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Universidade Federal Fluminense (UFF) SLMEETINGROOM: UM MODELO DE AMBIENTE PARA SUPORTE A REUNIÕES REMOTAS, ORIENTADAS A TAREFAS, COM GRUPOS PEQUENOS PARA O SECOND LIFE Cintia Ramalho Caetano da Silva Niterói, 18 de abril de 2011. INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO - IC Dissertação de Mestrado em Ciência da Computação Orientadora: Ana Cristina Bicharra Garcia

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Page 1: Universidade Federal Fluminense (UFF) SLMEETINGROOM: UM MODELO DE AMBIENTE PARA SUPORTE A REUNIÕES REMOTAS, ORIENTADAS A TAREFAS, COM GRUPOS PEQUENOS PARA

Universidade Federal Fluminense (UFF)

SLMEETINGROOM:UM MODELO DE AMBIENTE PARA SUPORTE A REUNIÕES

REMOTAS, ORIENTADAS A TAREFAS, COM GRUPOS PEQUENOS PARA O SECOND LIFE

Cintia Ramalho Caetano da Silva

Niterói, 18 de abril de 2011.

INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO - IC

Dissertação de Mestrado em Ciência da Computação

Orientadora: Ana Cristina Bicharra Garcia

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Agenda

1. INTRODUÇÃO

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3. O MODELO SLMEETINGROOM

4. ESTUDO EXPERIMENTAL COMPARATIVO

5. CONCLUSÃO

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Motivação

Foco: Trabalho em grupo à distância (reuniões) Abordagens usuais

Videoconferências EMS (Electronic Meeting System)

Problemas Ineficiências das reuniões quanto a completude das tarefas Baixa participação dos integrantes Dificuldade de interação com a mídia interativa Falta de senso de presença

Sucesso potencial de novas mídias de interação, em especial o SL.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Motivação

O Second Life despontou como ambiente para interação entre pessoas distribuídas, atualmente é utilizado: Em organizações como IBM, Intel e NASA como ferramenta para

realizar reuniões virtuais – reduzindo os custos de alocação de espaço e tempo de viajem.

Na área acadêmica como ferramenta educacional – aumentando a imersão dos alunos.

Na área de pesquisa visando o desenvolvimento de postura profissional dentro do SL.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

Page 5: Universidade Federal Fluminense (UFF) SLMEETINGROOM: UM MODELO DE AMBIENTE PARA SUPORTE A REUNIÕES REMOTAS, ORIENTADAS A TAREFAS, COM GRUPOS PEQUENOS PARA

Motivação

Experimentos preliminares com a tecnologia:

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

Ontologia sobre conceitos de Cinema

Participantes: oito alunos de graduação e mestrado da UFF.Duração: quatro reuniões com cerca de 2h cada.Tarefa: elaborar conjuntamente uma ontologia sobre conceitos de cinemaComentários:

Conclusão: há indícios de que o SL proporciona maior motivação e envolvimento durante as atividades de colaboração. Necessidade de disponibilizar componentes de interação adequados para facilitar o trabalho do grupo durante as reuniões.

“A discussão foi animada e com grande compromisso por parte dos participantes.”“Me senti como na vida real quando me convidaram para ir ao quadro. Fiquei nervoso!”“Não estava vendo quem estava falando, por isso pedi que ele fosse ao quadro.”“Me senti bastante envolvido pela discussão, acho que o Second Life é mais motivador que um chat comum.”“Acho que fui o que mais se identificou com o ambiente e a sua interação, achei fácil manusear o quadro durante a discussão.”

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Motivação

Experimentos preliminares com a tecnologia:

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

Estudo das regras sociais para interação em reuniões no SL

Participantes: treze participantes voluntáriosDuração: quatro reuniões com cerca de 1h30m cada.Desenvolvimento do experimento: criação de uma camada social (inerentes de um grupo social real) para a realização das interações durante as reuniões, com objetivo de verificar como as pessoas reagem às regras sociais no SL.Regras: identificar-se para entrar na sala; utilizar a caneta e estar, pelo menos, a um metro do quadro; não usar os componentes da sala se estiver comendo ou bebendo; e proibir voo dentro da sala de reuniões.Lições aprendidas:

anonimato - quando se estabelece o senso de grupo as pessoas deixam de ser anônimas e compartilham informações pessoais (“Qual o seu nome?”, “Você colocou o nome completo?”)

histórico – os participantes querem saber o passado e dar satisfação quanto ao futuro (“Gente, terei que sair. Seria possível alguém me enviar o arquivo .txt desse bate-papo?”, “Acho que não vou estar aqui amanhã)

interesse – o interesse no conteúdo da discussão é o grande estímulo para a participação (“Obrigada pela ótima oportunidade! Adorei os temas. Espero que não demore muito pra haver novos eventos assim pra gente participar!”)

dificuldades - quando se insere uma nova tecnologia, é comum ver os participantes tendo dificuldades na utilização (“É... Desculpe a ignorância, mas como se usa o whiteboard?”, “Você me ajuda a escrever no quadro?”);

desistência - quando as barreiras da dificuldade não são superadas, pode ocorrer desistência (“Achei difícil demais. Desisto! Muito complicado. As coisas devem ser simples...”)

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Motivação

Experimentos preliminares com a tecnologia:

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

Produção cooperativa de filmes no SL

Participantes: dez alunos de graduação e mestrado da UFF.Duração: três meses.Tarefa: realização de reuniões para escolha do tema, divisão dos papéis, criação do roteiro, construção do cenário, dentre outras. Desenvolvimento do experimento: Os participantes foram divididos em três grupos, cada grupo com três participantes e uma camerawoman para realizar as atividades de produção de um filme com tema livre.Lições aprendidas:

A comunicação é o fator essencial para o dinamismo e execução das tarefas.

Falta de um sistema de agendamento e documentação de conteúdos. Os grupos utilizaram uma Wiki e um blog.Aspectos positivos como a simulação de um encontro real utilizando espaços virtuais de sala de reunião.A utilização de avatares causa uma enorme sensação de presença física no ambiente.

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Motivação

Através desses experimentos levantamos um conjunto de limitações e observações positivas sobre o SL quanto à realização de reuniões virtuais.

Tais observações geraram motivações para que esta pesquisa explore a utilização do ambiente SL como plataforma para realizar reuniões.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Objetivo da Pesquisa

Estudar se ao enriquecermos o SL com um conjunto de componentes essenciais para a realização de reuniões (modelo SLMeetingRoom) teremos uma qualidade de reuniões mais próximas das reuniões presenciais (“padrão ouro”).

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Hipóteses de Pesquisa

H0 (hipótese nula)

Um grupo utilizando um ambiente de reunião implementado, segundo o modelo SLMeetingRoom, não difere de um grupo utilizando, apenas, o Second Life e os tradicionais sistemas de videoconferência.  

H1 (hipótese alternativa)

Um grupo utilizando um ambiente de reunião implementado, segundo o modelo SLMeetingRoom, deve apresentar, ao final de uma reunião, maior grau de completude das tarefas, maior grau de participação, maior senso de presença e menor esforço cognitivo, do que grupos utilizando, apenas, o Second Life e os tradicionais sistemas de videoconferência.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Critérios de avaliação11

Completude das tarefas – mensura o cumprimento das tarefas da agenda de reunião em função do tempo de reunião.

Participação – mensura o grau de participação dos grupos durante as reuniões no ambiente proposto.

Esforço cognitivo – mensura o esforço cognitivo (facilidade ou dificuldade) para realizar reuniões no ambiente proposto.

Senso de presença – mensura o grau de presença dos participantes utilizando o ambiente proposto.

Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Fundamentação Teórica

CSCW (Computer Supported Cooperative Work) - definido como a utilização de computadores para apoio ao trabalho em grupo (Ellis et al., 1991).

Groupware - união das palavras group e software (Bowers et al., 1998). São sistemas de computador que suportam grupos de pessoas envolvidas em uma tarefa comum, através de uma interface para um ambiente compartilhado.

Sistema de suporte ao trabalho colaborativo

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Requisitos Essenciais para Colaboração13

Modelo 3C de Colaboração proposto por Ellis et al., 1991

Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Requisitos Essenciais para Colaboração

A colaboração pode ser vista como a combinação das atividades de comunicação, coordenação, cooperação, aliadas a percepção.

Utilizamos o modelo 3C não somente para avaliar os groupwares disponíveis atualmente, como também para desenvolvimento e implementação dos componentes que compõe o nosso modelo.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Reuniões

Uma reunião é parte de um processo maior de trabalho colaborativo em equipe.

Reuniões são um ponto de encontro para um determinado grupo estabelecer comunicação e interagir conjuntamente, a fim de explorar ideias, resolver divergências e atingir as metas da equipe (NUNAMAKER et al., 1991).

Reuniões presenciais – face-a-face ou co-localizadas – caracteriza-se pela presença física dos participantes.

Reuniões remotas – distribuídas – caracteriza-se pela presença remota dos participantes.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Tecnologia para apoio a Reuniões

Videoconferências

Apontada por inúmeros autores como a substituta para a comunicação face-a-face (Fish, Kraut e Chalfonte, 1996; Nguyen e Canny, 2007; Yamashita et al., 2008).

Vantagens: recria o contexto face-a-face, facilita a comunicação e aumenta o nível de participação (Bietz, 2008).

Desvantagens: são consideradas uma solução invasiva (Cherubini et al., 2008), de alto custo para aquisição de seus equipamentos dedicados (Beaudouin-Lafon, 1999) e não permite a configuração de um contexto real de sala de reunião com os participantes remotos atuando sentados numa mesa de trabalho (Yamashita et al., 2008).

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Tecnologia para apoio a Reuniões

Electronic Meeting Systems (EMS)

São ferramentas de groupware especializadas que visam apoiar a colaboração entre participantes de reuniões virtuais.

Vantagens: melhora a comunicação, coordenação, cooperação e percepção, superando as limitações de tempo e espaço (Costa, Antunes e Dias, 2001), assim como, eficiência, eficácia e satisfação (Nunamaker et al. 1991).

Possíveis barreiras para a adoção dos EMS incluem: Compatibilidade com os estilos cognitivos, falta de incentivos, resistência

à mudança, assim como, as questões tecnológicas e os custos.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Second Life

É considerado um dos ambientes virtuais 3D mais popular do mundo.

O SL possui um alto potencial como plataforma de suporte remoto a colaboração síncrona, fornecendo uma experiência quase que “co-localizada” (Olivier e Pinkwart, 2007).

Imersão – ponto forte do SL (representação virtual, humor, atenção, gestos, expressão corporal, objetos 3D, etc.)

Facilita a cooperação, comunicação e percepção, assim como, a motivação do grupo.

Apresenta limitações quando a coordenação.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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O Modelo SLMeetingRoom

Modelo de reuniões para suporte a atividades básicas de reuniões de trabalho, utilizado por grupos pequenos, distribuídos e identificados.

Composto por 10 componentes para apoio ao processo de reunião.

Modelo inspirado no modelo de arquitetura de sistemas distribuídos em camadas.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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O Modelo SLMeetingRoom21

Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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O Modelo SLMeetingRoom22

Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Estudo Experimental Comparativo

Utilizamos a metodologia de Estudo Experimental Comparativo, ou seja, experimento planejado que visa a comparação entre grupos experimentais e controle.

Caracterizou-se por um conjunto de reuniões de trabalho orientadas a tarefas.

Participantes: alunos de mestrado da disciplina de Interface e Multimídia da UFF, entre 21 e 31 anos de ambos os sexos, com experiência média/avançada em informática e Internet.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Estudo Experimental Comparativo

Para manejar bem o ferramental metodológico utilizamos o formulação de teste de hipóteses, mesmo sabendo que o tamanho da nossa amostra não é suficiente para fazer a validação da hipótese.

O teste de hipóteses foi utilizado como um mecanismo para fornecer evidência estatística de diferenças entre os grupos experimentais.

Para comparar os grupos foi utilizado o teste de Jonckheere-Terpstra – JT (HOLLANDER; WOLFE, 1973; PIRIE, 1983), um teste não-paramétrico que verifica as diferenças entre tratamentos ordenados.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Estudo Piloto

Visão geral: conjunto de reuniões de trabalho continuadas utilizando quatro condições de trabalho (Face-a-Face, Videoconferência, Second Life sem o SLMeetingRoom e Second Life com o SLMeetingRoom).

Participantes: 12 alunos do curso de Mestrado em Computação da UFF divididos em 4 grupos (com 3 alunos cada) de forma aleatória.

Tarefa: A tarefa foi o projeto em grupo de uma interface Web para uma Ótica.

Duração: Os grupos foram acompanhados num período de quinze dias. Cada grupo realizou quatro reuniões, com duração máxima de uma hora.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Processo

Cada grupo realizou 4 reuniões. Totalizando de 16 reuniões. Não foi permitido comunicação fora do ambiente. Grupos escolheram o canal de comunicação. Reuniões contaram com a presença de um observador. Reuniões foram filmadas, áudio-gravadas e registrados os logs

de chat. Aferições:

‘Questionário de Perfil do Participante’. ‘Termo de Consentimento Livre e Esclarecido’ (TCLE). ‘Termo de Autorização de Uso de Imagem e Depoimentos’. ‘Questionário de pós-reunião’ ao final de cada reunião.

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Configuração dos Grupos27

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Dados Coletados

Grau de completude das tarefas Medidas objetivas: NTAr, NTRr e Tr

Medidas subjetivas: perguntas subjetivas no questionário de pós-reunião baseados em Bastéa-Forte e Yen (2003).

Grau de participação Medidas objetivas: NTCi e DTCi. Medidas subjetivas: perguntas sobre a participação

pessoal e do grupo no questionário de pós-reunião, baseado em DiMicco et al. (2004) e Bastéa-Forte e Yen (2003).

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Dados Coletados

Esforço Cognitivo Medidas subjetivas: perguntas no questionário de pós-reunião

baseado no NASA-TLX MANUAL (1986). Uma ferramenta de avaliação subjetiva da carga de trabalho (6 sub-escalas: demanda mental, física, temporal, desempenho próprio, esforço, nível de frustração).

Senso de Presença Medida objetiva: quantidade de pronomes (eu, nós, você, outros)

e quantidade de dêixis locais e remotas Medidas subjetivas: perguntas subjetivas no questionário pós-

reunião baseado em Kramer et al. (2006), SUS – Slater-Usoh-Steed (Usoh et al., 2000) e PQ - Presence Questionnaire (Witmer e Singer, 1998).

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Análise e Discussão

Completude das Tarefas Todos os grupos conseguiram realizar as tarefas propostas. Alto grau de completude das tarefas em todos os grupos. O critério de completude das tarefas esteve altamente ligado à

agenda de reunião. Grupo ‘SL com o SLMeetingRoom’ ultrapassou 2 minutos do tempo

estipulado. Foi o grupo mais distante do o grupo ‘Face-a-Face’ (baseline), porém as diferenças não foram significativas.

Os resultados de completude tarefas não apresentaram variação, não sendo necessário realizar o teste de hipóteses com essa variável.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Análise e Discussão

Grau de participação (medida objetiva) É calculado pela fórmula Construímos uma curva gaussiana teórica a partir dos cálculos do

grau de participação do grupo ‘Face-a-Face’ (baseline) e comparamos com os dados de participação de cada grupo.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

GP=DTC i

NTCi

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Análise e Discussão

Grau de participação (medida subjetiva) Calculado através do peso de cada resposta dado pelo

participante nos questionários.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Análise e Discussão

Grau de participação (medida subjetiva) O grupo na condição ‘Videoconferência’ se sentiu menos

participativo, mais distante do ‘Face-a-Face’. Nos dados reais de participação foi o grupo com menor tempo (1h49min3seg). Correlação entre o tempo real de participação e as respostas do questionário

foi significativa (0,989). Concluímos que os sentimentos de participação informados pelos

participantes nos questionários expressam a participação real (quantidade de participação).

A métrica de grau de participação baseado na participação média pode não ser boa, pois, de certa forma, pode esconder participações maravilhosas, não conseguindo refletir, por exemplo, quando um participante fala pouco (em momentos específicos da reunião), mas tem uma participação decisiva durante o processo de discussão.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Análise e Discussão

Teste de hipóteses com os dados de participação H0: G1=G2=G3=G4

H1: G2 ≤ G3 ≤ G1 ≤ G4 ou G3 ≤ G2 ≤ G1 ≤ G4

JT: p-valor encontrado = 0,870 (p > 0,05) Não há evidências a favor de H1.

Aceitamos H0

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Análise e Discussão

Esforço Cognitivo O grupo ‘Face-a-Face’ foi o grupo com menor esforço cognitivo

para realizar as reuniões. Isso devido à facilidade e naturalidade das interações presenciais (Qiu et al., 2009).

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Análise e Discussão

Esforço Cognitivo Novamente o grupo ‘Videoconferência’ é o grupo mais distante do

grupo ‘Face-a-face’. Transcrições das conversas mostram que os participantes

tiveram muitos problemas com o alto consumo de banda de Internet.

Correlação de 0,979 mostrou que quanto maior a quantidade de problemas durante uma reunião, maior será o esforço cognitivo sentido pelos participantes esta reunião.

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Reunião Esforço Cognitivo Quantidade de Problemas

1 30% 3

2 37% 4

3 58% 7

4 25% 1

Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Análise e Discussão

Teste de hipóteses com os dados de esforço cognitivo H0: G1=G2=G3=G4

H1: G2 ≥ G3 ≥ G1 ≥ G4 ou G3 ≥ G2 ≥ G1 ≥ G4 p-valor encontrado = 0,007 (p < 0,05) Encontramos evidências a favor de H1.

Rejeitamos H0.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Análise e Discussão

Senso de Presença As perguntas do questionário de pós-reunião foram submetidas a

uma Análise Fatorial com Rotação Varimax. A solução revelou 3 fatores que explicam 76% da variância dos

dados.

fg

Baseado nas cargas de cada fator foram criados escores de presença individual (por participante) para cada pergunta respondida no questionário.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

Fator 1Objetos

Fator 2Ambiente

Fator 3Grupo

Pergunta 1 -- 0,488 0,320Pergunta 2 0,471 0,748 ---Pergunta 3 --- 0,220 0,971Pergunta 4 0,475 0,770 0,271Pergunta 5 0,581 --- 0,513Pergunta 6 0,918 0,334 ---Pergunta 7 0,749 0,404 0,128

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Análise e Discussão

Correlação entre as variáveis linguísticas e os escores de presença (N=48) Fator 1 – só conseguiu capturar as correlações positivas dos ‘verbos na 1ª

pessoa’ e as correlações negativas dos pronomes ‘eu’, ‘você’’, ‘outros’. Fator 2 – só conseguiu capturar as correlações positivas nas dêixis locais e

remotas, ‘verbos na 1ª pessoa do plural’ e no pronome ‘nós’. Fator 3 – só conseguiu capturar as correlações negativas nos pronomes

‘você’ e ‘eu’ e correlação positiva nos ‘verbos na 1ª pessoa’.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

Variáveis linguísticasFator 1Objeto

Fator 2Ambiente

Fator 3Grupo

Eu (-) -0,126 0,069 -0,171Você (-) -0,087 0,067 -0,178Nós (+) -0,140 0,120 -0.036Verbos na 1ª pessoa (+) 0,227 0,187 0,207Outros (-) -0,144 0,065 0,006Dêixis Locais (+) -0,034 0,194 -0,073Dêixis Remotas (+) -0,038 0,275 . -0,072

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Análise e Discussão

Prevendo presença no diálogo (medida objetiva) Realizamos uma regressão para predizer escores de

presença dos participantes com base nas medidas lingüísticas.

A regressão para o Fator 2 apresentou-se como um modelo significativo, representando 27% da variância nos escores de presença (R2 = 0,2751; F[7,40] = 2,169; p-valor = 0,058).

Kramer et al. (2006) com uma amostra de N = 148 e conseguiu representar 33% da variância dos escores de presença.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Análise e Discussão

Teste de hipóteses com os dados de senso de presença H0: G1=G2=G3=G4

H1: G2 ≤ G3 ≤ G1 ≤ G4 ou G3 ≤ G2 ≤ G1 ≤ G4

Fator1 = 1,681e-06, Fator2 = 0,01208 e Fator3 = 0,02499. Encontramos evidências a favor de H1 em todos os fatores.

Rejeitamos H0.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Conclusões sobre o Estudo piloto

Resultados indicam que o grupo utilizando o modelo SLMeetingRoom apresentam menor esforço cognitivo e maior senso de presença para realizar as reuniões.

Para os critérios de completude das tarefas e participação não encontramos evidências a favor da nossa hipótese de pesquisa.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Experimento

Realizado pela necessidade de entender quais são os ganhos com a utilização de um ambiente preparado para suporte a reuniões.

Para o experimento: Utilizamos apenas dois grupos (com e sem o SLMeetingRoom). Mais pessoas em cada grupo. Mais reuniões por grupo. Uma outra tarefa. Os participantes eram os mesmos do estudo piloto. O que nos

garante que todos estavam aquecidos, amadurecidos e engajados em todas as atividades.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Experimento

Visão geral: conjunto de reuniões de trabalho continuadas utilizando duas condições de trabalho (Second Life sem o SLMeetingRoom e Second Life com o SLMeetingRoom).

Participantes: 11 alunos do curso de Mestrado em Computação da UFF divididos em 3 grupos de forma aleatória.

Tarefa: A tarefa foi à realização do projeto final da disciplina com tema livre.

Duração: Os grupos foram acompanhados num período de 1 mês. Cada grupo realizou 5 reuniões, com duração máxima de 1 hora.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Processo

Cada grupo realizou 5 reuniões. Totalizando 15 reuniões. Não foi permitido comunicação fora do ambiente. Os grupos escolheram o canal de comunicação via texto. As reuniões também contaram com a presença de um observador. As reuniões também foram filmadas, áudio-gravadas e registrados os

logs de chat. Aferições

‘Questionário de pós-reunião’ ao final de cada reunião.

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Configuração dos Grupos46

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Análise e Discussão

Completude das Tarefas Novamente verificamos um alto grau de completude das

tarefas em todos os grupos. Todos os grupos conseguiram realizar as tarefas propostas. Grupo ‘SL sem o SLMeetingRoom’ ultrapassou 2 minutos do

tempo estipulado, porém as diferenças não foram significativas.

Os resultados de completude tarefas não apresentaram variação, também não sendo necessário realizar o teste de hipóteses com essa variável.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Análise e Discussão

Grau de participação (medida objetiva) O grau de participação foi calculado da mesma forma como no

estudo piloto

Construímos as curvas de reunião de cada grupo.

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GP=DTC i

NTCi

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Análise e Discussão

Grau de participação (medida subjetiva) Calculado através do peso de cada resposta dado pelo

participante no questionário.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Análise e Discussão

Teste de hipóteses com os dados de participação H0: G1=G2=G3=G4

H1: G2 ≤ G3 ≤ G1 ou G2 ≤ G1 ≤ G3

JT: p-valor encontrado = 0,794 (p > 0,05) Não há evidências a favor de H1.

Aceitamos H0

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Análise e Discussão

Esforço Cognitivo Os grupos ‘SL com o SLMeetingRoom’ foram os grupos com menor

esforço cognitivo para realizar as reuniões. Isso reforça nossa hipótese de pesquisa que os grupos que utilizassem o Second Life aliado ao modelo SLMeetingRoom apresentariam menor esforço cognitivo para realizar as reuniões.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Análise e Discussão

Comentários sobre a utilização do SL sem o modelo SLMeetingRoom para apoiar as reuniões.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

Durante a reunião“P1: Por que a gente está sem o ambiente?P2: Por que estamos sem nenhum objeto de reunião? :(((P2: A sala com os objetos é mais interessante.....”

“P2: Cadê o cronômetro? :(((( E a agenda de reunião? Onde vamos colocar ela?P1: Tá no Google docs.P2: Eu sei, mas sempre trazemos para a reunião e colocamos no quadro.”

Pós-reunião“P2: É muito ruim sem o ambiente. Tem que ficar olhando para o relógio e contar o tempo. E não tem onde colocar a ata, e a lista de pauta da reunião no quadro branco. Tudo isso eu senti falta.”

“P2: Fazer a reunião sem o quadro branco com a lista da pauta é mais complicado e também não ter um cronograma para listar quem vai fazer o quê. Eu gostei muito do ambiente de reunião.”

Transcrição Revisada: Reunião 1 – Grupo 2 - SL sem o SLMeetingRoom – 31/05/2010

“P2: Outro detalhe... Quando um fala, não dá para saber que ainda está escrevendo. O texto de um enrola com o de outro que fala mais.P3: Isso acho que teve mais a ver com delay.P2: Não acho.P3: Às vezes, o meu demorava d+ pra postar aqui.P2: Acho q, quando usei o Social Proxy, foi melhor.P3: Com certeza o Social Proxy ajuda.P3: O Social Proxy ajuda a ver que o outro ainda está escrevendo.P1: Só usei sem ambiente. Me dei mal.P2: Eu usei com ambiente. Foi melhor mesmo.”

Transcrição Revisada: Reunião 2 – Grupo 2 - SL sem o SLMeetingRoom – 06/06/2010

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Análise e Discussão

Teste de hipóteses com os dados de esforço cognitivo H0: G1=G2=G3=G4

H1: G2 ≥ G3 ≥ G1 ou G2 ≥ G1 ≥ G3

JT: p-valor encontrado = 0,017 (p < 0,05) Encontramos evidências a favor de H1.

Rejeitamos H0.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Análise e Discussão

Senso de Presença As perguntas do questionário de pós-reunião foram submetidas a uma

análise fatorial com rotação varimax. A solução revelou apenas 1 fator que explicam 49% da variância dos

dados.

Baseado nas cargas de cada fator foram criados escores de presença individual (por participante) para cada pergunta respondida no questionário.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

PERGUNTAS FATOR 1Pergunta 1 0,569Pergunta 2 0,249Pergunta 3 0,749Pergunta 4 0,845Pergunta 5 0,581Pergunta 6 0,673 Pergunta 7 0,834

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Análise e Discussão

Prevendo presença no diálogo (medida objetiva) (N=55) Resultados promissores. O modelo de regressão para o fator foi significativo (p-valor < 0,05),

explicando 30% da variabilidade dos escores de presença (R2 = 0,307; F[7,47] = 2,986; p-valor = 0,011).

Correlação entre as variáveis linguísticas e os escores de presença (N = XX) Este fator foi positivamente

correlacionado com as dêixis remotas e as correlações foram negativas nos pronomes ‘eu’, ‘você’ e ‘outros’.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

Variáveis Linguísticas Fator 1Eu -0,194Você -0,008Nós -0,114Verbos na 1ª pessoa -0,109Outros -0,465*Dêixis Locais -0,296*Dêixis Remotas 0,100

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Análise e Discussão

Teste de hipóteses com os dados de senso de presença H0: G1=G2=G3=G4

H1: G2 ≤ G3 ≤ G1 ou G2 ≤ G1 ≤ G3

JT: p-valor encontrado = 0,015 (p < 0,05) Encontramos evidências a favor de H1.

Rejeitamos H0.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Conclusões sobre o Estudo piloto

Assim como no estudo piloto, resultados indicam que os grupos utilizando o modelo SLMeetingRoom apresentam menor esforço cognitivo e maior senso de presença para realizar as reuniões.

E para os critérios de completude das tarefas, participação e esforço cognitivo não encontramos evidências a favor da nossa hipótese de pesquisa.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Trabalho Correlatos X SLMeetingRoom58

Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

CARACTERÍSTICAS

Roseman e

GreenbergGeyer Yankelovich De Lucia

Harry e

DonathDe Lucia Cheng

SLMeetingRoo

m

1996 2001 2004 2008 2008 2009 2010 2011

Grupos pequenos

Reuniões remotas

Representação pessoal 3D

Armazenar informações

Social Proxy

Modelo de argumentação

Agendar atividades e eventos

Registrar tarefas a executar

Plataforma de escrita colaborativa

Sistema de votação

Painel de gestos

Lista de presença

Cronômetro de reunião

Maior grau de completude das tarefas

Maior grau de participação

Menor esforço cognitivo

Maior senso de presença

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Conclusão

Este trabalho aborda o problema da utilização do Second Life como plataforma para a realização de reuniões.

Propomos a criação de um modelo de ambiente para suporte a atividades básicas de reuniões de trabalho.

Levantamos a hipótese de que a utilização do SLMeetingRoom para suporte a reuniões de trabalho possibilita resultados mais próximos das interações face-a-face.

Realizamos um estudo experimental comparativo (estudo piloto e experimento).

Através da análise dos dados, podemos concluir que o modelo SLMeetingRoom é promissor para os critérios de esforço cognitivo e senso de presença.

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Contribuições

A criação do modelo SLMeetingRoom para suporte a reuniões remotas que permite estruturar o processo de reunião no ambiente SL, viabilizando um menor esforço cognitivo e maior senso de presença;

Especificação e implementação do modelo de ambiente para realização de experimentos e posterior avaliação;

Realização de um teste de hipóteses com os dados coletados, apesar de não termos conjuntos estatisticamente significativos.

Exposição dos resultados alcançados, a partir de um estudo experimental comparativo, bem controlado, que contribuiu para avaliar a hipótese proposta para o problema do trabalho.

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Limitações

Observação de pequenos grupos de estudantes (11-12 participantes) não sendo possível validar a hipótese.

Quantidade de reuniões observadas também foi pequena. SL - alto consumo de banda de Internet, dificuldade na

configuração mínima de hardware, como por exemplo, a necessidade de uma placa de vídeo para uma melhor visualização gráfica.

Videoconferências – alto consumo de banda de Internet, dificuldade no alto processamento de CPU e custo para aquisição de uma WebCam.

Face-a-face - descolamento por parte dos alunos para a participação das reuniões presenciais.

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Trabalhos Futuros

Levantamos alguns tópicos para pesquisas futuras, como: Melhor entendimento sobre o grau de participação baseado na participação média; Efeitos individuais de cada componente do modelo SLMeetingRoom no

comportamento dos participantes; Importância de levar em conta a qualidade das decisões do grupo; Qualidade do produto final gerado pelas reuniões; A importância em analisar o conteúdo da fala.

Sugerimos então, a realização de um teste de hipóteses com grupos maiores, a fim de validar a hipótese de pesquisa.

Variar o perfil do participante (nível de formação acadêmica, ocupação, etc.) durante as novas experimentações.

Ainda de acordo com a proposta, sugerimos a criação de um ambiente mais integrado, que disponibilize os registros da reunião automaticamente para visualização e reprodução futura, entre outras funcionalidades.

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Publicações

1. Silva, C., Tavares, T., Garcia, A., Nogueira, J. Governo Eletrônico em Ambientes Colaborativos Virtuais. In: V Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação (SBSI), 2009, Brasília. Anais do evento. Ano: 2009.

2. Silva, C., Tavares, T., Garcia, A., Nogueira, J. Espaço REUNI - Uma Iniciativa de E-Gov em Mundos Virtuais 3D. Revista Eletrônica de Sistemas de Informação, v. 8, n. 1, artigo 2. ISSN 1677-3071. Ano: 2009.

3. Caetano, C., Knechtel, M., Resmini, R. Bicharra, A.C., Montenegro, Anselmo. Simulated Architecture and Programming Model for Social Proxy in Second Life. In: International Conference on Information Society (i-Society 2010), 2010, Londres. Proceedings of the International Conference on Information Society (i-Society 2010), 2010.

4. Silva, C. e Garcia, A. A experiência da Produção de Filmes em Ambientes Virtuais Colaborativos. In: VII - Simpósio Brasileiro de Sistemas Colaborativos (SBSC 2010), 2010, Belo Horizonte.

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Introdução Fundamentação SLMeetingRoom Estudo Experimental Conclusão

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Publicações

5. Silva, C. e Garcia, A. Desenvolvimento de um Social Proxy para apoio a reuniões no Second Life. In: VII - Simpósio Brasileiro de Sistemas Colaborativos (SBSC 2010), 2010, Belo Horizonte.

6. Silva, C. R. C., Garcia, A. C. B. Building an Approach to Work Together in Second Life. In: Third Workshop on Human-Computer Interaction (mexIHC 2010), 2010, San Luis Potosí - México.

7. Slaviero, C., Medeiros, J., Figueiredo, K., Silva, W., Silva, C. R. C., Garcia, A. C. B. (2010) Medindo Emoções em Reuniões no Second Life. In: Interaction South America, 2010, Curitiba – PR - Brasil. 

8. Silva, C., Garcia, A.C. e Rosa, J.M. (2011) A Model of Environment to Remote Support Meetings, Oriented Tasks with Small Groups for Second Life. In. 15th International Conference on Computer Supported Cooperative Work in Design (CSCWD 2011). June 8-10, 2011. Lausanne, Switzerland - Suiça.

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Universidade Federal Fluminense (UFF)

UM MODELO DE AMBIENTE PARA SUPORTE A REUNIÕES REMOTAS, ORIENTADAS A

TAREFAS, COM GRUPOS PEQUENOS PARA O SECOND LIFE

Cintia Ramalho Caetano da Silva

Niterói, 02 de março de 2011.

INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO - IC

Dissertação de Mestrado

em Ciência da Computação

Orientadora: Ana Cristina Bicharra Garcia