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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA DO CERES ESPECIALIZAÇÃO EM HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA: PERSPECTIVAS E DISCUSSÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA SOBRE O COTIDIANO ESCOLAR EDNA BATISTA DE MEDEIROS CAICÓ-RN 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ – DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

DO CERES

ESPECIALIZAÇÃO EM HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA

ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E

AFRICANA: PERSPECTIVAS E DISCUSSÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA

SOBRE O COTIDIANO ESCOLAR

EDNA BATISTA DE MEDEIROS

CAICÓ-RN

2016

EDNA BATISTA DE MEDEIROS

ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E

AFRICANA: PERSPECTIVAS E DISCUSSÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA

SOBRE O COTIDIANO ESCOLAR

Trabalho de conclusão de Curso-Artigo Científico apresentado à Coordenação do Curso de Especialização em História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, ministrado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em cumprimento às exigências para a obtenção do Título de Especialista.

Orientadora: Janaina Luciana de Medeiros

CAICÓ-RN

2016

EDNA BATISTA DE MEDEIROS

ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E

AFRICANA: PERSPECTIVAS E DISCUSSÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA

SOBRE O COTIDIANO ESCOLAR

Artigo cientifico apresentado como requisito obrigatório para a obtenção do título

de Especialista no Curso de Especialização a Universidade Federal do Rio Grande

do Norte-UFRN

Aprovada em ____/____ /2016, com conceito ____, pela seguinte banca:

BANCA EXAMINADORA

Prof° Ms. Janaina Luciana de Medeiros - Universidade Federal do Rio Grande do

Norte-UFRN- Orientadora e Presidente da Banca

Prof° Ms. Mayara Ferreira de Farias - Universidade Federal do Rio Grande do

Norte-UFRN - Avaliador 1

___________________________________________________________________ Prof° Esp. Joelson Severino de Medeiros - Universidade Federal do Rio Grande

do Norte-UFRN/SEDIS - Avaliador 2

CAICÓ-RN

2016

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................07

2. A APLICAÇÃO DA LEI N. 10.639..........................................................................09

3. O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA NO

ÂMBITO ESCOLAR...................................................................................................13

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES...........................................................................19

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................23

6. REFERÊNCIAS .....................................................................................................25

5

ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E

AFRICANA: PERSPECTIVAS E DISCUSSÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA

SOBRE O COTIDIANO ESCOLAR

Edna Batista de Medeiros1

Janaina Luciana de Medeiros - Orientadora2

RESUMO

Ensejando a concretização do reconhecimento da identidade, história e cultura de um

grupo étnico, o presente trabalho possibilitou reconhecimento, igualdade das raízes

africanas da nação brasileira. Outrossim, objetivou-se discutir questões relacionadas

à inserção do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, sobre a

relevância e necessidade da aplicabilidade da temática no contexto escolar, na

procura por valorizar os sujeitos e sua cultura. Neste contexto, pensou-se na seguinte

questão problema: trabalhar e inseridos no cotidiano da sala de aula para que haja a

real inserção do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana? Assim, a

pesquisa em questão, utilizou como metodologias: a pesquisa qualitativa e

bibliográfica, em revistas, livros e sites que abordavam sobre a mesma ou temática

semelhante. A fundamentação teórica, por sua vez, pautou se na ótica de autores

como: Abreu (2007), Azevedo Neto (2009), Brasil (2003, 2004, 2008), Bittencourt

(2004), Cavalleiro (2005, 2011), Carvalho (2006), Freire (1992), Fonseca (2003),

Gomes (2001), Menezes (2002), Rosa (2006), Santos (2005), Santos (1987), dentre

outros. A intervenção pedagógica foi, por conseguinte, realizada em sala de aula na

“Escola Municipal Paulino Batista de Araújo”, na qual procurou-se mostrar a Lei

10.639/03 no contexto escolar, na busca por valorizar o ensino da diversidade cultural

afro-brasileira e africana no cotidiano da Instituição supracitada. Como principais

resultados, destacam-se: uma contação de história, com enredo simples, o tema da

inclusão do negro e da diversidade valorizando o negro e sua identidade, bem como,

slides.

Palavras Chave: Cotidiano escolar. História e cultura Afro-brasileira e Africana.

Professores.

1 Discente do Curso de Especialização em História e Cultura Africana e Afro-Brasileira –

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Centro de Ensino Superior do Seridó (CERES),

Campus de Caicó, Departamento de História (DHC). Graduada em Pedagogia pela UVA – Universidade

Estadual do Vale do Acaraú. Professora do Município de Timbaúba dos Batistas. E-mail: [email protected].

2 Professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/Escola Agrícola de Jundiaí –

UFRN/EAJ. Mestre em turismo pela UFRN. E-mail: [email protected].

6

1 INTRODUÇÃO

O Brasil é um país do continente americano que recebeu o maior fluxo de

africanos escravizados entre os séculos XVI e XIX, com negros e mestiços

descendentes da África, que atualmente representam hoje um número muito grande

da população brasileira, onde tiveram uma notável participação na formação do nosso

povo, na sua economia, sua cultura e sua história, contribuindo de forma decisiva para

modelar a cultura e a identidade brasileira.

A meta deste esboço sobre o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e

Africana objetiva a concretização do reconhecimento e valorização da identidade,

história e cultura de um grupo étnico, que concentra a maior parte da população

brasileira: os negros.

A guisa dessas orientações, tem se constituído incumbências das instituições

de ensino, que ofertam cursos na modalidade de licenciatura e criação de horizontes

reais de planejamento. Contudo, a medida corresponde ao cumprimento das

expectativas o que prescinde o desenvolvimento de unidades de estudos, assim como

projetos e programas, com fins à apropriação, de forma abrangente, sobre o

componente curricular.

Vale inferir, que a presente pesquisa é qualitativa e bibliográfica, tendo sito

utilizadas revistas, livros e sites que abordavam sobre a mesma ou temática

semelhante.

Uma pesquisa qualitativa, segundo Veal (2011), envolve a coleta de uma

grande quantidade de informações, porém, sobre um pequeno número de pessoas. A

informação coletada geralmente não é apresentada de forma numérica.

Para Strauss (2008), a pesquisa qualitativa pode se referir à investigação sobre

a vida das pessoas, experiências vividas, comportamentos, emoções e sentimentos,

também sobre o funcionamento organizacional e relacionado também a movimentos

sociais.

A pesquisa tem enfoque exploratório, que segundo Dencker (1998) busca

aprimorar ideias e descobrir instituições. Caracteriza-se, também, por possuir um

planejamento flexível, envolvendo em geral levantamento bibliográfico. Uma pesquisa

bibliográfica, por sua vez, é desenvolvida a partir de material já elaborado, construído

principalmente de livros e artigos científicos, entretanto fundamentam o objeto de

estudo (GIL, 2009).

7

Sobre isso, Dencker (1998) afirma que tal pesquisa consiste em utilizar material

já elaborado como livros e artigos científicos. Já Gil (2008) apresenta que sua principal

vantagem reside no fato de permitir ao pesquisar a cobertura de uma gama de

fenômenos mais amplo do que aquela que poderia pesquisar diretamente.

Assim sendo, destaca-se o fato de ser necessário discutir sobre a temática de

ensino da HistóriaeCultura Afro-Brasileira e Africana em prol da comunidade, onde

necessitam que seus professores tenham novos olhares sobre a questão

supracitada, refletindo, direta e indiretamente, nas diversas relações socioculturais

existentes no cotidiano das pessoas, o qual deve ser baseado no respeito mútuo e

na liberdade de expressão.

A pesquisa em questão tem interesse em estudos relacionados com o ensino de

história, em especial a relacionada com a cultura Africana e Afro-brasileira, com

perspectivas de ampliar estudos e possibilitar divulgação sobre a temática em âmbito

local e aos que tiverem acesso ao trabalho em qualquer lugar.

A proposta da aula foi a professora trabalhar com seus alunos através de uma

história os valores, bem como, o tema racismo onde nos dias de hoje essa temática

ainda necessita ser discutida e trabalhada no meio social.

Ao que concerne à relevância acadêmica, destaca-se o fato de que o material

será disponibilizado a outros alunos e pesquisadores que tenham ou queiram ter

aproximação com a questão do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana,

seja por motivo de conhecimento pessoal, profissional ou que deseje ampliar estudos

sobre a temática. Outrossim, o material ficará disponível para quaisquer pessoas

através do Sistema da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Diante disso, formulou-se a seguinte questão problema: quais conteúdos

devem ser trabalhados e inseridos no cotidiano da sala de aula para que haja a real

inserção do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana?

8

2 A APLICAÇÃO DA LEI N. 10.639

Existem vários debates realizados, acerca da maneira como o professor deve

trabalhar a disciplina de História no cotidiano escolar, sendo este conteúdo

imprescindível que contribui, para a formação do povo brasileiro e a cultura Afro-

brasileira e Africana

Em consonância com os documentos oficiais, a Educação das Relações Étnico-

Raciais e o estudo de História e Cultura Afro-brasileira e Africana, têm o seu aporte

obrigatório nos currículos escolares. Devendo alcançar desenvoltura por meio da

veiculação de conteúdos, competências, atitudes e valores que agreguem a

operacionalização docente de suas temáticas em sala de aula. E estes enfoques, que

ficarão ao encargo das deliberações das Instituições de ensino e seu corpo docente,

conforme vem explicitando o Parecer CNE/CP n. 3/2004 (BRASIL, 2004).

O ensino das Relações Étnico-Raciais e o estudo de História e Cultura Afro-

Brasileira e Africana, tornou-se obrigatório por lei, sendo importante que o educador

trabalhe nos conteúdos, competências, atitudes e valores em sala de aula.

Para Fonseca (2003, p. 101), relata que:

Nesse contexto sociocultural e educacional processa-se de forma intensa o debate acerca dos paradigmas, das relações entre os padrões e níveis de conhecimento, das concepções de educação e da escola, o que evidencia a necessidade de repensar as práticas pedagógicas dos professores no interior dos diferentes espaços educativos.

O debate acerca dos paradigmas foram imprescindíveis pois necessitava

repensar sobre as práticas pedagógicas dos professores no cotidiano da sala de aula.

A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) n. 9.394, de

20 de dezembro de 1996 sofreu significativas alterações. Os estabelecimentos de

ensino, consoante o Art. 26-A da LDBEN, assumiram o estudo da História e Cultura

afro-brasileira e indígena (BRASIL, 2003).

A lei estabelecia a obrigatoriedade da História e Cultura Africana e dos Afro-

Brasileiros no currículo escolar, e em 1996 sofreu significativas alterações em seu

conteúdo incluindo aspectos da formação da população brasileira e dos dois grupos

étnicos.

9

Da mesma forma, o conteúdo programático do currículo oficial de ensino incluiu

aspectos que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois

grupos étnicos (Art. 26-A, §1º) (BRASIL, 2008).

Os conteúdos do currículo incluem aspectos da formação da sociedade e dos

grupos étnicos brasileiros, destacando as suas características e seus costumes.

Entretanto, para alcançar tal pilar no ensino, os documentos postulam sobre o

aprofundamento dos estudos relacionados à temática da Educação das Relações

Étnico-Raciais. Nesse caso, as exigências incluem a colaboração das coordenações

pedagógicas (Parecer CNE/CP n. 3/2004)(BRASIL, 2004).

Nos documentos eram exigidos que a equipe escolar colaborasse com os

estudos nos currículos relacionados as Relações Étnico-Raciais.

Essa estrutura permite a articulação de programas de combate à discriminação

racial com projetos de valorização da diversidade étnica. Um dos seus objetivos é

tornar a multiplicidade de experiências pedagógicas dessas áreas em modos de

renovação nas práticas pedagógicas (BRASIL, 2004a).

Os projetos e os programas de combate à discriminação são relevantes, pois

contribuem para que a diversidade e a pluralidade cultural seja valorizada através das

práticas pedagógicas.

a articulação de programas de combate à discriminação racial com projetos de

valorização da diversidade étnica foram instrumentos de promoção da cidadania, da

valorização, da diversidade e de apoio às populações.

Mais do que uma reunião de programas, a tarefa da nova secretaria é articular

as competências e experiências desenvolvidas, tanto pelos sistemas formais de

ensino como pelas práticas de organizações sociais, em instrumentos de promoção

da cidadania, da valorização, da diversidade e de apoio às populações que vivem em

situações de vulnerabilidade (BRASIL, 2004b).

Um dos importantes instrumentos para promoção da cidadania diz respeito a

articulação e desenvolvimento de projetos pedagógicos, que os educadores planejam

e executam no âmbito escolar com o apoio da sociedade.

Em conformidade com o § 2o do Art. 26-A da atual LDBEN, “os conteúdos

referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão

ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação

artística e de literatura e história brasileiras”.

10

Os conteúdos acercam da história e cultura afro-brasileira e dos povos

indígenas brasileiros vim a ser ministrados no currículo escolar, nas áreas de

educação artística e de literatura e história brasileira.

Assim Bittencourt (2004, p. 64), ressalta que:

Para a maioria dos educadores que concordavam com a escolarização das classes populares, a história a ser ensinada, desde o primeiro ano escolar, aos trabalhadores livres que emergiam em substituição aos escravos deveriam inculcar da obediência à hierarquia, de modo que a nação pudesse chegar ao congresso, modernizando-se segundo o modelo dos países europeus.

A escolarização das classes escolares estava direcionada aos indivíduos livres

daquela época, e aos escravos cabiam a obediência aos seus senhores, sem ter

direitos a educação.

Assim, tão contundente quanto destacar a base legal da obrigatoriedade da

temática, entende-se que seja a assimilação de que o ensino da História Africana não

se refere exclusivamente a ensinar a História em si, como um conteúdo escolar a

mais.

A escola e a sociedade não estão dissociadas, e que muitas vezes, existe uma

dissociação no espaço escolar, a família não cumpre com seu dever de participar da

vida estudantil de seu filho, onde não participa de reuniões escolares, não se preocupa

com as tarefas escolares, e faz cobranças aos educadores sobre a educação das

crianças, assim, tem percebe esse distanciamento da família com relação ao ambiente

escolar.

É justamente com relação aos preconceitos adquiridos em um processo de

informação distorcida sobre a África e sobre os africanos, que esta história necessita

ser questionada e ensinada nas escolas.

Sendo assim, percebe-se que as reivindicações propostas tecem

apontamentos para a necessidade de diretrizes que orientem a formulação de ações

empenhadas na valorização da história e cultura da formação da sociedade brasileira.

É essencial, por conseguinte, conhecer as raízes que a miscigenaram. Não

convém deixar passar de forma despercebida a relevância herdada pela cultura

africana e indígena, na proposição de novos rumos para a educação atual.

11

Portanto, a menção condiz com o intuito de criar situações de um ensino

comprometido com a Educação de Relações Étnico-Raciais positivas, a que tais

conteúdos devem conduzir.

12

3 O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA AMBITO ESCOLAR

O Brasil é um país formado por uma rica cultura, e diferentes povos precisando

que a educação seja moldada pela mudança e a transformação, almejando assim uma

estrutura do currículo voltado, para a realidade do povo brasileiro.

Assim sendo, a história dos antepassados do nosso país requer que os

educadores façam uma recriação e integrem seus alunos, de modo que possa atender

e contemplem as abordagens históricas, ao ponto que é urgente (re) pensar um ensino

respaldado pelo respeito às matrizes culturais, a partir das quais se construa a

identidade do educando.

Assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a

segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça, como valores

supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na

harmonia social (BRASIL, 1998).

Assim os direitos sociais são assegurados por lei, e importantes para o

desenvolvimento da cidadania, e cabe a escola construir uma sociedade justa e com

valores, respeitando todos igualmente sem preconceito.

Segundo Paixão (2007, p. 53), traduz que:

A inserção do estudo de história e cultura da áfrica e afro-brasileira é uma antiga reivindicação do movimento negro, que contribuiu para elaboração da lei 10639/03: ao movimento social negro tem-se constituído como um movimento importante na sociedade brasileira. A história é repleta das ações de rebeldia, de luta e libertação da população negra, desde o início da escravidão no Brasil. Os quilombos

são sinais vivos dessa organização e resistência.

O movimento negro lutava por igualdade entre todos, pela liberdade e pelos

direitos dos que um dia foram escravizados, e por seu lugar na sociedade.

Esses pontos, por sua vez, referendam a garantia de reconhecimento e

igualdade de valorização das raízes africanas da nação brasileira, sem desprezar

outros grupos étnicos que formulam o contingente populacional brasileiro, que são os

indígenas, europeus e asiáticos (BRASIL, 2004).

As raízes africanas, indígenas, europeus e asiáticos tiveram sua participação

na formação da sociedade brasileira, pois contribuíram de forma significativa para o

desenvolvimento do país.

13

A intenção de transformação da educação brasileira que procura a valorização

da história e da cultura dos africanos e afrodescendentes busca eliminar os fatores de

exclusão das populações descendentes dos africanos que se proliferam desde o

Brasil colônia (ROSA, 2006).

Assim, através do ensino das culturas os educadores objetiva valorizar a

história desses povos, bem como, a sociedade diminuir com o preconceito que existe

desde o Brasil colônia.

Nesse sentido, Brasil (PCN, 1998, p. 302), menciona que:

A sociedade atual solicita que se enfrente a heterogeneidade e que se distingam as particularidades dos grupos e das culturas, seus valores, interesses e identidades. Ao mesmo tempo, ela demanda que reconhecimento das diferenças não fundamente relações de dominação, submissão, preconceito ou desigualdade.

É importante que sejam mantidas a heterogeneidade e as particularidades dos

grupos, valorizando sua identidade, e que os alunos possam reconhecer essas

diferenças.

A relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro-brasileira

e africana não se restingue à população negra, ao contrário dizem respeito a todos os

brasileiros uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma

multicultural e pluriétnica, capaz de construir uma nação democrática (CNE, 2004).

O estudo de temas decorrentes da cultura afro-brasileira e africana é relevante

porque assim todos os brasileiros possam conhecer sua história e exercer a sua

cidadania.

De um lado os professores de história queixam-se do desinteresse e apatia de

seus alunos que, distanciados de um passado orgânico e de uma consciência clara a

respeito do valor da educação e de suas práxis, perdem-se em meio a um conjunto

de ações cotidianas desprovidas de sentido e não conseguem estabelecer claras

relações entre aquilo que estudam em termos de conteúdos históricos e sua vida real

(ABREU, 2007).

O desinteresse e apatia dos alunos com relação a história e a cultura afro-

brasileira e africana, faz com esses não entendam o conteúdo abordado e sala de

aula pelo professor.

14

A escola foi criada como instituição educativa, isto é, para transmitir às novas

gerações elementos culturais necessários para a participação na vida social, conforme

a divisão do trabalho, do poder e do saber (MENEZES, 2002).

A instituição escolar é um lugar pelo qual são transmitidos elementos culturais

pelos educadores, onde esse conhecimento propicia desenvolvimento aos aluno, bem

como saber e participação na sociedade.

Para Carvalho (2006, p. 212), traduz que:

No entanto, eles ainda encontram problemas no processo de sua plena integração social e no exercício de seus direitos de cidadania. Seria necessária a construção de uma aliança negro-branco-indígena pela inclusão racial, que permitiria a associação entre os movimentos negros e indígenas na construção e reconstrução de uma história com eles hermanados visando à superação da brutal e inaceitável desigualdade étnica hoje existente na sociedade brasileira.

Os movimentos negros e indígenas na construção e reconstrução de uma

história, são essenciais porque dessa maneira integra a sociedade a história de

luta, propiciando conhecer seus costumes e tradições.

Entretanto, existe a preocupação de alguns conteúdos como “19 de abril”

(Dia do Índio); o “13 de maio” (Abolição da Escravatura) e o “20 de novembro” (Dia

dedicado à Consciência Negra), que são abordados nas escolas na sala de aula de

forma inadequada, sem atenção a esses temas.

A inserção desses conteúdos no currículo escolar recebe um degrau otimista.

Significa despir os conteúdos dos estereótipos tradicionalmente reproduzidos nos

bancos escolares. Estereótipos que, por sua vez, têm dado continuidade à hegemonia

de um currículo eurocêntrico, machista, racista e capitalista. Com efeito, trazer a

História e a Cultura africana para a sala de aula, revela a importância do negro para a

formação da sociedade brasileira (SANTOS, 2005).

Ao inserir esses conteúdos no cotidiano da sala de aula, os educadores amplia

o conhecimento de mundo dos alunos, com relação a história e a cultura afro-brasileira

e africana.

A escola articula as necessidades individuais e demanda da sociedade

contemporânea ao mesmo tempo, fornece escolaridade prepara para o trabalho e a

vida social e política transmitindo preservando e recriando cultura (FONSECA, 2003).

15

As instituições escolares têm o objetivo de preparar seus alunos para exercer

a sua cidadania e viver em sociedade de forma que possa respeitar e valorizar a sua

cultura.

Azevedo Neto (2009, p. 2), afirma que:

Os parâmetros são de extrema importância que em situações de ensino sejam consideradas as contribuições significativas de cultura que não tiveram hegemonia política e, também, que seja realizado um trabalho que busca explicar, entender e conviver com procedimentos, técnicas e habilidades matemáticas desenvolvidas no entorno sociocultural próprio a certos grupos sociais.

Os parâmetros são imprescindíveis porque objetiva explicar, entender e

conviver os procedimentos, técnicas e habilidades desenvolvidas no entorno do

âmbito escolar pelo professor.

A multiculturalidade não se constitui na justaposição de culturas, muito menos

no poder exacerbado de uma sobre as outras, mas na liberdade conquistada, no

direito assegurado de mover-se cada cultura no respeito uma da outra, correndo risco

livremente de ser diferente, sem medo de ser diferente, de ser cada um para si

somente como se faz possível crescerem juntas e não na experiência da tensão

permanente, provocada pelo “todo-poderosismo” de uma sobre as demais, proibidas

de ser (FREIRE, 1992).

A cultura é um direito de todos, e através da multiculturalidade os indivíduos

conquistaram a liberdade, sem medos e poder, e cada uma apesar de diferente deve

ser respeitada e livre.

A sociedade brasileira caracteriza-se por uma pluralidade étnica, sendo este

produto de um processo histórico que inseriu num mesmo cenário três grupos

distintos: portugueses, índios e negros de origem africana. Esse contato favoreceu o

intercurso dessas culturas, levando à construção de um país inegavelmente

miscigenado, multifacetado, ou seja, uma unicidade marcada pelo antagonismo e pela

imprevisibilidade (MENEZES, 2002).

Com a origem três grupos distintos: portugueses, índios e negros de origem

africana, a sociedade brasileira caracteriza pela pluralidade ética, propiciando a

construção de um país miscigenado.

Um conjunto de políticas públicas e privadas e de caráter compulsório,

facultativo ou voluntário, concebidas com vista ao combate da discriminação de raça

16

gênero etc., bem como para corrigir os efeitos presentes da discriminação praticada

no passado (GOMES, 2001).

As Politicas Públicas e privadas são realizadas no país, com o intuito de

combater a discriminação do passado, onde muitas pessoas constantemente sofrem

com esse tipo de preconceito

Assim Santos (1987, p. 16), aponta que:

É importante considerar a diversidade cultural interna à nossa sociedade; isso é de fato essencial para compreendermos melhor o país em que vivemos. Mesmo porque essa diversidade não é só feita de ideias; ela está também relacionada com as maneiras de atuar na vida social, é um elemento que faz parte das relações sociais no país. A diversidade também se constitui de maneiras diferentes de viver, cujas razões podem ser estudadas, contribuindo dessa forma para eliminar preconceitos e perseguições de que são vítimas grupos e categorias de pessoas.

O grande compromisso dos educadores é vivenciar a prática pedagógica,

desejando uma educação de qualidade em que todos possam alcançar a igualdade,

a alegria, à esperança e a liberdade entre os povos.

As práticas desenvolvidas nas escolas suscitam indagações pertinentes, como:

Quais significados a tais datas são atribuídos e que lugar ocupam no cenário das

preocupações, percepções e discursos docentes (SILVA, 2004).

As práticas desenvolvidas no âmbito escolar são pertinentes, porque a partir

destas os educadores pode desenvolver seu trabalho, contribuindo para o

desenvolvimento da aprendizagem das crianças.

E assim, uma situação que corrobora para isso é o fato de os personagens

negros que contribuíram para a formação sócio-política e cultural do país serem

ignorados ou tratados equivocadamente na mídia e nos livros escolares

(CAVALLEIRO, 2005).

Os personagens negros que tanto contribuíram para a formação cultural do

país, são ignorados e tratados como indigentes nos livros escolares e por indivíduos

na sociedade.

Desse modo, é importante que os educadores tenham uma reflexão

critica sobre sua prática pedagógica, e estejam embasados, para assegurar uma

educação de maneira ética e consciente, bem como assegurar um ensino de

qualidade.

17

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Na Escola Municipal Paulino Batista de Araújo em Timbaúba dos Batista-RN,

têm um papel fundamental de mostrar aos alunos que todos presentes no Brasil têm

e tiveram importâncias iguais na formação da cultura brasileira, foi possível observar

que os professores desenvolvem em suas práticas pedagógicas uma temática que

façam os alunos refletir sobre a nossa História e a Cultura Afro-Brasileira e Africana e

a formação cultural brasileira no seu cotidiano. Assim é possível que as teorias racistas

possam diminuir o preconceito, sendo utilizada as metodologias voltadas para

diversidade cultural.

Nas reuniões com a equipe pedagógico vem discutindo e trabalhando junto com

os professores o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana, pois além ser

obrigatória por lei, deve ser explanada em sala de aula, proporcionando aos alunos

conhecimento e aprendizagem, conhecendo a contribuição desses grupos para a

formação do povo brasileiro, através de seus costumes, tradições, sua história e as

suas lutas.

As principais dificuldades encontradas pelos educadores em trabalhar os

conteúdos, estão relacionadas a inserção do aluno em meio as informações obtidas,

pois estes trazem sua concepção de conhecimento sobre essa cultura de casa e do

meio social.

O PPP (Projeto Político Pedagógico) a escola está sendo construído junto com

a equipe pedagógica e a comunidade escolar, as reuniões realizadas são discutidos

os problemas, as dificuldades e avanços das crianças, bem como discutem sugestões

sobre como trabalhar os conteúdos de história, as principais dinâmicas para melhor

desenvolver seu trabalho no âmbito escolar cotidianamente.

Assim sendo, os conteúdos Afro-Brasileira e Africana devem ser trabalhados

de forma dinâmica com uma sequência didática, reprodução de imagens, fantoches,

teatro, elaboração de cartazes, seminários, composições, músicas, danças, vídeos,

poesias, histórias.

Na aula/momento prático foi observado que a educadora trabalhou através da

literatura um texto com os alunos o tema valores, onde pretendia discutir as complexas

questões identitárias, observando nessa o braque o preconceito racial.

18

No dia 14 de março foi desenvolvida pela professora na aula na turma do 1º

ano do ensino fundamental, onde foi desenvolvido uma conversa informal sobre o

ensino de história e cultural afro-brasileira e africana, em seguida foi contado uma

história com a temática do livro “Menina bonita do Laço de fita”, logo após uma roda

de conversa para que os alunos possam trocar experiências uns com os outros sobre

o tema abordado na aula.

Imagem 01. Atividade prática na Escola.

Fonte: Dados da pesquisa no dia 14 de Março de 2016.

A Imagem 01 reflete uma atividade sendo realizada pela professora em sala de

aula, na turma do 1º ano do ensino fundamental, através de rodinha com uma

conversa informal sobre o ensino de história e cultural afro-brasileira e africana.

Imagem 02. Atividade prática na Escola.

Fonte: Dados da pesquisa no dia 14 de Março de 2016.

19

A Imagem 02 mostra o momento que a professora está desenvolvendo a

atividade através de uma contação de história com o livro “Menina bonita do Laço de

fita”, com a temática do ensino de história e cultural afro-brasileira e africana.

Imagem 03. Atividade prática na Escola.

Fonte: Dados da pesquisa no dia 14 de Março de 2016.

A Imagem 03, por sua vez, reflete um momento de interação, onde a atividade

está sendo desenvolvida em sala de aula utilizando a contação de histórias com

fantoche de forma lúdica.

Imagem 04. Atividade prática na Escola.

Fonte: Dados da pesquisa no dia 14 de Março de 2016.

20

A Imagem 04, por conseguinte, mostra a interação da turma ao final da aula,

com colegas e professores no cantinho da leitura, onde depois da atividade houve a

socialização entre todos sobre a temática abordada

21

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS O tema abordado, e os debates acerca do ensino de história, surgiram com o

intuito de fazer uma discussão sobre a importância de se trabalhar na disciplina de

história Cultura Afro-Brasileira e Africana na sala de aula, objetivando detalhar as

contribuições dos negros e índios para a formação do povo brasileiro. O esboço sobre

o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana propicia reconhecimento e

valorização da identidade, história e cultura de um grupo étnico, que concentra a maior

parte da população brasileira.

A pesquisa foi realizada sendo relevante para que conheça a história e as

principais contribuições desses povos para a nossa sociedade, onde oportuniza aos

educadores trabalhar essa temática, em diversos ângulos do âmbito escolar, onde

possa realizar seu trabalho pedagógico de forma significativa, para a construção do

conhecimento do aluno utilizando diversos recursos metodológicos.

Sendo assim, esse conteúdo sobre o ensino de história no cotidiano da sala de

aula, os professores procuram inserir no currículo escolar, para que sejam superados

obstáculos do dia a dia, inserindo conteúdos para trabalhar valores, conscientizando

os educadores contra a discriminação. Como a escola vem discutindo o ensino de

história para que possamos conhecer a cultura de nosso país.

Na Escola Municipal Paulino Batista de Araújo em Timbaúba dos Batista-RN,

vem propondo junto com os professores e a equipe pedagógica, projetos e atividades

permanentes que valorizem a História e a Cultura Afro-Brasileira e Africana no seu

cotidiano escolar, em todo o currículo escolar, como nas disciplinas de artes plásticas,

literatura, música com apresentações teatrais de histórias da literatura africana,

trabalhando os elementos de ritmos como o samba e o maracatu nas aulas de Música,

ou explorar alguns elementos da capoeira nas aulas de Educação Física abordando

a História e a Cultura Afro-Brasileira e Africana nos conteúdos.

Assim sendo, ao Estimular a participação das crianças em atividades que

envolvam brincadeiras, jogos e contações de histórias e canções que remetam às

tradições culturais de suas comunidades e de outros grupos como estratégias. É o

momento de falar sobre a colonização portuguesa no país e traçar um paralelo com a

realidade social dos negros hoje, sob a premissa de que, "Se o aluno entender o

processo histórico que desencadeou a desigualdade entre negros e brancos, ele não

vai reforçar preconceitos”.

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Assim, sugere-se que seja trabalhado pelos professores vários atividades

sobre a temática abordada a partir da simples narrativa, onde narra os acontecimentos

usando a voz e a oralidade para contar uma história, pelo próprio uso do livro, como

também gravuras que enriquecem o trabalho da história o flanelógrafo, o Imantógrafo,

o quadro de prega, o álbum seriado e sanfonado, mural didático, o DVD, o cinema,

através de dramatização, com teatro, com músicas, teatro de vara, cartazes e

quadros, e dobraduras propiciando o aluno aprender de forma lúdica, obtendo

conhecimento e aprendizagem de diversas maneiras.

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ABSTRACT Occasioning the implementation of the recognition of identity, history and culture of an ethnic group, this work enabled recognition, equality of the African roots of the Brazilian nation. Moreover, the objective was to discuss issues related to the integration of the teaching of History and Afro-Brazilian Culture and African on the relevance and need for the issue of applicability in the school context, in the search for valuing subjects and their culture. In this context, it was thought the question problem: work and entered the classroom everyday so there is a real integration of the teaching of History and Afro-Brazilian Culture and African? Thus, the research in question, used as methods: qualitative and literature, in magazines, books and websites that addressed on the same or similar subject. The theoretical foundation, in turn, guided in the perspective of authors such as Abreu (2007), Azevedo Neto (2009), Brazil (2003, 2004, 2008), Bittencourt (2004), Cavalleiro (2005, 2011), Carvalho ( 2006), Freire (1992), Fonseca (2003), Gomes (2001), Menezes (2002), Rose (2006), Santos (2005), Santos (1987), among others. The educational intervention was therefore carried out in the classroom in the "Escola Municipal Paulino Batista de Araújo," which sought to show the Law 10,639/03 in the school context, in the search for value teaching african-Brazilian cultural diversity and African in everyday aforementioned institution. The main results are: one story telling, simple plot, the theme of inclusion of black and diversity valuing the black and identity, as well as slides. Keywords: School Everyday Life. History and Afro-Brazilian and African culture. Teachers.