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Capítulo 1

ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

Livro Base: Contabilidade de Instituições Financeiras

Jorge Katsumi Niyama Amaro L. Oliveira Gomes

Universidade de Brasília – UnB Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais – CCA

Contabilidade de Instituições Financeiras

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 3

Objetivos:

Relatar o contexto histórico do Sistema Financeiro Nacional – SFN 1

2 Apresentar a estrutura do Sistema Financeiro Nacional

Descrever os órgãos normativos 3

4 Expor os tipos de instituições bancárias (ou monetárias)

Apresentar as instituições financeiras não bancárias (ou não

monetárias) 5

6 Discorrer sobre os Bancos Múltiplos

Comentar sobre o sistema distribuidor de TVM 7

Apresentar os Agentes Especiais 8

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Introdução – Contexto histórico

1964

• Lei da Correção Monetária (Lei nº 4.357)

• Instituiu normas para indexação de débitos fiscais e criou Títulos Públicos Federais com correção monetária

1964

• Lei do Plano Nacional da Habitação (Lei nº 4.380)

• Criou o BNH para fomentar a construção civil

1964

• Lei da Reforma do SFN (Lei nº 4.595)

• Cria o CMN e o Bacen e estabelece normas operacionais, rotinas de funcionamento e procedimentos de qualificação

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Introdução – Contexto histórico

1965

• Lei do Mercado de Capitais (Lei nº 4.728)

• Instituiu normas e regulamentos básicos para a estruturação de um sistema de investimentos

1976

• Lei da CVM (Lei nº 6.385)

• Criou a CVM e transferiu do Bacen a responsabilidade pela regulamentação e fiscalização do mercado de capitais

1976

• Lei das S.A. (Lei nº 6.404)

• Estabeleceu regras claras sobre características, forma de constituição, composição acionária etc

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Introdução – Contexto histórico

2001

• Lei nº 10.303

• Estabeleceu novos direitos aos acionistas minoritários e alterou a Lei nº 6.385/76 transferindo para a CVM competência para regular e supervisionar os fundos de investimento e os derivativos

2007

• Lei nº 11.638

• Estabeleceu procedimentos em consonância com padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários

2009 • Lei nº 11.941

• Estabeleceu o Regime Tributário de Transição – RTT

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Estrutura do SFN

Decorrente do conjunto de normas legais apresentadas.

Inspirada no modelo de especialização de instituições (EUA).

Segmentos de acordo com o objetivo precípuo das destinações de recursos captados (intermediação financeira ou distribuição de TVM).

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Estrutura do SFN

Bancos Comerciais, Caixa Econômica Federal, Cooperativas de Crédito e Bancos Múltiplos com carteira comercial

Crédito de curto e

curtíssimo prazos

Bancos de Investimento, Bancos de Desenvolvimento, Caixa Econômica Federal e Bancos Múltiplos com carteira de investimento ou desenvolvimento

Intermediação de

TVM

Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimentos ("Financeiras") e Bancos Múltiplos com carteira de crédito, financiamento e investimento

Crédito de médio e

longo prazos

Caixa Econômica Federal, Associações de Poupança e Empréstimos, Companhias Hipotecárias, Sociedades de Crédito Imobiliário e Bancos Múltiplos com carteira de crédito imobiliário

Crédito ao

consumidor

Sociedades Corretoras e Distribuidoras de TVM, Bancos de Investimentos e Bancos Múltiplos com carteira de investimento

Crédito habitacional

Sociedades de Arrendamento Mercantil e Bancos Múltiplos com carteira de arrendamento mercantil

Arrendamento

Mercantil

Seguradoras, companhias de capitalização, entidades fechadas e abertas de previdência privada, empresas de factoring, consórcios, agências de fomento e desenvolvimento, sociedades de crédito ao microempreendedor, bancos de câmbio

Outras Entidades

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Órgãos Normativos

Conselho Monetário Nacional – CMN

Conselho Monetário Nacional

Ministro da Fazenda

(Presidente do CMN)

Ministro do Planejamento,

Orçamento e Gestão

Presidente do Banco

Central do Brasil

Criado pela Lei nº 4.595 de 1964.

Finalidade de formular a política da moeda e do crédito visando a estabilidade da moeda e o progresso econômico e social do país.

Atos Normativos: Resoluções ou Deliberações.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Órgãos Normativos

Conselho Monetário Nacional – CMN

Principais atribuições:

regular o valor interno e externo da moeda;

zelar pela liquidez e solvência das IFs;

coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e externa;

regular a constituição, funcionamento e fiscalização do SFN, bem como penalidades previstas;

expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas IFs;

disciplinar as atividades das bolsas de valores e dos corretores de fundos públicos;

etc.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Órgãos Normativos

Conselho de Recursos do SFN (CRSFN)

Criado em 1985 para julgar, em segunda e última instância, os recursos relacionados às penalidades aplicadas pelo Bacen e CVM.

Conselho de Recursos do SFN

02 Ministério da

Fazenda 1 CVM

1 Banco

Central do Brasil

04 Entidades de Classe, dos mercados financeiro e de capitais,

indicados em lista tríplice, por solicitação do Ministro da Fazenda

8 conselheiros 2 anos, permitida uma recondução.

1 Procurador da Fazenda Nacional (zelar pela fiel observância das leis).

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Órgãos Normativos

Banco Central do Brasil – Bacen

Antiga Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc) Lei nº 4.595/64 transforma em Bacen.

Função Clássica:

“Controlar a oferta da moeda e do crédito, desempenhando a função de executor das políticas

monetária e cambial de um país.”

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Órgãos Normativos Banco Central do Brasil – Bacen

Principais atribuições: emitir moeda papel e metálica;

ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda estrangeira;

exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas;

conceder autorização às IFs para:

• funcionar no país;

• instalar ou transferir suas sedes ou dependências, inclusive no exterior;

• ser transformadas, fundidas, incorporadas, cindidas ou encampadas;

• etc.

exercer permanente vigilância nos mercados financeiros e de capitais;

etc.

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Órgãos Normativos

Banco Central do Brasil – Bacen Regulamentação de decisões do CMN ou da Diretoria, de interesse geral, do

SFN ou parte dele, devendo ser assinada por um ou mais membros da Diretoria Colegiada

Circular

Instruções ou esclarecimentos sobre deliberações do CMN ou da Diretoria, de interesse do SFN ou parte dele, podendo ser assinada pelo(s) chefe(s) da Unidade diretamente ligada ao assunto

Carta Circular

Divulgação de esclarecimentos diversos, de interesse geral, observadas a conveniência do banco, as exigências de ordem legal e as instruções regulamentares a respeito, podendo ser assinadas pelo(s) chefe(s) da Unidade diretamente relacionada ao assunto

Comunicado

Regulamentação, instrução ou esclarecimentos diversos sobre deliberações da Diretoria do Bacen, em conjunto com outros órgãos – observadas a conveniência das entidades signatárias, as exigências de ordem legal e as instruções regulamentares, devendo ser assinado por um ou mais membros da Diretoria e outro(s) órgão(s)

Comunicado-

conjunto

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Órgãos Normativos

Comissão de Valores Mobiliários – CVM Principais atribuições:

Disciplinar e fiscalizar:

• emissão e Distribuição de valores mobiliários no mercado;

• negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários;

• organização, funcionamento e operações das bolsas de valores;

• administração de carteiras e custódia de valores mobiliários;

• auditoria de companhias abertas;

• serviços de consultor e analista de valores mobiliários.

Suspender a negociação de determinado valor mobiliário.

Decretar recesso das bolsas de valores.

Divulgar informações para orientar os participantes do mercado.

Conceder registro para negociação na bolsa e no mercado de balcão.

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Instituições Bancárias (ou Monetárias)

Bancos Comerciais

Instituições especializadas em operações de curto e médio prazos, que oferecem capital de giro para o comércio, indústria, empresas prestadoras de serviços e pessoas físicas, bem como concedem crédito rural

Operações: • ativas;

• passivas;

• especiais;

• acessórias;

• prestação de serviços.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Instituições Bancárias (ou Monetárias)

Bancos Comerciais

Operações Ativas

• Desconto de Títulos

• Abertura de crédito

• Crédito Rural

• Empréstimo para capital de giro

• Aplicações em TVM

Operações Passivas

• Depósitos a vista

• Depósitos a prazo

• Obrigações contraídas no país e no exterior relativas a repasse e financiamentos

Operações Especiais

• Operações de câmbio

• Custódia de títulos e valores

• Prestação de fianças e outras garantias

• Operações compromissadas

• Administração de fundos de investimento

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Instituições Bancárias (ou Monetárias)

Bancos Comerciais

Operações Acessórias

(caráter complementar)

• Ordens de pagamento e transferência de fundos

• Cheques de viagem

• Cobrança

• Saneamento do meio circulante e fornecimento de troco

• Intermediação na aquisição de títulos federais em leilões

Operações de Prestação de Serviços

(decorrente de convênios)

• Recebimento de tributos, FGTS, INSS, PIS, prêmios de seguros, contas de água, luz, gás, telefone

• Pagamento para o FGTS, INSS, PIS e segurados em geral

• Prestação de serviços a outras IFs

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Instituições Bancárias (ou Monetárias)

Cooperativas de crédito

Instituições financeiras privadas, com personalidade jurídica própria, especializadas em propiciar crédito e prestar serviços a seus associados, constituídas sob a forma de sociedade de pessoas de natureza civil, que se classificam em:

Singulares: mínimo de 20 cooperados.

Cooperativas centrais ou federações de cooperativas: formada por, no mínimo, 3 cooperativas singulares.

Confederação de cooperativas: formada por, no mínimo, 3 cooperativas centrais.

Operações Ativas, Passivas e Acessórias.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Instituições Financeiras não bancárias (ou não monetárias) Banco de Investimento

Especializado em operações financeiras de médio e longo prazos, oferecendo capital de giro e capital fixo aos tomadores de recursos

Operações Ativas

• Financiamento de capital fixo e de giro

• Repasse de empréstimos externos

• Aquisição de direitos creditórios

• Subscrição ou aquisição de TVM

Operações Passivas

• Depósito a prazo fixo

• Empréstimos externos

• Empréstimos no país, oriundos de recursos de IFs oficiais

• Emissão de Títulos de Desenvolvimento Econômico

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Instituições Financeiras não bancárias (ou não monetárias)

Banco de desenvolvimento

IFs estaduais, especializadas em operações de

médio e longo prazos, propiciando o aporte de recursos para projetos e programas que visem ao desenvolvimento econômico e social do estado a que estejam vinculadas.

Operações Ativas e Passivas.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Instituições Financeiras não bancárias (ou não monetárias) Sociedades de Arrendamento Mercantil

A principal operação ativa da empresa de leasing é o arrendamento mercantil, do qual podem ser objeto bens móveis, de produção nacional ou estrangeira, e bens imóveis, adquiridos pela entidade arrendadora, segundo especificações e para o uso da arrendatária em sua atividade econômica.

Operações Ativas (leasing e aplicação das disponibilidades) e Passivas (empréstimos, cessão de crédito de contratos de arrendamento mercantil).

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Instituições Financeiras não bancárias (ou não monetárias)

Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (“Financeiras”)

Principal Objetivo: concessão de financiamento para aquisição de bens e serviços, bem como financiamento de capital de giro.

Operações Ativas e Passivas.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Instituições Financeiras não bancárias (ou não monetárias)

Sociedades de Crédito Imobiliário (SCI):

Principal Objetivo: realização de operações imobiliárias relativas a incorporação, construção, venda ou aquisição de habitação.

Operações Ativas (financiamento de empreendimentos, construção de casa própria, financiamentos habitacionais) e Passivas (emissão de Letras hipotecárias, imobiliárias, depósito de poupança).

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Instituições Financeiras não bancárias (ou não monetárias)

Associação de Poupança e Empréstimos (APE)

Sociedade civil integrante do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE).

Principal objetivo: propiciar a aquisição da casa própria a seus associados, captar e disseminar o hábito da poupança.

Operações Ativas (financiamentos habitacionais aos associados, financiamento de empreendimentos relativos à construção de habitações que serão vendidas aos associados) e Passivas (emissão de Letras hipotecárias, depósito de poupança).

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Bancos Múltiplos

Resolução CMN nº 1.524/88:

Autoriza a constituição de bancos múltiplos com a finalidade de realizarem numa única instituição financeira as operações facultadas a bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, sociedades de crédito, financiamento e investimento e sociedades de crédito imobiliário, sendo-lhes permitido reunir de duas até quatro das espécies das operações citadas.

Resolução nº 2.099/94:

Incluiu a constituição da carteira de arrendamento mercantil.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Sistema distribuidor de TVM

Bolsas de Valores

Constituídas como associações civis, sem finalidade lucrativa.

Principais objetivos:

• manter local ou sistema adequado à realização de operações de compra e venda de TVM;

• dotar o referido local ou sistema de meios necessários à realização e transparência das operações;

• estabelecer sistemas de negociação que propiciem continuidade de preços e liquidez.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Sistema distribuidor de TVM Sociedades corretoras e distribuidoras de TVM

Constituídas como sociedades anônimas ou por cotas de responsabilidade limitada.

Principais objetivos:

• operar no recinto ou em sistemas mantidos por bolsa de valores;

• subscrever emissões de TVM para revenda;

• intermediar oferta pública e distribuição de TVM no mercado, administrar carteiras, custodiar TVM;

• instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento;

• operar em bolsa de mercadorias e de futuros.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Sistema distribuidor de TVM

Distribuidoras

Mesmos objetivos das corretoras, porém não são autorizadas a:

• operar no recinto das bolsas de valores ou em sistemas mantidos por estas.

• exercer as funções de agente emissor de certificados.

• intermediar operações de câmbio.

• manter serviços de ações escriturais.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Agentes Especiais

Banco do Brasil:

Execução do orçamento geral da União, Agropecuária, FCO.

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES:

Desenvolvimento Nacional.

Banco do Nordeste do Brasil S.A. (BNB):

Desenvolvimento Regional do Nordeste, FNE.

Banco da Amazônia (Basa):

Desenvolvimento Regional do Norte, FNO.

Caixa Econômica Federal – CEF:

Loteria, penhor, habitação, saneamento, FGTS.

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Capítulo 2

PROCEDIMENTOS ESTABELECIDOS PELO PLANO CONTÁBIL DAS INSTITUIÇÕES DO SISTEMA

FINANCEIRO NACIONAL (COSIF) Livro Base: Contabilidade de Instituições Financeiras

Jorge Katsumi Niyama Amaro L. Oliveira Gomes

Universidade de Brasília – UnB Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais – CCA

Contabilidade de Instituições Financeiras

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Objetivos:

Apresentar o Cosif (Plano Contábil das Instituições do

SFN) 1

Expor a estrutura do Cosif

Relatar as características básicas do Cosif

Descrever os critérios de avaliação e apropriação

contábil

Comentar sobre o Cosif, a Legislação societária e os

Pronunciamentos Técnicos do CPC

2

3

4

5

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Introdução

•Competência para expedir normas gerais de contabilidade a serem observadas pelas IFs:

•Conselho Monetário Nacional – CMN

•Normas específicas:

•Banco Central do Brasil – Bacen

•Normas em consonância com as disposições constantes na Lei das Sociedades por Ações (observação dos princípios de contabilidade)

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 35

Introdução Cabe às instituições:

Adotar métodos e critérios uniformes no tempo.

Evidenciar em Notas Explicativas – NE as modificações relevantes e a quantificação de seus efeitos sobre as Demonstrações Financeiras – DFs.

Registrar as Receitas e Despesas no período em que ocorrem e não na data do efetivo ingresso ou desembolso (Regime de Competência).

Proceder à apropriação mensal das rendas, inclusive ganhos, lucros, despesas, perdas, mora, receitas, prejuízos, independente da apuração de resultado a cada seis meses.

Apurar os resultados semestralmente, considerando as provisões e receitas, observando os seguintes períodos: 1/1/XX a 30/6/XX e 1/7/XX a 31/12/XX, para fins de publicação.

Proceder às devidas conciliações dos títulos contábeis com os respectivos controles analíticos e mantê-las atualizadas.

Arquivar documentações por, pelo menos, cinco anos.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 36

Introdução

As normas e procedimentos, bem como DFs padronizadas previstas no Cosif são obrigatórias para:

Bancos Comerciais

Bancos de Desenvolvimento

Caixas Econômicas

Bancos de Investimento

Soc. de Crédito, Financ. e Invest.

Soc. De Crédito Imob. E ASSPE

Soc. De Arrend. Mercantil

Soc. Corretoras de TVM e Câmbio

Soc. Distribuidoras de TVM

Cooperativas de Crédito

Administradoras de Consórcio

Bancos Múltiplos

Agências de Fomento e Desenv.

Instit. Em Liq. Extrajudicial

Companhias Hipotecárias

Soc. De crédito ao microempreendedor

Fundos de Investimento

Bancos de câmbio

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 37

Objetivos do Cosif

Os objetivos do Cosif buscam permitir que as Demonstrações Financeiras expressem, com fidedignidade e clareza, a real

situação econômico-financeira da instituição.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 38

Estrutura do Cosif

Apresentado em 3 capítulos

Contém os procedimentos contábeis específicos que devem ser obedecidos e seguidos pelas instituições, destacando as principais considerações sobre cada grupo de contas do balanço

Capítulo 1

Normas Básicas

Visa à uniformidade com relação ao que deve ser registrado em cada conta de balanço, e, para isso, demonstra todas as contas do balanço, o que deve ser registrado nela e como sofre movimentação a débito e a crédito (revogado em 1988)

Capítulo 2

Elenco de Contas

Apresenta todos os modelos de documentos contábeis que devem ser elaborados, remetidos ou publicados pelas instituições financeiras para atender às exigências do Bacen

Capítulo 3

Documentos

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Características Básicas do Cosif

Escrituração

Deve ser completa, fundamentada em comprovantes, com registros permanentes de todos os atos e fatos administrativos que modifiquem ou venham a modificar, imediatamente ou não, a composição patrimonial.

Fornecimento de informações

inexatas; a falta ou atraso de conciliações ou escrituração por período superior a 15 dias, subsequentes ao encerramento de cada mês, sujeita a IF e gestores a penalidades cabíveis (Lei nº 4.595/64 e legislação complementar).

Exercício Social

1 ano (obrigatoriamente), com término em 31 de dezembro (deve ser fixado no estatuto ou contrato social).

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Características Básicas do Cosif

A classificação das contas segue a mesma estrutura estabelecida na Lei nº 6.404/76 (Circulante e Longo Prazos) e deve obedecer às normas abaixo:

Nos balancetes de MAR., JUN., SET. e DEZ. a classificação observa a segregação de direitos realizáveis e obrigações exigíveis até 3 meses e após 3 meses.

• A segregação pode ser realizada extracontabilmente ao final de cada trimestre civil.

A classificação de pagamentos e recebimentos parcelados se faz de acordo com o vencimento das parcelas.

Operações de prazo indeterminado:

• Ativas: Realizável após 3 meses;

• Passivas: Exigível até 3 meses;

• Exceção fundos e programas especiais com recursos públicos (Exigível após 3 meses).

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 41

Características Básicas do Cosif

Na classificação, levam-se em conta o principal, rendas e encargos do período, variações monetária e cambial, rendas e despesas a apropriar.

Observada a ordem das contas, os valores correspondentes ao realizável ou exigível até 3 meses e após 3 meses inscrevem-se nas colunas verticais auxiliares dos modelos de balancete e balanço geral.

Para fins de publicação, além das demais disposições, valores realizáveis e exigíveis até 1 ano e após 1 ano devem ser segregados, respectivamente, em Circulante e Longo Prazos (Lei nº 6.404/76).

Para fins de publicação, os TVMs classificados na categoria “títulos para negociação” devem ser apresentados no ativo circulante.

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Características Básicas do Cosif

Contas de compensação

Utilizadas para registro de quaisquer atos administrativos que possam transformar-se em direito, ganho, obrigação, risco ou ônus efetivos, decorrentes de acontecimentos futuros, previstos ou fortuitos.

Resolução CMN nº 3.617/08

Ativo Imobilizado e Ativo Diferido.

• Saldos existentes devem ser mantidos até efetiva baixa;

• Necessidade de estudo técnico fundamentando a vinculação das despesas e dos gastos registrados no ativo diferido com o aumento do resultado de mais de um exercício social, em especial quanto à obtenção dos benefícios econômicos futuros.

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Critérios de avaliação e apropriação contábil

Custo Histórico:

Exceção: TVMs “Disponíveis para venda” e “negociação” e Derivativos.

Apropriação das rendas e juros: Mensal:

Utilização do método exponencial.

Admite-se utilização do método linear para operações de juros simples, ou com períodos inferiores a um mês.

Operações com ajuste cambial:

Contabilização em moeda nacional.

Operações prefixadas:

Rendas e despesas a apropriar registradas em títulos de uso interno.

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Critérios de avaliação e apropriação contábil

Dia de aniversário = Dia do vencimento do título ou obrigação.

Apropriação:

Se o dia de liberação não é = ao dia de aniversário;

• Deve realizar cálculo complementar para registro.

Receitas e Despesas:

Devem ser computadas até o último dia do mês ou semestre civil, independente de ser útil ou não.

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Cosif, Legislação Societária e CPC

Pronunciamentos Técnicos do CPC:

Devem ser homologados pelo CMN/Bacen

• Para se tornarem mandatórios para IF’s, na prática, devem ser incorporados ao Cosif.

Estrutura conceitual teórica do CPC:

Homologada pelo CFC, CMN / Bacen.

Não contempla Princípios de Contabilidade.

• Expressão mantida no Cosif 1.2.5.

Estrutura de contas e classificação do Cosif:

Mantêm grupos de Resultado de Exercícios Futuros – REF e Ativo Permanente Diferido.

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Capítulo 3:

OPERAÇÕES DE CRÉDITO

Livro Base: Contabilidade de Instituições Financeiras

Jorge Katsumi Niyama Amaro L. Oliveira Gomes

Universidade de Brasília – UnB Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais – CCA

Contabilidade de Instituições Financeiras

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Objetivos:

Apresentar as operações de crédito 1

Expor o histórico recente da regulamentação das

Operações de crédito

Relatar as vedações para concessão de crédito

Descrever as classificações das operações de crédito

Apresentar exemplos de contabilização de operações

pré e pós-fixadas

2

3

4

5

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 49

Introdução

Operações de crédito

Representam, usualmente, a principal aplicação de recursos captados pelas instituições financeiras – IFs.

Fonte de Receita mais significativa.

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Gomes | Niyama 50

Banco Múltiplo: Diversas modalidades de crédito

Histórico e evolução recente

SFN:

Lei da Reforma Bancária, de Mercado de Capitais e do SFH e demais regulamentações posteriores etc.

Após 1988:

• Modificação da estrutura das IFs.

• Autorização do CMN para Bancos Múltiplos.

Comercial

Investimento (ou desenvolvimento)

Crédito, Financiamento e

Investimento

Arrendamento Mercantil

Crédito Imobiliário

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Gomes | Niyama 51

Vedações para concessão de crédito

As IFs não podem realizar operações de crédito com:

Diretores e membros de conselhos, seus cônjuges e parentes até terceiro grau.

Sócios ou acionistas que detenham mais de 10% do Capital Social.

Pessoas Jurídicas nas quais a IF ou membros de sua diretoria ou dos conselhos participem com mais de 10% do Capital Social.

Empresas cuja diretoria seja total ou parcialmente a mesma da IF.

Principais Objetivos:

Evitar o desvirtuamento na concessão do crédito.

Evitar que o crédito não seja direcionado para a finalidade prevista.

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Classificação das Operações de Crédito

Operações realizadas sem destinação específica ou vínculo à comprovação da aplicação de recursos. Ex: capital de giro, pessoal, adiantamento a depositantes

I

Empréstimos

Operações de desconto de títulos, quer sejam duplicatas que tenham por lastro transações mercantis, quer sejam notas promissórias

II

Títulos Descontados

Com destinação específica, vinculada à comprovação da aplicação de recursos. Ex: financiamentos imobiliários, rurais, máquinas e equipamentos e outros

III Financiamentos

As operações também devem ser segregadas por beneficiários, visando permitir a identificação do direcionamento do crédito

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 53

Exemplos de Contabilização

Operações prefixadas:

Operações em que os encargos são conhecidos por serem previamente determinados, não estando

sujeitos a modificações durante o prazo de vigência contratual.

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Exemplos de Contabilização

A Cia ABC solicitou um empréstimo para capital de giro junto ao Banco XYZ S.A. nas seguintes condições: a) data da operação e liberação: 18/7/X1 (crédito em C/c); b) vencimento: 16/9/X1 (60 dias); c) valor dos encargos da operação: R$ 200.000,00; d) forma de pagamento: no vencimento; e) valor liberado: R$ 1.200.000,00; f) valor de resgate: R$ R$ 1.400.000,00. Os encargos prefixados no montante de R$ 200.000,00 não são objeto

de contabilização como rendas a apropriar, mesmo que conhecidas, podendo ser controladas por intermédio de subtítulos de uso interno em controles extracontábeis.

A apropriação como receita será efetuada considerando–se o critério

pro rata dia, de forma exponencial, admitindo método linear.

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Gomes | Niyama 55

Exemplos de Contabilização

Método utilizado: linear •Período de 19 a 31/7/X1 – 13 dias – R$ 43.333,33 •Período de 01 a 31/8/X1 – 31 dias – R$ 103.333,33 •Período de 01 a 16/9/X1 – 16 dias – R$ 53.333,34

Contabilização da operação: Na liberação do empréstimo em 18/7/X1 D – 1.6.1.20.00-8 Empréstimos C – 4.1.1.20.00-4 Depósito de Pessoas Jurídicas.............R$ 1.200.000,00 Apropriação de encargos (13/60 avos) em 31/7/X1 D – 1.6.1.20.00-8 Empréstimos C – 7.1.1.05.00-6 Rendas de Empréstimos.....................R$ 43.333,33

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Exemplos de Contabilização

Contabilização da operação (cont.): Apropriação de encargos (31/60 avos) em 31/8/X1 D – 1.6.1.20.00-8 Empréstimos C – 7.1.1.05.00-6 Rendas de Empréstimos...................R$ 103.333,33 Apropriação de encargos (31/60 avos) em 16/9/X1 D – 1.6.1.20.00-8 Empréstimos C – 7.1.1.05.00-6 Rendas de Empréstimos...................R$ 53.333,34 Pela liquidação do empréstimo em 16/9/X1 D – 4.1.1.20.00-4 Depósito de Pessoas Jurídicas C – 1.6.1.20.00-8 Empréstimos...................................R$ 1.400.000,00

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Exemplos de Contabilização

Operações pós-fixadas:

Operações contratadas com cláusula de atualização em que os encargos são conhecidos após a

divulgação periódica da variação do indexador (usualmente TR).

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Exemplos de Contabilização

A Cia XYZ solicitou um empréstimo junto ao Banco ABC S.A., com cláusula de atualização pela TR, com as seguintes características: a) Data da operação e liberação: 17/2/X1; b) Vencimento: 25/6/X1; c) Valor dos encargos da operação: R$ 1.000.000,00; d) Juros: 12% a.a.; e) Cláusula de atualização: TR; f) Forma de pagamento dos encargos e do principal no vencimento. Outras informações: • Variações pro rata dia da TR de 17/2 a 25/2 = 2% • Variações da TR mês a mês até 25/6/X1 = 3%

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 59

Exemplos de Contabilização

Contabilização da operação: Em 17/2/X1, pela liberação dos recursos D – 1.6.1.20.00-8 Empréstimos C – 4.1.1.20.00-4 Depósito de Pessoas Jurídicas.............R$ 1.000.000,00 Pela apropriação de encargos em 28/2/X1 D – 1.6.1.20.00-8 Empréstimos C – 7.1.1.05.00-6 Rendas de Empréstimos.....................R$ 23.688,77 Cálculo dos encargos: 1.000.000,00 x 1,02 = 1.020.000,00 (saldo devedor corrigido) 1.020.000,00 x 0,12 x 11 = 3.688,77 365

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Exemplos de Contabilização

Contabilização da operação (cont.): Em 31/3/X1 D – 1.6.1.20.00-8 Empréstimos C – 7.1.1.05.00-6 Rendas de Empréstimos...................R$ 41.456,87 Cálculo dos encargos: 1.023.688.77 x 1,03 = 1.054.399,43 (saldo devedor corrigido) 1.054.399,43 x 0,12 x 31 = 10.746,21 365 Em 30/4/X1 D – 1.6.1.20.00-8 Empréstimos C – 7.1.1.05.00-6 Rendas de Empréstimos...................R$ 42.775,07 Cálculo dos encargos: 1.065.145,46 x 1,03 = 1.097.100,00 (saldo devedor corrigido) 1.097.100,00 x 0,12 x 30 = 10.820,71 365

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Exemplos de Contabilização

Contabilização da operação (cont.): Em 31/5/X1 D – 1.6.1.20.00-8 Empréstimos C – 7.1.1.05.00-6 Rendas de Empréstimos...................R$ 44.868,06 Cálculo dos encargos: 1.107.920,71 x 1,03 = 1.141.158,33 (saldo devedor corrigido) 1.141.158,33 x 0,12 x 31 = 11.630,44 365 Em 25/6/X1 D – 1.6.1.20.00-8 Empréstimos C – 7.1.1.05.00-6 Rendas de Empréstimos...................R$ 44.342,89 Cálculo dos encargos: 1.152.788,77 x 1,03 = 1.187.372,43 (saldo devedor corrigido) 1.187.372,43 x 0,12 x 25 = 9.759,23 365

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 62

Exemplos de Contabilização

Contabilização da operação (cont.): Em 25/6/X1, pela liquidação do empréstimo D – 4.1.1.20.00-4 Depósitos de Pessoas Jurídicas C – 1.6.1.20.00-8 Empréstimos.................................R$ 44.868,06 Tanto a contabilização dos juros como a dos efeitos da atualização monetária são efetuadas no mesmo título contábil, “Rendas de Empréstimos”, o que impede a identificação isolada, de cada encargo.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 63

Exemplos de Contabilização

Cessão de direitos creditórios O Banco XYZ concedeu um empréstimo à Cia. ABC, no valor de R$ 10.000,00 em 31/5/X1 com vencimento para 60 dias e encargos prefixados de R$ 800,00, além da comissão de abertura de crédito de R$ 100,00. No mesmo dia, o Banco XYZ S.A. cedeu os direitos creditórios desta operação ao Banco do Brasil S.A. pela importância de R$ 9.500,00.

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Gomes | Niyama 64

Exemplos de Contabilização

Contabilização no Banco XYZ S.A.: Pela concessão do crédito D – 1.6.1.20.00-8 Empréstimos...................................R$ 9.000,00 C – 7.1.7.99.00-3 Rendas de Outros Serviços................R$ 100,00 C – 4.1.1.20.00-4 Depósito de Pessoas Jurídicas............R$ 8.900,00 Pela cessão de direitos creditórios D – 1.1.1.10.00-6 Caixa (ou Bancos)............................. D – 8.1.9.50.00-7 Desp. de Cessão de Op. de Crédito...... C – 1.6.1.00.00-4 Empréstimos..................................... Pela contabilização da coobrigação D – 3.0.1.85.00-5 Coobrigações em Cessões de Crédito

C – 9.0.1.85.00-7 Respons. por Coobrig. em Cessões de Crédito.R$ 10.000,00

R$ 9.500,00 R$ 500,00 R$10.000,00

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Exemplos de Contabilização

Contabilização no Banco do Brasil S.A.: Pela aquisição dos direitos creditórios (31/5) D – 1.6.1.20.00-8 Empréstimos...................................R$ 10.000,00 C – 1.1.1.10.00-6 Caixa (ou Bancos)............................R$ 9.500,00 C – 7.1.1.00.00-1 Rendas de Operações de Crédito........R$ 500,00 Pela apropriação das receitas (em 30/06) D – 1.6.1.20.00-8 Empréstimos C – 7.1.1.00.00-1 Rendas de Operações de Crédito........R$ 400,00 Pela apropriação das receitas (em 31/07) D – 1.6.1.20.00-8 Empréstimos C – 7.1.1.00.00-1 Rendas de Operações de Crédito........R$ 400,00

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Gomes | Niyama 66

Exemplos de Contabilização

Contabilização no Banco do Brasil S.A.: Pela liquidação da operação (31/7) D – 1.1.1.10.00-6 Caixa (ou Bancos) C – 1.6.1.20.00-8 Empréstimos...................................R$ 10.800,00 Com a liquidação pontual da operação, o Banco XYZ S.A. promove a baixa de sua responsabilidade. D – 9.0.1.85.00-7 Responsabilidades por coobrigação em Cessões de crédito C – 3.0.1.85.00-5 Coobrigações em Cessões de Crédito.......R$ 10.000,00

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 68

68

CAPÍTULO 4

CONTABILIDADE DE OPERAÇÕES DE LEASING (ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO)

Livro Base: Contabilidade de Instituições Financeiras

Jorge Katsumi Niyama Amaro L. Oliveira Gomes

Universidade de Brasília – UnB Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais – CCA

Contabilidade de Instituições Financeiras

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 69

HISTÓRICO DAS CARACTERÍSTICAS ACENTUADAMENTE FINANCEIRAS NO

BRASIL

Transferências de todos os riscos e/ou benefícios do uso do bem à arrendatária.

Garantia do valor residual = preço mínimo pago pela arrendatária.

Valor residual inferior ao valor de mercado do bem.

Antecipação do valor residual garantido.

Tratamento contábil não compatível à modalidade financeira da transação, até a Lei nº 11.638/07.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 70

REGULAMENTAÇÃO INICIAL

Lei nº 6.099, de 12/9/1974 com alterações introduzidas pela Lei nº 7.132/83 = leasing passa a

denominar-se “arrendamento mercantil”.

Portaria MF nº 140, DE 28/7/1984 = consagrou a

contabilização do leasing semelhante à do aluguel (locação).

Resolução nº 351, do Conselho Monetário Nacional.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 71

COSIF, LEI SOCIETÁRIA E O CPC

A Lei nº 11.638/07 privilegiou o conceito de essência

prevalecendo sobre a forma jurídica, definindo que o bem

arrendado sob controle e posse da arrendatária integra o

seu imobilizado enquanto que a arrendadora deve

reconhecer um “direito” a receber.

CPC nº 6 não homologado pelo CMN e BCB.

Resolução nº 3.617/08 preconiza que as arrendadoras

devem “continuar” incluindo o bem arrendado como seu

imobilizado e requerendo, ainda, ajustes mensais por

insuficiência/superveniência de depreciação, em razão do

disposto no art. 3º da Lei nº 6.099/74.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 72

TRATAMENTO CONTÁBIL NA ARRENDATÁRIA

(ATÉ A LEI Nº 11.638/07)

Não há contabilização do bem arrendado no ativo.

Não há registro no passivo da obrigação de pagar as contraprestações.

Despesa é reconhecida no vencimento das contraprestações (competência) em contrapartida à parcela efetivamente exigível no mês.

Valor pago por opção de compra = ativo permanente imobilizado da arrendatária.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 73

TRATAMENTO CONTÁBIL NA ARRENDATÁRIA

(APÓS A LEI Nº 11.638/07)

Bem arrendado sob controle e posse da arrendatária integra o imobilizado.

As obrigações pelo pagamento das contraprestações são trazidas a valor presente e reconhecidas como passivo.

As contraprestações são divididas em: juros e amortização do principal, semelhantemente aos empréstimos.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 74

TRATAMENTO CONTÁBIL NA ARRENDADORA

(AINDA EM VIGOR)

Valor contábil dos contratos:

+ arrendamentos financeiros a receber (recursos internos);

+ arrendamentos financeiros a receber (recursos externos);

+ arrendamentos financeiros a receber (recursos em atraso);

(–) rendas a apropriar de arrendamentos financeiros a receber (recursos internos);

(–) rendas a apropriar de arrendamentos financeiros a receber (recursos externos);

+ valores residuais a realizar;

(–) valores residuais a balancear;

+ créditos de arrendamento financeiro em liquidação;

(–) rendas a apropriar de operações de crédito em liquidação;

+ bens arrendados – arrendamento financeiro;

(–) valor a recuperar;

(–) depreciação acumulada de bens de arrendamento financeiro;

+ bens não de uso próprio (relativos aos créditos de arrendamento mercantil financeiro em liquidação);

(–) perdas em arrendamento a amortizar;

(–) amortização acumulada do diferido (perdas em arrendamento a amortizar).

Somatório

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 75

CONTABILIZAÇÃO DO LEASING

Em 5-2-X1

Aquisição do bem:

D- Bens arrendados (máq. e equip.).

C- Bancos privados c/ depósitos.

Contrato de arrendamento mercantil:

D- Arrendamentos financeiros a receber – Recursos externos.

C- Rendas a apropriar de arrendamentos financeiros a receber – Recursos externos.

1ª contraprestação – (antecipada):

D- Bancos privados c/ depósitos.

C- Arrendamentos financeiros a receber – recursos externos.

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Gomes | Niyama 76

Contabilização da Receita:

D- Rendas a apropriar de arrendamentos financeiros a receber – recursos externos.

C- Rendas de arrendamentos financeiros a receber – recursos externos.

Em 28-2-X1

Depreciação mensal:

D- Despesas de depreciação.

C- Depreciação acumulada de bens de arrendamento financeiro.

Variação cambial:

D- Arrendamentos financeiros a receber – recursos externos.

C- Rendas a apropriar de arrendamentos financeiros a receber – recursos externos.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 77

Valor residual:

D- Valores residuais a realizar.

C- Valores residuais a balancear.

Em 28-2-X1

Ajuste a valor presente:

Arrendamentos financeiros a receber:

(–) Rendas a apropriar de arrendamentos financeiros ─

Valores residuais a realizar.

(–) Valores residuais a balancear ─

Bens arrendados – arrendamento financeiro.

(–) Depreciação acumulada de bens de arrendamento financeiro.

Subtotal

Valor presente da carteira

Diferença

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Ajuste a valor presente:

D- Superveniências de depreciação.

C- Rendas de arrendamentos financeiros – recursos externos.

Ajuste mensal da superveniência:

D- Imposto de Renda.

C- Provisão para Imposto de Renda diferido.

Baixa do bem – Encerramento do contrato

Recebimento do valor residual:

D- Bancos privados c/ depósitos.

C- Valores residuais a realizar.

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Gomes | Niyama 79

BAIXA DAS CONTAS DO IMOBILIZADO DE ARRENDAMENTO

D- Depreciação acumulada de bens de arrendamento financeiro.

C- Subtítulo de uso interno – resultado na baixa de bens arrendados.

D- Subtítulo de uso interno – resultado na baixa de bens arrendados.

C- Bens arrendados – arrendamento financeiro.

D- Valores residuais a balancear

C- Subtítulo de uso interno – resultado na baixa de bens arrendados.

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Gomes | Niyama 80

APURAÇÃO DO RESULTADO

D- Perdas em arrendamentos a amortizar.

C- Subtítulo de uso interno – resultado na baixa de bens arrendados.

D- Outras despesas de arrendamentos.

C- Amortização acumulada do diferido – perdas em arrendamentos a amortizar.

D- Amortização acumulada do diferido.

C- Perdas em arrendamentos a amortizar.

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Gomes | Niyama 81

RECEBIMENTO DO VALOR RESIDUAL ANTECIPADO:

D- Bancos privados c/ depósitos.

C- Credores por antecipação de valores residuais.

ADIANTAMENTO A FORNECEDORES E COMISSÃO DE COMPROMISSO

Em 30-9-X1

Desembolso:

D- Adiantamentos a fornecedores por conta de arrendatários – recursos internos.

C- Bancos privados c/ depósitos.

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Gomes | Niyama 82

Em 31-10-X1

Comissão de compromisso:

D- Adiantamentos a fornecedores por conta de arrendatários – recursos internos-comissão de compromisso a receber.

C- Rendas a apropriar de comissões de compromisso de arrendamentos.

Desembolso:

D- Adiantamentos a fornecedores por conta de arrendamentos – recursos internos.

C- Bancos privados c/ depósitos.

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Gomes | Niyama 83

Em 31-11-X1 e Em 30-12-X1

Comissão de compromisso:

D- Adiantamentos a fornecedores por conta de arrendatários – recursos internos.

C- Rendas a apropriar de comissões de compromisso de arrendamentos.

TÉRMINO DA ELABORAÇÃO DO BEM E ENTREGA AO ARRENDATÁRIO

Adiantamento para bens arrendados:

D- Bens arrendados – arrendamento financeiro de máquinas e equipamentos.

C- Adiantamentos a fornecedores por conta de arrendatários – recursos internos.

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Gomes | Niyama 84

Transferência da comissão de compromisso para arrendamentos a receber:

D- Arrendamentos financeiros a receber – recursos internos.

C- Adiantamentos a fornecedores por conta de arrendatários – recursos internos.

D- Rendas a apropriar de comissões de compromisso de arrendamentos.

C- Rendas a apropriar de arrendamentos financeiros a receber – recursos internos.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 85

Operação de arrendamento propriamente dito:

D- Arrendamentos financeiros a receber – recursos internos.

C- Rendas a apropriar de arrendamentos financeiros a receber – recursos internos.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 86

NOVIDADES PARA O LEASING

Está previsto para o 3º trimestre/2012 uma nova

minuta de pronunciamento sobre leasing que critica

os modelos de classificação em financeiro e cria a

figura do “Direito de uso do ativo” que é objeto de

inclusão como Ativo.

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CAPÍTULO 5

CRÉDITOS DE CURSO ANORMAL E PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE

LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA

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Gomes | Niyama 89

Por que a provisão para créditos de liquidação duvidosa para Instituições Financeiras é diferente da provisão para créditos de liquidação duvidosa de empresas comerciais ou industriais?

a) o ativo a ser provisionado representa um crédito a receber decorrente de empréstimo/financiamento, ou seja, a matéria prima utilizada é o próprio dinheiro;

b) o ativo objeto da provisão é normalmente recebido em diversas parcelas e não em única vez como ocorre no setor comercial ou industrial;

c) o ativo objeto da provisão é usualmente uma parcela significativa em relação ao patrimônio líquido.

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Gomes | Niyama 90

CLASSIFICAÇÃO DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR

NÍVEL DE RISCO E PROVISIONAMENTO

1. As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil devem classificar as operações de crédito, em ordem crescente de risco, nos seguintes níveis: nível AA; nível A; nível B; nível C; nível D;

nível E; nível F; nível G e nível H. (Res. 2.682 art. 1º I/IX).

2. A classificação da operação em nível de risco correspondente é de responsabilidade da instituição detentora do crédito e deve ser efetuada como base em critérios consistentes e verificáveis, amparada por informações internas e externas, contemplando, pelo menos, os seguintes aspectos:

a) em relação ao devedor e seus garantidores:

I – situação econômico-financeira;

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Gomes | Niyama 91

CLASSIFICAÇÃO DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR NÍVEL DE

RISCO E PROVISIONAMENTO

II – grau de endividamento;

III – capacidade de geração de resultados;

IV – fluxo de caixa;

V – administração e qualidade de controles;

VI – pontualidades e atrasos nos pagamentos;

VII – contingências;

VIII – setor de atividade econômica;

IX – limite de crédito.

b) em relação à operação:

I – natureza e finalidade da transação;

II – características das garantias, particularmente quanto à suficiência e liquidez;

III – valor.

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Gomes | Niyama 92

CLASSIFICAÇÃO DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR NÍVEL DE RISCO E

PROVISIONAMENTO

A classificação da operação em níveis de risco deve ser revista:

a) mensalmente, por ocasião dos balancetes e balanços, em função de atraso verificado no pagamento de parcela de principal ou de encargos, devendo ser observado, no mínimo:

I – atraso entre 15 (quinze) e 30 (trinta) dias: risco nível B;

II – atraso entre 31 (trinta e um) e 60 (sessenta) dias: risco nível C;

III – atraso entre 61 (sessenta e um) e 90 (noventa) dias: risco nível D;

IV – atraso entre 91 (noventa e um) e 120 (cento e vinte) dias: risco nível E;

V – atraso entre 121 (cento e vinte e um) e 150 (cento e cinquenta) dias: risco nível F;

VI – atraso entre 151 (cento e cinquenta e um) e 180 (cento e oitenta) dias: risco nível G;

VII – atraso superior a 180 (cento e oitenta) dias: risco nível H.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 93

CLASSIFICAÇÃO DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR NÍVEL DE RISCO E PROVISIONAMENTO

b) com base nas características do devedor e seus garantidores e,

em relação à operação, a classificação de titularidade de pessoas físicas deve levar em conta, também, as situações de renda e de patrimônio, bem como outras informações cadastrais do devedor. Ainda com relação à operação de crédito de um mesmo cliente ou grupo econômico deve ser definida considerando aquela que apresentar maior risco, como regra geral:

• A cada seis meses, em operações de um mesmo cliente ou grupo econômico cujo montante seja superior a 5% do PLA.

• Uma vez a cada 12 meses, em todas as situações, exceto para operações de crédito contratadas com cliente cuja responsabilidade seja inferior a R$ 50.000,00 que podem ter sua classificação revista de forma automática em função dos atrasos consignados na alinea “a”.

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Gomes | Niyama 94

CONSTITUIÇÃO DA PROVISÃO PARA CRÉDITO DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA

A provisão para fazer face aos créditos de liquidação duvidosa deve ser constituída mensalmente, não podendo ser inferior ao somatório decorrente da aplicação dos percentuais a seguir mencionados, sem prejuízo da responsabilidade dos administradores das instituições pela constituição de provisão em montantes suficientes para fazer face a perdas prováveis na realização dos créditos: (Res. 2.682 art.6º I/VIII):

a) 0,5% (cinco décimos por cento) sobre o valor das operações classificadas como de risco nível A;

b) 1% (um por cento) sobre o valor das operações classificadas como de risco nível B;

c) 3% (três por cento) sobre o valor das operações classificadas como de risco nível C;

d) 10% (dez por cento) sobre o valor das operações classificadas como de risco nível D;

e) 30% (trinta por cento) sobre o valor das operações classificadas como de risco nível E;

f) 50% (cinquenta por cento) sobre o valor das operações classificadas como de risco nível F;

g) 70% (setenta por cento) sobre o valor das operações classificadas como de risco nível G;

h) 100% (cem por cento) sobre o valor das operações classificadas como de risco nível H;

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Gomes | Niyama 95

RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDA E O IMPACTO NA PROVISÃO

PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA

A operação objeto de renegociação deve ser mantida, no mínimo, no

mesmo nível de risco em que estiver classificada, observando que

aquela registrada como prejuízo deve ser classificada como de risco

nível H. Além disso:

a) Admite-se a reclassificação para categoria de menor risco quando

houver amortização significativa da operação ou quando fatos novos

relevantes justificarem a mudança do nível de risco;

b) O ganho eventualmente auferido por ocasião de renegociação deve ser

apropriado ao resultado quando do seu efetivo recebimento;

c) Considera-se renegociação à composição de dívida, a prorrogação, a

novação, a concessão de nova operação para liquidação parcial ou

integral de operação anterior ou qualquer outro tipo de acordo que

implique alteração nos prazos de vencimento ou nas condições de

pagamento originalmente pactuadas.

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Gomes | Niyama 96

APROPRIAÇÃO DE ENCARGOS E RECONHECIMENTO DE

RECEITA

I. Para operações que apresentarem atrasos superiores a 60 dias no pagamento do principal ou da parcela, é vedado o reconhecimento de receitas.

II. Para operações de crédito (com principal e/ou parcelas) vencidas há mais de 60 dias (61 dias, por exemplo, a provisão mínima a ser constituída é de 10% em razão da classificação como nível “D”).

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 97

DIVULGAÇÃO EM NOTAS EXPLICATIVAS

Devem ser divulgadas em nota explicativa às demonstrações

financeiras informações detalhadas sobre a composição da

carteira de operações de crédito, observado, no mínimo:

a) Distribuição das operações, segregadas por tipo de cliente e

atividade econômica;

b) Distribuição por faixa de vencimento;

c) Montantes de operações renegociadas, lançados contra prejuízo e de operações recuperadas, no exercício;

d) Distribuição nos correspondentes níveis de risco previstos no item 1, segregando-se as operações, pelo menos, em créditos de curso normal com atraso inferior a 15 (quinze) dias, e vencidos com atraso igual ou superior a 15 (quinze) dias.

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Gomes | Niyama 98

O COSIF E AS NORMAS INTERNACIONAIS DE

CONTABILIDADE

As principais divergências entre os procedimentos contábeis da COSIF (BR GAAP) e os IFRS estão relacionados a:

a) Constituição da provisão baseada em conceito de “perda esperada” (Res. 2.682/99) e o de perda incorrida (IFRS);

b) A apropriação dos juros é normal até 60 dias de atraso (Res. 2.682/99) enquanto que os juros devem ser apropriados pelo fluxo de caixa esperado durante a vida do contrato, segundo o IFRS.

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CAPÍTULO 6

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

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Gomes | Niyama 101

Principal fonte de captação de recursos e como opção de investimento de curto, médio e longo prazos.

De acordo com a remuneração são classificados em renda fixa ou de renda variável; públicos ou privados, dependendo do emissor.

Títulos públicos – emitidos pelo Tesouro Nacional, BACEN, DF, estados ou municípios.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 102

TÍTULOS DE RENDA FIXA

(Contabilização até 31/3/2002)

São registrados pelo valor efetivamente pago.

Os rendimentos atribuídos aos títulos são contabilizados mensalmente, ou em períodos menores – Método Exponencial ou Linear.

• cláusula de remuneração do título;

• fluência dos prazos;

• a débito da própria conta que registra os títulos;

• a crédito de “Rendas de Títulos de Renda Fixa”.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 103

BALANCETE MENSAL

(Contabilização até 31/3/2002)

Avaliação dos títulos da carteira menor entre

os valores contábil e de mercado, como segue:

Valor contábil – Custo de aquisição acrescido dos

rendimentos auferidos.

Valor de mercado – Venda definitiva do papel, se

não houver cotação, adota-se: taxa de emissão para títulos semelhantes em vigor na mesma data;

cotações constantes de publicações especializadas.

* Valor de mercado < Valor Contábil Provisão para

desvalorizações por empresa emitente, tipo de papel, data de emissão e

vencimento – a débito de “despesas de provisões operacionais”.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 104

REGISTRO CONTÁBIL A PARTIR DE 01/4/2002, EM OBSERVÂNCIA ÀS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE (IAS 39) E ÀS NORMAS NORTE-

AMERICANAS DE CONTABILIDADE (FAS 115)

Os títulos e valores mobiliários devem ser classificados em três categorias:

a) TRADING: títulos adquiridos com intenção de negociação em curto período de tempo, avaliados a mercado, computando-se os ganhos ou perdas não realizados no resultado;

b) AVAILABLE FOR SALE: não se destinam à negociação imediata nem de mantê-los até o vencimento, avaliados a mercado, computando-se os ganhos ou perdas em conta específica do patrimônio líquido;

c) HELD TO MATURITY: títulos com intenção e capacidade financeira de manutenção até o vencimento, avaliados a custo histórico, acrescido dos rendimentos proporcionais.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 105

(CONTABILIZAÇÃO APÓS 1/4/2012)

MARCAÇÃO A MERCADO (MARK TO MARKET)

Podem ser utilizados como parâmetro:

a) Preço médio de negociação no dia da apuração, ou quando

não disponível, o preço médio de negociação no dia útil

anterior;

b) Valor líquido provável de realização obtido mediante adoção

de técnica ou modelo de precificação;

c) Preço de instrumento financeiro semelhante, levando em

consideração, no mínimo, os prazos de pagamento e

vencimento, o risco de crédito e a moeda ou indexador.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 106

RECLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

A reavaliação quanto à classificação somente pode ser efetuada por ocasião dos balanços semestrais, sendo exigido que a transferência para categoria diversa deve levar em conta a intenção, e a capacidade financeira da instituição e deve ser efetuado pelo valor de mercado, e:

I. Da categoria “em negociação” para outras categorias, não é admitido o retorno dos valores computados no resultado.

II. Da categoria títulos “disponíveis para venda”, os ganhos ou perdas não realizados registrados no patrimônio líquido, devem ser reconhecidos no resultado.

a) Imediatamente, quando para a categoria “em negociação”.

b) Em função do prazo remanescente, até o vencimento, quando para a categoria “mantidos até o vencimento”.

c) Da categoria “mantidos até o vencimento” para as demais categorias: somente pode ocorrer por motivo isolado, não usual, não recorrente de modo a não descaracterizar a intenção inicial.

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Gomes | Niyama 107

NOTAS EXPLICATIVAS E DIVULGAÇÃO

É obrigatória a divulgação detalhada de informações que contenham no mínimo os seguintes aspectos:

I. O montante, a natureza e as faixas de vencimento;

II. Os valores de custo e de mercado, segregados por tipo de título, bem como os parâmetros utilizados na determinação desses valores;

III. O montante dos títulos reclassificados, o reflexo no resultado e os motivos que levaram à reclassificação;

IV. Os ganhos e as perdas não realizados no período, relativos a títulos e valores mobiliários classificados na categoria “títulos disponíveis para a venda”.

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MERCADO ABERTO

Operações compromissadas regulamentadas pela Resolução nº 3.339, do CMN, de 26/1/2006.

“Mercado primário” ofertas públicas ou leilões (títulos públicos) ou instituições financeiras (títulos privados) taxas de retorno: prefixada ou pós-fixada.

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Gomes | Niyama 109

SÃO REALIZADAS:

Operações compromissadas, pactuadas a preços e prazos previamente estipulados: constam compromissos de recompra (vendedor) e revenda (comprador).

Operações de compra e venda final, pactuadas em bases definitivas sem nenhum compromisso de renegociação posterior.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 110

OPERAÇÕES COMPROMISSADAS

Aplicar recursos disponíveis – mediante a compra de títulos com compromisso de revenda.

Captar recursos no mercado – venda de títulos com compromisso de recompra.

Transferência de propriedade do título não compõe o ativo das instituições compradora ou vendedora – estabelece-se que instrumentos financeiros foram destacados como garantia (lastro) da operação.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 111

Títulos de renda fixa adquiridos em operações finais, sem qualquer compromisso de revenda, podem ser contabilizados no ativo da instituição compradora – “Títulos de renda fixa”.

Aplicações de recursos por meio de compra de títulos com compromisso de revenda – títulos contábeis:

I. “Revendas a liquidar – Posição bancada” – aplicações efetuadas e não repassadas, sendo mantidas ao final do dia;

II. “Revendas a liquidar – Posição financiada” – aplicações efetuadas e repassadas. Operações compromissadas.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 112

Registro de títulos “vendidos” em operações com compromisso de recompra:

I. “Recompras a liquidar – Carteira própria” – captações efetuadas mediante a utilização de títulos disponíveis, não adquiridos por meio de operações compromissadas.

II. “Recompras a liquidar – Carteira de terceiros” – captações efetuadas mediante a utilização de títulos adquiridos por meio de operações compromissadas.

III. Títulos utilizados para lastrear operações de venda – “Títulos de renda fixa” para “Títulos de renda fixa – vinculados a recompras”.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 113

POSIÇÕES ASSUMIDAS:

a) Carteira própria bancada

Ativo circulante e realizável a longo prazo

Títulos e valores mobiliários:

D – Livres;

C – Títulos de renda fixa.

Nenhuma conta do Passivo está associada a esta operação.

b) Carteira própria financiada

Ativo circulante realizável a longo prazo

Títulos e valores mobiliários:

D – Vinculados a operações compromissadas.

C – Títulos de renda fixa – vinculados a recompras.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 114

Passivo circulante exigível a longo prazo

Obrigações por operações compromissadas:

D – Carteira própria;

C – Títulos de renda fixa – vinculados a recompras.

c) Carteira de terceiros bancada

Ativo circulante e realizável a longo prazo

Aplicações interfinanceiras de liquidez:

D – Aplicações em operações compromissadas.

C – Revendas a liquidar – carteira própria.

Nenhuma conta do passivo está associada a esta operação.

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Gomes | Niyama 115

d) Carteira de terceiros financiada

Ativo circulante e realizável a longo prazo

Aplicações interfinanceiras de liquidez:

D – Aplicações em operações compromissadas.

C – Revenda a liquidar – posição financiada.

Passivo circulante e exigível a longo prazo

Obrigações por operações compromissadas:

D – Carteira de terceiros.

C – Recompras a liquidar – carteira de terceiros.

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CAPÍTULO 7

DERIVATIVOS

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Instrumento financeiro (contrato) cujo valor deriva do preço ou performance de outro ativo que pode ser:

Um bem: ação ou mercadorias – café, algodão, boi gordo.

Uma taxa de referência – dólar norte–americano ou depósitos interfinanceiros (DI)

Índices – IBOVESPA etc.

Prática: qualquer ativo que possa ser valorizado ou ter sua performance medida.

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REPRESENTADOS PELOS CONTRATOS NEGOCIADOS NOS MERCADOS A TERMO, DE FUTUROS, DE OPÇÕES E DE

SWAPS QUE POSSIBILITAM:

Proteção (hedge) contra variações de preços e taxas;

Captação ou aplicação de recursos;

Redução de custos operacionais;

Diluição dos riscos inerentes às atividades operacionais.

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INTEGRANTES DESSE MERCADO:

Autoridades monetárias.

Instituições financeiras e não financeiras.

Bolsas de valores, de mercadorias e de futuros.

Centrais de liquidação e de custódia de títulos.

AGENTES:

Hedgers e os especuladores.

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Hedgers – proteção contra as oscilações de preços.

Especuladores – assumem os riscos dos hedgers – objetivo de lucro, proporcionando liquidez aos contratos.

Preços de mercado – dependem do preço bem/mercadoria a vista e do custo de manter a posse da mercadoria física (ou outro ativo) até o vencimento do contrato futuro – juros, seguro e custo de armazenagem.

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Função econômica dos mercados de derivativos: transferência de riscos entre agentes.

Quem possui um produto ou ativo financeiro poderá proteger-se do risco de oscilação de preços por meio de posições opostas no mercado – estratégia idêntica poderá ser adotada pelo agente que necessitará do produto futuro.

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REGISTRO CONTÁBIL DOS DERIVATIVOS

I – Valor dos contratos de swap, operações realizadas nos mercados futuro e de ações – registradas em contas de compensação:

a) Nas operações de swap:

• Diferencial a receber/pagar – apurado, no mínimo, mensalmente e apropriado como receita/despesa, em contrapartida a contas patrimoniais;

• Cada contrato, exceto os com garantia e de terceiros – avaliado a valor de mercado – mark to market com registro do valor correspondente em contas de compensação.

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b) Operações de opções – Valor dos prêmios recebidos/pagos deve ser registrado em contas patrimoniais – permanecendo até a data do exercício da opção – baixado como redução/aumento do custo do bem/direito, na hipótese de exercício ou receita/despesa, no caso de não exercício.

c) Operações de futuros – Valor dos ajustes diários – registrado, diariamente, em contas patrimoniais e apropriado ao resultado como receita/despesa mensalmente.

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II – O valor dos contratos de operações a termo – registrado em contas patrimoniais

– Diferencial entre o preço a vista do contrato do bem/direito e o valor do contrato, reconhecido como receita prefixada na contratação – reconhecido no resultado em razão da fluência do prazo da operação.

III – Taxas e emolumentos devidos:

– Compras = apropriados ao custo do bem ou direito;

– Vendas = apropriadas em contas de resultado (despesas de serviços do sistema financeiro).

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Gomes | Niyama 126

IV – Prejuízos potenciais com operações a termo, futuro e de opções

– Estimados e reconhecidos como despesas mediante constituição de provisão calculada com base no valor de mercado.

MARGEM DE GARANTIA

Asseguram o cumprimento da liquidação dos contratos e podem ser constituídos na forma de:

– depósitos em espécies;

– ações da carteira do IBOVESPA;

– cartas de fianças;

– certificados de custódia de ouro;

– títulos públicos e privados.

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Ativos dados em garantia permanecem registrados em contas de origem:

• Exceto – quando em espécie – subtítulos de uso interno para controle.

• Títulos, valores mobiliários, fiança bancária ou assemelhada – registro em contas de compensação.

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PRINCIPAIS OPERAÇÕES

MERCADO A TERMO (TRADICIONAL)

Operações para liquidação (física e financeira) em uma data futura.

Acordo de compra e venda de um ativo, para entrega em data futura definida.

Preço especificado pelas partes envolvidas, com desembolso de recursos na liquidação do contrato.

Contrato com especificação precisa do bem objeto – ações, mercadorias, ouro, ativo financeiro etc. – qualidade, quantidade, prazo, local de entrega e preço.

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Mercado a termo – operações podem ser realizadas em bolsa ou mercado de balcão com diversas finalidades:

– proteção contra riscos de oscilação de preços – hedge;

– especulação e captação/aplicação de recursos;

– mediante operações de compra e venda a termo;

– combinação de operações a vista e a termo.

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CONTABILIZAÇÃO DO MERCADO A TERMO

1 – Operação de hedge

Em 1º-3-x9 – Venda a termo coberta

D – Venda a termo a receber – operações com ativos financeiros e mercadorias.

C – Aplicações temporárias em ouro.

C – Rendas a apropriar de operações de termo (subtítulo de uso interno).

Em 31-3-x9 – Apropriação dos rendimentos

D – Rendas a apropriar de operações de termo (subtítulo de uso interno).

C – Lucros em operações com ativos financeiros e mercadorias – hedge.

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Em 31-3-x9 – Liquidação do contrato

D – Devedores – conta Liquidações pendentes.

C – Venda a termo a receber – operações com

ativos financeiros e mercadorias.

Em 2-4-x9 – Recebimento do valor do contrato

D – Banco Central – Reservas livres em espécie.

C – Devedores – conta Liquidações pendentes.

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MERCADO FUTURO

Diferencia-se do Mercado a termo em virtude dos ajustes diários (nivelamento de preço de todas as posições em aberto) e consequente pagamento ou recebimento do valor correspondente pelo emissor.

O contrato é liquidado financeiramente sem a entrega física do ativo objeto.

São especificados o bem – tipo, peso e quantidade, o volume, a data de liquidação e a data e o local de entrega (estabelecido pelas bolsas de futuros).

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Padronização do Mercado Futuro:

• facilita a transferência do contrato entre os participantes do mercado;

• proporciona liquidez;

• permite ampliar ou encerrar a qualquer tempo a posição assumida.

Operação fechada no Mercado Futuro:

• As partes (comitentes) não mais se relacionam entre si, pois a câmara de compensação da bolsa assume a parte oposta em relação ao comprador e ao vendedor.

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Gomes | Niyama 134

CONCEITOS UTILIZADOS – MERCADO FUTURO

Preço de ajuste – cotação do contrato definido pela bolsa onde é negociado – base = negócios realizados nas últimas horas do Pregão – esse valor = base para o cálculo dos ajustes diários/valor do contrato no encerramento do pregão.

Ajuste diário – nivelamento de todas as posições em aberto (compradas e vendidas) – diferença entre o preço de ajuste e o preço pelo qual o contrato foi negociado ou preço do ajuste anterior – na prática = antecipação de lucros e prejuízos das oscilações nos preços dos contratos, ou seja: quem perde, paga e quem ganha, recebe.

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Margem de Garantia – depósito exigido pelas bolsas dos “comprados” e dos “vendidos”- calculada sobre o valor dos contratos em aberto, com vistas a garantir o pagamento dos ajustes negativos.

BOLSAS DISPÕEM DE DOIS INSTRUMENTOS FUNDAMENTAIS PARA

GARANTIR O ADIMPLEMENTO DAS OPERAÇÕES:

O ajuste diário.

A margem de garantia.

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Gomes | Niyama 136

CONTABILIZAÇÃO – MERCADO FUTURO – HEDGE

Em 2-3-x9 – Valor do contrato – contas de compensação

D – Contratos de ações, ativos financeiros e mercadorias.

C – Ações, ativos financeiros e mercadoria contratada.

Em 31-3-x9 – Resultado dos ajustes diários no mês

• Compensação

D – Contratos de ações, ativos financeiros e mercadorias.

C – Ações, ativos financeiros e mercadoria contratados.

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• Ativo

D – Operações com ativos financeiros e mercadorias a liquidar.

C – Ajustes diários – Mercado Futuro.

• Recebimento dos ajustes

D – Caixa.

C – Operações com ativos financeiros e mercadorias a liquidar.

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Liquidação do contrato:

D – Ajustes diários – Mercado Futuro.

C – Lucros em operações com ativos financeiros e mercadorias – hedge de taxas de juros.

Baixa do contrato em contas de compensação:

D – Ações, ativos financeiros e mercadorias contratadas.

C – Contratos de ações, ativos financeiros e mercadorias.

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Gomes | Niyama 139

MERCADO DE OPÇÕES

• Envolve pagamento de um prêmio para aquisição do contrato.

• A liquidação é efetuada em decorrência do exercício da opção pelo titular – de compra (call) ou de venda (put).

• Compra (call) e venda (put) — são operações que conferem ao comprador (titular) o direito de adquirir/vender o bem objeto do contrato ao preço fixado.

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Gomes | Niyama 140

CONCEITOS UTILIZADOS — MERCADO DE OPÇÕES

• Titular – comprador da opção, adquire o direito de exercer a opção, pagando um prêmio.

• Lançador – vendedor da opção, cede o direito ao titular, assume a obrigação de entregar o ativo-objeto, recebe um prêmio.

• Prêmio – preço de negociação da opção, pago pelo titular ao lançador.

• Opção de compra – titular tem o direito de comprar e o lançador a obrigação de vender, ao preço preestabelecido no contrato.

• Opção de venda – titular tem o direito de vender e o lançador a obrigação de comprar, ao preço preestabelecido no contrato.

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• Preço de exercício – preço pelo qual o bem objeto poderá ser negociado no vencimento da opção. O preço de exercício é estabelecido pelas bolsas para cada série de opção:

- Opções de compra = preço que o titular deverá pagar ao lançador pelo bem objeto, no caso de exercer o direito de compra.

- Opções de venda = preço que deverá receber pela venda do bem objeto, caso exerça o direito de venda.

• Vencimento – data em que cessam os direitos do titular exercer sua opção.

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• Séries– preços de exercício e tipo de opções diferentes para um mesmo bem objeto e com a mesma data de vencimento.

• Margens – garantias sobre operações com opções exigidas pelas bolsas sobre:

- As posições lançadas.

- Operações que constituam captação de recursos.

Durante a vigência do contrato – o prêmio poderá ser negociado, sendo o mesmo cotado em bolsa.

Teoricamente – exercerá seu direito:

– Titular da opção de compra – Valor no mercado a vista> preço de exercício.

– Titular da opção de venda – Valor no mercado a vista< preço de exercício.

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CONTABILIZAÇÃO – OPERAÇÃO COM OPÇÃO HEDGE

• Em 1º-3-x9

─ Valor do contrato – Compensação:

D – Contratos de ações, ativos financeiros e mercadorias.

C – Ações, ativos financeiros e mercadorias contratadas.

─ Prêmio recebido:

D – Operações com ativos financeiros e mercadorias a liquidar.

C – Prêmios de opções lançadas – ativos financeiros e mercadorias.

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─ Recebimento do prêmio:

D – Caixa ou outra conta adequada.

C – Operações com ativos financeiros e mercadorias a liquidar.

• Hipótese 1- Em 31-3-x9

─ Com lucro:

D – Operações com ativos financeiros e mercadorias a liquidar.

D – Prêmios de opções lançadas – ativos financeiros e mercadorias.

C – Títulos de renda variável – ações de cias abertas

C – Lucros em operações com ativos financeiros e mercadorias.

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D – Caixa ou outra conta adequada.

C – Operações com ativos financeiros e mercadorias a liquidar.

D – Ações, ativos financeiros e mercadorias contratadas.

C – Contratos de ações, ativos financeiros e mercadorias.

• Hipótese 2 – Em 31-3-:x9

─ Reconhecimento do lucro:

D – Prêmios de opções lançadas – ativos financeiros e mercadorias.

C – Lucros em operações com ativos financeiros e mercadorias.

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• Baixa do valor do contrato – Compensação

D – Ações, ativos financeiros e mercadorias contratadas.

C – Contratos de ações, ativos financeiros e mercadorias.

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SWAP

• Objetiva a troca de resultados financeiros decorrente da aplicação de taxas ou índices sobre ativos ou passivos utilizados como referenciais (ouro, taxas de juros, taxas de câmbio e índices de preços).

• Contrato para troca futura de fluxo de caixa.

• Partes assumem a obrigação recíproca de realizar a troca de resultados financeiros decorrentes da aplicação de taxas ou índices sobre ativos ou passivos utilizados como referenciais.

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EXEMPLO

• Empresa vinculada à exportação:

- Sujeita à variação do dólar norte-americano.

- Endividamento – empréstimo em moeda nacional.

• Outra empresa:

- Receitas em moeda nacional.

- Endividamento sujeito à variação cambial.

• As empresas podem contratar uma operação de swap – se obrigam a realizar uma troca de ativos financeiros – harmonizar os efeitos da variação dos valores previstos em seus fluxos de caixa (vinculados a moedas diversas).

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• Liquidação da obrigação do contrato de swap é efetivada pelo pagamento da diferença apurada em favor das partes – representando hedge buscado pelas partes à época da celebração do contrato.

• Instituições financeiras atuam na intermediação de operações para seus clientes ou por conta própria:

• realizando operações de hedge de seus ativos e passivos;

• assumindo posições em ativos financeiros na expectativa de variações favoráveis no mercado (especulação);

• realizando arbitragem ao explorar ineficiências de mercado.

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OPERAÇÕES DE HEDGE – CONTRATO DE SWAP

CONTABILIZAÇÃO

• Em 1º-3-x9 – Valor do contrato – compensação

D – Contratos de ações, ativos financeiros e mercadorias – swap.

C – Ações, ativos financeiros e mercadorias contratadas.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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• Em 31-3-x9

• Liquidação do contrato

D – Prejuízos em operações com ativos financeiros e mercadorias – swap.

C – Operações de swap – diferencial a pagar.

D – Operações de swap – diferencial a pagar.

C – Caixa ou outra conta adequada.

• Baixa do valor do contrato – compensação

D – Ações, ativos financeiros e mercadorias contratadas.

C – Contratos de ações, ativos financeiros e mercadorias – swap.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Livro Base: Contabilidade de Instituições Financeiras

Jorge Katsumi Niyama Amaro L. Oliveira Gomes

Universidade de Brasília – UnB Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais – CCA

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CAPÍTULO 8

ATIVO PERMANENTE

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INTRODUÇÃO

O grupo “Permanente” deixou de existir com a vigência das Leis n 11.638/07 e 11.914/09 com a substituição pelo grupo “Não Circulante”. No entanto, o CMN e o BCB editaram regras específicas inclusive com a permanência do subgrupo Diferido. Foi criado o subgrupo Intangível.

Enfatizamos que o conceito de “relevância” nos investimentos continua também previsto na COSIF.

os

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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INVESTIMENTOS NO EXTERIOR

Critérios de avaliação.

Deve ser mensalmente ajustado, com base na variação da taxa de venda da moeda estrangeira do país sede do investimento, considerando-se o resultado como ganho ou perda por variação de taxas.

Base: Balanço Patrimonial ou Balancete de Verificação na mesma data, ou até, no máximo, dois meses antes, contemplando os ajustes necessários decorrentes de fatos extraordinários ocorridos no período.

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INVESTIMENTOS NO EXTERIOR

Apuração do resultado de equivalência patrimonial.

Compara-se o valor do investimento ajustado pela variação cambial com o Patrimônio Líquido da coligada ou controlada ou dependência no exterior, na moeda correspondente, convertida à taxa de venda da moeda estrangeira.

O diferencial obtido deve ser registrado como: despesa ou receita.

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Gomes | Niyama 157

INVESTIMENTOS NO EXTERIOR

Renda Operacional

Debitando-se a conta que registra o investimento em contrapartida com o título contábil 7.1.8.10.00-9, Rendas de Ajustes em Investimentos no Exterior.

Despesa Operacional

Creditando-se a conta que registra o investimento em contrapartida com o título contábil 8.1.6.10.00-0, Despesas de Ajustes em Investimentos no Exterior.

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Gomes | Niyama 158

INVESTIMENTOS NO EXTERIOR

Destinação dos lucros na avaliação de investimentos no exterior.

A totalidade dos lucros apurados na avaliação dos investimentos no exterior deve ser destacada para formação de reservas de lucros a realizar (exigência não prevista na Lei nº 11.638/07).

Depois de internados os lucros no país, ou capitalizados no exterior, a reserva correspondente deve ser revertida para lucros ou prejuízos acumulados e pode ser incluída na base para distribuição de participações e dividendos.

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INVESTIMENTOS NO EXTERIOR

Divulgação de informações em nota explicativa.

Os critérios adotados para contabilização dos investimentos

no exterior e para a apropriação dos resultados obtidos

pelas coligadas e controladas e dependências no exterior

bem como os procedimentos de publicação dessas posições

e resultados no Brasil devem ser objeto de informações nas

notas explicativas das demonstrações financeiras.

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INVESTIMENTOS NO EXTERIOR

Pela constituição da dependência e aporte do capital social

D – 2.1.1.10.00-3 – Dependências no Exterior.

C – 1.1.2.80.00-8 – Bancos privados c/ depósitos.

Pelo Ajuste por Variação Cambial (R$1,25/1,20)

D – 2.1.1.10.00-3 – Dependências no exterior.

C – 7.1.8.10.00-9 – Rendas de Ajustes em Investimentos no Exterior.

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INVESTIMENTOS NO EXTERIOR

Pela apuração do Resultado de Equivalência Patrimonial:

D – 2.1.1.10.00-3 – Dependências no Exterior.

C – 7.1.8.10.00-9 – Rendas de Ajustes em Investimentos no Exterior.

Pela transferência para Reserva de Lucros a Realizar da parcela do lucro obtido na avaliação de investimentos no exterior:

D – 7.9.1.10.00-3 – Apuração do Resultado.

C – 6.1.5.50.00-1 – Reservas de Lucros a Realizar.

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Gomes | Niyama 162

PARTICIPAÇÕES EM COLIGADAS E CONTROLADAS NO PAÍS

Os investimentos em sociedades coligadas e controladas no país devem ser avaliados pelo valor de patrimônio líquido, observando-se os seguintes critérios:

a) coligadas, quando participarem com 20% ou mais do capital votante ou detiverem influência significativa em sua administração;

b) em sociedades controladas;

c) em sociedades integrantes do conglomerado econômico-financeiro;

d) sociedades que estejam sob controle comum.

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Gomes | Niyama 163

CONTABILIZAÇÃO DOS INVESTIMENTOS EM COLIGADAS E CONTROLADAS

O valor de Patrimônio Líquido de investimento deve ser ajustado, na investidora, com base no valor de Patrimônio Líquido da coligada ou da controlada. A diferença apurada registra-se, na investidora ou controladora, a débito ou a crédito da conta que registrar o investimento, e a contrapartida do ajuste é contabilizada:

a) como amortização do ágio;

b) como resultado do período, constituindo renda operacional, rendas de ajustes em investimentos em coligadas e controladas, Título Contábil – 7.1.8.20.00 – 6.

CAPÍTULO 8 ATIVO PERMANENTE

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CONTABILIZAÇÃO DOS INVESTIMENTOS EM COLIGADAS E CONTROLADAS

c) como resultado do período, constituindo despesa operacional, despesas de ajustes em investimentos em coligadas e controladas, Título Contábil – 8.1.6.10.00-7;

d) como resultado do período, constituindo renda não operacional, ganhos de capital, Título Contábil – 7.3.9.10.00-00, adotando-se subtítulo de uso interno adequado;

e) como resultado do período, constituindo despesa não operacional, perdas de capital, Título Contábil – 8.3.9.10.00-7, adotando-se subtítulo de uso interno adequado;

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CONTABILIZAÇÃO DOS INVESTIMENTOS EM COLIGADAS E CONTROLADAS

f) como resultado do período, constituindo renda operacional a ser contabilizada em Rendas de Ajustes em investimentos em coligadas e controladas, Título Contábil – 7.1.8.20.00-6. Quando decorrentes de incentivos fiscais na coligada ou controlada;

g) em Reserva de Reavaliação de bens de coligadas e controladas, Título Contábil – 6.1.4.30.00-4, quando o ajuste do valor de investimento é correspondente à reavaliação de bens do ativo da coligada ou da controlada.

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TÍTULOS PATRIMONIAIS

Títulos patrimoniais de: centrais de custódia e de liquidação, bolsas de valores, de mercadorias e de futuros, que representam direitos de exclusividade adquiridos por instituições financeiras credenciadas a operar nos mercados a vista e futuros.

Representam a quota-parte que cada instituição detém proporcionalmente ao Patrimônio Líquido das respectivas bolsas, e portanto, devem ser avaliados pelo Método da Equivalência Patrimonial.

As bolsas informam mensalmente o valor do seu Patrimônio Líquido e a parcela correspondente a cada instituição.

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TÍTULOS PATRIMONIAIS

Transformação da BM&F em Sociedade Anônima

Em 2007, a transformação da BM&F em S/A acarretou um acréscimo patrimonial sujeito à tributação, segundo entendimento da Secretaria da Receita Federal.

Contabilmente, o COSIF mantém a classificação como “Investimentos”. A mensuração inicial foi pelo valor de conversão dos títulos patrimoniais por ocasião da abertura de capital.

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TÍTULOS PATRIMONIAIS – CONTABILIZAÇÃO

Debita-se o Título Contábil 2.1.4.10.00-2, títulos patrimoniais pela diferença apurada, em contrapartida com o Título Contábil 6.1.3.70.00-9, Reserva de Atualização de Títulos Patrimoniais.

Credita-se o Título Contábil 2.1.4.10.00-2, Títulos Patrimoniais, pela diferença apurada, em contrapartida com o Título Contábil 6.1.3.70.00-9, Reserva de Atualização de Títulos Patrimoniais, até o limite do seu saldo. A parcela excedente, se houver, é debitada em Lucros ou Prejuízos Acumulados, Título Contábil 6.1.8.10.00-2.

O valor de ágios, porventura pagos na aquisição de Títulos Patrimoniais, contabiliza-se em ágios na aquisição de Títulos Patrimoniais, Título Contábil 2.1.4.30.00-6.

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ATIVO PERMANENTE IMOBILIZADO DE USO CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Os bens do imobilizado de uso da instituição são avaliados pelo custo de aquisição deduzido da respectiva depreciação acumulada, admitida a reavaliação exclusivamente dos imóveis de uso próprio.

Os impostos pagos na aquisição de bens do imobilizado podem, a critério da instituição, ser incorporados ao custo de aquisição ou deduzidos como despesa operacional, salvo os pagos na importação de bens e o valor da contribuição de melhoria, que acrescerão o custo de aquisição. No caso de imóveis de uso, devem ser capitalizadas as despesas com emolumentos cartorários, corretagens e outras necessárias ao registro da escritura.

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ATIVO PERMANENTE IMOBILIZADO DE USO

BENS DO IMOBILIZADO DE USO ADQUIRIDOS A PRAZO

Escritura-se em conta específica do Imobilizado de Uso, e as exigibilidades decorrentes, em obrigações por aquisição de bens e direitos, Título Contábil – 4.9.9.20.00-0, ou Valores a pagar a sociedades ligadas, Título Contábil – 4.9.9.85.00-7, conforme o caso.

Os encargos financeiros vinculados a compras a prazo não se incluem no preço de aquisição e contabilizam-se em Outras despesas operacionais, Título Contábil 8.1.9.99.00-6, por constituírem remuneração de financiamento.

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ATIVO PERMANENTE IMOBILIZADO DE USO

DEPRECIAÇÃO DE BENS DO IMOBILIZADO DE USO

Mensalmente, aplicam-se as taxas mínimas anuais abaixo, para depreciação do valor original dos bens:

a) Imóveis de uso – edificações……………………………...........4%

b) Instalações, móveis e equipamentos de uso………....10%

c) Sistema de comunicação (exclusive direitos de uso)………………………………………………………….....................10%

d) Sistema de segurança (exclusive veículos)…………….10%

e) Sistema de transporte (exclusive veículos)…………….10%

f) Sistema de processamento de dados………………….....20%

g) Veículos………………………………………………………...............20%

Observação: a Lei nº 11.638/07 preconiza a adoção de vida útil estimada como “princípio”.

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ATIVO INTANGÍVEL

O CMN autorizou a criação desse subgrupo pela IF para registro de valores pagos na aquisição de direitos de prestação de serviços de pagamento de salários, proventos, junto a prefeituras, governos e órgãos públicos.

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O COSIF, A LEI SOCIETÁRIA, O CPC E IFRS

Diferido

O COSIF mantém esse subgrupo. Os valores mais significativos referem-se a “Perdas em arrendamentos a amortizar” já comentadas no Capítulo 4.

Títulos Patrimoniais

Os ajustes de mensuração dos Títulos Patrimoniais da BM&F são levados a uma reserva específica no Patrimônio Líquido. As normas internacionais preconizam a avaliação pelo “valor justo” em contrapartida a resultado.

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O COSIF, A LEI SOCIETÁRIA, O CPC E IFRS

Investimentos em coligadas/controladas

O COSIF ainda faz menção ao conceito de relevância, embora pelo texto atual da Lei nº 11.638/07 com alterações introduzidas pela Lei nº 11.941/09 não há

que se falar em relevância.

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O patrimônio líquido é composto pelos seguintes grupos de contas:

a) Capital Social.

b) Reserva de Capital.

c) Reserva de Reavaliação*.

d) Lucros ou Prejuízos Acumulados (sobras ou perdas acumuladas, para cooperativas de crédito).

e) Ações em Tesouraria.

f) APE- Patrimônio Social (Título Contábil exclusivo para Associações de Poupança e Empréstimo).

*Somente o saldo existente na data de 29/5/2008, deduzido das baixas até a sua efetiva realização.

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O Capital Social é decomposto, consoante determinação do COSIF, da seguinte forma:

a) capital;

b) aumento de capital;

c) redução de capital;

d) capital a realizar.

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AUMENTO DE CAPITAL

Todo aumento de Capital Social depende de aprovação pelo Banco Central do Brasil, para homologação posterior junto dos órgãos competentes de registro.

Assim, o título “Aumento de capital” deve ser utilizado para registrar transitoriamente o aumento de capital social deliberado em assembleia de acionistas (ou reunião de quotistas), enquanto não aprovado pelo Banco Central, tendo como contrapartida “Capital a realizar” ou contas específicas de Reservas de lucros.

A transferência de Aumento de capital para Capital deve ser feita na data em que o Banco Central efetivamente aprovar o processo de aumento de capital solicitado pela instituição.

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REDUÇÃO DE CAPITAL

Toda redução de Capital Social também depende de aprovação pelo Banco Central do Brasil para homologação posterior junto aos órgãos competentes de registro.

Assim, o título “Redução de capital” deve ser utilizado para registrar transitoriamente a redução de capital social deliberado em assembleia de acionistas (ou reunião de quotistas) enquanto não aprovado pelo Banco Central, tendo como contrapartida:

lucros ou prejuízos acumulados, no caso de amortização de prejuízos;

credores diversos, no caso de resgate de ações ou quotas;

capital a realizar, no caso de cancelamento de ações ou quotas ainda não integralizadas.

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RESERVAS DE CAPITAL

As reservas de capital previstas pelo COSIF são as mesmas estabelecidas pela Lei nº 6.404/76, com

exceção da Reserva para Atualização de Títulos Patrimoniais.

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RESERVA DE REAVALIAÇÃO

Segundo a Lei nº 11.638/07 as instituições financeiras

estão proibidas de constituir novas reavaliações de bens,

inclusive de coligadas ou controladas, devendo eventuais

saldos das reservas de reavaliação existentes em

29/5/2008 ser mantidos até a data de sua efetiva

realização por depreciação, baixa e alienação.

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RESERVAS DE LUCROS

As reservas de lucros previstas pelo COSIF são as mesmas

estabelecidas pela Lei nº 6.404/76, não havendo divergências de

tratamento contábil.

A totalidade dos lucros apurados na avaliação dos investimentos

no exterior deve ser destacada para formação de Reservas de

Lucros a Realizar, podendo ser incluída na base de cálculo para

distribuição de participações ou dividendos somente depois de

internados os lucros no país ou capitalizados no exterior,

mediante a sua reversão para Lucros ou Prejuízos Acumulados.

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RESERVAS DE INCENTIVOS FISCAIS

As instituições financeiras e demais entidades autorizadas a

funcionar pelo Banco Central do Brasil, exceto as cooperativas

de crédito podem constituir Reserva para Incentivos Fiscais,

mediante a utilização da parcela do lucro líquido decorrente de

doações e subvenções governamentais para investimento e que

pode ser excluído da base de cálculo do dividendo mínimo

obrigatório.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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AÇÕES EM TESOURARIA

Devem ser apresentadas no balanço de publicação

dedutivamente da conta do Patrimônio Líquido que registrar a

origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

O lucro apurado na venda das Ações em Tesouraria contabiliza-

se em Outras reservas de capital. Ocorrendo prejuízo, este se

registra nessa mesma conta, até o limite do saldo originário de

lucros em eventuais vendas de lotes anteriores, e o excesso, a

débito da própria conta de reserva que deu origem aos recursos

para aquisição das ações.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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Livro Base: Contabilidade de Instituições Financeiras

Jorge Katsumi Niyama Amaro L. Oliveira Gomes

Universidade de Brasília – UnB Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais – CCA

Contabilidade de Instituições Financeiras

CAPÍTULO 10

OPERAÇÕES PASSIVAS

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INTRODUÇÃO

As operações passivas das instituições financeiras representam

recursos captados junto a aplicadores e depositantes para serem

emprestados ou investidos a taxas mais elevadas.

a) Captação por depósitos, títulos e outras formas contratuais de

obrigação:

depósitos a vista, a prazo, de poupança e outros depósitos;

aceites cambiais, letras imobiliárias, letras hipotecárias e

debêntures;

empréstimos, repasses, financiamentos e outros recursos;

instrumentos híbridos de capital e dívida.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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b) Recursos transitórios de terceiros:

cobrança de terceiros em trânsito;

impostos e contribuições e outros recolhimentos.

c) Obrigações da própria instituição financeira:

salários a pagar;

provisão para pagamentos a efetuar;

outros credores.

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CAPTAÇÃO POR DEPÓSITOS, TÍTULOS E OUTRAS FORMAS CONTRATUAIS DE OBRIGAÇÃO

Depósitos a vista

Os depósitos a vista são conceituados como sendo os de livre movimentação mantidos por pessoas físicas e jurídicas e são a principal fonte de recursos das instituições financeiras bancárias.

Para fins do COSIF, consideram-se ainda como depósitos a vista os saldos das contas depósitos vinculados, cheques marcados, cheque-salário, cheques de viagem, depósitos judiciais, depósitos obrigatórios, depósitos para investimentos, depósitos especiais do Tesouro Nacional, saldos credores em contas de empréstimos e financiamentos, bem como os depósitos a prazo não liquidados no vencimento.

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DEPÓSITOS A VISTA

São depósitos de governos mantidos por órgãos, entidades ou empresas da Administração Pública Direta e Indireta – exceto instituições financeiras – que:

a) prestem serviços públicos de natureza governamental, para consumo coletivo;

b) exerçam atividades empresariais, compreendendo unidades econômicas de propriedade do governo ou sob seu controle.

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DEPÓSITOS A PRAZO

Os depósitos a prazo, são recursos acolhidos pela instituição financeira com data previamente estabelecida para o seu resgate, não podendo ser livremente movimentados.

Devem ser registrados em título contábil específico do grupo 4.1.5.00.00-2, Depósitos a prazo.

Os depósitos a prazo podem ser classificados quanto à forma de captação em:

a) com ou sem emissão de certificado;

b) com remuneração prefixada ou pós-fixada.

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DEPÓSITOS A PRAZO

Os depósitos a prazo quando não liquidados no vencimento, devem ser transferidos imediatamente para Depósitos vinculados, subtítulo outros, título contábil 4.1.1.85.99-1.

Por ocasião da elaboração do balancete ou do balanço, os saldos de depósitos a prazo devem ser ajustados em função da competência, pro rata dia, acrescentando-se as despesas proporcionalmente incorridas a débito de 8.1.1.30.00-9, Despesas de depósitos a prazo.

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DEPÓSITOS DE POUPANÇA

Os depósitos de poupança foram criados no final da década de 1960, com o propósito de fortalecer a captação de poupança popular e, ao mesmo tempo, como alternativa para fomentar o crédito habitacional para população de baixa renda.

Problema: “volatilidade”, decorrente de sua sensibilidade à condução da política monetária por parte do governo federal como, por exemplo, a fixação da taxa de juros.

Na captação de depósitos de poupança, deve ser observado o seu registro segundo a natureza da operação no grupo 4.1.2.00.00-3.

Por ocasião dos balancetes/balanços, a instituição deve proceder ao registro dos encargos pro rata temporis relativos ao período compreendido entre a data do depósito ou o “dia de aniversário” de cada conta e a data do balancete/balanço.

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DEPÓSITOS INTERFINANCEIROS

Características

Os depósitos interfinanceiros, também conhecidos como “CDI” (Certificado de Depósito Interfinanceiro), se caracterizam como instrumentos de regulação de liquidez entre as próprias instituições financeiras integrantes do SFN.

Se uma instituição financeira captadora de depósitos tem transitoriamente, mais retiradas (resgates) do que as esperadas, pode recorrer a outras instituições para a cobertura desse déficit.

Dessa forma, o título contábil 4.1.3.00.00-6, Depósitos interfinanceiros, representa obrigações da instituição para com outras instituições “provedoras” ou “doadoras” de recursos. Para estas últimas, tais recursos são contabilizados como “Aplicações em depósitos interfinanceiros”, título contábil 1.2.2.00.00-1.

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RECURSOS DE ACEITES CAMBIAIS, LETRAS IMOBILIÁRIAS E HIPOTECÁRIAS E DEBÊNTURES

As letras de câmbio e as letras imobiliárias e hipotecárias são títulos de captação criados com finalidades específicas, mas que, atualmente, não são expressivos em relação ao volume global das captações das instituições financeiras.

Os recursos de aceites cambiais de emissão das financeiras e de bancos múltiplos, comumente denominados de letras de câmbio, destinam-se a financiar bens de consumo e crédito pessoal, usualmente com intervenção do lojista. (Atualmente, o lojista tem optado mais por receber cheques pré-datados ou parcelamento via cartão de crédito do que por operar com essa modalidade).

As letras imobiliárias e hipotecárias, emitidas pelas sociedades de crédito imobiliário, bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliário e as das hipotecárias, destinam-se a financiar a atividade imobiliária, tanto ao mutuário final como à construção do empreendimento.

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RECURSOS DE ACEITES CAMBIAIS, LETRAS IMOBILIÁRIAS E HIPOTECÁRIAS E DEBÊNTURES

A emissão de debêntures não é admitida para as instituições financeiras. É captação de recursos de médio e longo prazos, permitida somente às sociedades de arrendamento mercantil que devem credenciar-se como Cia aberta junto à CVM.

Os recursos de aceites cambiais, letras imobiliárias e hipotecárias e debêntures.

Em linhas gerais, são títulos com remuneração pós-fixada ou flutuante, devendo tais encargos ser contabilizados segundo critério pro rata dia, em função do regime de competência, de modo a refletir a posição atualizada nos balancetes/balanço.

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RECURSOS DE EMPRÉSTIMOS E REPASSES

São recursos captados junto a outras instituições, inclusive junto a instituições e órgãos oficiais e escrituram-se, segundo a natureza da operação, nos desdobramentos:

a) empréstimos no país – instituições oficiais;

b) empréstimos no país – outras instituições;

c) empréstimos no exterior;

d) repasses do país – instituições oficiais;

e) repasses do exterior.

Para efeito de contabilização devem ser observados os títulos e subtítulos específicos, e os respectivos encargos devem ser reconhecidos segundo o critério pro rata dia em função do regime de competência.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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INSTRUMENTOS HÍBRIDOS DE CAPITAL E DÍVIDA E DÍVIDAS SUBORDINADAS

Características, segundo Resolução nº 3.444, de

28/2/2007:

Os instrumentos híbridos de capital e dívida possibilitam às empresas a captação de recursos mediante a emissão de uma dívida caracterizada como uma “opção” sobre o valor futuro do patrimônio, com o principal atrativo de ser menos onerosa para a instituição do que o lançamento e subscrição de novas ações.

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INSTRUMENTOS HÍBRIDOS DE CAPITAL E DÍVIDA E DÍVIDAS SUBORDINADAS

As características principais dos Instrumentos híbridos de capital e dívida são as seguinte:

I− devem ser nominativos quando emitidos no Brasil e, quando emitidos no exterior, sempre que a legislação local assim o permitir;

II− devem ser integralizados em espécie;

III− devem ter seu pagamento subordinado ao pagamento dos demais passivos da instituição emissora, na hipótese de sua dissolução;

IV− devem ter cláusula prevendo sua utilização na compensação de prejuízos apurados pela instituição emissora (quando esgotados os lucros acumulados, as reservas de lucros e as reservas de capital);

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Gomes | Niyama 199

INSTRUMENTOS HÍBRIDOS DE CAPITAL E DÍVIDA E DÍVIDAS SUBORDINADAS

V− prever a obrigatoriedade de postergação do pagamento de encargos enquanto não distribuídos os dividendos relativos às ações ordinárias referentes ao mesmo exercício social;

VI− prever a obrigatoriedade de postergação de qualquer pagamento de encargos caso a instituição emissora esteja desenquadrada em relação aos limites operacionais ou o pagamento crie situação de desenquadramento;

VII− ter o resgate ou a recompra, ainda que realizados indiretamente por intermédio de pessoa jurídica ligada ao emissor com o qual componha conglomerado financeiro, ou consolidado econômico-financeiro, condicionado à autorização do Banco Central;

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Gomes | Niyama 200

INSTRUMENTOS HÍBRIDOS DE CAPITAL E DÍVIDA E DÍVIDAS SUBORDINADAS

VIII− não podem ser resgatados por iniciativa do

credor;

IX− não podem ser objeto de qualquer modalidade

de garantia;

X− não podem ser objeto de seguro, por meio de

qualquer instrumento ou estrutura de seguros que obriguem ou permitam pagamentos ou transferências de recursos.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

Gomes | Niyama 201

INSTRUMENTOS DE DÍVIDA SUBORDINADA

Os instrumentos de mesma natureza, mas que não atendam às condições descritas anteriormente, foram caracterizados como “Dívidas subordinadas”, e diferentemente aos instrumentos de capital e dívida, devem ter prazo efetivo de vencimento de, no mínimo, 5 anos não podendo prever o pagamento de amortizações antes de decorrido esse período.

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RECURSOS TRANSITÓRIOS DE TERCEIROS

Recursos recebidos e ainda não repassados aos respectivos clientes são registrados transitoriamente como passivos da instituição.

Cobrança de terceiros em trânsito Seu funcionamento e forma de contabilização foram objetos de

detalhamento no Capítulo 3 – Operações de crédito.

Recebimento em trânsito de terceiros Recebimentos: tributos, contribuições previdenciárias, sindicais e

outras da espécie, além de carnês, bilhetes e seguro, contas de água, luz, telefone e outros recebimentos sujeitos à celebração de convênio.

Recebimento em trânsito de sociedades ligadas Recebimentos realizados em dependências ou instituições não

detentoras de contas de depósitos. Exemplo: carnês de prestação de financiamentos ao consumidor, crédito pessoal etc...

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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obrigações da própria instituição.

Imposto de Renda e Contribuição Social.

obrigações sociais e estatutárias.

provisão para pagamentos a efetuar.

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Contabilidade de Instituições Financeiras

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PROVISÕES E CONTINGÊNCIAS PASSIVAS

As Instituições Financeiras devem observar o

Pronunciamento Técnico nº 25 do CPC – Comitê

de Pronunciamentos Contábeis no reconhecimento, mensuração e evidenciação para provisões e contingências, com limitações, já que este documento faz menção a procedimentos não referendados pelo Banco Central do Brasil e Conselho Monetário Nacional.

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Jorge Katsumi Niyama Amaro L. Oliveira Gomes

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CAPÍTULO 11

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E AUDITORIA INDEPENDENTE PARA

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

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OBJETIVO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Fornecer um elenco de informações, representando a

síntese de normas e procedimentos de contabilidade, que

busquem dar uniformidade à obtenção e divulgação de

informações econômico-financeiras, de modo que se atenda

ao maior número possível de interessados, no desempenho

das atividades sociais do sistema financeiro. (COSIF)

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

a) para elaboração (sem remessa);

b) para remessa ao Banco Central do Brasil;

c) para publicação.

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS OBRIGATÓRIAS

a) Balancete geral e patrimonial

Importante lembrar que o grupo e elenco de contas não está em consonância com a Lei nº 11.638/07, como segue:

1. Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo.

2. Ativo Permanente.

3. Compensação ativa.

4. Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo.

5. Resultado de Exercício Futuro.

6. Patrimônio Líquido.

7. Receitas.

8. Despesas.

9. Compensação passiva.

Os grupos 3, 5 e 7 não estão contemplados na lei societária. A estrutura das contas também não é a prevista na lei societária.

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b) Balanço geral e patrimonial

A elaboração dos balanços, diferentemente de empresas comerciais e/ou industriais tem periodicidade semestral, com apuração de resultados em 30/6 e 31/12, respectivamente.

A elaboração de balanços semestrais não desobriga a elaboração de balancetes mensais, que não devem apresentar divergências, exceto quanto à:

• distribuição de dividendos;

• constituição de reserva de lucros;

• compensação de prejuízos.

c) Demonstração do Resultado/ semestre e exercício (D.R.)

Importante lembrar que a estrutura de apresentação dos títulos contábeis da DR não segue a mesma sequência numérica dos códigos previstos na COSIF. A DR segue a estrutura sugerida pela CVM à época, a fim de que uma instituição financeira que também é Cia aberta não tivesse que elaborar e publicar duas DR.

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d) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

Trata-se de documento obrigatório para publicação em atendimento à lei societária, em cada semestre. O BC tem condições de elaborar internamente este documento por meio dos balancetes mensais.

e) Demonstração dos Fluxos de Caixa

O DOAR foi substituído pela DFC com vantagens para instituições financeiras, já que o relatório anterior (DOAR) sintetiza numa única linha – capital circulante líquido toda a movimentação financeira da Instituição Financeira.

f) Estatística Econômico-financeira

É um documento que mostra o direcionamento das operações de crédito em termos de diferentes segmentos econômicos, bem como setor público ou privado, dentre outras informações.

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g) Estatística bancária

O objetivo desse documento é o de mostrar as aplicações de recursos pelas Instituições Financeiras em termos de destinação por dependência, identificando as transações “efetivamente” realizadas pelas agências.

h) Demonstrações consolidadas

São objeto de consolidação na forma da Lei nº 11.638/07 e

também por regras específicas do COSIF, que não se confundem, nem se misturam.

I. consolidado Operacional (4.404);

II. consolidado Econômico-financeiro – CONEF (4.050);

III. consolidado de acordo com a Lei Societária (não de acordo com o COSIF);

IV. consolidado conforme padrões internacionais do IASB;

V. consolidado conforme US GAAP, se exigido para emitentes de ADRs.

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DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DE ACORDO COM PADRÕES INTERNACIONAIS DO IASB

Obrigatório para cias abertas e Instituições Financeiras que tenham Comitê de Auditoria.

Não seguem regras do COSIF, mas do IASB, num eventual conflito.

Não são objeto de publicação mas são mantidos no sítio da IF por 5 anos.

Exigência a partir de Balanço de 31/12/2010

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COSIF- Publicação, em 30/6 e 31/12

Balanço Patrimonial.

Demonstração do Resultado do semestre/exercício.

Demonstração das Mutações de Patrimônio Líquido.

Demonstração dos Fluxos de Caixa.

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AUDITORIA INDEPENDENTE EM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Base legal: Lei nº 9.447/97 (Responsabilidade do

Bacen).

Base regulamentar: Resoluções n 2.267 e 3.108, do CMN e Circular nº 2.676, do Bacen.

Obrigatoriedade de auditoria independente:

a) demonstrações contábeis, inclusive Notas Explicativas;

b) demonstrações contábeis consolidadas no consolidado econômico (CONEF – 4.050)

c) informações trimestrais, na forma de revisão especial.

os

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AUDITORIA INDEPENDENTE EM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Independência do auditor

É vedada a contratação de auditor independente:

a) participação acionária, direta ou indireta;

b) existência de operação ativa ou passiva, com garantia do auditor independente (ou da equipe de auditores);

c) participação do responsável técnico (ou equipe) nos trabalhos de auditoria da firma sucessora, em prazo inferior a 5 (cinco) anos;

d) pagamento de honorários ou reembolso de despesas do auditor, com representatividade igual ou superior a 25% do faturamento total do auditor naquele ano.

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AUDITORIA INDEPENDENTE EM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Comitê de Auditoria

O comitê de Auditoria é um órgão estatutário que deve-se reportar diretamente ao Conselho de Administração (ou na inexistência desse, à Diretoria). Obrigatório para Instituições que tenham apresentado no encerramento dos dois últimos exercícios:

a) patrimônio de referência ≥ R$ 1 bilhão de reais;

b) administração de recursos de terceiros em montante ≥ R$ 1 bilhão de reais;

c) somatório das captações de depósitos e de administração de recursos de terceiros ≥ R$ 5 bilhões de reais.

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AUDITORIA INDEPENDENTE EM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Comitê de Auditoria Características Deve ser composto de, no mínimo, 3

membros (sendo pelo menos um deles com conhecimento de contabilidade e auditoria), com mandato máximo de 5 anos para IFs com ações negociadas em bolsas de valores e sem mandato fixo para aquelas de capital fechado.

É indelegável a função de integrante do comitê de auditoria.

Não há restrição de que um membro do conselho de administração seja membro do Comitê de Auditoria.

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AUDITORIA INDEPENDENTE EM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Comitê de Auditoria São atribuições do Comitê de Auditoria

a) estabelecer as regras operacionais para seu próprio funcionamento, as quais devem ser aprovadas pelo conselho de administração ou, na sua inexistência, pela diretoria da instituição, formalizadas por escrito e colocadas à disposição dos respectivos acionistas ou cotistas;

b) recomendar, à administração da instituição, a entidade a ser contratada para prestação dos serviços de auditoria independente, bem como a substituição do prestador desses serviços, caso considere necessário;

c) revisar, previamente a publicação, as demonstrações contábeis semestrais, inclusive notas explicativas, relatórios da administração e parecer do auditor independente;

d) avaliar a efetividade das auditorias independente e interna, inclusive quanto à verificação do cumprimento de dispositivos legais e normativos aplicáveis à instituição, além de regulamentos e códigos internos;

e) avaliar o cumprimento, pela administração da instituição, das recomendações feitas pelos auditores independentes ou internos;

f) estabelecer e divulgar procedimentos para recepção e tratamento de informações acerca do descumprimento de dispositivos legais e normativos aplicáveis à instituição, além de regulamentos e códigos internos, inclusive com previsão de procedimentos específicos para proteção do prestador e da confidencialidade da informação;

g) recomendar, à diretoria da instituição, correção ou aprimoramento de políticas, práticas e procedimentos identificados no âmbito de suas atribuições;

h) reunir-se, no mínimo trimestralmente, com a diretoria da instituição, com a auditoria independente e com a auditoria interna para verificar o cumprimento de suas recomendações ou indagações, inclusive no que se refere ao planejamento dos respectivos trabalhos de auditoria, formalizando, em atas, os conteúdos de tais encontros;

i) verificar, por ocasião das reuniões previstas na alínea “h”, o cumprimento de suas recomendações pela diretoria da instituição;

j) reunir-se com o conselho fiscal e conselho de administração, por solicitação dos mesmos, para discutir acerca de políticas, práticas e procedimentos identificados no âmbito de suas respectivas competências;

k) outras atribuições determinadas pelo Banco Central do Brasil.

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AUDITORIA INDEPENDENTE EM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

a) Exame de Certificação do auditor x CFC.

b) Prestação dos serviços de auditoria e a obrigatoriedade de cumprir normas emanadas do CFC, CMN, BACEN e IBRACON.

c) Exigências específicas, como comunicar formalmente o Banco Central.

d) Responsabilidade do BC em “fiscalizar” auditores (não há órgão como o PCAOB dos EUA).

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CAPÍTULO 12

PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES ESTABELECIDAS PELO COMITÊ DE

SUPERVISÃO BANCÁRIA DA BASILEIA

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OBJETIVO

a) Minimizar riscos de “quebra” de bancos que possam afetar o mercado internacional, mantendo níveis de solvência e liquidez.

b) Uniformizar normas aplicáveis a Instituições Financeiras que permitam melhor comparabilidade.

Fundamentos do Acordo de Basileia

a) Vinculação do patrimônio líquido ao “risco”.

b) Autonomia dos “reguladores” para outras exigências.

c) Aplicação das normas não só aos Bancos, mas às demais instituições.

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HISTÓRICO

Definição de Capital básico

suplementar

risco nulo

Ponderação de risco risco reduzido 10%

20%

50%

risco normal 100%

Base original: Resolução nº 2.099, do CMN, onde

PLE = 0,08 (APR)

Patrimônio Líquido Exigido Ativos Ponderados pelo risco

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O ACORDO DE CAPITAL − BASILEIA II

a) Alteração do conceito de PLE (Patrimônio Líquido Exigido) para PRE (Patrimônio de Referência), onde

PRE=PEPR + PCAM + PJUR + PCOM + PACS + POPR, em que

PEPR = parcela referente às exposições ponderadas;

PCAM = parcela referente ao risco em operações sujeitas à variação cambial;

PJUR = parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação de juros;

PCOM = parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação das commodities;

PACS = parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço das ações;

POPR = parcela referente ao risco operacional.

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O ACORDO DE CAPITAL − BASILEIA II

Adequação de capital

Pilar 1: requerimentos de capital propriamente ditos;

Pilar 2: revisão, pela autoridade supervisora, da adequação do capital;

Pilar 3: divulgação e transparência de informações (disciplina de mercado).

O Conselho Monetário Nacional decidiu pela aplicação de um índice

de 11% (onze por cento); portanto mais conservador que o índice

oficial da Basileia, de 8%, ou seja:

Índice de Basileia = , onde

PR = Patrimônio de Referência

PRE = Patrimônio de Referência Exigido

PR x 100

PRE/0,11

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O ACORDO DE CAPITAL - BASILEIA II

Principais pontos deste acordo:

a) Nova definição de capital

b) Observação de índices de liquidez (LCR e NSFR) Onde

LCR (Liquidity Converge Ratio) =

NSFR (Net Stable Funding Ratio =

c) Criação de “Buffers” de capital: contracíclico (riscos de alterações no ambiente macroeconômico) e conservação (poder de absorver perdas além do mínimo exigido)

d) Inclusão de novo índice a ser observado (Índice de

alavancagem), onde

IA = Capital (Nível I)

Exposição total

Estoque de ativos de alta liquidez ≥ 100%

Saídas líquidas até 30 dias

Total de captações estáveis disponíveis ≥ 100%

Total de captações estáveis necessárias >100%

≥ 3%

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CAPÍTULO 13

SUMÁRIO DAS PRINCIPAIS DIVERGÊNCIAS ENTRE O COSIF,

NIIF/IFRS (APROVADAS PELO CPC) ATÉ 31 DE DEZEMBRO DE 2010

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Adoção das normas internacionais de contabilidade (NIIF)

promulgadas pelo IASB.

Missão do IASB: desenvolver com base em princípios claramente

articulados, um conjunto único de procedimentos contábeis de

alta qualidade, compreensíveis, exequíveis e aceitáveis

globalmente.

IASB: interage com o Conselho Consultivo do IFRS (IFRS Advisory

Council) e o Comitê de Interpretações de Relatório Financeiro

(IFRS Interpretations Committee) no sentido de se atingir a

sua missão.

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NIIFs APROVADAS PELO CPC E NÃO INCORPORADAS

AO COSIF

Nas instituições financeiras e demais instituições autorizadas

a funcionar pelo Banco Central, os pronunciamentos editados

pelo CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis – devem ser

homologados pelo Conselho Monetário Nacional para serem

incorporados à COSIF e tornarem-se obrigatórios quanto à sua

adoção.

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NIIFs APROVADAS PELO CPC E NÃO INCORPORADAS AO

COSIF

Como a maior parte dos CPCs não foi homologada pelo

Conselho Monetário Nacional, entendemos ser oportuno mencionar aqueles já homologados:

CPC nº 01– Redução ao Valor Recuperável dos Ativos, Res. 3.566/08

nº 03– Demonstração dos Fluxos de Caixa, Res. 3.604/08

nº 05– Divulgação sobre Partes Relacionadas, Res. 3.750/09

nº 10– Pagamento Baseado em Ações, Res. 3.989/11

nº 23– Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativas Contábeis e Retificação de Erro, Res. 4.007/11

nº 24– Eventos Subsequentes, Res. 3.973/11

nº 25– Provisões, Passivos e Ativos Contingentes, Res. 3.823/09

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SUMÁRIO DAS PRINCIPAIS DIVERGÊNCIAS ENTRE COSIF E O CPC

a) CPC nº 02 – efeitos das mudanças nas taxas de câmbio

e conversão de demonstrações contábeis (IAS 21);

b) CPC nº 06 – arrendamento mercantil (IAS 17);

c) CPC nº 14 – Instrumentos Financeiros (IAS 39);

d) CPC nº 15 – Combinação de negócios (IFRS 3).

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