação

óssea por 5 dias. Também observado neste caso é o fato de que a cartilagem e os

ossos parecem se formar simultaneamente (Wang et al, 1990), que sugere que a

BMP-2 pode estar afetando as duas vias de formação óssea independente (Wozney

1994).

Mais importante, implantando rhBMP-2 sozinho, em uma forma lipolizada,

tem demonstrado a indução de formação óssea (Wang et al, 1990). Isso mostra que

o colágeno pode servir para funcionar como uma transportadora para BMP. Além

disso, uma vez que uma transportadora não é essencial, a questão de sua

geometria é irrelevante a perspectiva de indução óssea sozinha.

No entanto, as transportadoras e sua composição são fatores a considerar

em BMPs, utilizado para o tratamento de regeneração óssea e reparação. O estudo

relatado descreveu uma combinação de osso humano recombinante proteína

morfogenética-2 (rh-BMP-2) e colágeno (C) para regenerar osso. Defeitos unilaterais

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de tamanhos criticos (CDT) foram detectados em 32 coelhos brancos maduros da

Nova Zelândia. Os coelhos foram distribuídos entre os quatros tratamentos:

autólogo, absorvível C (Helistatt), 35 mg de rhBMP-2 combinado com C absorvíveis

(rh-BMP-2/C), e não refrigerados.

Os dois períodos de eutanásia foram de quatro a oito semanas. Os

animais foram radiografados no ato da cirurgia a cada duas semanas, e o prazo

percentual de radiopacidade foram medidos.

A analise dos dados revelou um aumento tempo-dependente na

radiopacidade por percentual com rhBMP-2/ C. O exame histológico revelou a

rhBMP-2/tratamento C contorno ósseo regenerado por 8 semanas.

De acordo com a histomorfometria quantitativa, o CSD e grupo C teve

regeneração óssea significativamente menor do que qualquer um novo enxerto ou

rhBMP-2/C. Os resultados sugerem que a rhBMP-2/C pode ser uma terapia eficaz

para restaurarar e segmentar defeitos ósseos.

2.6. CARACTERÍSTICAS DO MATERIAL OSTEOINDUTIVO

Mais de 250.000 enxertos ósseos são realizados anualmente nos EUA

(Kenley et al. 1993), sendo que o osso era feito apenas com produtos derivados do

sangue com a mais comum forma de enxerto (Fox 1992). Em uma tentativa de

auxiliar o organismo na formação ou na reparação do osso (sua perda devido à

trauma ou doença), muitos materiais têm sido utilizados. Os materiais que

fornecem simplesmente um efeito de andaime para dar apoio ao ingresso vascular e

posterior calcificação são conhecidos como osteocondutores.

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Os materiais que são osteogênicos em natureza, contêm fatores de

crescimento (fator de crescimento transformador semelhante à insulina, fator de

crescimento 1 e II, derivado de plaquetas, etc) que regulam a proliferação de células

diferenciadas de tecidos osteoindutores. Por outro lado, são aqueles que contêm

morfogenesis (proteínas morfogenética óssea), substâncias que iniciam o

desenvolvimento de tecidos e sistemas orgânicos indiferenciado estimulando para

converter células fenotipicamente (células-tronco mesenquimais, chondroprogenitor

e células osteoprogenitoras, Kenley et al 1993, Urist 1994).

Embora enxertos ósseos possam conter propriedades osteocondutora,

osteogênica e osteoindutora, sua utilidade e previsibilidade são limitadas devido à

dificuldade na obtenção de uma adequada quantidade no tamanho ou na forma

específica óssea, bem como a sua frequente incapacidade funcional de integrar o

defeito ósseo.

Isto, com a preocupação atual sobre a segurança de humanos com

produtos transplantados levaram à necessidade de ter substitutos ósseos

disponíveis para incorporar as propriedades desejadas para o crescimento e a

reparação óssea sem as limitações e os riscos dos materiais atualmente disponíveis.

Muitos fatores de crescimento presentes no osso foram isolados e

testados para potencializar o crescimento ósseo (Mohan & Baylink 1991 Goodkin &

Pierce, 1993). No entanto, com os fatores de crescimento agindo de acordo com as

osteoprogenitoras (diferenciadas), células presentes no desenvolvimento ou

osso pré-existente, o seu efeito é limitado em defeitos ósseos grandes e inúteis na

geração de osso na ausência de células osteoprogenitoras. Portanto, a quantidade

de formação óssea é essencialmente ilimitada (Wozney, 1995a).

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2.7. TÉCNICAS DE UTILIZAÇÃO EM HUMANOS

A mais antiga técnica cirúrgica é a da fusão não instrumentada (Póstero

ou interbody). Diferentes técnicas cirúrgicas, combinadas com diferentes tipos de

fixação tem, mais recentemente, tornado-se popular incluindo artrodese (ALIF) com

instrumentação posterior suplementar, fusão intersomática lombar posterior (plif)

com posterolateral, instrumentação e transforaminal fusão intersomática lombar

(TLIF) com posterolateral.

Entretanto, a técnica ideal para a realização de fusão espinhal lombar

permanece um assunto em controvérsia, os proponentes da mais recente técnica

alegam que permitem melhores taxas de artrodese sólida e uma melhoria dos

resultados clínicos. Para exemplo, os defensores da chamada "fusão de 360°", que

combina com fixação intersomática posterior, argumentam que a técnica proporciona

maior estabilidade. No entanto, até a data não é apenas um número limitado de

estudos bem conduzidos que se compararam com a fusão não instrumentada.

Taxas de fusão sólidas têm sido inconsistentes. Mesmo com enxerto ósseo

autógeno, as taxas de pseudartrose de até 35% têm sido relatadas. É difícil prever

os pacientes que desenvolverão uma pseudartrose. Embora pareça que a taxa de

fusão é certamente melhor com os procedimentos clínicos instrumentados, os

resultados não diferem. Fritzell et al não encontraram eventuais diferenças na

evolução clínica entre póstero-lateral e 360 ° durante a fusão de alta qualidade, em

estudo randomizado.

Duas análises em profundidade de rhBMP-2 também foram recentemente

publicadas e que proporcionam mais insight sobre o desenvolvimento pré-clínico do

agente do que o previsto na fusão posterolateral. Os primeiros estudos pré-clínicos

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da fusão posterolateral mostrou que, embora rhBMP-2 ACS mais atingidos na taxa

de fusão de 100% em modelos animais inferiores (coelho e cão) (60, 64), em

modelos animais superiores a ACS parecia ser comprimido por fibras musculares,

prejudicando a formação óssea. Diferentes operadoras para rhBMP-2 têm sido

investigadas na tentativa de evitar esse problema. O fosfato de cálcio bifásico (BCP)

de cerâmica hidroxiapatita transportadora (60%; tricálcico 40% fosfato) foi

desenvolvido.

Após 12 meses, sólida fusão posterolateral ocorreu em todos os doentes

rhBMP-2, bilateralmente. Fusão incompleta foi observada no segundo grupo,

embora a fusão foi mais provável no lado de recepção rhBMP-2 do que do lado que

recebe o enxerto ósseo autógeno (86% vs 57%). O sucesso clínico foi realizado em

100% dos pacientes que receberam rhBMP-2 bilaterais, em comparação com 87%

dos pacientes que receberam rhBMP-2 e enxerto ósseo autógeno. No segundo

estudo os pacientes receberam rhBMP-2 (2,0 mg / ml) com BCP com

instrumentação (n = 11), rhBMP-2 (2,0 ml / mg) acrescido BCP sem instrumentação

(n = 9) ou enxerto ósseo autógeno com instrumentação posterior (N = 5). Após 17

meses, com êxito a fusão foi observada em todos os doentes rhBMP-2, comparados

com apenas 05/02 pacientes que receberam o enxerto ósseo autógeno.

Recentemente, as taxas de fusão melhores foram relatados com rhBMP-2 aplicadas

aos transportadores contendo concentrações mais baixas de hidroxiapatita.

Compósitos Nano-hydroxyapatite/collagen também têm demonstrado

resultados promissores. Outras abordagens incluem a adição de chips do enxerto ou

grânulos reabsorvível de cerâmica para ACS para impedi-lo de ser compactado. Os

resultados dos modelos animais demonstraram 100% das taxas de fusão quando

rhBMP-2 é aplicada a esses transportadores. Anterior fusão intersomática lombar é

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menos desafiadora do que o ambiente posterolateral e se tornou uma alternativa

popular em artrodese de coluna vertebral, possibilitando acesso direto à coluna

espinhal anterior indireta e descompressão do forame intervertebral, e melhoria do

equilíbrio sagital, evitando trauma muscular paravertebral e desnervação.

Os primeiros estudos pré-clínicos demonstraram que rhBMP-2 ofereceu

uma alternativa segura e eficaz para enxertos ósseos autógeno para ALIF.

Resultados similares foram observados em caprinos submetidos a ALIF

laparoscópica: a fusão ocorreu em 95% das gaiolas cheias com

rhBMP-2 ACS mais, em comparação com 48% de gaiolas preenchidas com enxerto

ósseo autógeno. Posteriormente, duas doses de rhBMP-2 foram comparadas em

primatas. Titanium artrodese em gaiolas cheias com rhBMP-2 ACS mais (0,75 ou 1,5

mg / ml) ou rhBMP diluente (controle) foram aleatoriamente inseridos em oito

macacos rhesus submetidos ALIF laparoscópica. Após 24 semanas, todos os

animais que receberam rhBMP-2 havia completa e sólida ponte óssea, ao passo que

se a fusão não tivesse ocorrido em animais de controle. Exames de tomografia

computadorizada (TC) mostraram que a fusão ocorreu mais cedo em animais que

receberam a dose mais elevada (1,5 mg / ml) de rhBMP-2.

Hecht et al relataram resultados semelhantes quando compararam os

efeitos de um bom passador cortical aloenxerto embalado com rhBMP-2 (1,5 mg /

ml) com ACS ou enxerto ósseo autógeno em seis macacos rhesus submetidos a

ALIF.

Extensa fusão ocorreu em todos os animais que receberam rhBMP-2, com

evidência radiográfica. Em contraste, parcial fusão ocorreu em apenas um dos

animais que receberam enxerto ósseo autógeno, após 6 meses. Um estudo piloto foi

realizado para investigar o efeito de rhBMP-2 como um substituto para enxerto

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ósseo autógeno de crista ilíaca para ALIF em humanos. O estudo envolveu

pacientes com um único nível lombar sintomática degenerativa do disco, doença

submetidas a ALIF por uma abordagem laparoscópica. Os pacientes receberam

duas artrodeses de titanio em gaiolas cheias com rhBMP-2 (1,5 mg / ml) com ACS

ou enxerto ósseo autógeno da crista ilíaca anterior. Após 3 meses, 10/11 pacientes

receberam rhBMP-2 versus 03/02 pacientes que receberam enxerto ósseo autógeno

tinham sólida fusão intersomática. Por seis meses, todos os pacientes no grupo de

rhBMP-2 apresentaram fusão intersomática sólida, versus 66% no grupo de controle.

Os pacientes tratados com rhBMP-2 não se submeteram a procedimento

de coleta e, conseqüentemente mostraram-se doentes, em comparação com os que

receberam enxerto ósseo autógeno onde o tempo operatório foi menor (1,7 vs 2,0

horas), a perda sangüínea operatória foi menor (109 vs 154 ml) e o tempo gasto no

hospital foi reduzido (3,1 vs 3,3 dias). Após 24 meses, 95% dos pacientes que

receberam rhBMP-2 e 89% dos pacientes de enxerto ósseo autógeno tinham

evidência do CT da artrodese.

Em nenhum caso de cada grupo de tratamento a ossificação se estendeu

para fora da coluna vertebral. A dor nas costas, dor nas pernas e o estado

neurológico melhorou em ambos os grupos tratados de forma semelhante. Os

pacientes que estavam trabalhando antes da cirurgia foram capazes de retornar ao

trabalho dentro de um período de tempo semelhante em ambos os grupos (mediana:

63,5 (rhBMP-2) vs 64,5 dias (osso autógeno enxertos respectivamente).

Um pequeno estudo realizado pelo mesmo grupo com efeitos semelhantes

foi evidênciado radiográficamente a osteoindução, aparente dentro de 6 meses de

implantação de fusão intersomática e gaiolas de titânio preenchidos com rhBMP-2

(1,5 mg / ml) com ACS (22/22 pacientes) ou enxerto ósseo autógeno (19/20

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pacientes). A tomografia computadorizada mostrou que a taxa de formação óssea

no grupo de rhBMP-2 excedeu, e observou-se no grupo do enxerto ósseo autógeno,

quase o dobro nos primeiros seis meses, e aumentando por um fator de quase 2,5

por 24 meses.

A formação de todos os novos óssos fora das gaiolas ocorreu dentro do

espaço do disco, sem evidência de formação óssea ectópica. Os efeitos

comparativos da rhBMP-2 utilizando (1,5 mg / ml) com ACS ou enxerto ósseo

autógeno implantado dentro de um aloenxerto ósseo cortical com rosca passador,

ao invés de uma gaiola de fusão de titânio, foram investigada em 46 pacientes

submetidos a um único nível ALIF para a doença degenerativa do disco.

Em contraste, a fusão nas taxas do grupo do enxerto ósseo autógeno

foram menor (89,5% em 12 meses e 68,4% na 24 meses), o estado neurológico, as

costas e a dor nas pernas também melhorou em maior medida no grupo rhBMP-2.

Nos últimos anos, os cirurgiões têm combinado moderna técnicas

laparoscópicas com ALIF, para alcançar o que muitos acreditam ser uma abordagem

menos invasiva.

Transforaminal Intersomática Lombar

Fusão TLIF envolve a colocação de enxerto ósseo e gaiolas de titânio

em um espaço do disco através da rota posterolateral transforaminal, com a

construção de um parafuso pedículo. Como a técnica não requer anterior exposição

abdominal deve-se evitar vascular parede abdominal e complicações autonômicas.

Os dados foram comunicados sobre o uso de rhBMP-2 em gaiolas de

fusão ou embalado com rhBMP-2 plus ACS (N = 21) ou enxerto ósseo autógeno (n =

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19) em um modelo randomizado. Durante um seguimento médio de 9 meses, a

fusão sólida foi observada em todos, mais em um dos pacientes que receberam

rhBMP-2 ACS plus. Da mesma forma, uma pseudoartrose foi detectada em

pacientes que receberam enxerto ósseo autógeno. Notavelmente, 58% dos

pacientes nos quais a crista ilíaca recebeu um enxerto queixou-se de dor na área

doadora 6 meses pós-cirurgia. Mais recentemente, vários estudos têm explorado o

uso de poli sintéticos (L-ácido lático-co-D, L-láctico) implantes bioreabsorvíveis

embalado com rhBMP-2 como uma alternativa às gaiolas de titânio durante TLIF.

Esses implantes bioabsorvíveis fornecem estabilidade imediata permitindo a

transferência gradual da carga para a massa de fusão em desenvolvimento.

Em um estudo prospectivo em 43 pacientes com doença degenerativa do

disco, quase um terço dos participantes foram submetidos a fusões multi-nível com

implantes bioabsorvíveis embalado com rhBMP-2 mais ACS. Em outro estudo (um

consecutivas casuística de 22 pacientes submetidos à única ou TLIF de vários níveis

com bioreabsorvíveis embalado com rhBMP-2 plus ACS) de ponte óssea foi

observada dentro de 3 meses. Sólidas fusão foi observada em 97,4% , dos niveis de

fusão entre 6 e 12 meses pós-cirurgia. A massa de fusão parece aumentar com o

tempo. Notavelmente, não houve relatos de infecções ou complicações do implante.

Um estudo piloto passou a investigar o efeito do rhBMP-2 (0,43 mg / ml)

com ACS na consolidação de fraturas em 12 pacientes com fraturas expostas da

tíbia (Gustilo-Anderson classificação II ou superior). A Recombinante humana BMP-

2 foi associada à ACS com a consolidação da fratura (sem intervenção secundária)

em 9 / 12 pacientes tratados no prazo de 6 meses. Mais recentemente, um estudo

prospectivo, randomizado, simples- cego, multicêntrico foi conduzido em 450

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pacientes com fratura de tíbia aberta para investigar o efeito da rhBMP-2 ACS mais

(0,75 ou 1,5 mg / ml), comparado com o tratamento padrão sozinho.

Os pesquisadores encontraram uma significativa dose-dependente,

diminuição da proporção de pacientes que necessitam de atendimento secundário

para promover cura nos grupos que receberam rhBMP-2 (0,75 e 1,5 mg / ml),

comparado com o tratamento padrão grupo (37% e 26% vs 46%, p = 0,0004). O

risco de uma intervenção secundária foi reduzida em 44% em pacientes que

receberam rhBMP-2 (1,5 mg / ml) em comparação com o tratamento padrão isolado

(p = 0,0005). Da mesma forma, menos intervenções secundárias foram necessárias

neste grupo: a redução do risco relativo de 52% na taxa de intervenção invasiva (p

=0,0264). A consolidação da fratura (com base na clínica e avaliação radiológica) foi

significativamente acelerada no grupo de rhBMP-2 (1,5 mg / ml), comparado com o

tratamento padrão - um efeito que foi observado a partir de 10 semanas a 12 meses

após o encerramento definitivo da ferida (P = 0,0008). Na verdade, houve uma

diferença de 39 dias entre o momento em que a consolidação da fratura 145 vs 184

dias, respectivamente.

A taxa de infecção no local da fratura foi similar entre os grupos de

tratamento. No entanto, foi significativamente menor nos pacientes com lesões mais

graves (Gustilo-Anderson tipo IIIA e IIIB) tratado com rhBMP-2 (1,5 mg / ml) do que

aqueles tratados com atendimento normal (24% vs 44%, p = 0,0219). A cura de

fratura da tíbia é classicamente prolongada na presença de infecção. Pode ser

hipótese, portanto, que, além de seus efeitos diretos sobre morfogênese óssea, o

efeito angiogênico rhBMP-2 pode aumentar a proteção contra a infecção e, portanto,

desempenhar um papel indireto na aceleração do processo de cicatrização.

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Observado estatisticamente ha significativas diferenças em termos de taxa

de cicatrização de feridas e da dor que favoreceu rhBMP-2 (1,5 mg / ml), também

sugerem prova de suprimento vascular aumentado. Um programa de estudo clínico

está em andamento para avaliar o uso de injetáveis portadores de rhBMP-2, que

poderia estender sua utilização para tratamento de pacientes com fraturas fechadas.

2.8. CLASSIFICAÇÃO

Em 1971, Marshall Urist cunhou o termo "Proteína Morfogenética Óssea"

para descrever uma proteína componente da DBM que poderia induzir a formação

de um novo osso, recapitulando eventos de ossificação endocondral. A Medline

pesquisou o termo (março de 2005) revelando a posterior publicação de mais de

5.500 artigos em BMPs, que, além de papéis no osso e cartilagem morfogênese,

também estão implicados em desenvolvimento pré-natal, o crescimento pós-natal

dos tecidos, incluindo olhos, coração, pulmão, rim e pele, e vários processos

patológicos, como aterosclerose, hipertensão e câncer de próstata. O genoma

humano codifica mais de 20 BMPs.

As proteínas foram agrupadas em subconjuntos com base na homologia

de aminoácidos. Com exceção do BMP-1, que foi erroneamente classificada como

BMP, moleculas de baixo peso, glicoproteínas não colagenosas pertencem ao fator

de crescimento transformador-beta (TGF-b) superfamília. Outros membros do TGF-b

família também estão envolvidos em processos de desenvolvimento, particularmente

no desenvolvimento embrionário e na regeneração do tecido esquelético em adultos.

BMP-2, BMP-4 até a BMP-7 e BMP-9 foram mostrado para induzir a formação óssea

intramembranosa e endocondral. Destes, BMP-2, BMP-6 e BMP-9 parecem ter um

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papel importante na indução de diferenciação de células mesenquimais em

osteoblastos.

Estrutura, Formas e Classificação das BMPs

A estrutura molecular, a relação com TGF-p superfamília dos nove BMPs

até agora relatados na literatura, oito destes, BMP-2 através BMP-9, estão

relacionados uns aos outros. Além disso, devido às suas sequências de

aminoácidos, BMP-2 a BMP-9 são classificadas como pertencentes à superfamília

TGF JFF. Como outros membros da Superfamília TGF-JS, eles são derivados das

cadeias de polipeptídeo precursor variando em tamanho de 396-513 aminoácidos

(Wozney 1994). Cada precursor é composto por uma secreção N-terminal em

sequência líder, e um C-terminal, região que contém 114-139 aminoácidos

(Ripamonti & Reddi 1994).

É a conservação de aminoácidos na região C-terminal, incluindo uma

série de sete conservados de cisteína resíduos, que caracterizam os membros da

superfamília TGF. Uma exceção para isso envolve BMP-8, que contém uma cisteína

8 na região (Ripamonti & Reddi 1994). A maturidade da molécula ativa é BMP

derivado da porção carboxi terminal da cadeia do precursor, e como outros membros

da família TGF, deverá ser sob a forma de um dímero.

Se as BMPs existem apenas como homodímeros, é desconhecida. Como

outros membros da família TGF são conhecidas como heterodímeros (Massague

1990), a possibilidade de que as BMPs também podem permitir seria combinações

multipla dos monômeros com potencial para diversas atividades, BMP-2 a BMP-8

pode ser dividido em 3 subgrupos com base em semelhanças em suas seqüências

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de aminoácidos BMP-2 e BMP-4 formam um grupo, identidade de aminoácidos no

domínio de sete cisteína da região da maturidade, BMP-5 através do formulário de

BMP-8 um segundo grupo, com 82 identidade nesta região. Estes dois subgrupos

um com o outro, e apenas 45% com BMP-3, que constitui um grupo por si só

(Wozney 1995a). BMP-9 tem 50-55% com BMPs 2, 4, 5, 6 e 7 (Song et al, 1995).

Como parte da superfamília TGF as BMPs estão relacionadas a outras proteínas

(DPP, Vg 1, etc), críticos para a diferenciação e processos de desenvolvimento

durante o desenvolvimento embrionário. Além do seu papel no desenvolvimento

embrionário, BMP-2 a BMP-8, também mostraram capacidade para induzir a

cartilagem e formação óssea no modelo posfetal. A TGFh nas suas diversas formas

é semelhante as BMPs na medida em que é manifestado ativamente ao longo do

desenvolvimento embrionário e na idade adulta (Thompson et al, 1989). TGF

também foi demonstrado que tem efeitos estimulantes sobre o crescimento ósseo

(Joyce et al, 1990). No entanto, as BMPs são moléculas conhecida apenas por

serem capazes de formar cartilagem e osso em um sítio ectópico.

A proteína dpp Drosophila, importante na especificação dorso-ventral

durante a embriogênese, está intimamente relacionada com BMP-2 e BMP-4, com

cerca de 75% de identidade da seqüência de aminoácidos de ambos. Tem sido

sugerido que um desses BMPs é o homólogo humano do dpp proteína (Wozney et

al, 1988), e que DPP, BMP-2 e BMP-4 são os "modernos e altamente conservados

derivados de um gene que estava presente em um ancestral comum aos artrópodes

e vertebrados"(Gelbart 1989), molécula da família de produtos primários de tradução

como derivadas de clones de cDNA, incluindo a seqüência líder secretória (sólido),

propeptídeo região (listrada), e uma porção (sombreado) madura contendo a parte

ativa da molécula.

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Com muitos grupos isolados e BMPs identificadas em outros sistemas,

outrOs nomes têm sido usados em referência à Dessas moléculas, osteogenina,

uma molécula purificada a partir de osso bovino, é o de bovinos equivalente a BMP

(Luyten-3 et al, 1989), BMP-6, como mencionado anteriormente, é o homólogo

humano do murino VGR-1, BMP-7 e BMP-8 também são conhecida como proteína

osteogênica (OP) -1 e OP-2, respectivamente, BMP-1, por causa de suas

seqüências de aminoácidos, não podem ser classificados como pertencentes para o

TGF 3 superfamília.

Regeneração de defeitos ósseos segmentares, proteínas ósseas

morfogenéticas (BMPs), uma subfamília da superfamília transformando fator de

crescimento, foram descobertos durante a investigação do osso indutivo em

atividade escondido na matriz óssea.

Primeiro, a purificação e posterior molecula de clonagem, as proteínas

que representam esta atividade foram identificados e produzidos para a avaliação

pré-clínica. Uma destas proteínas recombinantes humanas BMP-2 (rhBMP-2), foi

mostrada para induzir clinicamente relevantes formação de osso em uma infinidade

de craniofaciais e indicações periodontal em grandes modelos animais.

2.9. O Estado da Arte

Estudos anteriores demonstraram que a regeneração óssea guiada (GBR)

tem um limitado aumento potencial de massa óssea vertical, quando aplicado aos

defeitos do rebordo alveolar.

Um recente estudo avaliou o potencial das rhBMP-2/ACS para melhorar a

CBR quando aplicado em defeitos do rebordo alveolar. O pedido de rhBMP-2/ACS

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em conjunto com um espaço de prestação de dispositivo GBR macroporosos

resultou em um aumento substancial alveolar seguinte a um intervalo de oito

semanas de cura. O recém-formado osso preencheu todo o espaço fornecido pelo

dispositivo. Em contrapartida, a aplicação da formação óssea seguintes do

dispositivo macroporosos sem rhBMP-2 resultou em formação óssea limitada, muito

semelhante ao observado após a utilização de um espaço similar, fornecendo

dispositivo oclusivo GBR.

O objetivo geral desta pesquisa foi avaliar o efeito de um espaço de

prestação de CBR macroporosos dispositivo rhBMP-2/ACS-induzindo o aumento

alveolar e osseointegração de implantes imediatos e odontológico. O objetivo

específico deste estudo foi avaliar o potencial espaço, fornecendo macroporosos

ampliados de politetrafluoroetileno dispositivo GBR (ePTFE) para definir rhBMP.

O BMP-NBV aumentado não mostrou qualquer diferença significativa entre

os grupos etários. Este sugeriu que, no caso de subperiosteal implantação palatal, a

capacidade de resposta aos implantados rhBMP-2 na formação óssea foi

independente da idade, embora o volume total de recém-formados óssos diminui

com a idade. Bessho & Iizuka relataram que o conteúdo de cálcio em ratos de 40

semanas de idade foi de aproximadamente 60% do que em ratos com 5 semanas de

idade. Fleet et al. analisou o efeito do envelhecimento na formação óssea ectópica

induzida por rhBMP-2 combinado com pó de osso desmineralizado desativado, após

implante subcutâneo em ratos, 3 semanas e 13 e 16 meses de idade.

Eles mostraram que o envelhecimento embotados de rhBMP-2- induz

formação óssea em ratos, e sugeriu que a diminuição da resposta pode ser em parte

devido à uma diminuição no número de células-tronco mesenquimais

ou a uma mudança de responsividade dessas células alvo para rhBMP-2. Qin al ct.,

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implantando parcialmente BMP purificada combinada com o colágeno tipo I

subcutaneamente em ratos de quatro semanas e de 10 a 18 meses de idade,

colheram os implantes em 7, 14 e 21 dias após o implante.

Eles concluiram que a taxa e a quantidade da formação de ossos

ectópicos foram reduzidos em ratos idosos. Em estudos anteriores, que investigou

formação óssea ectópica induzida por via subcutânea ou implantação intramuscular

de BMP, sugeriu que a capacidade de resposta a BMP foi reduzida com o

envelhecimento. Em contraste, o estudo, que investigou formação óssea

subperiosteal palatina induzidas pela implantação de BMP, sugeriu que a

capacidade de resposta a BMP foi independente da idade. Este contraste pode ser

devido à especificidade do local e de reatividade ao BMP. Em animais idosos, a

capacidade de resposta à BMP na subperiosteal palatal permaneceu tão elevada

como nos jovens, enquanto que a receptividade nos locais ectopicos foi reduzida

com o envelhecimento.

Por outro lado, esse contraste pode ser devido ao desenho do estudo. A

dose de dependencia de rhBMP-2 não foi examinada neste estudo, de modo que era

incerto a concentração de rhBMP-2 que pode atingir um nível de platô máxima para

a NBV em cada faixa etária.

A Recombinante humana BMP-2, mais parece ACS para oferecer uma

alternativa eficaz para o enxerto ósseo autógeno para os procedimentos de fusão

espinhal, e é capaz de produzir taxas de fusão de igual ou superior aos observados

com enxerto ósseo autógeno, enquanto evitando a necessidade de enxerto ósseo de

crista ilíaca e morbidade associadas ao doador.

Inúmeras vantagens associadas a um único sítio cirúrgico são aparentes

para o paciente e o cirurgião, e são refletidos pela redução dos tempos operatórios,

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redução operatória perda de sangue, e menos períodos de tempo que se passa no

hospital. Além disso, a rhBMP-2 plus ACS tem um efeito positivo na cicatrização de

tíbia em fraturas recentes, evitando assim possíveis necessidades futuras para

enxertos ósseos. Diante dos resultados do programa de ensaios clínicos, modelos

hospitalares precisam ser desenvolvidos para avaliar o impacto econômico do uso

de rhBMP-2 mais ACS terapia em vez de enxerto de osso autógeno da crista ilíaca.

Nos EUA, os modelos econômicos para um único nível de ALIF têm sido

publicados e os resultados sugerem que uma parcela substancial do adicional do

custo de rhBMP-2 mais a terapia ACS pode ser compensado pela eliminação das

complicações associadas à enxerto ósseo de crista ilíaca colhida, e pela redução

cirurgica, anestesia, tempo de recuperação, diminuição e perda de sangue, ficando

menos tempo em meio hospitalar, e diminuição do uso de enxerto autógeno

extensores / colheitadeiras e suprimentos médicos e cirúrgicos. Estes modelos

devem agora ser estendido para avaliar os comparativos efeitos da rhBMP-2 ACS

plus e enxerto osso autógeno na qualidade de saúde de vida e perda de

produtividade a fim de estimar o verdadeiro custo-benefício de rhBMP-2 mais a

terapia ACS.

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3. CONCLUSAO

As BMPs apresentam diversas possibilidades de aplicação em odontologia,

ortopedia e outras áreas de conhecimento que envolva a diferenciação celular por

representarem um grupo distinto de fatores indutores, capazes de estimular a

diferenciação de células fonte-mesenquimais em células especializadas, induzindo a

neoformação óssea e o reparo de tecido ósseo.

As indicações para o uso das BMPs estão associadas principalmente a

grandes perdas ósseas, decorrentes de anomalias de desenvolvimento, bem como

defeitos ósseos causados por algum trauma na estrutura óssea ou doenças

infecciosas e inflamatórias.

Uma avaliação definitiva sobre o uso clínico das BMPs, só será possível após a

elucidação de todos os diferentes fatores que influenciam na repração tecidual,

juntamente com o desenvolvimento de um sistema carreador apropriado. O que

garantirá um protocolo de tratamento certamente mais adequado.

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