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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FACULDADE DE CIÊNCIAS BIÓLOGICAS DA SAÚDE CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA Wagner Wilson Bettega A INFLUÊNCIA DO TREINAMENTO RESISTIDO NO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL DOS IDOSOS CURITIBA 2010

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIÓLOGICAS DA SAÚDE

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Wagner Wilson Bettega

A INFLUÊNCIA DO TREINAMENTO RESISTIDO NO ÍNDICE DE

MASSA CORPORAL DOS IDOSOS

CURITIBA2010

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A INFLUÊNCIA DO TREINAMENTO RESISTIDO NO ÍNDICE DE

MASSA CORPORAL DOS IDOSOS

CURITIBA2010

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Wagner Wilson Bettega

A INFLUÊNCIA DO TREINAMENTO RESISTIDO NO ÍNDICE DE

MASSA CORPORAL DOS IDOSOS

Trabalho de Conclusão de curso apresentado ao Curso de Educação Física da Faculdade de Ciências Biológicas e de Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Educação Física.Orientador: Prof. Ms. Fabiano de Macedo Salgueirosa

CURITIBA2010

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TERMO DE APROVAÇÃO

Wagner Wilson Bettega

A INFLUÊNCIA DO TREINAMENTO RESISTIDO NO ÍNDICE DE

MASSA CORPORAL DOS IDOSOS

Este TCC foi julgado e aprovado para obtenção do titulo de bacharel em Educação Física no programa de Educação Física da Universidade Tuiuti do Paraná.

Curitiba, 17 de junho de 2010.

______________________________

Educação Física do Programa daUniversidade Tuiuti do Paraná

Orientador: Prof. Ms. Fabiano de Macedo Salgueirosa Universidade Tuiuti do Paraná

.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho á Deus e a minha família. Estes são sem dúvida, os dois grandes

pilares da vida.

Aos meus grandes amores, meu filho Wagner Wilson Bettega Junior, e minha esposa

Elisa Pereira Smijtink Bettega, que neste período tem me ajudado muito, compreendendo

e contribuindo para que eu realize este sonho e outros sonhos na minha vida.

Aos meus pais Eliana das Graças de Souza Bettega e Wilson Paulo Bettega, por ter me

proporcionado grandes ensinamentos e a minha educação, além de muito carinho e amor

incondicional.

Aos meus irmãos João Paulo Bettega e Mariana Bettega, por todo o amor, carinho e

companheirismo.

Quero também dedicar este trabalho aos meus cães, que me proporcionam muitas

alegrias, muito trabalho e muito prazer. E contribuem muito pelo meu crescimento

profissional, me proporcionando realizações magníficas.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente á Deus, por dar-me força, saúde, paz e sabedoria. Pois eu não

seria e não teria nada sem ele.

Mais um agradecimento ao meu pai Professor do Ensino Superior, Prof. Eng. Wilson

Paulo Bettega, por te me alertado sobre os erros em inúmeras teses e dissertações em

diversas áreas, quando os profissionais referem-se a peso e massa, auxiliando-me com

uma aula soberanamente referenciada, sobre este assunto.

Ao Professor Paulo Air Micoski, pelo seu exemplo como pessoa e Profissional da Área da

Educação Física.

Ao Professor e grande amigo Fabiano de Macedo Salgueirosa, pelo tempo e dedicação

direcionados a orientação deste trabalho.

A Professora Beatriz Lilian Dorigo, pela paciência e valiosas orientações e ensinamentos

transmitidos durante todos estes anos.

A todos os meus amigos e familiares.

E a todos os professores que contribuíram nesta minha jornada, em busca do meu

crescimento pessoal e da minha Profissionalização.

Muito obrigado e que Deus os abençoe!

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................101.1 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................101.2 OBJETIVO GERAL................................................................................................121.3 OBJETIVO ESPECÍFICO.......................................................................................122 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................132.1 HISTÓRIA DO TREINAMENTO RESISTIDO........................................................132.1.1 TREINAMENTO RESISTIDO E OS IDOSOS.....................................................162.2 MASSA MUSCULAR E O ENVELHECIMENTO...................................................222.3 COMPOSIÇÃO CORPORAL, ÍNDICE DE MASSA CORPORAL(IMC) E O ENVELHECIMENTO....................................................................................................283 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.................................................................344 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................375 CONCLUSÃO...........................................................................................................40REFERÊNCIAS...........................................................................................................41ANEXOS......................................................................................................................49

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Série de exercícios “A”, a que os idosos foram submetidos, nas primeiras 6 semanas..................................................................................................35Tabela 2 – Série de exercícios “B”, a que os idosos foram submetidos, nas ultimas 10 semanas...................................................................................................36Tabela 3 – Análise da média da massa corporal e desvio padrão, no grupo experimental e grupo controle, no período pré e pós treinamento resistido..............37Tabela 4 – Análise da média do índice de massa corporal (IMC) e desvio padrão, grupo experimental e grupo controle, no período pré e pós treinamento resistido... 38

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RESUMO

O treinamento resistido foi considerado por muitos anos nocivo a saúde dos idosos. Durante décadas, a carência de estudos científicos relacionados ao treinamento resistido e os idosos, fez com o que o idoso fosse afastado cada vez mais deste tipo de treinamento. Atualmente, a partir de estudos feitos nas duas últimas décadas principalmente, o idoso passou a ter segurança na prática do treinamento resistido. Para que esta segurança seja efetiva, a literatura nos proporciona inúmeros protocolos individualizados para o treinamento resistido aplicado a essa população. Estudos apresentam resultados significativos nas alterações da composição corporal dos idosos praticantes do treinamento resistido. O objetivo deste trabalho, é verificar a influência do treinamento resistido, no índice de massa corporal (IMC) dos idosos. Participaram do estudo 24 indivíduos do sexo masculino, onde 12 foram submetidos ao treinamento resistido e no mesmo período 12 não praticaram exercícios físicos. Após a realização de uma avaliação pré e pós treinamento, os resultados mostram que ocorreram variações estatisticamente significativas, no índice de massa corporal (IMC) e na massa corporal, dos idosos praticantes do treinamento resistido. Conclui-se que o treinamento resistido pode provocar alterações na composição corporal e no índice de massa corporal dos idosos.

Palavras-chave: treinamento resistido; idosos; índice de massa corporal (IMC).

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1 INTRODUÇÃO

1.1 JUSTIFICATIVA

Com a evolução da ciência e da tecnologia, o aumento da longevidade da

população mundial é estatisticamente comprovado.

O Brasil em 2025, á partir de uma projeção feita, ocupará a sexta posição

em países com maior população idosa (IBGE, 2007).

Os idosos além de sofrerem alterações biológicas, sofrem mudanças

psicológicas e até mesmo sociais. Conforme citações de Nadeau e Peronnet (1985),

os exercícios físicos trazem muitos benefícios na terceira idade, aumentam a massa

muscular, reduzem o percentual de gordura corporal, aumentam a força do

individuo, facilitando a sua locomoção, mantendo a pressão sanguínea e a

freqüência cardíaca dentro de padrões aceitáveis para idade.

Durante muitos anos o idoso foi proibido de praticar exercícios com peso. A

adaptação funcional mais importante que ocorre no treinamento resistido é a força,

exercícios contra resistência para idosos são uma forma de diminuir os declínios de

força e massa muscular relacionados á idade, o que resulta em melhoria na

qualidade de vida (FLECK e KRAEMER,1999).

Por outro lado, sabe-se que o processo de envelhecimento é acompanhado

por uma série de alterações fisiológicas ocorridas no organismo, bem como pelo

surgimento de doenças crônico-degenerativas advindas de hábitos de vida

inadequados como: tabagismo, ingestão alimentar incorreta, tipo de atividade

laboral, ausência de atividade física regular, etc (SHEPHARD,2003).

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O envelhecimento é marcado por um decréscimo das capacidades motoras,

redução da força, flexibilidade, velocidade e dos níveis de Vo2 máximo, dificultando

a realização das atividades diárias e a manutenção de um estilo de vida saudável

(MARQUES, 1996).

Estudos mais recentes, de acordo com Araújo (2003), demonstram

claramente que o envelhecimento é acompanhado por significativas modificações na

composição corporal, isto é, redução da massa muscular e aumento da gordura

corporal , de forma que mesmo quando o peso corporal mantém-se constante ao

longo dos anos, é possível que algum grau de perda muscular esteja ocorrendo.

Ainda de acordo com Araújo (2003), outros estudos como os de Fleck e Kraemer

(1999) e Mazzeo (1999), demonstram que a perda muscular pode ser

consideravelmente minimizada é até revertida por um treinamento físico que inclua

exercícios de fortalecimento muscular, muito embora, ainda não estejam claramente

identificadas as melhores estratégias de treinamento físico para esta finalidade.

Além dos resultados visíveis na melhoria da estética corporal, o treinamento

resistido, contribui na melhoria da qualidade de vida, manutenção da força e da

massa muscular dos idosos.

A importância dos estudos com relação á composição corporal são

incontestáveis, pois o excesso de gordura corporal pode aumentar a incidência de

disfunções crônico-degenerativas segundo, Guedes, D.P. e Guedes, J.E. (1995), e o

baixo desenvolvimento muscular, pode dificultar o melhor funcionamento do sistema

músculo-esquelético.

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1.1.1 PROBLEMA

Qual a influência do treinamento resistido no índice de massa corporal dos

idosos?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Verificar a influência do treinamento resistido no índice de massa corporal dos

idosos.

1.2.2 Objetivos Específicos

Verificar os efeitos do treinamento resistido, no índice de massa corporal dos

idosos.

Verificar os efeitos do treinamento resistido, na massa corporal dos idosos.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 HISTÓRIA DO TREINAMENTO RESISTIDO

Quando imaginamos um atleta ou não atleta praticando qualquer tipo de

treinamento resistido, temos uma visão primaria de um fisiculturista em uma sala de

musculação levantando vários quilogramas de massa. Temos que conhecer a

história de como esta prática iniciou-se no passado, para que possamos associa-la a

prática do treinamento resistido para os idosos. Devemos entender que existem

várias formas, e durante a história do desenvolvimento do treinamento resistido

inúmeras fundamentações e lendas foram descritas por diversos autores.

O treinamento resistido não em seu formato atual, pode ser encontrado em

relatos que datam do inicio dos tempos, estes afirmam a prática destes exercícios

com pesos, mas não temos uma data precisa.

Existem esculturas que datam (400 a.C.), que mostram formas harmoniosas em

mulheres, já dando ênfase a preocupação estética da época. São inúmeros os

retratos de homens musculosos que encontramos no passado. Algumas evidências

foram encontradas em gravuras nas paredes de capelas funerárias do Egito antigo,

estas gravuras traziam jogos de arremessos de pesos, mostrando que há 4500 anos

atrás os homens já levantavam pesos como forma de exercícios físicos. Também

foram encontradas em algumas escavações na cidade de Olímpia, pedras com

entalhes para as mãos e a partir desta descoberta os historiadores presumem a

utilização destas em treinamento com pesos (GIANOLLA, 2002).

Neste processo de desenvolvimento histórico do treinamento resistido, não

podemos deixar de citar a história de um dos discípulos do matemático Pitágoras.

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Um dos métodos mais antigos de treinamento da humanidade pode ser

ilustrado a partir da história de Milon de Crotona, discípulo do matemático Pitágoras

(500 á 580 a.C.), e seis vezes vendedor dos jogos olímpicos. Este método tinha

como principio fundamental, a evolução progressiva da carga. Milon treinava com

um bezerro nas costas, buscando aumentar a força dos seus membros inferiores,

quanto mais pesado o bezerro ficava, mais aumentava a sua força. Ele foi um dos

primeiros a preocupar-se com a suplementação alimentar e comia por dia segundo a

lenda: 9 Kg de carne, 9 Kg de pão e 10 litros de vinho, gerando um total de 57 mil

Kcal. Ele também era capaz de matar um boi com as mãos e come-lo sozinho. A

lenda conta que ele morreu devorado por lobos, pois ele ficou preso ao dar um golpe

em uma árvore. O nome da cidade de Milão foi dado em homenagem a Milon

(GIANOLLA, 2002).

As lendas também ilustram o desenvolvimento histórico do treinamento

resistido e fazem parte da construção mística do potencial humano.

Os levantamentos de peso já faziam parte das 43 provas entre os 9 esportes

olímpicos dos primeiros jogos Olímpicos da era Moderna, em Atenas (1896). O

dinamarquês Viggo Jensem,foi o campeão no levantamento de pesos com as duas

mãos. Na estranha prova de levantamento de pesos com um braço, o campeão foi

o britânico Launceston Elliott e com isto passou a posar seminu, exibindo seu físico

para revistas de fotografias. Este escândalo foi o fator que levou a não realização

da prova na próxima olimpíada, realizada em Paris em 1900. O levantamento de

peso, só retornou na olimpíada seguinte a de Saint Louis em 1904 (GIANOLLA,

2002).

Desde 1896 já era nítida a relação da perfeição muscular, com a industria da

mídia em geral.

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Existem várias vertentes não lineares da história do treinamento resistido, ele

pode ser muito mais antigo do que muitos relatos históricos. A prática do

treinamento resistido muitas vezes esta simplesmente relacionada com um estilo de

treinamento, porém na história encontramos outros modos de se praticar este tipo de

treinamento, sendo ele praticado de inúmeras formas, principalmente arremessando

ou erguendo objetos com massa variada.

A musculação como forma de competição onde se exibiam os músculos, tem

como registro a sua primeira competição em Londres (1901). Esta competição teve

como nome: “O físico mais fabuloso do mundo”, foi idealizada e realizada por

Eugene Sundow, contou com a participação de 156 atletas. O vencedor da

competição foi William Murray, que mais tarde se tornou ator, cantor e musico, ele

criou números artísticos com atletas que imitavam gladiadores e junto com estes

eventos criou campeonatos de musculação na Inglaterra. Os jurados da competição

foram: Charles Lawes, que era um grande escultor da época, Arthur Conan Doyle

(famoso escritor do Livro “Sherlock Holmes”), e o próprio Eugene Sundow. O premio

desta competição, foi uma estatua de Eugene Sundow, segurando uma barra de

pesos com bola, que é a mesma utilizada atualmente no maior campeonato de

fisiculturismo do mundo, o Mr Olímpia. Esta estatueta foi idealizada pelo escultor

F.W. Pomeroy em 1891. Este evento foi realizado no Hoyal Albert Hall em Londres,

e foi prestigiado por 15000 pessoas na final (GIANOLLA, 2002).

Eugene Sundow é considerado o pai da musculação, como forma de

competição, ligada a avaliação de quais competidores tem a melhor composição

muscular. É o pai do fisiculturismo atual. Ele nasceu na Alemanha em 1867 e

tornou-se um ídolo do esporte, por mais de 30 anos foi considerado o melhor físico

do mundo (GIANOLLA, 2002).

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O treinamento resistido atualmente possui um leque de relações com os

esportes em geral, faz parte da preparação de inúmeras modalidades que envolvem

atletas profissionais, e também do processo de tratamento de atletas e não atletas.

Sendo utilizado como uma rica ferramenta na prevenção de lesões e de distúrbios

posturais, utilizado para atletas e não atletas. Representa uma grande variedade de

utilizações em nosso cotidiano.

2.1.1 TREINAMENTO RESISTIDO E OS IDOSOS

A imagem em muitos casos expressa algumas informações nos seres

humanos. O corpo sempre esteve em foco nos relacionamentos sociais, a mídia em

geral enfatiza a necessidade da bela aparência, e o treinamento resistido muitas

vezes é erroneamente associado única e exclusivamente a construção corporal.

A massa muscular é comumente apresentada pela mídia em geral, como uma

parte a ser trabalhada para construir belos corpos, e como ferramenta o treinamento

resistido é sempre citado. A associação da massa muscular simplesmente com a

estética, é nítida na nossa sociedade.

Porém a massa muscular esta diretamente associada a nossa qualidade de

vida e a nossa saúde em geral. Com o processo do envelhecimento, segundo muitos

estudos, o declínio dos níveis de massa muscular são significativamente

preocupantes.

A Organização Mundial da Saúde adota nos paises desenvolvidos a idade de

65 anos para determinar a velhice. Nos paises em desenvolvimento onde é

observada uma menor expectativa de vida, a idade adotada é a partir dos 60 anos

(JAM,1999).

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Devemos gradativamente educar a nossa sociedade, para que o treinamento

resistido não esteja sendo apenas relacionado com padrões estéticos impostos pela

mídia e pela sociedade em geral, devemos ampliar culturalmente a associação do

treinamento resistido a melhora da qualidade de vida dos idosos.

A melhora da qualidade de vida dos idosos, esta ligada também a quantidade

de massa muscular, e esta massa esta associada aos níveis de força do idoso.

A força é uma das mais importantes valências físicas, a diminuição da força

nos idosos pode leva-los a não conseguirem realizar tarefas básicas diárias. É

extremamente importante que os idosos mantenham a força no processo do

envelhecimento (FLECK e KRAEMER, 1999).

Um dado apresentado por Grassi et al. apud Fleck e Kraemer (1999), fala que o

pico de potência anaeróbica em atletas qualificados de resistência e potência, em

função da idade, diminui linearmente na proporção de 1% ao ano. Pode-se entender

que uma pessoa de 75 anos possui apenas 50 % da potência anaeróbica,

comparada a um jovem de 20 anos.

Durante décadas, o treinamento resistido foi considerado nocivo a saúde e a

integridade física dos idosos, conceito difundido em muitos casos, por falta de

informações técnicas e a ausência de trabalhos científicos sérios correlacionados a

este tema. Neste período um dos pontos que era colocado em maior evidência, era

a perda de massa muscular e perda de força nos idosos, porém a associação deste

fato com o treinamento resistido era realmente pouco estudada.

Quando os primeiros trabalhos foram publicados relacionando o idoso ao

treinamento resistido, podíamos observar a preocupação com a adequação da

intensidade do treinamento, sempre citavam nos primeiros estudos que os idosos

estavam extremamente proibidos de realizar atividades de força de alta intensidade.

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Muitos argumentos foram colocados para que se proibissem os idosos de praticarem

o treinamento resistido, porém não se sabia quase nada sobre as modificações no

organismo do idoso que era submetido ao treinamento resistido, e os efeitos dos

treinamentos de baixa e alta intensidade.

Geralmente os programas de reabilitações para idosos, tem como principal

objetivo melhorar a força muscular. Também melhoram a resistência cardio-

respiratória, a flexibilidade e o equilíbrio, bem como mantém o bem estar físico,

mental e social do idoso, mantendo-o mais independente (NÓBREGA et al.,1999).

É importante para este trabalho que façamos a associação da força muscular

e qualidade de vida do idoso.

Força muscular é a capacidade de exercer tensão muscular contra uma

resistência, e nesta capacidade temos envolvidos fatores fisiológicos e mecânicos,

que determinam á força (BARBANTI, 1979).

Com o envelhecimento as reduções de força e de massa muscular são

significantes, e estas diminuições influem na capacidade funcional dos indivíduos

(ANTONIAZZI, 1999; POLLOCK et al., 1986 e MONTEIRO, 1997).

Inúmeros autores como: Santarém, Pollock, Barbosa e outros, citam a partir

de seus estudos, a importância do treinamento resistido para os idosos, discutindo

amplamente as reduções de força e massa muscular.

Estas reduções podem ser alteradas pelo treinamento resistido, os idosos

apresentam ganhos em força muscular quando submetidos a este tipo de

treinamento (POLLOCK et al., 1998; SANTAREM, 1999).

Tanto em homens como em mulheres, temos respostas positivas associadas

ao treinamento resistido, com relação ao ganho de força muscular (BARBOSA et al.,

2000).

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O aumento de força e hipertrofia muscular estão intimamente ligados com o

treinamento resistido, e este aumento é semelhante em diferentes faixas etárias

(LEIGHTON,1987; CAILLIET, 1974).

Segundo Hurley e Hagberg (1998), tanto o treinamento aeróbico quanto o

treinamento resistido, provocam reduções de gordura em homens e mulheres

idosos, mesmo sem qualquer tipo de restrição calórica.

Atualmente trabalhos científicos concluem que o treinamento

resistido,quando bem planejado, deve ser incluído nos programas de

condicionamento físico para os idosos (MORITANI e DEVRIES, 2000).

A perda de força e de massa muscular é estudada comparando também

levantadores de peso. A partir de um estudo realizado por Fleck e Kraemer (1999),

conclui-se que a pratica do treinamento resistido durante toda a vida pode amenizar

os efeitos da perda de massa muscular, e pode aumentar a capacidade da força

absoluta, porém os declínios ocorrem também em levantadores de peso, e faz sem

dúvida parte do processo de envelhecimento.

O treinamento resistido para idosos, é uma ferramenta para diminuir o

decréscimo de força e de massa muscular associados ao envelhecimento, e este

treinamento resulta também na melhora da qualidade de vida (FLECK e KRAEMER,

1999).

Os estudos sobre aumento de força nos idosos podem ser encontrados há

alguns anos, B.Brown, McCartney e Sale (1990), e Moritani e De Vries (1980) apud

Fleck e Kraemer (1999), demonstraram pioneiramente em seus estudos que ocorre

aumento de força nos idosos, devido as modificações neurais. Este estudo também

mostra-nos que os idosos tem a capacidade de ganho de força preservada, porém

com uma capacidade de hipertrofia reduzida. Outro estudo demonstra no

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treinamento dos idosos, poucas alterações nas variáveis que são modificáveis em

idosos submetidos a treinamentos de baixa intensidade, comparando os resultados

com adultos jovens, este estudo conclui, que o idoso tem uma menor capacidade de

responder a este tipo de treinamento (ANIANSSON e GUSTAFSSON ,1981 apud

FLECK E KRAEMER, 1999).

Alguns estudos relatam que quando utilizadas cargas adequadas, os idosos

demonstram melhorias de força comparáveis ou superiores as dos jovens. Existe um

senso comum que o treinamento resistido pode auxiliar no aumento de força de

todas as faixas etárias (ACSM,1998).

Um estudo muito interessante sobre perda de força, foi realizado por Bassey

e Harries apud Fleck e Kraemer (1999), onde neste estudo foi detectada a perda de

2% de força no aperto de mão a cada ano, em pessoas idosas. Em um período de 4

anos passou a ser de 3% para homens e de aproximadamente 5 % para mulheres.

Além da perda de força observa-se que com o envelhecimento, ocorre a

perda da capacidade de realizar força em menor tempo, este dado refere-se também

a perda de potência. Esta perda de potência tem um reflexo direto e negativo na

realização das atividades básicas diárias já citadas no trabalho.

Alguns autores consideram que o estudo da potência chega a ser mais

importante do que propriamente o estudo da força, correlacionando estas valências

aos idosos.

Bassey et al. apud Fleck e Kraemer (1999), nos mostram que a velocidade de

levantar-se da cadeira, esta diretamente relacionada com a potência dos extensores

de perna, esta potência esta intimamente ligada também á velocidade e potência de

subir escadas e velocidade das caminhadas. Este estudo demonstra que a relação

entre potência e capacidade funcional, foi maior em mulheres do que nos homens.

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Porém para ambos os sexos o estudo afirma a importância da potência para o

desempenho nas atividades diárias, sendo que quanto menor for a potência, menor

o desempenho nestas atividades.

Com o envelhecimento a potência diminui mais do que a força máxima.

Segundo Young e Skelton apud Fleck e Kraemer (1999), a potência dos membros

inferiores diminui 3,5 % por ano, a partir dos 65 anos até os 84 anos.

É fato que o treinamento resistido aumenta a força dos indivíduos, devido ao

aumento da massa muscular, isto consequentemente tem evitado quedas nos

idosos. Segundo Fiatarone apud Work (1991), 40 % dos indivíduos com mais de 65

anos caem pelo menos 1 vez por ano, sendo que nestes acidentes podem ocorrer

lesões e fraturas que reduzem a mobilidade articular. Fiatarone, também conseguiu

mostrar a partir de um estudo feito com idosos, o aumento relativo de força e de

hipertrofia, onde neste estudo foi aplicado um treinamento de alta intensidade

durante 8 semanas.

Vários acidentes são comumente associados aos idosos, porém os acidentes

de maior incidência são as quedas. Apesar destes acidentes, serem comuns em

todas as faixas etárias, é nos idosos que os índices mostram a maior freqüência

mostrando que a prevenção se faz necessária. (ESTEFANI, 2007).

Entre os fatores intrínsecos responsáveis pelas quedas nos idosos, podemos

citar o declínio do sistema músculo esquelético e o sedentarismo (SIQUEIRA, 2008).

Observando todos estes estudos, é da fácil entendimento que o idoso deve

ter como principal objetivo melhorar sua força e a sua potência muscular, tentando

para isto também diminuir esta perda de massa muscular. O treinamento resistido

pode sem dúvida ser utilizado como uma ferramenta para evitar estes efeitos

deletérios a saúde do idoso.

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Segundo Powers e Howley (2000), relacionando os programas de

treinamentos físicos aos quais os idosos são submetidos com o treinamento dos

jovens, estes são similares. Mas os esforços necessários para que os idosos

observem os resultados podem ser inferiores aos dos jovens.

2.2 MASSA MUSCULAR E O ENVELHECIMENTO

Inúmeras alterações fisiologias ocorrem no processo do envelhecimento, uma

destas é a perda de massa muscular esquelética. Esta perda esta diretamente

associada ao decréscimo das funções motoras.

Segundo Frontera et al (1991), os picos de força e de massa muscular

ocorrem entre os 20 e 30 anos, e estes níveis decaem gradativamente de acordo

com o envelhecimento. Conforme envelhecemos observa-se uma tendência a perda

de massa muscular, estudos afirmam que esta perda independe da localização da

musculatura, seja em membros superiores ou membros inferiores e também

independe da função muscular, seja flexão ou extensão.

Esta perda de massa muscular é uma das causas de incapacidade nos

idosos, levando-os até mesmo a quedas e fraturas severas. Este fator esta muitas

vezes associado há hábitos de vida inadequados, sendo os dois principais: o

tabagismo e a alimentação inadequada (ARAÚJO, 2003).

Alguns autores sugerem que a redução da massa muscular nos idosos é o

principal fator para redução de força. Esta diminuição é chamada de sarcopenia

colocado por Evans e Campbell apud Fleck e Kraemer (1999). A palavra sarcopenia

vem do grego, onde sarkos significa carne e penia significa pobreza, e esta palavra

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foi adotada para caracterizar esta síndrome (EVANS e CAMPBELL apud

FRONTERA, et al., 2001).

O primeiro a utilizar o termo sarcopenia para descrever a perda muscular

esquelética, foi Rosenberg. Por esta redução também fazer parte do processo do

envelhecimento, alguns autores só a definem como doença se ela estiver

intimamente associada a algum tipo de limitação funcional (ROSENBERG,1989).

Muitos especialistas afirmam que a ciência não pode prolongar o limite da

vida natural do homem, porém a ciência busca respostas para que as pessoas

tenham mais qualidade de vida e mantenham-se mais ativas por mais tempo, pois a

velhice não é determinada pela idade cronológica, mas sim pela diminuição da

capacidade de atuar com independência (GUYTON,1989) (SILVA,1983) .

Dois estudos determinam a relação entre gordura e os músculos, em homens

e mulheres. Um destes estudos verificou que os músculos de homens e mulheres

mais velhas tinham significantemente mais gordura e mais tecido conjuntivo do que

tecidos de jovens adultos, e que estes músculos eram de 25% a 35% menores

(LEXELL et al. apud FRONTERA et al., 2001). Em um outro estudo verificou-se que

não diminuiu apenas a área transversa, mas também ocorreu um aumento na

gordura intramuscular, e estas mudanças se mostraram mais significativas nas

mulheres (INAMURA et al. apud FLECK e KRAEMER,1999).

Janssen et al (2004), estudaram a partir de ressonâncias magnéticas, a massa

muscular esquelética total de 268 homens e 200 mulheres, todos com idade entre 18

e 88 anos, eles observaram que apesar dos homens possuírem uma maior massa

muscular, com o passar dos anos eles também possuem uma maior perda.

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Estima-se que a partir dos 40 anos ocorra perda de cerca de 5% de massa

muscular a cada dez anos, com a aceleração do processo após os 65 anos. Esta

perda ocorre principalmente em membros inferiores (JANSSEN et al, 2000).

A sarcopenia envolve o declínio em vários sistemas fisiológicos, e em

especifico no sistema músculo esquelético (ORSATTI, 2006).

Alguns estudos feitos em cadáveres com diversos métodos radiológicos como

ultrassonografia, ressonância magnética e tomografia computadorizada, comprovam

que com a idade ocorre a redução de 40% da área seccional transversa de vários

grupos musculares, sendo eles:quadríceps, bíceps e tríceps braquial. (DOHERTY TJ

e BROWN WF,1993).

Outros estudos demonstram que a sarcopenia tem prevalência em 22,6% em

mulheres e 26,8% em homens, até os 65 anos de idade. Após os 80 anos de idade

estes números vão para 31,0% em mulheres e 52,9% em homens (LANUZZI;

SUCICH apud MAIOR, 2004).

Atualmente a densitometria óssea de corpo total para a avaliação da

composição corporal – massa óssea, massa magra e massa adiposa total, é o meio

mais utilizado para o diagnóstico da sarcopenia. Esta técnica é utilizada pela sua

praticidade, pois permite a aquisição de medidas objetivas em um curto tempo de

exame, com duração de vinte a trinta minutos. O custo deste exame é relativamente

baixo se comparado a outros exames.

O sedentarismo é uma das causas da sarcopenia. As aptidões físicas sofrem

um declínio com o envelhecimento e este fator leva o idoso ao sedentarismo. Nosso

sistema de saúde tem gastos significantes com o tratamento de idosos sedentários,

no Brasil os níveis de sedentarismo entre os idosos são elevados (SIQUEIRA,

2008).

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Com o sedentarismo o idoso por se limitar, passa a acelerar o processo de

perda de fibras musculares, pela diminuição dos estímulos cerebrais aos grandes

grupos de músculos (ALVES; MAIOR, 2004).

A diminuição de massa muscular afeta diretamente o metabolismo basal nos

idosos, esta diminuição pode ser responsável por mais ou menos 30% dos declínios

do VO2 máx (FRONTERA et al., 2001).

Segundo um estudo realizado no Novo México, a prevalência de sarcopenia

variou de 13 a 24% em pessoas de 65 a 70 anos, e foi maior do que 50 % em

indivíduos com mais de 80 anos, principalmente em homens (BAUMGARTNER,

1998).

No processo de envelhecimento a diminuição de massa muscular esta

associada a um declínio das atividades anabólicas em detrimento das catabolicas,

devido a diminuição da produção de hormônios sexuais. Um dos fatores negativos é

a diminuição de 15 % do metabolismo basal dos idosos, sendo que o tecido

muscular necessita de grande quantidade de energia para a manutenção de suas

funções (SILVA et al.,2006).

Nos estudos de Gallagher et al. (1997), foram avaliadas 284 mulheres e

homens de 20 a 90 anos e verificaram maior massa muscular no sexo masculino,

bem como o declínio de massa muscular com a idade.

Estudos nos mostram a ação do hormônio do crescimento (GH), e as suas

influências no organismo.

O declínio das atividades anabólicas pode também ser observado quando

associamos a produção de outros hormônios. O hormônio do crescimento o GH, é

um hormônio hipofisário que é produzido em grande quantidade desde o

nascimento, e atinge o seu pico de produção na puberdade. Ele possui várias

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funções e uma delas é promover a utilização de gordura como fonte energética,

além de ser um potencial anabólico protéico, com função de aumentar a massa

magra (GUYTON e HALL, 2006).

Alguns estudos sugerem que esta diminuição na produção de GH que ocorre

com o envelhecimento, provoca uma diminuição na síntese protéica da massa

muscular e da massa óssea, que passam a gerar conseqüências sobre os aspectos

cognitivos e emocionais (HUAYLLAS, 2001).

No processo do envelhecimento os homens tem uma grande perda de massa

muscular, esta perda esta diretamente relacionada ao declínio do GH. Apesar de

observarmos este grande declínio nos homens, temos que colocar também a

importância da sarcopenia em mulheres idosas, pois sabemos que elas possuem

uma maior expectativa de vida e grandes prevalências de limitações funcionais

(ROUBENOFF, 2000).

Os estudos das fibras musculares são fundamentais para entendermos o

envelhecimento.

Relacionando as fibras musculares com o envelhecimento temos os seguintes

resultados: as fibras do tipo I, aeróbias e de contração lenta, parecem resistentes à

atrofia associada ao envelhecimento, pelo menos até os 70 anos, enquanto a área

relativa das fibras do tipo II, anaeróbias e de contração rápida, declina de 20 a 50 %

com o passar dos anos (LARSSON et al., 1978).

Em um estudo feito por Charette et al. (1991) apud Fleck e Kraemer (1999),

foram identificadas a partir de biópsias feitas em músculos treinados em força de

alta intensidade, um significativo aumento de fibras do tipo II, e não significativo

aumento, nas fibras do tipo I.

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Quando comparadas à redução de massa muscular, a redução no tamanho

das fibras é modesta, daí postular-se sobre redução simultânea do número de fibras.

A partir de estudos realizados por Lexell et al. (1992), analisando amostras do vasto

lateral de cadáveres, foi descrita a redução de 50 % do número de fibras musculares

na nona década de vida, quando foram comparados aos jovens de 20 anos de

idade.

As fibras musculares estão sendo cada vez mais intimamente estudadas, e

vários estudos relatam as suas reações ao processo do envelhecimento. É nítido

que ocorrem alterações nestas fibras de acordo com o sexo e com a idade. A

importância destes estudos ligados as fibras musculares e a sarcopenia, nos

mostram que devemos encontrar meios para diminuir os efeitos negativos do

envelhecimento, e o treinamento resistido é uma prática que vem nos auxiliar

durante este processo.

Outros estudos citam as unidades motoras. Estudos transversais mostraram

unidades motoras preservadas pelo menos até a sétima década de vida. A partir

dessas idades ocorre declínio dessas unidades, bem como perda de motoneurônios

alfa. Entretanto, não esta definido, como peso dos fatores genéticos, hormonais e da

atividade física pode afetar a extensão ou ritmo desta perda (DOHERTY et al., 1993).

Segundo o relato de um outro estudo que avaliou a massa muscular de um

grupo de homens de 69 anos, que foram submetidos ao treinamento de força, por

um período de 12 a 17 anos, é que a massa muscular deles era significativamente

superior a de corredores e nadadores de mesma idade (FRONTERA et al., 2001).

Esta é a resposta de um estudo de longa duração, colocando a importância do

treinamento resistido no combate da perda de massa muscular, perda de força,

perda de potência e o combate a sarcopenia.

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Cada vez mais surgem estudos sobre a perda de massa muscular, a maioria

destes estudos associa a diminuição do declínio ao treinamento resistido.

O treinamento resistido passa a ser uma grande arma, contra alguns dos

males mais temidos no processo do envelhecimento. É importante entendermos os

benefícios deste tipo de treinamento quando bem aplicado aos idosos.

2.3 COMPOSIÇÃO CORPORAL, ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) E O

ENVELHECIMENTO.

As alterações na composição corporal são nítidas no crescimento dos seres

humanos. Podemos observar em todas as faixas etárias diferenças nas dimensões

corporais.

Estudos nos mostram que com o envelhecimento, ocorrem mudanças

principalmente na massa corporal total, na estatura e em um todo da composição

corporal.

Sabemos da grande influência genética na determinação da estatura, massa

corporal total e na composição corporal, porém a composição corporal em geral

pode ser alterada com os exercícios físicos, dieta e outros fatores.

Segundo Fiatarone (1998), no processo do envelhecimento em virtude da

compressão vertebral, estreitamento dos discos e a cifose, existe uma diminuição na

estatura dos idosos, comparando-os com os jovens.

Uma outra alteração com o envelhecimento é o aumento da massa corporal

total, esta inicia-se geralmente dos 45 aos 50 anos, estabilizando aproximadamente

aos 70 anos, quando começa a diminuir até os 80 anos. Existem alguns fatores que

contribuem para esta alteração no processo do envelhecimento, podemos citar os

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fatores hormonais, nutrição, depressão, alterações na dentição, doenças,

sedentarismo e inúmeros outros fatores (FIATARONE,1998).

As mulheres sofrem também com todos estes fatores, porém este processo

parece ser mais dinâmico, pelas maiores incidências de osteoporose após a

menopausa (FIATARONE,1998).

No processo do envelhecimento a taxa metabólica de repouso diminui em

torno de 10% a cada década, porém somente estas alterações metabólicas não

podem esclarecer o aumento de gordura de acordo com a idade. Dentro de todas as

alterações antropométricas a ocorrência do aumento de gordura nas primeiras

décadas do envelhecimento, e a perda de gordura nas ultimas décadas deste

processo, parecem refletir o padrão mais provável do comportamento da

adiposidade no processo do envelhecimento. Este padrão do aumento de gordura

que é seguido por um decréscimo, são resultados de estudos a partir de medidas

antropométricas que apesar das limitações dos métodos utilizados, este

comportamento pode estar sugerindo substituição da gordura subcutânea pela

gordura visceral, e uma maior sobrevida nos idosos mais magros, sendo estes os de

maiores idades entre eles (GOING et al. ,1995) (FIATARONE, 1998).

Segundo Going et al. (1995) e Fiatarone (1998), parece existir no processo do

envelhecimento uma redistribuição da gordura corporal dos membros para o tronco.

A gordura passa a centralizar-se mais, também foi observado um aumento da

gordura nas regiões superiores do tronco, quando comparadas a regiões inferiores.

Dados parecidos foram encontrados no estudo realizado por Bemben et al.,

(1995), em um estudo transversal onde foi observado em homens de 20 a 79 anos,

que a gordura corporal subcutânea nos membros era muito parecida em todas as

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faixas etárias, porém a gordura do tronco em especial a gordura abdominal

,aumentou de forma significativa de acordo com o avanço da idade.

Existe uma associação direta entre as alterações na composição corporal no

processo do envelhecimento, com o Índice de Massa Corporal.

O índice de massa corporal é uma medida utilizada em todo o mundo para

calcular o peso ideal de uma pessoa. Este método foi desenvolvido pelo polímata

Labert Quételet, no final do século dezenove. O índice de massa corporal é adotado

pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para determinar a obesidade. Ele é

calculado a partir da divisão da massa do individuo pelo quadrado de sua estatura,

sendo a massa em Kg e a estatura em metros. Este índice é comparado a uma

tabela que indica o grau de obesidade do individuo.

Uma das maiores limitações do calculo do índice de massa corporal, é

quando avaliamos pessoas com grandes percentuais de massa magra, pois estes

grandes percentuais podem neste tipo de calculo quando os resultados comparados

a tabela, indicar níveis de obesidade que não são reais. Estas pessoas podem

apresentar índices de massa corporal alto, porém podem não ser obesas.

Todas estas alterações na composição corporal e estatura no processo do

envelhecimento, também alteram o índice de massa corporal dos idosos. Segundo

Spirduso (1995), observando um estudo feito com a população americana, os

homens chegam ao ápice do valor do seu Índice de Massa Corporal entre os 45 e os

49 anos, e com o passar desta idade é observada uma ligeira diminuição no índice.

No caso das mulheres o ápice é atingido entre os 60 e 70 anos, isto nos mostra que

elas aumentam sua massa corporal total em relação a sua estatura, por 20 anos a

mais, depois dos homens terem estabilizados o seu valor.

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Segundo Fiatarone (1998), a importância da utilização do Índice de Massa

corporal no processo do envelhecimento, se dá, pois valores acima da normalidade

entre 26 e 27, estão relacionados com a mortalidade por doenças como diabetes e

doenças cardiovasculares. Já os índices abaixo destes valores estão relacionados

com doenças respiratórias, infecciosas e aumento da mortalidade por câncer. Ele

também coloca que a maior prevalência de osteoartrite do joelho, hipertensão,

diabetes e grandes níveis de dependência funcional, estão relacionados aos idosos

obesos.

Os idosos são acometidos por doenças causadas por alterações ocorridas no

processo do envelhecimento, alterações hormonais e da sua composição corporal.

Porém estas doenças podem ser agravadas e encontradas mais freqüentemente em

idosos obesos, que com o sobrepeso ficam mais expostos a estes males.

Porém Fiatarone (1998), também coloca que o peso abaixo do ideal pode ser

associado a outros problemas, como ao aumento da susceptibilidade de doenças

infecciosas, demora na recuperação de doenças, aparecimento de doenças

crônicas, fratura de quadril e até mesmo a depressão, dentre outras doenças.

O índice de massa corporal passa ser uma ferramenta para detecção de

possíveis alertas relacionados á saúde. Pois leva em consideração a estatura e o

peso do individuo, com ele conseguimos detectar estes 2 estágios citados por

Fiatarone, e ainda o estágio dentro da normalidade.

Segundo Losonczy et. al. (1995), a partir de um estudo feito com mais de 6000

pessoas, com idade acima de 70 anos, eles observaram um maior risco de

mortalidade nas pessoas com o Índice de Massa Corporal maior, quando tinham 50

anos, já nos idosos o maior risco de mortalidade foi observado naqueles com o

menor Índice de Massa Corporal.

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Em um outro estudo realizado por Huang et al., (1997), foram avaliados 3741

homens, com idade entre 71 e 93 anos, com valores altos do índice de massa

corporal, foi observado uma maior prevalência de doenças cardiovasculares.

O acúmulo especifico de gordura corporal, pode ser descrito a partir de

padrões correlacionados ao sexo. Os homens são caracterizados pelo padrão

andróide, pois a sua gordura é estocada primariamente no tronco, costas, abdômen

e tórax, já as mulheres são caracterizadas pelo padrão ginecoide, onde possuem

depósitos de gordura no quadril e nos membros inferiores. No processo de

envelhecimento estes padrões são conservados, mas com diferentes características.

Reafirmando o estudo já apresentado de Bemben et al.,(1995) sobre o processo do

envelhecimento, nos homens a gordura subcutânea diminui na periferia, porém

aumenta no tronco e também entre as vísceras, ou seja, gordura visceral

aumentada. Um dado importante é que 40% do aumento da gordura visceral se da

aproximadamente na quinta década da vida. Nas mulheres a gordura subcutânea

pode permanecer estável até o quadragésimo quinto ano de vida, e o aumento da

gordura corporal total, ocorre pelo aumento da gordura corporal interna e

intramuscular (SPIRDUSO,1995).

Uma das grandes conseqüências do envelhecimento é a perda de massa

mineral óssea. Nos homens ela inicia-se por volta da quinta e da seta década de

vida, a uma taxa de 0,3% a cada ano. Já nas mulheres ocorre dos 45 aos 75 anos,

precocemente a uma taxa de 1% a cada ano. Se observarmos a partir deste estudo

uma mulher saudável por volta dos 70 anos, tem uma diminuição de 20% na

densidade mineral óssea vertebral, e no colo do fêmur e região trocantérica, uma

diminuição de 25 a 40 %. Já os homens nesta mesma idade diminuem a densidade

óssea vertebral em 3%, e a densidade do fêmur de 20 a 30 % (GOING,1995).

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As perdas de massa mineral óssea estão relacionadas com as questões:

genéticas, hormonais, nutricionais e aos níveis de atividade física, porém devem ser

significantemente observadas no processo do envelhecimento.

A composição corporal deve ser observada e controlada para a manutenção

da saúde do idoso, o índice de massa corporal pode ser útil se aplicado nos casos

adequados.

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 TIPO DE PESQUISA

Este estudo se caracteriza como quase-experimental, com o delineamento de

um grupo pré e pós teste (THOMAS e NELSON, 2002).

3.2 DESCRIÇÂO DO UNIVERSO

3.2.1 População

Voluntários do sexo masculino, com idade entre 60 e 75 anos.

3.2.2 Amostra

A amostra foi composta por 24 voluntários do sexo masculino, onde 12 foram

submetidos a prática do treinamento resistido e 12 durante o mesmo período, não

praticaram exercícios físicos.

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3.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este trabalho inicia-se a partir da seleção do grupo de estudo. Foram

selecionados 12 idosos do sexo masculino, com idade igual ou superior a 60 anos,

não praticantes do treinamento resistido, este o grupo denominado experimental. E

para formar o grupo controle, 12 idosos do sexo masculino com a mesma faixa

etária, não praticantes de exercícios físicos.

A proposta deste trabalho foi avaliar a influência do treinamento resistido no

índice de massa corporal dos idosos, e para que isto fosse possível, 12 idosos não

praticantes do treinamento resistido, passaram a freqüentar uma academia de

Curitiba.

Posterior a seleção do grupo de estudo, foi determinado o tempo de

treinamento a que os idosos do grupo experimental seriam submetidos. Foi

determinado que seriam 4 meses de treinamento, totalizando 16 semanas, onde os

idosos praticaram o treinamento resistido nesta academia, 3 vezes por semana,

treinando a cada 48 horas. Todos os idosos voluntários preencheram e assinaram: o

“Termo de consentimento livre e informado para participação em estudo”, em anexo.

Para avaliar a influência do treinamento resistido no índice de massa corporal

dos idosos, foi feito uma avaliação física, antes do inicio dos treinamentos, e após a

conclusão dos 4 meses propostos. Estas mesmas avaliações foram feitas no grupo

de controle.

A avaliação foi composta por 3 dados, a massa corporal, a estatura e o índice

de massa corporal dos idosos. Estas avaliações foram feitas sempre no período da

manhã, com os idosos descalços e com a mesma roupa da avaliação anterior.

Para mensurar a massa corporal foi utilizada uma balança digital modelo FW

Meter da marca G-Tech, com graduação de 100 g. Foi mensurada a estatura com

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um estadiômetro portátil Welmy, com intervalos de 5 mm e tolerância de + ou – 5

mm. O índice de massa corporal foi calculado utilizando a sua fórmula, massa do

individuo dividido pelo quadrado da sua estatura.

O grupo experimental nestas 16 semanas foi submetido a 2 séries de

exercícios.

Durante as primeiras 6 semanas executou a série “A”, ver tabela 1,

executando esta série a cada 48 horas, 3 vezes por semana. E nas outras 10

semanas executou a série B que foi dividida em dois dias distintos de treinamento, o

dia “1” e o dia “2”, ver tabela 2, os idosos executaram alternadamente as séries dos

dias “1” e “2”, a cada 48 horas, 3 vezes por semana . O tempo de intervalo entre as

séries de exercícios, vaiou de 1 minuto e 30 segundos a 2 minutos. Já o intervalo

entre um exercício e outro variou de 2 minutos a 3 minutos. Ocorreu durante todo o

processo de treinamento uma reavaliação gradativa das cargas de trabalho, sendo

utilizada a escala de percepção subjetiva de esforço, baseada nas escalas de 0-10

(BORG, 1982). Em todo o processo de treinamento foram utilizadas cargas em que

o esforço percebido, encontrava-se na escala próximo ao nível 5.

Ordem de execução dos exercícios.

Exercícios. Séries. Repetições.

1 Voador 3 82 Cadeira extensora 3 83 Rosca alternada com halteres realizado em

posição ortostática 2 8

4 Panturrilha no aparelho realizada sentado 3 85 Puxada anterior supinada 3 86 Mesa flexora 3 87 Puxada triceps 2 88 Elevação lateral 2 8

Tabela 1 – Série de exercícios “A”, a que os idosos foram submetidos, nas primeiras 6 semanas.

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Ordem de execução dos exercícios.Dia “1”

Exercícios do Dia “1” Séries. Repetições

1 Voador 3 82 Cadeira adutora 3 83 Rosca alternada com halteres realizada em

posição ortostática3 8

4 Cadeira abdutora 3 85 Supino com barra 3 86 Panturrilha no aparelho realizado sentado 3 87 Bíceps na polia baixa com corda 3 8

Dia 2 Exercícios do Dia “2” Séries. Repetições1 Puxada anterior aberta na polia alta 3 82 Cadeira extensora 3 83 Remada sentada fechada com triângulo 3 84 Mesa flexora 3 85 Puxada tríceps na polia alta 3 86 Elevação lateral 3 87 Flexão de tronco em decúbito dorsal 3 8

Tabela 2 – Série de exercícios “B”, a que os idosos foram submetidos, nas ultimas 10 semanas.

A reavaliação dos idosos do grupo experimental e grupo controle, foi feita 3

dias após o termino das 16 semanas de treinamento.

3.4 ANÁLISE DE DADOS

Os dados foram tratados utilizando o SPSS 18.0, com estatística descritiva

(média e desvio padrão). Para as comparações entre os grupos foi utlizado o teste

de Mann-Whitney e entre os momentos o teste de Wilcoxon. Para todas as análises

foi utlizado p,0,05.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Este trabalho teve a participação de 24 idosos, sendo 12 deles os

participantes do grupo experimental, e 12 os participantes do grupo controle.

Nenhum dos participantes teve sua dieta manipulada neste período. No grupo

experimental a média de idade foi de 65,50 ±3,55 anos, e a média da estatura foi de

1,72 ±0,03 metros. No grupo controle a média da idade foi de 65,66 ±5,08 anos, e a

média da estatura foi de 1,70 ±0,08 metros.

Tendo como objetivo verificar a influência do treinamento resistido no índice

de massa corporal e na massa corporal dos idosos, podemos observar alterações

significativas na massa corporal do grupo experimental, o nível de significância

considerado, foi de p < 0,05. Verificamos as alterações da massa corporal, na tabela

3.

MASSA CORPORAL (Kg)

GRUPO PRÉ PÓS p

Experimental 82,83 ±10,45 Kg 81,14 ±9,51 Kg 0,010

Controle 80,95 ±15,27 Kg 81,27 ±16,19 Kg 0,313

p 0,713 0,977

Tabela 3 – Análise da média da massa corporal e desvio padrão, no grupo experimental e grupo controle, no período pré e pós treinamento resistido.

Quando comparamos no grupo experimental, a avaliação da massa corporal

feita pré aplicação do treinamento resistido, com a avaliação da massa corporal pós

treinamento resistido, observamos alterações significativas, sendo observado uma

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diminuição da média de 82,83 ±10,45 Kg, para 81,14 ±9,51 Kg, onde observamos p

= 0,01, sendo p<0,05.

Segundo Leighton (1987) e Cailliet (1974), o aumento de força e a hipertrofia

muscular, estão correlacionados ao treinamento resistido, e ocorrem em diferentes

faixas etárias.

Fleck e Kraemer (1999), afirmam que o treinamento resistido para idosos é

uma ferramenta para diminuir a perda de força e diminuir a perda de massa

muscular no processo do envelhecimento. Este treinamento esta diretamente

associado a melhora da qualidade de vida.

Inúmeros trabalhos nos mostram que quando estimulamos adequadamente

os idosos com o treinamento resistido, independentemente do sexo, observamos

uma diminuição significativa da perda de força e de massa muscular, observando

pré e pós treinamento resistido, alterações na composição corporal dos idosos,

como também foi observado neste trabalho (TRACY et al. ,1999).

Na comparação do índice de massa corporal (IMC), no período pré e pós

treinamento, também observamos no grupo experimental alterações significativas,

tabela 4.

ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) (Kg/m²)

GRUPO PRÉ PÓS p

Experimental 27,95 ±3,17 Kg/m² 27,38 ±2,82 Kg/m² 0,010

Controle 27,63 ±4,32 Kg/m² 27,73 ±4,64 Kg/m² 0,441

p 0,713 0,887

Tabela 4 – Análise da média do índice de massa corporal (IMC) e desvio padrão, no grupo experimental e grupo controle, no período pré e pós treinamento resistido.

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O nível de significância considerado foi de p < 0,05. E no caso da

comparação do índice de massa corporal, também observamos p = 0,01. Sendo o

IMC no período pré treinamento resistido, 27,95 ±3,17 Kg/m², e de 27,38 ±2,82

Kg/m², no período pós treinamento.

Em um estudo realizado por Benedetti T. R. e Benedetti A. L. (1996), onde

idosos foram submetidos ao treinamento resistido, com um dos objetivos sendo:

avaliar as variações da massa corporal, foi observado o aumento da massa

muscular e também a diminuição dos níveis de colesterol, dentre outros benefícios.

Como a massa corporal é parte integrante da composição do calculo do índice de

massa corporal (IMC), também pode ser observado alterações no IMC.

Da mesma forma este trabalho vem reafirmar que o treinamento resistido

tem influência direta nas alterações da massa corporal e do índice de massa

corporal dos idosos.

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5 CONCLUSÃO

A partir dos resultados obtidos neste trabalho, observamos que o treinamento

resistido promove influências significativas na massa corporal e no índice de massa

corporal dos idosos.

É comprovado, que os exercícios físicos trazem inúmeros benefícios para

todas as faixas etárias, inclusive com melhoras na qualidade de vida.

O treinamento resistido é mais uma valiosa ferramenta para aumentar a gama

de exercícios físicos para os idosos, sendo utilizado para a manutenção da saúde e

de uma composição corporal saudável.

Sugere-se que sejam feitos novos estudos, que envolvam avaliações da

composição corporal dos idosos, no período pré e pós treinamento resistido, para

que sejam avaliados especificamente o aumento ou diminuição da massa muscular,

e o aumento ou diminuição de tecido adiposo, nos idosos submetidos ao

treinamento resistido.

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ANEXOS

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E INFORMADO PARA PARTICIPAÇÃO EM ESTUDO

Este é um convite para você participar voluntariamente do estudo: “A INFLUÊNCIA DO TREINAMENTO RESISTIDO NO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL DOS IDOSOS” .A presente pesquisa será realizada como um trabalho de conclusão de curso,

realizado por Wagner Wilson Bettega, acadêmico do curso de Educação Física da Universidade Tuiuti do Paraná. Por favor, leia com atenção as informações abaixo antes de dar seu consentimento. Qualquer dúvida sobre o estudo ou sobre este documento pergunte ao pesquisador.

OBJETIVO DO ESTUDO

O presente estudo tem como objetivo geral, verificar a influência do treinamento

resistido no índice de massa corporal dos idosos.

PROCEDIMENTOS

A sua contribuição será através da realização de uma avaliação física. Para esse registro será utilizada uma balança e um estadiômetro.

DESPESAS/ RESSARCIMENTO DE DESPESAS DO VOLUNTÁRIO

Todos os sujeitos envolvidos nessa pesquisa serão isentos de custos.

PARTICIPAÇÃO VOLUNTÁRIA

A sua participação neste estudo é voluntária, podendo encerrar-se por sua vontade.É garantido seu anonimato e confidencialidade das informações obtidas.Diante do exposto acima, eu_________________________________________________abaixo assinado, declaro que fui esclarecido sobre os objetivos, procedimentos e benefícios do presente estudo. Concedo meu acordo de participação de livre e espontânea vontade. Declaro também não possuir nenhum grau de dependência profissional ou educacional com os pesquisadores envolvidos no projeto, não me sentindo pressionado de nenhum modo a participar. Ciente de que os resultados serão tornados públicos em pesquisa científica nesta instituição.

Curitiba, de de 2010 .

________________________________ ___________________________________

(.....................................................................) (.....................................................................)

RG RG

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OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

Em todo o trabalho pelos inúmeros erros na literatura, foram citados alguns termos e unidades erroneamente, respeitando fidedignamente as referências acima colocadas. Porém a ciência esta interligada em todas as áreas e devemos colocar o que seria cientificamente correto. A seguir as correções.

1. As balanças aferem peso e não massa corporal, na balança a unidade deveria ser Kgf e não Kg, pois Kg é uma unidade de massa. Peso é expresso no sistema CGS: dina (dyn), no sistema MKS (SI) N e no sistema MKfS quilograma força (Kgf).

2. Para o calculo do IMC, encontramos uma miscelânea de formulas, em diversos artigos científicos. Em alguns artigos a formula fala que o IMC é igual a massa corporal sobre o quadrado da estatura, já em outros o peso sobre o quadrado da estatura. Se utilizarmos a massa sobre o quadrado da estatura, deveríamos aferir o peso em Kgf na balança e convertê-lo para N, e procurar calcular a massa a partir do peso e da aceleração da gravidade, na sua formula P= m x g. Porém quando encontramos a formula sendo IMC é igual ao peso sobre o quadrado da estatura, devemos aferir na balança o peso que esta em Kgf, posterior a isto calcular o IMC, porém neste caso o IMC nos daria uma resposta em Kgf/m2, e deveria ter seu nome alterado para IPC (Índice de Peso Corporal).

Quando subíamos em uma balança sofremos a ação da gravidade, por isto aferimos o peso, pois temos a ação da gravidade.

Relembrando P= m x g

É muito simples resolver este problema, balanças aferem peso em Kgf e não a massa.

A massa é uma grandeza escalar e é invariável, enquanto o peso é uma grandeza vetorial que depende da aceleração da gravidade. Assim sendo, como a aceleração da gravidade varia de acordo com a altitude, o peso também varia face a formulação já mencionada acima, isto é, F = m x g.

Para auxiliar nos cálculos:Em Curitiba a aceleração da gravidade é de 9,78 m/s², a aceleração da gravidade varia de acordo com a altitude.

E para converter Kgf para N1 kgf = 9,80665 N

REFERÊNCIAS:

2ª. Lei de ISAAC NEWTON

GONÇALVES, Dalton. Física. Ao livro técnico S.A. Rio de Janeiro. Edição (6). pg.48.