normas internacionais de contabilidade para o setor público 2010

721
N ORMAS I NTERNACIONAIS DE C ONTABILIDADE PARA O S ETOR P ÚBLICO E DIÇÃO 2010 I NTERNATIONAL F EDERATION OF A CCOUNTANTS N ORMAS I NTERNACIONAIS DE C ONTABILIDADE PARA O S ETOR P ÚBLICO E DIÇÃO 2010 I NTERNATIONAL F EDERATION OF A CCOUNTANTS

Upload: tarcisio-picaglia

Post on 15-Jun-2015

2.031 views

Category:

Education


7 download

DESCRIPTION

Para quem deseja saber, ou necessita profissionalmente, segue um livro sobre as normas internacionais para contabilidade no setor público.

TRANSCRIPT

  • 1. NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE PARA O SETOR PBLICO EDIO 2010 International Federation of Accountants NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE PARA O SETOR PBLICO EDIO 2010 International Federation of Accountants

2. PALAVRA DO PRESIDENTE O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) apresenta e disponibiliza, na ntegra, a todos os profissionais da Contabilidade atuantes no Setor Pblico no Brasil as Normas Internacionais de Contabilidade aplicadas ao Setor Pblico (International Public Sector Accounting Standards IPSAS), editadas pela Federao Internacional de Con- tadores (International Federation of Accountants IFAC), traduzidas para o portugus. As IPSAS so as normas internacionais, em nveis globais, de alta qualidade para a preparao de demonstraes contbeis por entidades do Setor Pblico. A traduo dessas Normas para o portugus, trabalho conduzido pelo Comit Gestor da Convergncia no Brasil, um produto da ao conjunta do CFC com o Instituto dos Auditores Independente do Brasil (Ibracon), que so os tradutores oficiais, no Brasil, das Normas Internacionais editadas pela IFAC e, representa o coroamento dos esfor- os e aes realizadas pelo CFC com a cooperao tcnica da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), por meio da sua Subsecretaria de Contabilidade, na busca da adoo, no Brasil, do novo modelo de Contabilidade Patrimonial, bem como da convergncia das normas contbeis brasileiras aos padres internacionais. Por dever de justia, deve-se, na oportunidade, louvar o trabalho tcnico realizado pelos Grupos de Estudo da Contabilidade Pblica do CFC e do Comit Gestor da Convergncia no Brasil, coordenados pela conselheira Vernica Souto Maior, profes- sor Lino Martins da Silva, professor Joaquim Osrio Liberalquino Ferreira e professor Francisco Ribeiro Filho (in memoriam), que, com os seus componentes e assessores, se dedicaram e muito contriburam na traduo das IPSAS e demais documentos pu- blicados neste livro. Nesse contexto, reconhecemos o trabalho e apresentamos os nossos agradecimentos a todos os colaboradores, atuantes como membros ou assessores dos Grupos de Tra- balho e Estudos do CFC, que muito contriburam para que este livro fosse uma rea- lidade e que pudesse ser disponibilizado como ferramenta acessvel aos profissionais da Contabilidade atuantes no Setor Pblico brasileiro, por meio da sua citao nomi- nal: Nelson Machado, Joo Eudes Bezerra Filho, Sandra Maria Carvalho de Campos, Domingos Poubel de Castro, Diana Vaz de Lima, Inaldo da Paixo Santos Arajo, Paulo Henrique Feij da Silva, Luiz Mrio Vieira, Victor Branco de Hollanda, Val- mor Slomski, Larcio Mendes Vieira, Caio Cesar Nogueira, Thiago de Castro Sousa, Renato Lacerda Filho, Heriberto Henrique Vilela do Nascimento, Flvia Ferreira de Moura, Janyluce Rezende Gama, Antnio Firmino da Silva Neto, Carla de Tunes Nu- nes, Henrique Ferreira Souza Carneiro, Francisco Wayne Moreira, Rosilene Oliveira de Souza, Ricardo Lopes Cardoso, Marcus Vinicius Derito Greco, Luciana Miranda Greco, Fbio Moraes da Costa, Jose Alexandre Magrini Pigatto, Jos Elias Ferez de Almeida, Vincius Simmer de Lima, Poueri do Carmo Mrio, Andr Carlos Busa- nelli de Aquino, Vincius Aversari Martins, Sofie Tortelboom Aversari Martins, Flvia 3. MANUAL DA IFAC DE PRONUNCIAMENTOS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE DO SETOR PBLICO Alcance do Livro Este manual rene informaes bsicas de referncia contnua sobre a Federao In- ternacional de Contadores (IFAC) e os pronunciamentos para o Setor Pblico emiti- dos pela IFAC em 15 de Janeiro de 2010. CONTEDO Pgina Mudanas de contedo do Manual 2009.....................................................................................5 Comit de Normas Internacionais de Contabilidade do Setor Pblico Termos de Referncia..................................................................................................7 Federao Internacional de Contadores.....................................................................................12 Prefcio s Normas Internacionais de Contabilidade Pblica...................................................19 Introduo s Normas Internacionais de Contabilidade Pblica...............................................28 IPSAS 1 Apresentao das Demonstraes Contbeis...........................................................29 IPSAS 2 Demonstrao dos Fluxos de Caixa.........................................................................95 IPSAS 3 Polticas Contbeis, Mudana de Estimativa e Retificao de Erro......................119 IPSAS 4 Efeitos das Mudanas nas Taxas de Cmbio e Converso de Demonstraes Contbeis ..................................................................................................152 IPSAS 5 Custos de Emprstimos..........................................................................................178 IPSAS 6 Demonstraes Consolidadas e Separadas............................................................190 IPSAS 7 Investimento em Coligada e em Controlada..........................................................229 IPSAS 8 Investimento em Empreendimento Controlado em Conjunto (Joint Venture)..........................................................................................................250 IPSAS 9 Receita de Transao com Contraprestao...........................................................277 IPSAS 10 Contabilidade e Evidenciao em Economia Altamente Inflacionria............................................................................................................302 IPSAS 11 Contratos de Construo......................................................................................317 IPSAS 12 Estoques...............................................................................................................344 Rechtman Szuster, Francisco Jos dos Santos Alves, Fernando Caio Galdi, Betty Li- lian Chan, Fabiana Lopes da Silva, Regina Rosa de Alencar, Lidice Meireles Picolin, Eduardo Gnisci, Marco Aurlio de S Ribeiro, Maria do Carmo Fialho Licio, Paulo Roberto Motta, Hlio Jos Corazza e Anderson Guedes dos Santos. Dessa forma, esperamos e incentivamos os profissionais de contabilidade de lngua portuguesa, atuantes no Setor Pblico, a se dedicarem leitura e ao estudo das IP- SAS traduzidas, com vistas a contriburem, de forma efetiva, na construo do novo arcabouo conceitual da Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico e na adoo dos padres internacionais, como prova de compromisso pela transparncia, evidencia- o e instrumentalizao do controle social, pilares fundamentais para a meta do Governo Aberto. Juarez Domingues Carneiro Presidente do CFC 4. 5 SETORPBLICO MUDANAS MUDANAS DE CONTEDO DO MANUAL DE 2009 Pronunciamentos emitidos pelo Conselho Internacional de Normas Contbeis do Setor Pblico Este Manual contem referncias Ao Comit do Setor Pblico (o Comit, ou o PSC) da IFAC. A partir de 10 de novembro de 2004, o Conselho Internacional de Normas Contbeis do Setor Pblico (IPSASB) da IFAC substituiu o PSC. Este Manual contem referncias ao Comit Internacional de Prticas de Auditoria (IAPC) da IFAC. A partir de 1o de abril de 2002, p Conselho Internacional de Normas de Auditoria e Segurana (IAASB) da IFAC substituiu o IAPC. Este manual contm ainda referncias ao Comit Internacional de Normas Contbeis (IASC). A partir de 1o de abril de 2002, as Normas Internacionais de Elaborao de Relatrios Financeiros (anteriormente denominadas Normas Contbeis Internacio- nais) so emitidas pelo Conselho Internacional de Normas Contbeis (IASB). O Departamento de Publicaes do IASB est localizado em 30 Cannon Street, Lon- don EC4N 6XH, Reino Unido. E-mail: [email protected] Internet: http://www.iasb.org Em 2009, o IPSASB finalizou as seguintes Normas que esto includas neste Manual: IPSAS 27, Agricultura IPSAS 28, Instrumentos Financeiros: Apresentao IPSAS 29, Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensurao IPSAS 30, Instrumentos Financeiros: Divulgaes IPSAS 31, Ativos Intangveis Estas Normas entraram em vigor nas datas mencionadas nas Normas. Conforme observado nas IPSASs, algumas IPSASs foram alteradas pela emisso des- tas Normas. Estas alteraes entram em vigor nas datas mencionadas nas Normas. Alteraes Algumas IPSASs foram alteradas como resultado do projeto de melhoria do IPSASB. Este projeto envolve a realizao no urgente mas necessria de alteraes nas IPSASs como resultado de mudanas feitas pelo IASB em diversas IFRSs. Os documentos a seguir foram alterados: IPSAS 13 Operaes de Arrendamento Mercantil................................................................364 IPSAS 14 Evento Subsequente.............................................................................................402 IPSAS 16 Propriedade para Investimento.............................................................................419 IPSAS 17 Ativo Imobilizado................................................................................................455 IPSAS 18 Informaes por Segmento..................................................................................496 IPSAS 19 Provises, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes....................................528 IPSAS 20 Divulgao sobre Partes Relacionadas................................................................572 IPSAS 21 Reduo ao Valor Recupervel de Ativo No Gerador de Caixa.........................593 IPSAS 22 Divulgao de Informao Financeira sobre o Setor do Governo Geral.....................................................................................................................635 IPSAS 23 Receita de Transao sem Contraprestao (Tributos e Transferncias)......................................................................................................662 IPSAS 24 Apresentao de Informao Oramentria nas Demonstraes Contbeis........................................................................................................723 IPSAS 25 Benefcios a Empregados.....................................................................................753 IPSAS 26 Reduo ao Valor Recupervel de Ativo Gerador de Caixa................................841 IPSAS 27 Ativo Biolgico e Produto Agrcola.....................................................................898 IPSAS 28 Instrumentos Financeiros: Apresentao.............................................................902 IPSAS 29 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensurao...............................1028 IPSAS 30 Instrumentos Financeiros: Evidenciao...........................................................1315 IPSAS 31 Ativo Intangvel.................................................................................................1368 5. 76 SETORPBLICO MUDANAS IPSASB TERMOS DE REFERNCIAMUDANAS IPSAS 1 Apresentao das Demonstraes Contbeis IPSAS 2 Demonstrao dos Fluxos de Caixa IPSAS 3 Polticas Contbeis, Mudana de Estimativa e Retificao de Erro IPSAS 7 Investimento em Controlada e Coligada IPSAS 8 Investimento em Empreendimento Controlado em Conjunto (Joint Venture) IPSAS 10 Contabilidade e Evidenciao em Economia Altamente Inflacionria IPSAS 14 Evento Subsequente IPSAS 16 Propriedade para Investimento IPSAS 17 Ativo Imobilizado IPSAS 25 Benefcios a Empregados, e IPSAS 26 Reduo ao Valor Recupervel de Ativo Gerador de Caixa Estas alteraes entram em vigor para demonstraes contbeis anuais abrangendo perodos comeando em ou aps 1o de janeiro de 2011. A edio de 2009 deste Ma- nual contm as verses substitudas destas Normas e permanecero disponveis em www.ifac.org. PRONUNCIAMENTOS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE DO SETOR PBLICO TERMOS DE REFERNCIA (Aprovado em Novembro de 2004) CONTEDO Pargrafo Objetivo do International Public Sector Accounting Standards Board..................... 1-3 Indicao de Membros.............................................................................................. 4-8 Natureza, Alcance e Aplicabilidade dos Pronunciamentos..................................... 9-12 Procedimentos de Trabalho .................................................................................. 13-18 Idioma.........................................................................................................................19 6. 98 SETORPBLICO INTERNATIONAL PUBLIC SECTOR ACCOUNTING STANDARDS BOARD TERMOS DE REFERNCIA IPSASB TERMOS DE REFERNCIAIPSASB TERMOS DE REFERNCIA INTERNATIONAL PUBLIC SECTOR ACCOUNTING STANDARDS BOARD Termos de Referncia Objetivo do International Public Sector Accounting Standards Board 1. A misso da International Federation of Accountants (IFAC), conforme ex- posta em seu ato constitutivo, servir ao interesse pblico, fortalecer a profis- so contbil ao redor do mundo e contribuir ao desenvolvimento de economias internacionais fortes pelo estabelecimento e pela promoo da adeso a nor- mas profissionais de alta qualidade, estimulando a convergncia internacional a essas normas, e pronunciando-se sobre temas de interesse pblico onde o conhecimento especializado da profisso tem o mais alto grau de relevncia. Nos seus esforos para realizar essa misso, a IFAC constituiu o Internatio- nal Public Sector Accounting Standards Board (IPSASB) para desenvolver normas contbeis de alta qualidade para uso na preparao de demonstraes contbeis para fins gerais por entidades do setor pblico. Nesse sentido: O termo setor pblico s refere a governos nacionais, governos regio- nais (por exemplo estadual, provincial, territorial), governos locais (por exemplo municipal) e entidades pblicas relacionadas (por exemplo agncias, conselhos, comisses e empresas); e Demonstraes contbeis para fins gerais so demonstraes contbeis elaboradas para usurios que no tm prerrogativa de exigir informaes contbeis para atender s suas necessidades especficas de informao. 2. O Conselho da IFAC designou o IPSASB como rgo responsvel pelo de- senvolvimento dessas normas, sob sua prpria autoridade e restrito aos seus termos de referncia declarados, para melhor servir aos interesses pblicos no alcance deste aspecto da sua misso. 3. O IPSASB funciona como rgo normatizador independente sob os auspcios da IFAC. Alcana seus objetivos das seguintes formas: Emitindo Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Pbli- co (IPSASs); Promovendo sua aceitao e convergncia internacional com essas normas; e Publicando outros documentos que oferecem orientaes sobre temas e experincias na elaborao de demonstraes contbeis no setor pblico. Indicao de Membros 4. Os membros do IPSASB so nomeados pelo Conselho da IFAC. O IPSASB tem 18 membros, 15 dos quais so nomeados por entes membros da IFAC e trs membros pblicos. Membros pblicos podem ser nomeados por qualquer indivduo ou organizao. 5. Candidatos propostos so avaliados pelo IFAC Nominating Committee. O pro- cesso de seleo baseado na melhor pessoa para aquele trabalho. Ao recomen- dar indicaes para o Conselho, o IFAC Nominating Committee procura garantir que os membros do IPSASB tenham conhecimento tcnico especializado ade- quado, conhecimento da composio institucional do seu quadro, proficincia tcnica dos usurios, elaboradores e auditores, e origens geogrficas variadas. 6. Os membros do IPSASB so nomeados por um mandato inicial de at trs anos, que pode ser renovado sempre por trs anos. Indicaes sero feitas anu- almente, de tal forma que um tero dos membros varia a cada ano. Participa- o contnua no Conselho pela mesma pessoa ser limitada a dois mandatos consecutivos de trs anos, a no ser que aquele membro seja nomeado como Presidente para um mandato adicional. Os membros do IPSASB devem se dedicar prioritariamente ao setor pblico. Para fins de votao, cada membro do IPSASB tem direito a um voto. 7. Cada membro do IPSASB pode ser acompanhado na mesa de reunies por um conselheiro tcnico que ter pleno direito palavra, mas no ao voto. 8. O IPSASB pode indicar como observadores representantes de organizaes apropriadas com forte interesse na elaborao de demonstraes contbeis no setor pblico, que continuamente contribuem ao trabalho do IPSASB e tem interesse em endossar e apoiar as IPSASs. Esses observadores tero direito palavra, mas no ao voto. Espera-se que possuam as devidas habilidades tcni- cas para participar plenamente nas discusses do IPSASB e participar regular- mente das reunies do IPSASB com vistas compreenso de temas atuais. O IPSASB revisar anualmente a composio e o papel dos observadores. Natureza, Alcance e Aplicabilidade dos Pronunciamentos 9. O Conselho da IFAC concedeu ao IPSASB a autoridade de emitir: Normas Internacionais para o Setor Pblico (IPSASs), como as Nor- mas a serem aplicadas por membros da profisso na preparao de de- monstraes contbeis para fins gerais de entidades do setor pblico. O IPSASB adota um devido processo legal para o desenvolvimento das IPSASs, que d a todas as partes interessadas a oportunidade de contribuir ao processo de desenvolvimento das normas. 7. 1110 SETORPBLICO IPSASB TERMOS DE REFERNCIAIPSASB TERMOS DE REFERNCIA Estudos com o objetivo de assessorar questes relacionadas elabo- rao de demonstraes contbeis no setor pblico. So baseados no estudo das melhores prticas e mtodos mais efetivos para lidar com os temas sendo discutidos. Artigos Ocasionais e Relatrios de Pesquisa para fornecer informaes que contribuam ao corpo de conhecimentos sobre temas e projetos de desenvolvimento na rea das demonstraes contbeis no setor pblico. Tm como objetivo oferecer novas informaes ou perspectivas e ge- ralmente resultam de atividades de pesquisa como: buscas na literatura, levantamentos por questionrio, entrevistas, experimentos, estudos de caso e anlises. 10. No desenvolvimento das suas normas, o IPSASB busca a contribuio do seu Grupo Consultivo e considera e faz uso de pronunciamentos emitidos por: O International Accounting Standards Board (IASB), at o ponto em que se apliquem ao setor pblico; rgos Normatizadores nacionais, autoridades reguladoras e outros r- gos competentes; rgos profissionais contbeis; e Outras organizaes interessadas na elaborao de demonstraes con- tbeis no setor pblico. O IPSASB garantir a consistncia entre seus pronunciamentos e os do IASB at o ponto em que esses pronunciamentos sejam aplicveis e apropriados para o setor pblico. 11. O objetivo do Grupo Consultivo do IPSASB oferecer um frum para o IP- SASB poder consultar representantes de diferentes grupos constitutivos para obter contribuies e feedback sobre seu programa de trabalho, projetos prio- ritrios, importantes questes tcnicas, devido processo legal e atividades em geral. O Grupo Consultivo no vota em questes referentes s Normas In- ternacionais de Contabilidade para o Setor Pblico ou a outros documentos emitidos pelo IPSASB. 12. O IPSASB coopera com rgos normatizadores nacionais na preparao e emisso de Normas na extenso de suas possibilidades, para compartilhar re- cursos, minimizar a duplicao de esforos e alcanar consenso e convergncia na fase inicial do desenvolvimento das normas. Tambm promove o endosso das IPSASs por rgos normatizadores nacionais e outros rgos competentes e estimula debates com usurios, inclusive representantes eleitos e nomeados; Secretarias da Fazenda, Ministrios de Finanas e rgos competentes seme- lhantes; e profissionais ao redor do mundo, a fim de identificar as necessidades dos usurios para novas normas e orientaes. Procedimentos de Trabalho 13. O IPSASB publica Minutas para Discusso de todas as normas propostas para consulta pblica. Em alguns casos, o IPSASB tambm pode lanar uma Chamada para Comentrios antes do desenvolvimento de uma Minuta para Discusso. Isso oferece uma oportunidade para que aqueles afetados pelos pronunciamentos do IPSASB contribuam e apresentem suas perspectivas an- tes da finalizao e aprovao dos pronunciamentos. O IPSASB considera no desenvolvimento de uma IPSAS todos os comentrios recebidos em resposta s Chamadas para Comentrios e Minutas para Discusso. 14. O qurum para cada reunio do IPSASB de no mnimo doze membros nome- ados, presencialmente ou atravs de telecomunicao simultnea. 15. Cada membro do IPSASB tem um voto. Para fins de aprovao de Chamadas a Comentrios, Minutas para Discusso e IPSASs, so necessrios votos a favor de pelo menos dois teros dos direitos a voto do IPSASB. Um membro do IP- SASB pode autorizar uma pessoa presente em uma reunio do IPSASB a votar em seu nome. 16. Reunies do IPSASB com o objetivo de discutir o desenvolvimento e aprovar a emisso de Normas ou outros documentos tcnicos esto abertas ao pblico. Documentos discutidos nas reunies, inclusive as minutas das reunies do IP- SASB, so publicados no site do IPSASB. 17. O IPSASB publica um relatrio anual, destacando seu programa de trabalho, suas atividades e o progresso alcanado em relao aos seus objetivos duran- te o ano. 18. A IFAC revisar a eficcia dos processos do IPSASB pelo menos a cada trs anos. Idioma 19. O texto aprovado de um pronunciamento aquele publicado pelo IPSASB na lngua inglesa. rgos membros da IFAC tm autorizao para preparar, aps obter a aprovao da IFAC, tradues desses pronunciamentos a custo prprio, a serem publicadas no idioma dos seus prprios pases conforme conveniente. INTERNATIONAL PUBLIC SECTOR ACCOUNTING STANDARDS BOARD TERMOS DE REFERNCIA INTERNATIONAL PUBLIC SECTOR ACCOUNTING STANDARDS BOARD TERMOS DE REFERNCIA INTERNATIONAL PUBLIC SECTOR ACCOUNTING STANDARDS BOARD TERMOS DE REFERNCIA 8. 1312 Apresentao das Demonstraes Contbeis IFAC IFACIFAC INTERNATIONAL FEDERATION OF ACCOUNTANTS A Organizao A International Federation of Accountants (IFAC) a organizao global para a pro- fisso contbil. Fundada em 1977, sua misso servir ao interesse pblico, fortalecer a profisso contbil ao redor do mundo e contribuir ao desenvolvimento de economias internacionais fortes pelo estabelecimento e pela promoo da adeso a normas pro- fissionais de alta qualidade, estimulando a convergncia internacional dessas normas, e pronunciando-se sobre temas de interesse pblico onde o conhecimento especializa- do da profisso tem alto grau de relevncia. Os rgos diretores, a equipe e os voluntrios da IFAC tm compromisso com os valores de integridade, transparncia e conhecimento especializado. A IFAC tambm busca reforar a adeso dos contadores profissionais a esses valores, refletidos no Cdigo de tica para Contadores Profissionais da IFAC. Para maiores informaes sobre a IFAC e as questes e materiais descritos abaixo, visite o site da IFAC Servindo ao Interesse Pblico A IFAC confere liderana profisso contbil ao redor do mundo para servir ao inte- resse pblico das seguintes maneiras: Desenvolvendo, promovendo e mantendo normas profissionais globais e um Cdigo de tica para Contadores Profissionais de qualidade alta e consistente; Estimulando ativamente a convergncia das normas profissionais, referentes a auditoria, assegurao, tica, educao e normas para a elaborao de demons- traes contbeis para os setores pblico e privado; Buscando melhorias contnuas na qualidade da auditoria e gesto financeira; Promovendo os valores da profisso contbil para garantir que atraia continu- amente candidatos de alto nvel; Promovendo o cumprimento das obrigaes dos membros; e Assistindo as economias em desenvolvimento e emergentes, em cooperao com rgos contbeis regionais e outros, com vistas ao estabelecimento e manuteno de uma profisso comprometida com o desempenho de alta quali- dade e servindo ao interesse pblico. Contribuindo Eficincia da Economia Global A IFAC contribui ao funcionamento eficiente da economia internacional das seguin- tes formas: Melhorando a confiana e a qualidade das demonstraes contbeis; Estimulando a produo de informaes (financeiras e no-financeiras) de alta qualidade sobre o desempenho das organizaes; Promovendo a prestao de servios de alta qualidade por todos os membros da profisso contbil ao redor do mundo; e Promovendo a importncia da adeso ao Cdigo de tica para Contadores Profissionais por todos os membros da profisso contbil, inclusive membros na indstria, comrcio, setor pblico, setor sem fins lucrativos, setor acadmi- co e prtica pblica. Providenciando Liderana e Representatividade A IFAC a principal porta-voz da profisso global e se pronuncia sobre temas de interesse pblico onde o conhecimento especializado da profisso tem alto grau de relevncia. Isso alcanado, parcialmente, atravs dos contatos com numerosas or- ganizaes que confiam ou tm interesse nas atividades da profisso contbil interna- cional. A IFAC tambm emite posies polticas sobre temas em que o conhecimento especializado da profisso tem alto grau de relevncia. Essas esto disponveis no site da IFAC em http://www.ifac.org. Associao A IFAC tem 157 membros e associados em 123 pases ao redor do mundo, represen- tando mais de 2,5 milhes de contadores ativos em prtica ao pblico, indstria e comrcio, no setor pblico e na educao. Nenhum outro rgo contbil no mundo e somente poucas organizaes profissionais tm a ampla base de apoio internacional caracterstica da IFAC. Os pontos fortes da IFAC resultam no s de sua representao internacional, mas tam- bm do apoio e do envolvimento de seus entes membros individuais, os quais so dedi- cados a promover a integridade, transparncia e conhecimento especializado na profis- so contbil, alm do apoio de rgos contbeis regionais. Iniciativas Normatizadoras A IFAC desde muito tempo reconheceu a necessidade de um arcabouo globalmente harmonizado para atender s demandas internacionais crescentes postas profisso contbil, provenientes das comunidades empresariais, do setor pblico ou de comu- nidades educacionais. Os principais componentes deste arcabouo so o Cdigo de tica para Contadores Profissionais, Normas Internacionais de Auditoria (ISAs), Normas Internacionais de Educao e Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Pblico (IPSASs). Os conselhos normatizadores da IFAC, descritos abaixo, seguem um devido processo legal que apoia o desenvolvimento de normas de alta qualidade em prol do interesse 9. 1514 Apresentao das Demonstraes ContbeisApresentao das Demonstraes Contbeis IFACIFAC pblico de forma transparente, eficiente e efetiva. Todos esses conselhos normatiza- dores tm Grupos Assessores Consultivos, que fornecem perspectivas de interesse pblico e incluem membros pblicos. Public Interest Activity Committees (PIACs) da IFAC o International Auditing and Assurance Standards Board, International Accounting Education Standards Board, International Ethics Standards Board for Accountants, e o Compliance Advisory Panel sujeitos superviso do Public Interest Oversight Board (PIOB) (veja abaixo). Os termos de referncia, devido processo legal e procedimentos operacionais dos conse- lhos normatizadores da IFAC esto disponveis no site da IFAC em http://www.ifac.org. A IFAC apia ativamente a convergncia com as ISAs e outras normas desenvolvidas por seus conselhos normatizadores independentes e pelo International Accounting Standards Board. Servios de Auditoria e Assegurao O International Auditing and Assurance Standards Board (IAASB) desenvolve ISAs e Normas Internacionais de Auditoria, que tratam da auditoria e reviso de informa- es financeiras histricas; e Normas Internacionais de Assegurao, que tratam de outros procedimentos de assegurao diferentes da auditoria ou reviso de infor- maes financeiras histricas. O IAASB tambm emite pronunciamentos prticos relacionados a esses temas. Essas normas e pronunciamentos servem como bench- mark para normas e pronunciamentos de auditoria e assegurao de alta qualidade ao redor do mundo. Estabelecem normas e fornecem orientaes para auditores e ou- tros contadores profissionais, dando-lhes as ferramentas para lidar com as demandas crescentes e variadas de relatrios sobre informaes financeiras, e do orientaes em reas especializadas. Alm disso, o IAASB desenvolve normas de controle de qualidade para empresas e equipes de trabalho nas reas prticas de auditoria, assegurao e servios relacionados. tica O Cdigo de tica para Contadores Profissionais (o Cdigo), desenvolvido pelo In- ternational Ethics Standards Board for Accountants do IFAC, estabelece requisitos ticos para contadores profissionais e fornece um arcabouo conceitual para todos os contadores profissionais, com o objetivo de garantir o cumprimento dos cinco prin- cpios fundamentais da tica profissional. Esses princpios so integridade, objeti- vidade, competncia profissional e diligncia, confidencialidade e comportamento profissional. De acordo com esse arcabouo, todos os contadores profissionais devem identificar ameaas a esses princpios fundamentais e, se houver ameaas, aplicar me- didas de proteo para garantir que os princpios no sejam comprometidos. Uma entidade membro da IFAC ou empresa conduzindo uma auditoria com o uso das ISAs no pode aplicar normas menos rgidas que aquelas determinadas no Cdigo. Demonstraes Contbeis para o Setor Pblico O International Public Sector Accounting Standards Board enfoca o desenvolvimento de normas para a elaborao de demonstraes contbeis de alta qualidade para uso por entidades do setor pblico ao redor do mundo. Desenvolveu um conjunto amplo de IPSASs, estabelecendo as exigncias para a elaborao de demonstraes cont- beis por governos e outras organizaes do setor pblico. As IPSASs representam as melhores prticas internacionais na elaborao de demonstraes contbeis por enti- dades do setor pblico. Em muitas jurisdies, a aplicao das exigncias das IPSASs favorecer a prestao de contas (accountability) e transparncia das demonstraes contbeis preparadas por governos e suas agncias. As IPSASs foram publicadas na edio de 2008 do IFAC Handbook of International Public Sector Accounting Pronouncements (Manual do IFAC sobre Normas Cont- beis Internacionais do Setor Pblico) e tambm esto disponveis no site da IFAC em http://www.ifac.org. As verses em francs e espanhol das IPSASs verso 2007 tambm esto disponveis no site da IFAC. Educao No seu trabalho para disseminar programas de educao contbil ao redor do mundo, o International Accounting Education Standards Board (IAESB) da IFAC desenvolve Normas Internacionais de Educao, estabelecendo os benchmarks para a educao dos membros da profisso contbil. Todos os entes membros devem cumprir essas normas, que tratam do processo educacional que leva qualificao do profissional contbil e tambm ao desenvolvimento profissional contnuo e permanente dos mem- bros da profisso. O IAESB tambm emite Pronunciamentos Internacionais de Pr- tica Educacional e outras orientaes para ajudar seus entes membros e educadores contbeis na implementao e no alcance das melhores prticas de educao contbil. Esse manual no contm as Normas Internacionais de Educao, disponveis no site da IFAC em http://www.ifac.org Apoio aos Contadores Profissionais na rea Empresarial Tanto a IFAC quanto seus entes membros enfrentam o desafio de atender s necessidades de um nmero crescente de contadores empregados por em- presas e indstrias, pelo setor pblico, o setor de educao e o setor sem fins lucrativos. Esses contadores agora correspondem a mais de 50 por cento dos membros dos entes associados. O Professional Accountants in Business Committee da IFAC desenvolve orientaes em colaborao com entes mem- bros para ajudar a tratar ampla gama de questes profissionais, estimula e apia o desempenho de alta qualidade por contadores profissionais na rea empresarial, e trabalha para conscientizar o pblico a respeito da compreen- so do trabalho prestado por eles. IFAC 10. 1716 Apresentao das Demonstraes ContbeisApresentao das Demonstraes Contbeis IFACIFAC Pequenas e Mdias Firmas de Contabilidade e Auditoria Outro foco da IFAC o suporte a outro grupo constitutivo: pequenas e mdias firmas de contabilidade e auditoria (PMFCAs). O Small and Medium-Sized Practices (SMPs) Committee da IFAC desenvolve orientaes sobre tpicos- -chave prestao de servios de contabilidade e auditoria a pequenas e m- dias empresas (PMEs), incluindo orientaes de implementao sobre o uso das ISAs na auditoria das PMEs e a aplicao da Norma Internacional sobre Controle de Qualidade 1. Com sua perspectiva de PMFCA/PME, o Comit contribui com o desenvolvimento de normas internacionais e com o trabalho dos conselhos normatizadores da IFAC. O SMP Committee tambm examina formas em que a IFAC, junto com seus entes membros, pode responder s ne- cessidades de contadores de PMFCAs e PMEs e organiza eventos anuais sobre temas relacionados a PMFCAs/PMEs. Naes em Desenvolvimento O Developing Nations Committee da IFAC apoia o desenvolvimento da pro- fisso contbil em todas as regies do mundo, representando e tratando dos in- teresses das naes em desenvolvimento e dando orientaes para fortalecer a profisso contbil ao redor do mundo. O Comit tambm busca, da comunida- de doadora, recursos e assistncia ao desenvolvimento para esses pases. Alm disso, o Comit organiza eventos anuais sobre como atender s necessidades das naes em desenvolvimento. IFAC Member Body Compliance Program Como parte do Member Body Compliance Program, os membros e associados (principalmente instituies profissionais nacionais) devem demonstrar seus esforos, diante de leis e regulamentos nacionais, para implementar as nor- mas emitidas pela IFAC e pelo International Accounting Standards Board. O programa, supervisionado pelo Compliance Advisory Panel da IFAC, tambm busca determinar como os membros e associados tm cumprido suas obriga- es referentes garantia de qualidade, investigao e programas disciplinares para seus membros, conforme estabelecidas nas Statements of Membership Obligations (SMOs) da IFAC. Como parte do Compliance Program, os mem- bros e associados devem completar uma auto-avaliao sobre as exigncias das SMOs e, se forem identificadas reas para melhorias, desenvolver planos de ao para tratar dessas reas. As SMOs fundamentam o Compliance Pro- gram e oferecem benchmarks claros a entes membros atuais e potenciais, com o objetivo de ajud-las a garantir que os contadores profissionais desempe- nhem suas atividades com alto nvel de qualidade. Esse manual no inclui as SMOs, disponveis no site da IFAC em: http://www.ifac.org. Arcabouo Regulatrio Em novembro de 2003, a IFAC, com apoio forte dos entes membros e de reguladores internacionais, aprovou uma srie de reformas para aumentar a confiana de que as atividades da IFAC respondem adequadamente ao interesse pblico e levaro ao esta- belecimento de normas e prticas de alta qualidade na auditoria e assegurao. As reformas proporcionam: processos normatizadores mais transparentes, maiores contribuies pblicas e regulatrias nesses processos, monitoramento regulatrio, superviso de rgos de interesse pblico, e dilogo permanente entre reguladores e a profisso contbil. Isso se alcana atravs das seguintes estruturas: Public Interest Oversight Board (PIOB) Estabelecido em fevereiro de 2005, o PIOB supervisiona as atividades normatizadoras da IFAC nas reas de auditoria e as- segurao, tica (incluindo independncia) e educao, alm do IFAC Member Body Compliance Program. O PIOB inclui dez representantes nomeados por reguladores e instituies internacionais. Monitoring Group (MG) O MG inclui reguladores internacionais e organizaes relacionadas. Seu papel atualizar o PIOB sobre eventos significativos no ambiente regulatrio. Tambm serve como veculo para dilogo entre reguladores e a profisso contbil internacional. IFAC Regulatory Liaison Group (IRLG) O IRLG inclui o Presidente, Vice-Presi- dente e Chief Executive Officer da IFAC, alm de trs membros designados pela Dire- toria da IFAC, o Presidente do Forum of Firms, e seis outros membros nomeados pelo Global Public Policy Committee. Trabalha com o MG e trata de questes relacionadas regulao da profisso. Estrutura e Operaes da IFAC A governana da IFAC est a cargo da sua Diretoria e Conselho. O Conselho da IFAC inclui um representante de cada entidade membro. A Diretoria um grupo menor responsvel pelo estabelecimento de polticas. Como representantes da profisso con- tbil ao redor do mundo, os membros da Diretoria firmam uma declarao para agir com integridade e servir ao interesse pblico. O IFAC Nominating Committee d recomendaes sobre a composio dos conselhos e comits da IFAC, a Diretoria da IFAC, e candidatos para a Vice-Presidncia da IFAC. No seu trabalho, o comit direcionado pelo princpio de selecionar a melhor pessoa para aquela posio. Tambm busca balancear as representaes regionais e profissionais nos conselhos e comits, alm da representao de pases com diferentes nveis de desenvolvimento econmico. A sede da IFAC localizada na cidade de Nova Iorque e sua equipe abrange profissio- nais contbeis e outros provenientes do mundo todo. IFAC 11. 1918 SETORPBLICO Apresentao das Demonstraes ContbeisApresentao das Demonstraes Contbeis PREFCIOIFAC Publicaes da IFAC, Direitos Autorais e Tradues A IFAC disponibiliza amplamente suas orientaes atravs do download gratuito de todas as publicaes atravs do site (http://www.ifac.org), tambm estimulando seus membros e associados, rgos contbeis regionais, normatizadores, reguladores e ou- tros a inclurem links para as publicaes no site da IFAC nos seus prprios sites, ou materiais impressos. A IFAC tambm reconhece que importante para preparadores e usurios das demons- traes contbeis, auditores, reguladores, advogados, acadmicos, estudantes e outros grupos interessados em pases no de lngua inglesa terem acesso s normas na sua lngua materna. Para tornar suas normas e orientaes disponveis da forma mais ampla possvel, a IFAC desenvolveu as seguintes polticas sobre questes relacionadas aos direitos autorais, reproduo e traduo: Policy for Reproducing, or Translating and Reproducing, Publications Is- sued by the International Federation of Accountants [Poltica para Reprodu- zir, ou Traduzir e Reproduzir, Publicaes da Federao Internacional dos Contadores]; and Permission to State that the International Federation of Accountants has Considered a Translating Bodys Process for Translating Standards and Gui- dance [Permisso para Declarar que a Federao Internacional dos Con- tadores Considerou o Processo de uma Entidade Tradutora para Traduzir Normas e Orientaes]. Este manual no contm essas polticas. Porm, as polticas e um banco de dados das tradues das publicaes da IFAC por terceiros esto disponveis no site da IFAC em http://www.ifac.org. 3 PREFCIO S NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE PARA O SETOR PBLICO CONTEDO Pargrafo Introduo................................................................................................................. 1-4 Objetivos do IPSASB............................................................................................... 5-9 Membros do IPSASB....................................................................................................7 Encontros do IPSASB .............................................................................................. 8-9 Alcance e Aplicabilidade das Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Pblico.............................................................................................. 10-28 Alcance das Normas ............................................................................................ 10-14 Demonstraes Contbeis para Fins Gerais.......................................................... 15-17 IPSASs para os Regimes de Competncia e Caixa............................................... 18-20 Transio do Regime de Caixa para o Regime de Competncia.......................... 21-25 Aplicabilidade das Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Pblico ............................................................................................. 26-29 Devido Processo Legal......................................................................................... 30-35 Idioma.........................................................................................................................36 12. 2120 SETORPBLICO Apresentao das Demonstraes ContbeisApresentao das Demonstraes Contbeis PREFCIOPREFCIO PREFCIO S NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE PARA O SETOR PBLICO Introduo 1. Este prefcio s Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Pblico (IPSASs) estabelece os objetivos e procedimentos operacionais do International Public Sector Accounting Standards Board (IPSASB, em Portugus: Conselho das Normas Internacionais de Contabilidade) e explica o alcance e autoridade das IPSASs. O prefcio deve ser utilizado como uma fonte de pesquisa (ou de consulta) com o fim de esclarecer situaes que demandam esclarecimentos a respeito de Chamadas a Comentrios, Documentos para Discusso, Minutas para Discusso e Normas aprovadas e publicadas pelo IPSASB. 2. A misso da International Federation of Accountants (IFAC), conforme ex- posta em seu ato constitutivo, servir ao interesse pblico, fortalecer a profis- so contbil ao redor do mundo e contribuir ao desenvolvimento de economias internacionais fortes pelo estabelecimento e pela promoo da adeso a nor- mas profissionais de alta qualidade, estimulando a convergncia internacional a essas normas, e pronunciando-se sobre temas de interesse pblico onde o conhecimento especializado da profisso tem o mais alto grau de relevncia. Nos seus esforos para realizar essa misso, a IFAC constituiu o IPSASB. 3. O IPSASB (anteriormente denominado Public Sector Committee (PSC)) um Conselho da IFAC, constitudo para desenvolver e emitir sob sua prpria autoridade Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Pblico (IP- SASs). As IPSASs so normas globais de alta qualidade para a elaborao de demonstraes contbeis por entidades do setor pblico diferentes de Empre- sas Estatais (EEs). 4. O Grupo Consultivo do IPSASB nomeado pelo IPSASB. O Grupo Consulti- vo um grupo sem poder de voto. Esse grupo oferece um meio para o IPSASB consultar e buscar, quando necessrio, assessoria de um grupo amplamente constitudo. O Grupo Consultivo presidido pelo Presidente do IPSASB. O Grupo Consultivo principalmente um frum eletrnico. De qualquer forma, cada uma das divises regionais do Grupo Consultivo se rene com o IPSASB em quaisquer sesses desse Conselho realizadas na regio da respectiva divi- so regional. Todos os membros do Grupo Consultivo so convidados a essas reunies. Alm disso, uma reunio em plenrio com todos os membros do Grupo Consultivo pode ser realizada se essa for considerada necessria. Objetivos do IPSASB 5. Os objetivos do IPSASB so servir ao interesse pblico pelo desenvolvimento de normas de alta qualidade para a elaborao de demonstraes contbeis por entidades do setor pblico, facilitando a convergncia das normas nacionais s normas internacionais, melhorando assim a qualidade e uniformidade das de- monstraes contbeis ao redor do mundo. O IPSASB alcana seus objetivos das seguintes formas: Emitindo Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Pbli- co (IPSASs); Promovendo sua aceitao e convergncia internacional a essas normas; e Publicando outros documentos que oferecem orientaes sobre temas e experincias na elaborao de demonstraes contbeis no setor pblico. 6. As IPSASs so as diretrizes oficiais estabelecidas pelo IPSASB. Alm de de- senvolver as IPSASs, o IPSASB emite outras publicaes no-mandatrias, incluindo estudos, relatrios de pesquisas e artigos pontuais sobre temas espe- cficos relacionados a questes que dizem respeito elaborao das demons- traes contbeis do setor pblico. Processo de escolha dos membros de Conselho Diretor do IPSASB 7. Os membros do IPSASB so indicados e nomeados pela Diretoria da IFAC para tomarem assentos como membros do IPSASB. O IPSASB tem 18 mem- bros, 15 dos quais so indicados pelas organizaes membros da IFAC e trs membros pblicos. Membros pblicos podem ser indicados por qualquer indi- vduo ou organizao. Alm disso, um nmero limitado de observadores, pro- venientes de instituies com interesse nas demonstraes contbeis do setor pblico, nomeado para o IPSASB. Esses observadores tm direito palavra, mas no a voto. Reunies do IPSASB 8. O qurum para cada reunio do IPSASB de no mnimo doze membros nome- ados, presencialmente ou atravs de vdeo-conferncia. 9. Reunies do IPSASB com o objetivo de discutir o desenvolvimento e aprovar a emisso das IPSASs ou outros documentos de carter normativo esto abertas ao pblico. Documentos discutidos nas reunies, inclusive suas minutas, so publicados no site do IPSASB: http://www.ifac.org/publicsector Alcance e Aplicabilidade das Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Pblico Alcance das Normas 10. O IPSASB desenvolve IPSASs que adotam o regime de competncia para a contabilizao dos atos e fatos administrativos e IPSASs que adotam o regime de caixa para a contabilizao dos atos e fatos administrativos. 13. 2322 SETORPBLICO Apresentao das Demonstraes ContbeisApresentao das Demonstraes Contbeis PREFCIOPREFCIO 11. IPSASs estabelecem diretrizes de reconhecimento, mensurao, apresentao e evidenciao relacionadas a transaes e outros eventos (atos e fatos cont- beis) em demonstraes contbeis para fins gerais. 12. As IPSASs foram desenvolvidas com a finalidade de normatizar questes que dizem respeito a demonstraes contbeis para fins gerais de todas as entidades do setor pblico. As entidades do setor pblico incluem: governos nacionais, governos regionais (por exemplo, estadual, provincial, territorial), governos locais (por exemplo, municipal) e suas entidades componentes (por exemplo, departamentos, agncias, conselhos, comisses, ministrios, secretarias, autar- quias, fundaes, fundos), a menos que de outra forma seja determinado. As Normas no se aplicam s Empresas Estatais (EEs). EEs aplicam as Normas Internacionais de Contabilidade (IFRSs) emitidas pelo International Accoun- ting Standards Board (IASB). As IPSASs incluem uma definio de EEs. 13. Qualquer limitao aplicabilidade de IPSASs especficas evidenciada naque- las normas. As IPSASs no devem ser aplicadas a itens sem materialidade. 14. O IPSASB adotou a poltica que todos os pargrafos nas IPSASs tero a mesma hierarquia normativa, e que a hierarquia normativa de uma determinao especfi- ca deve ser determinada pela linguagem usada. Para evitar quaisquer conseqn- cias indesejveis, o IPSASB determinou a aplicao prospectiva dessa poltica quando esse Conselho tiver que revisar e reemitir IPSASs anteriormente emitidas. Conseqentemente, IPSASs aprovadas pelo IPSASB aps o dia 1 de janeiro de 2006 incluem tanto pargrafos impressos em negrito e como pargrafos impressos com letras simples, ambos com igual hierarquia normativa. Pargrafos impressos em negrito indicam os princpios principais. Qualquer IPSAS individual deve ser lida tendo em mente, durante toda a leitura o contexto do seu objetivo e a Base para Concluses (se houver) que foram declarados naquela IPSAS e neste prefcio. Demonstraes Contbeis para Fins Gerais 15. As demonstraes contbeis emitidas para usurios que no possuem poderes para exigir informaes contbeis para atender s suas necessidades especficas de informao so denominadas de demonstraes contbeis para fins gerais. Exemplos desses usurios incluem cidados, eleitores, seus representantes e outros membros do pblico. O termo demonstraes contbeis usado neste prefcio e nas normas abrange, no s todas as demonstraes, como tambm as notas explicativas identificadas como sendo partes das demonstraes con- tbeis para fins gerais. 16. Quando a preparao das demonstraes contbeis for baseada no regime de competncia, as demonstraes contbeis incluiro o balano patrimonial, a demonstrao do resultado do exerccio, a demonstrao dos fluxos de caixa e a demonstrao das mutaes no patrimnio lquido (ativo lquido). Quando a preparao das demonstraes contbeis for baseada no regime de caixa, a demonstrao contbil fundamental ser a demonstrao de fluxos de caixa. 17. Alm de preparar as demonstraes contbeis para fins gerais, uma entidade pode preparar demonstraes contbeis para outras Instituies, Entidades e at para rgos internos (tais como rgo diretivos, rgos normativos, o poder le- gislativo e outras Instituies com funes de superviso) que podem exigir de- monstraes contbeis elaboradas para atender s suas necessidades especficas de informao. Tais relatrios so designados como demonstraes contbeis para fins especficos. O IPSASB estimula o uso das IPSASs na preparao das demonstraes contbeis para fins especficos quando conveniente. IPSASs para os Regimes de Competncia e Caixa 18. O IPSASB desenvolve IPSASs baseadas no regime de competncia que: So convergentes s Normas Internacionais de Contabilidade (IFRSs) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB em portugus: Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade), adaptando-as ao contexto do setor pblico quando conveniente. Ao se empenhar nesse processo, o IPSASB tenta, sempre que possvel, manter o tratamento contbil e o texto original dos IFRSs, a no ser que haja um aspecto peculiar ao setor pblico que justifique um posi- cionamento diferente; e Tratam de temas relacionados elaborao de demonstraes contbeis para o setor pblico que no foram tratados de forma abrangente em IFRSs existentes ou para os quais o IASB no desenvolveu IFRSs. 19. Como muitas IPSASs que adotam o regime de competncia so baseadas nas IFRSs, recomenda-se o estudo da publicao Framework for the Preparation and Presentation of Financial Statements Estrutura Conceitual para a Ela- borao e Apresentao das Demonstraes Contbeis do IASB, a qual considerada uma referncia relevante para usurios das IPSASs. 20. O IPSASB tambm emitiu IPSASs abrangentes baseadas no regime de caixa, que possuem sees que podem abordar tanto temas de divulgao compuls- ria quanto temas de divulgao recomendada. Transio do Regime de Caixa para o Regime de Competncia 21. As IPSASs baseadas no Regime de Caixa estimulam uma entidade a evidenciar voluntariamente informaes baseadas no regime de competncia, ainda que suas demonstraes contbeis principais sejam preparadas de acordo com o regime de caixa. Uma entidade no processo de transio do regime de caixa para o regime de competncia pode querer incluir evidenciaes especficas baseadas no regime de competncia durante esse processo. A condio (por exemplo, auditada ou no auditada) e localizao de informaes adicionais (por exemplo, nas notas explicativas ou em uma seo suplementar separada da demonstrao contbil) dependero das caractersticas da informao (por 14. 2524 SETORPBLICO Apresentao das Demonstraes ContbeisApresentao das Demonstraes Contbeis PREFCIOPREFCIO exemplo, confiabilidade e integralidade) e de qualquer legislao ou regula- mentos sobre a elaborao das demonstraes contbeis em uma jurisdio. 22. O IPSASB tambm tenta facilitar a conformidade com as IPSASs baseadas no regime de competncia atravs do uso de disposies transitrias em determi- nadas normas. Quando houver disposies transitrias, elas podem conceder prazo adicional a uma entidade para cumprir plenamente com as exigncias de uma IPSAS especfica baseada no regime de competncia ou mitigar deter- minadas exigncias na aplicao inicial de uma IPSAS. A qualquer momento uma entidade pode optar por adotar o regime de competncia de acordo com as IPSASs. Nesse momento, a entidade deve aplicar todas as IPSASs baseadas no regime de competncia e poderia optar por aplicar quaisquer disposies transitrias em uma IPSAS individual baseada no regime de competncia. 23. Aps a deciso por adotar a contabilidade pelo regime de competncia de acor- do com as IPSASs, as disposies transitrias determinaro o prazo disponvel para fazer a transio. Quando do vencimento das disposies transitrias, a entidade deve elaborar suas demonstraes completamente de acordo com to- das as IPSASs baseadas no regime de competncia. 24. A Norma Contbil Internacional para o Setor Pblico (IPSAS) 1, Apresenta- o das Demonstraes Contbeis inclui a seguinte exigncia: Uma entidade cujas demonstraes contbeis estejam de acordo com as Nor- mas Internacionais de Contabilidade para o Setor Pblico deve evidenciar esse fato. As demonstraes contbeis no devem ser descritas como estando em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Pblico a no ser que cumpram com todas as exigncias de cada Norma In- ternacional de Contabilidade para o Setor Pblico, desde que sejam utilizadas apenas normas aplicveis a situao considerada. 25. A IPSAS 1 tambm exige que seja evidenciado at que grau a entidade aplicou quaisquer disposies transitrias. Aplicabilidade das Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Pblico 26. Dentro de cada jurisdio, regulamentos podem reger a questo das demons- traes contbeis para entidades do setor pblico para fins gerais. Esses regu- lamentos podem tomar a forma de exigncias regulamentares, diretrizes e ins- trues para a elaborao de demonstraes contbeis, e/ou normas contbeis promulgadas por governos, rgos normatizadores e/ou rgos profissionais contbeis dentro da respectiva jurisdio. 27. O IPSASB acredita que a adoo das IPSASs, em combinao com a eviden- ciao da conformidade com as mesmas, levar a uma melhoria significativa na qualidade das demonstraes contbeis elaboradas por entidades do setor pblico para fins gerais. Isso, por sua vez, provavelmente levar a avaliaes com embasamento mais slido sobre as decises de alocao de recursos to- madas por governos, aumentando assim a transparncia e a qualidade da pres- tao de contas (accountability). 28. O IPSASB reconhece que os governos e os normatizadores em mbito na- cional possuem o direito de estabelecer normas e diretrizes contbeis para a elaborao de demonstraes contbeis dentro das suas jurisdies. Alguns governos soberanos e normatizadores em mbito nacional j desenvolveram normas contbeis que so aplicadas em sua(s) esfera(s) de governos de cada pas (governo unitrio em pases no federativos, e governos federal, regio- nais (estaduais) e locais (municipais), em pases federativos, e nas entidades do setor pblico dentro da jurisdio desses governos. As IPSASs podem aju- dar esses normatizadores no desenvolvimento de novas normas ou na reviso das normas existentes, contribuindo assim para uma maior comparabilidade das suas demonstraes contbeis com as demonstraes contbeis de pa- ses que j convergiram suas contabilidades para as Normas Internacionais de Contabilidade. As IPSASs provavelmente sero de grande utilidade para jurisdies que ainda no desenvolveram suas normas contbeis nacionais para governos e para as suas entidades do setor pblico. O IPSASB estimula fortemente a adoo das IPSASs e a convergncia de normas nacionais de Contabilidade s IPSASs. 29. Por si s, nem o IPSASB, nem o rgo normativo nacional da profisso cont- bil (Conselho Federal de Contabilidade no Brasil) tem o poder de exigir con- formidade com as IPSASs. O xito dos esforos do IPSASB, em busca da aceitao das IPSASs por parte de outros pases, depende muito mais do reco- nhecimento e do apoio ao seu trabalho recebidos de muitos e diferentes grupos de interesse ativos dentro dos limites de suas respectivas esferas de ao, do que do poder de influncia do IPSASB e dos rgos normativos nacionais da profisso contbil. Devido Processo Legal 30. O IPSASB adota um devido processo legal para o desenvolvimento das IPSASs que oferece oportunidade s partes interessados apresentarem seus coment- rios, incluindo entes membros da IFAC, auditores, preparadores (inclusive mi- nistrios de finanas), reguladores e indivduos. O IPSASB tambm consulta seu Grupo Consultivo sobre grandes projetos, questes tcnicas e prioridades no programa de trabalho. 31. O devido processo legal do IPSASB destinado, normalmente, mas no neces- sariamente, a projetos abrange os seguintes passos: Estudo das normas e prticas contbeis nacionais e troca de diferentes pontos de vista sobre as questes discutidas com reguladores nacionais; Considerao de pronunciamentos emitidos por: 15. 2726 SETORPBLICO Apresentao das Demonstraes ContbeisApresentao das Demonstraes Contbeis PREFCIOPREFCIO -O International Accounting Standards Board (IASB); - Normatizadores em mbito nacional, autoridades reguladoras e outros rgos competentes; - rgos profissionais contbeis; e - Outras organizaes interessadas nas demonstraes contbeis no setor pblico; Formao de comisses de coordenao (CCs, steering committees SCs), comits assessores do projeto (CAPs, project advisory panels PAPs, no Brasil chamado de Grupo Tcnico Contbil) ou subcomits para providenciar dados sobre um projeto ao IPSASB; Publicao de uma Minuta Expositiva destinada discusso e consulta pblica durante um perodo, usualmente, de pelo menos 4 meses. Isso oferece uma oportunidade para que aqueles afetados pelos pronuncia- mentos do IPSASB apresentem seus pontos de vista antes da finaliza- o e aprovao dos pronunciamentos pelo IPSASB. A Minuta Exposi- tiva incluir uma Base para Concluses; Considerao de todos os comentrios recebidos dentro do perodo de consulta pblica sobre Documentos e Minutas Expositivas, a efe- tivao das modificaes nas Normas propostas por esses e outros comentrios conforme for considerado conveniente de acordo com os objetivos do IPSASB; e Publicao de uma IPSAS que inclui uma Base para Concluses que explica os passos seguidos no devido processo legal do IPSASB e como o IPSASB alcanou suas concluses. Comisses de Coordenao, Comits Assessores do Projeto e Subcomits 32. O IPSASB pode delegar a responsabilidade pela realizao das pesquisas necessrias e pela preparao de Minutas Expositivas de Normas propos- tas e diretrizes ou verses preliminares de estudos a CCs (SCs), subcomi- ts ou indivduos. 33. CCs (comisses de coordenao SCs steering committees ), CAPs (comits assessores do projeto PAPs project advisory panels PAPs, no Brasil chama- do de Grupo Tcnico Contbil) e subcomits so presididos por um membro do IPSASB, mas podem incluir pessoas que no so membros do IPSASB ou de um ente associado ao IFAC. Procedimentos para Aprovao 34. A verso preliminar de uma norma, devidamente revisada aps o perodo de consulta pblica, submetida ao IPSASB para aprovao. Se aprovada pelo IPSASB, publicada como uma IPSAS e entra em vigor a partir da data espe- cificada na Norma. s vezes, quando houver questes significativas em aberto relacionadas a uma Minuta Expositiva, o IPSASB pode optar por submeter novamente uma Norma consulta pblica. 35. Para fins de aprovao de uma Chamada a Comentrios (CC), uma Minuta Expositiva ou uma IPSAS, so necessrios pelo menos dois teros de votos a favor. Cada membro representado no IPSASB tem um voto. Idioma 36. O texto aprovado de um pronunciamento aquele publicado pelo IPSASB na lngua inglesa. rgos membros da IFAC tm autorizao para preparar, as suas prprias expensas, e aps obter a aprovao da IFAC, tradues desses pronunciamentos a serem publicadas no idioma dos seus prprios pases con- forme for conveniente. 16. 29 IPSAS 128 SETORPBLICO Apresentao das Demonstraes ContbeisApresentao das Demonstraes Contbeis INTRODUO Introduo s Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Pblico O International Public Sector Accounting Standards Board (IPSASB) da Internatio- nal Federation of Accountants desenvolve normas contbeis para entidades do setor pblico, denominadas Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Pblico (IPSASs). O IPSASB reconhece os benefcios significativos da obteno de infor- maes financeiras consistentes e comparveis em todas as jurisdies. O IPSASB acredita que as IPSASs tero papel-chave para permitir o alcance desses benefcios. O IPSASB estimula fortemente os governos e normatizadores em mbito nacional a se engajarem no desenvolvimento das suas Normas mediante comentrios sobre as propostas formuladas nas suas Minutas Expositivas. O IPSASB emite IPSASs referentes elaborao de demonstraes contbeis pelo regime de caixa e pelo regime de competncia. As IPSASs que adotam regime de competncia so baseadas nas Normas Internacionais de Contabilidade (IFRSs), emi- tidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), quando as exigncias dessas Normas se aplicam ao setor pblico. As IPSASs tambm tratam de questes especficas a respeito da elaborao de demonstraes contbeis pelo setor pblico no tratadas nas IFRSs. A adoo das IPSASs pelos governos melhorar a qualidade e comparabilidade das informaes financeiras divulgadas por entidades do setor pblico ao redor do mundo. O IPSASB reconhece o direito dos governos e normatizadores em mbito nacional de estabelecer normas e diretrizes contbeis para fins de elaborao de demonstraes contbeis nas suas jurisdies. O IPSASB estimula a adoo das IPSASs e a conver- gncia das normas nacionais s IPSASs. As demonstraes contbeis s podem ser consideradas como estando em conformidade com as IPSASs se estiverem em confor- midade com todas as exigncias de cada IPSAS aplicvel. IPSAS 1 Apresentao das Demonstraes Contbeis Reconhecimento Esta Norma Internacional de Contabilidade do Setor Pblico (IPSAS), foi re- digida principalmente tomando por base a International Accounting Standard (IAS) 1, Apresentao das Demonstraes Contbeis (Revisada em Dezembro de 2003), a qual foi publicada pelo International Accounting Standards Board (IASB). Trechos da IAS 1 so reproduzidos nesta publicao do Internatio- nal Public Sector Accounting Standards Board da International Federation of Accountants (IFAC) com a permisso da International Accounting Standards Committee Foundation (IASCF). O texto aprovado das International Financial Reporting Standards (IFRSs) publicado pelo IASB em ingls, e as cpias podem ser obtidas diretamente do IASB Publications Department, 30 Cannon Street, London EC4M 6XH, United Kingdom. E-mail: [email protected] Internet: http://www.iasb.org IFRS, IAS, minutas para exposio e consulta pblica e outras publicaes do IASB so de direitos autorais da IASCF. IFRS, IAS, IASB,, IASC, IASCF e International Accounting Standards (Normas Internacionais de Contabilidade) e International Fi- nancial Reporting Standards (Normas Internacionais de Demonstraes Contbeis) so marcas registradas do IASCF e no devem ser usadas sem o seu consentimento. 17. 31 IPSAS 130IPSAS 1 SETORPBLICO Apresentao das Demonstraes ContbeisApresentao das Demonstraes Contbeis Dezembro de 2006 IPSAS 1 APRESENTAO DAS DEMONSTRAES CONTBEIS CONTEDO Pargrafo Introduo ................................................................................................................... IN1IN23 Objetivo ...................................................................................................................................... 1 Alcance................................................................................................................................... 26 Definies ............................................................................................................................ 714 Entidade Econmica ............................................................................................................ 810 Benefcios Econmicos Futuros ou Potencial de Servios .......................................................11 Empresas Estatais ..................................................................................................................... 12 Materialidade ........................................................................................................................... 13 Ativos Lquidos/ Patrimnio Lquido ...................................................................................... 14 Finalidade das Demonstraes Contbeis .......................................................................... 1518 Responsabilidade pelas Demonstraes Contbeis............................................................ 1920 Componentes das Demonstraes Contbeis...................................................................... 2126 Consideraes Gerais ......................................................................................................... 2758 Apresentao Apropriada e Conformidade com as IPSASs............................................... 2737 Continuidade ...................................................................................................................... 3841 Consistncia de Apresentao ............................................................................................ 4244 Materialidade e Agregao ................................................................................................ 4547 Compensao de Valores.................................................................................................... 4852 Informao Comparativa.....................................................................................................5358 Estrutura e Contedo .........................................................................................................59150 Introduo............................................................................................................................5960 Identificao das Demonstraes Contbeis........................................................................6165 Perodo Contbil para a Apresentao das Demonstraes ............................................... 6668 Tempestividade (Oportunidade) ............................................................................................... 69 Demonstrao da Posio Financeira (Balano Patrimonial)..............................................7098 Distino entre circulante e no circulante..........................................................................7075 Ativos circulantes.................................................................................................................7679 Passivos circulantes.............................................................................................................8087 Informao a ser apresentada na demonstrao da posio financeira (Balano Patrimonial)..........................................................................................................8892 Informao a ser apresentada na demonstrao da posio financeira (Balano Patrimonial) ou em notas explicativas.................................................9398 Demonstrao de Desempenho Financeiro (Demonstrao do Resultado do Exerccio)................................................................................................99117 Supervit ou Dficit do Perodo ....................................................................................... 99101 Informao a ser apresentada na demonstrao do desempenho financeiro (Demonstrao do Resultado do Exerccio) .............................102105 Informao a ser apresentada na demonstrao do desempenho financeiro (demonstrao do resultado do exerccio) ou em notas explicativas ............................................................................................................106117 Demonstrao das Mutaes dos Ativos Lquidos/ Patrimnio Lquido.........................118125 Demonstrao dos Fluxos de Caixa ........................................................................................126 Notas Explicativas...........................................................................................................127150 Estrutura...........................................................................................................................127131 Divulgao de Polticas Contbeis...................................................................................132139 Principais Fontes da Incerteza das Estimativas...............................................................140148 Capital........................................................................................................................148A148C Instrumentos Financeiros Resgatveis (Clusula Put) Classificados como Instrumentos Patrimoniais...........................................................................................148D Outras Evidenciaes ......................................................................................................149150 Disposies Transitrias..................................................................................................151152 Data de Vigncia ............................................................................................................ 153154 Revogao da IPSAS 1 (2000)................................................................................................155 Apndice A: Caractersticas Qualitativas das Demonstraes Contbeis Appendix B: Emendas s Outras IPSASs Base para Concluses Guia de Implementao Comparao com a IAS 1 18. 33 IPSAS 132IPSAS 1 SETORPBLICO Apresentao das Demonstraes ContbeisApresentao das Demonstraes Contbeis A IPSAS 1, Apresentao das Demonstraes Contbeis constituda dos pargrafos 1-155.Todos os pargrafos tm o mesmo nvel hierrquico.AIPSAS 1 deve ser lida levando em considerao o contexto de seu objetivo, a Base para Concluses e o Prefcio s Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Pblico. A IPSAS 1, Apresentao das Demonstraes Contbeis fornece subsdios para a seleo e aplicao de polticas contbeis na falta de orientao especfica. Introduo IN1. A IPSAS 1, Apresentao das Demonstraes Contbeis, substitui a IPSAS 1, Apresentao das Demonstraes Contbeis (publicada em maio de 2000), e deve ser aplicada aos perodos de demonstraes contbeis comeando em, ou aps, 1 de janeiro de 2008. A adoo antecipada desta IPSAS incentivada. Razes para reviso da IPSAS 1 IN2. O IPSASB desenvolveu esta IPSAS 1 revisada como resposta ao projeto de melhorias das IASs realizado pelo IASB e tambm para manter-se coerente com a sua prpria poltica de convergir as normas de contabilidade para o setor pblico s normas do setor privado na extenso apropriada. IN3. No desenvolvimento desta IPSAS 1 revisada, o IPSASB adotou a poltica de alterar a IPSAS nos mesmos pontos que sofreram mudanas na IAS 1 anterior Apresentao das Demonstraes Contbeis. Em geral essas mudanas das IPSAS foram adotadas seguindo as mudanas existentes na IAS1, decorrentes do projeto de melhorias do IASB, exceto quando a IPSAS original se diferen- ciou dos dispositivos da IAS 1 por uma razo especfica do setor pblico; tais variaes so mantidas nesta IPSAS 1 e so descritas numa Comparao que foi feita com a IAS 1. Quaisquer mudanas na IAS 1 realizadas subseqente- mente pelo projeto de melhorias do IASB no foram incorporadas IPSAS 1. Mudanas das Exigncias Anteriores IN4. As principais mudanas da verso anterior da IPSAS 1 so descritas a seguir. Alcance IN5. A norma no inclui exigncias relacionadas seleo e aplicao de polticas contbeis. Essas exigncias esto agora includas na IPSAS 3, Polticas Con- tbeis, Mudanas de Estimativas e Retificaes de Erros. IN6. A norma inclui exigncias de apresentao para o supervit ou dficit do per- odo. Tais exigncias estavam anteriormente contidas na IPSAS 3. Definies IN7. A Norma: define dois novos termos: aplicao impraticvel e notas explicativas; muda o nome do termo materialidade para material e altera a definio; remove as seguintes definies desnecessrias: coligadas, custos de em- prstimos, caixa, equivalentes de caixa, fluxos de caixa, demonstraes contbeis consolidadas, controle, entidade controlada, entidade contro- ladora, mtodo da equivalncia patrimonial, variao cambial, valor 19. 35 IPSAS 134IPSAS 1 SETORPBLICO Apresentao das Demonstraes ContbeisApresentao das Demonstraes Contbeis justo, ativos financeiros, moeda estrangeira, entidades com operao no exterior, participao minoritria e ativos qualificveis. Estes termos so definidos em outras IPSAS e so reproduzidos no Glossrio dos termos definidos; e remove os seguintes termos, que no existem mais: itens extraordin- rios, erros fundamentais, supervit/ dficit lquido, atividades normais, moeda de divulgao e supervit/dficit de atividades normais. Estas definies tambm foram eliminadas nas IPSASs relevantes, tais como a IPSAS 3, Accounting Policies, Changes in Accounting Estimates and Errors (Polticas Contbeis, Mudanas de Estimativas e Retifi- caes de Erros) e a IPSAS 4, The Effects of Changes in Foreign Ex- change Rates. (IPSAS 4, Efeitos das Mudanas nas Taxas de Cmbio e Converso de Demonstraes Contbeis). IN8. A Norma inclui a interpretao do termo materialidade e a noo de caracters- ticas dos usurios. Anteriormente, a IPSAS 1 no continha este comentrio. Apresentao apropriada e distanciamento das IPSASs IN9. A Norma esclarece que a apresentao apropriada exige uma representao fidedigna dos efeitos das transaes, outros eventos e condies de acordo com as definies e critrios de reconhecimento para ativos, passivos, receita e des- pesa definidos nas IPSASs. Anteriormente, a IPSAS 1 no continha orientao sobre o significado de apresentao apropriada. IN10. A Norma exige que em circunstncias extremamente raras nas quais a adminis- trao conclua que a conformidade com uma exigncia de uma IPSAS seria to enganosa que conflitaria com o objetivo das demonstraes contbeis estabeleci- do na IPSAS 1, e que nesse caso, portanto, no dever ser seguida a exigncia da norma, a no ser que tal descumprimento da norma seja proibida pelo arcabouo regulatrio relevante. Em qualquer caso, da entidade exigida a realizao de evidenciaes especficas. A IPSAS 1 revogada no estabelecia o critrio para descumprimento das IPSASs e no distinguia as circunstncias nas quais o arca- bouo regulatrio permite ou probe o descumprimento das IPSASs. IN11. A Norma no inclui exigncias relacionadas seleo e aplicao de polticas contbeis. A IPSAS 3 contm tais exigncias. A IPSAS 1 revogada inclua exigncias relacionadas seleo e aplicao das polticas contbeis. Classificao de Ativos e Passivos IN12. A Norma exige que uma entidade use a ordem de liquidez para apresentar ativos e a ordem de exigibilidade para apresentar passivos somente quando a apresentao por liquidez e exigibilidade fornecer uma informao mais confi- vel e mais relevante do que a apresentao que faa apenas a separao entre circulante/ no circulante. A IPSAS 1 revogada no continha tal limitao. IN13. A Norma exige que um passivo mantido primariamente com o propsito de ser negociado seja classificado como circulante. A IPSAS 1 revogada no especi- ficava este critrio para passivos classificados como circulantes. IN14. A Norma exige que um passivo financeiro com vencimento em at doze meses aps a data das demonstraes contbeis, ou em relao ao qual a entidade no possua um direito incondicional de postergar sua liquidao (pagamento) por pelo menos doze meses aps a data das demonstraes contbeis, seja classi- ficado como passivo circulante. Esta classificao como passivo circulante exigida mesmo se um acordo de refinanciamento, ou um acordo de reprogra- mao dos prazos dos pagamentos, em uma base de longo prazo seja firmado aps a data das demonstraes contbeis e antes da autorizao de publicao das mesmas. A IPSAS 1 revogada exigia que tais passivos fossem classificados como no circulantes. IN15. A Norma esclarece que um passivo classificado como no circulante quan- do uma entidade possui inclusa, nos termos de uma clusula contratual de emprstimo, a possibilidade de poder refinanciar ou resgatar e emitir novas obrigaes por pelo menos doze meses aps a data de apresentao das de- monstraes contbeis. IN16. A norma exige que, quando um passivo financeiro de longo prazo pagvel (cobrvel) a qualquer tempo ( ordem do credor) porque a entidade no cum- priu condio de seu contrato de emprstimo at a data das demonstraes, o passivo deve ser classificado como circulante na data das demonstraes con- tbeis. Tal classificao deve ser adotada, ainda que, aps a data das demons- traes contbeis e antes da data da autorizao da publicao dessas demons- traes, o credor concorde em no demandar (cobrar) o pagamento antecipado, o qual seria cobrvel a qualquer tempo em consequncia daquela violao do contrato. A verso anterior da IPSAS 1 determinava que tais passivos deveriam ser classificados como no-circulantes. IN17. A Norma esclarece que o passivo classificado como no circulante se o cre- dor de emprstimo tiver concordado, at a data das demonstraes contbeis, em proporcionar um perodo de carncia a terminar pelo menos doze meses aps essa data, dentro do qual a entidade pode retificar o descumprimento e durante o qual o credor no pode exigir a liquidao (pagamento) imediata do passivo em questo. Apresentao e Divulgao Demonstrao do Desempenho Financeiro (Demonstrao do Resultado do Exerccio) IN18. A Norma estabelece as exigncias de apresentao do supervit ou dficit do perodo. Essas exigncias foram includas anteriormente na IPSAS 3. 20. 37 IPSAS 136IPSAS 1 SETORPBLICO Apresentao das Demonstraes ContbeisApresentao das Demonstraes Contbeis IN19. A Norma no exige a apresentao dos seguintes itens em linhas da demons- trao do desempenho financeiro (demonstrao do resultado do exerccio): supervit ou dficit das atividades operacionais; supervit ou dficit das atividades normais; e itens extraordinrios. A IPSAS 1 revogada tambm exigia a apresentao desses items. IN20. ANorma exige a apresentao separada, na demonstrao do desempenho finan- ceiro (demonstrao do resultado do exerccio), do supervit ou dficit da entida- de no perodo alocado entre: supervit ou dficit atribuvel aos proprietrios da entidade controladora e supervit ou dficit atribuvel participao minorit- ria. A IPSAS 1 revogada no continha essas exigncias de apresentao. Demonstrao das Mutaes dos Ativos Lquidos/ Patrimnio Lquido (Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido) IN21. A Norma exige a apresentao, na demonstrao das mutaes dos ativos l- quidos/ patrimnio lquido (Demonstrao das Mutaes do Patrimnio L- quido), do montante total de receita e despesa reconhecido pela entidade no perodo (incluindo montantes reconhecidos diretamente nos ativos lquidos/ patrimnio lquido), demonstrando separadamente os montantes atribuveis participao minoritria e aos proprietrios da entidade controladora. A IPSAS 1 revogada no exigia a apresentao desses itens. Notas Explicativas IN22. A Norma requer que a entidade evidencie os julgamentos, exceto aqueles que envolvem estimativas, que a administrao tenha realizado no processo de aplicao das polticas contbeis da entidade e que possuam efeitos mais sig- nificativos sobre os valores reconhecidos nas demonstraes contbeis (por exemplo, o julgamento da administrao determinando se determinados ativos so propriedades de investimento). A IPSAS 1 que foi revogada no possui essas exigncias de divulgao. IN23. ANorma requer que a entidade evidencie as premissas chave que digam respeito ao futuro e outras fontes chave de estimativa de incertezas, na data das demons- traes contbeis, que tragam consigo um risco considervel de causar um ajuste material nos valores contbeis de ativos e passivos no prximo perodo contbil. A IPSAS 1 que foi revogada no possui essas exigncias de divulgao. Objetivo 1. O objetivo desta Norma definir a maneira pela qual as demonstraes con- tbeis destinadas a atender propsitos gerais devem ser apresentadas, para assegurar a comparabilidade das demonstraes da entidade que estejam em estudo, tanto com as demonstraes contbeis de perodos anteriores da mes- ma entidade, quanto com as demonstraes contbeis de outras entidades. Para alcanar este objetivo, esta Norma estabelece requisitos gerais para a apresen- tao de demonstraes contbeis elaboradas sob o regime de competncia, diretrizes para a sua estrutura e os requisitos mnimos para seu contedo. O reconhecimento, a mensurao e a divulgao de transaes especficas e ou- tros eventos so tratados em outras IPSASs. Alcance 2. Esta Norma deve ser aplicada em todas as demonstraes contbeis des- tinadas a atender propsitos gerais elaboradas e apresentadas de acordo com o regime de competncia de contabilizao conforme as IPSASs. 3. As demonstraes contbeis destinadas a atender propsitos ou fins gerais possuem o objetivo de atender s necessidades de usurios que no esto em posio de exigir relatrios feitos especialmente para atend-los em suas ne- cessidades de informao. Estes usurios, chamados de usurios de demons- traes contbeis destinadas a atender propsitos gerais, incluem pagadores de impostos e taxas, membros do poder legislativo, credores, fornecedores, meios de comunicao, e empregados. Demonstraes contbeis para propsitos ou fins gerais so aquelas apresentadas separadamente ou includas em outro do- cumento pblico, tal como um relatrio anual. Esta Norma no se aplica s demonstraes contbeis condensadas em perodos intermedirios. 4. Esta Norma aplica-se igualmente a todas as entidades, independentemente de estarem ou no obrigadas a elaborar demonstraes contbeis consolidadas ou demonstraes contbeis separadas, conforme a IPSAS 6, Demonstraes Contbeis Consolidadas. 5. Esta Norma aplica-se a todas as entidades do setor pblico, exceto as Empresas Estatais. 6. O Preface to International Public Sector Accounting Standards (Prefcio s IPSASs) emitido pelo IPSASB explica que as Empresas Estatais aplicam as International Financial Reporting Standards (IFRS) emitidas pelo IASB. As Empresas Estatais so definidas no pargrafo 7 abaixo. 21. 39 IPSAS 138IPSAS 1 SETORPBLICO Apresentao das Demonstraes ContbeisApresentao das Demonstraes Contbeis Definies 7. Os termos a seguir so utilizados nesta Norma com os seguintes significa- dos especificados abaixo: Regime de competncia o regime contbil segundo o qual transaes e outros eventos so reconhecidos quando ocorrem (no necessariamente quando o caixa ou seus equivalentes so recebidos ou pagos). Portanto, as transaes e eventos so registrados contabilmente e reconhecidos nas de- monstraes contbeis referentes aos respectivos perodos. Os elementos reconhecidos sob o regime de competncia so ativos, passivos, patrim- nio lquido / ativos lquidos, receitas e despesas. Ativos so recursos controlados por uma entidade em conseqncia de eventos passados e dos quais se espera que resultem fluxos de benefcios econmicos futuros ou potencial de servios para a entidade. Contribuies (ou integralizaes) de proprietrios benefcios econmicos futuros ou potencial de servios que a entidade recebeu de partes externas a ela, diferentes daqueles que resultam em passivo para a entidade, que es- tabelecem uma remunerao financeira em seu ativo lquido / patrimnio lquido, que: (a) do direito tanto a distribuies de benefcios econmicos futuros ou potencial de servios pela entidade durante sua vida, quando assim decidido pelos proprietrios ou seus representantes; quanto a distribuies de quaisquer ativos excedentes sobre passivos em caso da entidade cessar suas atividades; e/ou (b) podem ser vendidas, trocadas, transferidas ou resgatadas. Distribuio aos proprietrios so benefcios econmicos futuros ou poten- cial de servio distribudos pela entidade a todos ou a alguns proprietrios como retorno sobre o investimento ou como devoluo do investimento. Entidade econmica um grupo de entidades que inclui uma entidade controladora e uma ou mais entidades controladas. Despesas so redues nos benefcios econmicos ou potencial de servios durante o perodo a que se referem as demonstraes contbeis na forma de sadas ou consumo de ativos ou incorrncia de passivos que resultam em diminuies no ativo lquido / patrimnio lquido, diferentes daquelas relacionadas a distribuies aos proprietrios. Empresa Estatal a entidade que possua todas as seguintes caractersticas: (a) possui poder de contratar em seu prprio nome; (b) recebeu autoridade financeira e operacional para levar adiante um negcio; (c) vende bens e servios, no andamento normal dos seus negcios, para outras entidades, obtendo nessas operaes lucro ou recupe- rao total dos custos; (d) no depende de financiamentos pblicos contnuos para sua conti- nuidade (diferente de compras de produtos em uma transao em que no h favorecidos); e (e) controlada por uma entidade do setor pblico. Aplicao impraticvel de um requisito impraticvel quando a enti- dade no pode aplic-lo depois de ter feito todos os esforos razoveis nesse sentido. Passivos so as obrigaes presentes da entidade, derivadas de eventos j ocorridos, cujo pagamento se espera que resulte em sada de recursos da entidade, os quais so capazes de gerar benefcios econmicos ou potencial de servios. Omisses ou incorrees materiais as omisses ou incorrees so mate- riais se puderem, individual ou coletivamente, influenciar os julgamen- tos e as decises econmicas que os usurios das demonstraes cont- beis tomam com base nessas demonstraes. A materialidade depende da dimenso e da natureza da omisso ou da incorreo julgada luz das circunstncias a que est sujeita. A dimenso ou a natureza do item que sofreu omisso ou incorreo, ou a combinao de ambas, pode ser o fator determinante. Ativos lquidos / patrimnio lquido correspondem participao residual nos ativos da entidade aps deduzir todo o seu passivo. Notas explicativas contm informao adicional em relao quela apre- sentada nas seguintes demonstraes contbeis: Demonstrao da Posio Financeira (Balano Patrimonial), Demonstrao do Desempenho Finan- ceiro (Demonstrao do Resultado do Exerccio), Demonstrao das Mu- taes do Ativo Lquido / Patrimnio Lquido e Demonstrao dos Fluxos de Caixa. As notas explicativas oferecem descries narrativas ou decom- posio (detalhamento) de itens apresentados nessas demonstraes e in- formao acerca de itens que no se qualificam para serem reconhecidos nas demonstraes contbeis. Receita a entrada bruta de benefcios econmicos ou potencial de servi- os durante o perodo coberto pelas demonstraes contbeis quando es- sas entradas resultam em aumento do patrimnio lquido / ativos lquidos, diferentes de aumentos relacionados a contribuies de proprietrios. 22. 41 IPSAS 140IPSAS 1 SETORPBLICO Apresentao das Demonstraes ContbeisApresentao das Demonstraes Contbeis Os termos definidos em outras IPSASs so usados nesta IPSAS com os mesmos significados nelas definidos, e so reproduzidos no Glossrio pu- blicado separadamente. 7A. Os seguintes termos so descritos na IPSAS 28, Instrumentos Financei- ros: Apresentao e so usados nesta Norma com os mesmos significados que foram especificados na IPSAS 28: (a) instrumento financeiro com opo de venda (put) classificado como um instrumento patrimonial (descrito nos pargrafos 15 e 16 da IPSAS 28); (b) um instrumento que imponha entidade uma obrigao de entre- gar a outra parte uma parcela pro-rata dos ativos lquidos da enti- dade apenas em caso de liquidao (cumprimento do que era devi- do) e seja classificado como um instrumento patrimonial (descrito nos pargrafos 17 e 18 da IPSAS 28). Entidade Econmica 8. O termo entidade econmica usado nesta Norma para definir, para fins de demonstraes contbeis, um grupo de entidades que compreende a entidade controladora e quaisquer entidades controladas. 9. Outros termos algumas vezes usados para se referir a uma entidade econmi- ca incluem entidade administrativa, entidade financeira, entidade consolida- da e grupo. 10. Uma entidade econmica pode abranger entidades com finalidades tanto dire- cionadas a polticas sociais quanto a objetivos comerciais. Por exemplo, um departamento habitacional do governo pode ser uma entidade econmica que comporta entidades que fornecem habitao a um valor simblico ou entidades que fornecem habitaes em um regime comercial. Benefcios Econmicos Futuros ou Potencial de Servios 11. Os ativos fornecem meios para que as entidades atinjam seus objetivos. Os ativos que so usados para entregar mercadorias e servios de acordo com os objetivos da entidade, mas que no geram diretamente fluxos de caixa lquidos positivos so geralmente descritos como aqueles que possuem potencial de servios. Ativos que so usados para gerar fluxos de caixa lquidos positivos so geralmente descritos como aqueles que contm benefcios econmicos futuros. Para abranger todos os propsitos nos quais os ativos podem se en- caixar, esta Norma usa o termo benefcios econmicos futuros ou potencial de servios para descrever as caractersticas essenciais dos ativos. Empresas Estatais 12. As Empresas Estatais abrangem tanto empresas comerciais, como, por exem- plo, as de utilidade pblica (empresas de fornecimento de servios de energia eltrica, telefone, gua e saneamento bsico), quanto empresas financeiras, como, por exemplo, as instituies financeiras. As Empresas Estatais, em sua essncia, no so diferentes daquelas entidades que conduzem atividades simi- lares no setor privado. As Empresas Estatais, geralmente, operam para obter lucro, embora algumas podem possuir algumas obrigaes limitadas de ser- vios para com a comunidade, sob as quais so exigidas a entrega de bens e servios para indivduos ou organizaes da comunidade gratuitamente ou por um montante significativamente reduzido. A IPSAS 6, Demonstraes Con- solidadas, promove orientao para determinar se existe ou no controle para fins de demonstraes contbeis e deve ser consultada para se determinar se uma Empresa Estatal controlada por outra entidade do setor pblico. Materialidade 13. A avaliao se uma omisso ou incorreo material na divulgao de infor- mao poderia influenciar as decises dos usurios, e portanto, ser material, exige a considerao das caractersticas desses usurios. Pressupe-se que os usurios possuam um conhecimento razovel do setor pblico, das ativida- des econmicas, da contabilidade e estejam dispostos a estudar a informao com razovel diligncia. Assim, a avaliao das necessidades deve levar em considerao a expectativa razovel de como os usurios com tais atributos poderiam ser influenciados na elaborao e avaliao de suas decises. Ativos lquidos/ patrimnio lquido 14. Ativos lquidos/ patrimnio lquido o termo usado nesta IPSAS para se referir mensurao residual na demonstrao da posio financeira (ativos menos passivos). Os ativos lquidos/ patrimnio lquido podem ser positivos ou negativos. Outros termos podem ser usados no lugar de ativos lquidos/ patrimnio lquido, desde que seu significado esteja claro. Finalidade das demonstraes contbeis 15. As demonstraes contbeis so uma representao estruturada da posio patrimonial e financeira e do desempenho financeiro de uma entidade. O ob- jetivo das demonstraes contbeis destinadas a atender propsitos gerais o de proporcionar informaes acerca da posio patrimonial e financeira, do desempenho financeiro e do