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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE AGROTECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
MARIA JOSEILDA EMÍDIO VITÓRIA
NOVAS ESTRUTURAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS APLICADAS AO
SETOR PÚBLICO: Um estudo à luz da compreensibilidade e comparabilidade das
informações
MOSSORÓ – RN
2014
MARIA JOSEILDA EMÍDIO VITÓRIA
NOVAS ESTRUTURAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS APLICADAS AO
SETOR PÚBLICO: Um estudo à luz da compreensibilidade e comparabilidade das
informações
Monografia apresentada à Universidade
Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA),
Campus Central, para a obtenção do título de
Bacharel em Ciências Contábeis.
Orientador: Prof. MSc Antônio Erivando
Xavier Júnior (UFERSA)
MOSSORÓ – RN
2014
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Biblioteca Central Orlando Teixeira (BCOT)
Setor de Informação e Referência
V845n Vitoria, Maria Joseilda Emídio.
Novas estruturas das demonstrações contábeis aplicadas ao
setor público: um estudo à luz da evidenciação,
compreensibilidade e comparabilidade das informações. / Maria
Joseilda Emídio Vitoria – Mossoró, 2014.
70f.: il.
Orientador: Prof. Dr. Antônio Erivando Xavier Júnior.
Monografia (Graduação em Ciências Contábeis) –
Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Pró-Reitoria de
Graduação.
1. Contabilidade - Características Qualitativas. 2.
Demonstrações. 3. Coluna de hastes. 4. Evidenciação. I.
Titulo.
RN/UFERSA/BCOT /292-14 CDD: 657.32 Bibliotecária: Vanessa Christiane Alves de Souza Borba
CRB-15/452
MARIA JOSEILDA EMÍDIO VITÓRIA
NOVAS ESTRUTURAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS APLICADAS AO
SETOR PÚBLICO: Um estudo à luz da compreensibilidade e comparabilidade das
informações
Monografia apresentada à Universidade
Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA),
Campus Central, para a obtenção do título de
Bacharel em Ciências Contábeis.
Aprovada em: 26/02/2014
Às minhas referências de vida: meus pais
Francisca Emídio e Assis Vitória, por todo o
carinho, amor e, acima de tudo, pelo incentivo,
a vocês,
dedico.
AGRADECIMENTOS
Encontrar amigos em meio a tantos desafios é o que nos dá coragem de seguir em frente e não
desistir jamais. Sei que as adversidades teriam sido maiores sem o acolhimento de pessoas tão
especiais. Por isso Agradeço:
A DEUS, primeiramente pelas muitas vezes que esteve ao meu lado me encorajando nos
momentos mais difíceis.
Aos meus pais que apesar da distância, me apoiam e me impulsionam a ir mais longe.
A Joseilma e Josenilma minhas queridas irmãs pelo apoio incondicional, sem elas eu jamais
teria chegado até aqui.
A Gustavo Bruno pelo carinho, incentivo e acima de tudo pela infinita paciência para comigo.
A todo o corpo docente da UFERSA meu profundo reconhecimento e respeito, aqueles que
contribuíram para a minha formação; de modo especial a professora Luciana Batista exemplo
de profissional e ao meu orientador Erivando Júnior pelos ensinamentos que me
possibilitaram concluir esse trabalho.
As minhas colegas de curso Maria Júlia, Janaína Rêgo e em especial a minha amiga Mariana
da Rocha que hoje considero como uma irmã, pelo companheirismo e solidariedade a mim
prestada ao longo desses cinco anos.
Enfim, agradeço a todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a
concretização desse sonho.
RESUMO
A necessidade de equiparar critérios e práticas contábeis existentes ao redor do mundo tem
ocasionado uma verdadeira revolução na Contabilidade Pública Brasileira, culminando com a
publicação em 2008 das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público.
Dentre essas normas encontra-se a NBC T 16.6 que além de inserir novas demonstrações a
serem elaboradas pelo setor público realiza também mudanças no conteúdo e na estrutura das
demonstrações contábeis instituídas pela Lei 4.320/64, visando adequá-las de modo a tornar
as informações mais compreensíveis, comparáveis, úteis e confiáveis. Nessa conjuntura esta
pesquisa objetiva verificar se as Novas Estruturas das Demonstrações Contábeis Aplicadas ao
Setor Público refletem um melhor nível de compreensibilidade e comparabilidade
informacional. Para isso, realizou-se inicialmente um estudo de cunho bibliográfico e
documental sobre as mudanças vivenciadas pela contabilidade pública brasileira diante do
processo de convergência aos padrões internacionais. Em seguida efetuou-se um comparativo
entre as demonstrações contábeis elaboradas pelo município de Mossoró/RN nos moldes da
Lei 4.320/64 com o novo formato convertido aos padrões internacionais. Paralelamente
realizou-se uma análise das características qualitativas da Compreensibilidade e
Comparabilidade preconizadas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) que devem
estar presentes nas demonstrações contábeis como forma de melhorar a utilidade
informacional para os usuários. Os resultados revelaram significativas melhorias em todos os
relatórios contábeis analisados no que concerne à comparabilidade e compreensibilidade das
informações.
Palavras-chave: Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público. Evidenciação.
Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público. Características qualitativas.
ABSTRACT
The need of matching accounting criterion and practices around world have been provoking a
true revolution in the Brazilian public accounting, culminating with the publication in 2008 of
accounting Brazilian standard applied to public sector. Among these standards the NBC T
16.6 that beyond inserting new statements to be prepared by public sector performs too
changes in the content and structure of accounting statements instituted by law 4.320/64,
aiming suit it to become the information more comprehensive, comparable, useful and
reliable. At this juncture this research aims to determine whether the New Structures of
Financial Statements applicable to the public sector reflect a higher level of understandability
and comparability informational. For reach this objective, first of all we performed a study of
the existent literature and also a documental search over the changes experienced by Brazilian
public accounting on the convergence process to international patterns. Next, we compared
the accounting statements prepared by Mossoro city in according law 4.320/64 with a new
format converted to international standards. At the same time we analyzed the qualitative
features of comprehensibility and comparability recommended by accounting pronouncement
committee (APC) must having in accounting statements for improving the informational
utility to users. Results showed significant improvements in all accounting reports analyzed
regarding the comparability and understandability of the information.
Keywords: Accounting Brazilian Standards Applied to Public Sector. Disclosure. Qualitative
features.
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica 16.................................................. 20
Quadro 2 – Balanço Orçamentário ........................................................................................... 36
Quadro 3 – Balanço Orçamentário do Município de Mossoró exercício 2012
(de acordo com a NBNC T 16.6) ........................................................................... 36
Quadro 4 – Demonstrativo de execução de restos a pagar não processados ............................ 38
Quadro 5 – Demonstrativo de execução de restos a pagar processados e não processados
liquidados ............................................................................................................... 39
Quadro 6 – Balanço Financeiro ................................................................................................ 43
Quadro 7 – Balanço Financeiro do Município de Mossoró exercício 2012
(de acordo com a NBC T 16.6) .............................................................................. 44
Quadro 8 – Balanço Patrimonial .............................................................................................. 46
Quadro 9 – Balanço Patrimonial do Município de Mossoró exercício 2012
(de acordo com a NBC T 16.6) .............................................................................. 47
Quadro 10 – Demonstração das Variações Patrimoniais.......................................................... 49
Quadro 11 – Demonstração das Variações Patrimoniais do Município de Mossoró
exercício 2012 (de acordo com a NBC T 16.6) ................................................... 50
Quadro 12 – Demonstração do Fluxo de Caixa do Município de Mossoró exercício 2012
(de acordo com a NBC T 16.6) ........................................................................... 54
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS
Art. Artigo
BF Balanço Financeiro
BO Balanço Orçamentário
BP Balanço Patrimonial
CFC Conselho Federal de Contabilidade
CPC Comitê de Pronunciamentos Contábeis
DCASP Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público
DF Distrito Federal
DFC Demonstração do Fluxo de Caixa
DRE Demonstração do Resultado Econômico
DVP Demonstração das Variações Patrimoniais
IAS International Accounting Standards
IASB International Accounting Standard Board
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IFAC International Federation of Accountants
IFRS International Financial Reporting Standards
IPSAS International Public Sector Accounting Standard
LRF Lei Responsabilidade Fiscal
MCASP Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público
NBC T 16 Norma Brasileira de Contabilidade Técnica 16
NBCASP Norma Brasileira de Contabilidade Aplicada ao Setor Público
NIC Normas Internacionais de Contabilidade
NICSP Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público
PCASP Plano de Contas Aplicado ao Setor Público
STN Secretaria do Tesouro Nacional
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 11
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA .................................................................. 11
1.2 OBJETIVOS ................................................................................................................. 12
1.2.1 Objetivo geral .............................................................................................................. 12
1.2.2 Objetivos específicos ................................................................................................... 13
1.3 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 15
2.1 CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO .......................................... 15
2.1.1 As IPSAS ...................................................................................................................... 16
2.2 CONTABILIDADE PÚBLICA BRASILEIRA E O PROCESSO DE
CONVERGÊNCIA ....................................................................................................... 17
2.2.1 Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBCASP) ..... 18
2.2.2 Norma Brasileira de Contabilidade Técnica 16.6 .................................................... 20
2.3 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS APLICADAS AO SETOR PÚBLICO
CONFORME A LEI 4.320/64 ...................................................................................... 21
2.4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS APLICADAS AO SETOR PÚBLICO
CONFORME A NBC T 16.6 ........................................................................................ 23
2.5 EVIDENCIAÇÃO (DISCLOSURE) ............................................................................. 26
2.6 CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL ........... 28
2.6.1 Relevância .................................................................................................................... 28
2.6.2 Representação fidedigna ............................................................................................ 29
2.6.3 Compreensibilidade .................................................................................................... 29
2.6.4 Verificabilidade ........................................................................................................... 30
2.6.5 Tempestividade ........................................................................................................... 30
2.6.6 Comparabilidade ........................................................................................................ 30
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................. 32
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ............................................................................ 32
3.2 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS ......................................................... 32
3.3 AMOSTRA ................................................................................................................... 33
3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS ............................................................. 33
3.5 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ................................................................................ 34
4 ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ......................................... 36
4.1 BALANÇO ORÇAMENTÁRIO .................................................................................. 36
4.2 BALANÇO FINANCEIRO .......................................................................................... 42
4.3 BALANÇO PATRIMONIAL ...................................................................................... 46
4.4 DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS ...................................... 48
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 57
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 59
ANEXO A – Objetivos das NICSP .............................................................................. 65
ANEXO B – Balanço Orçamentário (2011) ................................................................. 67
ANEXO C – Balanço Financeiro (2011) ...................................................................... 68
ANEXO D – Balanço Patrimonial (2011) .................................................................... 69
ANEXO E – Demonstração das Variações Patrimoniais (2011) .................................. 70
11
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA
Nos últimos anos a Contabilidade Pública Brasileira vem passando por expressivas
mudanças e adequações, especialmente a partir da edição da Portaria do Ministério da Fazenda
nº 184, de 25/08/2008, que cria instruções a serem seguidas por todos os entes governamentais
quanto aos procedimentos, práticas, elaboração e divulgação das demonstrações contábeis,
orientando a Contabilidade Pública Nacional em direção ao processo de convergência as
Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Público (BRASIL, 2008).
As transformações que vem ocorrendo na Contabilidade Pública foram desencadeadas
principalmente pela necessidade de se realizar o processo de convergência das Normas
Brasileiras de Contabilidade Pública para os padrões internacionais adotando uma linguagem
universal com o propósito de garantir a obtenção de informações fidedignas, seguras e com
qualidade, bem como promover a melhoria na gestão pública.
Seguindo a tendência de inserção nesse processo, foi publicado no Brasil em 2008 as
Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBCASP 16.1 a 16.10)
instituídas através das Resoluções nos
1.128 a 1.137/2008 pelo Conselho Federal de
Contabilidade (CFC) trazendo alterações substanciais a serem adotadas por todos os entes
públicos.
Dentre as mudanças evidenciadas na contabilidade governamental brasileira após a
introdução das normas uma delas encontra-se no conteúdo e na inserção de novas
demonstrações contábeis além daquelas previstas no artigo 101 da Lei 4.320/64, com o intuito
de fazer com que as demonstrações do setor público apresentem uma estrutura aproximada a
das entidades privadas, como é possível perceber nas afirmações de Monteiro e Melo (2012)
que consideram a publicação da NBC T 16 de grande valor para unificar e aproximar as práticas
contábeis da contabilidade pública com a contabilidade vivenciada pelo mundo empresarial.
Anteriormente a vigência da NBCASP 16.6 – Demonstrações Contábeis, a Lei
4.320/64 denominada de Lei das Finanças Públicas determinava para os entes públicos a
obrigatoriedade de elaboração de apenas quatro demonstrações: Balanço Patrimonial, Balanço
Financeiro, Balanço Orçamentário e Demonstrações das Variações Patrimoniais (BRASIL,
1964). No entanto, com a introdução da nova norma passou-se a incluir também a
Demonstração do Fluxo de Caixa e do Resultado Econômico, sendo a primeira de elaboração
obrigatória e a segunda de forma facultativa.
12
Além disso, a NBC T 16.6 traz ainda como exigência a inclusão das notas explicativas
acompanhadas de anexos como complemento, revestidas de informações relevantes,
complementares ou suplementares, quando estas estiverem ausentes ou forem apresentadas de
forma insuficiente nas demonstrações.
As demonstrações contábeis aplicadas ao setor público objetivam além de cumprir a
legislação vigente, dar suporte ao processo de tomada de decisões, permitindo ainda uma
correta prestação de contas dos resultados alcançados pelos gestores públicos.
Segundo o Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público (MCASP), Parte V
(2012, p.5):
As demonstrações contábeis assumem papel fundamental, por representarem
importantes saídas de informações geradas pela Contabilidade Aplicada ao Setor
Público, promovendo transparência dos resultados orçamentário, financeiro,
econômico e patrimonial do setor público (BRASIL, 2012a).
Nesse contexto, para atingir os objetivos supracitados, as informações apresentadas
nas demonstrações contábeis além de refletir as aplicações dos recursos públicos, devem
também estar revestidas de atributos capazes de melhorar a utilidade informacional,
permitindo aos usuários tomar decisões fundamentadas em informações mais seguras.
Diante do exposto, surge o seguinte questionamento orientador da pesquisa: As Novas
Estruturas das Demonstrações Contábeis Aplicadas Ao Setor Público refletem um
melhor nível de compreensibilidade e comparabilidade informacional?
Partindo do pressuposto de que se as mudanças introduzidas na nova estrutura das
demonstrações contábeis elaboradas e publicadas pelos entes públicos forem capazes de tornar as
informações mais compreensíveis e comparáveis para os usuários, então estas transformações
trazem melhoria para a qualidade da informação contábil.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo geral
Analisar as Novas Estruturas das Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor
Público com o propósito de verificar se estas refletem melhor as características qualitativas da
compreensibilidade e comparabilidade da informação contábil.
13
1.2.2 Objetivos específicos
a) Levantar as Estruturas das Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público de
acordo com a Lei 4.320/64.
b) Simular as Demonstrações Contábeis elaboradas pelo município de Mossoró
adotando as novas estruturas propostas pela NBC T 16.6.
c) Comparar as Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público previstas na Lei
4.320/64 com as propostas pela NBC T 16.6.
d) Verificar se as novas estruturas das demonstrações contábeis aplicadas ao setor
público trazidas pela NBC T 16.6 refletem um melhor nível de compreensibilidade
e comparabilidade informacional.
1.3 JUSTIFICATIVA
A cada dia a informação tem-se tornado uma ferramenta valiosa principalmente para
subsidiar o processo decisório. O gestor público necessita ter a sua disposição informações
oportunas e precisas para que possa definir como melhor empregar os recursos disponíveis; no
mesmo instante, a sociedade busca conhecer onde e como o gestor está aplicando os recursos
que lhes foi confiado.
Por ser uma das principais fontes de informações utilizada pela sociedade para
fiscalizar e controlar a gestão dos recursos públicos, a contabilidade pública deve fornecer aos
usuários informações claras e de fácil entendimento. Dessa maneira as mudanças pelas quais
passam a contabilidade governamental com o processo de convergência às normas
internacionais buscam atender a um nível maior de exigência informacional. Partindo desse
enfoque, as demonstrações contábeis aplicadas ao setor público sofreram alterações com o
intuito de complementar e inserir novos elementos para ampliar a quantidade e aprimorar a
qualidade das informações prestadas aos usuários da contabilidade. De acordo com Kong Siu
(2010) somente por meio das demonstrações contábeis é possível transparecer os benefícios
provenientes das mudanças evidenciadas na Contabilidade governamental, possibilitando a
todos os interessados acesso as informações públicas.
Entretanto para que as informações contábeis tenham utilidade se faz necessário
produzir e transmitir por meio das demonstrações contábeis informações com qualidade já
que é através desse canal que se estabelece uma relação de comunicação entre empresa-
14
usuários, direcionando a atenção do gestor de forma a se tomar a decisão mais apropriada
(CUNHA; SILVA, 2009).
Diante desses fatos, a relevância da pesquisa é justificada pela necessidade de se
adequar as demonstrações contábeis aplicadas ao setor público no sentido de prover os
usuários com um quantitativo maior de informações e que estas sejam mais compreensíveis,
comparáveis, úteis e confiáveis, atendendo de maneira efetiva as suas necessidades.
Além disso, apesar do processo de convergência das normas de contabilidade
aplicadas ao setor público ser uma realidade mundial pouco se tem publicado a respeito do
assunto, existindo ainda, um reduzido número de pesquisas relacionadas à temática
necessitando dessa forma ampliar a divulgação desse processo por meio de estudos
acadêmicos de modo a servir como orientação a futuras investigações.
15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Esta seção evidencia o posicionamento de diferentes autores sobre o contexto no qual
a Contabilidade Pública encontra-se inserida; dessa forma, serão discutidos aspectos sobre a
Contabilidade Aplicada ao Setor Público direcionados principalmente para a Contabilidade
Pública Brasileira, tratando do processo de convergência as normas internacionais. Realiza-se
ainda um apanhado sobre as Demonstrações Contábeis estruturadas de acordo com a Lei
4.320/64 e de acordo com a NBC T 16.6. Na sequência, discutem-se alguns pontos de vista
sobre evidenciação; e finalmente aborda-se sobre as características qualitativas da informação
contábil, dando ênfase a Compreensibilidade e a Comparabilidade.
2.1 CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO
O desenvolvimento das sociedades trouxe consigo novos anseios demonstrando a
necessidade da prestação de contas pelo gestor público, dessa forma, já não era mais possível
evidenciar apenas para o governante o resultado da movimentação financeira ao longo de sua
gestão, tornava-se indispensável que a sociedade também conhecesse esses resultados além
das consequências emanadas destes (ROCHA, 2012).
Perante esse cenário, surge a Contabilidade Pública como um instrumento capaz de
atender essas e outras aspirações advindas da sociedade possibilitando através de seus
métodos não apenas registrar as transações que ocorrem na administração pública, mas
principalmente propiciar transparência das ações governamentais a todos os usuários.
A Contabilidade Pública de acordo com a definição da Norma Brasileira de
Contabilidade Aplicada ao Setor Público 16.1, alterada pela Resolução CFC n° 1437/13 “é o
ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios de
Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do
setor público.”
Em suma, pode-se inferir que a Contabilidade Pública é um desdobramento da ciência
contábil, cujo objeto de estudo é o Patrimônio Público funcionando como uma ferramenta de
apoio à tomada de decisões pelos gestores públicos por evidenciar a situação financeira,
orçamentária e patrimonial da entidade.
Sob este panorama, a Contabilidade Pública vem atravessando um complexo processo
de mudanças, com vistas a padronizar as práticas contábeis nos diversos países por meio da
16
convergência as normas internacionais, de modo a reduzir as diferenças e possibilitar aos
usuários acesso a informações comparáveis e de melhor qualidade. Visando diminuir essas
diferenças, alguns países já começam a adotar as International Public Sector Accouting
Standards (IPSAS) padronizando suas demonstrações contábeis.
2.1.1 As IPSAS
Enquanto o setor privado adota as International Financial Reporting Standards (IFRS)
editadas pelo International Accouting Standard Board (IASB), o setor público segue as
International Public Sector Accouting Standards (IPSAS) – Normas Internacionais de
Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NICPS) editadas pelo International Federation of
Accountants (IFAC). No entanto as NICSP são elaboradas e desenvolvidas a partir das Normas
Internacionais de Contabilidade (NIC) aplicadas ao setor privado (BARBOSA, 2009).
O IFAC (2010) descreve que “as IPSAS são as normas internacionais, em níveis
globais, de alta qualidade para a preparação de demonstrações contábeis por entidades do
Setor Público.” Desse modo, as IPSAS servirão como norteadoras para que os entes públicos
de todo o mundo elaborem e apresentem suas demonstrações contábeis, baseadas em novos
critérios e conceitos, porém sob os mesmos padrões, como forma de reduzir as diferenças
existentes entre as nações.
Ao serem seguidas pelos governos, as IPSASs acarretarão em melhorias na qualidade
e comparabilidade das informações financeiras divulgadas por entidades do setor público ao
redor do mundo (IFAC, 2010).
Nesse sentido, tanto a prestação de contas (Accountability) quanto à transparência das
demonstrações contábeis preparadas por governos e suas agências, serão favorecidas nos
diversos territórios com as adequações exigidas pelas IPSASs (IFAC, 2010).
Para Vicente, Morais e Platt Neto (2012) por versar sobre uma Contabilidade
Patrimonial Integral as IPSAS exigem que todos os itens referentes a bens, direitos,
obrigações e patrimônio líquido da entidade apreciada sejam registrados, além de reconhecer
receitas e despesas pelo regime de competência.
No anexo A é apresentado o conjunto de trinta e duas IPSASs enunciadas pelo
IPSASB (International Public Sector Accounting Standards Board) até 2013.
17
2.2 CONTABILIDADE PÚBLICA BRASILEIRA E O PROCESSO DE CONVERGÊNCIA
Historicamente, a Contabilidade Pública Brasileira encontra-se pautada através de
dispositivos legalistas, evidência disso é que desde 1808 quando foi publicado o alvará
tornando obrigatório aos Contadores Gerais da Fazenda Real realizar a escrituração mercantil
aplicando o método das Partidas Dobradas (DIAS et al., 2013) até os dias atuais, vários outros
instrumentos regulatórios foram aprovados visando definir procedimentos e aprimorar as
atividades contábeis do setor público. Dentre esses instrumentos pode-se citar a publicação em
1922, do Código de Contabilidade Pública da União que foi posteriormente aperfeiçoado pela
Lei 4.320/64 e pelo Decreto-lei nº 200/67 (SILVA, 2009).
Há alguns anos a Lei 4.320/64 ainda em vigor, que estabelece normas gerais de direito
financeiro para elaborar e controlar os orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos
Municípios e do Distrito Federal apresenta-se como o principal dispositivo normativo que
rege a atuação dos entes governamentais brasileiros. Por trazer uma abordagem mais voltada à
execução orçamentária e financeira, a referida lei tem instigado a este ser o foco da
contabilidade pública brasileira. Corroborando com este pensamento Klein (2013) considera
que o arcabouço conceitual da Lei 4.320/64 com um intenso enfoque voltado para o controle
orçamentário, tem levando a contabilidade pública brasileira a ser conhecida como uma
contabilidade essencialmente orçamentária.
Após algumas décadas de vigência da Lei 4.320/64, foi aprovada em 04 de maio de
2000 a Lei Complementar nº 101/2000, denominada de Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)
instituindo Normas de Finanças Públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal. Vale
salientar que a Lei 4.320/64 não sofreu modificações com a LRF, entretanto, esta lhe
acrescentou outros procedimentos para controlar as contas públicas (QUINTANA et al., 2011).
Com mais de quarenta anos em vigor a Lei 4.320/64 pouco foi alterada. No entanto
alguns fatores como a globalização da economia, a intensidade de mudanças vivenciadas
pelos mercados juntamente com o aumento da competitividade, impulsionaram as mudanças
vivenciadas na contabilidade nacional, tornando indispensável rever os dispositivos da
referida Lei (XAVIER JUNIOR, 2011). Neste contexto surgiu a necessidade de se adequar
procedimentos, conceitos, registros e demonstrações contábeis adotadas pelos entes públicos
brasileiros para promover a convergência com os padrões internacionais de contabilidade
aplicada ao setor.
Diante de tal afirmação, em 2007 foi criado no Brasil através da Resolução CFC nº
1.103/2007, o Comitê Gestor de Convergência, com a incumbência de colaborar para o
18
aperfeiçoamento das práticas contábeis, ampliado à transparência frente ao processo de
convergência aos padrões internacionais (MENESES; PETER, 2012).
Ainda merece considerar o envolvimento da Secretaria do Tesouro Nacional (STN)
que, através da Portaria nº 184, de 25/08/2008 do Ministério da Fazenda, recebeu a missão de
identificar as necessidades de convergência às normas emitidas pela IFAC e pelo Conselho
Federal de Contabilidade (CFC).
Em 2009 a STN promulgou o Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público
(MCASP) destacando métodos para preparar e divulgar as demonstrações contábeis como
forma de dar aplicabilidade as NBCASP (MENESES; PETER, 2012).
Objetivando contribuir com a elaboração e execução do orçamento e dos registros
patrimoniais, econômicos e financeiros, o MCASP busca uniformizar os métodos contábeis
gerando por meio de demonstrações adaptadas aos padrões internacionais informação útil para
os usuários (BRASIL, 2013).
Além disso, o CFC, em parceria com outros órgãos como a STN passou a disponibilizar
a todos os profissionais da contabilidade pública no Brasil a tradução das IPSAS contribuindo
desse modo no processo de convergência às normas internacionais (IFAC, 2010).
Outro marco importante no processo de convergência deu-se quando o CFC editou em
2008 as dez primeiras Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público
(NBCASP) trazendo alterações substanciais para a contabilidade governamental no país.
2.2.1 Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBCASP)
Desde 2008 iniciou-se uma nova era para a Contabilidade Pública Brasileira
comprovada, com efeito, quando o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) emitiu as 10
primeiras Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBCASP) (16.1 a
16.10) aprovada através das Resoluções nos
1.128 a 1.137/2008. Em 2011, mais uma norma
foi aprovada pela Resolução CFC nº 1.366/2011 a NBC T 16.11 – Subsistema de Informação
de Custos do Setor Público tratando sobre a conceituação, o objeto, os objetivos e as regras
básicas para a introdução de um subsistema de custos na área pública (NBC T 16.11).
Tendo em vista promover a convergência às Normas Internacionais, as NBCASP
passam a emitir de uma série de procedimentos de modo a adaptar os métodos utilizados pelos
entes governamentais brasileiros (XAVIER JÚNIOR, 2011).
19
Lima, Santana e Guedes (2009, p. 18), entendem que:
As dez primeiras NBCASP têm como objetivo fornecer um novo arcabouço
conceitual para a contabilidade aplicada ao setor público e contribuir para a
uniformização de práticas e procedimentos contábeis, em virtude da dimensão e da
diversidade da estrutura da Administração Pública Brasileira. Ao mesmo tempo, elas
visam avançar na consolidação e integração com as normas internacionais.
Nessa perspectiva, as NBCASP surgem para ajustar a Lei Federal nº 4.320/64 e a Lei
Complementar nº 101/00 (LRF) de acordo com os princípios de Contabilidade, interpretados
sob o ponto de vista do setor público brasileiro (KLEIN, 2013).
Além disso, as NBCASP apresentam uma nova visão para a Contabilidade Pública,
como evidencia Azevedo, Souza e Veiga (2009, p. 9):
O orçamento deixa de ser o protagonista da história da administração pública para se
tornar um coadjuvante importante, que trata do fluxo de caixa do governo com base
em autorização legislativa para arrecadar receitas e realizar despesas. E finalmente, o
patrimônio passa ao papel de principal objeto da Contabilidade, tal como deve ser.
Frente a esse panorama Lima (2012), considera que adaptar a contabilidade pública
brasileira aos padrões internacionais é a maior finalidade dessas alterações, culminando
inclusive na substituição do regime misto ainda utilizado, para a total adesão ao regime de
competência, por este melhor retratar a situação patrimonial. Assim, a adoção plena dessas
normas implicará em uma contabilidade pública voltada não apenas para resultados com
enfoque na gestão orçamentária, mas que levará também a uma maior representação do
patrimônio público.
No entanto, as NBCASP só poderão atingir o fim a que se destinam caso consiga
ultrapassar as resistências que lhes são impostas, necessitando para tanto contar com a
colaboração daqueles que operam a contabilidade, isso por que para muitos, a mudança é
sinônimo de transformações complexas, radicais e dramáticas ocasionando rejeição entre as
pessoas por estas darem preferência ao que já é rotineiro, familiar (DOHERTY; HORNE,
2002).
Na sequência o Quadro 1 evidencia de forma resumida as 11 Normas Brasileiras de
Contabilidade Aplicadas ao Setor Público destacando seus objetivos gerais.
20
Quadro 1 – Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica 16 RESOLUÇÃO
CFC
NORMA
RELACIONADA OBJETIVO GERAL
nº 1.128/08 NBC T 16.1 Dispõe sobre a conceituação, objetivo e campo de aplicação da
contabilidade aplicada ao setor público.
nº 1.129/08 NBC T 16.2
Institui o conceito de patrimônio público classificando seus elementos
sob o aspecto contábil, além de apresentar o conceito e a estrutura do
sistema de informação contábil.
nº 1.130/08 NBC T 16.3 Estabelece as bases para controle contábil sobre o planejamento das
entidades do setor público.
nº 1.131/08 NBC T 16.4 Estabelece conceitos, natureza e tipicidades das transações no setor
público.
nº 1.132/08 NBC T 16.5 Dispõe sobre critérios para registrar contabilmente atos e fatos que afetam
ou podem vir a afetar o patrimônio das entidades governamentais.
nº 1.133/08 NBC T 16.6 Estabelece as demonstrações contábeis a serem elaboradas e
divulgadas pelos entes públicos.
nº 1.134/08 NBC T 16.7 Estabelece conceitos, abrangência e procedimentos para consolidação
das demonstrações contábeis no setor público.
nº 1.135/08 NBC T 16.8
Estabelece referenciais para o controle interno como suporte do
sistema de informação contábil, no sentido de minimizar riscos e dar
efetividade às informações da contabilidade.
nº 1.136/08 NBC T 16.9 Estabelece critérios e procedimentos para registrar contabilmente a
depreciação, amortização e exaustão.
nº 1.137/08 NBC T 16.10 Estabelece critérios e procedimentos para avaliar e mensurar ativos e
passivos que integram o patrimônio de entidades públicas.
nº 1.366/11 NBC T 16.11 Estabelece a conceituação, o objeto, os objetivos e as regras básicas
para implantar o subsistema de custos no setor público.
Fonte: Adaptado de CFC (20081, 2011).
Ao serem publicadas em 2008 as NBCASP tinham caráter facultativo para o exercício
de 2010 conforme Portarias da STN nº 467 e 751/2009 e se tornariam obrigatórias a partir de
2012 para a União, Estados e Distrito Federal, enquanto para os Municípios essa
obrigatoriedade seria para 2013. No entanto a STN por meio da Portaria nº 753/2012
prorrogou para o final de 2014 a observância plena dessas normas pela União, Estados, DF e
Municípios (BRASIL, 2012b).
2.2.2 Norma Brasileira de Contabilidade Técnica 16.6
Dentre as 10 primeiras normas publicadas a NBCT 16.6 – Demonstrações Contábeis,
aprovada através da Resolução CFC 1.133/2008 e posteriormente alterada pela Resolução
CFC nº 1.268/2009 instituiu as demonstrações contábeis a serem elaboradas e publicadas
pelos entes federativos.
21
A Lei 4.320/64 no capítulo IV, art. 101, estabelece aos entes públicos a elaboração de
quatro demonstrações como forma de evidenciar os resultados gerais do exercício, são elas: o
Balanço Financeiro, Balanço Patrimonial, Balanço Orçamentário e a Demonstração das
Variações Patrimoniais (BRASIL, 1964). Adicionalmente, a NBCT 16.6 traz também a
Demonstração do Fluxo de caixa de caráter obrigatório e a Demonstração do Resultado
Econômico, sendo facultativa sua elaboração. A norma institui ainda que as Demonstrações
Contábeis de cada exercício financeiro devem ser seguidas de anexos, por outros
demonstrativos exigidos por lei e pelas notas explicativas (NBCT 16.6).
Dessa forma a NBCT 16.6 além trazer a inserção de novas demonstrações para o setor
público realiza também mudanças no conteúdo e na estrutura das demonstrações contábeis
instituídas pela Lei 4.320/64.
O CFC publicou recentemente a Resolução CFC Nº 1.437/13 que exclui da NBC T
16.6 a Demonstração do Resultado Econômico passando esta a ser evidenciada através da
NBC T 16.11 aprovada por meio da Resolução nº 1.366/11 que trata do Sistema de
Informação de Custos do Setor Público (CFC, 2013).
2.3 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS APLICADAS AO SETOR PÚBLICO CONFORME
A LEI 4.320/64
A Lei nº 4.320/64 em seu art. 101 institui o conjunto de demonstrações contábeis a
serem elaboradas e publicadas pelos entes públicos. Fazem parte desse conjunto o Balanço
Orçamentário, o Balanço Financeiro, o Patrimonial e a Demonstração das Variações
Patrimoniais (BRASIL, 1964).
Conforme o art. 102 da Lei 4.320/64 o Balanço Orçamentário evidenciará o resultado
orçamentário confrontando as receitas e despesas previstas com as realizadas (BRASIL,
1964). Desse modo essa demonstração encontra-se estruturada em duas colunas que compara
o planejado com o efetivamente executado e uma terceira coluna que calcula a diferença.
O Balanço Orçamentário deve satisfazer ao formato estrutural exposto no Anexo 12 da
Lei 4.320/64, adaptado pela Portaria nº 749, de 15 de dezembro de 2009, da Secretaria do
Tesouro Nacional (QUINTANA et al., 2011). As informações prestadas sobre o orçamento
público mediante o balanço orçamentário permitem analisar através de indicadores o
desempenho da gestão orçamentária (CARVALHO; CECCATO, 2011).
22
A Lei 4.320/64 traz em seu art. 103 disposições sobre o Balanço Financeiro informando
que este demonstrará as receitas e a despesas orçamentárias além dos recebimentos e
pagamentos de natureza extra orçamentária, associados com os saldos em espécies originados
do exercício anterior, e os que serão conduzidos para o exercício seguinte (BRASIL, 1964).
Para Carvalho e Ceccato (2011), o Balanço Financeiro reflete a igualdade entre os
ingressos e dispêndios de recursos financeiros dos órgãos e entidades da Administração
pública. Dessa forma, “esta demonstração permite verificar os fluxos financeiros, tornando-se
relevante para o planejamento dos dispêndios do setor público” (XAVIER JÚNIOR; PAULO;
SILVA, 2010).
O Anexo 13 da Lei 4.320/64, ajustado pela portaria nº 749, de 15 de dezembro de
2009 dispõe sobre a estrutura do Balanço Financeiro, de forma que este deve ser elaborado
em duas sessões: ingressos (orçamentários e extra orçamentários) e dispêndios (orçamentários
e extra orçamentários) inserindo as disponibilidades do exercício anterior na coluna dos
ingressos, e as disponibilidades para o exercício seguinte na coluna dos dispêndios como
forma de igualar as duas sessões.
O Balanço Patrimonial é uma demonstração “estática” que evidencia as contas
representativas de bens, direitos e obrigações, as contas de compensação além do saldo
patrimonial das entidades públicas. Ratificando o conceito, Rosa (2011) pronuncia que o
Balanço Patrimonial é um demonstrativo “estático” por evidenciar em uma data estabelecida a
posição do patrimônio de órgãos ou entidades públicas no momento da apuração do balanço.
O art. 105 da Lei 4.320/64 institui o Balanço Patrimonial aplicado aos entes públicos;
sua estrutura encontra-se disposta no Anexo 14 da referida lei que deve demonstrar ativos e
passivos (financeiros e permanentes) da entidade, o saldo patrimonial e as contas de
compensação (ativos e passivos não financeiros) (BRASIL, 1964).
A Lei 4.320/64 atribui um aspecto orçamentário ao Balanço Patrimonial ao segregá-lo
em itens financeiros e não financeiros em função da dependência ou não da execução
orçamentária. A Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP) encontra-se estabelecida
pelo art. 104 da Lei 4.320/64 trazendo de forma evidente as alterações ocorridas no
patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária indicando ainda o
resultado patrimonial do período.
A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece em seu art. 50, inciso VI que “a
Demonstração das Variações Patrimoniais dará destaque a origem e ao destino dos recursos
provenientes da alienação de ativos”.
23
De acordo com Carvalho e Ceccato (2011) quando a gestão é avaliada por meio da
Demonstração das Variações Patrimoniais tem-se por fim apurar o quanto e de que forma a
Administração influenciou nas mutações patrimoniais quantitativas e qualitativas do setor público.
2.4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS APLICADAS AO SETOR PÚBLICO CONFORME
A NBC T 16.6
Os diversos critérios e práticas contábeis existentes impossibilita equiparar entre si as
demonstrações elaboradas em diferentes países, exigindo do leitor o entendimento desses
métodos de forma a propiciar comparações (SILVA, 2012).
Nessa perspectiva as demonstrações contábeis do setor público passaram por
modificações de modo a serem elaboradas baseando-se em padrões uniformes e homogêneos,
possibilitando aos diversos usuários de todo o mundo a utilização de informações transparentes,
confiáveis e comparáveis, nos processos de tomadas de decisões (SILVA, 2012).
Ante ao exposto, a NBC T 16.6 traz um conjunto de demonstrações a serem
elaboradas pelos entes públicos com o intuito de padronizá-las ampliando a capacidade
comparativa entre as informações evidenciadas nesses relatórios. Nesse sentido, a NBC T
16.6 estabelece que as demonstrações do setor público devem ser apresentadas do seguinte
modo:
O Balanço Orçamentário apresentará de forma detalhada por categoria econômica, as
receitas e despesas orçamentárias confrontando o orçamento inicial e suas alterações, além de
evidenciar o resultado orçamentário e discriminar: a) as receitas por fonte (espécie); e b) as
despesas por grupo de natureza.
Dessa forma, essa demonstração especificará nas receitas a previsão inicial, a previsão
atualizada, as receitas arrecadadas e o saldo (Receita Arrecadada-Previsão Atualizada), e nas
despesas a dotação inicial, a dotação atualizada, as despesas empenhadas, as liquidadas, as
despesas pagas e o saldo da dotação (Dotação Atualizada-Empenho).
Segundo o MCASP em obediência aos dispositivos da Lei 4.320/64 o Balanço
Orçamentário deve ser complementado por nota explicativa de forma a especificar as
despesas executadas por tipos de crédito (inicial, suplementar, especial extraordinário).
O Balanço Financeiro é formado por duas seções: Ingressos (Receitas Orçamentárias e
Recebimentos extraorçamentários) e Dispêndios (Despesa Orçamentária e Pagamentos
Extraorçamentários), que se equilibram com a inclusão do saldo em espécie do exercício
24
anterior na coluna dos ingressos e o saldo em espécie para o exercício seguinte na coluna dos
dispêndios.
A movimentação de recursos financeiros de caráter orçamentários ou
extraorçamentários serão evidenciadas no balanço financeiro, que demonstrará desse modo
todo e qualquer ingresso e desembolso de dinheiro (CARVALHO; CECCATO, 2011).
O Balanço Patrimonial apresenta de forma qualitativa e quantitativa a situação patrimonial
da entidade pública, encontrando-se estruturado em Ativo e Passivo Circulante, Ativo e Passivo
não circulante o Patrimônio Líquido, além das contas de compensação, que incluem os fatos que
podem vir a afetar o patrimônio. Ao Balanço Patrimonial deverá ser elaborado e anexado o
demonstrativo do superávit/déficit financeiro apurado no Balanço Patrimonial do Exercício.
Na Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP), são evidenciadas as alterações
qualitativas e quantitativas verificadas no patrimônio, que sejam resultantes ou independentes
da execução orçamentária, além do resultado patrimonial do período. O resultado patrimonial
do exercício é apurado através da diferença entre as variações quantitativas aumentativas e
diminutivas (KLEIN, 2013).
Para uma melhor percepção da finalidade dessa demonstração, pode-se falar que ela
tem papel semelhante à Demonstração do Resultado Econômico das empresas privadas, no
sentido de apurar as alterações constatadas no patrimônio (MCASP, 2009).
De acordo com Rosa (2011) a completa compreensão do Balanço Patrimonial só será
possível quando acompanhada da DVP por esta ser parte complementar aquela demonstração.
A inserção da Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) ao grupo de demonstrações a
serem elaboradas e divulgadas pelos entes públicos visa ampliar o grau de transparência nas
operações das entidades governamentais, especialmente na aplicação dos recursos disponíveis
auxiliando também no processo de convergência aos padrões internacionais.
Segundo a NBC T 16.6 além de possibilitar a apreciação sobre eventuais alterações em
torno da capacidade de garantir o regular financiamento dos serviços públicos, a
Demonstração dos Fluxos de Caixa ainda permite realizar a projeção de cenários de futuros
fluxos de caixas. Essa demonstração detecta (a) as fontes de geração dos fluxos de entrada de
caixa, (b) os itens de consumo de caixa durante o período das demonstrações contábeis, e (c)
o saldo do caixa na data das demonstrações contábeis.
A DFC encontra-se estruturada através de três fluxos: o das operações (representando
as atividades que formam as operações governamentais), os fluxos de investimentos (recursos
designados para a formação de capital) e os de financiamentos (capitalização por meio de
recursos externos).
25
Segundo a NBC T 16.6, a demonstração dos fluxos de caixa pode ser elaborada
através do método direto ou do método indireto, no entanto em alterações efetuadas no
MCASP, a 4ª e a 5ª edição deste já trazem a determinação para que os entes federativos
elaborem a DFC adotando o método direto, em função do método indireto não se aplicar ao
setor público. Em outras palavras, enquanto o método direto inicia-se com as entradas e saídas
de caixa das atividades operacionais, o método indireto parte da existência de um lucro
apurado não condizente com os objetivos a que se propõem as entidades públicas.
Para Andrade (2008) casos de sazonalidade, inadimplência de contribuintes, realização
de possíveis investimentos, dependência de recursos, vencimentos por ordem cronológica dos
desembolsos, indicadores de liquidez, manter controle sob o nível de endividamento, obter
uma visão geral da conjuntura das finanças públicas, dentre outros, são possíveis de verificar
por meio do fluxo de caixa da gestão pública.
Em síntese, a Demonstração dos Fluxos de Caixa surge como uma importante
ferramenta para avaliar a gestão pública, bem como verificar a aplicação dos recursos
públicos por meio da Accountability.
A semelhança existente entre as informações prestadas pelo Balanço Financeiro com
as que são encontradas na DFC pode levar a usuários menos atentos a concluírem que a DFC
pode substituir o Balanço Financeiro, no entanto pesquisas como a de Dias et al. (2013)
apontou que a DFC vem complementar as informações fornecidas pelo Balanço Financeiro,
não sendo portanto possível a substituição de uma demonstração pela outra, já que essa troca
poderá levar a perda de informações importantes.
A Demonstração do Resultado Econômico (DRE) objetiva comprovar o resultado
econômico das ações do setor público. Esta demonstração deve ser estruturada evidenciando
de forma dedutiva a: (a) a receita econômica dos serviços prestados e dos bens ou dos
produtos fornecidos; (b) os custos e despesas identificados com a execução da ação pública; e
(c) o resultado econômico apurado; além disso, sua elaboração deve estar interligada ao
sistema de custos.
A apreciação da Demonstração do Resultado Econômico visa determinar se no tocante
a economicidade a atividade, programa ou ação da entidade do setor público está provocando
déficit, equilíbrio ou superávit econômico (SILVA, 2012). Dessa forma, essa demonstração
possibilita avaliar a eficiência da gestão pública utilizando para tanto os custos dos serviços
prestados, o Resultado Econômico e a Receita Econômica.
Nessa conjuntura, a Demonstração do Resultado Econômico, possibilita definir de
forma transparente além dos custos de produtos ou serviços utilizados pelos entes públicos no
26
atendimento ao bem-estar da sociedade, disponibilizar também informações para subsidiar o
processo decisório sobre a melhor forma de alocar recursos escassos.
A NBC T 16.6 evidencia que as informações contidas nas notas explicativas devem
estar revestidas de informações relevantes, complementares ou suplementares, quando estas
estiverem ausentes ou forem apresentadas de forma deficiente nas demonstrações. Nessa
concepção as notas explicativas como item complementar das demonstrações contábeis, vêm
trazer informações adicionais não constantes nas referidas demonstrações, de modo a facilitar
a sua compreensão.
A STN prorrogou recentemente por meio da Portaria Nº 753/2012 o prazo para que as
demonstrações contábeis aplicadas ao setor público sejam elaboradas no novo formato; dessa
maneira as demonstrações são ainda consideradas nos moldes da Lei 4.320/64 para o
encerramento do exercício de 2013 tornando-se obrigatória a todos os entes federados à sua
elaboração utilizando o novo formato para o encerramento do balanço de 2014.
A nova Portaria institui que até 31 de maio de 2013 todos os entes federativos deverão
anunciar seus cronogramas de ações a seguir para cumprir o prazo estabelecido. O normativo
institui ainda que tanto o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) quanto as
Demonstrações Aplicadas ao Setor Público (DCASP) deverão ser inteiramente observados em
2015 quando ocorre a consolidação nacional das contas de 2014. Dessa forma, a partir de
2015 caso os entes ao enviarem suas contas não adotem os novos modelos exigidos, poderão
sofrer dentre outras restrições o não recebimento de transferências voluntárias e de contratar
operações de crédito (STN, 2013).
Entretanto para alcançar os objetivos a que se propõem as demonstrações contábeis
aplicadas ao setor público; ainda faz-se necessário a sua difusão perante os usuários dessas
informações. Nessa conjuntura a NBC T 16.6 enumera as possíveis formas de divulgação das
demonstrações que pode ser através da imprensa oficial, envio a associações, conselhos
representativos e aos órgãos de controle interno e externo, além do acesso público em meios
de comunicação eletrônicos.
2.5 EVIDENCIAÇÃO (DISCLOSURE)
Para a Contabilidade evidenciação é a capacidade de transmitir por meio dos
demonstrativos ou relatórios informações de natureza econômico-financeira sobre determinada
empresa auxiliando aos usuários na tomada de decisão (MACHADO; NUNES, 2006).
27
Em outras palavras a evidenciação está ligada ao atendimento das expectativas dos
usuários se relacionando para tanto com a capacidade de fornecer informações adequadas,
claras e de fácil compreensão de modo a possibilitar o atendimento de necessidades distintas.
Lima et al. (2012) ressalta que a satisfação das necessidades informacionais para um
contingente maior de usuários pode ser alcançada pelo aumento no quantitativo de
evidenciação contábil; acrescenta ainda que a presença de informações complementares e com
qualidade nos informativos financeiros objetivam melhorar a compreensibilidade destes.
Conforme Iudícibus (2010) várias são as formas de realizar a evidenciação,
encontrando-se disponíveis, dentre outras:
Forma e apresentação das demonstrações contábeis: esse mecanismo deve expor
um quantitativo maior de evidenciação. Além da nomenclatura utilizada à forma ou
a ordem em que são colocadas as demonstrações auxiliam a interpretação e
consequentemente melhora a evidenciação;
Notas explicativas têm por finalidade complementar as informações das
demonstrações; informações essas, que não foram possíveis de serem retratadas ao
longo do relatório contábil, mas que são essenciais para possibilitar o entendimento
pelo usuário, entre elas estão os critérios utilizados na elaboração das demonstrações;
Quadros e demonstrativos suplementares: por meio desse método é possível
detalhar itens presentes no corpo dos demonstrativos de modo a ampliar o
entendimento. Em alguns países como o Brasil, estes quadros por vezes encontram-
se inclusos nas notas explicativas.
No que tange ao setor público, Meneses e Peter (2012) apresentam a evidenciação como
um instrumento indispensável para a redução de informações assimétricas entre gestores
públicos e a sociedade em geral. No entanto Nascimento, Santo e Vicente (2012) lembram que
por muitas vezes a forma como se encontram dispostas tais informações, são passíveis de
interpretação por apenas uma reduzida quantidade de cidadãos. Nesse sentido, a informação
acaba não cumprindo seu papel enquanto ferramenta de apoio ao processo decisório.
Segundo o International Accounting Standards Bord (IASB apud SOARES, 2010)
“o disclosure está vinculado ao atendimento das características qualitativas da informação
contábil – compreensibilidade, relevância, confiabilidade, comparabilidade – buscando torná-
la mais útil e aumentando a capacidade de avaliação preditiva do usuário”
28
Logo, para que a evidenciação atinja seu objetivo, a divulgação das informações
precisa ser feita de forma qualitativa e quantitativa observando aspectos como fidedignidade,
tempestividade e relevância, isso se deve ao fato de que essas informações devem
proporcionar aos usuários capacidade de interpretação dos fatos ocorridos na instituição.
2.6 CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
De acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC 00) Estrutura
Conceitual Básica “as características qualitativas são os atributos que tornam a informação
apresentada nas demonstrações contábeis úteis para os usuários” (CPC, 2011).
Segundo Gonçalves et al. (2010) a descrição das características qualitativas da
informação contábil está associada à necessidade de proporcionar informações úteis ao
usuário como forma de evitar a exposição de informações desnecessárias.
A Resolução CFC nº 785/95 pronuncia que para facilitar a realização dos propósitos
do usuário, a informação contábil, notadamente aquela contida nas demonstrações contábeis e
previstas em legislação, deve proporcionar revelação suficiente sobre a entidade, revestindo-
se de atributos (CFC, 1995).
Nessa perspectiva, o CPC 00 descreve em seu capítulo 3 as características qualitativas
fundamentais (Relevância e Representação Fidedigna) e de melhoria (Compreensibilidade,
Verificabilidade, Tempestividade e Comparabilidade) que devem estar contidas nas
demonstrações contábeis de forma a ampliar a utilidade informacional. São elas:
2.6.1 Relevância
Para que a informação tenha utilidade ela precisa ser relevante ao ponto de fazer
diferença nas tomadas de decisões pelos usuários. Quando a informação contábil-financeira
possui valor preditivo (ao fornecer mecanismos capazes de prever resultados), Valor
confirmatório (capaz de confirmar ou alterar julgamentos prévios) ou os dois
simultaneamente, se mostra, portanto relevante (CPC 00-R1, 2011).
Outro aspecto que se diz ligado à relevância é a materialidade da informação que
quando omissa ou inexata ao ser divulgada puder influenciar nas decisões econômicas dos
usuários. Sobre a materialidade Bonízio (2001) ressalta que aquelas informações não
auxiliares a tomada de decisão e que de alguma forma possa comprometer o entendimento
devem ser omitidas, constando nesse caso apenas itens relevantes para o usuário.
29
2.6.2 Representação fidedigna
Para ser fidedigna a informação deve está fundamentada na veracidade, estando livre
de erros substanciais e vieses, além de refletir honestamente aquilo que se pretende
demonstrar (CPC 00-R1, 2011). Campelo (2007, p. 48) esclarece que “A característica da
representação fiel garante à informação contábil a evidenciação fidedigna dos fatos ocorridos
no patrimônio das organizações de modo que se configure em uma fonte segura de
informação”.
Como forma de representar fielmente à realidade, a informação deve ser:
Completa: retratando na íntegra e com o máximo de detalhes as informações sobre
o fenômeno, possibilitando um melhor entendimento para o usuário;
Neutra: encontrando-se isenta de viés;
Livre de Erro: ao empregar certo grau de precaução no exercício de julgamentos
para as estimativas em condições de incerteza.
Nesse sentido, quando a informação apresentar fielmente os atos e fatos a que se
propõe, os maiores beneficiados serão os usuários visto que, terão uma base segura para
subsidiar o processo decisório, culminando em decisões assertivas e com menores riscos.
2.6.3 Compreensibilidade
A Compreensibilidade diz respeito ao nível de clareza e objetividade existentes em
uma informação quando divulgada, encontrando-se atrelada a uma série de dispositivos que
vão desde o emprego de recursos gráficos chegando até o método utilizado na exposição
(CFC, 1995).
As informações contábeis devem ser evidenciadas nas demonstrações de forma que o
usuário possa entendê-la e utilizá-la na tomada de decisão. Para tanto, deve-se considerar
previamente que os usuários já possuem um razoável conhecimento em contabilidade, tendo
inclusive ciência das atividades e negócios da instituição. Além disso, estes devem estar
dispostos a analisar em maior profundidade as informações que lhes forem prestadas (ROSA,
2011).
Ainda de acordo com Rosa (2011), as informações que possam influenciar os usuários
na tomada de decisões jamais devem ser eliminadas das demonstrações contábeis, mesmo
30
aquelas matérias que apresentam um grau maior de complexidade e que tragam dificuldades
ao entendimento dos usuários.
2.6.4 Verificabilidade
A verificabilidade possibilita assegurar que a informação retrata o que se propôs a
evidenciar utilizando para isso, um razoável nível de consenso entre observadores distintos
sobre fenômenos analisados, embora essa concordância não ocorra de forma plena.
2.6.5 Tempestividade
Informação tempestiva é aquela que se encontra disponível para os usuários no
momento certo, ou seja, a tempo de influenciá-los na tomada de decisão. Corroborando com
tal afirmação Oliveira (2001) relata que uma informação produzida e não difundida em tempo
hábil praticamente perde o seu significado já que a sua capacidade de reduzir incertezas
depende da oportunidade de sua distribuição. Diante disso, percebe-se que para que os
usuários possam usufruir de forma útil de uma informação ela tem que possuir o atributo da
tempestividade.
2.6.6 Comparabilidade
A característica da comparabilidade se faz presente quando ela permite aos usuários
extrair dos demonstrativos contábeis informações capazes de possibilitá-los fazer uma
comparação da empresa com ela própria em períodos diferentes e também com outras
empresas a fim de poder avaliar tendências e a posição da entidade frente às demais. No
mesmo sentido Paulo (2002) considera que a comparabilidade diz respeito à ampliação
significativa da utilidade informacional quando esta é exibida possibilitando comparar uma
entidade a outra, ou a própria entidade em datas distintas.
Conforme Malacrida (2009) a comparabilidade também se refere à consistência e
uniformidade dos métodos contábeis empregados para elaborar as demonstrações contábeis.
Corroborando com este pensamento Hendriksen e Van Breda (1999), pronunciam a
uniformidade como atributo indispensável à comparabilidade da informação.
Para Filho et al. (2009) “A comparabilidade está associada à ideia de uniformidade e
consistência de procedimentos por parte de quem prepara as informações contábeis”.
31
Acrescenta ainda, que a capacidade dos usuários analisar e estudar comparativamente exige que
tanto a avaliação de ativos e passivos da entidade quanto os critérios utilizados para mensurá-los
sejam claramente divulgados assim como as alterações ocorridas ao longo do tempo.
Sobre uniformidade e consistência Paulo (2002, p. 114) afirma que:
Quanto à Uniformidade, subentende-se que eventos iguais são representados de
maneira idêntica, podendo ser definido também, como sendo a qualidade de possuir
características suficientemente parecidas para tornar as comparações apropriadas. E
a Consistência tem sido usada como referência ao uso dos mesmos procedimentos
contábeis por uma dada empresa ou entidade contábil de um período para outro, ao
uso de conceitos e procedimentos de mensuração semelhantes para itens afins nas
demonstrações de uma empresa, num dado período, e ao uso dos mesmos
procedimentos por empresas diferentes.
Em síntese, o atributo da comparabilidade requer o emprego de métodos consistentes e
uniformes tanto na preparação das demonstrações contábeis, quanto para efetuar os registros das
diversas transações que ocorrem na entidade, culminando dessa forma, na ampliação da
capacidade dos usuários confrontarem a evolução e alterações incididas na posição patrimonial
e financeira, medindo seu desempenho com o de outras entidades ao longo do tempo.
32
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Esta seção incube-se em descrever os procedimentos metodológicos adotados para a
realização da pesquisa. Dessa forma serão apresentados desde a classificação da pesquisa,
incluindo o universo e amostra desta, chegando ao tratamento e análise pelos quais passaram os
dados. Por fim, abre-se um tópico versando sobre as limitações encontradas ao longo do estudo.
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA
O enquadramento metodológico do presente estudo é classificado quanto aos objetivos
como sendo de uma pesquisa descritiva. A pesquisa descritiva “objetiva descrever
características de determinada população ou estabelecimento de relações entre variáveis”
(GIL, 2002), e encontra-se explícita nesse estudo ao descrever as características qualitativas
de melhorias evidenciadas nas demonstrações contábeis estudadas. Classifica-se ainda como
uma pesquisa bibliográfica e de análise documental quanto aos procedimentos técnicos
utilizados. Ainda de acordo com Gil (2002, p. 45):
A pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A diferença
essencial entre ambas está na natureza das fontes: Enquanto a pesquisa bibliográfica
se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre
determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não recebem
ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com
os objetos da pesquisa.
Quanto à abordagem do problema o estudo é classificado como uma pesquisa
qualitativa por não utilizar-se de nenhum método estatístico como base de análise. Para
Beuren (2013), a investigação qualitativa proporciona um maior aprofundamento sobre o
objeto a ser analisado, tendo em vista revelar particularidades não evidenciadas mediante um
estudo quantitativo, por este tratar a problemática de forma mais superficial.
3.2 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS
Os dados necessários para a realização da pesquisa foram coletados por meio de fontes
secundárias pelas quais foram extraídas as demonstrações contábeis, objeto de estudo, elaboradas
e publicadas pelo município de Mossoró/RN referentes aos exercícios de 2011 e 2012. Já para a
elaboração das demonstrações contábeis estruturadas no formato proposto pela NBC T 16.6,
33
partiu-se de dados primários. As informações relacionadas ao problema em discursão foram
obtidas por meio de estudo bibliográfico e de análise documental, realizando consultas a livros,
revistas especializadas, manuais, artigos científicos, dissertações, sites da internet, relatórios
contábeis e legislações relacionadas, como forma de melhor fundamentar a pesquisa.
Em virtude dos períodos para publicação dos demonstrativos contábeis do setor
público está compreendido entre dezembro a abril do ano seguinte, nesta pesquisa optou-se
por adotar o período correspondente a 2011 e 2012 em vez de 2012 e 2013, já que neste caso
não haveria tempo hábil para a utilização das informações publicadas pelo município de
Mossoró/RN referentes ao exercício de 2013.
3.3 AMOSTRA
A pesquisa tem como objeto de análise as demonstrações contábeis elaboradas e
publicadas pelo Município de Mossoró/RN referente aos exercícios de 2011 e 2012 segundo a
estrutura proposta pela Lei 4.320/64 em comparação com o novo formato trazido pela NBC T
16.6. Optou-se pela utilização dessas demonstrações tendo em vista a facilidade de acesso às
informações por estas se encontrarem disponíveis no site da Prefeitura do município. Além
disso, a necessidade de coletar dados in loco na Contadoria Geral do Município também
influenciaram.
Mossoró limita-se ao norte como Estado do Ceará e o Município de Grossos; ao sul
com os Municípios de Governador Dix-Sept Rosado e Upanema; ao leste com Areia Branca e
Serra do Mel; e a oeste com Baraúna. Localizado a 278 km da capital (Natal) e com uma
população de aproximadamente 266.758 habitantes segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE, 2012), o município é o maior produtor de sal do país, bem
como um dos maiores produtores de petróleo em terra. A fruticultura irrigada é outro
segmento de importância para o município, estando voltada, em sua maior parte, para a
exportação, com destaque para a produção do melão (Prefeitura Municipal de Mossoró).
3.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS
Para a análise e interpretação dos dados foi utilizado o método de análise documental,
que para Richardson (2009, p. 140), este método “consiste em uma série de operações que
visam estudar um ou vários documentos para descobrir as circunstâncias sociais e econômicas
com as quais podem estar relacionados”.
34
Dessa forma, com o intuito de atingir os objetivos propostos nesta pesquisa,
inicialmente foi realizado um levantamento bibliográfico sobre as mudanças trazidas para a
contabilidade governamental com o processo de convergência das normas de Contabilidade
aplicadas ao setor público, evidenciando inclusive a aprovação das NBCASP em especial a
16.6 com as alterações nas demonstrações contábeis públicas. Em seguida através do site da
prefeitura de Mossoró/RN foram extraídas as demonstrações elaboradas e publicadas pelo
município ainda no formato exigido pela Lei 4.320/64 referentes aos exercícios de 2011 e
2012, além disso, foram coletadas in loco na Contadoria Geral do Município de Mossoró/RN
informações suplementares necessárias para a elaboração das demonstrações contábeis de
acordo com as estruturas propostas pela NBC T 16.6.
Com base nesses dados, a pesquisa realizou uma simulação nos Relatórios contábeis
obrigatórios para o ano de 2012 adotando a nova estrutura proposta. Em seguida efetuou-se uma
análise comparativa entre as demonstrações contábeis elaboradas pelas estruturas correntes com
a nova estrutura proposta. Por fim, a pesquisa tratou sobre as características qualitativas da
informação contábil que devem está presente nas demonstrações, com o intuito de verificar se
as novas estruturas refletem um melhor nível de Compreensibilidade e Comparabilidade
informacional de modo a atender as necessidades dos usuários.
Dessa forma, caso as estruturas propostas pela NBC T 16.6 insiram novas informações
de forma clara ou que passe a melhor detalhar as já existentes, considera-se que melhorou o
nível de compreensibilidade. A melhoria no nível de Comparabilidade informacional será
comprovada caso os novos formatos de demonstrações permitam melhor identificar
similaridades e diferenças nas transações das entidades seja pela utilização de iguais padrões
na elaboração de tais relatórios, ou pelo acréscimo de informações de exercícios anteriores.
Cabe ainda mencionar que na pesquisa foram apresentadas as características qualitativas
da informação contábil alicerçadas na estrutura conceitual básica apresentada pelo Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC).
3.5 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA
A pesquisa realizada no município de Mossoró/RN limitou-se a estabelecer
comparações entre as demonstrações contábeis (Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro,
Balanço Patrimonial e Demonstração das Variações Patrimoniais) previstos no art. 101 da Lei
4.320/64 com a nova estrutura proposta, mencionando ainda a inserção da DFC que será
35
apresentada de forma sucinta, por esta só ter sido inclusa no rol das demonstrações elaboradas
pelos entes públicos após a edição da NBC T 16.6, o que impede de se realizar análise
comparativa por inexistir a demonstração para o setor público nos moldes da Lei 4.320/64. A
Demonstração do Resultado Econômico não foi discutida de forma aprofundada na pesquisa e
também não será alvo de análise comparativa por falta de elementos para sua elaboração em
virtude de o município ainda não dispor de dados referentes à apuração de custos públicos e
até mesmo por ser facultativo aos entes da federação sua elaboração.
A pesquisa limitou-se também a analisar apenas as características qualitativas da
Comparabilidade e da Compreensibilidade, visto que a Relevância, Materialidade,
Representação Fidedigna, Verificabilidade e Tempestividade são atributos impossíveis de
serem mensurados analisando apenas as estruturas das demonstrações, visto que estão
atrelados a outros fatores, como a forma de registro dessas informações, por exemplo.
Além disso, é importante ressaltar que o estudo deu ênfase a NBCT 16.6 por essa
norma abordar a temática principal da pesquisa, ou seja, as demonstrações contábeis aplicadas
ao setor público, desse modo, as demais normas constantes na NBCT 16 (16.1, 16.2, 16.3,
16.4, 16.5, 16.7, 16.8, 16.9, 16.10 e 16.11) foram apenas mencionadas por fazerem parte do
processo de mudanças na contabilidade pública brasileira.
36
4 ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
4.1 BALANÇO ORÇAMENTÁRIO
No Quadro 2, encontra-se evidenciado o Balanço Orçamentário divulgado pela
Prefeitura Municipal de Mossoró/RN no exercício de 2012 de acordo com o formato exigido
pela Lei 4.320/64 e no Quadro 3 apresenta-se o Balanço Orçamentário do município citado
seguindo a estrutura proposta pela NBC T 16.6.
Quadro 2 – Balanço Orçamentário RECEITA
Título Previsão Execução Diferença
Receitas correntes 416.585.340,00 451.497.626,84 34.912.286,84
Receita tributária 59.125.196,00 68.329.246,18 9.204.050,18
Receita de contribuição 14.510.200,00 17.632.774,98 3.122.574,98
Receita patrimonial 2.903.900,00 4.195.814,58 1.291.914,58
Receita de serviços – – –
Transferências correntes 324.796.844,00 349.610.672,04 24.813.828,04
Outras receitas correntes 15.249.200,00 11.729.119,06 -3.520.080,94
Receitas de capital 84.572.324,00 15.222.875,74 -69.349.448,26
Operações de crédito 42.422.124,00 3.969.684,00 -38.452.440,00
Alienação de bens – – –
Transferências de capital 42.150.200,00 11.253.191,74 -30.897.008,26
Outras receitas de capital – – –
Receitas intraorçamentárias 6.910.500,00 8.564.711,23 1.654.211,23
Dedução de receita para formação do Fundef 35.329.412,00 33.370.133,70 -1.959.278,30
Soma 472.738.752,00 441.915.080,11 -30.823.671,89
Déficit – – –
TOTAL 472.738.752,00 441.915.080,11 -30.823.671,89
DESPESA
Título Fixação Execução Diferença
Créditos orçamentários e suplementares 514.358.996,86 393.475.017,31 -120.883.979,55
Créditos especiais 62.246.121,63 18.408.605,80 -43.837.515,83
Soma 576.605.118,49 411.883.623,11 -164.721.495,38
Superávit -103.866.366,49 30.031.457,00 133.897.823,49
TOTAL 472.738.752,00 441.915.080,11 -30.823.671,89
Fonte: Adaptado da Prefeitura Municipal de Mossoró (2012).
Quadro 3 – Balanço Orçamentário do Município de Mossoró exercício 2012 (de acordo
com a NBNC T 16.6) (continua)
RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Previsão
inicial
Previsão
atualizada (a)
Receitas
realizadas (b)
Saldo
c = (a – b)
RECEITAS CORRENTES 409.495.840,00 416.585.340,00 451.497.626,84 -34.912.286,84
RECEITA TRIBUTÁRIA 59.125.196,00 59.125.196,00 68.329.246,18 -9.204.050,18
Impostos 54.885.196,00 54.885.196,00 64.771.401,28 -9.886.205,28
Taxas 4.240.000,00 4.240.000,00 3.557.844,90 682.155,10
Contribuição de Melhoria
RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES 7.600.000,00 14.510.200,00 17.632.774,98 -3.122.574,98
Contribuições Sociais – 6.910.200,00 8.371.603,11 -1.461.403,11
Contribuições Econômicas 7.600.000,00 7.600.000,00 9.261.171,87 -1.661.171,87
RECEITA PATRIMONIAL 2.725.300,00 2.903.900,00 4.195.814,58 -1.291.914,58
37
Quadro 3 – Balanço Orçamentário do Município de Mossoró exercício 2012 (de acordo
com a NBNC T 16.6) (continuação)
RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Previsão
inicial
Previsão
atualizada (a)
Receitas
realizadas (b)
Saldo
c = (a – b)
Receitas Imobiliárias 2.000,00 2.000,00 2.594,93 -594,93
Receitas de Valores Mobiliários 2.723.300,00 2.901.900,00 4.193.219,65 -1.291.319,65
Receita de Concessões e Permissões
Outras Receitas Patrimoniais
RECEITA AGROPECUÁRIA
Receita da Produção Vegetal
Receita da Prod. Animal e Derivados
Outras Receitas Agropecuárias
RECEITA INDUSTRIAL
Receita da Indústria de Transformação
Receita da Indústria de Construção
Outras Receitas Industriais
RECEITA DE SERVIÇOS
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 324.796.844,00 324.796.844,00 349.610.672,04 -24.813.828,04
Transferências Intergovernamentais 314.186.184,00 314.186.184,00 347.211.326,01 -33.025.142,01
Transferências de Instituições Privadas
Transferências do Exterior
Transferências de Pessoas
Transferências de Convênios 10.610.660,00 10.610.660,00 2.399.346,03 8.211.313,97
Transferências para o Combate à Fome
OUTRAS RECEITAS CORRENTES 15.248.500,00 15.249.200,00 11.729.119,06 3.520.080,94
Multas e Juros de Mora 1.632.500,00 1.632.700,00 2.863.872,46 -1.231.172,46
Indenizações e Restituições 4.600.000,00 4.600.300,00 4.570.267,01 30.032,99
Receita da Dívida Ativa 1.980.000,00 1.980.000,00 3.094.957,27 -1.114.957,27
Receitas Correntes Diversas 7.036.000,00 7.036.200,00 1.200.022,32 5.836.177,68
RECEITAS DE CAPITAL 84.572.324,00 84.572.324,00 15.222.875,74 69.349.448,26
OPERAÇÕES DE CRÉDITO 42.422.124,00 42.422.124,00 3.969.684,00 38.452.440,00
Operações de Crédito Internas
Operações de Crédito Externas
ALIENAÇÃO DE BENS
Alienação de Bens Móveis
Alienação de Bens Imóveis
AMORTIZ. DE EMPRÉSTIMOS
TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 42.150.200,00 42.150.200,00 11.253.191,74 30.897.008,26
Transferências Intergovernamentais 42.150.200,00 42.150.200,00 11.253.191,74 30.897.008,26
Transferências de Instituições Privadas
Transferências do Exterior
Transferências de Pessoas
Transf. de Outras Instit. Públicas
Transferências de Convênios
Transferências para o Combate à Fome
OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL
Integralização do Capital Social
Dív. Ativa Prov. Amort. Emp. Financ.
Restituições
Receitas de Capital Diversas
DEDUÇÃO P/ FORM. DO FUNDEB -35.329.412,00 -35.329.412,00 -33.370.133,70 -1.959.278,30
RECEITAS (INTRAORÇAMENT.) – 6.910.500,00 8.564.711,23 -1.654.211,23
SUBTOTAL DAS RECEITAS (I) 458.738.752,00 472.738.752,00 441.915.080,11 30.823.671,89
OP. CRÉDITO/REFINANCIAM. (II)
Operações de Crédito Internas
Mobiliária
Contratual
Operações de Crédito Externas
Mobiliária
Contratual
38
Quadro 3 – Balanço Orçamentário do Município de Mossoró exercício 2012 (de acordo
com a NBNC T 16.6) (conclusão)
RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Previsão
inicial
Previsão
atualizada (a)
Receitas
realizadas (b)
Saldo
c = (a – b)
SUBTOTAL C/ REFIN. (III) = (I + II) 458.738.752,00 472.738.752,00 441.915.080,11 30.823.671,89
DÉFICIT (IV) – – –
TOTAL (V) = (III + IV) 458.738.752,00 472.738.752,00 441.915.080,11 –
SALDOS DE EXERC. ANTERIORES – –
(UTILIZ. P/ CRÉD. ADICIONAIS)
DESPESAS
ORÇAMENTÁRIAS
Dotação
inicial
(d)
Dotação
atualizada
(e)
Despesas
empenhadas
(f)
Despesas
liquidadas
(g)
Despesas
pagas
(h)
Saldo da
dotação
(j) = (e–f)
DESP. CORRENTES 339.471.573,00 404.865.907,33 369.496.311,06 361.418.403,84 341.011.155,87 35.369.596,27
PESS. E ENC. SOC. 178.902.553,00 229.299.653,78 211.719.176,92 211.718.994,75 202.491.355,74 17.580.476,86
JUROS E ENC. DÍV. 1.309.251,00 513.095,02 272.059,84 272.059,84 272.059,84 241.035,18
O. DESP. CORR. 159.259.769,00 175.053.158,53 157.569.783,77 149.427.349,25 138.247.740,29 17.483.374,76
DESP. DE CAPITAL 116.491.579,00 163.983.611,16 42.322.602,58 37.608.181,99 35.775.329,96 121.661.008,58
INVESTIMENTOS 108.015.784,00 155.387.128,16 34.733.896,61 30.019.476,02 28.186.623,99 120.653.231,55
INV. FINANCEIRAS 1.200.000,00 1.477.000,00 1.472.039,00 1.472.039,00 1.472.039,00 4.961,00
AMORT. DA DÍVIDA 7.275.795,00 7.119.483,00 6.116.666,97 6.116.666,97 6.116.666,97 1.002.816,03
RES. DE CONTING. 2.775.600,00 7.755.600,00 7.755.600,00
RESERVA DO RPPS –
DESP. (INTRAORÇ.) –
SUBTOTAL DAS
DESPESAS (VI) 458.738.752,00 576.605.118,49 411.883.623,11 399.026.585,83 376.786.485,83 164.721.495,38
AMORT. DA DÍVIDA/
REFINANCIAM. (VII)
Amort. Dívida Interna
Dívida Mobiliária
Outras Dívidas
Amort. Dívida Externa
Dívida Mobiliária
Outras Dívidas
SUBTOTAL C/ REFIN
(VIII) = (VI + VII) 458.738.752,00 576.605.118,49 411.883.623,11 399.026.585,83 376.786.485,83 164.721.495,38
SUPERÁVIT (IX) – – 30.031.457,00 – –
TOTAL (X) =
(VIII + IX) 458.738.752,00 576.605.118,49 441.915.080,11 399.026.585,83 376.786.485,83 164.721.495,38
Fonte: Adaptado da Prefeitura Municipal de Mossoró (2012).
Quadro 4 – Demonstrativo de execução de restos a pagar não processados
RESTOS A
PAGAR NÃO
PROCESSADOS*
Inscritos
Saldo
(f) =
(a+b-c-e)
Em
exercícios
anteriores (a)
Em 31/12
do exercício
anterior (b)
Liquidados
(c)
Pagos
(d)
Cancelados
(e)
Desp. correntes
Pessoal e enc. soc.
Juros e enc. dívida
Outras desp. corr.
Desp. de capital
Investimentos
Invers. financeiras
Amort. da dívida
TOTAL 1.320.009,48 15.328.952,91 10.741.385,55 10.741.385,55 5.262.742,43 644.834,41
Fonte: Adaptado da Prefeitura Municipal de Mossoró (2012).
39
Quadro 5 – Demonstrativo de execução de restos a pagar processados e não processados
liquidados RESTOS A PAGAR
PROCESSADOS E NÃO
PROCESSADOS
LIQUIDADOS*
Inscritos
Cancelados
(c)
Pagos
(d)
Saldo
(f) =
(a+b-c-e)
Em
exercícios
anteriores (a)
Em 31/12
do exercício
anterior (b)
Despesas correntes
Pessoal e encargos sociais
Juros e encargos da dívida
Outras despesas correntes
Despesas de capital
Investimentos
Inversões financeiras
Amortização da dívida
TOTAL 1.645.945,49 24.374.797,23 5.535.113,56 19.321.704,95 1.163.924,21
Fonte: Adaptado da Prefeitura Municipal de Mossoró (2012).
* Não foi possível elaborar o demonstrativo por elemento de despesa, uma vez que o sistema da Prefeitura
Municipal de Mossoró ainda não se encontrar preparado para fornecer essa informação.
Analisando o Balanço Orçamentário de acordo com a estrutura proposta pela NBC T
16.6 é possível perceber algumas alterações relevantes quando comparado com o modelo em
vigência (Lei 4.320/64) isso porque a nova composição traz modificações tanto para o grupo
das receitas quanto para o das despesas; a exemplo disso, o novo modelo apresenta na íntegra
os estágios de execução da despesa (empenho, liquidação e pagamento) informações essas
que no formato corrente constam apenas a fixação, execução e a diferença.
No Balanço Orçamentário tradicional as receitas encontram-se detalhadas por
Categorias Econômicas (Receitas Correntes e de Capital), e por Fonte ou Origem (Receita
Tributária, Receita de Contribuições etc.), mas não são especificadas por Espécie; enquanto
que a nova composição passa a detalha-las até o nível da Espécie, permitindo identificar a
procedência das Receitas Tributárias (impostos, taxas) e das Patrimoniais (receitas de valores
mobiliários, receitas imobiliárias etc.).
Observando o nível de detalhamento introduzido pela nova estrutura frente à
evidenciação das receitas e despesas que agora possibita aos usuários melhor identificar a
origem destas, bem como o caminho percorrido mediante seus estágios, pode-se constatar que
o atributo da compreensibilidade que em síntese propõe a necessidade de transmitir aos
usuários informações claras e de fácil entendimento passa a ser melhor atendido,
considerando que quanto mais detalhada for a informação, melhor será a sua compreensão por
parte dos usuários.
Ao demonstrar as receitas, o novo formato do Balanço Orçamentário introduz a coluna
da previsão inicial da receita, em campos separados da previsão atualizada o que permite
comparar as quantias expressas no orçamento inicial com as variações ocorridas ao longo do
40
exercício, informações essas não apresentadas pela estrutura vigente. Além disso, o modelo
proposto pela NBC T 16.6 demonstra o excesso de arrecadação confrontando a previsão
atualizada com as receitas que foram arrecadadas ao longo do exercício, o que acaba
apresentando uma situação distinta da encontrada na estrutura corrente que faz uso da
previsão inicial para calcular o saldo.
A nova estrutura proposta traz também alterações para a categoria das Receitas de
Capital isso porque ao compor essas receitas, serão retiradas as obtidas para o
refinanciamento da dívida pública. Diante desses fatos, todas as operações de crédito
auferidas com o intuito de refinanciar dívidas não mais entrarão no grupo das receitas de
capital de operações de crédito, estas deverão agora ingressar no grupo de receita de capital de
crédito do refinanciamento, de forma a demonstrar a posição do refinanciamento com todas as
operações de crédito adquiridas para refinanciar dívida. A evidenciação dessas receitas em um
campo específico facilita o confronto entre essa informação e as referentes ao pagamento dos
empréstimos auferidos para refinanciar a dívida pública, o que amplia o nível de
compreensibilidade informacional.
O modelo corrente do Balanço Orçamentário detalha as despesas por tipo de crédito
(Créditos Ordinários e Adicionais), enquanto na nova estrutura proposta a composição das
despesas é feita por Categoria Econômica (despesas correntes e despesas de capital) e por
grupo de natureza da despesa (Pessoal e Encargos, Juros e encargos da dívida etc.). Nesse
sentido constata-se que ao demonstrar de forma mais detalhada as transações supracitadas o
novo BO proporciona significativas melhorias na compreensibilidade dessas informações para
os usuários.
O Balanço Orçamentário nos moldes da NBC T 16.6 discrimina também a dotação
inicial, a dotação atualizada (permitindo visualizar a abertura de créditos adicionais
provocando variações no orçamento), as despesas empenhadas, despesas liquidadas, as
despesas pagas e o saldo da dotação (despesa empenhada – dotação atualizada).
De modo a atender a uma exigência emanada do anexo 12 da Lei 4.320/64, a nova
estrutura proposta evidencia a necessidade de que os entes públicos ao elaborarem o novo
formato de demonstração adicionem uma nota explicativa constando em um quadro próprio as
despesas organizadas por grupo de natureza, sendo executadas por tipo de crédito, de modo a
possibilitar uma melhor interpretação das informações.
Na nova composição pode-se observar a abertura de um campo exibindo o grupo de
despesas que tratam exclusivamente das quantias que foram pagas referentes a empréstimos
para refinanciar a dívida pública (Amortização da Dívida/Refinanciamento). Com isso
41
observa-se um melhor entendimento de quanto se obteve de receitas para refinanciar a dívida
pública e qual a quantidade que está sendo amortizada.
Um ponto que pode ser considerado bastante pertinente no novo formato ao ser
comparado com o modelo corrente refere-se às informações sobre a procedência dos recursos
que possibilitaram a abertura de créditos adicionais que não são demonstradas no Balanço
Orçamentário nos moldes da Lei 4.320/64, nesse sentido, ao empregar o superávit financeiro
de exercícios anteriores para a abertura de créditos adicionais e por este não ingressar na
previsão da receita nem tão pouco entrar como execução orçamentária, isso vai gerar aumento
na despesa sem aumentar a receita orçamentária, o que poderá levar a uma interpretação
errônea da demonstração.
Com a elaboração do novo modelo de demonstração será possível evidenciar o que foi
adicionalmente fixado de despesa efetuada, mostrando as fontes de recursos para cobrir o
déficit de previsão, sem gerar desequilíbrio. Assim, ao analisar o resultado do Balanço
Orçamentário pode-se verificar tanto o Superávit Financeiro (utilizados para a abertura de
créditos adicionais) quanto a Reabertura de Créditos Adicionais detalhados no campo Saldo
de Exercícios Anteriores. Nesse aspecto, pode-se inferir que a inclusão dessa informação de
forma clara e concisa favorece o entendimento da demonstração melhorando, portanto a sua
compreensibilidade.
Um item desfavorável na nova estrutura proposta que poderá comprometer a
compreensibilidade das informações encontra-se no formato utilizado para evidenciar o
resultado da variação da arrecadação, visto que, quando ocorre um excesso de arrecadação
(previsão < arrecadação) o valor encontra-se representado por um sinal negativo, enquanto
que a insuficiência de arrecadação (previsão > arrecadação) apresenta sinal positivo, essa
mudança pode levar a uma conclusão distorcida por quem interpreta a demonstração contábil,
o que não ocorre com o modelo tradicional. Diante dessas circunstâncias percebe-se que o
entendimento da informação é impactado negativamente com essa alteração trazida, não
contribuindo desse modo para a melhoria no atributo da Compreensibilidade.
Outra mudança perceptível no Balanço Orçamentário diz respeito ao seu formato
visual que antes das alterações encontrava-se disposto de forma horizontal em uma única
peça, exibindo receitas e despesas lado a lado, surgindo agora estruturado em formato vertical
dividido em duas partes, exibindo as receitas na parte superior e as despesas logo abaixo, o
que lhe possibilitou o acréscimo detalhado de novas informações, consequentemente
contribuindo para a melhoria da compreensibilidade.
42
Ao Balanço Orçamentário conforme a NBC T 16.6 devem ser adicionalmente
incluídos 2 anexos; um evidenciando a execução dos restos a pagar (processados) e o outro
exibindo os restos a pagar (não processados), ambos de acordo com as categorias econômicas
e os grupos de natureza da despesa orçamentária do mesmo modo como consta no balanço.
Com isso, será possível analisar em detalhes a execução dos restos a pagar, que mostrará
inclusive quanto existe de restos a pagar pertencentes ao exercício corrente e o saldo a pagar
de exercícios anteriores. A inclusão desses anexos em quadro próprio de forma mais
detalhada favorece a compreensibilidade das informações.
No que concerne à capacidade de comparar em uma mesma demonstração
informações de períodos distintos constata-se que a nova estrutura do Balanço Orçamentário
não sofreu alteração, pois diferentemente das demais demonstrações que agora trazem a
coluna que permite confrontar a movimentação do exercício corrente com a do exercício
imediatamente anterior, o Balanço Orçamentário é o único que permanece evidenciando
apenas as informações do ano em curso sendo necessário ter a acesso ao Balanço
Orçamentário do exercício anterior para possível confrontação. Dessa forma entende-se que
nesse aspecto o novo formato da demonstração mostra-se indiferente para melhor atender a
característica da Comparabilidade.
Por outro lado, baseando-se nos achados do referencial teórico pode-se inferir que o
novo formato da demonstração melhora o atributo da Comparabilidade, na medida em que as
entidades da Federação passar a elaborar o Balanço Orçamentário bem como as demais
demonstrações sobre uma mesma base, adotando para isso, critérios e práticas consistentes e
uniformes, acredita-se que a capacidade dos usuários em confrontar demonstrações contábeis
entre entidades distintas extraindo dessas diferenças e similaridades quanto à posição
financeira e patrimonial será bastante ampliada.
4.2 BALANÇO FINANCEIRO
O Quadro 6 retrata o Balanço Financeiro elaborado nos moldes da Lei 4.320/64, e no
Quadro 7 encontra-se a estrutura proposta pela NBC T 16.6.
43
Quadro 6 – Balanço Financeiro (continua)
R E C E I T A
TÍTULOS R$ R$
RECEITA ORÇAMENTÁRIA
441.915.080,11
RECEITAS CORRENTES 451.497.626,84
RECEITA TRIBUTÁRIA 68.329.246,18
RECEITA DE CONTRIBUIÇÃO 17.632.774,98
RECEITA PATRIMONIAL 4.195.814,58
RECEITA DE SERVIÇOS –
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 349.610.672,04
OUTRAS RECEITAS CORRENTES 11.729.119,06
RECEITAS DE CAPITAL 15.222.875,74
OPERAÇÕES DE CRÉDITO 3.969.684,00
ALIENAÇÃO DE BENS –
TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 11.253.191,74
OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL –
RECEITAS INTRAORÇAMENTÁRIAS 8.564.711,23
DEDUÇÃO DE RECEITA PARA FORMAÇÃO DO FUNDEF 33.370.133,70
RECEITA EXTRA ORÇAMENTÁRIA
92.076.050,20
RESTOS A PAGAR – INSCRIÇÃO 20.907.608,83
DESPESA A REGULARIZAR –
DEPÓSITOS DE DIVERSAS ORIGENS 57.008.417,39
ENTIDADES DEVEDORAS –
OUTRAS OPERAÇÕES –
TRANSFERÊNCIA FINANCEIRA RECEBIDA 14.160.023,98
SALDO DO EXERCÍCIO ANTERIOR
13.345.686,37
CAIXA 1.530.679,66
BANCOS 11.815.006,71
CONTA MOVIMENTO 3.926.377,98
CONTA VINCULADA 7.888.628,73
CONTA RPPS –
TOTAL 547.336.816,68
D E S P E S A
TÍTULOS R$ R$
DESPESA ORÇAMENTÁRIA
411.883.623,11
LEGISLATIVA 14.189.528,45
ADMINISTRAÇÃO 76.722.150,91
DEFESA NACIONAL 48.000,00
SEGURANÇA PÚBLICA 188.320,80
RELAÇÕES EXTERIORES –
ASSISTÊNCIA SOCIAL 11.080.173,22
PREVIDÊNCIA SOCIAL 10.960.145,32
SAÚDE 142.169.541,79
TRABALHO 63.412,47
EDUCAÇÃO 82.357.485,09
CULTURA 5.771.864,21
DIREITO DA CIDADANIA 283.000,00
URBANISMO 16.172.269,40
HABITAÇÃO 765.615,24
SANEAMENTO 37.118.736,96
GESTÃO AMBIENTAL 3.228.657,51
CIÊNCIA E TECNOLOGIA –
AGRICULTURA 1.517.156,67
INDÚSTRIA 1.482.989,00
44
Quadro 6 – Balanço Financeiro (conclusão) D E S P E S A
TÍTULOS R$ R$
COMÉRCIO E SERVIÇOS 518.649,78
COMUNICAÇÕES 4.307.657,07
TRANSPORTE 1.525.576,24
DESPORTO E LAZER 969.164,58
ENCARGOS ESPECIAIS 443.528,40
DESPESA EXTRA ORÇAMENTÁRIA
96.066.299,02
RESTOS A PAGAR-PAGAMENTOS 19.442.894,13
DESPESA A REGULARIZAR –
DEPÓSITOS DE DIVERSAS ORIGENS 56.501.604,74
ENTIDADES DEVEDORAS 5.897.976,17
OUTRAS OPERAÇÕES 63.800,00
TRANSFERÊNCIA FINANCEIRA CONCEDIDA 14.160.023,98
SALDO PARA O EXERCÍCIO SEGUINTE
39.386.894,55
CAIXA 742.016,15
BANCOS 38.644.878,40
CONTA MOVIMENTO 9.764.640,91
CONTA VINCULADA 13.788.825,75
CONTA RPPS 15.091.411,74
TOTAL 547.336.816,68
Fonte: Adaptado da Prefeitura Municipal de Mossoró (2012).
Quadro 7 – Balanço Financeiro do Município de Mossoró exercício 2012 (de acordo com
a NBC T 16.6)
INGRESSOS DISPÊNDIOS
ESPECIFICAÇÃO Exercício
Atual
Exercício
Anterior ESPECIFICAÇÃO
Exercício
Atual
Exercício
Anterior
Receita Orçamentária 441.915.080,11 362.410.715,80 Despesa Orçamentária 411.883.623,11 380.079.972,07
Ordinária 219.644.368,97 207.008.142,27 Ordinária 208.180.371,30 212.837.008,97
Vinculada 255.640.844,84 186.461.506,81 Vinculada 203.703.251,81 167.242.963,10
Saúde 75.422.057,67 63.463.338,37 Saúde 71.447.048,38 72.996.092,15
Educação 50.392.402,47 46.905.373,47 Educação 52.427.484,10 43.174.361,85
Previdência Social 18.168.096,66 Previdência Social 3.261.324,45
Ação Social 4.571.781,04 3.840.994,38 Ação Social 4.159.804,31 4.083.680,92
Convênios 16.761.369,14 2.757.406,01 Convênios 16.971.969,66 3.660.675,31
Royalties 43.988.490,36 32.746.578,07 Royalties 36.894.806,66 27.398.513,06
Contrib. Ilumin. Públ. 9.359.900,76 9.492.846,31 Contrib. Il. Pública 6.874.466,44 5.429.926,78
Outras Vinculações 36.976.746,74 27254970,2 Outras Vinculações 11.666.347,81 10.499.713,03
Deduções da Receita - 33.370.133,70 -31.058.933,28
Transf. Fin. Recebid. 14.160.023,98 13.864.391,83 Transf. Fin. Conc. 14.160.023,98 12.688.253,21
Receb. Extraorçam. 77.916.026,22 79.043.846,83 Pag. Extraorçam. 81.906.275,04 69.370.639,94
Restos a pagar – inscr. 20.907.608,83 24.214.564,54 Restos a Pagar – Pag. 19.442.894,13 19.233.591,30
Dep. de div. Origens 57.008.417,39 54.829.282,29 Dep. Div. Origens 56.501.604,74 50.007.700,26
Entidades Devedoras 5.897.976,17
Outras Operações 63.800,00 129.348,38
Disp. do Ex. Anterior 13.345.686,37 20.165.597,13 Disp. p/ Ex. Seguinte 39.386.894,55 13.345.686,37
Caixa 1.530.679,66 767.902,87 Caixa 742.016,15 1.530.679,66
Bancos 11.815.006,71 19.397.694,26 Bancos 38.644.878,40 11.815.006,71
Conta Movimento 3.926.377,98 5.123.375,44 Conta Movimento 9.764.640,91 3.926.377,98
Conta Vinculada 7.888.628,73 14.274.318,82 Conta Vinculada 13.788.825,75 7.888.628,73
Conta RPPS – Conta RPPS 15.091.411,74
TOTAL 547.336.816,68 475.484.551,59 TOTAL 547.336.816,68 475.484.551,59
Fonte: Adaptado da Prefeitura Municipal de Mossoró (2012).
45
O Balanço Financeiro elaborado conforme o anexo 13 da Lei 4.320/64 encontra-se
estruturado em duas partes: a da esquerda na qual consta a Receita arrecadada e a Receita
Extra orçamentária recebida no exercício e a da direita que traz a despesa orçamentária do
exercício que foi empenhada e a despesa extra orçamentária do exercício que foi paga, mostra
também os saldos em espécie proveniente do exercício anterior e os saldos que são
conduzidos para o exercício seguinte. O novo formato da demonstração altera a terminologia
receitas para “Ingressos” e despesas para “Dispêndios”, sendo que as expressões “Receitas
extra orçamentárias” e “Despesas extra orçamentárias” são substituídas por “recebimentos” e
“pagamentos” extra orçamentários respectivamente. Além disso, passou-se a incluir no novo
formato uma coluna com os dados referentes ao Balanço Financeiro do exercício anterior,
dados esses que não são mostrados pelo modelo corrente.
Nessa conjuntura observa-se que ao passar a evidenciar os valores do exercício
corrente e os do exercício anterior, essa demonstração permite aos usuários analisar a
evolução ou involução da entidade ao longo dos períodos por meio da movimentação
financeira, além de possibilitar comparar situações encontradas em outras entidades, o que só
seria possível caso esse mesmo usuário tivesse acesso aos dois demonstrativos
simultaneamente, dessa forma, infere-se por tanto que o novo Balanço Financeiro proposto
atende melhor a característica da Comparabilidade.
O Balanço Financeiro tradicional exibe a Receita Orçamentária por meio das
Categorias Econômicas e a Despesa por Função de Governo. Na nova composição pode-se
observar esses mesmos itens sendo agora demonstrados separadamente por destinação de
recurso (destinação ordinária e vinculada), mostrando no caso dos Recursos Vinculados o
detalhamento de acordo com as áreas que estão sendo executadas (previdência social, saúde,
educação etc.) propiciando, portanto verificar em quais tipos de despesas o ente público está
aplicando os recursos. Nessas circunstâncias percebe-se um aumento tanto no ganho
informacional, quanto no melhor atendimento ao atributo da compreensibilidade, visto que
ocorre um acréscimo de informações que anteriormente inexistia no modelo vigente e estas
são explicitadas de forma detalhada, clara e concisa.
No tocante aos Saldos Financeiros do exercício anterior e os saldos Financeiros para o
exercício seguinte estes sofreram alterações apenas na nomenclatura, visto que na nova
estrutura são adotados os termos “disponíveis do exercício anterior” e “disponíveis para o
exercício seguinte”, mostrando uma clara aproximação entre a contabilidade pública e a
vivenciada pelo mundo empresarial, além de, igualar com a terminologia adotada no Balanço
Patrimonial.
46
4.3 BALANÇO PATRIMONIAL
O Quadro 8 demonstra o Balanço Patrimonial elaborado pelo município de
Mossoró/RN de acordo com a estrutura corrente, enquanto isso no Quadro 9 encontra-se a
simulação do mesmo balanço adotando o modelo trazido pela NBC T 16.6.
Quadro 8 – Balanço Patrimonial ATIVO
TÍTULOS R$ R$
ATIVO FINANCEIRO
45.317.286,22
DISPONÍVEL 39.386.894,55
CAIXA 742.016,15
BANCOS 38.644.878,40
CONTA MOVIMENTO 9.764.640,91
CONTA VINCULADA 13.788.825,75
CONTA RPPS 15.091.411,74
PENDENTE –
DESPESA A REGULARIZAR –
REALIZÁVEL 5.930.391,67
SALÁRIO FAMÍLIA –
ENTIDADES DEVEDORAS 5.930.391,67
GOVERNO FEDERAL 5.897.976,17
GOVERNO ESTADUAL –
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL 32.415,50
ATIVO PERMANENTE
267.807.426,77
IMOBILIZADO 181.002.225,93
BENS MÓVEIS 42.399.012,77
BENS IMÓVEIS 138.603.213,16
CRÉDITOS 68.567.874,48
DÍVIDA ATIVA 68.567.874,48
VALORES 18.237.326,36
PARTICIPAÇÕES 18.237.326,36
ATIVO COMPENSADO
–
VALORES DE TERCEIROS –
SOMA DO ATIVO REAL
313.124.712,99
PASSIVO A DESCOBERTO
TOTAL 313.124.712,99
PASSIVO
TÍTULOS R$ R$
PASSIVO FINANCEIRO
29.946.139,79
RESTOS A PAGAR 21.723.140,52
DEPÓSITOS DE DIVERSAS ORIGENS 8.222.999,27
16.404.633,23
PASSIVO PERMANENTE
83.466.492,38
DÍVIDA FUNDADA INTERNA 83.466.492,38
POR CONTRATO 83.466.492,38
PASSIVO COMPENSADO
–
VALORES DE TERCEIROS –
SOMA DO PASSIVO REAL
113.412.632,17
ATIVO REAL LÍQUIDO
199.712.080,82
TOTAL 313.124.712,99
Fonte: Adaptado da Prefeitura Municipal de Mossoró (2012).
47
Quadro 9 – Balanço Patrimonial do Município de Mossoró exercício 2012 (de acordo
com a NBC T 16.6) ATIVO PASSIVO
ESPECIFICAÇÃO Exercício Exercício
ESPECIFICAÇÃO Exercício Exercício
Atual Anterior Atual Anterior
ATIVO CIRCULANTE 45.284.870,72 14.566.051,73 PASSIVO CIRCUL. 29.946.139,79 41.383.627,96
Disponível 39.386.894,55 13.345.686,37 Valores de Terceiros 8.222.999,27 11.607.159,63
Caixa 742.016,15 1.530.679,66 Dep. Diversas Origens 8.222.999,27 11.607.159,63
Bancos 38.644.878,40 11.815.006,71 Obrig. em Circulação 21.723.140,52 29.776.468,33
Conta Movimento 9.764.640,91 3.926.377,98 Restos a Pagar 21.723.140,52 29.776.468,33
Conta Vinculada 13.788.825,75 7.888.628,73
Conta RPPS 15.091.411,74 – Provisões
Créditos em Circulação 5.897.976,17 1.220.365,36 PASSIVO NÃO-CIRC. 83.466.492,38 65.140.606,67
Governo Federal 5.897.976,17 Obr. Exig. Longo Prazo 83.466.492,38 65.140.606,67
Salário Família 1.020.481,54 Dívida Fundada Interna 83.466.492,38 65.140.606,67
Despesas a Regularizar 199.883,82
Bens e Val. em Circul.
Inv. Reg. Própr. Previd. Provisões
ATIVO NÃO-CIRCUL. 267.872.257,77 224.581.791,72
Realiz. a Longo Prazo 68.632.705,48 65.500.942,56
Secret. Receita Federal 32.415,50 32.415,50
Dívida Ativa 68.600.289,98 65.468.527,06
Investimento 18.237.326,36 16.765.287,36
Participações 18.237.326,36 16.765.287,36
Imobilizado 181.002.225,93 142.315.561,80
Bens Móveis 42.399.012,77 39.467.968,54
Bens Imóveis 138.603.213,16 102.847.593,26 TOTAL DO PASSIVO 113.412.632,17 106.524.234,63
Intangível PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ESPECIFICAÇÃO
Exercício Exercício
Atual Anterior
Patr. Social/Cap. Social
Reservas de Capital
Ajustes de Av. Patrim.
Reservas de Lucros
Ações em Tesouraria
Resultados Acumulados 199.712.080,82 132.623.608,82
Do Exercício 67.088.472,00 17.976.636,36
De Exercícios Anteriores 132.623.608,82 114.646.972,46
Ajustes Ex. Anteriores
TOTAL PAT. LÍQUIDO 199.712.080,82 132.623.608,82
TOTAL 313.157.128,49 239.147.843,45 TOTAL 313.124.712,99 239.147.843,45
ATIVO FINANCEIRO 45.317.286,22 14.598.467,23 PASSIVO FINANC. 29.946.139,79 41.383.627,96
AT. PERMANENTE 267.807.426,77 224.549.376,22 PAS. PERMANENTE 83.466.492,38 65.140.606,67
SALDO PATRIMONIAL 199.712.080,82 132.623.608,82
ESPECIFICAÇÃO Exerc. Atual Exerc. Anterior ESPECIFICAÇÃO Exerc. Atual Exerc. Anterior
Saldo Atos Potenc. Ativ. Saldo Atos Potenc. Pas.
Fonte: Adaptado da Prefeitura Municipal de Mossoró (2012).
Uma das mudanças mais significativas retratadas pelo novo formato de Balanço
Patrimonial diz respeito à classificação dos elementos patrimoniais, isso porque enquanto a
estrutura corrente divide o Ativo e o Passivo em Financeiro e não financeiro respectivamente,
considerando, portanto o critério da afetação orçamentária, a nova composição passa a adotar
a classificação de “Ativo Circulante e não Circulante” e “Passivo Circulante e não Circulante”
considerando dessa maneira, os atributos de conversibilidade (Ativos) e Exigibilidade
(Passivos) de cada conta, evidenciando assim uma demonstração com enfoque patrimonial.
48
Apesar das alterações verificadas na classificação desses elementos, o novo Balanço
Patrimonial precisará evidenciar separadamente em um anexo às contas patrimoniais com
propriedades financeiras e permanentes, além das contas de compensação que também
deverão ser retratadas em um quadro específico contendo os atos que poderão afetar o
patrimônio, de modo a atender aos dispositivos da Lei 4.320/64.
Além disso, a nova estrutura do BP passa a decompor mais detalhadamente a
formação das obrigações de curto e longo prazo, segregando cada uma de acordo com as
transações que lhes deram origem. Sendo assim, pode-se dizer que a demonstração convertida
aos novos padrões além de trazer uma nova informação em sua estrutura, possibilita também
um melhor entendimento aqueles que irão interpretá-la, melhorando desse modo o atributo da
compreensibilidade.
Assim como as demais demonstrações contábeis, o novo formato do Balanço
Patrimonial também adiciona a coluna que permite confrontar na mesma demonstração os
dados do exercício anterior com as informações do exercício em curso. Além disso, ao ser
elaborado no mesmo padrão que as demais demonstrações, o favorecimento na
comparabilidade dessas informações torna-se perceptível, dessa forma entende-se, que a nova
estrutura do Balanço Patrimonial atende melhor o atributo que torna a informação
comparável.
Por fim, pode-se observar na nova demonstração proposta a abertura de um campo
específico que retrata os resultados acumulados (do exercício corrente e do exercício anterior)
evidenciados na DVP e agora trazidos para o balanço patrimonial permitindo facilmente
vinculá-los. Nesse sentido, a nova forma de expor essas informações, traz uma nítida melhoria
para o seu entendimento, favorecendo assim o atributo da compreensibilidade.
4.4 DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS
O Quadro 10 retrata o modelo da Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP)
estabelecido pela Lei 4.320/64 e no Quadro 11 encontra-se a proposta trazida pela NBC T
16.6.
49
Quadro 10 – Demonstração das Variações Patrimoniais (continua) VARIAÇÕES ATIVAS
TÍTULOS R$ R$
RESULTANTE DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA
488.190.450,21
RECEITA ORÇAMENTÁRIA
441.915.080,11
RECEITAS CORRENTES 451.497.626,84
RECEITA TRIBUTÁRIA 68.329.246,18
RECEITA DE CONTRIBUIÇÃO 17.632.774,98
RECEITA PATRIMONIAL 4.195.814,58
RECEITA DE SERVIÇOS 0,00
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 349.610.672,04
OUTRAS RECEITAS CORRENTES 11.729.119,06
RECEITAS DE CAPITAL 15.222.875,74
ALIENAÇÃO DE BENS 0,00
TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 11.253.191,74
OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL 0,00
RECEITAS INTRAORÇAMENTÁRIAS 8.564.711,23
DEDUÇÃO DE RECEITA PARA FORMAÇÃO DO FUNDEF 33.370.133,70
MUTAÇÕES PATRIMONIAIS
46.275.370,10
BENS 38.686.664,13
AQUISIÇÃO DE BENS MÓVEIS 2.931.044,23
CONSTRUÇÃO/AQUISIÇÃO DE BENS IMÓVEIS 35.755.619,90
TÍTULOS 1.472.039,00
AUMENTO DE CAPITAL DO AFIM 1.472.039,00
DÍVIDA 6.116.666,97
AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA FUNDADA 6.116.666,97
INDEPENDENTES DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA
20.021.280,97
VALORES ORIUNDOS DO PASSIVO FINANCEIRO
13.452.638,89
CANCELAMENTO DE RESTOS A PAGAR 9.518.042,51
CANCELAMENTO DE DÍVIDA FLUTUANTE 3.934.596,38
CRÉDITOS
6.194.304,69
INSCRIÇÃO DA DÍVIDA ATIVA 6.194.304,69
DÍVIDA
374.337,39
ESTORNO DE CORREÇÃO 374.337,39
VALORES ORIUNDOS DO ATIVO FINANCEIRO
0,00
RESTABELECIMENTO DE SALDOS FINANCEIROS 0,00
OUTROS VALORES 0,00
TOTAL DAS VARIAÇÕES ATIVAS
508.211.731,18
RESULTADO PATRIMONIAL
DÉFICIT VERIFICADO
0,00
TOTAL 508.211.731,18
VARIAÇÕES PASSIVAS
TÍTULOS R$ R$
RESULTANTE DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA
418.948.264,38
DESPESA ORÇAMENTÁRIA
411.883.623,11
DESPESAS CORRENTES 369.496.346,23
PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS 211.719.176,92
JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA FUNDADA 272.059,84
OUTRAS DESPESAS CORRENTES 157.505.109,47
DESPESAS DE CAPITAL 42.387.276,88
INVESTIMENTOS 34.798.570,91
INVERSÕES FINANCEIRAS 1.472.039,00
AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA FUNDADA 6.116.666,97
MUTAÇÕES PATRIMONIAIS
7.064.641,27
CRÉDITOS 3.094.957,27
COBRANÇA DA DÍVIDA ATIVA 3.094.957,27
BENS 0,00
ALIENAÇÃO DE BENS MÓVEIS 0,00
ALIENAÇÃO DE BENS IMÓVEIS 0,00
50
Quadro 10 – Demonstração das Variações Patrimoniais (conclusão) VARIAÇÕES PASSIVAS
TÍTULOS R$ R$
DÍVIDA 3.969.684,00
LIBERAÇÃO DA DÍVIDA FUNDADA 3.969.684,00
INDEPENDENTES DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA
22.174.994,80
DÍVIDA
20.847.206,07
ATUALIZAÇÃO DA DÍVIDA FUNDADA 7.063.245,78
INSCRIÇÃO DA DÍVIDA FUNDADA 13.783.960,29
CRÉDITOS
0,00
BAIXA DA DÍVIDA ATIVA 0,00
VALORES ORIUNDOS DO PASSIVO FINANCEIRO
43.623,37
RESTABELECIMENTO DA DÍVIDA FLUTUANTE 43.623,37
VALORES ORIUNDOS DO ATIVO FINANCEIRO
1.284.165,36
CANCELAMENTO DE SALDOS FINANCEIROS 0,00
OUTROS VALORES 1.284.165,36
TOTAL DAS VARIAÇÕES PASSIVAS
441.123.259,18
RESULTADO PATRIMONIAL
SUPERÁVIT VERIFICADO
67.088.472,00
TOTAL 508.211.731,18
Fonte: Adaptado da Prefeitura Municipal de Mossoró (2012).
Quadro 11 – Demonstração das Variações Patrimoniais do Município de Mossoró
exercício 2012 (de acordo com a NBC T 16.6) (continua)
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS QUANTITATIVAS
Exerc. Atual Exerc. Anterior
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS AUMENTATIVAS 428.506.875,84 362.360.715,80
Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria 68.329.246,18 61.331.862,54
Impostos 64.771.401,28 57.937.421,89
Taxas 3.557.844,90 3.394.440,65
Contribuições de Melhoria
Contribuições 17.632.774,98 7.260.179,10
Contribuições Sociais 8.371.603,11
Contribuições Econômicas 9.261.171,87 7.260.179,10
Exploração e Venda de Bens, Serviços e Direitos 2.594,93 1.596,86
Exploração de Bens 2.594,93 1.596,86
Serviços
Variações Patrimoniais Aumentativas Financeiras 7.057.092,11 5.044.374,07
Juros e Encargos de Empréstimos e Financiamentos Concedidos
Demais Juros e Encargos 2.863.872,46 1.928.612,96
Variações Cambiais
Descontos Obtidos
Remuneração das Disponibilidades 4.193.219,65 3.115.761,11
Outras Variações Patrimoniais Ativas – Financeiras
Transferências 316.240.538,34 275.390.480,97
Transferências Intragovernamentais
Transferências Intergovernamentais 347.211.326,01 303.423.383,34
Transferências das Instituições Privadas
Transferências das Instituições Multigovernamentais
Transferências de Convênios 2.399.346,03 3.026.030,91
Transferências de Consórcios Públicos
Transferências do Exterior
Deduções para Formação do Fundeb - 33.370.133,70 - 31.058.933,28
Valorização e Ganhos Com Ativos
Reavaliação de Ativos
Ganhos com Alienação
Ganhos com Incorporação de Ativos por Descobertas e Nascimentos
51
Quadro 11 – Demonstração das Variações Patrimoniais do Município de Mossoró
exercício 2012 (de acordo com a NBC T 16.6) (continuação) VARIAÇÕES PATRIMONIAIS QUANTITATIVAS
Exerc. Atual Exerc. Anterior
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS AUMENTATIVAS 428.506.875,84 362.360.715,80
Outras Variações Patrimoniais Ativas 19.244.629,30 13.332.222,26
Variação Patrimonial Aumentativa a Classificar
Indenizações e Restituições 4.570.267,01 2.825.847,42
Receita da Dívida Ativa 3.094.957,27 3.249.515,34
Resultado Positivo de Participações
Reversão de Provisões e Ajustes de Perdas
Diversas Variações Patrimoniais Aumentativas 11.579.405,02 7.256.859,50
Variações Patrimoniais Diminutivas 361.418.403,84 344.384.079,44
Pessoal e Encargos 209.863.466,65 197.595.935,41
Remuneração de Pessoal 186.753.393,26 164.368.377,26
Obrigações Patronais 23.110.073,39 33.227.558,15
Benefícios a Pessoal
Custo de Pessoal e Encargos
Outras Variações Patrimoniais Passivas – Pessoal e Encargos
Benefícios Previdenciários e Assistenciais 1.855.528,10 –
Aposentadorias e Reformas 257.289,12
Pensões 64.268,13
Benefícios de Prestação Continuada
Benefícios Eventuais
Políticas Públicas de Transferência de Renda
Outros Benefícios Previdenciários e Assistenciais 1.533.970,85
Uso de Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo 141.699.002,26 129.811.000,33
Uso de Material de Consumo 30.185.408,32 24.563.482,08
Serviços 111.513.593,94 105.247.518,25
Depreciação, Amortização de Exaustão
Custo de Materiais, Serviços e Consumo de Capital Fixo
Variações Patrimoniais Diminutivas Financeiras 272.059,84 429.828,20
Juros e Encargos de Empréstimos e Financiamentos Obtidos 272.059,84 429.828,20
Juros e Encargos de Mora
Variações Monetárias e Cambiais
Descontos Financeiros Concedidos
Outras Variações Patrimoniais Diminutivas – Financeiras
Tributárias e Contributivas 3.595.247,03 3.909.782,01
Tributos 3.595.247,03 3.909.782,01
Contribuições
Transferências e Delegações Concedidas 1.555.720,46 4.875.672,67
Transferências Intragovernamentais
Transferências Intergovernamentais
Transferências a Instituições Privadas 1.555.720,46 4.875.672,67
Transferências a Instituições Multigovernamentais
Transferências a Consórcios Públicos
Transferências ao Exterior
Delegações Concedidas
Desvalorização e Perda de Ativos
Redução a Valor Recuperável e Provisão para Perdas
Perdas com Alienação
Perdas Involuntárias
Tributarias
Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria
Contribuições
Custo com Tributos
52
Quadro 11 – Demonstração das Variações Patrimoniais do Município de Mossoró
exercício 2012 (de acordo com a NBC T 16.6) (conclusão) VARIAÇÕES PATRIMONIAIS QUANTITATIVAS
Exercício
Atual
Exercício
Anterior
Variações Patrimoniais Diminutivas 361.418.403,84 344.384.079,44
Outras Variações Patrimoniais Diminutivas 2.577.379,50 7.761.860,82
Premiações 243.846,90 125.197,50
Resultado Negativo de Participações
Incentivos
Subvenções Econômicas
Participações e Contribuições
VPD de Constituição de Provisões
Custo de Outras VPD
Diversas Variações Patrimoniais Diminutivas 2.333.532,60 7.636.663,32
Resultado Patrimonial do Período 67.088.472,00 17.976.636,36
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS QUALITATIVAS
(decorrentes da execução orçamentária)
Exercício
Atual
Exercício
Anterior
Incorporação de Ativos 40.158.703,13 16.152.038,05
Desincorporação de Passivos 6.116.666,97 4.855.531,14
Incorporação de Passivos Não-Financeiros 7.064.641,27 –
Desincorporação de Ativos Não-Financeiros – –
Fonte: Adaptado da Prefeitura Municipal de Mossoró (2012).
A estrutura da DVP sofreu alterações significativas com a nova proposta. Enquanto o
formato corrente divide as variações patrimoniais em ativas (representadas pelas receitas
orçamentárias e extra orçamentárias) e passivas (representadas pelas despesas orçamentárias e
extra orçamentárias), o novo modelo proposto demonstra de forma segregada as variações
patrimoniais qualitativas (fatos permutativos que não alteram a situação patrimonial), das
variações patrimoniais quantitativas (fatos modificativos que alteram o patrimônio líquido).
Diferentemente da DVP nos moldes da Lei 4.320/64 que apresentava tanto as
mutações quantitativas quanto as qualitativas de modo agregado, com as alterações trazidas
pela NBC T 16.6 as variações qualitativas serão agora demonstradas em um quadro específico
e separado localizado abaixo da linha representativa do Resultado Patrimonial; evidenciando
que estas não contribuem para a formação do Resultado Patrimonial do período. Dessa forma,
como as receitas não efetivas não provocam alterações no patrimônio do governo, estas serão
agora demonstradas separadamente das receitas efetivas, sendo essa a mais importante
alteração trazida para a demonstração. Nessa conjuntura a melhoria na compreensibilidade
das informações é ampliada, visto que permite identificar mais facilmente os itens que
provocam alterações no Patrimônio das entidades públicas.
53
O Resultado Patrimonial do período será, portanto determinado por meio da
confrontação entre as mutações patrimoniais quantitativas aumentativas com as diminutivas.
Este resultado que poderá ser positivo (superávit), negativo (déficit) ou nulo será levado para
o patrimônio líquido apresentado no Balanço Patrimonial.
O fato da DVP continuar evidenciando mesmo que de forma separada as informações
alusivas às variações qualitativas, decorre da necessidade de atender a exigências emanadas
do Anexo 15 da Lei 4.320/64.
O novo formato da DVP acrescenta ainda informações referentes à depreciação,
amortização e exaustão dos bens patrimoniais pertencentes às entidades públicas, dados esses
não apresentados antes da reformulação efetuada na demonstração. Dessa forma pode-se dizer
que a nova DVP melhorou à compreensibilidade e até mesmo a fidedignidade dessas
informações ao passo que agora os valores apresentados no imobilizado estarão mais
condizentes com a realidade refletida pelo Balanço Patrimonial.
O aspecto visual da DVP também sofreu modificações significativas no novo modelo,
uma vez que, passou-se de um formato horizontal no qual se encontravam dispostas as
variações ativas ao lado das variações passivas para um formato verticalizado, dividindo os
elementos em duas partes, um abaixo do outro. Nesse sentido, a nova DVP em muito se
aproxima do formato exibido pela DRE (elaborada pelas sociedades empresárias) que não só
encontra-se disposta em sentido vertical, como também demonstra sua composição por meio
de variações quantitativas, o que de certa forma possibilita aos usuários que já fazem uso da
DRE no setor privado a uma maior familiaridade com a DVP aplicada ao setor público.
Diante das considerações supracitadas pode-se afirmar que a DVP passa de um
formato mais sintético para um modelo em que são apresentadas receitas e despesas de forma
mais detalhadas possibilitando melhorias na Compreensibilidade das informações retratadas.
No que concerne às alterações trazidas para a nova estrutura da DVP que beneficia a
Característica da Comparabilidade essa demonstração também insere em sua nova
composição a coluna com as informações alusivas ao exercício imediatamente anterior o que
possibilita confrontá-las com o exercício vigente. Além disso, esta passará a ser elaborada
adotando critérios semelhantes Desse modo, verifica-se que o atributo da Comparabilidade é
reforçado, sendo por tanto melhor atendido pelo novo formato proposto.
54
Quadro 12 – Demonstração do Fluxo de Caixa do Município de Mossoró exercício 2012
(de acordo com a NBC T 16.6) (continua) FLUXOS DE CAIXAS DAS ATIVIDADES DAS OPERAÇÕES Exercício 2012 Exercício 2011
INGRESSOS 429.380.684,88 362.410.715,80
RECEITAS DERIVADAS 97.691.140,22 83.852.876,86
Receita Tributária 68.329.246,18 61.331.862,54
Receita de Contribuições 17.632.774,98 7.260.179,10
Outras Receitas Derivativas 11.729.119,06 15.260.835,22
RECEITAS ORIGINÁRIAS 4.195.814,58 3.117.357,97
Receita Patrimonial 1.234.127,25 1.596,86
Receita Agropecuária
Receita Industrial
Receita de Serviços
Outras Receitas Originárias
Remuneração das Disponibilidades 2.961.687,33 3.115.761,11
TRANSFERÊNCIAS 327.493.730,08 275.440.480,97
Intergovernamentais 347.211.326,01 303.423.383,34
A Estados
A Municípios 347.211.326,01 303.423.383,34
Intragovernamentais
Outras Transferências 13.652.537,77 3.076.030,91
Dedução Para Formação do Fundeb - 33.370.133,70 - 31.058.933,28
DESEMBOLSOS 371.281.313,59 348.112.992,73
PESSOAL E OUTRAS DESPESAS CORRENTES POR FUNÇÃO 371.009.253,75 347.683.164,53
Legislativa 13.937.011,30 12.577.025,71
Judiciária
Administração 76.722.150,91 74.026.383,30
Defesa Nacional 44.000,00 36.000,00
Segurança Pública 79.040,00
Relações Exteriores
Assistência Social 9.962.491,37 10.284.375,04
Previdência Social 10.959.910,53 18.627.282,33
Saúde 130.995.214,98 124.218.790,95
Trabalho 57.354,00 104.692,58
Educação 75.160.386,37 66.380.883,56
Outras Funções 53.170.734,29 41.348.691,06
JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA 272.059,84 429.828,20
Juros e Correção Monetária da Dívida Interna 272.059,84 429.828,20
Juros e Correção Monetária da Dívida Externa
Outros Encargos da Dívida
TRANSFERÊNCIAS
Intergovernamentais
A União
A Estados e Distrito Federal
A Municípios
Intragovernamentais
FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DAS ATIV. DAS OPERAÇÕES 58.099.371,29 14.297.723,07
FLUXOS DE CAIXAS DAS ATIV. DE INVESTIMENTO Exercício 2012 Exercício 2011
INGRESSOS
ALIENAÇÃO DE BENS
AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
CONCEDIDOS
DESEMBOLSOS 29.911.180,14 16.262.102,69
AQUISIÇÃO DE ATIVO NÃO CIRCULANTE 29.911.180,14 16.262.102,69
CONCESSÃO DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DAS ATIV. DE INVESTIMENTO - 29.911.180,14 - 16.262.102,69
55
Quadro 12 – Demonstração do Fluxo de Caixa do Município de Mossoró exercício 2012
(de acordo com a NBC T 16.6) (conclusão) FLUXOS DE CAIXAS DAS ATIV. DE FINANCIAMENTO Exercício 2012 Exercício 2011
INGRESSOS 3.969.684,00 –
OPERAÇÕES DE CRÉDITO 3.969.684,00
DESEMBOLSOS 6.116.666,97 4.855.531,14
AMORTIZAÇÃO / REFINANCIAMENTO DA DÍVIDA 6.116.666,97 4.855.531,14
FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DAS ATIV. DE FINANCIAMENTO - 2.146.982,97 - 4.855.531,14
APURAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA DO PERÍODO
GERAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA 26.041.208,18 - 6.819.910,76
CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA INICIAL 13.345.686,37 20.165.597,13
CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA FINAL 39.386.894,55 13.345.686,37
Fonte: Adaptado da Prefeitura Municipal de Mossoró (2012).
Por ter sido introduzida recentemente ao conjunto de demonstrações elaboradas pelo
setor público, a Demonstração do Fluxo de Caixa não consta na análise comparativa desta
pesquisa, no entanto a estrutura trazida pela DFC reveste-se de grande importância, por esta
ser a única demonstração que expõe os valores das despesas que foram efetivamente pagas.
Além disso, a DFC aplicada ao setor público traz também sua estrutura preparada para
evidenciar em uma coluna as movimentações efetuadas no exercício atual e outra coluna com
as movimentações pertencentes ao exercício anterior, desse modo nota-se por tanto que o
formato apresentado pela DFC já vem preparado para melhor atender o atributo da
comparabilidade.
Um fato importante a ser considerado é que ao confrontar entre si o conjunto das
novas demonstrações trazidas pela NBC T 16.6 observa-se que ao retratar as receitas
orçamentárias cada demonstração às evidencia de uma forma diferente, a exemplo do Balanço
Orçamentário que as detalha até o nível da espécie, enquanto o Balanço Financeiro as
demonstram utilizando o critério da vinculação. Dessa forma, pode-se observar que antes
dessas alterações a mesma informação era exibida em três das quatro demonstrações (BO, BF
e DVP), e agora são apresentadas demonstrações diferentes com informações distintas. Com
isso, percebe-se que tanto em conjunto como de forma individual essas mudanças ampliam a
compreensibilidade das informações para os usuários.
Apesar das demonstrações contábeis evidenciarem uma gama de informações ao longo
de sua estrutura nem sempre é possível elucidar as transações que ocorrem ao longo do
período de forma detalhada ampliando o entendimento para quem as utiliza. Em meio a esse
contexto, as notas explicativas passam a assumir um papel de grande relevância nesse cenário
de mudanças por se constituir como um instrumento capaz de ampliar o nível informacional e
por sua vez melhorar a compreensibilidade das informações contidas nos relatórios contábeis
pelo nível maior de detalhamento que essa traz. Além disso, as Notas Explicativas também
56
possibilitam melhorias no atributo da Comparabilidade uma vez que estas serão elaboradas
sob critérios uniformes com adoção de iguais padrões.
57
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como objetivo precípuo, o presente estudo buscou analisar comparativamente as
demonstrações contábeis aplicadas ao setor público elaboradas conforme o formato
estabelecido pela Lei 4.320/64 com as novas estruturas trazidas pela NBC T 16.6 para
verificar se estas refletem um melhor nível de Compreensibilidade e Comparabilidade das
informações contábeis. Para tanto, utilizou-se as demonstrações contábeis do Município de
Mossoró/RN alusivas ao exercício de 2012 convertendo-as aos novos padrões exigidos pela
norma.
Com base nas análises efetuadas no novo formato do Balanço Orçamentário
constatou-se que este contribui para melhorar o nível da compreensibilidade ao trazer as
receitas detalhadas até o nível da espécie, introduzindo informações relativas à procedência de
recursos que possibilitaram a abertura de créditos adicionais; também apresenta a composição
das despesas por categoria econômica e por grupo de natureza demonstrando inclusive, a sua
execução completa. Além disso, verificou-se que essa demonstração foi a que mais sofreu
alterações, sendo, portanto a que proporcionou um maior ganho informacional.
O estudo demonstrou também que embora uma das alterações efetuadas no Balanço
Orçamentário possa vir a dificultar o seu entendimento, o novo formato da demonstração
cumpre melhor o papel de transmitir qualitativamente um número maior de informações
quando comparado ao modelo ainda em vigência.
Na pesquisa identificou-se ainda que com exceção do Balanço Orçamentário todas as
demais demonstrações trazem a coluna alusiva aos valores do exercício anterior
intensificando desse modo a capacidade de comparar informações entre exercícios em um
mesmo demonstrativo. A análise mostrou também aspectos que melhoram o atributo da
comparabilidade ao ser adotado métodos consistentes e uniformes na elaboração de todas as
demonstrações. Dessa forma, entende-se que as novas estruturas dos demonstrativos públicos
passam a refletir um melhor nível de comparabilidade informacional.
O Balanço Financeiro apresentou melhorias no nível de compreensibilidade das
informações, ao expor as receitas e despesas por destinação de recurso (destinação ordinária e
vinculada) e não mais por função de governo, além de alterar a terminologia dos grupos
Saldos do exercício anterior e saldos para o exercício seguinte que agora são denominados
“Disponíveis do Exercício anterior” e “Disponíveis para o exercício Seguinte”, igualando com
a nomenclatura adotada pelo balanço patrimonial.
58
Outra demonstração que apresentou mudanças consideráveis foi o Balanço
Patrimonial que trouxe alteração na classificação dos elementos patrimoniais, dividindo-os em
Ativo e Passivo “Circulante e não Circulante” respectivamente, aproximando o formato da
demonstração ao das entidades privadas. Contribui também para a melhoria no nível da
compreensibilidade informacional ao detalhar de modo mais claro a formação das obrigações
de curto e longo prazo.
Ao segregar as variações qualitativas das quantitativas na nova estrutura da
Demonstração das Variações Patrimoniais, detectou-se melhoria no nível de
compreensibilidade das informações, uma vez que permite identificar mais facilmente os itens
que provocam alterações no Patrimônio das entidades públicas. Além disso, observou-se que
a inserção das informações sobre depreciação, amortização e exaustão dos bens patrimoniais,
proporciona uma melhor associação aos valores trazidos pelo imobilizado.
Dessa forma, em resposta a questão norteadora da pesquisa pode-se inferir que as
novas estruturas das demonstrações contábeis aplicadas ao setor público tanto refletem um
melhor nível de comparabilidade quanto um melhor nível de compreensibilidade, fornecendo
informações capazes de melhor subsidiar a tomada de decisão não apenas dos gestores
públicos mais também daqueles que tenham algum interesse na entidade.
Nessa conjuntura, o objetivo da pesquisa foi atingido e o pressuposto formulado de
que se as mudanças introduzidas na nova estrutura das demonstrações contábeis elaboradas e
publicadas pelos entes públicos forem capazes de tornar as informações mais compreensíveis
e comparáveis para os usuários, então estas transformações trazem melhoria para a qualidade
da informação contábil, também foi confirmado.
Por fim, como recomendações as próximas pesquisas, sugere-se que um novo estudo
seja realizado quando todos os órgãos públicos estiverem efetivamente utilizando os novos
modelos de demonstrações, a fim de avaliar a percepção dos gestores quanto às melhorias
trazidas com o acréscimo das novas informações, analisando por sua vez, todas as demais
características qualitativas.
59
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regional de Pós-graduação em Ciências Contábeis, UnB, UFPB e UFRN, 2011.
64
ANEXOS
65
ANEXO A – Objetivos das NICSP
NORMA INTERNACIONAL OBJETIVO GERAL
IPSAS 1 – Presentation of Financial
Statements
NICSP 1 – Apresentação das Demonstrações
Financeiras
Recomenda o modo pelo qual as demonstrações financeiras
de propósito geral devem ser apresentadas
IPSAS 2 – Cash Flow Statements
NICSP 2 – Demonstração dos Fluxos de Caixa
(DFC)
Estabelece diretrizes para a elaboração das DFCs. A DFC
permite identificar as fontes das entradas de caixa, os itens
nos quais o caixa é despendido durante o exercício e o saldo
de caixa na data de fechamento do exercício
IPSAS 3 – Accounting Policies, Changes in
Accouting Estimates and Errors
NICSP 3 – Práticas Contábeis, Alterações nas
Estimativas Contábeis e Erros
Prescreve o critério de seleção e mudanças de práticas
contábeis, justamente com o tratamento contábil e
evidenciação decorrentes dessas mudanças, das mudanças de
estimativas contábeis e a correção de erros observados.
IPSAS 4 – The Effects of Changes in Foreign
Exchange Rates
NICSP 4 – Efeitos das Variações nas Taxas de
Câmbio de Moedas Estrangeiras
Recomenda a forma de incluir as transações em moeda
estrangeira e operações externas nas demonstrações
financeiras de uma entidade e como converter as
demonstrações em uma determinada moeda.
IPSAS 5 – Borrowing Costs
NICSP 5 – Juros de Empréstimos
Recomenda o tratamento contábil para juros decorrentes de
empréstimos.
IPSAS 6 – Consolidated and Separate
Financial Statements
NICSP 6 – Demonstrações Financeiras
Consolidadas e em Separado
Estabelece requisitos para a elaboração e apresentação das
demonstrações financeiras consolidadas.
IPSAS 7 – Investments in Associates
NICSP 7 – Investimentos em Entidades
Coligadas
Estabelece as diretrizes para a contabilidade de ganhos
decorrentes da propriedade de entidades coligadas.
IPSAS 8 – Interests in Joint Ventures
NICSP 8 – Ganhos em Negócios Conjuntos
Estabelece as diretrizes para a contabilização de ganhos
decorrentes da propriedade de negócios conjuntos (joint
ventures).
IPSAS 9 – Revenue from Exchange
Transactions
NICSP 9 – Receitas Originárias (com
contraprestação do Poder Público)
Recomenda o tratamento contábil de receitas originárias. As
receitas originárias são auferidas quando o Poder Público está
na mesma condição do particular.
IPSAS 10 – Financial Reporting in
Hyperinflationary Economies
NICSP 10 – Informações Financeiras em
Economias Hiperinflacionárias
Estabelece a forma de divulgação de demonstrações
financeiras de governos com economias hiperinflacionárias.
IPSAS 11 – Construction Contracts
NICSP 11 – Contratos de Construção
Prescreve o tratamento contábil dos custos e receitas
associadas com contratos de construção.
IPSAS 12 – Inventories
NICSP 12 – Estoques Prescreve o tratamento contábil para estoques e inventários.
IPSAS 13 – Leases
NICSP 13 – Arrendamentos Mercantis
Regula, para arrendadores e arrendatários, as práticas
contábeis e a evidenciação das operações de arrendamento
mercantil (leasing) financeiro e operacional.
IPSAS 14 – Subsequent Event
NICSP 14 – Evento Subsequente
Determina os períodos para ajustes nas demonstrações
conforme eventos subsequentes.
IPSAS 15 – Presentation and Disclosure –
Financial Instruments
NICSP 15 – Instrumentos Financeiros –
Apresentação e Divulgação
REVOGADA
IPSAS 16 – Investiment Property
NICSP 16 – Propriedades de Investimentos
Dispõe sobre a contabilização de investimentos em
propriedades e os requisitos de sua evidenciação
IPSAS 17 – Property, Plant and Equipment
NICSP 17 – Propriedades, Instalações e
Equipamentos
Dispõe sobre a contabilização de propriedades, instalações e
equipamentos (ativo imobilizado).
IPSAS 18 – Segment Reporting
NICSP 18 – Informação Financeira por
Setores
Estabelece os princípios para a divulgação de informações
por segmento de operações e negócios.
66
IPSAS 19 – Provisions, Contingent Liabilities
and Contingent Assets
NICSP 19 – Provisões, Ativos e Passivos
Contingents
Define o que são provisões, passivos contingentes e ativos
contingentes, identifica as circunstâncias nas quais as
provisões devem ser reconhecidas, como elas devem ser
mensuradas e as evidenciações que devem ser feitas
IPSAS 20 – Related Party Disclosures
NICSP 11 – Evidenciação de Partes
Relacionadas
Dispõe sobre a exigência de evidenciação de partes
relacionadas quando há controle, e de informações sobre
transações entre a entidade e suas partes relacionadas em
determinadas circunstâncias.
IPSAS 21 – Impairment of Non-Cash
Generating Assets
NICSP 21 – Deterioração de Ativos não
Destinados à Comercialização
Determina os procedimentos que uma entidade deve aplicar
para determinar se um ativo não destinado à comercialização
está depreciado e para assegurar que as perdas por
deterioração sejam reconhecidas.
IPSAS 22 – Disclosure of Information About
the General Government Sector
NICSP 22 – Evidenciação de Informações
Sobre o Setor Governo Geral
Estabelece requisitos para a evidenciação de demonstrações
consolidadas do setor governo geral. O setor governo geral
corresponde ao conceito estabelecido no GFSM e no Sistema
de Contas Nacionais (SNA) 1993 do FMI.
IPSAS 23 – Revenue from Non-Exchange
Transactions (Taxes and Transfers)
NICSP 23 – Receitas Derivadas e
Transferências
Estabelece os requisitos para a evidenciação de receitas
derivadas, ou seja, aquelas que são decorrentes da
supremacia do Poder Público sobre o particular, tais como
tributos, contribuições e, também, de transferência (doações,
contribuições etc.).
IPSAS 24 – Presentation of Budget
Information in Financial Statements
NICSP 24 – Apresentação de Informações
Orçamentárias nas Demonstrações
Financeiras
Requer uma comparação entre os montantes do orçamento e
os reais montantes obtidos na execução orçamentária a serem
incluídos nas demonstrações financeiras de entidades
designadas a publicar seus orçamentos aprovados. Também
requer a evidenciação de uma exposição de motivos das
diferenças relevantes entre o orçamento e os montantes reais.
IPSAS 25 – Employee Benefits
NICSP 25 – Benefícios a Empregados
Descreve os procedimentos contábeis de contabilização e
divulgação sobre benefícios concedidos a empregados.
IPSAS 26 – Impairment of Cash-Generating
Assets
NICSP 26 – Valor Recuperável de Ativos
Geradores de Caixa
Prescreve os procedimentos que uma entidade aplica para
determinar se um ativo gerador de caixa está reconhecido
pelo seu valor recuperável. Também especifica quando uma
entidade deve reverter as perdas para redução ao valor
recuperável e prescreve as divulgações necessárias.
IPSAS 27 – Agriculture
NICSP 27 – Agricultura
Prescreve o tratamento contábil e as divulgações relacionadas
à atividade agrícola. Atividade agrícola é a gestão por uma
entidade de transformação biológica de animais vivos ou
plantas (ativos biológicos).
IPSAS 28 – Financial Instruments:
Presentation
NICSP 28 – Instrumentos Financeiros:
Apresentação
Substitui a IPSAS 15 Instrumentos Financeiros: Divulgação e
Apresentação, devendo ser aplicada para o exercício iniciado
em 1º de janeiro de 2013, sendo incentivada sua utilização
em exercício que antecede o exercício de 2013.
IPSAS 29 – Financial Instruments:
Reconition and Measurement
NICSP 29 – Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e Mensuração
Institui os princípios de reconhecimento e mensuração para
os instrumentos financeiros, em consonância com a IAS 39.
IPSAS 30 – Financial Instruments:
Disclosures
NICSP 30 – Instrumentos Financeiros:
Evidenciação
Estabelece os requisitos de evidenciação dos instrumentos
financeiros, estando elaborada de acordo com a IAS 7.
IPSAS 31 – Intangible Assets
NICSP 31 – Ativos Intangíveis
Prescreve o tratamento contábil para os ativos intangíveis. É
adaptado para o setor público da IAS 38. Estabelece que uma
entidade só deve reconhecer um ativo intangível se e somente
se os critérios para reconhecimento de ativo foram satisfeitos.
Trata da mensuração dos ativos intangíveis
IPSAS 32 – Service Concession Arrangements
NICSP 32 – Serviços de Contratos de
Concessão-Concedente
Prescreve o tratamento contábil referente ao contrato de
concessão de serviços pela concedente, uma entidade do
setor público.
Fonte: Adaptado de IPSAS Standards, 2010 apud Carlin, 2008.
67
ANEXO B – Balanço Orçamentário (2011)
RECEITA DESPESA
TÍTULOS PREVISÃO EXECUÇÃO DIFERENÇA TÍTULOS FIXAÇÃO EXECUÇÃO DIFERENÇA
RECEITAS CORRENTES 354.543.097,00 393.419.649,08 38.876.552,08 CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS E
RECEITA TRIBUTÁRIA 55.138.000,00 61.331.862,54 6.193.862,54 SUPLEMENTARES 472.372.208,53 379.879.972,07 -
92.492.236,46 RECEITA DE CONTRIBUIÇÃO 6.510.000,00 7.260.179,10 750.179,10 CRÉDITOS ESPECIAIS 200.000,00 200.000,00 0,00 RECEITA PATRIMONIAL 2.933.500,00 3.117.357,97 183.857,97
RECEITA DE SERVIÇOS 0,00 0,00 0,00 TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 278.976.597,00 306.449.414,25 27.472.817,25 OUTRAS RECEITAS
CORRENTES 10.985.000,00 15.260.835,22 4.275.835,22
RECEITAS DE CAPITAL 56.318.443,00 50.000,00 -
56.268.443,00 OPERAÇÕES DE CRÉDITO 8.000.000,00 0,00 -8.000.000,00 ALIENAÇÃO DE BENS 0,00 0,00 0,00
TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 48.318.443,00 50.000,00 -
48.268.443,00 OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL 0,00 0,00 0,00 DEDUÇÃO DE RECEITA PARA
FORMAÇÃO DO FUNDEF 27.014.400,00 31.058.933,28 4.044.533,28
SOMA 383.847.140,00 362.410.715,80 -
21.436.424,20 SOMA 472.572.208,53 380.079.972,07 -
92.492.236,46
DÉFICIT 88.725.068,53 17.669.256,27 -
71.055.812,26 SUPERÁVIT 0,00 0,00 0,00
TOTAL 472.572.208,53 380.079.972,07 -
92.492.236,46 TOTAL 472.572.208,53 380.079.972,07 -
92.492.236,46
Fonte: Dados da pesquisa (2014).
68
ANEXO C – Balanço Financeiro (2011)
R E C E I T A D E S P E S A
TÍTULOS R$ R$ TÍTULOS R$ R$
RECEITA ORÇAMENTÁRIA
362.410.715,80 DESPESA ORÇAMENTÁRIA
380.079.972,07 RECEITAS CORRENTES 393.419.649,08 LEGISLATIVA 12.693.083,39
RECEITA TRIBUTÁRIA 61.331.862,54 ADMINISTRAÇÃO 70.797.861,19 RECEITA DE CONTRIBUIÇÃO 7.260.179,10 DEFESA NACIONAL 48.000,00 RECEITA PATRIMONIAL 3.117.357,97 RELAÇÕES EXTERIORES 233.984,00 RECEITA DE SERVIÇOS 0,00 ASSISTÊNCIA SOCIAL 0,00 TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 306.449.414,25 PREVIDÊNCIA SOCIAL 11.494.683,45 OUTRAS RECEITAS CORRENTES 15.260.835,22 SAÚDE 135.079.143,30
TRABALHO 143.522,48
RECEITAS DE CAPITAL 50.000,00 EDUCAÇÃO 72.538.708,99 OPERAÇÕES DE CRÉDITO 0,00 CULTURA 6.339.165,53 ALIENAÇÃO DE BENS 0,00 DIREITO DA CIDADANIA 719.586,10 TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 50.000,00 URBANISMO 13.100.404,51 OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL 0,00 HABITAÇÃO 666.247,10
SANEAMENTO 20.087.393,71
DEDUÇÃO DE RECEITA PARA
GESTÃO AMBIENTAL 412.524,13 FORMAÇÃO DO FUNDEF 31.058.933,28 CIÊNCIA E TECNOLOGIA 0,00
AGRICULTURA 862.306,22
RECEITA EXTRA ORÇAMENTÁRIA
92.908.238,66 INDÚSTRIA 1.256.338,30 RESTOS A PAGAR – INSCRIÇÃO 24.214.564,54 COMÉRCIO E SERVIÇOS 946.332,29 DESPESA A REGULARIZAR 0,00 COMUNICAÇÕES 7.698.500,13 DEPÓSITOS DE DIVERSAS ORIGENS 54.829.282,29 TRANSPORTE 1.526.551,29 ENTIDADES DEVEDORAS 0,00 DESPORTO E LAZER 3.619.309,99 OUTRAS OPERAÇÕES 1.176.138,62 ENCARGOS ESPECIAIS 1.189.043,64 TRANSFERÊNCIA FINANCEIRA RECEBIDA 12.688.253,21
DESPESA EXTRA ORÇAMENTÁRIA
82.058.893,15
RESTOS A PAGAR – PAGAMENTOS 10.233.591,30
DESPESA A REGULARIZAR 0,00
DEPÓSITOS DE DIVERSAS ORIGENS 50.007.700,26
ENTIDADES DEVEDORAS 0,00
OUTRAS OPERAÇÕES 129.348,38
TRANSFERÊNCIA FINANCEIRA CONCEDIDA 12.688.253,21
SALDO DO EXERCÍCIO ANTERIOR
20.165.597,13 SALDO PARA O EXERCÍCIO SEGUINTE
13.345.686,37 CAIXA
767.902,87 CAIXA
1.530.679,66
BANCOS
19.397.694,26 BANCOS
11.815.006,71 CONTA MOVIMENTO 5.123.375,44 CONTA MOVIMENTO 3.926.377,98
CONTA VINCULADA 14.274.318,82 CONTA VINCULADA 7.888.628,73
TOTAL 475.484.551,59 TOTAL 475.484.551,59
Fonte: Dados da pesquisa (2014).
69
ANEXO D – Balanço Patrimonial (2011)
ATIVO PASSIVO
TÍTILOS R$ R$ TÍTULOS R$ R$
ATIVO FINANCEIRO
14.598.467,23 PASSIVO FINANCEIRO
41.383.627,96 DISPONÍVEL 13.345.686,37 RESTOS A PAGAR 29.776.468,33
CAIXA 1.530.679,66 DEPÓSITOS DE DIVERSAS ORIGENS 11.607.159,63 BANCOS 11.815.006,71
CONTA MOVIMENTO 3.926.377,98 CONTA VINCULADA 7.888.628,73 PENDENTE 199.883,82 DESPESA A REGULARIZAR 199.883,82 REALIZÁVEL 1.052.897,04 SALÁRIO FAMÍLIA 1.020.481,54 ENTIDADES DEVEDORAS 32.415,50 GOVERNO FEDERAL 0,00 GOVERNO ESTADUAL 0,00 SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL 32.415,50
ATIVO PERMANENTE
224.549.376,22 PASSIVO PERMANENTE
65.140.606,67 IMOBILIZADO 142.315.561,80 DÍVIDA FUNDADA INTERNA 65.140.606,67
BENS MÓVEIS 39.467.968,54 POR CONTRATO 65.140.606,67 BENS IMÓVEIS 102.847.593,26
CRÉDITOS 65.468.527,06 DÍVIDA ATIVA 65.468.527,06 VALORES 16.765.287,36 PARTICIPAÇÕES 16.765.287,36
ATIVO COMPENSADO
0,00 PASSIVO COMPENSADO
0,00 VALORES DE TERCEIROS 0,00 VALORES DE TERCEIROS 0,00
SOMA DO ATIVO REAL
239.147.843,45 SOMA DO PASSIVO REAL
106.524.234,63
PASSIVO A DESCOBERTO
ATIVO REAL LÍQUIDO
132.623.608,82
TOTAL 239.147.843,45 TOTAL 239.147.843,45
Fonte: Dados da pesquisa (2014)
70
ANEXO E – Demonstração das Variações Patrimoniais (2011)
VARIAÇÕES ATIVAS VARIAÇÕES PASSIVAS
TÍTULOS R$ R$ R$ TÍTULOS R$ R$ R$
RESULT. DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA
375.084.197,43 RESULT. DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA
383.329.487,41 RECEITA ORÇAMENTÁRIA
362.410.715,80 DESPESA ORÇAMENTÁRIA
380.079.972,07
RECEITAS CORRENTES 393.419.649,08
DESPESAS CORRENTES 356.622.899,32 RECEITA TRIBUTÁRIA 61.331.862,54
PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS 198.427.724,32
RECEITA DE CONTRIBUIÇÃO 7.260.179,10
JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA FUNDADA 429.828,20 RECEITA PATRIMONIAL 3.117.357,97
OUTRAS DESPESAS CORRENTES 157.765.346,80
RECEITA DE SERVIÇOS 0,00
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 306.449.414,25
DESPESAS DE CAPITAL 23.457.072,75
OUTRAS RECEITAS CORRENTES 15.260.835,22
INVESTIMENTOS 17.345.203,31 RECEITAS DE CAPITAL 50.000,00
INVERSÕES FINANCEIRAS 1.256.338,30
ALINAÇÃO DE BENS 0,00
AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA FUNDADA 4.855.531,14 TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 50.000,00
OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL 0,00
DEDUÇÃO RECEITA P/ FORM. DO FUNDEF 31.058.933,28
MUTAÇÕES PATRIMONIAIS
12.673.481,63 MUTAÇÕES PATRIMONIAIS
3.249.515,34 BENS 6.561.612,19
CRÉDITOS 3.249.515,34
AQUISIÇÃO DE BENS MÓVEIS 2.955.433,31
COBRANÇA DA DÍVIDA ATIVA 3.249.515,34 CONSTRUÇÃO/AQUISIÇÃO BENS IMÓVEIS 3.606.178,88
BENS 0,00
TÍTULOS 1.256.338,30
ALIENAÇÃO DE BENS MÓVEIS 0,00 AUMENTO DE CAPITAL 1.256.338,30
ALIENAÇÃO DE BENS IMÓVEIS 0,00
DÍVIDA 4.855.531,14
AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA FUNDADA 4.855.531,14
INDEP. DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA
29.496.955,32 INDEP. DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA
3.275.028,98
VALORES ORIUNDOS DO PAS. FINANCEIRO
1.498.449,96 DÍVIDA
3.131.013,60 CANCELAMENTO DE RESTOS A PAGAR 1.494.449,96
ATUALIZAÇÃO DA DÍVIDA FUNDADA 3.131.013,60
CANCELAMENTO DE DÍVIDA FLUTUANTE 0,00
INSCRIÇÃO DA DÍVIDA FUNDADA 0,00 CRÉDITOS
26.044.276,57 CRÉDITOS
0,00
INSCRIÇÃO DA DÍVIDA ATIVA 26.044.276,57
BAIXA DA DÍVIDA ATIVA 0,00 DÍVIDA
778.090,17 VAL. ORIUNDOS DO PAS. FINANCEIRO
14.667,00
ESTORNO DE CORREÇÃO 778.090,17
RESTAB. DE DÉBITOS FINANCEIROS 14.667,00 VAL. ORIUNDOS DO ATIVO FINANCEIRO
1.176.138,62 VAL. ORIUNDOS DO ATIVO FINANCEIRO
129.348,38
RESTABELECIMENTO DE SALDOS FINANCEIROS 1.176.138,62
CANCELAMENTO DE SALDOS FINANCEIROS 129.348,38
OUTROS VALORES 0,00
OUTROS VALORES 0,00
TOTAL DAS VARIAÇÕES ATIVAS
404.581.152,75 TOTAL DAS VARIAÇÕES PASSIVAS
386.604.516,39
RESULTADO PATRIMONIAL
RESULTADO PATRIMONIAL DÉFICIT VERIFICADO
0,00 SUPERÁVIT VERIFICADO
17.976.636,36
TOTAL 404.581.152,75 TOTAL 404.581.152,75
Fonte: Dados da pesquisa (2014)