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NORMAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE Prof. Everson Luiz Breda Carlin Prof. Wilson Alberto Zappa Hoog Nov/2010

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NORMAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE

Prof. Everson Luiz Breda Carlin

Prof. Wilson Alberto Zappa Hoog

Nov/2010

Palestrantes

• Everson Luiz Breda Carlin:� Bacharel em Ciências Contábeis;� Especialista Tributário e Societário;� Especialista em avaliação e negociação de empresas;� Auditor Independente;� Professor Universitário de cursos de MBA;� Autor de livros na área contábil.

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• Wilson Alberto Zappa Hoog:� Bacharel em Ciências Contábeis;� Professor de Perícia Contábil e Direito Empresarial;� Mestre em Ciência Jurídica;� Autor de livros na área contábil.

O Evento

• Celulares;

• Oportunidade do evento:� A busca pelo entendimento das mudanças;� Reflexão sobre o verdadeiro papel da contabilidade;

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� Reflexão sobre o verdadeiro papel da contabilidade;� Encontro entre profissionais do meio contábil.

• Como será o evento:� Início;� Coffe break;� Intervalo;� Reinício;� Coffe break;� Término.

O Evento

• Livro “Normas Nacionais e Internacionais de Contabilidade”; (2ª edição – Revistae Atualizada)

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• Objetivo do evento� Neste evento iremos discutir sobre a internacionalização das normascontábeis, aqui no Brasil aprovadas pela Legislação Societária Brasileira(6.404/76 e alterações), Conselho Federal de Contabilidade, Comissão deValores Mobiliários e demais órgãos reguladores. Daremos uma abordagemsuperficial a todas as normas publicadas, com ênfase em algumasespecíficas, que vieram a trazer mudanças significativas.

Introdução

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• Globalização da Contabilidade:� Com a edição das leis 11.638/07 e 11.941/09 e com a criação do CPC em2005, produziu-se enorme conjunto de novas normas, aprovadas pelaCVM e pelo CFC e outros órgãos reguladores, agora com a convergênciacompleta às normas internacionais de contabilidade (IASB).

Introdução

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• Globalização da Contabilidade:� Com a participação do CFC estas normas, que antes atingiam apenas associedades anônimas e limitadas de grande porte, passam a ser praticadaspor praticamente todas as entidades com fins lucrativos no Brasil.

� A transação global de mercadorias, de serviços, de tecnologia, dedinheiro na forma de empréstimos ou de investimentos, etc. faz com queseja necessário que empresários brasileiros (inclusive pequenos e médios)saibam entender as demonstrações contábeis de clientes, fornecedores,potenciais investidores e outros interessados de outros países; e a recíproca

Introdução

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potenciais investidores e outros interessados de outros países; e a recíprocaé verdadeira: é obrigatório que as nossas demonstrações sejam facilmenteentendidas e passíveis de análise por esses interessados no exterior.

� A confiança é fundamental no mundo dos negócios, e a confiança naqualidade das normas utilizadas para a elaboração das informaçõescontábeis faz parte do processo que ajuda na facilitação das operações, naredução do custo do capital, no interesse na própria negociação, etc.

• Globalização da Contabilidade:� Internacionalização das Normas de Auditoria:

� Em 2009 foram aprovadas as novas normas de auditoria editadaspelo CFC visando a padronização com as normas internacionais, editadaspela Federação Internacional de Contadores – IFAC (InternationalFederation of Accounting).

� As auditorias independentes de demonstrações financeiras de todas asempresas brasileiras com exercícios iniciados a partir de janeiro de2010 deverão obrigatoriamente ser desenvolvidas utilizando-se das

Introdução

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2010 deverão obrigatoriamente ser desenvolvidas utilizando-se dasnovas disposições que estão contidas nas novas Normas Brasileiras deAuditoria.

� Foram aprovadas 37 Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica deAuditoria Independente de Informação Contábil Histórica (NBC TA) e trêsNormas Brasileiras de Contabilidade Profissional do AuditorIndependente (NBC PA) que agora estão convergidas ao padrãointernacional.

� A padronização manteve inclusive a numeração original da IFAC.� foram alteradas todas as normas que dizem respeito aos procedimentosde auditoria, revogando-se todas as resoluções referentes àsNormas Brasileiras de Contabilidade – Técnicas (NBC-T).

• Características das Normas Internacionais:� São baseadas muito mais em princípios do que em regras: sãodetalhadas mas não têm necessariamente resposta para todas as dúvidas.Preocupam-se muito mais em dar a filosofia, os princípios básicos a seremseguidos pelo raciocínio contábil;

� São baseadas na Prevalência da Essência sobre a Forma: é necessário tercerteza de que a transação formal represente a essência econômica dosfatos registrados.

Introdução

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fatos registrados.

Os Desafios da Implantação dos Padrões Internacionais de Contabilidade

• DESAFIOS DOS IFRS• VISÃO DE MERCADO• VANTAGENS E DESVANTAGENS

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Os Desafios da Implantação dos Padrões Internacionais de Contabilidade

• Os desafios da convergência:� Complexidade de interpretação;� Capacitação dos profissionais e reformulação do sistema educacional;� Mudança de postura, foco no empresário ao invés do Fisco;� Baixo nível de conhecimento do idioma inglês pelos Contabilistas;� Maior julgamento dos profissionais contábeis do que as regras rígidas;� Reconhecimento do papel do Contabilista na gestão estratégica.

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• As oportunidades da convergência:� Maior valorização da profissão contábil;� Profissionais capazes de atuarem em qualquer organização no mundo;� Aplicabilidade de conhecimentos em vários setores (Auditoria, Controladoria,Escritórios Contábeis, Área Pública, Consultoria, Educação etc.);

� Abertura de mercados com leitura da Contabilidade na linguageminternacional facilita as negociações com os investidores e reduz o custo decaptação;

� Demonstrações financeiras mais transparentes.

Os Desafios da Implantação dos Padrões Internacionais de Contabilidade

• Normas Internacionais de Contabilidade:

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Reportagem Jornal“Valor Econômico”

(18/10/2010)

Os Desafios da Implantação dos Padrões Internacionais de Contabilidade

• Normas Internacionais de Contabilidade:

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Reportagem Jornal“Valor Econômico”

(18/10/2010)

Os Desafios da Implantação dos Padrões Internacionais de Contabilidade

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Os Desafios da Implantação dos Padrões Internacionais de Contabilidade

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• Menção em pesquisas sobre os maiores casos de fraudes

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Os Desafios da Implantação dos Padrões Internacionais de Contabilidade

• As grandes fraudes em contabilidade

• O Caso Enron� Enron - Após perceber que poderiam contabilizar os ganhos futuros comoreceita corrente a administração da Enron manipulava suas demonstraçõesinserindo nos balanços receitas inexistentes aumentando a lucratividade ecom isso faziam com que o preço das ações disparassem no mercadofinanceiro

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Como foi descoberto� Em 15 de agosto, o vice-presidente da Enron, escreveu uma carta anônimapara o mercado que sugeria que pessoas haviam saído devido aimpropriedades contábeis e outras ações ilegais. A carta questionou osmétodos contábeis da Enron, especificamente citando as transações dosRaptores.

� Mais tarde no mesmo mês, um corretor da UBS PaineWebber em Houston,enviou um e-mail para 73 clientes de investimentos dizendo que a Enronestava com problemas e advertindo-os a considerar venderem suas cotas

Os Desafios da Implantação dos Padrões Internacionais de Contabilidade

• As grandes fraudes em contabilidade

• O Caso Worldcom� Em um esforço para aumentar os rendimentos, a WorldCom reduziu omontante de dinheiro que possuía em reserva (para cobrir as dívidas eobrigações que a empresa tinha adquirido) em US$ 2,8 bilhões e colocoueste dinheiro em uma linha de rendimento em sua declaração financeira.Isto não foi o bastante para aumentar os lucros. Em 2000, a WorldComcomeçou classificar as despesas operacionais como capitais de investimento

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começou classificar as despesas operacionais como capitais de investimentode longo período. Esconder estas despesas foi a maneira como ela conseguiumais US$ 3,8 bilhões

Como foi descoberto� Depois que pistas foram enviadas para a equipe de auditoria interna eirregularidades de contabilidade foram encontradas nos livros da MCI, a SECsolicitou que a WorldCom fornecesse mais informações.

Os Desafios da Implantação dos Padrões Internacionais de Contabilidade

• As grandes fraudes em contabilidade

• O Caso Tyco� Pelo menos 40 executivos da Tyco tomaram empréstimos que depois foram"esquecidos" pelo programa de perdão de dívidas da Tyco, embora se digaque muitos não sabiam que o que estavam fazendo era errado. Subornotambém foi pago para aqueles que a empresa temia que "traíssem" osistema. Basicamente, eles esconderam suas ações ilegais para se manterfora dos livros de contabilidade e longe dos olhos dos acionistas e membros

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fora dos livros de contabilidade e longe dos olhos dos acionistas e membrosdo quadro

Como foi descoberto� Em 1999, o SEC começou uma investigação depois de uma análisereportando práticas de contabilidade questionáveis. Esta investigação duroude 1999 a 2000 e foi centrada em práticas contábeis para muitas aquisiçõesda empresa,

Os Desafios da Implantação dos Padrões Internacionais de Contabilidade

• As grandes fraudes em contabilidade

• O Caso Panamericano� Os diretores do Banco criaram lucros através de venda de carteira decréditos sem a devida baixa nos balanços

Como foi descoberto� Foi feita uma verificação pelo Banco Central que apurou uma série deinconsistências em créditos através do cruzamento de informações com

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inconsistências em créditos através do cruzamento de informações comoutras instituições financeiras

Os Desafios da Implantação dos Padrões Internacionais de Contabilidade

• Benefícios e Riscos da adoção do IFRS:� Empresas brasileiras que captam capital externo ou operam no exteriorprecisam preparar vários conjuntos de demonstrações financeiras paraobedecer aos princípios contábeis locais de diferentes países, o que pode seruma tarefa difícil e bastante onerosa.

� A possibilidade de adoção de um padrão contábil globalmente aceitoaumentou o interesse das empresas brasileiras em compreender (e aplicar)o IFRS e seus benefícios associados.Os principais benefícios podemos resumir como sendo: Padrão global,

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� Os principais benefícios podemos resumir como sendo: Padrão global,maior transparência, comparabilidade e eficiência são alguns dos benefíciosda adoção do IFRS:

• Para os agentes do sistema:� Investidores: Cada vez mais, os investidores estão à procura deinformações financeiras de alta qualidade e vêem o uso do IFRS como umaoportunidade de realizar uma comparação entre empresas de diversossetores globais, permitindo que os investidores tenham uma perspectivacomparativa cada vez mais eficaz dos resultados financeiros de diversasempresas.

Os Desafios da Implantação dos Padrões Internacionais de Contabilidade

� Mercados de capitais: A utilização de um único padrão de normascontábeis permite que empresas e investidores acessem mercadosmúltiplos ou estrangeiros com mais facilidade. Isso pode estimular osinvestimentos e facilitar o fluxo de capital entre os países.

� Empresas: A simplificação dos processos de divulgação de relatóriosfinanceiros por meio de uma padronização de normas em escala globaldeve eliminar sistemas de contabilidade divergentes e possibilitarmaior coerência das demonstrações, reduzindo os custos, aumentando aeficácia operacional e diminuindo a probabilidade de erros resultantes da má

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eficácia operacional e diminuindo a probabilidade de erros resultantes da máaplicação das normas.

Os Desafios da Implantação dos Padrões Internacionais de Contabilidade

• Nesse sentido, acredita-se que diretores financeiros, diretores executivos,comitês de auditoria e conselhos de administração devem avaliar os passos aseguir, em um esforço de compreensão do impacto do IFRS sobre suasempresas:� Avaliar qual a situação atual da empresa em relação ao IFRS;� Empresas brasileiras com transações internacionais devem ter maiormotivação para considerar a adoção do IFRS;

� Avaliar como os relatórios com base no IFRS irão impactar a organização,tendo em vista aspectos culturais, fiscais e a relativos à elaboração dos

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tendo em vista aspectos culturais, fiscais e a relativos à elaboração dosrelatórios financeiros;

� Analisar o custo-benefício da adoção do IFRS;� Desenvolver um plano de implementação do IFRS para uma conversãoefetiva e eficaz.

Os Desafios da Implantação dos Padrões Internacionais de Contabilidade

• O Brasil na convergência e o Planejamento para adoção do IFRS:� Os diretores financeiros devem ficar atentos às importantes tendênciascontábeis atuais, que trazem tanto oportunidades quanto riscos àempresa, principalmente em razão da subjetividade de avaliação doselementos que integram os balanços. Tendo avaliado os desafios e osbenefícios associados ao IFRS, algumas empresas, especialmente aquelasque operam globalmente, tomaram algumas medidas com relação aodesenvolvimento e à implementação de uma estratégia referente ao IFRSque já lhes permite se posicionar para o futuro.

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que já lhes permite se posicionar para o futuro.� A transição para o IFRS não inclui somente a mudança das políticascontábeis. Ela tem impacto em toda a organização, incluindo os sistemasde informação para preparação das Demonstrações financeiras, controlesinternos, impostos, tesouraria, gerenciamento de caixa, jurídico etc. Essaconversão requer mudanças que envolvem funcionários, processos esistemas, mas, se devidamente planejada e administrada, ela poderá trazermelhorias substanciais no desempenho das funções financeiras, noscontroles e reduzir os custos.

Os Desafios da Implantação dos Padrões Internacionais de Contabilidade

• O Brasil na convergência e o Planejamento para adoção do IFRS:� A Visão do mercado face a adoção dos IFRS de imediato nos proporciona oseguinte entendimento:

� As Vantagens ...� Balanços com valores mais próximos a realidade;� Padronização de critérios entre países;� Avaliação mais abrangente de riscos “ocultos”.

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� Avaliação mais abrangente de riscos “ocultos”.

� As Desvantagens...� Risco da Subjetividade de mensuração de valores;� Alto custo de implementação e gerenciamento.

A Adoção dos Padrões Internacionais de Contabilidade

• NORMATIZAÇÃO• ENTENDIMENTO• APLICABILIDADE

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A Adoção dos Padrões Internacionais de Contabilidade

• Os IFRS (International Financial Reporting Standards) são emitidas pelo IASB(International Accounting Standards Committee Board). Anteriormente asnormas eram emitidas pelo IASC (International Accounting StandardsCommittee) entituladas IAS (International Accounting Standards), que sãovalidadas até os dias atuais, exceto as já substituídas pelos IFRS’s;

• A Lei nº 11.638/07 determinou que as normas emitidas pela CVM estejam emconsonância com as normas internacionais de contabilidade, as quais são deadoção obrigatória pelas companhias abertas e de grande porte;

• A convergência das novas regras contábeis nacionais aos IFRS e IAS está sendo

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• A convergência das novas regras contábeis nacionais aos IFRS e IAS está sendoconduzida pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), através da emissãode pronunciamentos, que são aprovados por deliberações pela Comissão deValores Mobiliários (CVM) naquilo que se aplica às sociedades abertas e degrande porte. Com relação às demais empresas, o Conselho Federal deContabilidade (CFC) tem aprovado os pronunciamentos através de resoluções,tornando-os obrigatórios;

• A partir de 2010, as empresas estarão obrigadas a seguir as novas regras,sendo que algumas delas já se aplicam às demonstrações de 2009;

Principais Mudanças Ocasionadas pela Lei nº 11.638/07

• ASPECTOS CONTÁBEIS• ESTRUTURA DOS PRONUNCIAMENTOS• CORRELAÇÃO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS• TERMOS• CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

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Principais Mudanças Ocasionadas pela Lei nº 11.638/07

• A Lei 11.638/07, além de regulamentar a adoção das Normas Internacionais deContabilidade para as companhias abertas e de grande porte, veio a inserir ealterar, juntamente com a Lei 11.941/09, aspectos contábeis dispostos naLei 6.404/76, sendo estes os principais:� Substituição da DOAR pela DFC;� Inclusão da DVA no conjunto de demonstrações;� Mudança da estrutura das demonstrações contábeis;� Criação do subgrupo de conta “Intangível”;� Criação dos subgrupos de contas “Ajustes de Avaliação Patrimonial”, “Ações

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� Criação dos subgrupos de contas “Ajustes de Avaliação Patrimonial”, “Açõesem Tesouraria” e “Reserva de Incentivos Fiscais” no Patrimônio Líquido;

� Eliminação da “Reserva de Reavaliação” e da conta “Lucros Acumulados”, noPatrimônio Líquido;

� Classificação e avaliação do “Ativo Diferido”;� Eliminação da Reserva de Capital “Prêmio na Emissão de Debêntures”;� Classificação do “Ativo Imobilizado”;� Classificação dos “Instrumentos Financeiros”;� Ajuste a “Valor Presente”;� Incorporação, Fusão ou Cisão (combinação de empresas);� Equivalência Patrimonial;� Teste de Recuperabilidade de Ativos (Impairment);

Demais alterações inseridas através de Pronunciamentos

• Intangível;• Goodwill;• Investimento em Coligada e em Controlada;• Imobilizado;• Ajuste a Valor Presente;• Redução ao Valor Recuperável de Ativos;• Efeito nas Mudanças nas Taxas de Câmbio;• Partes Relacionadas;

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• Partes Relacionadas;• Subvenções Governamentais;• Pagamentos Baseados em Ações;• Divulgações por Segmento de Negócios;• PME.

CPC PME

• Descrição de pequenas e médias empresas:� As sociedades limitadas e demais sociedades comerciais, desde que nãoenquadradas pela Lei nº. 11.638/07 como sociedades de grande porte,também são tidas, para fins deste Pronunciamento, como pequenas emédias empresas.

� Portanto, podemos concluir que em consonância com a NBC T 19.41, sãopequenas e médias empresas todas aquelas que não têm obrigaçãode dar publicidade ampla a prestação de contas e que não seenquadram como sociedades de grande porte. Um vez que tem o dever de

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enquadram como sociedades de grande porte. Um vez que tem o dever dedar publicidade aos seus sócios.

CPC PME

• Resumo do CPC PME:� Trata-se de um documento que se salienta fortemente por sua linguagembem mais acessível e por resumir a praticamente 10% o volume total depáginas quando comparado com os IFRSs, além do mais, contém diversas(não muitas) simplificações:� Não trata de informações por segmento, demonstrações contábeisintermediárias, lucro por ação, ativos mantidos para venda;

� Instrumentos Financeiros: realizadas algumas simplificações:

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� Por exemplo: Algumas classificações para instrumentos financeirosforam excluídas:disponível para venda, mantido até o vencimento eopção de valor justo (fair value option). Portanto, para instrumentosfinanceiros, têm-se apenas duas opções ao invés de quatro. Osinstrumentos financeiros que atenderem aos critérios especificadosdevem ser mensurados pelo custo ou custo amortizado. Todos osoutros instrumentos financeiros devem ser mensurados pelo valorjusto por meio do resultado. Essa mudança foi realizada de modo asimplificar a classificação e aumentar a comparabilidade.

CPC PME

� Imobilizado: o valor residual, a vida útil e o método de depreciaçãonecessitam ser revistos apenas quando existir uma indicação relevantede alteração, isto é, não necessitam ser revistos anualmente. Não éexigida a mensuração dos ativos biológicos pelo valor justo quandodemandar custo e/ou esforço excessivo para sua mensuração, podendoser mensurado pelo modelo de custo;

� Intangível: o valor residual, a vida útil e o método de depreciaçãonecessitam ser revistos apenas quando existir uma indicação relevantede alteração, isto é, não necessitam ser revistos anualmente. Todos os

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de alteração, isto é, não necessitam ser revistos anualmente. Todos osintangíveis precisam ser amortizados, inclusive o ágio;

� Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento: todos os gastos são despesas,não são ativados em nenhum caso;

� Custos dos empréstimos: são reconhecidos como despesa no resultado,nunca são ativados;

� Divulgações Reduzidas.

• Pronunciamentos:� Regularizam, interpretam e Padronizam as Normas e Padrões Contábeisa serem adotadas pelas empresas, fazendo a intermediação dos órgãosreguladores com os representantes dos diversos segmentos do mercadobrasileiro, pois todos os pronunciamentos Técnicos do CPC foram submetidosa audiências públicas.

Estrutura Atual dos Pronunciamentos Contábeis

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• Retificações:� Objetivo:

� Adequam as normas Nacionais de contabilidade com asInternacionais.

� Pronunciamentos Retificados:� CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos;� CPC 02 (R2) – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio Conversão dasDemonstrações Contábeis;

Estrutura Atual dos Pronunciamentos Contábeis

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Demonstrações Contábeis;� CPC 03 (R2) – Demonstração dos Fluxos de Caixa;� CPC 05 (R1) – Divulgação sobre Partes Relacionadas;� CPC 16 (R1) – Estoques;� CPC 36 (R1) – Demonstrações Consolidadas.

• Interpretações:� Objetivo: Esclarecem com mais detalhes os CPCs.

� Emitidos:� ICPC 01 – Contratos de Concessão;� ICPC 02 – Contratos de Construção do Setor Imobiliário;� ICPC 03 – Aspectos Complementares das Operações de ArrendamentoMercantil;

� ICPC 04 – Alcance do CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações;� ICPC 05 – CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações – Transações de Ações do

Estrutura Atual dos Pronunciamentos Contábeis

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� ICPC 05 – CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações – Transações de Ações doGrupo e em Tesouraria;

� ICPC 06 – Hedge de Investimento Líquido em Operação no Exterior;� ICPC 07 – Distribuição de Lucros in Natura;� ICPC 08 – Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos;� ICPC 09 – Demonstrações Contábeis Individuais, Separadas, Consolidadas eAplicação do MEP;

� ICPC 10 – Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e Propriedade paraInvestimento;

� ICPC 11 – Recebimento em Transferência de Ativos de Clientes;� ICPC 12 – Mudanças em Passivos por Desativação, Restauração e OutrosPassivos Similares;

� ICPC 13 – Direitos a Partic. Decorrentes de Fundos de Desativação,Restauração e Reabilitação Ambiental;

� ICPC 15 – Passivo Decorrente de Partic. em um Mercado Específico –Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos

• Orientações:� Objetivo:

� No intuito de dar transparência à posição do Comitê de PronunciamentosContábeis em alguns assuntos que têm provocado dúvidas junto aprofissionais de contabilidade, administradores de empresas, auditoresindependentes, etc., as Orientações vem a público para esclarecer deforma mais técnica alguns pontos quanto aos seus Pronunciamentosemitidos até este momento.

Estrutura Atual dos Pronunciamentos Contábeis

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� Emitidos:� OCPC 01 (R1) – Entidades de Incorporação Imobiliária;� OCPC 02 – Esclarecimentos sobre as Demonstrações Contábeis de 2008;� OCPC 03 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração eEvidenciação;

Estrutura Atual dos Pronunciamentos Contábeis

• Pronunciamentos contábeis internacionais e sua relação com os novosprocedimentos contábeis brasileiros (aprovados):

IAS / IFRS CPC CVM CFC Descrição Andamento

-Estrutura Conceitual

Deliberação 539/08

NBC T 1, Res. 1.121/08Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis

Aprovado

IAS 01 CPC 26Deliberação 595/09

NBC T 19.27, Res. 1.185/09

Apresentação das Demonstrações Contábeis Aprovado

IAS 02 CPC 16 (R1)Deliberação 575/09

NBC T 19.20, Res. 1.170/09

Estoques Aprovado

IAS 07 CPC 03 (R2)Deliberação 641/10

NBC T 3.8, Res. 1.296/10

Demonstração dos Fluxos de Caixa Aprovado

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IAS 07 CPC 03 (R2)641/10 1.296/10

Demonstração dos Fluxos de Caixa Aprovado

IAS 08 CPC 23Deliberação 592/09

NBC T 19.11, Res. 1.179/09

Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro

Aprovado

IAS 10 CPC 24Deliberação 593/09

NBC T 19.12, Res. 1.184/09

Evento Subsequente Aprovado

IAS 11 CPC 17Deliberação 576/09

NBC T 19.21, Res. 1.171/09

Contratos de Construção Aprovado

IAS 12 CPC 32Deliberação 599/09

NBC T 19.2, Res. 1.189/09

Tributos sobre o Lucro Aprovado

IAS 16 CPC 27Deliberação 583/09

NBC T 19.1, Res. 1.177/09

Ativo Imobilizado Aprovado

IAS 17 CPC 06Deliberação 554/08

NBC T 10.2, Res. 1.141/08

Operações de Arrendamento Mercantil Aprovado

IAS 18 CPC 30Deliberação 597/09

NBC T 19.30, Res. 1.187/09

Receitas Aprovado

IAS 19 CPC 33Deliberação 600/09

NBC T 19.31, Res. 1.193/09

Benefícios a Empregados Aprovado

IAS 20 CPC 07Deliberação 555/08

NBC T 19.4, Res. 1.143/08

Subvenção e Assistência Governamentais Aprovado

Estrutura Atual dos Pronunciamentos Contábeis

• Pronunciamentos contábeis internacionais e sua relação com os novosprocedimentos contábeis brasileiros (aprovados):

IAS / IFRS CPC CVM CFC Descrição Andamento

IAS 21 CPC 02 (R2)Deliberação 640/10

NBC T 7, Res. 1.295/10Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão das Demonstrações Contábeis

Aprovado

IAS 23 CPC 20Deliberação 577/09

NBC T 19.22, Res. 1.172/09

Custos de Empréstimos Aprovado

IAS 24 CPC 05 (R1)Deliberação 642/10

NBC T 17, Res. 1.297/10

Divulgação sobre Partes Relacionadas Aprovado

IAS 27 CPC 35Deliberação 607/09

NBC T 19.35, Res. 1.239/09

Demonstrações Separadas Aprovado

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IAS 27 CPC 35607/09 1.239/09

Demonstrações Separadas Aprovado

IAS 27 CPC 36 (R1)Deliberação 608/09

NBC T 19.36, Res. 1.240/09

Demonstrações Consolidadas Aprovado

IAS 28 CPC 18Deliberação 605/09

NBC T 19.37, Res. 1.241/09

Investimento em Coligada e em Controlada Aprovado

IAS 31 CPC 19Deliberação 606/09

NBC T 19.38, Res. 1.242/09

Investimento em Empreendimento Controlado em Conjunto (Joint Venture)

Aprovado

IAS 32 CPC 39Deliberação 604/09

NBC T 19.33, Res. 1.197/09

Instrumentos Financeiros: Apresentação Aprovado

IAS 34 CPC 21Deliberação 581/09

NBC T 19.24, Res. 1.174/09

Demonstração Intermediária Aprovado

IAS 36 CPC 01 (R1)Deliberação 639/10

NBC T 19.10, Res. 1.292/10

Redução ao Valor Recuperável de Ativos Aprovado

IAS 37 CPC 25Deliberação 594/09

NBC T 19.7, Res. 1.180/09

Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

Aprovado

IAS 38 CPC 04Deliberação 553/08

NBC T 19.8, Res. 1.139/08 e 1.140/08

Ativo Intangível Aprovado

IAS 39 CPC 38Deliberação 604/09

NBC T 19.32, Res. 1.196/09

Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração

Aprovado

Estrutura Atual dos Pronunciamentos Contábeis

• Pronunciamentos contábeis internacionais e sua relação com os novosprocedimentos contábeis brasileiros (aprovados):

IAS / IFRS CPC CVM CFC Descrição Andamento

IAS 39 partes

CPC 08Deliberação 556/08

NBC T 19.14, Res. 1.142/08

Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Tít. e Valores Mobiliários

Aprovado

IAS 40 CPC 28Deliberação 584/09

NBC T 19.26, Res. 1.178/09

Propriedade para Investimento Aprovado

IAS 41 CPC 29Deliberação 596/09

NBC T 19.29, Res. 1.186/09

Ativo Biológico e Produto Agrícola Aprovado

IFRS 01 CPC 37Deliberação 609/09

NBC T 19.39, Res. 1.253/09

Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade

Aprovado

40

IFRS 01 CPC 37609/09 1.253/09 Contabilidade

Aprovado

IFRS 01 CPC 43Deliberação 610/09

NBC T 19.40, Res. 1.254/09

Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40

Aprovado

IFRS 02 CPC 10Deliberação 562/08

NBC T 19.15, Res. 1.149/09

Pagamento Baseado em Ações Aprovado

IFRS 03 CPC 15Deliberação 580/09

NBC T 19.23, Res. 1.175/09

Combinação de Negócios Aprovado

IFRS 04 CPC 11Deliberação 563/08

NBC T 19.16, Res. 1.150/09

Contratos de Seguro Aprovado

IFRS 05 CPC 31Deliberação 598/09

NBC T 19.28, Res. 1.188/09

Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada

Aprovado

IFRS 07 CPC 40Deliberação 604/09

NBC T 19.34, Res. 1.198/09

Instrumentos Financeiros: Evidenciação Aprovado

IFRS 08 CPC 22Deliberação 582/09

NBC T 19.25, Res. 1.176/09

Informações por Segmento Aprovado

Interpretação de Termos

• Fair Value (Valor Justo):� Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser trocado ou um passivopode se liquidado entre partes independentes, interessadas econhecedoras do mercado.

• Impairment (Recuperabilidade):� A entidade deve avaliar, pelo menos a cada fim de exercício, indicações nosativos que tenham indícios de desvalorização. Caso o mesmo secomprove, é necessário cálculos para estimativa da redução ao valorrecuperável do ativo.

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recuperável do ativo.• Stock Options:

� Termo estrangeiro que significa método - distribuição de ações - pelo qualuma S/A garante a funcionários importantes a oportunidade de investir.

• Framework:� Estrutura para a Apresentação e Preparação das DemonstraçõesFinanceiras.

• Goodwill:� Ágio por expectativa de rentabilidade futura.

• Deemed Cost:� Custo atribuído.

Critérios de Avaliação dos IFRS

• Contas a Receber� O valor dos títulos menos estimativas de perdas para reduzi-los ao valorprovável de realização.

• Aplicações em instrumentos financeiros e em direitos e títulos de crédito(temporário)� Pelo valor justo ou pelo custo amortizado (valor inicial acrescidosistematicamente dos juros e outros rendimentos cabíveis), neste caso

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sistematicamente dos juros e outros rendimentos cabíveis), neste casoajustado ao valor provável de realização, se este for menor.

• Estoques� Ao custo de aquisição ou de fabricação, reduzido por estimativas de perdaspara ajustá-lo ao preço de mercado, quando este for inferior. Nosprodutos agrícolas e em certas commodities, ao valor justo.

• Ativo Imobilizado� Ao custo de aquisição deduzido da depreciação, pelo desgaste ou perdade utilidade ou amortização ou exaustão. Periodicamente deve ser feitaanálise sobre a recuperação dos valores registrados. Os ativos biológicos,ao valor justo.

Critérios de Avaliação dos IFRS

• Investimentos Relevantes em Coligadas e Controladas (incluindo Joint Ventures)� Pelo método de equivalência patrimonial, ou seja, com base no valor dopatrimônio líquido da coligada ou controlada proporcionalmente àparticipação acionária. Quando de controladas, obrigatória a consolidação;quando de joint ventures, a consolidação proporcional.

• Outros Investimentos Societários� Igual aos instrumentos financeiros, não pode mais ao custo.

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� Igual aos instrumentos financeiros, não pode mais ao custo.

• Outros Investimentos� Ao custo menos estimativas para reconhecimento de perdas permanentes.Se propriedade para investimento, pode ser ao valor justo.

• Intangível� Pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta deamortização, quando aplicável, ajustado ao valor recuperável se este formenor.

Critérios de Avaliação dos IFRS

• Exigibilidades� Pelos valores conhecidos ou calculáveis para as obrigações, encargos eriscos, incluindo o Imposto de Renda e dividendos obrigatórios propostos.Para certos instrumentos financeiros, como a maioria dos empréstimos efinanciamentos sujeitos a atualização monetária ou pagáveis em moedaestrangeira, pelos valores atualizados até a data do balanço aajustados por demais encargos, como juros (custo amortizado). Para certosoutros instrumentos financeiros, pelo valor justo.

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• Patrimônio Líquido� Valor residual composto por dois grandes conjuntos: transações com ossócios (divididas em capital e reservas de capital), e resultadosabrangentes (estes últimos divididos em reservas de lucros, ou prejuízosacumulados, e outros resultados abrangentes). Mas não têm critério própriode avaliação, dependendo dos critérios de avaliação atribuídos aos ativos epassivos.

Estrutura Conceitual Para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis

• CVM – Deliberação nº 539/08 e CFC – NBC T 1, Resolução nº 1.121/08;

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Estrutura Conceitual Para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis

• Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade − “Estrutura para aPreparação e a Apresentação das Demonstrações Contábeis” (Framework for thePreparation and Presentation of Financial Statements) − (IASB).

• O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações sobre aposição patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças naposição financeira da entidade.

• Regime contábil de competência, com o pressuposto de que a entidadecontinuará em operação no futuro previsível.As quatro principais características qualitativas são: compreensibilidade,

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• As quatro principais características qualitativas são: compreensibilidade,relevância, confiabilidade e comparabilidade.

• Reconhecimento dos Ativos, passivos Receitas e despesas.• Bases de Mensuração dos elementos das demonstrações contábeis:

� Custo histórico; Custo corrente; Valor realizável (valor de realização ou deliquidação);

� Valor presente;� Manutenção do capital financeiro;� Manutenção do capital físico.

• IAS 01;• CVM (Deliberação nº. 595/09) e CFC (NBC T 19.27, Resolução nº. 1.185/09);

CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis

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CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis

• Objetivo:� Definir a base para a apresentação de demonstrações contábeis,inclusive as separadas e consolidadas, para assegurar a comparabilidadetanto com as demonstrações contábeis de períodos anteriores da mesmaentidade quanto com as demonstrações contábeis de outras entidades.

• Definições:� Demonstrações contábeis de propósito geral (referidas simplesmente comodemonstrações contábeis) são aquelas cujo propósito reside no atendimentodas necessidades informacionais de usuários externos que não se

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das necessidades informacionais de usuários externos que não seencontram em condições de requerer relatórios especificamente planejadospara atender às suas necessidades peculiares.

� Práticas contábeis brasileiras compreendem a legislação societáriabrasileira, os Pronunciamentos, as Interpretações e as Orientações emitidospelo CPC e homologados pelos órgãos reguladores, e práticas adotadas pelasentidades em assuntos não regulados, desde que atendam aoPronunciamento Conceitual Básico Estrutura Conceitual para a Elaboração eApresentação das Demonstrações Contábeis emitido pelo CPC e, porconseguinte, em consonância com as normas contábeisinternacionais.

CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis

� Outros resultados abrangentes compreendem itens de receita e despesa(incluindo ajustes de reclassificação) que não são reconhecidos nademonstração do resultado. Incluem:� variações na reserva de reavaliação quando permitidas legalmente;� ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício;� ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações contábeis deoperações no exterior;

� ajuste de avaliação patrimonial relativo aos ganhos e perdas na

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� ajuste de avaliação patrimonial relativo aos ganhos e perdas naremensuração de ativos financeiros disponíveis para venda;

� ajuste de avaliação patrimonial relativo à efetiva parcela de ganhos ouperdas de instrumentos de hedge em hedge de fluxo de caixa.

� Proprietário é o detentor de instrumentos classificados como patrimoniais(de capital próprio, no patrimônio líquido).

� Resultado do período é o total das receitas deduzido das despesas,exceto os itens reconhecidos como outros resultados abrangentes nopatrimônio líquido.

� Ajuste de reclassificação é o valor reclassificado para o resultado noperíodo corrente que foi inicialmente reconhecido como outros resultadosabrangentes no período corrente ou em período anterior.

CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis

� Resultado abrangente é a mutação que ocorre no patrimônio líquido duranteum período que resulta de transações e outros eventos que não derivadosde transações com os sócios na sua qualidade de proprietários.compreende todos os componentes da “demonstração do resultado” e da“demonstração dos outros resultados abrangentes”.

• Resumo:� Um conjunto completo de demonstrações contábeis inclui, como regra:

� o balanço patrimonial;

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� a demonstração do resultado;� a demonstração do resultado abrangente;� a demonstração das mutações do patrimônio líquido;� a demonstração dos fluxos de caixa;� a demonstração do valor adicionado quando exigida legalmente; e� as notas explicativas.

� As demonstrações contábeis devem ser identificadas claramente edistinguidas de outras informações e demonstrações divulgadas nomesmo documento.

CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis

� As demonstrações contábeis devem ser apresentadas pelo menosanualmente e devem apresentar apropriadamente a posição patrimonial efinanceira, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa da entidade.

� A entidade deve apresentar os ativos e os passivos segregados emcirculantes e não circulantes exceto quando uma apresentação baseadana liquidez proporcionar informação confiável e mais relevante, como é ocaso de certas instituições financeiras. Os tributos diferidos ativos e passivosnão devem ser classificados entre os valores circulantes.

� A participação dos não-controladores deve ser apresentada como parte

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� A participação dos não-controladores deve ser apresentada como partedo patrimônio líquido no balanço consolidado, após o subtotal do patrimôniolíquido dos proprietários da entidade controladora. O resultado do período eo resultado abrangente do período devem evidenciar a parcela dosproprietários da entidade controladora e a parcela dos não controladores.

� A demonstração do resultado abrangente deve, no mínimo, incluir asseguintes rubricas: o resultado líquido do período, cada item dos outrosresultados abrangentes classificados conforme sua natureza, a parcela dosoutros resultados abrangentes de empresas investidas reconhecida por meiodo método de equivalência patrimonial; e o resultado abrangente. Em suma,essa demonstração abrange todas as mutações do patrimônio líquido quenão sejam representadas pelas operações entre os proprietários agindonessa condição de proprietários e a entidade.

CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis

� A demonstração do resultado abrangente pode ser apresentadaseparadamente ou dentro das mutações do patrimônio líquido.

� A entidade deve divulgar, no resumo das políticas contábeis significativasou outras notas, os julgamentos exercidos na elaboração dasdemonstrações contábeis, os principais pressupostos relativos ao futuro,as principais fontes da incerteza das estimativas à data do balançopatrimonial que ensejem risco significativo de provocar modificação materialno próximo exercício nos valores consignados nas demonstrações contábeis.

� As notas explicativas devem apresentar as informações requeridas pelos

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� As notas explicativas devem apresentar as informações requeridas pelosPronunciamentos Técnicos, Orientações e Interpretações aplicados que nãotenham sido apresentadas nas demonstrações contábeis, proverinformação adicional que seja relevante para sua compreensão,passivos contingentes e compromissos contratuais não reconhecidos,divulgações não financeiras, o domicílio e a forma jurídica da entidade,descrição da natureza das operações da entidade e das suas principaisatividades; nome da entidade controladora e a entidade controladora dogrupo em última instância e todas as demais notas exigidas legalmente enormativamente.

Estrutura Conceitual Para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis

Balanço Patrimonial(nova composição do ativo)

CIRCULANTE

DISPONIBILIDADES

DIREITOS REALIZÁVEIS ATÉ O EXERCÍCIO SEGUINTE(-) AJUSTES A VALOR PRESENTE

DESPESAS EXERCÍCIO SEGUINTE

NÃO CIRCULANTE

DIREITOS REALIZÁVEIS APÓS O EXERCÍCIO SEGUINTE

CRÉDITOS COM PESSOAS LIGADAS

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CRÉDITOS COM PESSOAS LIGADAS

IMOVEIS PARA REVENDA

INVESTIMENTOS (+) AGIO SOBRE EXPECTATIVA RENT. FUTURA

IMOBILIZADO

(-) DEPRECIAÇÃO,AMORTIZÁCÃO OU EXAUSTÃO ACUMULADA

INTANGÍVEL

(-) AMORTIZAÇÃO ACUMULADA

DIFERIDO

(-) AMORTIZAÇÃO ACUMULADA

LEI 11.638 /07 – ART.1º

Estrutura Conceitual Para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis

Balanço Patrimonial(nova composição do Passivo)

CIRCULANTE

EXIGIBILIDADES (OBRIGAÇÕES VENCÍVEIS NO EXERCÍCIO SEGUINTE)

NÃO CIRCULANTE

EXIGIBILIDADES (OBRIGAÇÕES VENCÍVEIS EM PRAZO MAIOR)

PATRIMONIO LÍQUIDO

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CAPITAL SOCIAL

RESERVAS DE CAPITAL

AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

RESERVAS DE LUCROS

AÇÕES/QUOTAS EM TESOURARIA

PREJUÍZOS ACUMULADOS

LEI 11638/07 – ART.1º

Estrutura Conceitual Para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis

Demonstração de resultados(nova composição da DRE)

RECEITA DE VENDAS

(-) TRIBUTOS

(-) AJUSTE A VALOR PRESENTE

RECEITA LIQUIDA

(-) CUSTOS

RESULTADO OPERACIONAL BRUTO

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(-) DESPESAS OPERACIONAIS

(+) RESULTADO FINANCEIRO

RESULTADO OPERACIONAL

(+) PREMIOS NA EMISSÃO DEBENTURES

(+) SUBVENÇOES

RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO

(-) IRPJ/CS

RESULTADO LIQUIDO

LEI 11638/07 – ART.1º

CPC 16 (R1) – Estoques

• IAS 02;• CVM (Deliberação nº. 575/09) e CFC (NBC T 19.20 – Resolução nº. 1.170/09);

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CPC 16 (R1) – Estoques

• Objetivo:� Determinar a forma de avaliação dos estoques adquiridos para revenda,dos mantidos para consumo ou utilização industrial ou na prestação deserviços, dos em processamento e dos produtos acabados prontos para avenda.

• Definições:� Estoques são ativos:

�mantidos para venda no curso normal dos negócios;

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�mantidos para venda no curso normal dos negócios;� em processo de produção para venda; ou� na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos outransformados no processo de produção ou na prestação de serviços.

� Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dosnegócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastosestimados necessários para se concretizar a venda.

CPC 16 (R1) – Estoques

• Mensuração:� Devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizávellíquido, dos dois o menor. Neles se incluem todos os custos de aquisição,de transformação e outros incorridos para trazer os estoques à sua condiçãoe localização atuais. Por isso, devem compreender o preço de compra, osimpostos de importação e outros tributos (que não sejam aquelesposteriormente recuperáveis pela empresa), custos de transporte, seguro,manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtosacabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros

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acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outrositens semelhantes devem ser deduzidos do preço na determinação do custode aquisição.

• Resumo:� Os custos de estoques fabricados ou em processo de fabricação sãoaqueles diretamente relacionados com as unidades produzidas oucom as linhas de produção, tais como mão-de-obra direta e matéria-prima, eincluem também a alocação sistemática de custos indiretos de produçãofixos e variáveis que sejam incorridos para transformar os materiais emprodutos acabados ou para a prestação de serviços.

CPC 16 (R1) – Estoques

� A alocação de custos indiretos fixos às unidades produzidas deve serbaseada no volume normal de produção, levando-se em consideração a não-utilização da capacidade total. Os custos fixos relativos à capacidadenão-utilizada em função de volume de produção inferior ao normal devemser registrados como despesas no período em que são incorridos.

� O custo-padrão pode ser utilizado para a avaliação de estoques desde queseja estabelecido com base em níveis normais de eficiência e de volume deprodução, seja revisado periodicamente ou quando houver mudança dascondições de produção, e desde que seus valores reflitam aproximadamente

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condições de produção, e desde que seus valores reflitam aproximadamenteo custo real.

CPC 03 (R2) – Demonstrações dos Fluxos de Caixa

• IAS 07;• CVM (Deliberação CVM nº. 641/10) e CFC (NBC T 3.8 - Resolução CFC nº.1.296/10);

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CPC 03 (R2) – Demonstrações dos Fluxos de Caixa

• Objetivo:� Exigir o fornecimento de informação acerca das alterações históricasde caixa e equivalentes de caixa de uma entidade por meio de umademonstração que classifique os fluxos de caixa durante os períodosprovenientes das atividades operacionais, de investimento e definanciamento.

• Definições:� Caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis.

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� Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de altaliquidez, que são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixae que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.

� Fluxos de caixa são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa.� Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita daentidade e outras atividades que não são de investimento e tampouco definanciamento.

� Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativosde longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes decaixa.

� Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças notamanho e na composição do capital próprio e no capital de terceiros daentidade.

CPC 03 (R2) – Demonstrações dos Fluxos de Caixa

• Atividades Operacionais:� O montante dos fluxos de caixa decorrentes das atividades operacionais é oindicador-chave da extensão em que as operações da entidade têm geradosuficientes fluxos de caixa para amortizar empréstimos, manter acapacidade operacional da entidade, pagar dividendos (ou juros sobre ocapital próprio, que no Brasil se assemelham a dividendos) e fazer novosinvestimentos sem recorrer a fontes externas de financiamento.

� A entidade deve divulgar os fluxos de caixa das atividades operacionais,usando:

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usando:� o método direto, segundo o qual as principais classes de recebimentosbrutos e desembolsos brutos são apresentadas; ou

� o método indireto, segundo o qual o lucro líquido ou prejuízo éajustado pelos efeitos de:

�mudanças ocorridas no período nos estoques e nas contasoperacionais a receber e a pagar;

� itens que não afetam o caixa; e� todos os outros itens cujos efeitos sobre o caixa sejam fluxos decaixa decorrentes das atividades de investimento ou definanciamento.

CPC 03 (R2) – Demonstrações dos Fluxos de Caixa

• Atividades de Investimento:� Representam a extensão em que dispêndios de recursos são feitos pelaentidade com a finalidade de gerar receitas e fluxos de caixa no futuro.

• Atividades de financiamento:� É importante por ser útil para prever as exigências sobre futuros fluxosde caixa pelos fornecedores de capital à entidade.

• Fluxos de caixa em moeda estrangeira� Os fluxos de caixa decorrentes de transações em moeda estrangeira devem

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� Os fluxos de caixa decorrentes de transações em moeda estrangeira devemser registrados na moeda funcional da entidade, convertendo-se omontante em moeda estrangeira à taxa cambial na data de cada fluxo decaixa.

CPC 03 (R2) – Demonstrações dos Fluxos de Caixa

• Juros e dividendos:� Os fluxos de caixa referentes a juros e dividendos ou juros sobre o capitalpróprio recebidos e pagos devem ser apresentados separadamente.

� Não há consenso sobre a classificação desses fluxos de caixa. Os jurospagos e recebidos e os dividendos (ou juros sobre o capital próprio)recebidos podem ser classificados como fluxos de caixa operacionais, porqueeles entram na determinação do lucro líquido ou prejuízo. Alternativamente,os juros pagos e os juros e dividendos (ou juros sobre o capital próprio)recebidos podem ser classificados como fluxos de caixa de financiamento e

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recebidos podem ser classificados como fluxos de caixa de financiamento efluxos de caixa de investimento, respectivamente, porque são custos deobtenção de recursos financeiros ou retorno sobre investimentos.

• Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido:� Os fluxos de caixa referentes ao imposto de renda e contribuição socialsobre o lucro líquido devem ser apresentados separadamente comofluxos de caixa das atividades operacionais, a menos que possam serespecificamente relacionados com atividades de financiamento e deinvestimento.

CPC 03 (R2) – Demonstrações dos Fluxos de Caixa

• Investimentos em Controladas, Coligadas e Empreendimentos em Conjunto(Joint Ventures):� Quando a contabilização do investimento baseia-se no método daequivalência patrimonial ou no método de custo, a entidade investidora ficalimitada a apresentar, na demonstração do fluxo de caixa, os fluxos de caixaentre a própria entidade investidora e a entidade na qual participe,representados, por exemplo, por dividendos e por adiantamentos.

• Transações que não envolvem caixa ou equivalentes de caixa:Transações de investimento e financiamento que não envolvem o uso de

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� Transações de investimento e financiamento que não envolvem o uso decaixa ou equivalentes de caixa não devem ser incluídas na demonstraçãodos fluxos de caixa.

• Componentes de caixa e equivalentes de caixa:� A entidade deve divulgar os componentes de caixa e equivalentes de caixa edeve apresentar uma conciliação dos valores em sua demonstração dosfluxos de caixa com os respectivos itens contabilizados no balançopatrimonial.

CPC 03 (R2) – Demonstrações dos Fluxos de Caixa

• Exemplo de DFC da Companhia BETA em 31/12/2009:� Saldo Inicial das Disponibilidades: 150� Fluxos das Operações:

� (+) Recebimento de Vendas 2.700� (-) Pagamento de Compras (1.450)� (-) Pagamento de Despesas Operacionais (900)� (=) Caixa Gerado pelas Operações 350

� Fluxos dos Financiamentos:

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� Fluxos dos Financiamentos:� (+) Empréstimos Bancários 200� (-) Amortização de Financiamentos (400)� (=) Caixa Gerado pelos Financiamentos (200)

� Fluxos dos Investimentos:� Aquisição de novos Investimentos (200)� (=) Caixa Gerado pelos Investimentos (200)

� Variação Total das Disponibilidades: (50)� Saldo Final das Disponibilidades: 100

CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erro

• IAS 08;• CVM – Deliberação CVM nº 592/09 e CFC – NBC T 19.11, Resolução nº1.179/09;

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CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erro

• Objetivo:� Definir os critérios para a seleção, alteração e divulgação de políticascontábeis, para as alterações nas estimativas contábeis e para asretificações de erros. Melhorar a relevância e a confiabilidade dasdemonstrações contábeis de uma entidade e sua comparabilidade ao longodo tempo e com as demonstrações contábeis de outras entidades.

• Definições:� Políticas contábeis são os princípios, as bases, as convenções, as regras e aspráticas específicas aplicados pela entidade na elaboração e na apresentação

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práticas específicas aplicados pela entidade na elaboração e na apresentaçãode demonstrações contábeis.

� Mudança na estimativa contábil é um ajuste nos saldos contábeis de ativo oude passivo, ou nos montantes relativos ao consumo periódico de ativo, quedecorre da avaliação da situação atual e das obrigações e dos benefíciosfuturos esperados associados aos ativos e passivos.

� Omissão material ou incorreção material é a omissão ou a informaçãoincorreta que puder, individual ou coletivamente, influenciar as decisõeseconômicas que os usuários das demonstrações contábeis tomam com basenessas demonstrações. A materialidade depende da dimensão e da naturezada omissão ou da informação incorreta julgada à luz das circunstâncias àsquais está sujeita.

CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erro

� Erros de períodos anteriores são omissões e incorreções nas demonstraçõescontábeis da entidade de um ou mais períodos anteriores decorrentes dafalta de uso, ou uso incorreto, de informação confiável que:� estava disponível quando da autorização para divulgação dasdemonstrações contábeis desses períodos; e

� pudesse ter sido razoavelmente obtida e levada em consideração naelaboração e na apresentação dessas demonstrações contábeis.

• Políticas Contábeis:

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� Nesse cenário, a seguinte hierarquia de fontes de informação paraseleção e adoção de políticas contábeis deverá ser utilizada no exercício dojulgamento referido:� os requisitos e a orientação dos Pronunciamentos, Interpretações eOrientações que tratem de assuntos semelhantes e relacionados;

� as definições, os critérios de reconhecimento e os conceitos demensuração para ativos, passivos, receitas e despesas contidos naPronunciamento Conceitual Básico Estrutura Conceitual para aElaboração e Apresentação de Demonstrações Contábeis emitido peloCPC;

� Podem também ser consideradas as mais recentes posições técnicasassumidas por outros órgãos normatizadores contábeis que usem umaestrutura conceitual semelhante à do CPC.

CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erro

� A entidade deve alterar uma política contábil apenas se a alteração:� for exigida por um Pronunciamento, uma Interpretação ou umaOrientação; ou

� permitir que as demonstrações contábeis proporcionem informaçãoconfiável e mais relevante sobre os efeitos das transações, outroseventos ou condições na posição patrimonial e financeira, nodesempenho financeiro ou nos fluxos de caixa da entidade.

• Mudança na Estimativa Contábil:� As alterações nas estimativas contábeis resultam de nova informação ou

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� As alterações nas estimativas contábeis resultam de nova informação oumaior experiência e, portanto, não são correções de erros.

• Erros de Períodos Anteriores:� Erros de períodos anteriores são omissões e incorreções nasdemonstrações contábeis da entidade de um ou mais períodos anterioresdecorrentes da falta de uso, ou uso incorreto, de informação confiável que:� estava disponível quando as demonstrações contábeis desses períodosforam autorizadas para divulgação; e

� poderia ter sido razoavelmente obtida e levada em consideração napreparação e apresentação dessas demonstrações contábeis.

� Tais erros incluem os efeitos de erros matemáticos, erros na aplicação depolíticas contábeis, descuidos ou interpretações incorretas de fatos efraudes.

CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erro

� A não ser que seja impraticável determinar ou os efeitos específicos de umperíodo ou o efeito cumulativo do erro, a entidade deve corrigir os errosmateriais de períodos anteriores retrospectivamente no primeiroconjunto de demonstrações contábeis divulgadas após a suadescoberta por:� republicação comparativa para o(s) período(s) anterior(es)apresentado(s) em que tenha ocorrido o erro; ou

� se o erro ocorreu antes do período anterior mais antigo apresentado,ajuste dos saldos de abertura dos ativos, passivos e patrimônio líquido

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ajuste dos saldos de abertura dos ativos, passivos e patrimônio líquidopara o período anterior mais antigo apresentado. As omissões oudeclarações incorretas de itens são materiais se puderem, individual oucoletivamente, influenciar as decisões econômicas dos usuários tomadascom base nas demonstrações contábeis.

• Divulgação� O Pronunciamento determina, resumidamente, que devem ser divulgados:

� a natureza da política contábil que sofrer mudança, as razões damudança, os efeitos da mudança e outras informações pertinentes;

� a natureza e o montante de mudança na estimativa contábil que tenhaefeito no período corrente ou se espera que tenha efeito em períodossubsequentes;

CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erro

� a natureza do erro sendo retificado, o valor dessa retificação e outrasinformações também pertinentes;

� no caso de impossibilidade de mensuração de quaisquer desses efeitos,as razões que levam a essa situação devem também ser divulgadas.

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CPC 24 – Evento Subsequente

• IAS 10;• CVM – Deliberação CVM nº 593/09 e CFC – NBC T 19.12, Resolução nº1.184/09;

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CPC 24 – Evento Subsequente

• Objetivo:� Determinar:

� quando a entidade deve ajustar suas demonstrações contábeis comrespeito a eventos subsequentes ao período contábil a que se referem asdemonstrações; e

� as informações que a entidade deve divulgar sobre a data em que éconcedida a autorização para emissão das demonstrações contábeis esobre os eventos subsequentes ao período contábil a que se referemas demonstrações.

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as demonstrações.• Definições:

� Evento subsequente ao período a que se referem as demonstraçõescontábeis é aquele evento, favorável ou desfavorável, que ocorre entre adata final do período a que se referem as demonstrações contábeis e adata na qual é autorizada a emissão dessas demonstrações. Dois tipos deeventos podem ser identificados:� os que evidenciam condições que já existiam na data final doperíodo a que se referem as demonstrações contábeis (eventosubsequente ao período contábil a que se referem as demonstrações queoriginam ajustes);

� os que são indicadores de condições que surgiramsubsequentemente ao período contábil a que se referem asdemonstrações contábeis (evento subsequente ao período contábil aque se referem as demonstrações que não originam ajustes).

CPC 24 – Evento Subsequente

• Resumo:� Não deve preparar suas demonstrações contábeis segundo o pressupostoda continuidade se os eventos subsequentes ao período contábil a que sereferem as demonstrações contábeis indicarem que o pressuposto dacontinuidade não é apropriado.

� No caso de eventos subsequentes que evidenciam condições que jáexistiam na data final do período contábil a que se referem asdemonstrações contábeis, a entidade deverá retroagir e ajustar osvalores reconhecidos em suas demonstrações para que reflitam taiseventos. Se a entidade, após o período a que se referem as demonstrações

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eventos. Se a entidade, após o período a que se referem as demonstraçõescontábeis, receber informações sobre condições que existiam até aqueladata, deve atualizar as divulgações que se relacionam a essas condições, àluz das novas informações.

� Já os eventos subsequentes que são indicadores de condições que surgiramapós o período a que se referem as demonstrações contábeis não geramajustes nos valores reconhecidos nessas demonstrações contábeis. Aentidade deverá divulgar as seguintes informações para cada categoriasignificativa de eventos subsequentes ao período a que se referem asdemonstrações contábeis que não originam ajustes:� a natureza do evento; e� a estimativa de seu efeito financeiro ou uma declaração de que talestimativa não pode ser feita.

CPC 17 – Contratos de Construção

• IAS 11;• CVM - Deliberação CVM nº. 576/09 e CFC - NBC T 19.21 - Resolução CFC nº1.171/09;

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CPC 17 – Contratos de Construção

• Objetivo:� Estabelecer o tratamento contábil das receitas e despesas associadas acontratos de construção que normalmente se caracterizam por ter suasdatas de início e término em períodos contábeis diferentes. O ponto central éo reconhecimento da receita e da correspondente despesa ao longodos períodos de execução da obra nas demonstrações contábeis dascontratadas.

• Definições:Contrato de construção é um contrato especificamente negociado para a

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� Contrato de construção é um contrato especificamente negociado para aconstrução de ativo ou de combinação de ativos que sejam inter-relacionados ou interdependentes em função da sua concepção, tecnologia efunção ou do seu propósito ou uso final.

� Contrato de preço fixo é um contrato de construção em que o contratanteconcorda com o preço pré-fixado ou com a taxa pré-fixada, porunidade concluída que, em alguns casos, estão sujeitos às cláusulas decustos escalonados.

� Contrato de custo mais margem (cost plus) é um contrato de construção emque o contratado é reembolsado por custos projetados e aprovadospelas partes – ou de outra forma definidos – acrescido de percentualsobre tais custos ou por remuneração pré-fixada

CPC 17 – Contratos de Construção

• Resumo:� A receita total pela execução compreende a quantia inicial acordada eas variações decorrentes de aditivos, prêmios, penalidades, indenizações eoutros acordos contratuais confiavelmente mensurados.

� A mensuração da receita, bem como da despesa correspondente,necessita de revisão à medida que os acontecimentos ocorrem e asincertezas se resolvem.

� Quando a conclusão do contrato de construção puder ser confiavelmenteestimada, a receita e a despesa devem ser reconhecidas tomandocomo base a proporção do trabalho executado até a data do balanço, ou

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estimada, a receita e a despesa devem ser reconhecidas tomandocomo base a proporção do trabalho executado até a data do balanço, ouseja, o lucro deve ser reconhecido proporcionalmente à execução dotrabalho. Mas, se houver expectativa de prejuízo, ele deverá serreconhecido na sua totalidade estimada imediatamente no resultado,antes mesmo da execução completa do trabalho.

� No caso de contrato de preço fixo, o reconhecimento ao longo da execuçãoocorre se a receita puder ser mensurada confiavelmente, se o recebimentofuturo for dado como virtualmente certo e se os custos para concluir ocontrato puderem ser confiavelmente identificados e mensurados.

� Para contratos na modalidade custo mais margem (cost plus), oreconhecimento ao longo da execução ocorre se o recebimento futuro fordado como virtualmente certo e se os custos atribuíveis ao contratopuderem ser claramente identificados e confiavelmente mensurados.

CPC 17 – Contratos de Construção

� O reconhecimento da receita e da despesa é feito pelo método dapercentagem completada, calculada pela proporção dos custoscontratuais incorridos em cada etapa e dos custos totais orçados, ou pelaexecução de proporção física do trabalho contratado ou pela medição dotrabalho executado, conforme a natureza do contrato e dos custos de suaexecução.

� Quando for provável que os custos totais do contrato venham a exceder suareceita total, a perda esperada deve ser reconhecida imediatamenteno resultado.

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no resultado.� No ativo ficam registrados apenas os valores relativos aos trabalhosexecutados e ainda não cobrados ou não recebidos. E no passivo, osvalores recebidos por conta de trabalhos do contrato ainda porexecutar.

• Divulgação:� Deve divulgar o montante do contrato reconhecido como receita do período,os métodos usados para determinar a receita do contratoreconhecida no período e os métodos usados para determinar a fasede execução dos contratos em curso. Deve divulgar ainda a quantiaagregada de custos incorridos e lucros reconhecidos até a data, a quantia deadiantamentos recebidos e a quantia de retenções sofridas.

CPC 17 – Contratos de Construção

� A receita do contrato é medida pelo valor justo da retribuição recebidaou a receber. A mensuração da receita do contrato pode ser afetada porincertezas que dependem do desfecho de acontecimentos futuros. Asestimativas necessitam muitas vezes ser revistas à medida que osacontecimentos ocorrem e as incertezas se resolvem. Por isso, a quantia dareceita do contrato pode aumentar ou diminuir de um período para o outro.

� Em Resumo: Devido ao tipo de atividade e ao produto gerado por ela,um bem produzido para entrega num prazo longo com recebimento emsua maioria a prazo e dificuldade na mensuração dos custos, a

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sua maioria a prazo e dificuldade na mensuração dos custos, acontabilidade sempre teve suas particularidades e dificuldade napublicação dos resultados com base nas normas societárias e atéfiscais.

� As novas normas contábeis podem modificar a forma como asincorporadoras registram a receita dos imóveis vendidos na planta. Adiscussão técnica travada é sobre quando ocorre a transferência de riscose benefícios da incorporadora para o comprador do imóvel. Se issoocorre no momento da assinatura da compra, as incorporadoras podemmanter o sistema atual de contabilidade, em que a receita é reconhecidaconforme a execução da obra. Já se o entendimento for de que riscos ebenefícios só são transferidos na escritura definitiva, a receita só podeser registrada na entrega da chaves.

CPC 32 – Tributos Sobre o Lucro

• IAS 12;• CVM – Deliberação CVM nº 599/09 e CFC – NBC T 19.2, Resolução nº 1.189/09;

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CPC 32 – Tributos Sobre o Lucro

• Objetivo:� Prescrever o tratamento contábil para os tributos sobre o lucro. Para fins doPronunciamento, o termo tributo sobre o lucro inclui todos os impostose contribuições nacionais e estrangeiros que são baseados em lucrostributáveis. O termo tributo sobre o lucro também inclui impostos, taiscomo os retidos na fonte, que são devidos pela própria entidade, por umacontrolada, coligada ou empreendimento conjunto nas quais participe.

• Definições:Resultado contábil é o lucro ou prejuízo para um período antes da dedução

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� Resultado contábil é o lucro ou prejuízo para um período antes da deduçãodos tributos sobre o lucro.

� Lucro tributável (prejuízo fiscal) é o lucro (prejuízo) para um período,determinado de acordo com as regras estabelecidas pelas autoridadestributárias, sobre o qual os tributos sobre o lucro são devidos(recuperáveis).

� Despesa tributária (receita tributária) é o valor total incluído nadeterminação do lucro ou prejuízo para o período relacionado com o tributosobre o lucro corrente ou diferido.

� Tributo corrente é o valor do tributo devido (recuperável) sobre o lucrotributável (prejuízo fiscal) do período.

CPC 32 – Tributos Sobre o Lucro

� Passivo fiscal diferido é o valor do tributo sobre o lucro devido em períodofuturo relacionado às diferenças temporárias tributáveis.

� Ativo fiscal diferido é o valor do tributo sobre o lucro recuperável em períodofuturo relacionado a:� diferenças temporárias dedutíveis;� compensação futura de prejuízos fiscais não utilizados; e� compensação futura de créditos fiscais não utilizados.

� Diferença temporária é a diferença entre o valor contábil de ativo ou passivo

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� Diferença temporária é a diferença entre o valor contábil de ativo ou passivono balanço e sua base fiscal. As diferenças temporárias podem ser tanto:� diferença temporária tributável, a qual é a diferença temporária queresulta em valores tributáveis para determinar o lucro tributável(prejuízo fiscal) de períodos futuros quando o valor contábil de ativo oupassivo é recuperado ou liquidado; ou

� diferença temporária dedutível, a qual é a diferença temporária queresulta em valores que são dedutíveis para determinar o lucro tributável(prejuízo fiscal) de futuros períodos quando o valor contábil do ativo oupassivo é recuperado ou liquidado.

� Base fiscal de ativo ou passivo é o valor atribuído àquele ativo ou passivopara fins fiscais.

CPC 32 – Tributos Sobre o Lucro

• Tributos Correntes:� Os tributos correntes relativos a períodos correntes e anteriores devem,na medida em que não estejam pagos, ser reconhecidos como passivos.Se o valor já pago com relação aos períodos atual e anterior exceder o valordevido para aqueles períodos, o excesso será reconhecido como ativo.

� O benefício referente a um prejuízo fiscal que pode ser compensadopara recuperar o tributo corrente de um período anterior deve serreconhecido como um ativo.

Reconhecimento de Passivos Fiscais Diferidos:

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• Reconhecimento de Passivos Fiscais Diferidos:� Um passivo fiscal diferido será reconhecido para todas as diferençastemporárias tributáveis.

CPC 32 – Tributos Sobre o Lucro

• Reconhecimento de Ativos Fiscais Diferidos:� Um ativo fiscal diferido será reconhecido para todas as diferençastemporárias dedutíveis na medida em que seja provável a existência delucro tributável contra o qual a diferença temporária dedutível possa serutilizada.

� Um ativo fiscal diferido será reconhecido para o registro de prejuízos fiscaisnão usados e créditos fiscais não usados na medida em que seja provávelque estejam disponíveis lucros tributáveis futuros contra os quais osprejuízos fiscais não usados e créditos fiscais não usados possam ser

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prejuízos fiscais não usados e créditos fiscais não usados possam serutilizados.

CPC 32 – Tributos Sobre o Lucro

• Mensuração de Ativos Fiscais Diferidos:� Devem ser mensurados pelas alíquotas que se espera que sejamaplicáveis no período quando realizado o ativo ou liquidado o passivo,com base nas alíquotas (e legislação fiscal) que tenham sido aprovadas ousubstantivamente aprovadas ao final do período que está sendo reportado.

� Ativos e passivos fiscais diferidos não devem ser descontados.• Reconhecimento de Despesa ou Receita Tributária:

� Os tributos correntes e diferidos dever ser reconhecidos como receita ou

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� Os tributos correntes e diferidos dever ser reconhecidos como receita oudespesa e incluídos no resultado do período.

� Tributo atual ou tributo diferido serão reconhecidos fora do resultado seo tributo se referir a itens que são reconhecidos no mesmo período ou emperíodo diferente, fora do resultado.

CPC 27 – Ativo Imobilizado

• IAS 16;• CVM - Deliberação CVM nº. 583/09 e CFC - NBC T 19.1 - Resolução CFC nº.1.177/09.

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CPC 27 – Ativo Imobilizado

• Objetivo:� Estabelecer o tratamento contábil para ativos imobilizados, bem comoa divulgação das mutações nesse investimento e das informações quepermitam o entendimento e a análise desse grupo de contas. Os principaispontos a serem considerados na contabilização dos ativos imobilizados são oreconhecimento dos ativos, a determinação dos seus valorescontábeis e os valores de depreciação e as perdas pordesvalorização a serem reconhecidas em relação aos mesmos.

• Definições:

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• Definições:� Valor contábil é o valor pelo qual um ativo é reconhecido após a dedução dadepreciação e da perda por redução ao valor recuperável acumuladas.

� Custo é o montante de caixa ou equivalente de caixa pago ou o valor justode qualquer outro recurso dado para adquirir um ativo na data da suaaquisição ou construção, ou ainda, se for o caso, o valor atribuído ao ativoquando inicialmente reconhecido de acordo com as disposições específicasde outros Pronunciamentos, como, por exemplo, o Pronunciamento TécnicoCPC 10 – Pagamento Baseado em Ações.

� Valor depreciável é o custo de um ativo ou outro valor que substitua o custo,menos o seu valor residual.

� Depreciação é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo aolongo da sua vida útil.

CPC 27 – Ativo Imobilizado

� Perda por redução ao valor recuperável é o valor pelo qual o valor contábilde um ativo ou de uma unidade geradora de caixa excede seu valorrecuperável.

� Ativo imobilizado é o item tangível que:� é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ouserviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e

� se espera utilizar por mais de um período.� Valor recuperável é o maior valor entre o valor justo menos os custos de

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� Valor recuperável é o maior valor entre o valor justo menos os custos devenda de um ativo e seu valor em uso.

� Valor residual de um ativo é o valor estimado que a entidade obteria com avenda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativojá tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.

� Vida útil é:� o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo; ou� o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que aentidade espera obter pela utilização do ativo.

CPC 27 – Ativo Imobilizado

• Mensuração:� Um item do ativo imobilizado que seja classificado para reconhecimentocomo um ativo deve ser mensurado pelo seu custo. O custo de um itemde ativo imobilizado é equivalente ao preço à vista na data doreconhecimento.

� São também adicionados no custo inicial todos os gastos incrementais enecessários a colocar o imobilizado em condições de funcionamento, comotransporte, tributos, montagem, testes etc. até que ele esteja em condiçõesde efetivo uso.Não fazem parte do custo gastos com realocação, ociosidade mesmo que no

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� Não fazem parte do custo gastos com realocação, ociosidade mesmo que nouso inicial, gastos com abertura de nova instalação ou introdução de novoproduto, gastos administrativos e outros custos indiretos etc. No caso depermuta, custo é o valor justo do ativo adquirido, a não ser que essamensuração seja impossível, quando prevalece o valor contábil do ativocedido.

� Custo atribuído (deemed cost)– ICPC 10:� Quando da adoção inicial do CPC 27 (Ativo Imobilizado) aadministração da entidade pode identificar bens ou conjuntos de bens devalores relevantes ainda em operação, relevância essa medida emtermos de provável geração futura de caixa, e que apresentem valorcontábil substancialmente inferior ou superior ao seu valor justoem seus saldos iniciais.

CPC 27 – Ativo Imobilizado

� Caso isto ocorra, incentiva-se fortemente, que, na adoção do CPC 27seja adotado, como custo atribuído, esse valor justo. Essa opção éaplicável apenas e tão somente na adoção inicial, não sendo admitidarevisão da opção em períodos subsequentes ao da adoção inicial.

� Ao adotar o Custo Atribuído, a administração deverá indicar ou assegurarque o avaliador indique a vida útil remanescente e o valor residualprevisto a fim de estabelecer o valor depreciável e a nova taxa dedepreciação na data de transição.

� Depreciação Aspectos Fiscais x Societários:

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� Depreciação Aspectos Fiscais x Societários:� Após a lei 11.638/07:

� O artigo 183 da lei 6.404/76, foi alterado, e a nova redaçãodetermina que as empresas efetuem periodicamente análisesreferente a recuperação do ativo imobilizado para fins dedeterminação da vida útil do bem e do cálculo da depreciação;

� Efeitos na Determinação do Lucro Real:� Na prática as alterações trazidas pela nova lei contábil não alterama forma de apuração do imposto de renda, nem tampoucodeve ser objeto de adequação no RTT, pois a legislação sempretratou a depreciação pela vida útil somente determinando prazosmínimos.

CPC 27 – Ativo Imobilizado

� RIR/99:� Art. 310. A taxa anual de depreciação será fixada em função doprazo durante o qual se possa esperar utilização econômica dobem pelo contribuinte, na produção de seus rendimentos (Lei nº4.506, de 1964, art. 57, § 2º).

� § 1º A Secretaria da Receita Federal publicará periodicamente oprazo de vida útil admissível, em condições normais ou médias, paracada espécie de bem, ficando assegurado ao contribuinte o direitode computar a quota efetivamente adequada às condições de

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de computar a quota efetivamente adequada às condições dedepreciação de seus bens, desde que faça a prova dessaadequação, quando adotar taxa diferente (Lei nº 4.506, de 1964,art. 57, § 3º).”

� A regra instituída pela nova lei contábil acerca do ajuste da taxa de depreciação,amortização ou exaustão, não cria critério contábil novo, e, em decorrência,o eventual efeito produzido no lucro líquido não está sujeito à neutralidadetemporal do RTT. Assim, o preceito da Lei nº 11.638/07, que dá nova redação aoparágrafo 3º do artigo 183 da Lei nº 6.404/76, tem caráter eminentementeinterpretativo e, portanto, não veicula uma novidade (critério contábil novo),que é um fator imprescindível para a aplicação das regras do RTT.

� Em decorrência, o contribuinte do IRPJ calculado com base no lucro real (e o

CPC 27 – Ativo Imobilizado

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� Em decorrência, o contribuinte do IRPJ calculado com base no lucro real (e omesmo se aplica à CSLL) poderá deduzir imediata e integralmente os valoresregistrados a título de depreciação, amortização e exaustão que vierem a afetaro resultado ainda que excedam aos limites impostos pelas taxas fixadas em atonormativo da Receita Federal do Brasil, desde que embasado em laudotécnico. A dedução em montante superior aos limites fixados em ato normativoregulamentar está ostensivamente admitida pela norma do parágrafo 1º doartigo 310 do RIR/99, observados os deveres de prova ali mencionados.

CPC 27 – Ativo Imobilizado

• Resumo:� A depreciação, entendida como a alocação sistemática do valor depreciávelde um ativo ao longo da sua vida útil econômica para a entidade,corresponde à parcela pertencente ao período do total da diferença entre ovalor do custo do ativo (ou outro valor que substitua o custo) menos o valorresidual esperado ao final de sua utilização.

� Cessa a depreciação quando o ativo é desativado por baixa de qualquernatureza ou transferência para ativo não circulante mantido para venda, oupara estoque, mas não cessa por ociosidade.

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para estoque, mas não cessa por ociosidade.� Além da depreciação, é necessária a verificação pelo menos anualmente daeventual necessidade de reconhecimento de perda por redução ao valorrecuperável do ativo.

� O valor contábil de um item do ativo imobilizado deve ser baixado: porocasião de sua alienação ou substituição; quando não há expectativa debenefícios econômicos futuros com a sua utilização ou alienação; quandotransferido para outro grupo de contas

CPC 27 – Ativo Imobilizado

� Devem ser divulgados os critérios de contabilização do imobilizado, métodos,vidas úteis e taxas de depreciação, valor contábil bruto e líquido, bemcomo a conciliação entre esses valores contábeis inicial e final (adições,baixas, reavaliações, depreciações contabilizadas no resultado econtabilizadas no custo de outro ativo, perdas por impairment, reversão deperdas, variações cambiais. Há, portanto, a obrigatoriedade da notaexplicativa sobre a mutação do valor contábil do ativo imobilizado.

� Devem também ser divulgadas as restrições dadas por garantias taiscomo hipotecas, alienação fiduciária e outras, por compromissos

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como hipotecas, alienação fiduciária e outras, por compromissosadvindos da aquisição, por indenizações por parte de terceiros, bem comodevem ser destacados os ativos adquiridos por meio de arrendamentomercantil.

Pronunciamento Técnico CPC 27 –Ativo Imobilizado – Exemplo

Ativo Imobilizado Pela Mais Valia

Valor contábil

ZeroAtribui-se a mais valia, somente na adoção inicial

Próximo de zero

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Ajuste InicialPatrimônio Líquido - Ajuste de Avaliação

Patrimonial

Realização Reserva e dos impostos

Patrimônio Líquido - Ajuste de Avaliação Patrimonial

Efeitos Impairment No resultado do exercício

Pronunciamento Técnico CPC 27 –Ativo Imobilizado – Exemplo

Ativo imobilizado 20X1 10.000,00

Valor contábil 20X8 2.000,00

Taxa depreciação 10%

Vida útil em anos 10

Análise em 31/12/20X8 a Valor de Mercado

Valor contábil 20X8 2.000,00

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Valor contábil 20X8 2.000,00

Valor de mercado 20X8 8.000,00

Valor da mais valia 6.000,00

Vida útil estimada em anos pelo negócio 5

Taxa depreciação 20%

Valor Residual – Venda 1.000,00

Valor contábil final/ajustado 20X8 7.000,00

Pronunciamento Técnico CPC 27 –Ativo Imobilizado – Exemplo

Débito Imobilizado contábil normal 2.000,00

Crédito

Débito

Crédito

2.040,00

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Depreciação Contábil normal 1º ano...> 10º ano Total

Débito Despesa Depreciação - CPC 27 200,00 200,00 2.000,00

Crédito Depreciação - CPC 27 200,00 200,00 2.000,00

Pronunciamento Técnico CPC 27 –Ativo Imobilizado – Exemplo

Ajuste da adoção Inicial

Débito Imobilizado - CPC 27 6.000,00

Crédito PL - AAP - Imobilizado CPC 27 6.000,00

Débito PL - AAP - Imobilizado CPC 27 2.040,00

Crédito Passivo Não Circulante

Impostos Diferidos - 34% 2.040,00

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Depreciação 1º ano...> 5º ano Total

Débito Despesa Depreciação - CPC 27 1.400,00 1.400,00 7.000,00

Crédito Depreciação - CPC 27 1.400,00 1.400,00 7.000,00

Realização da Mais Valia Imobilizado CPC 27 1º ano...> 5º ano Total

Débito Passivo Não Circulante

Impostos Diferidos - 34% 408,00 408,00 2.040,00

Crédito PL - AAP - Imobilizado CPC 27 408,00 408,00 2.040,00

CPC 06 – Operações de Arrendamento Mercantil

• IAS 17;• CVM - Deliberação CVM nº 554/08 e CFC - NBC T 10.2 - Resolução CFC nº1.141/08;

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CPC 06 – Operações de Arrendamento Mercantil

• Objetivo:� Prescrever, para arrendatários e arrendadores, as políticas contábeis edivulgações apropriadas a aplicar em relação a arrendamentos mercantis.

� A classificação de arrendamentos mercantis adotada baseia-se na extensãoem que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativoarrendado são transferidos ao arrendatário ou permanecem noarrendador.

• Definições:

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� Arrendamento mercantil é um acordo pelo qual o arrendador transmite aoarrendatário em troca de um pagamento ou série de pagamentos o direitode usar um ativo por um período de tempo acordado.

� Arrendamento mercantil financeiro é aquele em que há transferênciasubstancial dos riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo. Otítulo de propriedade pode ou não vir a ser transferido.

� Arrendamento mercantil operacional é um arrendamento mercantil diferentede um arrendamento mercantil financeiro.

� Início do arrendamento mercantil é a mais antiga entre a data do acordo dearrendamento mercantil e a data de um compromisso assumido pelas partesquanto às principais disposições do arrendamento mercantil.

CPC 06 – Operações de Arrendamento Mercantil

� Começo do prazo do arrendamento mercantil é a data a partir da qual oarrendatário passa a poder exercer o seu direito de usar o ativo arrendado.

� Prazo do arrendamento mercantil é o período não cancelável pelo qual oarrendatário contratou o arrendamento mercantil do ativo juntamente comquaisquer prazos adicionais pelos quais o arrendatário tem a opção decontinuar a arrendar o ativo, com ou sem pagamento adicional, quando noinício do arrendamento mercantil for razoavelmente certo que o arrendatárioexercerá a opção.

� Pagamentos mínimos do arrendamento mercantil são os pagamentos

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� Pagamentos mínimos do arrendamento mercantil são os pagamentosdurante o prazo do arrendamento mercantil que o arrendatário faça, ou quelhe possam ser exigidos que faça, excluindo pagamento contingente, custosrelativos a serviços e impostos a serem pagos pelo arrendador e a ele seremreembolsados.

� Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivoliquidado ou transferido, entre partes interessadas, conhecedoras do negócioe independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para aliquidação da transação ou que caracterizem transação compulsória.

CPC 06 – Operações de Arrendamento Mercantil

� Vida econômica é:� o período durante o qual se espera que um ativo seja economicamenteutilizável por um ou mais usuários; ou

� o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que umou mais usuários esperam obter do ativo.

� Vida útil é o período remanescente estimado, a partir do começo do prazo doarrendamento mercantil, sem limitação pelo prazo do arrendamentomercantil, durante o qual se espera que os benefícios econômicosincorporados no ativo sejam consumidos pela entidade.

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incorporados no ativo sejam consumidos pela entidade.� Investimento líquido no arrendamento mercantil é o investimento bruto noarrendamento mercantil descontado à taxa de juros implícita noarrendamento mercantil.

� Taxa de juros implícita no arrendamento mercantil é a taxa de desconto que,no início do arrendamento mercantil, faz com que o valor presente agregadodos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil e do valor residual nãogarantido seja igual à soma do valor justo do ativo arrendado e de quaisquercustos diretos iniciais do arrendador.

CPC 06 – Operações de Arrendamento Mercantil

• Arrendamento mercantil nas demonstrações contábeis de arrendatário:� Arrendamento mercantil operacional:

� Os pagamentos devem ser reconhecidos como despesa numa basede linha reta durante o prazo do arrendamento mercantil, a não ser queoutra base sistemática seja mais representativa do modelo temporal dobenefício do usuário.

� Arrendamento mercantil financeiro:� No começo do prazo do contrato, os arrendatários devem reconhecer

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� No começo do prazo do contrato, os arrendatários devem reconheceros arrendamentos mercantis financeiros como ativos e passivosnos seus balanços por quantias iguais ao valor justo da propriedadearrendada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos mínimos doarrendamento mercantil, cada um determinado no início doarrendamento mercantil.

� Um arrendamento mercantil financeiro dá origem a uma despesa dedepreciação relativa a ativos depreciáveis, assim como uma despesafinanceira para cada período contábil.

CPC 06 – Operações de Arrendamento Mercantil

• Arrendamento mercantil nas demonstrações contábeis de arrendador:� Arrendamento mercantil operacional:

� Os arrendadores devem apresentar os ativos sujeitos a arrendamentosmercantis operacionais nos seus balanços de acordo com a natureza doativo. A receita proveniente de arrendamentos mercantis operacionaisdeve ser reconhecida na receita numa base de linha reta durante oprazo do arrendamento mercantil, a menos que outra base sistemáticaseja mais representativa do modelo temporal em que o benefício do usodo ativo arrendado seja diminuído.

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do ativo arrendado seja diminuído.� Arrendamento mercantil financeiro:

� Os arrendadores devem reconhecer nos seus balanços patrimoniais osativos mantidos por um arrendamento mercantil financeiro e apresentá-los como uma conta a receber por um valor igual ao investimentolíquido no arrendamento mercantil. O reconhecimento da receitafinanceira deve basear-se num modelo que reflita uma taxa de retornoperiódica constante sobre o investimento líquido do arrendador noarrendamento mercantil financeiro.

CPC 06 – Operações de Arrendamento Mercantil

• Transação de venda e leaseback:� Uma transação de venda e leaseback envolve a venda de um ativo e o

arrendamento mercantil do mesmo ativo. O pagamento do arrendamentomercantil e o preço de venda são geralmente interdependentes por seremnegociados como um pacote. O tratamento contábil de uma transaçãode venda e leaseback depende do tipo de arrendamento mercantil envolvido.

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� LEASING E O RTT

� SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 5 de 20 de Fevereiro de 2009� ASSUNTO: IRPJ e CSLL

� EMENTA: ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO. MUDANÇAS NO CRITÉRIODE CONTABILIZAÇÃO. EFEITOS FISCAIS. Os lançamentos na contabilidade daarrendatária referentes aos contratos de arrendamento mercantil devem estar

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arrendatária referentes aos contratos de arrendamento mercantil devem estarem conformidade com a nova regra do inciso IV do art. 179 da Lei nº 6.404, de1976, alterado pela Lei nº 11.638, de 2007. Contudo, tais mudanças no critériode escrituração contábil não afetarão a base de cálculo do IRPJ e CSLL apuradapela pessoa jurídica optante pelo Regime Tributário de Transição (RTT). Ou seja,os ajustes decorrentes do critério anterior e do atual devem ser implementadosextracontabilmente na empresa optante pelo referido regime, objetivandobuscar a neutralidade fiscal. Na hipótese de a consulente não optar pelo RTT, acontabilização dos contratos de arrendamento mercantil na arrendatária tambémsegue a determinação do inciso IV do art. 179 da Lei nº 6.404, de 1976,alterado pela Lei nº 11.638, de 2007, sendo vedada a realização de ajustesextracontábeis.

CPC 30 - Receitas

• IAS 18;• CVM – Deliberação CVM nº 597/09 e CFC – NBC T 19.30, Resolução nº1.187/09;

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CPC 30 - Receitas

• Objetivo:� A receita deve ser reconhecida quando for provável que benefícioseconômicos futuros fluirão para a entidade e esses benefícios possam serconfiavelmente mensurados; e deve ser mensurada pelo valor justo daretribuição recebida ou a receber.

� O Pronunciamento identifica as circunstâncias em que esses critériosserão satisfeitos para que a receita seja reconhecida. Ele tambémproporciona orientação prática na aplicação desses critérios.

Definições:

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• Definições:� Receita é o ingresso bruto de benefícios econômicos durante o períodoproveniente das atividades ordinárias da entidade que resultam no aumentodo seu patrimônio líquido, exceto as contribuições dos proprietários.

� Método da taxa efetiva de juros é o método utilizado para calcular o custoamortizado de ativo ou de passivo financeiro (ou grupo de ativos ou depassivos financeiros) e de alocar a receita ou a despesa de juros no períodoque, aplicada na forma de desconto sobre os pagamentos ou recebimentosfuturos estimados ao longo da expectativa de vigência do instrumentofinanceiro resulta no valor contábil líquido do ativo ou passivo financeiro.

CPC 30 - Receitas

• Aplicação:� O Pronunciamento deve ser aplicado na contabilização das receitasprovenientes das seguintes transações:� venda de bens;� prestação de serviços; e� utilização por terceiros de ativos da entidade que produzam juros,royalties e dividendos.

• Reconhecimento:� A receita proveniente da venda de bens deve ser reconhecida apenas

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� A receita proveniente da venda de bens deve ser reconhecida apenasquando:� a entidade tenha transferido para o comprador os riscos e benefíciosmais significativos inerentes à propriedade dos bens;

� não mantenha envolvimento na gestão dos bens vendidos;� o valor dos ingressos seja confiavelmente mensurável;� seja provável que os benefícios econômicos associados à transaçãofluirão para a entidade; e

� as despesas incorridas ou a serem incorridas, referentes à transação,possam ser confiavelmente mensuradas.

� Na prestação de serviço, quando o desfecho de uma operação que envolva aprestação de serviços possa ser confiavelmente estimado, a receitaassociada deve ser reconhecida proporcionalmente à execução do serviço.

CPC 30 - Receitas

� Os juros devem ser reconhecidos usando o método da taxa efetiva de juros,tal como definido no Pronunciamento Técnico CPC 38 – InstrumentosFinanceiros: Reconhecimento e Mensuração.

� Os royalties devem ser reconhecidos por regime de competência, deacordo com a essência do contrato.

� Os dividendos devem ser reconhecidos quando estabelecido o direito doinvestidor de receber o pagamento.

• Mensuração:

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� A receita deve ser mensurada pelo valor justo da retribuição recebida ou areceber, geralmente acordado entre a entidade e o comprador ou usuário doativo, deduzido de quaisquer descontos comerciais e/ou bonificaçõesconcedidos pela entidade ao comprador.

� Na maior parte dos casos, a retribuição é feita na forma de caixa ouequivalente de caixa e o valor da receita é o valor recebido ou a receber.Mas, se o ingresso de caixa ou seu equivalente vier a ser diferido, o valorjusto da retribuição pode vir a ser menor do que o valor nominal do dinheirorecebido ou a receber. Quando o acordo constituir, efetivamente, umatransação de financiamento, o valor justo da receita é calculado a valorpresente, ou seja, descontando todos os recebimentos futuros, tomandopor base a taxa de juro imputada.

• IAS 19;• CVM – Deliberação CVM nº 600/09 e CFC – NBC T 19.31, Resolução nº1.193/09;

CPC 33 – Benefícios a Empregados

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CPC 33 – Benefícios a Empregados

• Objetivo:� tratar a contabilização e a divulgação dos benefícios concedidos aosempregados. Para tanto, este Pronunciamento requer que a entidadereconheça:� um passivo, quando o empregado presta o serviço em troca dosbenefícios a serem pagos no futuro; e

� uma despesa, quando a entidade se utiliza do benefício econômicoproveniente do serviço recebido do empregado.

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• Definições:� Benefício a empregado é toda forma de compensação proporcionada pelaentidade a seus empregados em troca dos serviços prestados.

� Benefício de curto prazo é o benefício (exceto por desligamento) devidodentro de um período de doze meses após a prestação do serviço.

� Benefício pós-emprego é o benefício a empregado (exceto por desligamento)que será pago após o período de emprego.

� Plano de benefício pós-emprego é o acordo formal ou informal pelo qual aentidade compromete-se a proporcionar benefícios pós-emprego para um oumais empregados.

� Plano de benefício definido é o plano de benefício pós-emprego que não sejaplano de contribuição definida.

CPC 33 – Benefícios a Empregados

� Plano de contribuição definida é o plano de benefício pós-emprego pelo quala entidade paga contribuições fixas a uma entidade separada (fundo depensão), não tendo a obrigação legal ou construtiva de pagar contribuiçõesadicionais se o fundo não possuir ativos suficientes para pagar os benefícios.

� Outros benefícios de longo prazo a empregados são os benefícios aempregados (que não sejam benefícios pós-emprego e por desligamento)que não sejam encerrados totalmente dentro de doze meses após o final doperíodo em que os empregados prestam o respectivo serviço.

� Benefício por desligamento é o benefício pago a título de indenização por

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� Benefício por desligamento é o benefício pago a título de indenização porencerramento do contrato firmado entre as partes, devido em virtude de:� decisão de a entidade terminar o vínculo empregatício do empregadoantes da data normal de aposentadoria; ou

� decisão do empregado de aderir a demissão voluntária.� Valor presente de obrigação de benefício definido é o valor presente sem adedução de quaisquer ativos do plano, dos pagamentos futuros esperadosnecessários para liquidar a obrigação resultante do serviço do empregadonos períodos corrente e passados.

� Ativos do plano compreendem:� ativos mantidos por fundo de benefícios a empregados de longo prazo; e� apólices de seguro elegíveis.

CPC 33 – Benefícios a Empregados

• Benefícios de Curto Prazo a Empregados:� Quando o empregado presta serviços a uma entidade durante um períodocontábil, a entidade deve reconhecer a quantia não descontada de benefíciosde curto prazo que será paga em troca desse serviço:� como um passivo, após a dedução de qualquer quantia já paga. Se aquantia já paga excede a quantia não descontada dos benefícios, aentidade deve reconhecer o excesso como um ativo, contanto que adespesa antecipada conduza, por exemplo, a uma redução dospagamentos futuros ou a uma restituição de dinheiro; e

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pagamentos futuros ou a uma restituição de dinheiro; e� como uma despesa, salvo se outro Pronunciamento Técnico exigir oupermitir a inclusão dos benefícios no custo de um ativo.

• Benefícios pós-emprego: planos de contribuição definida:� A obrigação legal ou construtiva da entidade está limitada à quantia que elaaceita contribuir para o fundo; e

� Em consequência, o risco atuarial (risco de que os benefícios sejaminferiores ao esperado) e o risco de investimento (risco de que os ativosinvestidos sejam insuficientes para cobrir os benefícios esperados) recaemno empregado.

CPC 33 – Benefícios a Empregados

• Benefícios pós-emprego: planos de benefício definido:� A contabilização dos planos de benefício definido envolve os seguintespassos:� utilização de técnicas atuariais para estimar de maneira confiável omontante de benefício obtido pelos empregados em troca dos serviçosprestados no período corrente e nos anteriores. Isso exige que aentidade determine quanto de benefício é atribuível aos períodoscorrente e anteriores e que faça estimativas acerca de variáveisdemográficas e variáveis financeiras que influenciarão o custo do

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demográficas e variáveis financeiras que influenciarão o custo dobenefício;

� desconto desse benefício a fim de determinar o valor presente daobrigação de benefício definido e do custo do serviço corrente;

� determinação do valor justo dos ativos do plano;� determinação do montante total dos ganhos e das perdas atuariais e omontante dos ganhos e das perdas atuariais que serão reconhecidos;

CPC 33 – Benefícios a Empregados

• Benefícios de Desligamento:� Deve reconhecer benefícios de desligamento como um passivo e umadespesa quando, a entidade estiver comprometida a:� cessar o vínculo empregatício de um empregado ou grupo deempregados antes da data normal de aposentadoria; ou

� oferecer benefícios por desligamento como resultado de uma oferta paraencorajar a saída voluntária.

� Sempre que benefícios de desligamento se vencerem após 12 meses do

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� Sempre que benefícios de desligamento se vencerem após 12 meses doperíodo contábil a que se referem as demonstrações contábeis, eles devemser descontados a valor presente.

CPC 07 – Subvenção e Assistência Governamentais

• IAS 20;• CVM - Deliberação CVM nº 555/08 e CFC - NBC T 19.4 - Resolução CFC nº1.143/08;

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CPC 07 – Subvenção e Assistência Governamentais

• Objetivo:� Prescrever o registro contábil e a divulgação das subvenções parainvestimento, subvenções para custeio e das demais formas de assistênciagovernamental.

� Por força de legislações específicas brasileiras, foi necessário incluir algunsparágrafos adicionais aos contidos na norma internacional, principalmentepor conta de certas isenções e reduções tributárias que, no Brasil,assumem a forma de subvenção governamental.No Brasil, apenas as subvenções para investimento vinham tendo

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� No Brasil, apenas as subvenções para investimento vinham tendotratamento contábil e de divulgação especiais, com reconhecimento diretoem reserva de capital no patrimônio líquido. Com as modificaçõesintroduzidas pela Lei nº. 11.638/07 e com a convergência às normasinternacionais de contabilidade, as subvenções todas passam a ter quetransitar pelo resultado.

CPC 07 – Subvenção e Assistência Governamentais

• Definições:� Governo refere-se a Governo federal, estadual ou municipal, agênciasgovernamentais e órgãos semelhantes, sejam locais, nacionais ouinternacionais.

� Assistência governamental é a ação de um governo destinada a fornecerbenefício econômico específico a uma entidade ou a um grupo de entidadesque atendam a critérios estabelecidos.

� Subvenção governamental é uma assistência governamental geralmente naforma de contribuição de natureza pecuniária, mas não só restrita a ela,

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forma de contribuição de natureza pecuniária, mas não só restrita a ela,concedida a uma entidade normalmente em troca do cumprimento passadoou futuro de certas condições relacionadas às atividades operacionais daentidade.

� Isenção tributária é a dispensa legal do pagamento de tributo sob quaisquerformas jurídicas (isenção, imunidade etc). Redução, por sua vez, excluisomente parte do passivo tributário, restando, ainda, parcela de imposto apagar. A redução ou a isenção pode se processar, eventualmente, por meiode devolução do imposto recolhido mediante determinadas condições.

CPC 07 – Subvenção e Assistência Governamentais

� Empréstimo subsidiado é aquele em que o credor renuncia ao recebimentototal ou parcial do empréstimo e/ou dos juros, mediante o cumprimento dedeterminadas condições. De maneira geral, é concedido direta ouindiretamente pelo Governo, com ou sem a intermediação de um banco;está vinculado a um tributo; e caracteriza-se pela utilização de taxas dejuros visivelmente abaixo do mercado e/ou pela postergação parcial ou totaldo pagamento do referido tributo sem ônus ou com ônus visivelmenteabaixo do normalmente praticado pelo mercado. Subsídio em empréstimo éa parcela do empréstimo ou do juro renunciado e a diferença entre o juro ou

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a parcela do empréstimo ou do juro renunciado e a diferença entre o juro ouônus de mercado e o juro ou o ônus praticado.

• Reconhecimento, mensuração, contabilização e apresentação das subvenções:� As subvenções, mesmo as não monetárias, não devem ser reconhecidasaté que exista segurança de que a entidade cumprirá todas as condiçõesrelacionadas à obtenção da subvenção e de que será efetivamente recebida.

� Enquanto não atendidos os requisitos para reconhecimento no resultado, ascontrapartidas das subvenções governamentais registradas no ativo serãoem conta específica do passivo.

CPC 02 (R2) – Efeito das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão das Demonstrações Contábeis

• IAS 21;• CVM - Deliberação CVM 640/10, CFC - NBC T 7, Resolução nº 1.295/10.

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CPC 02 (R2) – Efeito das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão das Demonstrações Contábeis

• Objetivo:� Como registrar transações em moeda estrangeira e operações noexterior nas demonstrações contábeis de uma entidade no Brasil, registraras variações cambiais dos ativos e passivos em moeda estrangeira e comoconverter as demonstrações contábeis de uma entidade de uma moeda paraoutra.

• Definições:� Taxa de fechamento: é a taxa de câmbio à vista, vigente ao término doperíodo de reporte;

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período de reporte;� Variação cambial: é a diferença resultante da conversão de um valor emuma moeda para um valor em outra moeda, a diferentes taxas cambiais;

� Taxa de Câmbio: É a relação de troca entre duas moedas;� Moeda estrangeira: é uma moeda diferente da moeda funcional;� Moeda funcional: é a moeda do ambiente econômico principal no qual aentidade opera;

� Grupo Econômico: é uma entidade controladora e todas as suas controladas;� Entidade no Exterior: é uma entidade que pode ser controlada, coligada,empreendimento controlado em conjunto ou filial, sucursal ou agência deuma entidade que reporta informação, por meio da qual são desenvolvidasatividades que estão baseadas ou são conduzidas em um país ou em moedadiferente daquelas da entidade que reporta a informação.

CPC 02 (R2) – Efeito das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão das Demonstrações Contábeis

� Investimento líquido em uma entidade no exterior: é o montante querepresenta o interesse (participação na maior parte das vezes) da entidadeque reporta a informação nos ativos líquidos dessa entidade.

� Moeda de apresentação: é a moeda na qual as demonstrações contábeis sãoapresentadas;

• Resumo:� Na preparação das demonstrações contábeis, cada entidade devedeterminar sua moeda funcional. A entidade deve converter os itensexpressos em moeda estrangeira para sua moeda funcional e deve

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expressos em moeda estrangeira para sua moeda funcional e devereportar os efeitos de tal conversão.

• Impairment:� Perda por desvalorização em investimento societário em entidade noexterior, já que o processo de conversão pode levar à necessidade deregistro de impairment em função de uma disparidade cambial.

CPC 02 (R2) – Efeito das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão das Demonstrações Contábeis

• Variações Cambiais de Ativos e Passivos Monetários em Moeda Estrangeira:� O tratamento contábil das variações cambiais de ativos e passivos sãobasicamente os que já vinham sendo praticados no Brasil antes daaprovação do CPC 02. Esses valores devem estar atualizados no balançopatrimonial com as variações cambiais reconhecidas pelo Regime deCompetência na Demonstração do Resultado.

• Variações Cambiais de Investimento no Exterior e de suas Contas de Hedge:� As variações cambiais de investimentos no exterior tratados como Entidadeno Exterior deverão ser registradas no patrimônio líquido da empresa

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no Exterior deverão ser registradas no patrimônio líquido da empresainvestidora, de forma que esses ganhos ou perdas decorrentes da variaçãocambial não sejam reconhecidos no resultado até que se tenha a baixatotal ou parcial do investimento, normalmente via venda ou liquidação dainvestida.

CPC 02 (R2) – Efeito das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão das Demonstrações Contábeis

• Conversão das Demonstrações Contábeis:� As contas de ativo e passivo da sociedade investida serão convertidas pelataxa cambial da data do balanço de fim de período, mantendo-se as contasdo patrimônio líquido inicial pelos mesmos valores convertidos no balanço dofinal do período anterior; as mutações do patrimônio líquido que não oresultado serão convertidas pelas taxas das datas dessas mutações.

� As contas da demonstração do resultado poderão ser convertidas pelataxa cambial média do período, mas no caso de receitas ou despesas nãohomogeneamente distribuídas ou no de câmbio com oscilações significativas

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homogeneamente distribuídas ou no de câmbio com oscilações significativasterá que a conversão ser com base na data da competência de tais receitase despesas.

CPC 02 (R2) – Efeito das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão das Demonstrações Contábeis

• Registros na Investidora:� O resultado de equivalência patrimonial da investidora será desdobrado emduas parcelas: uma registrada no resultado, representando o efetivoresultado da investida devidamente convertido, e outra registrada nopatrimônio líquido da investidora para alocação ao seu resultado nofuturo, correspondente às variações cambiais tratadas em conta especialno patrimônio líquido das demonstrações convertidas da investida.

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• IAS 23;• CVM - Deliberação CVM nº. 577/09 e CFC - NBC T 19.22 - Resolução CFC nº.1.172/09.

CPC 20 – Custos de Empréstimos

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CPC 20 – Custos de Empréstimos

• Objetivo:� Custos de empréstimos que são diretamente atribuídos à aquisição, àconstrução ou à produção de ativos qualificáveis para a sua capitalizaçãoformam parte do custo de tais ativos. Outros custos de empréstimos sãoreconhecidos como despesas.

• Definições:� Custos de empréstimos são juros e outros custos em que a entidade incorreem conexão com o empréstimo de recursos. (ver o Pronunciamento TécnicoCPC 08 - Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores

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CPC 08 - Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e ValoresMobiliários.)

� Ativo qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um período detempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos.

• Resumo:� Na medida em que a entidade toma emprestados recursos especificamentecom o propósito de obter um ativo qualificável, deve determinar omontante de custos dos empréstimos elegíveis para capitalização comosendo aquele incorrido sobre esses empréstimos durante o períodonecessário para completar a aquisição, a construção ou a produção do ativo,menos qualquer receita financeira derivada da aplicação temporária dessesrecursos.

CPC 20 – Custos de Empréstimos

� A entidade deve cessar definitivamente a capitalização dos custos deempréstimos quando substancialmente todas as atividades necessárias parapreparar o ativo qualificável para seu uso ou venda pretendidos estiveremcompletas.

� A entidade deve evidenciar:� o montante de custo de empréstimos capitalizados durante o período; e� a taxa de capitalização usada para determinar o montante dos custoselegíveis para a capitalização.

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CPC 05 (R1) – Divulgação Sobre Partes Relacionadas

• IAS 24;• CVM - Deliberação CVM nº 642/10 e CFC - NBC T 17 - Resolução CFC nº1.297/10;

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CPC 05 (R1) – Divulgação Sobre Partes Relacionadas

• Objetivo:� Assegurar que as demonstrações contábeis de uma entidade contenham asdivulgações necessárias para evidenciar a possibilidade de que sua posiçãofinanceira e seu resultado possam ter sido afetados pela existência departes relacionadas e por transações e saldos existentes com tais partes.

• Definições:� Parte relacionada é a pessoa ou a entidade que está relacionada com aentidade que está elaborando suas demonstrações contábeis.

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� Uma pessoa, ou um membro próximo de sua família, está relacionadacom a entidade que reporta a informação se:

� tiver o controle pleno ou compartilhado;� tiver influência significativa; ou� for membro do pessoal chave da administração ou da controladora.

CPC 05 (R1) – Divulgação Sobre Partes Relacionadas

� Uma entidade está relacionada com a entidade que reporta ainformação se qualquer das condições abaixo for observada:� são membros do mesmo grupo econômico;� é coligada ou controlada em conjunto (joint venture) de outra;� ambas as entidades estão sob o controle conjunto (joint ventures) deuma terceira entidade;

� uma entidade está sob o controle conjunto (joint venture) de umaterceira entidade e a outra entidade for coligada dessa terceira entidade;

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terceira entidade e a outra entidade for coligada dessa terceira entidade;� a entidade é um plano de benefício pós-emprego cujos beneficiários sãoos empregados de ambas as entidades;

� é controlada, de modo pleno ou sob controle conjunto, por uma pessoaligada;

� uma pessoa ligada tem influência significativa sobre a entidade, ou formembro do pessoal chave da administração da entidade (ou decontroladora da entidade).

CPC 05 (R1) – Divulgação Sobre Partes Relacionadas

� Transação com parte relacionada é a transferência de recursos, serviços ouobrigações entre uma entidade que reporta a informação e uma parterelacionada, independentemente de ser cobrado um preço em contrapartida.

� Membros próximos da família de uma pessoa são aqueles membros dafamília dos quais se pode esperar que exerçam influência ou sejaminfluenciados pela pessoa nos negócios desses membros com a entidade eincluem:� os filhos da pessoa, cônjuge ou companheiro;os filhos do cônjuge da pessoa ou de companheiro; e

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� os filhos do cônjuge da pessoa ou de companheiro; e� dependentes da pessoa, de seu cônjuge ou companheiro.

� Remuneração inclui todos os benefícios a empregados e administradores. Osbenefícios a empregados são todas as formas de contrapartida paga, apagar, ou proporcionada pela entidade, ou em nome dela, em troca deserviços que lhes são prestados. Também inclui a contrapartida paga emnome da controladora da entidade em relação à entidade.

� Controle é o poder de direcionar as políticas financeiras e operacionais deuma entidade de forma a obter benefícios das suas atividades.

� Controle conjunto é a partilha do controle sobre uma atividade econômicaacordada contratualmente.

CPC 05 (R1) – Divulgação Sobre Partes Relacionadas

� Pessoal chave da administração são as pessoas que têm autoridade eresponsabilidade pelo planejamento, direção e controle das atividades daentidade, direta ou indiretamente, incluindo qualquer administrador(executivo ou outro) dessa entidade.

� Influência significativa é o poder de participar nas decisões financeiras eoperacionais de uma entidade, mas que não caracterize o controle sobreessas políticas. Influência significativa pode ser obtida por meio departicipação societária, disposições estatutárias ou acordo de acionistas.

� Estado refere-se ao governo no seu sentido lato, agências de governo e

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� Estado refere-se ao governo no seu sentido lato, agências de governo eorganizações similares, sejam elas municipais, estaduais, federais, nacionaisou internacionais.

� Entidade relacionada com o Estado é a entidade que é controlada, de modopleno ou em conjunto, ou sofre influência significativa do Estado.

CPC 05 (R1) – Divulgação Sobre Partes Relacionadas

• Finalidade da divulgação sobre partes relacionadas:� O relacionamento com partes relacionadas pode ter um efeito nosresultados e na posição financeira de uma entidade. As partesrelacionadas podem efetuar transações que partes não relacionadasnormalmente não realizariam.

� O conhecimento das transações, dos saldos existentes, incluindocompromissos, e dos relacionamentos da entidade com partes relacionadaspode afetar as avaliações de suas operações por parte dos usuários dasdemonstrações contábeis, inclusive as avaliações dos riscos e das

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demonstrações contábeis, inclusive as avaliações dos riscos e dasoportunidades com os quais a entidade se depara. Daí a necessidade dadivulgação relativa às partes relacionadas.

• Divulgação para todas as entidades:� Os relacionamentos entre controladora e controladas devem ser divulgadosindependentemente de ter havido ou não transações entre essas partesrelacionadas.

• IAS 27;• CVM - Deliberação CVM nº 607/09 e CFC - NBC T 19.35 - Resolução CFC nº1.239/09;

CPC 35 – Demonstrações Separadas

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CPC 35 – Demonstrações Separadas

• Objetivo:� Especifica as circunstâncias em que a entidade deve elaborar e apresentaras demonstrações contábeis separadas; como devem ser contabilizadosos investimentos em controladas, controladas em conjunto (joint ventures) ecoligadas; e como a entidade deve divulgar a informação para permitir queos usuários das demonstrações contábeis avaliem a natureza da relaçãoentre a entidade e suas investidas e os motivos pelos quais estãoapresentando essas demonstrações separadas.

• Definições:

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• Definições:� Demonstrações separadas são aquelas apresentadas por uma controladora,um investidor em coligada ou um empreendedor em uma entidadecontrolada em conjunto, nas quais os investimentos são contabilizados combase no valor do interesse direto no patrimônio (direct equity interest), emvez de nos resultados divulgados e nos valores contábeis dos ativos líquidosdas investidas. Não se confundem com as demonstrações contábeisindividuais.

CPC 35 – Demonstrações Separadas

• Resumo:� As demonstrações contábeis separadas são apresentadas adicionalmenteàs demonstrações contábeis consolidadas e às demonstrações contábeisindividuais, nas quais os investimentos em controladas, coligadas e emempreendimentos controlados em conjunto são contabilizados pelo métodode equivalência patrimonial.

� A entidade deve divulgar que as demonstrações apresentadas sãodemonstrações contábeis separadas e divulgar os motivos pelos quaiselas foram preparadas quando não exigido por lei ou regulamentarmente;

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elas foram preparadas quando não exigido por lei ou regulamentarmente;a lista dos investimentos relevantes em coligadas, controladas e controladasem conjunto; o método utilizado para contabilizar tais investimentos; e arazão da escolha desse método.

• IAS 27;• CVM - Deliberação CVM nº 608/09 e CFC - NBC T 19.36 - Resolução CFC nº1.240/09;

CPC 36 (R1) – Demonstrações Consolidadas

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CPC 36 (R1) – Demonstrações Consolidadas

• Objetivo:� Especifica as circunstâncias em que a entidade deve consolidar asdemonstrações contábeis de outra entidade (uma controlada), os efeitoscontábeis de mudanças na participação relativa da controladora sobre acontrolada e da perda do controle sobre a controlada e a informação quedeve ser evidenciada para permitir que os usuários das demonstraçõescontábeis avaliem a natureza da relação entre a entidade e suascontroladas.

• Definições:

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• Definições:� Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de umconjunto de entidades (grupo econômico), apresentadas como se fossem asde uma única entidade econômica.

� Controle é o poder de governar as políticas financeiras e operacionais daentidade de forma a obter benefício das suas atividades.

� Grupo econômico é a controladora e todas as suas controladas.� Participação de Não Controlador é a parte do patrimônio líquido dacontrolada não atribuível, direta ou indiretamente, à controladora.

CPC 36 (R1) – Demonstrações Consolidadas

• Resumo:� A controladora deve consolidar todos os seus investimentos em controladas,independentemente de atuarem em ramos econômicos diferenciados. Essaexigência tem uma limitada exceção, disponível apenas para algumas entidadesem raras situações. Se a sociedade tiver uma controlada, como regra estáobrigada à consolidação, mesmo que seja, por exemplo, uma sociedade limitada,porque as exceções não liberam essas sociedades nem organizações de capital derisco, fundos mútuos, fundos de investimento, unidades fiduciárias e entidadessimilares, de consolidar suas controladas.

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similares, de consolidar suas controladas.� O grupo econômico de sociedades deve utilizar práticas contábeis uniformespara registrar e apresentar transações e outros eventos. Se houver diferenças depráticas contábeis, cabe à controladora refazer, para fins de consolidação, asdemonstrações da(s) controlada(s) antes da consolidação.

� A participação dos não controladores deve ser apresentada no balançopatrimonial consolidado dentro do patrimônio líquido, separadamente dopatrimônio líquido dos proprietários da controladora.

� A defasagem máxima entre as datas de encerramento das demonstrações dacontrolada e da controladora não deve ser superior a dois meses, devendo serconsiderados os efeitos de transações relevantes nesse período.

� A entidade deve divulgar informações acerca da natureza da relação entre acontroladora e suas controladas.

CPC 18 – Investimento em Coligada e em Controlada

• IAS 28;• CVM - Deliberação CVM nº 605/09 e CFC - NBC T 19.37 - Resolução CFC nº1.241/09;

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CPC 18 – Investimento em Coligada e em Controlada

• Objetivo:� Especificar como devem ser contabilizados os investimentos em coligadasnas demonstrações contábeis individuais e consolidadas do investidor e emcontroladas nas demonstrações contábeis da controladora.

� Não se aplica aos investimentos em coligadas e controladas que foremmantidos por organizações de capital de risco, fundos mútuos, trustes eentidades similares. Bem como, não se aplica aos investimentos classificadoscomo instrumentos financeiros mantidos para negociação

Definições:

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• Definições:� Coligada é uma entidade, incluindo aquela não constituída sob a forma desociedade tal como uma parceria, sobre a qual o investidor tem influênciasignificativa e que não se configura como controlada ou participação emempreendimento sob controle conjunto (joint venture).

� Demonstrações consolidadas são demonstrações contábeis de um conjuntode entidades (grupo econômico) apresentadas como se fossem as de umaúnica entidade econômica.

� Controle é o poder de governar as políticas financeiras e operacionais daentidade de forma a obter benefícios de suas atividades.

CPC 18 – Investimento em Coligada e em Controlada

� Método de equivalência patrimonial é o método de contabilização por meiodo qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo eposteriormente ajustado pelo reconhecimento da participação atribuída aoinvestidor nas alterações dos ativos líquidos da investida.

� Controle conjunto é o compartilhamento do controle, contratualmenteestabelecido, sobre uma atividade econômica que existe somente quando asdecisões estratégicas, financeiras e operacionais relativas à atividadeexigirem o consentimento unânime das partes que compartilham o controle(os empreendedores).

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(os empreendedores).� Influência significativa é o poder de participar nas decisões financeiras eoperacionais da investida, sem controlar de forma individual ou conjuntaessas políticas.

� Controlada é a entidade, incluindo aquela não constituída sob a forma desociedade tal como uma parceria, na qual a controladora, diretamente oupor meio de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lheassegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais eo poder de eleger a maioria dos administradores.

CPC 18 – Investimento em Coligada e em Controlada

• Resumo:� Coligada é a entidade sobre a qual a investidora mantém influênciasignificativa, sem chegar a controlá-la.

� O investimento em controlada obriga à elaboração da demonstraçãoconsolidada.

� O investimento em coligada e em controlada deve ser contabilizado pelométodo de equivalência patrimonial, exceto quando classificado comomantido para venda.

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� Na aquisição de um investimento em coligada ou controlada, há asegregação da parcela do investimento correspondente à diferença entreo valor pago e a parcela sobre o valor justo dos ativos líquidosadquiridos, que não é classificada como goodwill no Ativo Intangível nobalanço individual, permanecendo no subgrupo de Investimentos e sujeitaaos testes de impairment. No caso de controlada, o teste de impairment é omesmo daquele aplicado às demonstrações consolidadas e, nestas, esse ágioé classificado como Ativo Intangível.

CPC 19 – Investimento em Empreendimento Controlado Conjunto (JointVenture)

• IAS 31;• CVM - Deliberação CVM nº 606/09 e CFC - NBC T 19.38 - Resolução CFC nº1.242/09;

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CPC 19 – Investimento em Empreendimento Controlado Conjunto (JointVenture)

• Objetivo:� Especificar como contabilizar as participações em empreendimentoscontrolados em conjunto (joint ventures) e na divulgação dos ativos,passivos, receitas e despesas desses empreendimentos nas demonstraçõescontábeis dos investidores.

• Definições:� Empreendimento controlado em conjunto (joint venture) é o acordocontratual em que duas ou mais partes se comprometem à realização deatividade econômica que está sujeita ao controle conjunto.

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atividade econômica que está sujeita ao controle conjunto.• Resumo:

� No controle conjunto apenas de operações, os ativos pertencemdiretamente aos empreendedores, que reconhecem seus próprios ativos esuas próprias obrigações; cada um reconhece a receita e a despesa que lhecabem no empreendimento. No caso de ativos controlados em conjunto,cada empreendedor reconhece a parte que lhe cabe nos ativos, nos passivose nas receitas e despesas do empreendimento controlado em conjunto.

CPC 19 – Investimento em Empreendimento Controlado Conjunto (JointVenture)

� No caso de controle compartilhado de uma entidade (joint venture), prevê,no balanço individual de cada controlador em conjunto, o método daequivalência patrimonial e, além disso, obriga à demonstraçãoconsolidada proporcional em todos os controladores em conjunto.

� Na aquisição de um investimento em joint venture, são aplicados osconceitos relativos a um investimento em controlada, a não ser quandoespecificado diferentemente.

� A defasagem máxima entre as datas de encerramento das demonstraçõesda investida e do investidor não deve ser superior a dois meses, devendo ser

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da investida e do investidor não deve ser superior a dois meses, devendo serconsiderados os efeitos de transações relevantes nesse período. Diferençasde práticas contábeis entre o empreendedor e a entidade controlada emconjunto precisam ser ajustadas pelo empreendedor antes da aplicação daequivalência patrimonial e da consolidação proporcional.

CPC 39 – Instrumentos Financeiros (Apresentação)

• IAS 32;• CVM - Deliberação CVM nº 604/09 e CFC - NBC T 19.33 - Resolução CFC nº1.197/09;

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CPC 39 – Instrumentos Financeiros (Apresentação)

• Objetivo:� Estabelecer princípios para a apresentação de instrumentos financeiroscomo passivo ou patrimônio líquido e para compensação de ativosfinanceiros e passivos financeiros.

• Definições:� Instrumento financeiro é qualquer contrato que dê origem a um ativofinanceiro para a entidade e a um passivo financeiro ou instrumentopatrimonial para outra entidade.

151

� Ativo financeiro é qualquer ativo que seja:� caixa;� instrumento patrimonial de outra entidade;� direito contratual de receber caixa ou outro ativo financeiro;� um contrato que seja ou possa vir a ser liquidado por instrumentospatrimoniais da própria entidade.

� Passivo financeiro é qualquer passivo que seja:� uma obrigação contratual de entregar caixa ou outro ativo financeiro; ou� contrato que será ou poderá ser liquidado por instrumentos patrimoniaisda própria entidade.

CPC 39 – Instrumentos Financeiros (Apresentação)

� Instrumento patrimonial é qualquer contrato que evidencie uma participaçãonos ativos de uma entidade após a dedução de todos os seus passivos.

• Resumo:� A entidade deve classificar um instrumento financeiro de sua emissão comoum passivo, um ativo ou um elemento patrimonial, de acordo com asubstância do instrumento e com suas respectivas definições.

� Para que um instrumento financeiro possa ser classificado como instrumentopatrimonial e, não, como passivo, é necessário que ele não obrigue aentidade a entregar caixa ou outro ativo financeiro nem a trocar ativos

152

entidade a entregar caixa ou outro ativo financeiro nem a trocar ativosou passivos financeiros em condições desfavoráveis.

� Ativos e passivos financeiros somente podem ser compensados, paraserem apresentados pelo valor líquido, quando a entidade tiver o direito decompensá-los e possuir a intenção de liquidar pelo valor líquido ou deliquidar o ativo e passivo simultaneamente.

• IAS 34;• CVM - Deliberação CVM nº. 581/09 e CFC - NBC T 19.24 - Resolução CFC nº.1.174/09;

CPC 21 – Demonstração Intermediária

153

CPC 21 – Demonstração Intermediária

• Objetivo:� Este Pronunciamento não especifica quais entidades devem ser obrigadasa divulgar ou a publicar as demonstrações contábeis intermediárias, quaissão essas demonstrações e com qual frequência mínima devem serdivulgadas. A decisão final desses assuntos é dos órgãos reguladores,especifica o conteúdo mínimo dessas informações; esse mínimo tambémdeve ser observado se a entidade decide divulgar ou publicarvoluntariamente demonstrações intermediárias.

• Definições:

154

• Definições:� Período intermediário é um período inferior àquele do exercício socialcompleto.

� Demonstração contábil intermediária significa uma demonstração contábilcontendo um conjunto completo de demonstrações contábeis (assim comodescrito no Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação dasDemonstrações Contábeis) ou um conjunto de demonstrações contábeiscondensadas (assim como descrito neste Pronunciamento) de períodointermediário.

CPC 21 – Demonstração Intermediária

• Resumo:� O conteúdo mínimo de uma demonstração contábil intermediária consistenas seguintes demonstrações completas ou condensadas: balançopatrimonial, demonstração do resultado, demonstração do resultadoabrangente, demonstração dos fluxos de caixa e demonstração dasmutações do patrimônio líquido, acompanhadas de notas explicativasselecionadas.

� O balanço patrimonial intermediário deve ser comparado com o do final doexercício social anterior; as demonstrações do resultado e do resultadoabrangente devem se referir ao período intermediário último e ao acumulado

155

abrangente devem se referir ao período intermediário último e ao acumuladodesde o início do exercício e serem comparadas com as de iguais períodosdo exercício social anterior; e as demonstrações das mutações no patrimôniolíquido e dos fluxos de caixa devem conter pelo menos as informaçõesacumuladas do período corrente e do período acumulado do exercício socialanterior com o qual se comparam.

� O Pronunciamento especifica as notas explicativas selecionadas mínimas aserem divulgadas, principalmente as relativas a operações sazonais oucíclicas, movimentações com reembolsos de dívidas e títulos patrimoniais,dividendos, informações por segmento, eventos subsequentes, combinaçãode negócios, novas controladas ou as que deixaram de ser controladas,reestruturações (inclusive físicas, como a do imobilizado), combinações denegócios, alterações nos ativos e passivos contingentes, etc

CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos

• IAS 36;• CVM (Deliberação CVM 639/10) e CFC (NBC T 19.10, Resolução nº 1.292/10);

156

• Objetivo:� Estabelecer procedimentos para assegurar que os ativos estejamregistrados por valor que não exceda seus valores de recuperação.

• Alcance:� Se aplica a todos os ativos, exceto:

� Estoques;� Ativos advindos de contratos de construção;� Ativos fiscais diferidos;

CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos

157

� Ativos fiscais diferidos;� Ativos advindos de planos de benefícios à empregados;� Ativos financeiros (conforme CPCs de instrumentos financeiros);� Propriedade para investimento por valor justo;� Ativos biológicos (atividade agrícola);� Custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de contratosde seguros;

� Ativos não circulantes mantidos para venda.

• Definições:� Valor contábil é o valor reconhecido no balanço menos depreciaçãoacumulada e ajuste para perdas.

� Unidade geradora de caixa (UGC) é o menor grupo identificável de ativosque gera entradas de caixa.

� Ativos corporativos: Ativos, exceto goodwill, que contribuem, mesmo queindiretamente, para os fluxos de caixa futuros de várias UGCs.

� Despesas de venda ou de baixa são despesas incrementais diretamente

CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos

158

� Despesas de venda ou de baixa são despesas incrementais diretamenteatribuíveis à venda ou baixa de um ativo ou UGC, excluindo as despesasfinanceiras e de impostos sobre o resultado gerado.

� Valor justo líquido de despesa de venda: Venda de um ativo ou UGC, entrepartes conhecedoras e interessadas, menos as despesas estimadas devendas.

� Valor recuperável é o maior montante entre o valor justo líquido de despesade venda e seu valor em uso.

� Valor em uso é o valor presente (VP) de fluxos de caixa futuros (FC) de umativo ou UGC.

• Obrigação e Periodicidade:� Avaliar anualmente, necessitando de estimativa formal quando houverindicação de possível desvalorização;

� Para ativo intangível com vida útil indefinida, intangível ainda não disponívelpara uso e ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), sefaz necessário realizar o teste no mínimo anualmente. Se os mesmosestiverem alocados a uma UGC ou grupo de UGCs, está estará obrigada arealizar o teste anualmente.

CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos

159

• Indicação de Desvalorização de Ativos:� Fontes externas de informação:

� Diminuição significativa de valor de mercado;�Mudanças significativas, com efeitos adversos, nos ambientestecnológico, de mercado, econômico ou legal;

� Aumento no juros e/ou taxas de mercado que afetam a taxa de descontoutilizada no cálculo do valor em uso;

� Valor contábil do PL da entidade ser maior que o valor das ações nomercado.

• Indicação de Desvalorização de Ativos:� Fontes internas:

� Evidência de obsolescência, inatividade, ociosidade ou dano físico de umativo;

� Planos para descontinuidade, reestruturação da operação, baixa do ativoantes da data prevista ou reavaliação da vida útil como finita ao invés deindefinida;

� Indicação que o desempenho econômico do ativo é ou será pior que o

CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos

160

� Indicação que o desempenho econômico do ativo é ou será pior que oprevisto.

• Indicação de Ativo Individual e UGC:� O valor recuperável deve ser determinado para um ativo individual amenos que este não gere entradas de caixa independentes, assim deve-sedeterminar o valor recuperável para a UGC a qual o ativo pertence;

� Para identificar se as entradas de caixa de um ativo ou UGC sãoindependentes deve-se considerar vários fatores, tais como:� A maneira como administração toma decisões sobre a continuidade ou abaixa dos ativos e operações da entidade; e

� A maneira como a administração monitora as operações:

CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos

161

� A maneira como a administração monitora as operações:� linhas de produtos;� linhas de negócios;� localidades individuais;� áreas distritais ou regionais.

• Alocação do Goodwill a UGC:� O goodwill adquirido em combinação de negócios deve ser alocado a cadauma das UGCs do adquirente, ou a grupos de UGC, que devem se beneficiardas sinergias da operação;

� Cada unidade ou grupo de unidades ao qual o goodwill é alocado, deve:� representar o menor nível da entidade no qual o goodwill é monitoradopara fins gerenciais internos;

� não ser maior que um segmento operacional.

• Mensuração do Valor Recuperável:� Valor recuperável é o maior valor entre o valor justo líquido e o valor emuso, caso qualquer um dos dois exceda o valor contábil do ativo, não hádesvalorização, não sendo necessário estimar o outro valor;

� Caso não seja possível a determinação do valor justo líquido por basesconfiáveis, pode-se considerar como valor recuperável o valor em uso;

� Se não há razões para acreditar que o valor em uso exceda materialmente ovalor justo líquido, pode-se considerar como valor recuperável o valorjusto líquido;

CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos

162

justo líquido;� Para ativo intangível com vida útil indefinida e goodwill se faz necessáriorealizar o teste no mínimo anualmente, entretanto o mais recentecálculo detalhado, efetuado em período anterior, pode ser utilizado noperíodo corrente como cálculo prévio, desde que atendidos os seguintescritérios:� Se a UGC não tiver sofrido alteração significativa desde o cálculo maisrecente;

� Se o cálculo mais recente exceder o valor contábil com uma margemsubstancial;

� Se desde o cálculo mais recente não ocorreram eventos e circunstânciasque indiquem uma remota probabilidade de que o valor corrente sejamenor que o valor contábil.

• Mensuração do Valor Recuperável:Valor em uso

� A estimativa do valor em uso envolve as seguintes etapas:� Estimar futuras entradas e saídas de caixa derivadas de seu uso contínuoe de sua baixa final;

� Aplicar a taxa de desconto apropriada ao fluxo de caixa projetado.� Deve-se levar em consideração para o cálculo:

� Estimativa dos fluxos de caixa futuros e possíveis variações;

CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos

163

� Estimativa dos fluxos de caixa futuros e possíveis variações;� Taxa de juros livre de risco;� Prêmio pela incerteza inerente ao ativo;� Projeção com inflação deve utilizar taxa de desconto nominal e projeçãosem inflação deve utilizar taxa de desconto real;

� Não devem incluir entradas ou saídas de caixa de financiamentos etributos sobre a renda tanto para o caixa quanto para a taxa dedesconto;

� Fluxos em moeda estrangeira devem ter seu valor presente convertidopelo câmbio a vista na data do cálculo;

� Outros fatores relevantes.

• Mensuração do Valor Recuperável:Valor em uso

� Ao mensurar o valor em uso a entidade deve:� Basear as projeções em premissas razoáveis e fundamentadas, querepresentem a melhor estimativa;

� Basear as projeções nas previsões ou orçamentos financeiros maisrecentes aprovados pela administração, excluídos os fluxos decorrentesde melhorias e/ou reestruturações desde que estas não estejam

CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos

164

de melhorias e/ou reestruturações desde que estas não estejamprovisionadas, ou seja, sem reconhecimento e comprometimento real doplano de realização ;

� O período de projeção deve ser de no máximo 05 (cinco) anos, a menosque se justifique um período mais longo;

� Ao mensurar o valor em uso a entidade deve:� Estimar as projeções, após o período abrangido pelas previsões eorçamentos mais recentes, utilizando uma taxa de crescimento estávelou decrescente, não sendo mais elevada que a taxa média decrescimento para os setores ou países de operação. A utilização de taxasmais elevadas deve ser fundamentada.

• Divulgação:� Caso o valor contábil do goodwill ou dos ativos intangíveis com vida útilindefinida alocados para uma UGC (grupo de unidades) seja significativo emcomparação com o valor total contábil, deve-se divulgar:� O valor contábil do goodwill e/ou ativo intangível com vida útil indefinidaalocado;

� A base sobre a qual o valor recuperável tenha sido determinado;� Se a base do valor recuperável for o valor justo líquido de despesa de

CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos

165

� Se a base do valor recuperável for o valor justo líquido de despesa devenda, divulgar a metodologia utilizada, mas caso o valor justo líquidonão seja determinado utilizando-se preço de mercado, a entidade devedivulgar:

� descrição de cada premissa-chave;� se o valor justo for determinado com base no fluxo de caixadescontado mencionar o período de projeção, a taxa decrescimento e a taxa de desconto.

• Divulgação:� Se a base do valor recuperável for o valor em uso:

� descrição de cada premissa-chave;� período projetado (se superior a 05 anos, uma explicação do porque umperíodo mais longo é justificável);

� taxa de crescimento utilizada, justificando caso exceda a taxa média decrescimento de longo prazo para os produtos, segmentos de indústria oupaíses no qual a entidade opera ou para o mercado que a unidade é

CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos

166

países no qual a entidade opera ou para o mercado que a unidade édirecionada;

� taxa de desconto.

• Fluxograma:

CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos

(I)

Redução ao Valor Recuperável

SE (E) – (H) < 0

(E)(H)

Valor Contábil

167

(E)

Valor Recuperável

> entre (D) e (E)

(D)

Valor em uso

VP do FCD

(C)

Valor Justo

(A) – (B)

(A)

Valor de Venda

(B)

Despesa de Venda

Valor Contábil Líquido

(F) – (G)

(F)

Valor Contábil

(G)

Deprec. / Amort. acum. e ajuste para

perdas

• Visualização do Reconhecimento e Mensuração de Perda por Desvalorização:Ativo Individual

� Visualização genérica:

CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos

Perda -

168

Valor Contábil

Valor Recupe-

rávelValor

Contábil

Valor Contábil Valor

Recupe-rável

Novo Valor Contábil

Perda -Resultado

Valor Contábil

Reava-liadoValor

Recupe-rável

Novo Valor Contábil

Reserva Reav. (PL)

• Visualização do Reconhecimento e Mensuração de Perda por Desvalorização:Goodwill e UGC

� Se a UGC ou grupo de UGC já estiver preparada para a alocação do goodwill,deve-se primeiramente, caso constatada a perda, reduzir o valor contábil dogoodwill alocado e, posteriormente, reduzir os outros ativos da unidade.

� Visualização genérica:

CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos

169

Valor Contábil

UGC

Valor Recupe-rável

Valor ContábilGoodwill

PerdaResultado

Valor Contábil

UGCValor

Recupe-rávelNovo Valor

Contábil

Perda UGCResultado

Valor ContábilGoodwill

Perda Goodwill

Resultado

Valor Contábil

UGC

Goodwill

CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

• IAS 37;• CVM – Deliberação CVM nº 594/09 e CFC – NBC T 19.7, Resolução nº 1.180/09;

170

CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

• Objetivo:� Assegurar que sejam aplicados critérios de reconhecimento e bases demensuração apropriados a provisões, passivos contingentes e ativoscontingentes e que seja divulgada informação suficiente nas notasexplicativas, para permitir que os usuários entendam a sua natureza,oportunidade e valor.

• Definições:� Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos.� Passivo contingente é:

171

� Passivo contingente é:� uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cujaexistência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um oumais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade;ou

� uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que nãoé reconhecida porque:

� não é provável que uma saída de recursos que incorporambenefícios econômicos seja exigida para liquidar a obrigação; ou

� o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficienteconfiabilidade.

� Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados ecuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um oumais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade.

CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

• Reconhecimento:� Uma provisão deve ser reconhecida quando, e apenas quando:

� uma entidade tem uma obrigação presente (legal ou não-formalizada)como resultado de um evento passado;

� é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícioseconômicos será necessária para liquidar a obrigação; e

� possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.• Mensuração:

172

• Mensuração:� O valor reconhecido como uma provisão deve ser a melhor estimativa dodesembolso exigido para liquidar a obrigação presente na data do balanço.É o valor que uma entidade racionalmente pagaria para liquidar a obrigaçãona data do balanço ou para transferi-la para terceiros nesse momento.

• Passivos Contingentes:� Uma entidade não deve reconhecer um passivo contingente. Devedivulgar a menos que seja remota a possibilidade de uma saída de recursosque incorporam benefícios econômicos.

• Ativos Contingentes:� Uma entidade não deve reconhecer um ativo contingente. Porém,quando a realização do ganho é praticamente certa, então o ativorelacionado não é um ativo contingente e o seu reconhecimento é adequado.

CPC 04 – Ativo Intangível

• IAS 38;• CVM - Deliberação CVM nº 553/08 e CFC - NBC T 19.8 - Resolução CFC nº1.139/08 e 1.140/08;

173

• Objetivo:� Definir o tratamento contábil dos ativos intangíveis. Estabelece que umaentidade deve reconhecer um ativo intangível apenas se determinadoscritérios específicos forem atendidos. Define como apurar o valor contábildos ativos intangíveis, exigindo divulgações específicas sobre essesativos. Um ativo intangível é um ativo não monetário identificável semsubstância física.

CPC 04 – Ativo Intangível

174

� Aplica-se à contabilização de ativos intangíveis, exceto:� ativos intangíveis dentro do alcance de outro pronunciamento;� ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill ou fundo decomércio) surgido na aquisição de investimento avaliado pelo método deequivalência patrimonial ou decorrente de combinação de negócios;

� ativos financeiros, que atendam à definição de InstrumentosFinanceiros;

� arrendamentos mercantis dentro do alcance de outro pronunciamento;

CPC 04 – Ativo Intangível

175

� arrendamentos mercantis dentro do alcance de outro pronunciamento;� direitos de exploração de recursos minerais e gastos com a exploraçãoou o desenvolvimento e a extração de minérios, petróleo, gás natural eoutros recursos exauríveis similares;

� ativos intangíveis de longo prazo, classificados como mantidos paravenda, ou incluídos em um grupo de itens que estejam classificadoscomo mantidos para venda;

� ativos fiscais diferidos;� ativos decorrentes de benefícios a empregados; e� custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis resultantes dos direitoscontratuais de seguradora segundo contratos de seguro.

� Alguns ativos intangíveis podem estar contidos em elementos quepossuem substância física, como um disco (como no caso de software),documentação jurídica (no caso de licença ou patente) ou em um filme. Parasaber se um ativo que contém elementos intangíveis e tangíveis deve sertratado como ativo imobilizado ou como ativo intangível, nos termos dopresente Pronunciamento, a entidade avalia qual elemento é maissignificativo. Por exemplo, um software de uma máquina-ferramentacontrolada por computador que não funciona sem esse software específico éparte integrante do referido equipamento, devendo ser tratado como ativo

CPC 04 – Ativo Intangível

176

parte integrante do referido equipamento, devendo ser tratado como ativoimobilizado. O mesmo se aplica ao sistema operacional de um computador.Quando o software não é parte integrante do respectivo hardware, ele deveser tratado como ativo intangível.

• Definições:� Amortização é a alocação sistemática do valor amortizável de ativointangível ao longo da sua vida útil.

� Valor contábil é o valor pelo qual um ativo é reconhecido no balançopatrimonial após a dedução da amortização acumulada e da perda pordesvalorização.

� Custo é o montante de caixa ou equivalente de caixa pago ou o valor justode qualquer outra remuneração dada para adquirir um ativo na data da suaaquisição ou construção, ou ainda, se for o caso, o valor atribuído ao ativo

CPC 04 – Ativo Intangível

177

aquisição ou construção, ou ainda, se for o caso, o valor atribuído ao ativoquando inicialmente reconhecido de acordo com as disposições específicasde outro Pronunciamento.

� Valor amortizável é o custo de um ativo ou outro valor que substitua ocusto, menos o seu valor residual.

� Desenvolvimento é a aplicação dos resultados da pesquisa ou de outrosconhecimentos em um plano ou projeto visando à produção de materiais,dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços novos ousubstancialmente aprimorados, antes do início da sua produção comercial oudo seu uso.

� Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física.� Pesquisa é a investigação original e planejada realizada com a expectativade adquirir novo conhecimento e entendimento científico ou técnico.

� Vida útil é:� o período de tempo no qual a entidade espera utilizar um ativo; ou� o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que aentidade espera obter pela utilização do ativo.

• Reconhecimento e mensuração:

CPC 04 – Ativo Intangível

178

• Reconhecimento e mensuração:� O reconhecimento de um item como ativo intangível exige que uma entidadedemonstre que o item satisfaça:� a definição de ativo intangível;� e os critérios de reconhecimento.

� Um ativo é identificável na definição de um ativo intangível quando:� for separável, isto é, capaz de ser separado ou dividido da entidade evendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, sejaindividualmente ou em conjunto com um contrato, ativo ou passivorelacionado; ou

� resultar de direitos contratuais ou de outros direitos legais, quer essesdireitos sejam transferíveis quer sejam separáveis da entidade ou deoutros direitos e obrigações.

• Vida útil:� A entidade deve avaliar se a vida útil de um ativo intangível é definida ouindefinida e, no primeiro caso, a duração ou o volume de produção ouunidades semelhantes que formam essa vida útil. A entidade deve atribuirvida útil indefinida a um ativo intangível quando, com base na análise detodos os fatores relevantes, não existe um limite previsível para o períododurante o qual o ativo deverá gerar fluxos de caixa líquidos positivos para aentidade.

� Para determinar se um ativo intangível requer uma provisão para perdas por

CPC 04 – Ativo Intangível

179

� Para determinar se um ativo intangível requer uma provisão para perdas pordesvalorização, a entidade deve aplicar o Pronunciamento Técnico CPC 01– Redução ao Valor Recuperável de Ativos.

• Ativo intangível com vida útil definida:� O valor amortizável de um ativo intangível com vida útil definida deve serapropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada.

� A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiverdisponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas condiçõesnecessários para que possa funcionar da maneira pretendida pelaadministração.

� O método de amortização utilizado deve refletir o padrão de consumo pelaentidade dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinar

CPC 04 – Ativo Intangível

180

entidade dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinaresse padrão com segurança, deve ser utilizado o método linear.

� O período de amortização e o método de amortização para um ativointangível, com vida útil definida devem ser revistos pelo menos no final decada exercício social.

• Ativo intangível com vida útil indefinida:� Um ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado.� De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 - Redução ao ValorRecuperável de Ativos, é exigido que uma entidade teste a recuperação deum ativo intangível com vida útil indefinida comparando o seu valorrecuperável com o seu respectivo valor contábil, anualmente ou sempre quehaja uma indicação de que o ativo intangível pode estar perdendo substânciaeconômica.

CPC 04 – Ativo Intangível

181

Pronunciamento Técnico CPC 04 –Ativos Intangíveis

Ativo Intangível – Ágio

Resumo

Tipo de Ágio Balanço Individual Balanço Consolidado

Diferença entre o valor Investimentos

Agregado ao valor dos bens

182

Diferença entre o valor contábil e o valor de mercado

InvestimentosAgregado ao valor dos bens

consolidados

Expectativa de rentabilidade futura

Intangível Intangível

Pronunciamento Técnico CPC 04 –Ativos Intangíveis

Ativo Intangível – ÁgioV

alo

r d

e C

om

pra

R$

20

0.0

00

Ágio por Expectativa de Rentabilidade Futura (Fundo de Comércio e/ou Good

Will) R$40.000

Ági

o D

ecre

to-L

ei

1.5

98

/77

-D

eter

min

a a

Segr

egaç

ão

Àgio pago acima do valor de mercado - Intangível

Diferença entre o Valor Contábil e o Valor de Mercado R$60.000

Àgio pago acima do valor justo de mercado dos ativos e passivos

adquiridos - Investimentos

183

Val

or

de

Co

mp

ra R

$2

00

.00

0

1.5

98

/77

Valor Contábil Ativos e Passivos R$100.000

Ágio por Expectativa de Rentabilidade Futura (Fundo de Comércio e/ou Good Will)

Tem por características: Nome; clientela; capacidade produtiva;localização; reputação;

fidelidade; treinamento; inovação em tecnologia

A partir de 2009 - Não amortiza

Baixa pelo Teste de Recuperabilidade

CPC 38 – Instrumentos Financeiros (Reconhecimento e Mensuração)

• IAS 39;• CVM - Deliberação CVM nº 604/09 e CFC - NBC T 19.32 - Resolução CFC nº1.196/09;

184

CPC 38 – Instrumentos Financeiros (Reconhecimento e Mensuração)

• Objetivo:� Disciplina o reconhecimento e a mensuração de operações realizadas cominstrumentos financeiros, incluindo derivativos;

� Deve ser aplicado a todas as entidades e a todos os tipos de instrumentosfinanceiros com algumas exceções: direitos e obrigações advindos deoperações de leasing, direitos e obrigações oriundos de contratos debenefícios a empregados entre outras.

• Definições:

185

� Derivativo é um instrumento financeiro ou outro contrato com todas as trêscaracterísticas seguintes:� o seu valor altera-se em resposta à alteração na taxa de jurosespecificada, preço de instrumento financeiro, preço de mercadoria,taxa de câmbio, índice de preços ou de taxas, avaliação ou índice decrédito, ou outra variável, desde que, no caso de variável nãofinanceira, a variável não seja específica de uma parte do contrato;

� não é necessário qualquer investimento líquido inicial ou que sejainferior ao que seria exigido para outros tipos de contratos que seesperaria que tivessem resposta semelhante às alterações nos fatoresde mercado; e

� é liquidado em data futura.

CPC 38 – Instrumentos Financeiros (Reconhecimento e Mensuração)

• Reconhecimento e desreconhecimento:� São definidos critérios detalhados para o reconhecimento e odesreconhecimento de instrumentos financeiros ativos e passivos. Essescritérios estão baseados no conceito de transferência/manutenção deriscos e benefícios dos ativos e, não, em sua propriedade jurídica.

• Mensuração:� A mensuração inicial de ativos e passivos financeiros deve ser feita pelovalor justo. A mensuração subsequente irá depender da classificação dosinstrumentos financeiros, sendo que todos os derivativos devem ser

186

instrumentos financeiros, sendo que todos os derivativos devem sermensurados pelo valor justo (salvo se não for possível), assim como osinstrumentos classificados como mensurados pelo valor justo porintermédio do resultado e disponíveis para a venda. Empréstimos erecebíveis e títulos mantidos até o vencimento não são mensurados pelovalor justo. O pronunciamento estabelece orientações para a mensuraçãodo valor justo e define que preços em mercados organizados são a melhorestimativa de valor justo.

CPC 38 – Instrumentos Financeiros (Reconhecimento e Mensuração)

• Reclassificações:� Existem regras bastante rigorosas para a reclassificação entre as categoriasde classificação dos instrumentos financeiros. As regras são especialmenterígidas na reclassificação para a categoria de mensurado pelo valor justo porintermédio do resultado.

• Perda no valor recuperável de ativos financeiros:� A entidade deve avaliar, ao final de cada exercício, se existem evidências deque houve perda no valor recuperável de seus ativos financeiros. Sehouver evidência de que tais perdas existem, o Pronunciamento estabelececritérios para que o teste de perda no valor recuperável e sua

187

houver evidência de que tais perdas existem, o Pronunciamento estabelececritérios para que o teste de perda no valor recuperável e suacorrespondente contabilização sejam realizados.

• Hedge:� Para as operações com derivativos realizadas com finalidade de hedge,existe uma contabilidade especial (hedge accounting). Essa contabilizaçãotem como objetivo aplicar o regime de competência para essas operações deforma que as variações no valor justo do instrumento de hedge (derivativo)e do item objeto de hedge (uma dívida, por exemplo) sejam reconhecidasno resultado do exercício concomitantemente.

� Para que as operações possam ser classificadas como operações de hedge énecessário que elas atendam a uma série de requisitos. Estão entre osrequisitos a correta documentação da operação e o teste de sua eficácia,entre outros.

CPC 38 – Instrumentos Financeiros (Reconhecimento e Mensuração)

� As operações de hedge podem ser classificadas em três categorias:� hedge de valor justo;� de fluxo de caixa; e� de investimento no exterior.

� Para as operações classificadas como hedge de valor justo, as variações novalor justo do instrumento de hedge (derivativo) e do item objeto de hedgedevem ser reconhecidas no resultado quando de sua ocorrência econcomitantemente. Para as operações classificadas como hedge de fluxo de

188

concomitantemente. Para as operações classificadas como hedge de fluxo decaixa, as variações no instrumento de hedge devem ser contabilizadas nopatrimônio líquido (ajustes de avaliação patrimonial), lá permanecendo até omomento da realização do item objeto de hedge (venda projetada, porexemplo).

CPC 08 – Custo de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários

• IAS 39 (partes)• CVM - Deliberação CVM nº 556/08 e CFC - NBC T 19.14 - Resolução CFC nº1.142/08;

189

CPC 08 – Custo de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários

• Objetivo:� Prescrever o tratamento contábil aplicável ao registro dos custos incrementaisincorridos na distribuição pública primária de ações ou bônus de subscrição, naaquisição e alienação das próprias ações, na captação de recursos por meio deemissão de títulos de dívida, bem como dos prêmios na emissão de debêntures eoutros títulos patrimoniais e de dívida.

• Definições:� Custos de transação são somente aqueles incorridos e diretamente atribuíveis àsatividades necessárias exclusivamente à consecução das transações. São, por

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atividades necessárias exclusivamente à consecução das transações. São, pornatureza, gastos incrementais, já que não existiriam ou teriam sido evitados seessas transações não ocorressem. Exemplos de custos de transação são:� gastos com elaboração de prospectos e relatórios;� remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, contadores,auditores, consultores, profissionais de bancos de investimentos, corretoresetc.);

� gastos com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de road-shows);

� taxas e comissões;� custos de transferência;� custos de registro etc. Custos de transação não incluem ágios ou deságios naemissão dos títulos e valores mobiliários, encargos financeiros, custosinternos administrativos ou custos de carregamento.

CPC 08 – Custo de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários

� Despesas financeiras são os custos ou as despesas que representam o ônuspago ou a pagar como remuneração direta do recurso tomado emprestadodo financiador derivado dos fatores tempo, risco, inflação, câmbio, índiceespecífico de variação de preços e assemelhados; incluem, portanto, osjuros, a atualização monetária, a variação cambial etc., mas não inclui taxas,descontos, prêmios, despesas administrativas, honorários etc.

� Encargos financeiros são a soma das despesas financeiras, dos custos detransação, prêmios, descontos, ágios, deságios e assemelhados, a qualrepresenta a diferença entre os valores recebidos e os valores pagos (ou apagar) a terceiros.

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pagar) a terceiros.� Prêmio na emissão de debêntures ou de outros títulos e valores mobiliários éo valor recebido que supera o de resgate desses títulos na data do própriorecebimento ou o valor formalmente atribuído aos valores mobiliários.

� Taxa interna de retorno (tir) é a taxa efetiva de juros que iguala o valorpresente dos fluxos de entrada de recursos ao valor presente dos fluxos desaída. Em outros termos, é a taxa efetiva de juros que faz com que o valorpresente líquido dos fluxos de caixa de determinado título de dívida ouempréstimo seja igual a zero.

� Título patrimonial é qualquer contrato (ou título ou valor mobiliário) queevidencie um interesse residual nos ativos da entidade após a dedução detodos os seus passivos. Como exemplo, citam-se ações, bônus desubscrição, etc.

CPC 08 – Custo de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários

• Contabilização das Captações de Recursos para o Capital Próprio:� O registro inicial dos recursos captados por intermédio da emissão de açõese outros instrumentos patrimoniais deve evidenciar os valores líquidosdisponibilizados para utilização, o que significa que serão classificados, deforma destacada, em conta redutora de patrimônio líquido todos oscustos incrementais incorridos na obtenção desses recursos; assim, nãomais serão reconhecidos como despesas da entidade na demonstração doresultado, a não ser quando frustrada essa operação de captação. E osprêmios eventualmente recebidos nessa emissão serão reconhecidos em

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prêmios eventualmente recebidos nessa emissão serão reconhecidos emconta de reserva de excedente de capital.

• Contabilização da Aquisição de Ações de Emissão Própria:� A aquisição de ações de emissão própria e sua alienação são tambémtransações de capital da entidade com seus sócios, e igualmente nãodevem os custos de transação para obtê-las ou vendê-las afetar oresultado da entidade. Assim, são registrados como acréscimo do custodas ações em tesouraria na sua aquisição ou como redução do resultado daalienação, tudo em contas de patrimônio líquido.

CPC 28 – Propriedade para Investimento

• IAS 40;• CVM - Deliberação CVM nº. 584/09 e CFC - NBC T 19.26 - Resolução CFC º.1.178/09;

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CPC 28 – Propriedade para Investimento

• Objetivo:� Prescrever o tratamento contábil de propriedades para investimento erespectivos requisitos de divulgação.

• Definições:� Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício – ou

parte de edifício – ou ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatárioem arrendamento financeiro) para auferir aluguel ou para valorizaçãodo capital ou para ambas, e não para:� uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para

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� uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou parafinalidades administrativas; ou

� venda no curso ordinário do negócio.� Propriedade ocupada pelo proprietário é a propriedade mantida (pelo

proprietário ou pelo arrendatário sob arrendamento financeiro) para uso naprodução ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidadesadministrativas.

• Resumo:� A propriedade para investimento é classificada no Ativo Não Circulante,subgrupo Investimentos.

� A propriedade para investimento deve ser mensurada inicialmente pelo seucusto. Na mensuração inicial são aplicáveis todos os conceitos normalmenteutilizados na mensuração do custo inicial de um ativo imobilizado, inclusiveno caso de permuta.

CPC 28 – Propriedade para Investimento

� Permite que a entidade escolha, após o registro inicial, o método dovalor justo ou o método do custo para avaliar as propriedades parainvestimento consistentemente no decurso do tempo. Mas a entidade queescolher o método do custo deve divulgar o valor justo da sua propriedadede investimento em cada balanço patrimonial. O valor justo deve,preferencialmente, ser obtido de avaliador independente.

� As variações no valor justo da propriedade para investimento sãoreconhecidas diretamente no resultado do período em que ocorrem.

� Na adoção do método do custo, valem todos os requisitos do

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� Na adoção do método do custo, valem todos os requisitos doPronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado, inclusive quanto àdepreciação.

� Na transferência de propriedade para investimento avaliada ao valorjusto para o imobilizado, considera-se como custo o valor justo na data daalteração efetiva do uso, e aplicam-se, a partir daí, todas as regras contábeispróprias do ativo imobilizado, inclusive depreciação.

� Se houver transferência de um ativo imobilizado para propriedade parainvestimento, e esta passar a ser avaliada pelo valor justo, a diferençaacumulada até a transferência, se negativa, deve ser registrada no resultadodo exercício e, se positiva, em ajustes de avaliação patrimonial, como partedos outros resultados abrangentes.

CPC 28 – Propriedade para Investimento

� Devem ser divulgados o método de avaliação da propriedade parainvestimento, os critérios que levam à classificação como esse tipo depropriedade, os métodos e pressupostos significativos utilizados nadeterminação do valor justo, os valores reconhecidos no resultado dereceitas de aluguel e outras, os gastos operacionais diretos com essaspropriedades.

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CPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola

• IAS 41;• CVM – Deliberação CVM nº 596/09 e CFC – NBC T 19.29, Resolução nº1.186/09;

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CPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola

• Objetivo:� Estabelecer o tratamento contábil e as respectivas divulgações, pertinentes àavaliação dos estoques dos ativos biológicos e dos produtosagrícolas, como parte do registro das atividades agrícolas.

• Definições:� Atividade agrícola é o gerenciamento da transformação biológica e dacolheita de ativos biológicos para venda ou para conversão em produtosagrícolas ou em ativos biológicos adicionais, pela entidade.

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� Produção agrícola é o produto colhido de ativo biológico da entidade.� Ativo biológico é um animal e/ou uma planta, vivos.� Transformação biológica compreende o processo de crescimento,degeneração, produção e procriação que causam mudanças qualitativa equantitativa no ativo biológico.

� Grupo de ativos biológicos é um conjunto de animais ou plantas vivossemelhantes.

� Colheita é a extração do produto de ativo biológico ou a cessação da vidadesse ativo biológico.

CPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola

• Introdução:� O produto agrícola é definido como o produto colhido ou, de algumaforma, obtido a partir de um ativo biológico de uma entidade. O ativobiológico, por sua vez, refere-se a um animal ou a uma planta, vivos,que produz produto agrícola. A transformação biológica compreende oprocesso de crescimento, degeneração, produção e procriação que causamudança qualitativa e quantitativa no ativo biológico. Assim, por exemplo, ogado para produção de leite é ativo biológico que produz o produto agrícola“leite”, e está sujeito a nascimento, crescimento, produção, degeneração,

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“leite”, e está sujeito a nascimento, crescimento, produção, degeneração,procriação; se os bezerros machos que nascem são destinados à venda, elessão considerados produto agrícola, e se as fêmeas se destinam à futuraprodução de leite, são consideradas ativos biológicos.

� O valor justo do ativo biológico e do produto agrícola estão, comoregra, ligados ao conceito de valor de mercado, o que exige a existência demercado ativo para esse ativo biológico ou produto agrícola, ou mercadoativo de bens similares.

• Avaliação do Ativo Biológico:� Requer a contabilização pelo valor justo menos as despesas de vender,desde o reconhecimento inicial, exceto quando o valor justo não estiverdisponível. As variações no valor justo do ativo biológico são receitas oudespesas na demonstração do resultado do período.

CPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola

� Pode não haver valor de mercado em certas fases do Ativo Biológico. Nessecaso, a avaliação desse ativo biológico é feita pelo custo.

� Se passar a haver mercado e condição de avaliação ao valor justo para umativo biológico que vinha sendo avaliado ao custo, esse valor justo devepassar a ser utilizado desse momento em diante.

� Quando da avaliação ao valor justo menos despesas de venda, todos osgastos relativos ao ativo biológico são considerados como despesa doperíodo quando incorridos.

Avaliação do Produto Agrícola:

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• Avaliação do Produto Agrícola:� Imediatamente após a colheita, o nascimento ou qualquer outra forma desua obtenção, os produtos agrícolas são avaliados ao valor justo, com acontrapartida desse registro afetando o resultado.

� Os gastos relativos à obtenção do produto agrícola derivado de ativobiológico avaliado a valor justo são considerados como despesa do períodoquando incorridos. Os gastos relativos à obtenção do produto agrícola deativo biológico avaliado ao custo são contabilizados como ativo também aocusto e reconhecidos como despesa assim que o produto agrícola surge e éavaliado ao valor justo.

CPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola

• Divulgação:� Exigências quanto à divulgação do ativo biológico e do produto agrícola, dasvariações de seus valores, da conciliação entre saldos iniciais e finais, derestrições à sua livre manipulação, dos métodos e premissas utilizadosna determinação do valor justo, de ônus e compromissos vinculados atais ativos, de riscos climáticos.

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CPC 37 – Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade

• IFRS 01;• CVM – Deliberação CVM nº 609/09 e CFC – NBC T 19.39, Resolução nº1.253/09;

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CPC 37 – Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade

• Objetivo:� O objetivo do Pronunciamento, aplicável basicamente às demonstraçõescontábeis consolidadas, é garantir que as primeiras demonstraçõescontábeis consolidadas de uma entidade de acordo com as NormasInternacionais de Contabilidade emitidas pelo IASB – InternationalAccounting Standards Board (IFRSs - International Financial ReportingStandards) e as divulgações contábeis intermediárias para os períodosparciais cobertos por essas demonstrações contábeis contenhaminformações de alta qualidade e apresentem o mesmo resultado líquido e

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informações de alta qualidade e apresentem o mesmo resultado líquido epatrimônio líquido, a não ser em situações excepcionalíssimas.

• Resumo:� A entidade deve aplicar este Pronunciamento para suas primeirasdemonstrações contábeis consolidadas elaboradas de acordo com as IFRSspara o exercício social iniciado em, ou depois de, 1o de janeiro de2010.

� Como disposição especial o Pronunciamento determina que asdemonstrações consolidadas em IFRS devem seguir as mesmas políticase práticas contábeis que a entidade utiliza em suas demonstraçõesindividuais segundo a prática contábil brasileira e os Pronunciamentos doCPC.

CPC 43 – Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40

• IFRS 01;• CVM – Deliberação CVM nº 610/09 e CFC – NBC T 19.40, Resolução nº1.254/09;

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CPC 43 – Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40

• Objetivo:� Fornecer as diretrizes necessárias para que as demonstrações contábeis deuma entidade de acordo com os Pronunciamentos Técnicos, Interpretações eOrientações do CPC, e as divulgações contábeis intermediárias para osperíodos parciais cobertos por essas demonstrações contábeis possam serdeclaradas, como estando conformes com as normas internacionais decontabilidade emitidas pelo IASB – International Accounting Standards Board(IFRSs).

� Conjugando-se este Pronunciamento com o Pronunciamento Técnico CPC 37

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� Conjugando-se este Pronunciamento com o Pronunciamento Técnico CPC 37– Adoção das Normas Internacionais de Contabilidade para asdemonstrações consolidadas, ter-se-á a condição de obtenção de resultadolíquido e patrimônio líquido iguais nas demonstrações consolidada eindividual das entidades brasileiras.

CPC 43 – Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40

• Resumo:� O fundamental é que os documentos emitidos pelo CPC estão de tal formaredigidos que permitem, no seu entendimento, a afirmação de que asdemonstrações contábeis elaboradas sob seus critérios estão totalmente deacordo com as normas do IASB, com as únicas exceções:� demonstrações contábeis individuais de entidade que tenhainvestimento em controlada avaliado pelo método daequivalência patrimonial. O IASB não reconhece esse tipo dedemonstração, exigindo que, no caso da existência de controlada, a

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demonstração, exigindo que, no caso da existência de controlada, aentidade elabore e divulgue, no lugar das demonstraçõesindividuais, demonstrações consolidadas. Nossa legislação societária,todavia, exige a apresentação dessas demonstrações individuais e o CPCas reconhece e por isso as inclui em seus documentos; e

� eventual manutenção, por alguma entidade, de saldo em conta do ativodiferido, conforme permissão inclusive legal, e que tem caráterde transição até a total amortização desses saldos.

CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações

• IFRS 02;• CVM - Deliberação CVM nº 562/08 e CFC - NBC T 19.15 - Resolução CFC nº1.149/09;

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CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações

• Objetivo:� Especificar procedimentos para reconhecimento, mensuração e divulgação,em suas demonstrações contábeis, das transações de pagamentobaseado em ações realizadas por uma entidade. Exige que os efeitosdas transações de pagamentos baseados em ações estejam refletidos nosresultados e na posição patrimonial e financeira da entidade, incluindodespesas associadas com transações nas quais opções de ações sãooutorgadas a empregados.

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CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações

• Resumo:� São estabelecidos princípios de mensuração e exigências específicas paratrês tipos de transações de pagamentos baseados em ações:� transações de pagamentos baseados em ações liquidadas pela entregade instrumentos patrimoniais da entidade (normalmente ações), nasquais a entidade recebe produtos e serviços em contrapartida dessesinstrumentos;

� transações de pagamentos baseados em ações liquidadas em dinheiro,nas quais a entidade adquire produtos e serviços incorrendo em

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nas quais a entidade adquire produtos e serviços incorrendo emobrigações com os fornecedores desses produtos e serviços, cujomontante seja baseado no preço (ou valor) das ações ou outrosinstrumentos de capital da entidade; e

� transações em que a entidade recebe produtos e serviços e os termos doacordo conferem à entidade ou ao fornecedor desses produtos ouserviços a liberdade de escolha da forma de liquidação da transação, aqual pode ser em dinheiro (ou outros ativos) ou mediante a emissão deinstrumentos de capital.

CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações

� Para as transações de pagamentos baseados em ações liquidadas pelaentrega de instrumentos patrimoniais da entidade, mensurar os produtos eserviços recebidos diretamente, ou seja, com base no valor justo dosprodutos e serviços recebidos, a menos que esse valor justo não possaser mensurado com confiabilidade.

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CPC 15 – Combinação de Negócios

• IFRS 03;• CVM - Deliberação nº. 580/09 e CFC - NBC T 19.23 - Resolução CFC nº.1.175/09;

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CPC 15 – Combinação de Negócios

• Objetivo:� melhorar a relevância, a confiabilidade e a comparabilidade dasinformações que uma entidade fornece em suas demonstrações contábeisacerca de uma combinação de negócios e sobre seus efeitos. Para esse fim,estabelece princípios e exigências de como o adquirente:� reconhece e mensura, em suas demonstrações contábeis, os ativosidentificáveis adquiridos, os passivos assumidos e alguma participaçãode não controladores na adquirida;reconhece e mensura o ágio por rentabilidade futura (goodwill) da

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� reconhece e mensura o ágio por rentabilidade futura (goodwill) dacombinação de negócio ou um ganho proveniente de uma compravantajosa; e

� determina as informações a serem divulgadas para capacitar osusuários das demonstrações contábeis na avaliação da natureza e dosefeitos econômicos e financeiros da combinação de negócios.

• Definições:� Combinação de negócios é uma operação ou outro evento por meio do qualum adquirente obtém o controle de um ou mais negócios,independentemente da forma jurídica da operação. O termo abrangetambém as fusões que se dão entre partes independentes.

CPC 15 – Combinação de Negócios

� Ágio por rentabilidade futura (goodwill) é um ativo que representabenefícios econômicos futuros resultantes dos ativos adquiridos emcombinação de negócios, os quais não são individualmente identificados eseparadamente reconhecidos.

� Identificável: um ativo é identificável quando ele:� for separável, ou seja, capaz de ser separado ou dividido da entidade evendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ouem conjunto com outros ativos e passivos ou contrato relacionado,independentemente da intenção da entidade em fazê-lo; ou

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independentemente da intenção da entidade em fazê-lo; ou� surge de contrato ou da lei, independentemente de esse direito sertransferível ou separável da entidade e de outros direitos e obrigações.

• Resumo:� O adquirente deve reconhecer, obrigatoriamente, os ativos adquiridos e ospassivos que passa a controlar pelos seus respectivos valores justos,mensurados na data de aquisição.

� Uma combinação de negócios deve ser contabilizada pelo método deaquisição, a menos que a combinação envolva entidades ou negócios sobcontrole comum (entre empresas “do mesmo grupo econômico”).

CPC 15 – Combinação de Negócios

� Todos os ativos identificáveis e os passivos assumidos são mensurados pelosrespectivos valores justos na data da aquisição, mesmo quando nãoestejam reconhecidos no balanço da adquirida (como pode ocorrer comativos intangíveis e até mesmo com passivos contingentes – afinal elesnormalmente entram e influenciam no valor da negociação e não devemficar computados no valor do goodwill).

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CPC 15 – Combinação de Negócios

� Reconhecidos e mensurados os ativos identificáveis adquiridos, os passivosassumidos e a participação dos não controladores, o Pronunciamento exigeque o adquirente identifique eventual diferença entre:� a soma do valor justo dos seguintes itens:

� contraprestação transferida total;� participação dos não controladores na adquirida, se houver;� participação do adquirente na adquirida imediatamente antes dadata da combinação, se houver (no caso de uma combinação

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data da combinação, se houver (no caso de uma combinaçãoalcançada em fases); e

� o valor dos ativos líquidos identificáveis da adquirida.� A diferença positiva será reconhecida como ágio por rentabilidade futura(goodwill). Caso a diferença seja negativa, o adquirente deve, casoconfirmados os valores e os cálculos, reconhecê-la como um ganhoproveniente de uma compra vantajosa no resultado do período.

� Os custos com a operação de aquisição são tratados diretamente comodespesa do exercício e não se acrescentam ao custo dos ativos líquidosadquiridos.

CPC 11 – Contratos de Seguro

• IFRS 04;• CVM - Deliberação CVM 563/08 e CFC - NBC T 19.16 - Resolução CFC nº1.150/09;

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CPC 11 – Contratos de Seguro

Objetivo:� Especificar o reconhecimento contábil para contratos de seguro por partede qualquer entidade que emite tais contratos.

� Uma entidade deve aplicar o Pronunciamento para:� contratos de seguro (inclusive contratos de resseguro) emitidos por ela econtratos de resseguro mantidos por ela; e

� instrumentos financeiros que ela emita com característica departicipação discricionária.

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participação discricionária.� Não trata da contabilização por parte dos segurados.

CPC 11 – Contratos de Seguro

Definições:� Característica de participação discricionária é um direito contratual dereceber, como suplemento de benefícios garantidos, benefícios adicionais:� que provavelmente serão parte significativa da totalidade dos benefícioscontratuais;

� cujo valor ou tempestividade dependa contratualmente de decisão doemitente; e

� que se baseiem contratualmente:

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� que se baseiem contratualmente:� no desempenho de um conjunto de contratos específico ou de umtipo de contrato específico;

� nos retornos de investimento, realizados ou não, de um conjuntoespecífico de ativos mantidos pelo emitente; ou

� nos resultados de sociedade, fundo ou outra entidade que emita ocontrato.

CPC 11 – Contratos de Seguro

� Risco de seguro é o risco, que não seja um risco financeiro, transferido dodetentor do contrato para o emitente.

� Evento segurado é o acontecimento futuro e incerto, coberto por umcontrato de seguro e que cria um risco de seguro.

� Ativos por contrato de resseguro é o direito contratual líquido da cedente emum contrato de resseguro.

� Contrato de resseguro é um contrato de seguro emitido pela seguradora (aresseguradora) para indenizar outra seguradora (a cedente) por perdasresultantes de um ou mais contratos emitidos pela cedente.

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resultantes de um ou mais contratos emitidos pela cedente.• Resumo:

� Contrato de seguro é definido como um contrato segundo o qual uma parte(a seguradora) aceita um risco de seguro significativo de outra parte(o segurado), aceitando indenizar o segurado no caso de um eventoespecífico, futuro e incerto (evento segurado) afetar adversamente osegurado.

CPC 11 – Contratos de Seguro

� Exige divulgações para ajudar os usuários a compreender:� os valores em suas demonstrações contábeis resultantes de contratos deseguro, divulgando:

� suas políticas contábeis para contratos de seguro e ativos, passivos,receitas e despesas relacionados;

� o processo utilizado para determinar as premissas que têm maiorefeito na mensuração de valores reconhecidos.

� o efeito de mudanças nas premissas usadas para mensurar ativos e

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� o efeito de mudanças nas premissas usadas para mensurar ativos epassivos por contrato de seguro.

� a conciliação de mudanças em passivos por contrato de seguro, osativos por contrato de resseguro e, se houver, as despesas decomercialização diferidas relacionadas.

� a natureza e a extensão dos riscos originados por contratos de seguro,divulgando:

� seus objetivos, políticas e processos existentes para gestão de riscose os métodos e os critérios utilizados para gerenciar esses riscos;

CPC 31 – Ativo Não-Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada

• IFRS 05;• CVM – Deliberação CVM nº 598/09 e CFC – NBC T 19.28, Resolução nº1.188/09;

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CPC 31 – Ativo Não-Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada

• Objetivo:� Prescrever a contabilização de ativos não circulantes mantidos (colocados)para venda e a apresentação e divulgação dos efeitos de operaçõesdescontinuadas. Em particular, o Pronunciamento exige que:� os ativos que satisfazem os critérios de classificação como mantidospara venda sejam classificados no circulante e mensurados pelo menorentre o valor contábil até então registrado e o valor justo menos asdespesas de venda, e que a depreciação desses ativos deve cessar; e

� os ativos (e passivos relacionados, se existirem) que satisfazem oscritérios de classificação como mantidos para venda sejam

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� os ativos (e passivos relacionados, se existirem) que satisfazem oscritérios de classificação como mantidos para venda sejamapresentados separadamente no balanço patrimonial e que osresultados das operações descontinuadas também sejam apresentadosseparadamente na demonstração do resultado.

• Definições:� Operação descontinuada é o componente da entidade que tenha sidoalienado ou esteja classificado como mantido para venda e:� representa uma importante linha separada de negócios ou áreageográfica de operações;

� é parte integrante de um único plano coordenado para vender umaimportante linha separada de negócios ou área geográfica deoperações; ou

� é uma controlada adquirida exclusivamente com o objetivo de revenda.

CPC 31 – Ativo Não-Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada

� Grupo de ativos mantido para venda (colocado à venda) é um grupo deativos a ser alienado, por venda ou de outra forma, em conjunto como umgrupo de ativos em uma só transação, e passivos diretamente associados aesses ativos que serão transferidos na transação. O grupo de ativos incluiágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) adquirido emcombinação de negócios se o grupo de ativos for uma unidade geradora decaixa à qual tenha sido alocado ágio (goodwill).

• Ativo não Circulante Mantido para Venda:� A entidade deve classificar um ativo não circulante (ou um grupo de ativos)

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� A entidade deve classificar um ativo não circulante (ou um grupo de ativos)como mantido para venda se o seu valor contábil estiver para serrecuperado principalmente por meio de transação de venda ao invés do seuuso contínuo.

� O ativo deve estar disponível para venda imediata em suas condiçõesatuais, e a sua venda deve ser altamente provável.

� Para que a venda seja altamente provável, o nível hierárquico daadministração com capacidade para isso deve estar comprometido com umplano de vender o ativo, e deve ter sido iniciado um programa ativo paralocalizar um comprador e concluir o plano.

CPC 31 – Ativo Não-Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada

� Aplicam-se aos ativos não circulantes mantidos para venda todas as regrasrelativas à perda do valor recuperável de ativos (impairment).

� Se houver desistência do plano de venda, ou as condições para ser mantidopara venda não mais existirem, a entidade deve deixar de classificar o ativocomo mantido para venda e deve mensurar o ativo pelo menor valor entre oque estaria caso não houvesse saído desse grupo ou seu valor derecuperação à data da decisão posterior de não vender.

� Devem ser divulgadas descrições dos ativos não circulantes mantidos paravenda e dos fatos e circunstâncias que levaram à venda, bem como da

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venda e dos fatos e circunstâncias que levaram à venda, bem como daforma e do tempo em que se espera a venda; também deve ser divulgado osegmento operacional a que pertencem esses ativos.

• Operação Descontinuada:� Os resultados do período de uma operação descontinuada são apresentadosnuma única linha na demonstração do resultado, separadamente dasreceitas e despesas operacionais continuadas, normalmente ao final dademonstração, líquidas do tributo sobre o resultado.

CPC 40 – Instrumentos Financeiros (Evidenciação)

• IFRS 07;• CVM – Deliberação CVM nº 604/09 e CFC – NBC T 19.34, Resolução nº1.198/09;

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CPC 40 – Instrumentos Financeiros (Evidenciação)

• Objetivo:� Requer que as entidades apresentem evidenciações em suas demonstraçõesfinanceiras que permitam que os usuários avaliem a significância dosinstrumentos financeiros para a posição patrimonial e performanceda entidade; a natureza e a extensão dos riscos oriundos de instrumentosfinanceiros aos quais a entidade está exposta; e a forma pela qual aentidade gerencia esses riscos.

• Resumo:A entidade deve evidenciar o valor contábil de seis categorias de

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� A entidade deve evidenciar o valor contábil de seis categorias deinstrumentos financeiros no balanço patrimonial ou em notas explicativas:� ativos financeiros mensurados pelo valor justo através do resultado;� investimentos mantidos até o vencimento;� empréstimos e recebíveis;� ativos financeiros disponíveis para a venda;� passivos financeiros mensurados pelo valor justo através do resultado; e� passivos financeiros mensurados pelo custo amortizado.

CPC 40 – Instrumentos Financeiros (Evidenciação)

� Se a entidade tiver designado um passivo financeiro como mensurado pelovalor justo através do resultado, ela deve evidenciar o impacto devariações no risco de crédito.

� Evidenciações também precisam ser fornecidas quando a entidade usar umaconta de provisão para perdas esperadas por perda de recuperabilidadeno valor dos ativos.

� A entidade deve fornecer informações quantitativas e qualitativas a respeitodos riscos de crédito, de liquidez, de mercado e outros. Deve aindafornecer uma análise de sensibilidade para os riscos de mercado.

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fornecer uma análise de sensibilidade para os riscos de mercado.

CPC 22 – Informações por Segmento

• IFRS 08;• CVM - Deliberação CVM nº. 582/09 e CFC - NBC T 19.25 - Resolução CFC nº.1.176/09;

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CPC 22 – Informações por Segmento

• Objetivo:� Especifica como a entidade deve divulgar informações sobre seussegmentos operacionais nas demonstrações contábeis anuais. Tambémdefine os requisitos das respectivas divulgações sobre produtos e serviços,áreas geográficas e principais clientes.

• Definições:� Um segmento operacional é um componente da entidade:

� que desenvolve atividades de negócio das quais pode obter receitas e

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� que desenvolve atividades de negócio das quais pode obter receitas eincorrer em despesas (incluindo receitas e despesas relacionadas comtransações com outros componentes da mesma entidade);

� cujos resultados operacionais são regularmente revistos pelo principalgestor das operações da entidade para a tomada de decisões sobrerecursos a serem alocados ao segmento e para a avaliação do seudesempenho; e

� para o qual haja informação financeira individualizada disponível.• Resumo:

� A entidade deve apresentar para cada segmento divulgável uma explicaçãodas mensurações do lucro ou do prejuízo e dos ativos e dos passivos dosegmento.

CPC 22 – Informações por Segmento

� A entidade deve proporcionar conciliações das informações dossegmentos com relação aos seus totais para a entidade dos seguinteselementos: receitas, lucro ou prejuízo, ativos, passivos e quaisquerinformações evidenciadas dos segmentos divulgáveis.

� Informações geográficas também devem ser disponibilizadas por país ougrupo de países relativamente a receitas e ativos. Se forem relevantes asinformações por região geográfica dentro do Brasil, e se essas informaçõesforem utilizadas gerencialmente, as mesmas regras de evidenciação devemser observadas.

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ser observadas.

Normas Brasileiras sem Correlação às Normas Internacionais

IAS / IFRS CPC CVM CFC Descrição Andamento

x CPC 09Deliberação 557/08

NBC T 3.7, Res. 1.138/08

Demonstração do Valor Adicionado (DVA) Aprovado

x CPC 12Deliberação 564/08

NBC T 19.17, Res. 1.151/09

Ajuste a Valor Presente Aprovado

x CPC 13Deliberação 565/08

NBC T 19.18, Res. 1.152/09

Adoção Inicial da Lei nº. 11.638/07 e da Medida Provisória nº. 449/08

Aprovado

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• CVM - Deliberação CVM nº. 557/08 e CFC - NBC T 3.7 - Resolução CFC nº.1.138/08;

CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

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CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

• Comentários Gerais:� A inclusão da DVA no conjunto de demonstrações contábeis foi trazida peloart. 1º da 11.638/07, que altera o art. 176, inc. V, da Lei 6.404/76,exigindo, ao fim de cada exercício social, que a diretoria elabore aDemonstração do Valor Adicionado, porém, somente para companhiasabertas. Esta peça contábil não era exigida no conjunto das demonstraçõesfinanceiras.

� Norma Internacional – A IAS 1 (Apresentação das DemonstraçõesFinanceiras) não considera a DVA como parte das demonstrações

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Financeiras) não considera a DVA como parte das demonstraçõesfinanceiras. Portanto não houve aproximação, neste ponto da legislaçãobrasileira com as normas internacionais.

• Objetivo:� Estabelecer critérios para elaboração e divulgação da Demonstração do ValorAdicionado (DVA), a qual representa um dos elementos componentes doBalanço Social e tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela entidadee sua distribuição, durante determinado período.

CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

• Definições:� Valor adicionado representa a riqueza criada pela empresa, de forma geralmedida pela diferença entre o valor das vendas e os insumos adquiridos deterceiros. Inclui também o valor adicionado recebido em transferência, ouseja, produzido por terceiros e transferido à entidade.

� Insumo adquirido de terceiros representa os valores relativos às aquisiçõesde matérias-primas, mercadorias, materiais, energia, serviços, etc. quetenham sido transformados em despesas do período. Enquantopermanecerem nos estoques, não compõem a formação da riqueza criada e

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permanecerem nos estoques, não compõem a formação da riqueza criada edistribuída.

� Valor adicionado recebido em transferência representa a riqueza que nãotenha sido criada pela própria entidade, e sim por terceiros, e que a ela étransferida, como por exemplo receitas financeiras, de equivalênciapatrimonial, dividendos, aluguel, royalties, etc. Precisa ficar destacado,inclusive para evitar dupla-contagem em certas agregações.

CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

• Alcance e Apresentação:� A DVA deve proporcionar aos usuários das demonstrações contábeisinformações relativas à riqueza criada pela empresa em determinadoperíodo, bem como a forma pela qual tais riquezas foram distribuídas. Adistribuição da riqueza criada deve ser detalhada, minimamente, da seguinteforma:� pessoal e encargos;� impostos, taxas e contribuições;

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� juros e aluguéis;� juros sobre o capital próprio (JSCP) e dividendos;� lucros retidos/prejuízos do exercício.

• Formação da riqueza:� Riqueza criada pela própria entidade:

� A DVA, em sua primeira parte, deve apresentar de forma detalhada ariqueza produzida pela entidade por meio dos seguintes componentes:vendas de mercadorias, produtos e serviços, outras receitas e aconstituição ou reversão da provisão para créditos de liquidaçãoduvidosa, diminuídas dos insumos adquiridos de terceiros: custos dasmatérias-primas, embalagens, outros materiais, mercadorias, energia,outras utilidades, serviços e outros.

CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

� Valor Adicionado recebido em transferência:� Nesse item serão incluídas as receitas e resultados gerados por outrasentidades e transferidas na forma de resultado de equivalênciapatrimonial, receitas financeiras, dividendos de investimentos avaliadosao custo, aluguéis, royalties, direitos de franquia etc.

• Distribuição da riqueza:� A segunda parte da DVA deve apresentar de forma detalhada como ariqueza obtida pela entidade foi distribuída. Os principais componentes dessadistribuição estão apresentados a seguir:

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distribuição estão apresentados a seguir:� Remuneração dos Recursos Humanos;� Remuneração dos Emprestadores de Capital;� Governo e Remuneração do Capital Próprio;

� Daí os detalhes do tipo Pessoal, Impostos, Taxas e contribuições, juros,aluguéis, juros sobre o capital próprio (JSCP), dividendos e lucros destinadosàs reservas etc.

• CVM - Deliberação CVM nº. 564/08 e CFC - NBC T 19.17 - Resolução CFC nº.1.151/09;

CPC 12 – Ajuste a Valor Presente

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CPC 12 – Ajuste a Valor Presente

• Comentários Gerais:� A Lei 11.638/07 passou a exigir a obrigatoriedade do ajuste a valor presentenos realizáveis e exigíveis a longo prazo e, no caso de efeito relevante,também nos de curto prazo. As normas internacionais tratam desse assuntoem inúmeros documentos, e este CPC está emitindo seu PronunciamentoTécnico CPC 12 sobre essa matéria com base em pesquisa feita junto atodas as normas internacionais.

• Objetivo:O objetivo deste Pronunciamento é especificar procedimentos para cálculo

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� O objetivo deste Pronunciamento é especificar procedimentos para cálculodesses ajustes a valor presente no momento inicial em que tais ativos epassivos são reconhecidos, bem como nos balanços subsequentes.

• Resumo:� São sujeitos a ajuste a valor presente todos os realizáveis e exigíveis quetenham sido negociados ou determinados sem a previsão de encargos ourendimentos financeiros. Mas são também passíveis de ajuste a valorpresente os que tenham sido negociados com taxas não condizentes com asprevalecentes no mercado para as condições econômicas do momento e osriscos das entidades envolvidas.

CPC 12 – Ajuste a Valor Presente

� As taxas de desconto a serem utilizadas devem ser as que mais secoadunam com o risco da entidade envolvida na data inicial do contrato.Todo o esforço deve ser desenvolvido na sua determinação. E, fixadas essataxa, elas não mais mudam com o decorrer do tempo.

� Os valores de ajuste originalmente efetuados vão sendo revertidos com odecorrer do tempo com base na taxa efetiva de juros. Essas reversões sãoapropriadas como receitas ou despesas financeiras, a não ser que a entidadepossa devidamente fundamentar que o financiamento feito a seus clientesfaça parte de suas atividades operacionais, quando então as reversões serão

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faça parte de suas atividades operacionais, quando então as reversões serãoapropriadas como receita operacional.

� As normas não especificam, mas o tratamento contábil mais comum é autilização, no ajuste a valor presente, de contas retificadoras do realizável oudo exigível a que se refere.

• CVM - Deliberação CVM nº. 565/08 e CFC - NBC T 19.18 - Resolução CFC nº.1.152/09;

CPC 13 – Adoção Inicial da Lei 11.638/07 e da MP 449/08

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CPC 13 – Adoção Inicial da Lei 11.638/07 e da MP 449/08

• Objetivo:� O objetivo deste Pronunciamento é especificar procedimentos para osregistros, no primeiro ano, da adoção dessas Lei, Medida Provisória ePronunciamentos, fornecendo um guia para facilitar a adoção dessasnovidades.

� Válido para elaboração das demonstrações contábeis de 2008.

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E por FIM

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