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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ- UTP ESPECIALIZAÇÃO EM AUDIOLOGIA AMANDA BLUM BESTEN CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL AUDIOLÓGICO E SOCIODEMOGRAFICO DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM SERVIÇO DE ALTA COMPLEXIDADE NO SUL DO PAÍS CURITIBA/PR 2014

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ- UTP ESPECIALIZAÇÃO EM AUDIOLOGIA

AMANDA BLUM BESTEN

CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL AUDIOLÓGICO E SOCIODEMOGRAFICO DE

PACIENTES ATENDIDOS EM UM SERVIÇO DE ALTA COMPLEXIDADE NO SUL

DO PAÍS

CURITIBA/PR

2014

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AMANDA BLUM BESTEN

CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL AUDIOLÓGICO E SOCIODEMOGRAFICO DE

PACIENTES ATENDIDOS EM UM SERVIÇO DE ALTA COMPLEXIDADE NO SUL

DO PAÍS

CURITIBA/PR

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Audiologia da Universidade Tuiuti do Paraná-UTP, como requisito para obtenção do título de Especialista em Audiologia. Profª: Drª Adriana Lacerda

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2015

RESUMO

Objetivo Geral: Caracterizar o perfil audiológico e sociodemografico da população atendida no Setor de Audiologia da Clinica Escola da Universidade Tuiuti do Paraná. Material e Métodos: Tratou-se de uma pesquisa de corte transversal com caráter descritivo quantitativo. A coleta de dados foi realizada através da análise do prontuário dos pacientes já atendidos na Clínica Escola da UTP. Resultados: Foram analisados 443 prontuários, prevalência do sexo feminino (231). A cidade que mais realizou encaminhamento foi Curitiba (67,04%), e o Otorrinolaringologista (47,85%) foi o profissional que mais realizou encaminhamentos para avaliação auditiva. Dentre as queixas auditivas, 96,72%, referiam o zumbido (44,24%) foi o principal antecedente clínico. A hipoacusia (30,92%) foi à principal queixa. Quanto aos achados auditivos em relação à faixa etária, o tipo de perda de maior ocorrência foi à mista na Orelha Direita e Neurossensorial na Esquerda na faixa etária acima de 61 anos. O grau de perda mais presente foi o profundo e configuração do tipo rampa bilateral. A curva timpanométrica que prevaleceu foi a tipo B em ambas as orelhas na faixa etária de 0 a 7 anos. Nos reflexos acústicos só houve diferença significativa para OE em 500 kHz (p=0,0218). Em relação ao sexo, a comparação dos limiares auditivos apresentou diferença significativa, sendo pior no sexo feminino. Na orelha Direita o tipo de perda que prevaleceu no sexo feminino foi a do tipo Condutiva e Neurossensorial, e no masculino foi a do tipo Mista. Na Orelha Esquerda, no sexo feminino foi a do tipo Condutiva e Mista. O grau da Perda com maior prevalência no sexo feminino foi o grau Moderada/Severa e Profunda e no sexo masculino foi o grau Leve. A configuração audiométrica que sobressaiu no sexo feminino foi à curva em U e no Masculino em Rampa. A curva timpanométrica do sexo feminino foi a Ad e do masculino a tipo C bilateralmente. Houve diferença significativa somente no reflexo acústico contralateral na Orelha Direita em 2 kHz (p=0,0142). Conclusão: Pode-se concluir sobre o perfil audiológico dos usuários, que os achados audiológicos apresentam características específicas, com diferenças significativas, de acordo com a faixa etária e gênero, o que poderá fornecer contribuições para a organização do serviço, visando a promoção de saúde da população Curitibana e da Região Metropolitana.

Palavras - Chave: Percepção auditiva, habilidades auditivas, audição

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................... 5

2. JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 6

3. OBJETIVOS ...................................................................................................... 7

3.1GERAL................................................................................................... 7

3.2ESPECÍFICOS........................................................................................ 7

4. MÉTODO............................................................................................................ 7

4.1 ASPECTOS ÉTICOS............................................................................ 7

4.2 TIPO DE PESQUISA............................................................................. 7

4.3.PROCEDIMENTO................................................................................. 8

4.4. RESULTADOS AUDIOLÓGICOS .......................................................

4.4.1 AUDIOMETRIA TONAL LIMIAR .......................................................

4.4.2 TIPO E CONFIGURAÇÃO AUDIOMETRICA ..................................

8

8

10

4.5 ANÁSILE ESTATÍSITCA ..................................................................... 12

5. RESULTADOS.................................................................................................. 13

5.1. RESULTADOS AUDIOLÓGICOS DE ACORDO COM AS IDADES....... 25

5.2 RESULTADOS AUDIOLÓGICOS DE ACORDO COM O GÊNERO....... 34

6. DISCUSSÃO ....................................................................................................... 42

7. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 50

REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 52

ANEXO 1............................................................................................................... 56

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1. INTRODUÇÃO

A comunicação é um fator indispensável para os seres humanos, pois é por

meio desta que conseguimos nos expressar. Existem diferentes formas de

comunicação, e a mais utilizada é a linguagem oral. Para obter a linguagem oral o

indivíduo precisa ouvir o que está sendo pronunciado, processar a mensagem e por fim

elaborar a sua fala, sendo os primeiros anos de vida, considerados os mais importantes

nesse processo e a audição é um fator propulsor e facilitador da comunicação e do

aprendizado durante toda a vida do indivíduo, da criança até o idoso. (SIH, 1998).

Para ouvir os sons e compreendê-los corretamente precisamos da integridade

do sistema periférico (orelhas externa, média e interna), das vias auditivas do sistema

nervoso e das partes cerebrais envolvidas.

A deficiência auditiva é um dos principais distúrbios que podem prejudicar o

desenvolvimento da linguagem, caracterizada pela perda parcial ou total da capacidade

de ouvir.

Existem diversas etiologias que causam deficiência auditiva, como por exemplo:

ototoxidade, exposição a ruído intenso, doenças metabólicas, fatores de risco

relacionamos a nascimentos e até o envelhecimento humano. (Jerger e Jerger, 1998)

Os profissionais da área da saúde têm se voltado ao levantamento de

indicadores epidemiológicos, pois estes estudos contribuem para realizar ações

promotoras da saúde para a população. Os fonoaudiólogos priorizam a saúde auditiva

de crianças e jovens, para conhecer os indicadores da perda auditiva e desenvolver

ações tanto de promoção como a prevenção, a detecção e o diagnóstico precoce da

deficiência auditiva. Assim, desta maneira minimizará ao máximo os efeitos causados

no seu desenvolvimento.

No estudo de Pupo, Balieiro e Figueiredo (2008), realizou-se análise de 162

prontuários de crianças e jovens com deficiência auditiva, no período de 1999 a 2002

em um Serviço de Audiologia Educacional em São Paulo, no qual os autores

concluíram que há um longo tempo entre a suspeita da deficiência auditiva até a

confirmação do diagnóstico e o inicio da intervenção fonoaudiológica.

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Guida e Diniz (2008) traçaram o perfil audiológico de crianças atendidas em um

Centro de Estudos da Educação e Saúde, no qual foram analisados 150 prontuários,

na faixa etária de 5 a 10 anos. Em 96,5% dos casos alterados, houve presença de

componente misto ou condutivo. Os autores concluíram que os profissionais que atuam

diretamente com crianças, devem ser orientados quanto aos aspectos preventivos

sobre a audição, com o objetivo de detectar precocemente perdas unilaterais e/ou

mínimas, que muitas vezes passam despercebidas, mas, que interferem no

desenvolvimento da fala e linguagem.

Guerra e cols. (2010) realizaram o levantamento do perfil audiológico de idosos

em uma clínica escola de Belo Horizonte, no período de abril de 2004 a agosto de

2007. A perda auditiva neurossensorial de grau moderado foi a que mais teve

prevalência. Segundo os autores, os resultados mostraram como a qualidade de vida

destes idosos pode estar sendo prejudicada devido a problemas de comunicação

decorrentes aos problemas auditivos. Desta maneira, este fato permite pensar em

novos procedimentos e orientações fonoaudiológica para esta população, melhorando

a qualidade de vida dos idosos.

.

2. JUSTIFICATIVA

A Clínica Escola da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), campus Barigui, está

em funcionamento desde 2008 e tem por objetivo desenvolver o ensino através da

prestação de serviços a comunidade de Curitiba e região. Atua em todas as

especialidades da Fonoaudiologia, incluindo a Audiologia.

O setor de Audiologia conta com mais de 140 atendimentos semanais, que

correspondem: à avaliação otorrinolaringológica, audiológica, teste para protetização e

acompanhamentos de pacientes protetizados. No que diz respeito aos exames em

Audiologia básica, são realizados pelos estagiários mediante supervisão, em média 48

procedimentos por semana, que corresponde a audiometria e imitanciometria.

Conhecer o perfil audiológico dos usuários pode fornecer contribuições para a

organização do serviço, visando à promoção de saúde para a população Curitibana e

da Região Metropolitana.

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3. OBJETIVOS

3.1. Objetivo geral:

Caracterizar o perfil audiológico da população atendida no setor de audiologia da

Clinica Escola da Universidade Tuiuti do Paraná.

3.2. Objetivos específicos

Analisar o perfil sóciodemográfico, de saúde geral e auditiva

Analisar os resultados audiométricos quanto ao tipo, grau e configuração de

perda auditiva em função da faixa etária e sexo.

Analisar os resultados timpanométricos quanto ao tipo de curva e reflexo

acústico ipsi e contralateral em função da faixa etária e sexo.

4. MÉTODO

4.1. Aspectos éticos

O projeto desta pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

Sociedade Evangélica Beneficente de Curitiba- PR via Plataforma Brasil, sob o número

1.180.334. (Anexo 1) Todos os princípios éticos foram adotados conforme

recomendável do Conselho Nacional em Saúde- CNS, sob registro 466;12 da CONEP.

4.2. Tipo de pesquisa

Tratou-se de uma pesquisa de corte transversal com caráter descritivo

quantitativo.

O estudo foi desenvolvido na Clínica Escola da Universidade Tuiuti do Paraná

(UTP). A amostra foi constituída por indivíduos encaminhados ao serviço de Avaliação

Audiológica pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com idades acima de três anos, no

período de janeiro de 2014 a Abril 2015. A coleta de dados foi realizada pela análise do

prontuário dos pacientes já atendidos na Clínica Escola da UTP.

Todos os pacientes passaram pelos seguintes procedimentos prévios:

anamnese, meatoscopia e avaliação audiológica básica (audiometria e

imitanciometria).

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4.3. Procedimentos

Foi realizado o levantamento dos dados registrados pela analise de prontuário

dos pacientes, na qual foram coletados os dados: idade, gênero, endereço residencial

e todos os resultados das avaliações audiométricas e imitanciométricas.

As avaliações auditivas foram realizadas utilizando-se os Audiômetros MA 41,

Itera e AD 27, com fone de ouvidos TDH39, em cabina acústica. Para classificação do

tipo, grau e configuração da perda auditiva foram utilizados os critérios, propostos pelos

Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia (2013).

4.4 Resultados Audiológicos

4.4.1 Audiometria Tonal Limiar

Para obtenção dos resultados da audiometria tonal, foram levados em

consideração quatro aspectos: tipo da perda auditiva, grau da perda auditiva,

configuração audiométrica e lateralidade.

4.4.1.1- Quanto ao tipo de perda auditiva

O tipo de perda auditiva está relacionado com a localização das estruturas

lesadas no aparelho auditivo. Para a classificação do tipo de perda levou-se em

consideração a comparação dos limiares entre a via aérea e via óssea de cada orelha,

cuja a Classificação adotada foi proposta por Silman e Silverman (1997) e CFFa

(2013).

Perda Auditiva Condutiva: Limiares de via óssea menores ou iguais a 15 dBNA e

limiares de via aérea maiores do que 25 dBNA, com gap aéreo-ósseo maior ou

igual a 15 dBNA.

Perda Auditiva Neurossensorial ou Sensório neural: Limiares de via óssea

maiores do que 15 dBNA e limiares de via aérea maiores do que 25 dBNA, com

gap aéreo-ósseo de até 10 dBNA.

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Perda Auditiva Mista: Limiares de via óssea maiores do que 15 dBNA e limiares

de via aérea maiores do que 25 dBNA, com gap aéreo-ósseo maior ou igual a

15dB.

4.4.1.2- Quanto ao grau da perda auditiva

O grau da perda está relacionado com a capacidade de ouvir a fala. Para a

classificação, considerou-se a média dos limiares entre 500, 1.000 e 2.000 Hz. A

classificação mais conhecida é a de Loyd e Kaplan (1978 conforme recomendado pelo

CFFa (2013):

≤ 25 dBNA Audição normal: Nenhuma dificuldade significativa

26 - 40 dBNA Perda auditiva de grau leve: Dificuldade com fala fraca ou distante

41 - 55 dBNA Perda auditiva de grau moderado: Dificuldade com fala em nível

de conversação

56 - 70 dBNA Perda auditiva de grau moderadamente severo: A fala deve ser

forte; dificuldade para conversação em grupo.

71 - 90 dBNA Perda auditiva de grau severo: Dificuldade com fala intensa;

entende somente fala gritada ou amplificada.

≥ 91 dB NA Perda auditiva de grau profundo: Pode não entender nem a fala

amplificada. Depende da leitura labial.

Os resultados audiológicos das crianças de até 12 anos foram considerados

segundo Northern e Downs (1984), CFFa (2013), descrita a seguir:

≤ 15 dBNA Audição normal: Todos os sons da fala.

16 - 25 dBNA Perda auditiva discreta ou mínima: As vogais são ouvidas

claramente. Pode apresentar discreta dificuldade com as consoantes surdas.

26 - 40 dBNA Perda auditiva de grau leve: Ouve somente alguns dos sons da

fala; os fonemas sonoros mais fortes.

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41 - 65 dBNA Perda auditiva de grau moderado: Perde a maior parte dos sons

da fala em um nível de conversação normal.

66 - 95 dBNA Perda auditiva de grau severo: Não ouve os sons da fala de uma

conversação normal.

≥ 96 dBNA Perda auditiva de grau profundo: Não ouve a fala ou outros sons.

4.4.1.3- Quanto à configuração audiométrica

Para a classificação da configuração audiométrica levou-se em consideração o

desenho dos limiares de via aérea para cada orelha. Segue a seguir a classificação de

Silman e Silverman (1997) – adaptada de Carhart (1945) e Lloyd e Kaplan

(1978),seguido pelo CFFa (2013)

4.4.2 Tipo de Configuração Características

Configuração ascendente: Melhora igual ou maior do que 5 dB por oitava

em direção às frequências altas.

Configuração horizontal: Limiares alternando melhora ou piora de 5 dB

por oitava em todas as frequências.

Configuração descendente: Leve Piora entre 5 a 10 dB por oitava em

direção às frequências altas.

Configuração descendente: acentuada Piora entre 15 a 20 dB por oitava

em direção às frequências altas.

Configuração descente em rampa: Curva horizontal ou descendente leve

com piora ≥ 25 dB por oitava em direção às frequências altas.

Configuração em U: Limiares das frequências extremas melhores do que

as frequências médias com diferença ≥ 20 dB.

Configuração em U invertido: Limiares das frequências extremas piores

do que as frequências médias com diferença ≥ 20 dB.

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Configuração em entalhe: Curva horizontal com descendência acentuada

em uma frequência isolada, com recuperação na frequência

imediatamente subsequente.

4.4.1.4.- Medidas de Imitância Acústica

As avaliações timpanométricas foram realizadas utilizando-se o equipamento

AT22 e Otoflex. Esses testes avaliam, segundo Carvallo (2003), as condições da orelha

média, contribuindo para o topodiagnóstico audiológico. Para classificação das curvas

timpanométricas foi utilizado o critério proposto CFFA (2013):

Tipo A: Mobilidade normal do sistema tímpano-ossicular.

Tipo Ad: Hiper-mobilidade do sistema tímpano-ossicular.

Tipo Ar: Baixa-mobilidade do sistema tímpano-ossicular.

Tipo B: Ausência de mobilidade do sistema tímpano-ossicular.

Tipo C: Pressão de ar da orelha média desviada para pressão negativa.

Para os resultados dos reflexos acústicos do músculo estapédio na condição via

aferente contralateral, utilizou-se a classificação baseada em Gelfand (1984) e Jerger e

Jerger (1989),seguindo pelo CFFa (2013) conforme quadro 1.

Presente

Presentes em níveis normais Reflexo desencadeado entre 70 e

100 dB acima do limiar da via

área.

Presente e diminuído Diferença menor ou igual a 65 dB

entre o limiar de via área e o

reflexo estapediano contralateral.

Presente aumentado Diferença maior do que 100 dB

entre o limiar de via área e o

reflexo

Ausente Reflexo não desencadeado até a saída máxima do equipamento

Quadro 1, classificação do reflexo acústico estapediano contralateral (Gelfand,1984 e Jerger e Jerger,

1989)

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4.5 Análises Estatísticas

Os resultados foram descritos e tabulados para análise estatística descritiva e

inferencial. Foram usados os testes estatísticoa ANOVA, test T de Student e método de

Tukey, considerados como resultados estatisticamente significantes ao nível de

significância de 0,05.

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5. RESULTADOS

5.1 Resultados anamnese

A Tabela 1 apresenta o Perfil da amostra segundo a idade e sexo. ( N=443).

IDADE (ANOS) SEXO TOTAL

Feminino

N

Masculino

n

Até 7 anos 45 93 138

8 a 17 anos 35 34 69

18 a 39 anos 33 16 49

40 a 60 anos 59 37 96

61 anos ou mais 59 32 91

TOTAL 231 212 443

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A Tabela 2 apresenta a Distribuição da amostra segundo a cidade de origem.

(N=443).

Cidade N %

Antonio Olinto 4 0,90

Balsa Nova 6 1,35

Campo Largo 26 5,86

Campo Magro 9 2,03

Colombo 2 0,45

Contenda 4 0,90

Curitiba 297 67, 04

Curiuva 1 0,22

Campo do Tenente 2 0,45

Fazenda Rio Grande 17 3,83

Guaratuba 1 0,22

Itaperucu 1 0,22

João Santo Miola 1 0,22

Morretes 1 0,22

Mandirituba 4 0,90

Novo Mundo 1 0,22

Ortigueira 1 0,22

Pien 1 0,22

Pinhais 46 10,38

Pontal do Paraná 2 0,45

Rio Branco do Sul 2 0,45

Rio Negro 2 0,45

São José dos Pinhais 5 1,12

Tijucas do Sul 6 1,35

Total 443 100

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A Tabela 3 demonstra o Perfil da amostra segundo a origem dos

encaminhamentos.

Profissional TOTAL %

Cardiologista 1 0,22

Clínicogeral 36 8,12

Demandaprópria 1 0,22

Escola 24 5,41

Fonoaudiólogo 22 4,96

Médico 2 0,45

Neurologista 21 4,74

Otorrinolaringologista 212 47,85

Otorrino e Fono 2 0,45

Pediatra 15 3,38

SUS 56 12,64

Sem resposta 51 11,51

TOTAL 443 100

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A Tabela 4 mostra a distribuição da amostra segundo o motivo do

encaminhamento.

Motivo do encaminhamento N %

Dificuldade Escolar e problemas na fala 68 15,34

Sintomas Vestibulares 27 6,09

Sintomas Auditivos 207 46,72

Problemas nas vias áreas superiores 2 0,45

Sem queixa 6 1,35

Não responderão 131 29,57

Total 443 100

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A Tabela 5 demonstra Distribuição da amostra segundo os antecedentes

familiares (N=443).

RESPOSTAS TOTAL %

Antecedentes familiares

Sim 197 44,46

Não 239 53,95

Sem resposta 7 1,58

Consanguinidade entre pais

Sim 12 2,70

Não 424 95,71

Sem resposta 7 1,58

Deficiência auditiva

Sim 78 17,60

Não 358 80,81

Sem resposta 7 1,58

Diabetes

Sim 95 21,44

Não 341 76,97

Sem resposta 7 1,58

Hipertensão

Sim 114 25,73

Não 322 72,68

Sem resposta 7 1,58

Outros

Sim - 0

Não 434 97,96

Sem resposta 9 2,03

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A Tabela 6 mostra a distribuição da amostra segundo os antecedentes pessoais.

(N=443).

RESPOSTAS N %

Antecedentes pessoais

Sim 282 63,65

Não 154 34,76

Sem resposta 7 1,58

Explosões

Sim 30 6,77

Não 406 91,64

Sem resposta 7 1,58

Uso de moto

Sim 78 17,60

Não 358 80,81

Sem resposta 7 1,58

Exposição ao ruído no lazer

Sim 82 18,51

Não 354 79,90

Sem resposta 7 1,58

MP4 – volume levado

Sim 61 13,76

Não 375 84,65

Sem resposta 7 1,58

Uso de arma de fogo

Sim 13 2,93

Não 423 95,48

Sem resposta 9 2,03

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A tabela 7 demonstra distribuição da amostra segundo os antecedentes

auditivos

RESPOSTAS N %

Antecedentes auditivos

Sim 363 81,94

Não 74 16,70

Sem resposta 7 1,58

Otalgia

Sim 170 38,37

Não 267 60,27

Sem resposta 6 1,35

Otorréia

Sim 102 23,02

Não 335 75,62

Sem resposta 6 1,35

Zumbido

Sim 196 44,24

Não 241 54,40

Sem resposta 6 1,35

Cirurgia

Sim 8 1,08

Não 91 20,54

Sem resposta 7 1,58

Tontura

Sim 133 30,02

Não 303 68,39

Sem resposta 7 1,58

Recrutamento

Sim 48 10,83

Não 437 98,64

Sem resposta 6 1,35

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A tabela 8 aponta a distribuição da amostra sobre doenças e hábitos

RESPOSTAS N %

Doenças

Sim 316 71,33

Não 120 27,08

Sem resposta 7 1,58

Rinite

Sim 150 33,86

Não 287 64,78

Sem resposta 6 1,35

Pneumonia

Sim 40 9,02

Não 397 89,61

Sem resposta 6 1,35

Zumbido

Sim 196 44,24

Não 241 54,40

Sem resposta 6 1,35

Sarampo

Sim 116 26,18

Não 91 20,54

Sem resposta 6 1,35

Sinusite

Sim 74 16,70

Não 363 81,94

Sem resposta 6 1,35

Meningite

Sim 5 1,12

Não 432 97,51

Sem resposta 6 1,35

Tuberculose

Sim 3 0,67

Não 434 97,96

Sem resposta 6 1,35

Bronquite

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21

Sim 37 8,35

Não 399 90,06

Semreposta 7 1,58

Caxumba

Sim 100 22,57

Não 335 75,62

Sem resposta 8 1,80

Hipertensão arterial

Sim 93 20,99

Não 344 77,65

Sem resposta 6 1,35

Diabetes

Sim 36 8,12

Não 399 90,06

Sem resposta 8 1,80

Colesterolelevado

Sim 66 14,89

Não 370 83,52

Sem resposta 7 1,58

Alteraçõesrenais

Sim 28 6,32

Não 407 91,87

Sem resposta 8 1,80

Alteraçõesneurológicas

Sim 23 5,19

Não 413 93,22

Sem resposta 7 1,59

Cirurgia

Sim 62 14,0

Não 372 83,9

Sem resposta 9 2,03

Cardiopatia

Sim 23 5,19

Não 412 93,0

Sem resposta 7 1,58

Exposição a solventes

Sim 32 7,22

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22

Não 403 90,97

Sem resposta 8 1,80

Tabagismo

Sim 47 10,60

Não 388 87,58

Sem resposta 8 1,80

Etilismo

Sim 30 6,77

Não 405 91,42

Sem resposta 8 1,80

Uso de drogas

Sim 4 0,90

Não 431 97,29

Sem resposta 8 1,80

Hospitalizações

Sim 108 24,37

Não 327 73,81

Sem resposta 8 1,80

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23

A Tabela 9 demonstra Distribuição da amostra segundo as queixas auditivas

atuais

RESPOSTAS TOTAL %

Queixasatuais

Sim 318 71,78

Não 115 25,95

Sem resposta 10 2,25

Sensação de Hipoacusia

Sim 137 30,92

Não 296 66,81

Sem resposta 10 2,25

Percepção de uma orelha pior

Sim 149 33,63

Não 284 64,10

Sem resposta 10 2,25

Dificuldade para entender a fala

Sim 125 28,21

Não 308 69,52

Sem resposta 10 2,25

Dif. para entender a fala no ruído

Sim 113 25,50

Não 319 72

Sem resposta 11 2,48

Dif. para entender a fala no silêncio

Sim 37 8,35

Não 395 89,16

Sem resposta 10 2,25

Zumbido

Sim 184 8,35

Não 247 89,16

Sem resposta 12 2,70

Tontura

Sim 135 30,47

Não 295 55,75

Sem resposta 13 2,93

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24

Tontura piora com o estresse

Sim 80 18,05

Não 352 79,45

Sem resposta 11 2,48

Recrutamento

Sim 46 10,38

Não 385 86,90

Sem resposta 12 2,70

Otalgia

Sim 128 28,89

Não 304 68,62

Sem resposta 11 2,48

Otorréia

Sim 73 16,47

Não 360 81,26

Sem resposta 10 2,35

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25

5.2 Resultados Audiológicos de acordo com as idades

O Gráfico 1 apresenta a Comparação entre os limiares audiométricos médios

segundo as idades na Orelha Direita.

2 a 7 anos

8 a 17 anos

18 a 39 anos

40 a 60 ano

Mais de 60 anos250 500 1000 2000 3000 4000 6000 8000

Frequências (Hz)

0

10

20

30

40

50

60

Lim

iare

s m

édio

s (

dB

NA

)

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26

O Gráfico 2 apresenta a Comparação entre os limiares audiométricos médios

segundo as idades – Orelha Esquerda

2 a 7 anos

8 a 17 anos

18 a 39 anos

40 a 60 anos

Mais de 60 anos250 500 1000 2000 3000 4000 6000 8000

Frequências (Hz)

0

10

20

30

40

50

60

Lim

iare

s m

édio

s (

dB

NA

)

Através da ANOVA, ao nível de significância de 0,05, verifica-se a existência de

diferença significativa entre as médias (p=0,0000) e através do método de Tukey temos

quais faixas etárias diferem significativamente das outras em ambas as orelhas. As

faixas etárias de 2 a 7 e 8 a 17 anos se diferenciam significativamente da faixa etária

de acima de 60 anos.

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27

O Gráfico 3 apresenta a comparação entre o tipo de perda segundo a idade -

Orelha Direita

0

10

20

30

40

50

60

70

Até 7 anos 8 a 17 anos 18 a 39 anos 40 a 60 anos 61 anos ou

mais

Fre

quência

s (

%)

Condutiva Mista Neurossensorial Normal

O Gráfico 4 apresenta a comparação entre o tipo de perda segundo a idade -

Orelha Esquerda

0

10

20

30

40

50

60

70

Até 7 anos 8 a 17 anos 18 a 39 anos 40 a 60 anos 61 anos ou

mais

Fre

quência

s (

%)

Condutiva Mista Neurossensorial Normal

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28

O Gráfico 5 apresenta a Comparação entre o grau de perda auditiva segundo a

idade

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Até 7 anos 8 a 17 anos 18 a 39 anos 40 a 60 anos 61 anos ou

mais

Fre

quência

s (

%)

Leve Moderada Moderada/severa Severa Profunda

O Gráfico 6 apresenta a Comparação entre a configuração da perda auditiva

segundo a idade

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Até 7 anos 8 a 17 anos 18 a 39 anos 40 a 60 anos 61 anos ou

mais

Fre

quência

s (

%)

Ascendente Descendente Entalhe Plana Rampa U U invertido

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29

O Gráfico 7 demonstra Comparação da frequência das curvas timpanométricas

segundo a idade – Orelha Direita

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Até 7 anos 8 a 17 anos 18 a 39 anos 40 a 60 anos 61 anos ou

mais

Fre

quência

(%

)

A B C As Ad

O Gráfico 8 demonstra a Comparação da freqüência das curvas

timpanométricas segundo a idade – Orelha Esquerda

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Até 7 anos 8 a 17 anos 18 a 39 anos 40 a 60 anos 61 anos ou

mais

Fre

qu

ên

cia

s (

%)

A B C As Ad

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30

O Gráfico 9 apresenta a Comparação entre os reflexos acústicos ipsi segundo

as idades - Orelha Direita

2 a 7 anos

8 a 17 anos

18 a 39 anos

40 a 60 ano

Mais de 60 anos500 1000 2000 4000

Frequências (Hz)

90

92

94

96

98

100

Inte

nsid

ade (

dB

NP

S)

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31

O Gráfico 10 demonstra a Comparação entre os reflexos acústicos ipsi segundo

as idades – Orelha Esquerda

2 a 7 anos

8 a 17 anos

18 a 39 anos

40 a 60 anos

Mais de 60 anos500 1000 2000 4000

Frequências (Hz)

90

92

94

96

98

100

102

Inte

nsid

ade

(dB

NP

S)

Através da ANOVA, ao nível de significancia de 0,05 verifica-se que não existe

diferença significativa entre as médias (p>0,05) em ambas as orelhas.

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32

O Gráfico 11 apresenta a Comparação entre os reflexos acústicos contralaterais

segundo as idades – Orelha Direita

2 a 7 anos

8 a 17 anos

18 a 39 anos

40 a 60 ano

Mais de 60 anos500 1000 4000 4

Frequências (Hz)

86

88

90

92

94

96

98

100

102

104

Inte

nsid

ade (

dB

NP

S)

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33

O Gráfico 12 aponta a Comparação entre os reflexos acústicos contralaterais

segundo as idades – Orelha Esquerda

8 a 17 anos

18 a 39 anos

40 a 60 anos

Mais de 60 anos500 1000 2000 4000

Frequências (Hz)

86

88

90

92

94

96

98

100

102

104

Inte

nsid

ad

e (

dB

NP

S)

Através da ANOVA, ao nível de significância de 0,05,verifica-se que existe

diferença significativa entre as médias somente para Orelha Esquerda em 500 Hz

(p=0,0218).

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34

5.3 Resultados Audiométricos de acordo com o sexo

O Gráfico 13 apresenta a Comparação entre os limiares audiométricos médios

segundo o sexo – Orelha Direita

Feminino

Masculino250 500 1000 2000 3000 4000 6000 8000

Frequências (Hz)

10

15

20

25

30

35

40

Lim

iare

s m

édio

s (

dB

NA

)

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35

O Gráfico 14 demonstra a Comparação entre os limiares audiométricos médios

segundo o sexo – Orelha Esquerda

Feminino

Masculino250 500 1000 2000 3000 4000 6000 8000

Frequências (Hz)

10

15

20

25

30

35

40

Lim

iare

s m

édio

s (

dB

NA

)

Através do teste t de Student, ao nível de significância de 0,05, verifica-se a

existência de diferenças significativas entre as médias para as frequências de 250 Hz,

500 Hz e 1000 Hz em ambas as orelhas.

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36

O Gráfico 15 apresenta a Comparação entre o tipo de perda segundo o sexo -

Orelha Direita

0

10

20

30

40

50

60

Feminino Masculino

Fre

quência

s (

%)

Condutiva Mista Neurossensorial Normal

O Gráfico 16 demonstra a Comparação entre o tipo de perda segundo o sexo –

Orelha Esquerda

0

10

20

30

40

50

60

70

Feminino Masculino

Fre

quência

s (

%)

Condutiva Mista Neurossensorial Normal

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37

O Gráfico 17 apresenta Comparação entre o grau de perda auditiva segundo o

sexo

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Feminino Masculino

Fre

quência

(%

)

Leve Moderada Moderada/severa Severa Profunda

O Gráfico 18 apresenta a Comparação entre a configuração da perda auditiva

segundo o sexo

0

20

40

60

80

100

120

Feminino Masculino

Fre

quência

s (

%)

Ascendente Descendente Entalhe Plana Rampa U U invertido

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38

O Gráfico 19 demonstra a Comparação da freqüência das curvas

timpanométricas segundo o sexo – Orelha Direita

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Feminino Masculino

Fre

quência

(%

)

A B C As Ad

O Gráfico 20 demonstra a Comparação da frequência das curvas

timpanométricas segundo o sexo – Orelha Esquerda

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Feminino Masculino

Fre

quência

s (

%)

A B C As Ad

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39

O Gráfico 21 apresenta a Comparação entre os reflexos acústicos ipsilateral

segundo o sexo – Orelha Direita

Feminino

Masculino500 1000 2000 4000

Frequências (Hz)

90

92

94

96

98

100

Inte

nsid

ade (

dB

NP

S)

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40

O Gráfico 22 apresenta a Comparação entre os reflexos acústicos ipsilateral

segundo o sexo – Orelha Esquerda

Feminino

Masculino500 1000 2000 4000

Frequências (Hz)

92

93

94

95

96

97

98

99

100

Inte

nsid

ade (

dB

NP

S)

Através do teste t de Student, ao nível de significância de 0,05, verifica-se que

não existem diferenças significativas entre as médias.

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41

O Gráfico 23 apresenta Comparação entre os reflexos acústicos contralaterais

segundo o sexo – Orelha Direita

Feminino

Masculino500 1000 2000 4000

Frequências (Hz)

96

97

98

99

100

101

102

103

104

Inte

nsid

ade (

dB

NP

S)

O Gráfico 24 apresenta a Comparação entre os reflexos acústicos contralaterais

segundo o sexo – Orelha Esquerda

Feminino

Masculino500 1000 2000 4000

Frequências (Hz)

96

97

98

99

100

101

102

103

104

Inte

nsid

ade

(dB

NP

S)

Através do teste t de Student, ao nível de significância de 0,05, verifica-se a

existência de diferenças significativas entre as médias somente para a Orelha Direita

em 2000 Hz. (p=0,0142).

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42

6. DISCUSSÃO

O presente estudo observou predominância do sexo feminino (231) na amostra

estudada (Tabela 1). Separando por faixa etária, o sexo masculino predominou

somente na faixa etária de 0 a até 7 anos (93), que também é a faixa etária que mais

realizou Avaliação Audiológica. Estes achados estão condizentes com a literatura,

como no estudo de Jardim, et al (2010) encontraram predominância do sexo feminino

(56,7%) com idade média de 54,3 anos. Mattos e Veras (2007) realizaram um estudo

para verificar qual é o perfil audiológico da população idosa do Rio de Janeiro, neste

estudo também verificaram a prevalência do sexo feminino, 198 mulheres contra 40

homens.

Em relação à cidade de origem dos sujeitos, Curitiba foi a que mais

encaminharam pacientes, totalizando 297, seguida de Pinhais com 46 (Tabela 2), esse

dado justifica-se por Curitiba ser uma Metrópole e com uma população estimada de

1.879.335 habitantes (dados IBGE: http://cod.ibge.gov.br/232OV).

O profissional que mais encaminhou paciente para Avaliação Audiológica foi o

Otorrinolaringologista 212 indivíduos (47,85%) (Tabela 3). Concordando com o estudo

de Klas e Lacerda (2014).

O principal motivo para realização do exame estavam relacionados com os

sintomas auditivos (Tabela 4), em que 207 sujeitos (46,72%), relataram apresentar

algum problema auditivo. No estudo de Amaral e Sena (2004), na qual realizaram o

perfil audiológico de pacientes da terceira idade em um Núcleo de Atenção Médica de

Fortaleza, e encontraram o zumbido (58,08%) como a queixa que mais prevaleceu.

O estudo mostrou que 197 sujeitos (44,46%) apresentam histórico familiar de

perda auditiva ou doença metabólica (Tabela 5). Em um estudo realizado por Tiensoli

et al (2007), que teve como objetivo estimar a prevalência de deficiência auditiva em

crianças de um Hospital Público de Belo Horizonte, Minas Gerais, através do teste da

orelhinha, 54 crianças (6,8%) das 88 avaliadas apresentaram antecedentes familiares

de perda auditiva e nas crianças do alojamento conjunto, o fator de risco mais

encontrado foi a presença de antecedentes familiares de perda auditiva (25%). A

história familiar de perda auditiva é difícil de ser obtida precisamente devido à falta de

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43

conhecimento sobre os familiares ou dificuldade de informação sobre a natureza do

problema auditivo.

Os antecedentes familiares, de maior ocorrência foi o histórico de Hipertensão

Arterial com 25,73% dos indivíduos (Tabela 5). No estudo de Marchiori et al. (2006) o

objetivo foi identificar e associar hipertensão arterial e perda auditiva. Foram

avaliados 154 casos e 154 controles, de ambos os sexos com idade variando de 45 a

64 anos foram incluídos na pesquisa após o cálculo da amostra, verificou-se que 72

dos indivíduos apresentaram perda auditiva e hipertensão arterial, 82 apresentaram

perda auditiva e não apresentaram hipertensão arterial, 46 não apresentaram perda

auditiva, mas apresentaram hipertensão arterial e 108 não apresentaram perda auditiva

nem hipertensão arterial. Assim, os resultados revelaram haver associação significativa

entre hipertensão arterial e presença de perda auditiva e que a perda auditiva

observada nesta população sugere que a hipertensão arterial age como fator de

aceleração da degeneração do aparelho auditivo originário da idade.

Baraldi,et al (2004) encontrou outros resultados. Seu objetivo foi compara e

analisar os resultados de anamnese e audiometria tonal limiar de pacientes idosos

hipertensos e não-hipertensos. Foram avaliados através de anamnese e audiometria

tonal limiar 70 idosos, com idade entre 60 e 92 anos, sendo 15 do sexo masculino e 54

do sexo feminino. Concluíram que os idosos hipertensos não apresentaram maior

déficit auditivo, sendo o grau de perda de audição semelhante nos dois grupos. A

configuração audiométrica predominante no grupo de idosos hipertensos foi do tipo

plana, enquanto que nos não-hipertensos foi do tipo rampa. Com relação às queixas

audiológicas, o grupo de não-hipertensos apresentou maior ocorrência da queixa

“zumbido”.

Em relação aos antecedentes pessoais, 63,65% dos indivíduos (Tabela 6)

relatam apresentar algum tipo de antecedente, sendo a exposição ao ruído no lazer a

que mais sobressaiu, com 18, 51%. Há diversos estudos que relatam a perda auditiva

relacionada ao nível de ruídos de brinquedos, onde muitos ultrapassam os limites da

tolerância do ouvido humano (YAREMCHUCK et al., 1997). Taxini e Guida (2008)

realizaram um estudo para análise dos níveis de pressão sonora dos sons emitidos por

brinquedos ruidosos. Os brinquedos foram analisados em uma distância de 2,5 cm (em

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relação à orelha), e 90% excederam o padrão exigido pela legislação brasileira; na

distância de 25 cm (distância média do braço da criança) 50% excederam esse mesmo

padrão. Essa análise mostra que a maioria dos brinquedos comercializados

atualmente, os quais não contêm o selo de certificação compulsória do Instituto

Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) podem provocar danos à

audição das crianças expostas continuamente.

Lacerda, et al (2011) estudaram os hábitos auditivos de adolescentes em

relação ao ruído. Foram avaliados 125 adolescentes, ambos os gêneros, média de

idade de 16,7 anos, estudantes do ensino fundamental e médio de escolas de diversos

municípios paranaenses. Utilizou-se a versão brasileira do questionário Youth Attitude

to Noise Scale (YANS) para descobrir atitudes dos adolescentes diante do ruído e

questões relacionadas aos hábitos auditivos e dados demográficos dos adolescentes.

Os resultados revelaram que 2% dos adolescentes concordam que barulhos e sons

altos são aspectos naturais da sociedade, 32% sentem-se preparados para tornar o

ambiente escolar mais silencioso e 41,6% consideram importante tornar o som

ambiental mais confortável. Além disso, 38,4% dos adolescentes relatam zumbido e

consideram-se sensíveis ao ruído. A maioria (85,6%) relatou não se preocupar antes

de ir a shows e discotecas, mesmo com experiências precedentes de zumbido; 75,2%,

não fazem uso de protetor auditivo. Em relação aos Hábitos auditivos, 46,4% referiram

que ouvem música com fones de ouvido diariamente e 34,4% ouvem música com

equipamento de som em casa. A exposição aos ruídos elevados com níveis de

intensidade pode acarretar diversos sintomas, tais como: intolerância a sons intensos,

tontura, otalgia e principalmente, o zumbido e perda auditiva. (GONÇALVES, 2009)

Na amostra, segundo os antecedentes auditivos, 81,94% dos sujeitos relatam

apresentar algum tipo de sintoma (tabela 7). O sintoma mais relatado foi o zumbido

com 196 sujeitos (44,24%), seguido pela otalgia com 170 sujeitos (38,37%). O zumbido

é um sintoma que afeta aproximadamente 15% da população mundial, abrange todas

as idades, mas prevalecendo entre 40 e 80 anos e atingindo 33% entre os idosos.

(JASTREBOFF; HAZELL, 1993). No estudo de Pinto et al, (2010) foram avaliados 68

pacientes do ambulatório de zumbido da UFRJ. Os procedimentos realizados foram:

anamnese com protocolo sistematizado, exame otorrinolaringológico completo, versão

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brasileira do Tinnitus Handicap Inventory (THI) e audiometria tonal liminar. A idade

variou de 24 a 83 anos e a média do THI foi de 39 pontos (36 no sexo feminino e 44 no

masculino). Os graus de incômodo pelo THI foram: discreto: 32,3%; leve: 19,1%;

moderado: 20,6%; severo: 13,2% e catastrófico: 14,7%. Não houve correlação

significativa do incômodo pelo zumbido com as variáveis sexo (p=0,30) e idade

(p=0,77) e grau de perda auditiva (p>0,05 em todas as médias avaliadas).

O estudo mostra que 71,33% dos indivíduos relataram apresentar algum tipo de

doença (Tabela 8), sendo o zumbido a doença mais relatada (44,24%). Este dado está

condizente com o dado acima encontrado na tabela 7, na qual também relata o

zumbido como principal antecedente clínico, igualando com o número de sujeitos e

faixa etária.

Nas queixas auditivas atuais, 318 sujeitos, ou seja, 71,78% (Tabela 9) relatam

algum sintoma auditivo, sendo hipoacusia (30,92%) como principal queixa. Ogido et al

(2009) realizaram um estudo sobre a Prelavência de sintomas auditivos e vestibulares

em trabalhadores expostos ao ruído ocupacional, e foi relatado hipoacusia em 74% dos

casos, zumbidos em 81% e vertigem em 13,2%, verificando a associação entre

hipoacusia e idade, tempo de exposição ao ruído e limiares auditivos tonais e entre

vertigem e tempo de exposição ao ruído, não sendo encontradas outras associações

significativas.

Nos Gráficos 1 e 2 pode-se analisar os limiares médios em relação a idade em

cada Orelha (Direita e Esquerda) através do método de Tukey. Verifica-se que a faixa

etária acima de 60 anos diferencia-se significativamente das outras em ambas as

orelhas. Pode-se notar também o início do entalhe audiométrico a partir da faixa etária

de 18 anos, que poderia estar relacionado ao ruído nas atividades de lazer, já

mencionado acima, e/ou com o ruído ocupacional. Bess(1998) relembra que, quando o

som intenso é um ruído de banda larga, como o que poderia ser encontrado em

ambientes industriais, ocorre um padrão audiométrico característico, após a exposição.

Autora apresenta este padrão chamado de “entalhe 4kHz”, por refletir a queda no

audiograma principalmente na freqüência de 4 kHz e probabilidade de ocorrer em 3

ou/e 6 kHz.

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Outro dado relevante, é que em ambos os gráficos a faixa etária com maior

alteração de limiar é a de acima de 60 anos, o que poderia estar relacionada ao

envelhecimento das células ciliadas da cóclea, vias auditivas e córtex cerebral. (NETO

CARREIRÃO, 2005). Segundo a literatura, o efeito da idade no sistema auditivo

caracteristicamente resulta em perda neurossensorial, simétrica, bilateral, lentamente

progressiva, em freqüências acima de 2 KHz (NETO CARREIRÃO, 2005),

O tipo de perda auditiva que mais prevaleceu foi a do tipo mista na orelha direita

(Gráfico 3) e neurossensorial na orelha esquerda (Gráfico 4), com maior índice na faixa

etária acima de 60 anos. A perda auditiva mais comum em idosos é a do tipo

neurossensorial, segundo Garstechi e Erler (1995) com o envelhecimento dos órgãos

sensoriais, principalmente da audição e da visão, que vão perdendo a acuidade. No

estudo de Estevão (2008) o tipo de perda auditiva mais encontrada, também foi

neurossensorial, em grau moderado. A perda auditiva mista também se fez presente,

nos graus severos e profundos em indivíduos com idade acima de 80 anos. Não foram

encontrados estudos que relatam a perda auditiva mista em idosos, mas cabe ressaltar

a importância deste dado, e que pode ser um tema a ser pesquisado. Para a faixa

etária de 0 a 17 anos, o tipo de perda mais prevalente foi à condutiva, que pode ser

justificada pela ocorrência de infecção de vias aéreas superiores.

Em relação ao grau da perda segundo a faixa etária (Gráfico 5), a que mais

sobressaiu foi o grau profundo na idade de 40 a 60 anos (85%). Diferenciado do estudo

de Jardim et al (2010) realizou um estudo retrospectivo, por meio de análise de

prontuários de 217 indivíduos, ambos os sexos, atendidos no setor privado de um

serviço de diagnóstico audiológico brasileiro entre janeiro e junho de 2009, e a média

de idade de 54,3 anos e encontraram o grau leve como o mais frequênte.

A configuração da perda auditiva que sobressaiu foi a em rampa e na faixa

etária de acima de 60 anos (Gráfico 6). Este achado está condizente com a literatura,

pois é uma característica da Presbiacusia. No estudo de Narciso et al. (2002) 26

sujeitos estudados, 17 apresentaram achados condizentes com a Presbiacusia do tipo

sensorial, uma vez que apresentaram queda da audição mais acentuada para as

frequências agudas e boa discriminação auditiva. Jerger e Jerger (1989), descrevem a

presbiacusia como uma perda auditiva bilateral, gradualmente progressiva com curva

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audiométrica descendente, que nos estágios iniciais se concentra nas frequências

acima de 2 KHz e com o aumento da idade acaba envolvendo as freqüências mais

baixas.

O tipo de curva timpanométrica (Gráfico 7 e 8) mais presente foi a curva B e

prevaleceu em ambas as orelhas (OD 75% e OE 79%) e na faixa etária de 0 a 7 anos.

Esse alto número de tipo de curva do tipo B pode estar relacionado com o alto índicies

de infecção de ouvido em crianças, isto porque a criança possui a tuba auditiva mais

curta e horizontalizada em relação à tuba do adulto. A curva B é plana e caracterizada

por ausência de pico de máxima admitância, encontrada em casos de presença de

líquido no espaço da orelha média (BEVILACQUA et al, 2013). Chaves et al (2008)

realizaram um estudo sobre as medidas de imitância acústica em pré-escolares,

avaliando 30 crianças com imitanciometria, e a curva timpanométrica mais freqüente

foi a curva tipo A em ambas as orelhas, seguida pela curva tipo B. Klass et al. (2015)

realizaram uma analise do perfil audiométrico de escolares, cujo objetivo foi avaliar a

audição de crianças de uma escola pública de Ensino Fundamental I. A amostra foi

composta por 406 crianças, e destas, 50 (12,3%) apresentaram alterações auditivas

em uma ou ambas as orelhas.

Os Gráficos 9 e 10 demonstram a comparação entre o reflexo acústico

ipsilateral, segundo as idades e por orelha. Em ambas as orelhas o reflexo acústico

ipsilateral foi desencadeado entre 90 e 100 dB NA. Através da ANOVA, verifica-se que

não existe diferença significativa entre as médias em ambas as orelhas. Com o

aumento da frequência há uma diminuição da sucitação do reflexo, sugestivo de

recrutamento. Em indivíduos normais o reflexo do estapédio é desencadeado com

intensidade entre 70 e 100 dB NA acima do limiar auditivo. Quando a diferença entre o

limiar do reflexo e o limiar auditivo é menor ou igual a 65 dB dizemos que há

recrutamento, o que é sugestivo de lesão coclear.(CFFa, 2013). Em comparação entre

o reflexo acústico contralateral (Gráficos 11 e 12), verifica-se que existe diferença

significativa entre as médias somente para Orelha Esquerda em 500 Hz (p=0,0218).

O gráfico 13 e 14 demonstram os limiares médios em relação a sexo em cada

orelha. O sexo feminino apresenta piores limiares em relação ao sexo masculino em

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ambos os gráficos. Verifica-se a existência de diferenças significativas entre as médias

para as frequências de 250 Hz, 500 Hz e 1000 Hz em ambas as orelhas.

Diferenciando da literatura que relata que as mulheres apresentam melhores

níveis de audição em relação aos homens da mesma faixa etária, e apresentam

configurações audiométricas mais horizontalizadas que os homens. Surjan et al. (1973)

em seus relatos, apontaram uma maior incidência de perda auditiva no sexo masculino

(53%) do que no sexo feminino (47%), apesar da população geral acima de 65 anos de

idade ter aproximadamente 20% mais de mulheres do que de homens. Moscicki et al.

(1985) realizaram um trabalho com indivíduos de idade acima de 60 anos, na qual 935

eram homens e 1358 eram mulheres, que apresentavam perda de sensibilidade

auditiva especialmente em 2, 4, 6 e 8 kHz e observaram os valores de limiares dos

homens piores que os das mulheres. A prevalência do sexo feminino neste estudo

pode estar ligada ao grande número de doenças metabólicas relatadas. Para Amstutz-

Montadert et al.(2000), em casos de presbiacusia de início precoce, em torno dos 55

anos de idade e com evolução rápida deve-se averiguar a possível relação com

distúrbios metabólicos ou vasculares, o uso de ototóxicos e de nicotina, além de

verificar se há história de ruído ocupacional, uma vez que o mesmo é o principal fator

de agravo da presbiacusia.

No presente estudo houve diferença significativa entre o tipo da perda auditiva

entre sexo e orelhas (Gráficos 15 e 16). No sexo feminino o tipo que mais sobressaiu

na orelha direita foi o tipo neurossensorial e sexo masculino à direita a perda auditiva

do tipo misto. Na orelha esquerda o sexo feminino apresentou perda autivia do tipo

condutiva e mista com maior prevalência, e no sexo masculino foi a audição normal.

Estes achadas diferenciam dos estudos de Estevão (2008), que teve como objetivo

analisar o perfil audiológico de idosos e observou que os homens (74,5%)

apresentaram o tipo de perda auditiva neurossensorial significativamente maior que as

mulheres (66,4%), enquanto que estas apresentaram o perfil de audição dentro dos

padrões de normalidade (11,7%) significativamente maior que os homens (4,5%).

Russo (1988) encontrou valores dos limiares tonais dos homens avaliados, em seus

estudos, piores do que os das mulheres.

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. A diferença do grau da perda auditiva entre sexo masculino e feminino (Gráficos

17) o sexo feminino apresentou o grau Moderada/Severa e grau Profundo como mais

presente, diferenciando do sexo masculino que apresentou o grau Leve com maior

prevalência.

O sexo feminino apresentou a configuração de perda em U com a maior

ocorrencia, diferenciando dos homens que apresentaram a perda em rampa como o

mais presente (Gráfico 18). A curva em U nas mulheres pode está ligada as doenças

metabólicas como mencionado acima, e a dos homens pode estar relacionada com o

ruído ocupacional também já citado anteriormente.

Nos Gráficos 19 e 20 pode-se analisar que em ambas as orelhas o sexo

feminino apresentou prevalência de curva timpanométrica do tipo Ad, sendo 60% na

orelha direita e 62%, na esquerda, enquanto que no sexo masculino teve prevalência

de curva timpanométrica tipo C, apresentando 67% na OD e 68% na OE. A curva Ad

caracteriza-se pela curva aberta, presente em condições de diminuição de rigidez do

sistema e é comum, segundo vários autores, em disjunção da cadeia ossicular e a

flacidez causada pela idade. Já a curva C é caracterizada por apresentar pico máximo

de admitânciadeslocado para pressão negativa e é comum em disfunção da tuba

auditiva, (BEVILACQUA et al, 2013). Os achados diferenciam do estudo de Jurca et al

(2002), na qual realizou perfil audiológico de idosos e em ambos os sexos a

prevalência do tipo de curva timpanométrica foi do “Tipo A” aproximadamente 75,0%,

cuja configuração indica a normalidade do sistema tímpano ossicular, e pode ser

encontrada em sujeitos com audição normal ou com perdas auditivas do tipo

neurossensorial.

O reflexo acústico ipislateral segundo o gênero (Gráficos 21 e 22) pode verificar

que não existe diferença significativa entre as médias em ambas as orelhas. Já no

reflexo contralateral houve diferença significativa, entre as médias somente para a

orelha direita em 2000 Hz (Gráficos 23 e 24). Carvallo (1997) relata que o teste

pesquisa de reflexo, nos permite uma estimativa da integridade global das vias

auditivas. Ballantyne e colaboradores (1995),relata que tal teste produz informações a

cerca do estado da orelha média, cóclea, nervo auditivo, tronco encefálico e nervo

facial.

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7. CONCLUSÃO

A partir da análise dos resultados da Avaliação Audiológica Básica, mediante a

análise dos prontuários realizadas em 443 pacientes pode-se concluir sobre o perfil

audiológico dos usuários, que os achados audiológicos apresentam características

específicas, com diferenças significativas, de acordo com a faixa etária e sexo, o

que poderá fornecer contribuições para a organização do serviço, visando à promoção

de saúde para a população Curitibana e da Região Metropolitana.

De acordo com os resultados, conclui-se:

A maior prevalência dos pacientes foi do sexo feminino com 231 sujeitos contra

212 sujeitos do sexo masculino. A idade de maior ocorrência foi de 0 a 7 anos.

A cidade que mais realizou encaminhamentos foi Curitiba com 67,04% seguida

de Pinhas com 10,38%.

O Otorrinolaringologista foi o Profissional com maior número de

encaminhamentos 47,85%.

Os sintomas auditivos (46,72%) foram os relatados como principal queixa dos

sujeitos avaliados.

Nos antecedentes familiares 197 (44,46%) sujeitos relatam algum tipo de

antecedente e o com maior número foi a hipertenção com 114 (25,73%) relatos.

Nos antecedentes pessoais 63,65% relatam algum tipo, sendo o ruído no lazer

(18,51%) o que apresentou maior prevalência.

Os antecedentes auditivos foram relatados por 81,94% dos sujeitos, sendo o

zumbido (44,24%) o de maior ocorrência.

Nas doenças e hábitos, 316 (71,33%) relataram apresentar algum tipo de

doença, sendo o zumbido com maior prevalência (44,24%)

As queixas auditivas atuais foram relatadas por 318 (71,78%) dos indivíduos

sendo a hipoacusia a principal (30,92%).

A comparação dos limiares auditivos por idade apresentou diferença

significativa.

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O tipo de perda auditiva que mais prevaleceu foi a do tipo mista na orelha direita

e neurossensorial na orelha esquerda, com maior índice na faixa etária acima de

60 anos

Houve diferença significativa entre o tipo da perda entre sexos e orelhas. no

sexo feminino o tipo que mais sobressaiu na orelha direita foi o tipo

neurossensorial e sexo masculino à direita foi o tipo mista. na orelha esquerda o

sexo feminino apresentou a condutiva e mista com maior prevalência e no sexo

masculino foi audição dentro dos padrões de normalidade.

O grau da perda com maior prevalência por idade foi a perda auditiva profunda e

a configuração da perda foi a configuração em rampa.

A curva timpanométrica com maior prevalência, analisada por faixa etária, foi à

curva do tipo B.

O reflexo acústico ipsilateral bilateral por faixa etária não apresentou diferença

significativa.

O reflexo acústico contralateral apresentara diferença significativa para orelha

esquerda em 500 kHz (p=0,0218).

Comparação dos limiares auditivos analisados por sexo, apresentou diferença

significativa entre os sexos, sendo o sexo feminino que apresentou pior

desempenho.

O grau da perda no sexo feminino foi a profunda com maior ocorrência e no

sexo masculino foi a perda leve.

A configuração que mais sobressaiu no sexo feminino foi à curva em u e no

masculino foi a configuração em rampa.

As curvas timpanométricas no sexo feminino foi à curva tipo ad com maior

prevalência e no sexo masculino foi à curva tipo c.

O reflexo acústico ipsilateral não apresentou diferença significativa entre os

sexos.

O reflexo acústico contralateral apresentou diferença significativa para orelha

direita em 2000 kHz (p=0,0142).

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ANEXO 1

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